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Barriga d'água (Ascite) tem cura? Qual é o tratamento?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

A barriga d'água pode ter cura se a sua causa for tratada e resolvida. Isso porque a barriga d'água ou ascite, como é conhecida pelos médicos, não é uma doença em si, mas uma condição que pode estar associada a diversas doenças, como cirrose hepática, insuficiência renal, alguns tipos de câncer, além de doenças infecciosas, como a esquistossomose.

O tratamento da barriga d'água consiste no controle da doença de base, diminuição da ingestão de sal, abstinência total de bebidas alcoólicas, uso de medicamentos diuréticos, além de procedimentos específicos para drenar o excesso de líquido acumulado na cavidade abdominal. O objetivo do tratamento é diminuir o volume de líquido no abdômen e o inchaço no resto do corpo.

A punção do abdômen é uma forma de aliviar os sintomas em casos de ascites muito volumosas. O procedimento começa com uma avaliação da ascite e após definição do local onde se pode puncionar é feita uma anestesia local, o médico então faz um pequeno "furo" no abdômen, através do qual é introduzido um cateter na cavidade abdominal. A seguir, o líquido é retirado por meio desse cateter.

Em casos em que são retirados mais de 5 litros de líquido acumulado, é indicada a administração de albumina humana por via endovenosa durante ou logo a seguir ao procedimento.

Quando a barriga d´água não responde ao tratamento, é considerada uma ascite refratária, nesse caso pode ser necessário colocar um cateter especial que fica implantado durante um tempo prolongado. Através dele, a pessoa pode retirar na própria casa pequenas quantidades de líquido repetidas vezes, sem precisar ir ao hospital para realizar o procedimento.

Uma complicação comum da barriga d´água resultante de doenças do fígado é a infecção da cavidade abdominal causada por bactérias, chamada de peritonite bacteriana espontânea ou PBE. Nesses caso, o tratamento deve incluir também medicamentos antibióticos para combater a infecção.

Muitas vezes é necessário o acompanhamento por um médico gastroenterologista ou hepatologista a depender da causa.

Saiba mais em:

O que é barriga d'água?

Quais são os sintomas de ascite (barriga d’água)?

Esquistossomose tem cura? Qual é o tratamento?

Referência

FBG. Federação Brasileira de Gastroenterologia.

Dor no fígado: 6 sintomas que indicam problemas no fígado
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Os sintomas que indicam problemas no fígado são principalmente a dor no lado direito da barriga, cansaço, barriga "inchada" e coloração amarelada na pele e nos olhos.

Outras queixas comuns são as manchas roxas na pele, coceira no corpo, urina escura e fezes esbranquiçadas. Sintomas menos específicos como náusea, mal-estar, febre baixa, perda de apetite, sensação de boca amarga e emagrecimento, também podem estar presentes.

1. Dor do lado direito da barriga

A dor abdominal localizada no lado direito da barriga, na região mais superior, próxima das costelas, é o sintoma mais comum de doença hepática. Geralmente acontece devido ao aumento de tamanho do fígado.

O fígado aumentado comprime estruturas vizinhas e terminações nervosas, causando desconforto nessa região. Conforme a doença evolui, o desconforto aumenta e começa então a surgir a dor, com intensidades variadas.

2. Cansaço

O cansaço sem motivo aparente, desânimo e falta de motivação, pode ser um sinal de doença hepática, devido a sua participação no metabolismo do corpo. É um sintoma descrito por muitas pessoas como "falta de energia".

É um sintoma bastante frequente em pacientes com cirrose hepática, hepatites ou esteatose hepática. Quanto maior for a lesão no fígado, mais forte é a sensação de cansaço.

3. Barriga inchada ("barriga d'água")

O aumento do volume da barriga, conhecido popularmente como "barriga d’água", cientificamente é chamado ascite. A ascite se caracteriza pelo acúmulo de líquido na cavidade abdominal, dando um aspecto de barriga inchada.

A barriga fica tensa e o umbigo pode se apresentar achatado ou protuberante. Trata-se de um sinal bastante característico de doença hepática avançada, como a cirrose hepática.

Nestes casos, é importante procurar um gastroenterologista ou hepatologista quanto antes, para iniciar o tratamento e evitar complicações como a infecção desse líquido.

4. Pele e olhos amarelados

A coloração amarelada da pele e dos olhos é chamada icterícia. A icterícia é resultado do acúmulo de bilirrubina no sangue, uma substância produzida no baço, que é metabolizada pelo fígado, para ser eliminada na urina.

Nas doenças hepáticas, o fígado não é capaz de metabolizar essa substância adequadamente. Com isso a bilirrubina se acumula na pele e mucosas, dando essa coloração amarelada, além de coceira no corpo. Por outro lado, a ausência da bilirrubina na urina e nas fezes é responsável pela cor escura da urina, semelhante à coca-cola e fezes claras (acolia fecal).

As doenças que mais provocam a icterícia são as hepatites e a cirrose hepática, embora possa ocorrer também nas doenças da vesícula biliar, leptospirose e malária.

5. Sangramento

Os episódios de sangramento podem ocorrer porque o fígado participa ativamente do processo de coagulação, com a produção de proteínas. Como na deficiência hepática, a produção das proteínas é menor, aumenta o risco de pequenos sangramentos.

Por isso, pessoas com doença hepática presentam uma maior predisposição em desenvolver manchas arroxeadas na pele, chamadas equimoses, por pequenos traumatismos ou pequenas pancadas.

6. Varizes

As doenças hepáticas mais avançadas, como a cirrose, aumentam a pressão venosa, levando a formação de varizes, especialmente no esôfago e estômago. São veias mais frágeis, com alto risco de rutura e sangramento.

Portanto, a hemorragia digestiva alta, sangramento do esôfago ou estômago, é uma manifestação clínica, que se caracteriza por episódios de vômitos com sangue.

Quando o sangramento ocorre pelas veias do intestino ou do reto, os sintomas são de hemorroidas e sangramento anal, com sangue vermelho vivo nas fezes, mais facilmente identificado.

Como saber se tenho alguma doença no fígado?

Para saber se você tem alguma doença no fígado, é preciso estar atento aos sinais e sintomas que aparecem, como a dor na barriga e aumento do volume abdominal. Mas para confirmar uma doença hepática, é preciso de uma avaliação médica e realização de exames complementares.

Os exames laboratoriais, com hemograma, bilirrubina, albumina, enzimas hepáticas e coagulograma, avaliam a função do órgão. Os exames de imagem, como a ultrassonografia e tomografia abdominal, identificam alterações macroscópicas, como tumores, cistos ou gordura no fígado.

A interpretação dos exames, em conjunto com o exame físico, permitem ao médico determinar o diagnóstico e correto tratamento, para cada caso.

Como é feito o tratamento?

O tratamento é feito conforme o problema encontrado. No entanto, de forma geral, envolve mudanças na alimentação e o uso de medicamentos para aliviar os sintomas. A dieta deve ser orientada por um profissional capacitado.

1. Dieta e recomendações
  • Beber bastante água (pelo menos 2 litros por dia);
  • Preferir alimentos com menos gordura: carnes magras, peixes, queijos magros e leite desnatado;
  • Evitar o consumo de frituras;
  • Evitar bebidas alcoólicas;
  • Consumir mais alimentos cozidos, assados e grelhados: os alimentos cozidos, mesmo os legumes e verduras, têm uma digestão mais fácil e evitam a sobrecarga do fígado;
  • Não consumir alimentos industrializados e processados como refrigerantes, biscoitos recheados, salsichas, bacon, linguiça e doces em geral,
  • Praticar atividade física pelo menos 4x por semana, de 30 a 40 minutos ao dia.
2. Medicamentos

Os medicamentos serão definidos de forma individualizada. Pessoas com colesterol aumentado, podem precisar usar estatinas. Pessoas com glicemia aumentada, avaliar o início precoce de hipoglicemiante oral, e para pessoas com alteração de coagulação, evitar anticoagulantes e antiagregante plaquetários, como o AAS.

O uso de diuréticos também pode ser indicado para casos de edema e ascite importante.

Portanto, se você está sentindo dor no fígado, barriga inchada, ou sintomas como os descritos, recomendamos que procure um médico de família, gastroenterologista ou hepatologista para uma avaliação. Não use nenhum medicamento sem orientação médica.

Veja também:

Barriga inchada e dura: 6 causas mais comuns e o que fazer
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

A barriga inchada e dura, geralmente associada à dor, pode ter diversas causas, dentre as quais a mais comuns incluem gastrite, prisão de ventre, síndrome do intestino irritável, ascite, aumento dos órgão abdominais e tumores.

O tratamento varia de acordo com a causa, necessita de avaliação médica para ser iniciado e pode envolver o uso de antibióticos, anti-inflamatórios e outros medicamentos. Além disso, adotar uma alimentação saudável e equilibrada, evitar a ingestão de álcool e reduzir o consumo de sal são algumas medidas que você pode fazer para aliviar a sensação de barriga inchada e dura.

1. Gastrite

A gastrite consiste na inflamação da mucosa interna do estômago. A sensação de inchaço na barriga e de estômago cheio, endurecimento e dor acima do umbigo na região do estômago, azia, queimação perda de apetite, náuseas e vômitos são os seus sintomas mais frequentes.

O que posso fazer? Faça pequenas refeições ao longo do dia, mastigue bem os alimentos e procure dar preferência a verduras, frutas menos ácidas e carnes magras. Evite jejuns prolongados e a ingestão de café, refrigerantes, bebidas alcoólicas e medicamentos anti-inflamatórios. Antiácidos e antibióticos podem ser indicados em alguns casos, sob orientação médica.

2. Prisão de ventre

A prisão de ventre (constipação intestinal) é uma causa comum de barriga inchada, dura e de dor abdominal. Quanto mais intensa for a prisão de ventre, mais fortes serão os sintomas.

A constipação pode estar associada a alimentação, sedentarismo e a problemas de saúde como diabetes, diabetes, divertículos ou tumores intestinais.

O que posso fazer? Adote uma alimentação rica em fibras presentes nas verduras e alimentos integrais e aumente a ingestão de água. Se a prisão de ventre não melhorar em 2 ou 3 dias e os sintomas piorem busque um médico de família ou gastroenterologista para diagnóstico e tratamento adequados.

3. Gravidez

A gravidez provoca a sensação de inchaço e barriga dura, especialmente, na região abaixo do umbigo pelo aumento do volume do útero. Fique atenta se estas sensações de barriga inchada e dura estão associadas ao atraso no período menstrual.

O que posso fazer? A menstruarão estiver atrasada por, pelo menos, 15 dias você pode realizar o teste de gravidez de farmácia. É importante também procurar o médico de família para realização de Beta-HCG e, na presença de gravidez, iniciar o pré-natal.

4. Síndrome do intestino irritável

A síndrome do intestino irritável é um distúrbio do sistema digestivo que provoca inchaço, dor e enrijecimento na barriga, além de períodos alternados de prisão de ventre e diarreia. Geralmente os sintomas pioram após o consumo de determinados alimentos e episódios de estresse emocional.

O que posso fazer? Consuma alimentos normalmente observando os alimentos que pioram os sintomas para evitá-los em outras refeições. Evite alimentos que produzem gases (feijões e repolho) ou que provoquem diarreia. Aumente o consumo de fibras na alimentação e de água, nos casos de prisão de ventre. Após avaliação médica podem ser indicado medicamentos para dor abdominal, diarreia e prisão de ventre.

5. Ascite

Ascite, popularmente conhecida como barriga d’água, é o acúmulo de líquido dentro do abdome.

Quando o volume de líquido dentro da cavidade abdominal é grande, a pessoa apresenta barriga inchada e dura, desconforto no abdome, umbigo achatado ou protuberante, perda de apetite e, nos casos mais graves, falta de ar.

O que posso fazer? Faça uma dieta com pouco sal e evite o consumo de bebidas alcoólicas. Nos casos de ascite com grande quantidade de líquido, são recomendados o uso de diuréticos, albumina e antibióticos. Pode ser necessária a retirada do líquido por meio de punção com uma agulha e instalação de dreno. Para isto a pessoa precisa estar internada.

6. Aumento dos órgãos abdominais e tumores

Quando os órgãos da cavidade abdominal ou pélvica aumentam o seu tamanho, podem provocar inchaço na barriga, endurecimento na região do órgão afetado e, em alguns casos, dor.

Alguns exemplos de órgãos aumentados são: fígado aumentado em pessoas com esquistossomose, cirrose, hepatites, miomas, obstrução de bexiga provocado pelo aumento do tamanho da próstata, tumores de ovários ou de órgãos abdominais.

O que posso fazer? Nestes casos é indicado procurar atendimento hospitalar para que o diagnóstico seja feito o mais rapidamente possível. Podem ser necessários exames de sangue e exames de imagem como ultrassonografia abdominal ou tomografia abdominal.

Quando devo me preocupar?

Fiquei atento se você sentir, além da barriga inchada e dura, sintomas como:

  • Dor abdominal intensa e persistente,
  • Presença de sangue no vômito ou nas fezes,
  • Sangramento vaginal anormal, na suspeita de gravidez e
  • Falta de ar ou dificuldade de respirar.

Ao perceber estes sinais busque atendimento em uma emergência hospitalar o quanto antes.

Para saber mais sobre barriga inchada, você pode ler:

Barriga inchada: o que pode ser e o que fazer?

6 dicas para desinchar a barriga rapidamente

Estou com a barriga inchada, dor e pontadas. O que pode ser e o que fazer?

Referências

IFGD - International Foundation for Gastrointestinal Disorders. Understanding Bloating and Distension.

FBG - Federação Brasileira de Gastroenterologia.

O que significa um exame Gama GT com valores baixos?
Dr. Ivan Ferreira
Dr. Ivan Ferreira
Médico

O exame gama GT é o exame de sangue no qual são dosados os níveis da enzima gama glutamil transferase. Devido à sua localização nas células do fígado e dos ductos biliares, essa enzima aparece alterada em vários distúrbios hepáticos (do fígado). 

A diminuição dos seus valores pode ocorrer devido ao uso de  alguns medicamentos como azatioprina, clofibrato, estrógenos e metronidazol.

leia também: Quais os sintomas do Gama-GT baixo?

O gastroenterologista é o médico indicado para diagnosticar e orientar sobre os distúrbios no fígado e alterações dos valores da enzima gama glutamil transferase.

Sangue vivo nas fezes, o que pode ser e o que fazer?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Fezes com sangue vivo são um sinal de sangramento na região baixa do sistema digestivo, ou seja, no intestino grosso, reto ou ânus. As causas mais frequentes são devidas a lesões no ânus (fissuras anais) e hemorroidas, que geralmente sangram em situações que exigem esforço para evacuar, como em casos de prisão de ventre.

O sangramento nesses casos costuma ser pequeno e as fezes apresentam uma pequena quantidade de sangue, que também pode ser apenas observado no papel higiênico.

Hemorroidas

Os principais sinais e sintomas da hemorroida são a dor ao evacuar e as fezes com um pouco de sangue. O sangue pode ser notado pelas gotas que caem depois da evacuação ou no papel higiênico.

Fissuras anais

Já as fissuras anais provocam muita dor durante as evacuações e o sangramento pode ser observado pela presença de um pouco de sangue nas fezes, no papel higiênico ou no vaso sanitário.

O que fazer em caso de fezes com sangue vivo?

Uma vez que, muitas vezes, a presença de sangue nas fezes está relacionada com o esforço para evacuar, o sangramento pode ser evitado através de cuidados para prevenir a constipação intestinal.

A prisão de ventre pode ser amenizada com ingestão de mais líquidos e a manutenção de uma alimentação saudável, rica em alimentos ricos em fibras como frutas, vegetais, farelo de trigo e aveia. A atividade física regular, como caminhar, estimula o trânsito intestinal, melhorando também a constipação.

No entanto, fezes com sangue pode ser um sinal de doenças potencialmente graves e fatais. Por isso, se o sangramento persistir, é altamente recomendável procurar um médico.

O gastroenterologista ou o proctologista são os médicos especialistas indicados para realizar o diagnóstico e tratamento de problemas do sistema digestivo, como no caso de presença de sangue nas fezes.

Quais as outras causas de fezes com sangue?

Além das hemorroidas e das fissuras anais, existem ainda outras doenças que podem causar esses sangramentos e deixar as fezes com sangue vivo, como pólipos no intestino, inflamação no reto ou no ânus, úlcera ou câncer no reto, câncer no ânus e endometriose intestinal.

Fezes com sangue escuro e um odor intenso característico (melena), pode ser sinal de um sangramento mais intenso na boca, esôfago, estômago ou porção inicial do intestino (duodeno). Nesses casos, o sangramento pode ser causado por traumatismos, úlcera, esofagite, varizes no esôfago, pólipos intestinais e tumores

Outras causas para a presença de sangue nas fezes incluem: diverticulose, vermes, doenças infecciosas, câncer e doenças inflamatórias intestinais, como colites, doença de Crohn e retocolite ulcerativa

Omeprazol e Domperidona, como devo tomar?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Preferencialmente faça como seu médico mandou, como está escrito na receita médica. Para facilitar, tenha em mente que o omeprazol funciona melhor com o estômago vazio. Portanto, o ideal é você tomar o omeprazol 30 minutos antes de comer; espere uns 15 minutos e tome a domperidona; espere mais 15 minutos e então coma.

Como tomar e para que serve domperidona?

A domperidona é indicada para tratar síndromes digestivas que provocam retardo do esvaziamento do estômago, refluxo gastroesofágico, esofagite, sensação de empachamento, saciedade precoce, distensão abdominal, dor abdominal, gases estomacais e intestinais, náuseas, vômitos, azia e queimação no estômago. 

Síndromes digestivas que retardam o esvaziamento gástrico Crianças com pelo menos 35 Kg, adultos e adolescentes (mais de 12 anos de idade)

A dose de domperidona indicada geralmente é de 30 mg por dia, podendo ser aumentada, quando necessário, para uma dose diária máxima de 40 mg.

Tomar 10 mg (10 ml) 3 vezes ao dia, 15 a 30 minutos antes das refeições. Se necessário, tomar 10 mg de domperidona antes de dormir, sem ultrapassar a dose máxima de 40 mg (40 ml) por dia.

Náuseas e Vômitos Crianças com pelo menos 35 Kg, adultos e adolescentes (mais de 12 anos de idade)

Tomar 10 mg (10 ml) 3 vezes ao dia, 15 a 30 minutos antes das refeições. Se necessário, tomar 10 mg de domperidona antes de dormir, sem ultrapassar a dose máxima de 40 mg (40 ml) por dia.

O tempo de duração máximo do tratamento para casos de náusea e vômito não deve ser superior a uma semana. Para outras indicações, a duração máxima do tratamento com domperidona é de 4 semanas.

Se a náusea ou o vômito continuar por mais de uma semana, a pessoa deve ser vista por um médico.

Síndromes digestivas que retardam o esvaziamento gástrico Bebês e crianças com menos de 12 anos ou menos de 35 kg

A dose diária de domperidona varia conforme o peso. Lembrando que é muito importante medir a dose exatamente de acordo com o peso, se exceder a dose máxima recomendada. 

Administrar 2,5 ml de domperidona para cada 10 quilos de peso corporal (0,25 ml/kg), 3 vezes ao dia, 15 a 30 minutos antes das refeições. Se necessário, dar mais uma dose antes da criança dormir. Nunca ultrapassar a dose máxima diária de 35 mg (35 ml).

Náuseas e vômitos Bebês e crianças com menos de 12 anos ou menos de 35 kg

Administrar 2,5 ml de domperidona para cada 10 quilos de peso corporal (0,25 ml/kg), 3 vezes ao dia, 15 a 30 minutos antes das refeições. Se necessário, dar mais uma dose antes da criança dormir. Nunca ultrapassar a dose máxima diária de 35 mg (35 ml)

Como tomar omeprazol?

As cápsulas de omeprazol devem ser ingeridas com líquido, imediatamente antes das refeições e logo pela manhã. 

Pessoas que têm dificuldade em tomar as cápsulas por inteiro, podem abrir a cápsula e misturar os grânulos intactos com um pouco de suco ou água e tomar imediatamente. Não misturar a medicação com leite nem mastigar os grãos.

Adultos Úlceras intestinais (duodenais)

Tomar 20 mg de omeprazol, uma vez por dia, antes do café da manhã, por 2 a 4 semanas.

Úlceras estomacais (gástricas) e esofagite de refluxo

Tomar 20 mg de omeprazol, uma vez por dia, antes do café da manhã, por 4 a 8 semanas.

Crianças Esofagite de refluxo

Crianças com mais de 1 ano de idade devem tomar 10 mg de omeprazol, uma vez ao dia, logo pela manhã. Para auxiliar a ingestão do medicamento, misturar o conteúdo da cápsula com suco ou água (leite não).

Crianças com mais de 20 kg

Tomar 20 mg de omeprazol, uma vez ao dia, logo pela manhã. Para auxiliar a ingestão do medicamento, misturar o conteúdo da cápsula com suco ou água (leite não).

A dose de omeprazol pode ser aumentada, conforme avaliação médica, até um máximo de 40 mg por dia.

Para que serve omeprazol?

O omeprazol serve para tratar condições em que há muita produção de ácido estomacal. O medicamento age diminuindo a quantidade de ácido produzido pelo estômago. Por isso, é usado no tratamento de úlceras no estômago e no intestino e também no refluxo gastroesofágico

O medicamento muitas vezes também é usado juntamente com antibióticos para tratar úlceras provocadas pela bactéria Helicobacter Pylori. 

Outras indicações do omeprazol incluem dispepsia, acidez, azia, arrotos, indigestão e prevenção de sangramentos do trato gastrointestinal.

Lembrando que é importante seguir a orientação do médico, respeitando sempre os horários de tomar a medicação, bem como as doses e o tempo de duração do tratamento. O tratamento com omeprazol e domperidona não deve ser interrompido sem conhecimento do médico.

Omeprazol: para que serve e quais os efeitos colaterais?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

O omeprazol é uma medicação que serve principalmente para tratar ou prevenir úlceras no estômago e intestino, doença do refluxo gastroesofágico, azia e síndromes causadas pelo aumento de ácido no estômago. Ele pode ter outras funções que seu médico poderá explicar em consulta.

A eficácia do omeprazol no tratamento das úlceras duodenais (porção inicial do intestino) é de quase 100%, sendo mais eficiente nesses casos do que quando comparado com o seu uso nas úlceras gástricas (estômago). Os resultados podem ser notados em até 4 semanas após o início do tratamento com o medicamento.

Sabe-se, através de estudos, que o omeprazol também é eficaz para tratar úlceras de estômago e intestino que são resistentes a outros tipos de medicação.

Já o tratamento do refluxo é mais prolongado, embora as taxas de cura nesses casos ultrapassaram os 80% depois da quarta semana de uso de omeprazol.

O omeprazol também serve para auxiliar no tratamento de erradicação a bactéria Helicobacter pylori, que pode causar gastrite, úlcera e até câncer de estômago.

O omeprazol pode servir ainda como protetor da mucosa do estômago contra os danos provocados por medicamentos anti-inflamatórios.

Quais os efeitos colaterais do omeprazol? Efeitos colaterais comuns

Os efeitos colaterais do omeprazol considerados comuns, ou seja, que ocorrem em até 10% dos casos, incluem dor de cabeça, diarreia, prisão de ventre, dores abdominais, náuseas, vômitos, gases intestinais, regurgitação, infecções respiratórias, tosse, tontura, aparecimento de manchas vermelhas na pele e dor nas costas.

Efeitos colaterais pouco comuns

Outros efeitos secundários do omeprazol foram observados em menos de 1% das pessoas que tomaram o medicamento. Dentre essas reações estão formigamentos, alterações no sono (insônia ou sonolência), vertigem, coceiras pelo corpo e mal-estar.

Efeitos colaterais raros

Já as reações adversas consideradas raras, que ocorrem em menos de 0,1% dos casos, incluem agitação, depressão, confusão mental, agressividade, alucinações, crescimento das mamas em homens, boca seca, diminuição das plaquetas, hepatite, insuficiência hepática, dores articulares e musculares, fraqueza muscular, sensibilidade à luz, febre, aumento da transpiração, inchaço em mãos e pés, visão turva, alterações no paladar, entre outras.

O omeprazol pode causar ainda encefalopatia hepática em pessoas com insuficiência hepática grave. Trata-se de uma perda das funções cerebrais devido à não eliminação das toxinas do sangue pelo fígado.

É importante ressaltar que o uso prolongado do omeprazol pode ter várias consequências à saúde. Por isso, apenas tome medicação com indicação e receita médica.

Caso você tenha alguma dessas reações descritas acima, pare de tomar o omeprazol e procure um/a médico/a.

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Pele verde: o que pode ser?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Pele verde ou de tom amarelo-esverdeado pode ser sinal de algum problema no fígado. Essa alteração na cor da pele e dos olhos é chamada icterícia.

A icterícia é causada pelo acúmulo de bilirrubina no sangue. Trata-se de uma substância de coloração amarela-esverdeada, que resulta do metabolismo da hemoglobina (substância responsável pela cor vermelha das células do sangue).

Em excesso, a bilirrubina se deposita na pele, na parte branca dos olhos e nas mucosas, deixando pele e olhos amarelados.

Icterícia

Porém, se a icterícia for muito acentuada ou de longa duração, a pele adquire uma coloração esverdeada devido à transformação da bilirrubina em biliverdina.

Algumas doenças que podem deixar a pele amarelada:

  • Doenças hepáticas e biliares, como hepatites, cirrose, cálculos ou tumores biliares, câncer de fígado;
  • Hemocromatose: doença genética que aumenta excessivamente a absorção de ferro;
  • Síndrome de Gilbert: condição genética que provoca um aumento dos níveis de bilirrubina;
  • Anemia falciforme;
  • Câncer de pâncreas.
Pele esverdeada é sempre sinal de doença?

Não. Se for uma mancha esverdeada pode ser uma equimose, que geralmente é causada por pancadas ou alterações na coagulação do sangue.

Equimose

A equimose ocorre quando vasos sanguíneos muito pequenos (capilares) se rompem e o sangue extravasado se espalha e infiltra-se nos tecidos ao redor.

Dentre as possíveis causas de uma equimose estão:

  • Traumas;
  • Distúrbios da coagulação;
  • Efeitos colaterais de medicamentos;
  • Cirurgias;
  • Injeções;
  • Longos períodos em posturas forçadas.

Uma equimose recente geralmente tem uma coloração arroxeada, tornando-se depois amarelo-esverdeada, até ir desaparecendo gradualmente.

Consulte um médico clínico geral ou médico de família se a sua pele estiver amarelada ou esverdeada.

Leia também: Olhos amarelados, o que pode ser?