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Anemia pode virar leucemia?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Não, anemia não pode virar leucemia. Mesmo que a pessoa não receba tratamento, não existe risco de uma anemia evoluir para leucemia. Entretanto, existe uma relação entre as duas doenças, já que a anemia pode ser causada pela leucemia. A pessoa descobre que tem anemia e mais tarde é diagnosticada a leucemia, o que pode fazê-la pensar que a primeira virou a segunda, quando na realidade já era um sinal da leucemia.

A anemia é a redução da concentração de hemoglobina nos glóbulos vermelhos do sangue. A hemoglobina é uma proteína que se liga ao oxigênio para que o sangue possa levar o oxigênio dos pulmões para todo o corpo. Por isso uma pessoa que tem anemia ter uma menor oxigenação do organismo.

Existem diversas causas para a anemia, que podem incluir hemorragias intensas, doenças crônicas, doenças da medula óssea como a leucemia, doenças genéticas (anemia falciforme), deficiência de vitaminas e sais minerais, além de deficiência de ferro (anemia ferropriva), que é a causa mais comum da anemia.

Já a leucemia é um tipo de câncer que afeta os glóbulos brancos do sangue conhecidos como leucócitos. A doença começa quando algumas dessas células sofrem mutações e começam a se multiplicar de forma descontrolada na medula óssea, substituindo as células sanguíneas normais.

A medula óssea, também conhecida como tutano, é o local no interior do osso onde são formadas as células sanguíneas (glóbulos brancos, glóbulos vermelhos e plaquetas).

A leucemia caracteriza-se pelo acúmulo de leucócitos jovens anormais na medula óssea, que substituem as células normais do sangue, podendo então causar anemia devido à deficiência na produção de eritrócitos (glóbulos vermelhos). Portanto, a anemia é um dos sintomas da leucemia.

Saiba mais em: Quais são os sintomas da leucemia?

Os sinais e sintomas da anemia podem incluir fadiga, aumento dos batimentos cardíacos, falta de apetite, desânimo, falta de atenção, baixo rendimento escolar, falta de ar aos esforços físicos, desejos alimentares específicos ou estranhos como vontade de comer terra, queda de cabelos, palidez, entre outros.

Veja também: Anemias Causas, Sintomas e Tratamentos – Anemia Ferropriva

O/a médico/a hematologista é especialista indicado/a para diagnosticar e tratar tanto a anemia como a leucemia.

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Leucemia tem cura? Como é o tratamento?

Qual é o tempo de vida de uma pessoa com câncer de pulmão?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O tempo de vida dos pacientes com câncer de pulmão depende da idade, do estágio da doença e principalmente do tipo de tumor.

As estatísticas de sobrevida na área médica utilizam como base o período de 5 anos, então os resultados estão sempre relacionados a este número, o paciente que irá viver por mais de 5 anos ou por menos de 5 anos. Entretanto, isso é apenas uma estimativa, na prática cada caso é um caso e deve ser avaliado dessa forma.

Contudo, podemos dizer que os estudos atuais demonstram os seguintes dados: os tipos de câncer mais comuns no pulmão são divididos em quatro estágios (I a IV), sendo o estágio I o mais leve, e o IV os casos mais agressivos e disseminados. Em relação a quanto tempo de vida, os casos no estágio I, que são submetidos a tratamento adequado de forma rápida, sobrevivem por pelo menos mais 5 anos, ou até chegam a cura. No estágio II esse número cai para 60%, e a partir do III menos de 50% sobrevive por mais de 5 anos.

Em relação à chance de cura do câncer de pulmão, no estágio inicial a probabilidade de cura com o tratamento cirúrgico, associado ou não outras terapias, como radioterapia ou quimioterapia pode chegar aos 90%, enquanto que em estágios de grau II, 60%. O câncer de pulmão em estágio 3 e 4, considerado avançado, tem poucas chances de cura. Nesses casos o tumor já está disseminado dentro do tórax ou em outros órgãos, conhecido por metástase.

O tratamento do câncer de pulmão pode incluir cirurgia, quimioterapia e radioterapia. A escolha do tratamento depende do tipo de tumor, estágio da doença, idade e condição clínica do paciente.

Infelizmente, o câncer de pulmão muitas vezes só é detectado quando já está avançado ou disseminado, uma vez que, no início, os tumores normalmente não causam sintomas específicos que justificam uma investigação.

Saiba mais em: quais são os sintomas do câncer de pulmão?

O especialista responsável pelo diagnóstico e tratamento do câncer de pulmão é o médico pneumologista e oncologista, e eles são os mais indicados para esclarecer todas as informações detalhadas para cada caso.

Também pode lhe interessar: câncer de pulmão tem cura?

Esofagite pode virar câncer?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A esofagite de refluxo pode sim favorecer o desenvolvimento de câncer de esôfago, pois a acidez do refluxo provoca alterações celulares na sua mucosa, que, com o tempo, facilitam o desenvolvimento de lesões, até mesmo evoluindo para o câncer.

Essa modificação das células do esôfago é conhecida como esôfago de Barrett, que não deixa de ser um processo de defesa do organismo, para se proteger da ação do suco gástrico, visto que o estômago possui proteção contra o ácido do suco gástrico, mas o esôfago não.

Assim, quando as células que revestem o esôfago são continuamente atacadas pelo ácido estomacal, elas sofrem transformações e se tornam semelhantes às células do estômago para poderem resistir à acidez.

Estudos comprovaram que pacientes que apresentam esôfago de Barret com mais de 2 cm de espessura têm mais chances de desenvolver câncer de esôfago. Apesar de ter uma evolução lenta, pode causar câncer em até 1% dos casos.

Por isso, para evitar que uma esofagite evolua para uma doença mais grave, é preciso controlar o refluxo com medicamentos e mudanças na alimentação e hábitos de vida.

Saiba mais sobre esse assunto no link: Refluxo tem cura? Qual o tratamento?

O esôfago de Barrett é detectado pelo exame de endoscopia e pode ser revertido por meio de tratamentos endoscópicos.

Para maiores informações, consulte um/a médico/a gastroenterologista, que é especialista nos casos de doenças do esôfago e estômago.

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Referência:

FBG - Federação Brasileira de Gastroenterologia.

Linfonodo e linfoma são a mesma coisa?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Não, linfonodo e linfoma são coisas diferentes. Os linfonodos são pequenos órgãos de defesa localizados em várias partes do corpo, enquanto que o linfoma é um câncer do sistema linfático, do qual fazem parte os linfonodos.

O sistema linfático é formado por órgãos (linfonodos, amígdalas, baço) e uma grande rede de vasos parecidos com as veias, que estão distribuídos por todo o corpo. A função do sistema linfático é recolher o líquido que extravasou dos capilares sanguíneos (linfa), filtrá-lo e conduzi-lo de volta à circulação sanguínea. O sistema linfático também faz parte do sistema imune, protegendo o organismo contra vírus e bactérias invasoras.

Os linfonodos são pequenos órgãos ovoides localizados ao longo do trajeto dos vasos linfáticos. Eles atuam como filtros da linfa, podendo reter, destruir ou retardar a proliferação de micro-organismos (bactérias, vírus, protozoários) e células cancerígenas pelo corpo.

Os gânglios linfáticos armazenam e produzem glóbulos brancos, células de defesa que combatem infecções e doenças. Por isso, os linfonodos podem aumentar de tamanho e ficar doloridos quando há alguma infecção, pois estão reagindo aos micro-organismos invasores. É a chamada "íngua", nome popular para um linfonodo aumentado e dolorido.

Leia também: O que são linfonodos?

Já o linfoma é um tipo de câncer que começa nos linfócitos, células do sistema linfático encontradas principalmente nos linfonodos. O principal sinal da doença é o aumento dos gânglios linfáticos, principalmente nas regiões do pescoço, clavículas, axilas e virilhas.

Saiba mais em: Linfonodos aumentados pode ser câncer?

Existem 2 tipos de Linfoma: Linfoma de Hodgkin e Linfoma Não Hodgkin. Nos linfomas não Hodgkin, o crescimento dos linfonodos é rápido, enquanto que nos de Hodgkin eles crescem lentamente.

Em geral, os linfomas não deixam os linfonodos doloridos. Já a "íngua" geralmente é transitória e está relacionada com alguma infecção ou inflamação local, podendo ser dolorosa. Veja aqui quais são os sinais e sintomas do linfoma.

O diagnóstico do linfoma é feito através do exame físico associado à história clínica do/a paciente. A confirmação do diagnóstico é obtida com a biópsia do gânglio comprometido.

Na presença de aumento de algum gânglio e aparecimento de alguma íngua, procure o/a médico/a de família ou o/a clínico/a geral.

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O que comer quando está vomitando?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

Independente do que esteja causando os vômitos, há alguns alimentos que são bem aceitos. Você pode tentar frutas como a banana e a maçã, que podem ser cozidas ou amassadas. Batata e legumes (como a cenoura, o chuchu e a mandioquinha) assados, cozidos ou em sopas também são indicados.

Opte por comer alimentos:

  • Pastosos ou líquidos, que ajudem a hidratar;
  • Naturais, de fácil digestão e que não causem gases;
  • Com pouco açúcar;
  • Menos gordurosos.

Evite temperos, especialmente os apimentados, e use pouco sal. O gengibre pode ser usado, por ser indicado nos casos de náuseas e vômitos. Devem ser evitados:

  • Leite e laticínios
  • Carnes e peixes
  • Alimentos muito quentes
  • Frituras
  • Vegetais crus
  • Frutas e sucos ácidos

Além dos cuidados com o que comer, não se esqueça de manter a hidratação. Isto é muito importante! Você pode beber água, soro caseiro, chás (como os de camomila e hortelã), suco de maçã natural e sem açúcar, água de coco ou isotônicos (tipo Gatorade). Nada de bebidas com gás ou que contêm cafeína ou álcool.

Como comer e beber para diminuir o enjoo e evitar o vômito

Nas primeiras horas após vomitar, pode ser que você não tenha apetite. Espere o tempo necessário para seu estômago descansar e o vômito parar. Enquanto espera, chupar picolés ou pedaços de gelo pode ajudar a hidratar e diminuir o mal-estar. Beba líquidos em pequenos goles, lentamente, mas com frequência. Isso ajudará a repor a água e os sais perdidos.

Tente adicionar uma sopa de vegetais ou frango nas primeiras 24 horas após os vômitos. Caso volte a vomitar, espere mais algumas horas antes de tentar comer novamente. Observe se sente que está melhor, se tem vontade de comer outras coisas. Escolha entre os alimentos naturais, pastosos, frios e de fácil digestão. Tente experimentá-los em pequenas porções, um tipo de cada vez, e veja como se sente. Pode ser que consiga retomar a alimentação normal, aos poucos, seguindo o que seu corpo está aceitando.

O que comer caso o vômito persista após 24 horas

Se os vômitos continuarem ou ainda não se sentir bem, pode seguir com uma dieta mais restrita por mais um ou dois dias.

Segundo dia

No segundo dia, você pode comer banana amassada, maçã cozida, arroz e torradas. Esta dieta é de fácil digestão, mais seca e sem fibras, o que ajuda na recuperação. Mas também é pouco nutritiva. Por isso, você não deve insistir com ela por muito tempo.

Terceiro dia

No terceiro dia, você pode começar a adicionar lentamente outros alimentos à sua dieta — já deve se sentir bem para tentar. Comece com coisas como frutas e vegetais cozidos e carne branca, como frango ou peru. Siga as dicas do seu corpo e não force para comer aquilo que o cheiro ou outra sensação estiverem indicando que você deve evitar.

Durante a gravidez, o que e como comer se estiver vomitando?

Alguns cuidados importantes para as gestantes são:

  • Evitar ingestão de líquidos nas primeiras duas horas do dia;
  • Comer com maior frequência (diminuir o intervalo entre as refeições) e em porções menores;
  • Fazer refeições mais leves, com alimentos menos gordurosos e naturais.

O uso de florais de Bach, de vitamina B6 (presente na banana, cenoura e batata, por exemplo) e de gengibre é recomendado para ajudar a se sentir melhor mais rapidamente.

Na hiperemese gravídica (vômitos muito frequentes), a conduta indicada é ficar sem comer até se sentir melhor, retomando a alimentação sólida progressivamente em seguida. Dar preferência a alimentos pouco gordurosos e ricos em carboidratos (o arroz, as torradas e bolachas água e sal ou cream cracker são exemplos). Comer em pequenas porções, em curtos intervalos (a cada 3 horas).

É importante manter a hidratação! Beba pequenas quantidades de soro, chás e água de coco com frequência. Se o vômito persistir, a desidratação e desnutrição podem trazer problemas para a sua saúde. Neste caso, entre em contato com o médico que faz o seu pré-natal para ser avaliada.

Para vômitos durante o tratamento para câncer

Os cuidados são os mesmos para os vômitos que ocorrem durante o tratamento de câncer:

  • Consumir alimentos frios / a temperatura ambiente
  • Comer pequenas refeições, com maior frequência
  • Evitar alimentos picantes, muito doces, gordurosos ou fritos
  • Consumir líquidos com gelo ou cubos de suco congelado

A dieta recomendada tem que ser nutritiva e variada:

  • Frutas, vegetais, grãos inteiros e produtos lácteos sem gordura ou com baixo teor de gordura;
  • Carnes magras, aves, peixes, feijão.

O gengibre é considerado um fitoterápico e pode fazer parte do tratamento. No Brasil, os produtos disponíveis para venda são: amido do gengibre, balas e cristais de gengibre, além do gengibre em pó e encapsulado. Ainda não está estabelecido o quanto deve ser utilizado para reduzir náuseas e vômitos, em dose que não traga problemas para a saúde.

Quando procurar ajuda?

Se você seguiu os conselhos, tomou cuidado com a alimentação e o vômito continua por mais de 24 horas e não sabe qual é a causa, é bom procurar um médico. Também é necessário procurar cuidados médicos se você tiver febre alta e / ou diarreia intensa associadas aos vômitos. Estes sintomas podem ser causados por infecções por bactérias, parasitas, certos medicamentos, apendicite, infecções urinárias e por alergia ou intolerância alimentar.

Preste atenção aos sinais de desidratação:

  • Sonolência;
  • Cansaço;
  • Fraqueza;
  • Boca seca;
  • Diminuição da quantidade de urina, urina com cor amarela muito intensa e até mesmo deixar de ter vontade de urinar.

Se perceber estes sintomas ou ainda se tiver dor abdominal também deve procurar um médico.

As medidas recomendadas podem não ter efeito para os vômitos se eles forem causados por dores de cabeça (enxaqueca), por pancadas ou tumores na cabeça (que podem aumentar a pressão intracraniana). Procure tratamento específico para estas situações.

Você também pode querer saber:

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O que causa o vômito amarelo e amargo e o que fazer

Causas principais de vômito verde e o que posso fazer

Referências

BRAT Diet: What Is It and Does It Work? Healthline. Medically reviewed by Kathy W. Warwick, R.D., CDE, Nutrition — Written by Erin Kelly — Updated on July 15, 2020. https://www.healthline.com/health/brat-diet

Êmese da gravidez / Geraldo Duarte... [et al]. -- São Paulo: Federação das Associações Brasileiras de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO), 2018. (Série Orientações e Recomendações FEBRASGO, no. 2/Comissão Nacional Especializada em Assistência Pré-natal)

De Souza, A.P.S.; da Silva, L.C.; Fayh, A.P.T. Nutritional Intervention Contributes to the Improvement of Symptoms Related to Quality of Life in Breast Cancer Patients Undergoing Neoadjuvant Chemotherapy: A Randomized Clinical Trial. Nutrients 2021, 13, 589.

Consenso nacional de nutrição oncológica / Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva; Nivaldo Barroso de Pinho (organizador) – 2. ed. rev. ampl. atual. – Rio de Janeiro: INCA, 2016.

Di Lorenzo, C. Approach to the infant or child with nausea and vomiting. Literature review current through: Sep 2021. | This topic last updated: Jan 21, 2021.

Quais são os sintomas de câncer de boca?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Os principais sinais e sintomas do câncer de boca são o aparecimento de manchas, feridas, caroços ou inchaços nos lábios, céu da boca, gengiva, bochecha, língua, glândulas salivares ou amígdalas (garganta). As feridas decorrentes do câncer bucal não cicatrizam. As manchas têm coloração avermelhada ou esbranquiçada e podem surgir em qualquer local da cavidade oral ou nos lábios.

Outros sintomas que podem estar presentes nesses tipos de tumores malignos incluem:

  • Sensação de dormência em qualquer parte da boca;
  • Sangramentos sem uma causa aparente;
  • Dores na garganta que não passam;
  • Mobilidade dos dentes;
  • Rouquidão persistente;
  • Sensação de ter alguma coisa “entalada” na garganta;
  • Dificuldade para movimentar a língua.
Câncer no lábio

Dependendo do tamanho e da localização do tumor, o câncer de boca pode prejudicar o hálito e causar dificuldade para engolir, mastigar ou falar. Em fases mais avançadas, o câncer bucal pode provocar ainda perda de peso.

Os caroços ou nódulos também podem aparecer no pescoço. Nesse caso, não se trata do tumor em si, mas de gânglios linfáticos, também conhecidos como linfonodos, que estão com o tamanho aumentado. Trata-se de uma resposta do sistema imunológico ao tumor, já que esses gânglios participam do sistema de defesa do corpo.

Veja também: Linfonodos aumentados pode ser câncer?

O câncer de boca costuma surgir com mais frequência na mucosa localizada embaixo da língua, na lateral da língua e na porção posterior do céu da boca.

As lesões do câncer bucal normalmente não provocam dor na fase inicial e vão se tornando progressivamente mais dolorosas com o tempo.

Quais as causas do câncer de boca?

Pessoas que fumam, tomam bebidas alcoólicas frequentemente ou se expõem excessivamente ao sol são as mais propensas a desenvolverem câncer na boca.

O tabagismo e o álcool são as principais causas de câncer de bucal. A fumaça do cigarro provoca diversas alterações na mucosa oral e tem uma ação cancerígena direta sobre as células que recobrem essa mucosa.

Por isso, quem fuma tem de 5 a 7 vezes mais chances de desenvolver câncer de boca do que alguém que não fuma. Além disso, quanto maior o número de cigarros, maior é o risco de desenvolver a doença.

Contudo, há ainda outros fatores de risco que favorecem o aparecimento desse tipo de câncer, como:

  • Má higiene bucal;
  • Dentes quebrados não restaurados ou próteses que podem causar lesões ou irritação na gengiva ou nos lábios;
  • Falta de vitaminas;
  • Infecção por HPV;
  • Ingestão frequente de bebidas quentes;
  • Excesso de peso;
  • Exposição a produtos como amianto, agrotóxico, solventes, poeiras de madeira, couro, cimento, cereais e têxtil, formaldeído, sílica e fuligem de carvão.

Mais de 90% dos casos de câncer de boca são do tipo carcinoma. Os melanomas, linfomas e sarcomas são tumores malignos pouco comuns que afetam a cavidade oral.

Câncer de boca tem cura?

Se for detectado e tratado corretamente nas fases iniciais, o câncer de boca tem boas chances de cura. No entanto, o câncer bucal tem altas taxas de mortalidade, principalmente devido ao diagnóstico tardio da doença.

O tratamento do câncer de boca é feito através de cirurgia e radioterapia. Os tratamentos podem ser realizados em conjunto ou isoladamente.

O diagnóstico precoce do tumor aumenta de forma significativa as taxas de sobrevivência, por isso é fundamental para o sucesso do tratamento e para a cura do câncer bucal.

Vale lembrar que nem toda ferida, mancha ou caroço na boca é um sinal de câncer, mas é importante que essas manifestações sejam avaliadas por um dentista estomatologista.

Cisto no rim pode virar câncer?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Os cistos renais são em sua maioria benignos, ou seja, não têm chances de virar câncer. Contudo, alguns cistos podem, sim, evoluir para câncer de rim.

Para determinar o risco de malignidade de um cisto no rim, criou-se uma classificação (Bosniak) que divide os cistos renais em simples ou complexos, conforme as características observadas nos exames de tomografia computadorizada ou ressonância magnética.

Os cistos dos tipos Bosniak I e II são definidos como cistos renais simples, enquanto que os dos tipos Bosniak IIF, III e IV são classificados como cistos renais complexos.

Os cistos renais simples são benignos, com paredes finas, regulares e sem septos (reentrâncias da parede no interior do cisto). Também não apresentam calcificações no seu interior, que é preenchido com líquido. Esses cistos não apresentam risco de evoluírem para câncer.

Já os cistos renais complexos (Bosniak III e IV) possuem características sugestivas de tumor e muitas vezes precisam ser removidos cirurgicamente. Suas paredes são grossas, irregulares, com septos e o seu interior possui calcificações ou conteúdo sólido.

Os cistos renais complexos tipo Bosniak IIF têm características difíceis de serem incluídas nas categorias II ou III. Possuem múltiplos septos e a sua parede ou os septos apresentam calcificações. Pode ou não evoluir para câncer, por isso esses cistos devem ser acompanhados regularmente com exames de imagem.

Portanto, o risco de um cisto renal ser maligno está diretamente relacionado com a classificação de Bosniak. Quanto mais grossas forem as paredes do cisto, quanto mais septos ele apresentar e quanto mais calcificações houver no seu interior, maior é o seu número na classificação e maior é o risco de estar associado ao câncer.

Saiba mais em: 

Qual é o tratamento para cisto no rim?

Cisto no rim: O que é e quais são os sintomas?

Que exames servem para diagnosticar leucemia?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Os exames que servem para diagnosticar leucemia são o hemograma (exame de sangue) e o exame da medula óssea (mielograma).

Porém, o diagnóstico da leucemia só é confirmado após o exame da medula óssea. O exame consiste na retirada de uma pequena quantidade do material esponjoso de dentro do osso e na análise das células ali encontradas.

Podem ainda ser necessários mais estudos para classificar a leucemia quanto ao seu subtipo e risco, como os exames de biologia molecular.

O tratamento da leucemia vai depender do tipo de leucemia, para onde a doença se espalhou, da idade da pessoa, bem como da presença de outros problemas de saúde. O tratamento pode incluir:

  • Quimioterapia: Grupo de medicamentos capazes de matar as células cancerosas;
  • Radioterapia: Radiação usada para destruir as células cancerígenas;
  • Transplante de medula óssea: O tratamento consiste na substituição das células da medula óssea mortas na quimioterapia ou radioterapia. A doação dessas células pode vir:
    • Do próprio paciente: Retiram-se as células da medula óssea do paciente antes do tratamento ser concluído e colocam-nas de volta depois de ter concluído o tratamento de quimioterapia ou radioterapia;
    • De pessoas relacionadas com o paciente, normalmente irmão de mesmo pai e mesma mãe, e cujo sangue seja correspondente ao dele;
    • De pessoas sem parentesco com o paciente, mas que têm sangue correspondente ao dele;
    • Do cordão umbilical de um bebê recém-nascido, desde que o sangue corresponda ao do paciente;
  • Cirurgia: O tratamento pode incluir a remoção cirúrgica do baço.

É importante lembrar que não existe maneiras de prevenir ou diagnosticar precocemente a leucemia.

Mesmo os casos crônicos da doença podem não manifestar sintomas. No hemograma verifica-se uma alteração no sangue, mas o paciente pode não apresentar nenhum sintoma.

O diagnóstico e tratamento da leucemia é da responsabilidade dos médicos hematologista e oncologista.

Saiba mais em:

Leucemia tem cura? Como é o tratamento?

Quais são os sintomas da leucemia?

O que é leucemia?