A aplicação da injeção anticoncepcional com dor fora do normal pode ser o resultado de falha na administração, embora a dor também possa ser causada pela característica oleosa (viscosa) do líquido dos anticoncepcionais.
Dor e roxo no local da injeção é normal?É normal haver alguma dor com a aplicação da injeção, no entanto, a dor não costuma ser de forte intensidade e passa espontaneamente depois de algumas horas. Se sentir dor no local da injeção a aplicação de frio pode ajudar a aliviar este sintoma.
Se a dor for muito persistente, intensa e vier acompanhada de outros sintomas como inchaço, vermelhidão no local da aplicação, febre ou mal-estar é importante procurar um médico para uma avaliação.
Também não é esperado que o local da aplicação fique roxo com hematomas, isso pode indicar que algum vaso foi atingido.
Se pequenos vasos forem atingidos não há interferência no efeito da injeção, no entanto, caso vasos maiores sejam rompidos com a formação de grandes hematomas é possível haver interferência na absorção do anticoncepcional e interferir na sua eficácia.
O que fazer se suspeitar que a injeção anticoncepcional foi mal aplicada?Caso haja a formação de uma espécie de calombo no local da aplicação, significa que houve uma aplicação muito superficial e isso interferirá na ação do anticoncepcional.
Em caso de dúvida sobre a ação adequada do anticoncepcional injetável deve-se utilizar outro método para prevenir a gravidez, como a camisinha, e consultar um ginecologista ou médico de família.
A técnica correta de aplicação do anticoncepcional injetável deve ser por via intramuscular profunda, no músculo do bumbum (glúteo) e não se deve massagear ou aplicar qualquer tipo de compressa no local até 24 horas após a aplicação.
Desta forma, os hormônios presentes na injeção ficam depositados no músculo, sendo absorvidos pela corrente sanguínea e liberados gradual e continuamente de modo a prevenir a gravidez.
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Referências bibliográficas.
Planejamento Familiar. UM MANUAL GLOBAL PARA PROFISSIONAIS E SERVIÇOS DE SAÚDE. OMS.
Os exames que a mulher deve fazer para saber se pode engravidar ou não são feitos com objetivo de analisar os fatores relacionados à fertilidade feminina, como problemas hormonais e de ovulação, integridade anatômica do útero, trompas e colo uterino, incompatibilidades entre os espermatozoides e os óvulos e endometriose.
Dentro de cada um desses parâmetros, são esses os exames que servem para diagnosticar a infertilidade na mulher:
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Problemas hormonais e de ovulação:
- Dosagem hormonal: As dosagens hormonais são feitas durante o ciclo menstrual e servem para verificar se a mulher tem ovulação, quando ela ocorre e qual é a qualidade da mesma. Geralmente os hormônios analisados são o FSH, LH, estrógeno, prolactina e progesterona;
- Ultrassom transvaginal: A ultrassonografia é repetida algumas vezes durante o ciclo ovulatório e pode prever o momento exato em que o óvulo é encaminhado para o útero através da trompa uterina;
- Biópsia do endométrio (parte interna do útero): Este exame recolhe material da parede interna do útero para ser analisado ao microscópio, sendo realizado por volta do 24º dia do ciclo menstrual. A biópsia também analisa a ação dos hormônios.
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Integridade anatômica do útero, trompas e colo uterino:
- Histerossalpingografia: Trata-se de um exame de raio-X contrastado, que permite avaliar a integridade das trompas e da cavidade uterina, o que é fundamental para a fertilidade da mulher;
- Histerossonografia: O exame é feito com a colocação de uma sonda no útero pelo canal vaginal e, através da sonda, é injetado um fluido que expande a cavidade uterina, segue em direção às trompas e chega à cavidade pélvica. Todo o procedimento é acompanhado pelo ultrassom, permitindo ao médico avaliar a anatomia da cavidade uterina;
- Ultrassom endovaginal: A ultrassonografia serve para diagnosticar diversos problemas no útero (miomas, anomalias estruturais, funcionais e anatômicas), ovário (cistos, tumores, ovários policísticos;
- Videolaparoscopia: Este exame é feito em hospital, com anestesia geral. No precedimento é introduzida uma microcâmera no abdômen através de um pequeno corte, em que se pode visualizar útero, trompas, ovários e órgãos adjacentes. O exame serve para detectar e tratar aderências e endometriose, além de analisar a permeabilidade das tubas;
- Video-histeroscopia: Permite examinar o interior do útero sem necessidade de cortes e pode diagnosticar e tratar miomas, pólipos, malformações e aderências;
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Incompatibilidade entre espermatozoides e óvulos:
- Teste Pós-Coito: Este exame identifica ao microscópico o comportamento dos espermatozoides quando entram em contato com o organismo da mulher;
- Outros exames imunológicos avaliam os anticorpos anticardiolipina, antitireoidianos, fator anticoagulante lúpico, entre outros;
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Endometriose: A endometriose é a migração do endométrio (tecido que reveste a parte interna do útero) para os ovários, trompas, intestino, bexiga, cavidade abdominal ou ainda para dentro do músculo do útero. É o endométrio que se solta e sai juntamente com o sangue durante a menstruação. A endometriose é responsável por quase metade dos casos de infertilidade feminina;
- Videolaparoscopia: É essencial para confirmar o diagnóstico e determinar a gravidade da endometriose.
Leia também: Tenho endometriose: posso engravidar?
Além dos exames que podem detectar a infertilidade em mulheres que pretendem engravidar, é preciso levar em consideração a fertilidade masculina.
Porém, os exames para detectar a infertilidade no homem consistem em:
- História clínica do homem, que verifica antecedentes de infecções, traumas, cirurgias e impotência, além de hábitos como abuso de álcool e tabagismo;
- Exame físico;
- Espermograma;
- Exames genéticos.
Para maiores informações sobre os exames que você pode fazer para saber se pode engravidar ou não, fale com o/a médico/a de família, ginecologista ou urologista.
Sim. O Botox Capilar pode ser utilizado por grávidas e lactantes, desde que não contenha produtos proibidos pela ANVISA e órgãos de saúde.
O botox capilar é um tratamento de hidratação profunda, que ajuda a retirar o frizz e pontas duplas do cabelo. Embora seja chamado de botox capilar, não possui toxina botulínica em sua composição.
Este tipo de tratamento não alisa o cabelo. Por ser constituído de proteínas e vitaminas, promove a hidratação dos fios, mantendo-o mais saudável, com isso a impressão de que está mais liso.
Uso do Botox Capilar durante a gravidezAs mulheres grávidas que querem tratar o cabelo por danos causados anteriormente à gravidez, podem utilizar o botox capilar.
As substâncias nutritivas presentes no botox capilar oferecem vitaminas e proteínas que tratam o fio fazendo com que a sua estrutura possa ser recuperada, tornando-o mais forte e macio.
O botox capilar não contém formol e nem químicos como amônia e chumbo. Por este motivo não traz nenhum risco às mulheres grávidas e seus bebês.
Entretanto, é importante antes de aplicar, pedir para ver o rótulo do produto e conferir as substâncias da sua composição. Caso tenha dúvidas, fale com seu/sua médico/a antes de qualquer tratamento para o cabelo.
Utilização do Botox Capilar durante a amamentaçãoPor não ter produtos químicos (formol, amônia, chumbo e/ou outros metais pesados) capazes de alterar a composição do leite materno, lactantes podem fazer tratamento com botox capilar.
É importante sempre lembrar que os produtos usados na pele e couro cabeludo da mãe são absorvidos pelo corpo, caem na corrente sanguínea e podem alterar a constituição do leite materno. Portanto, tudo que a mãe usa chega à criança por meio da amamentação o que torna necessário, cuidados redobrados na hora de escolher um cosmético para uso na pele ou nos cabelos.
Quais as substâncias que grávidas e lactantes não podem usar?Produtos com a amônia, ácidos e formol são proibidos pela Anvisa e órgãos de saúde, para toda a população, principalmente para mulheres grávidas ou que estão amamentando. Antes de qualquer tratamento converse com o seu cabeleireiro, peça para verificar o rótulo do produto e procure as seguintes substâncias:
- Amônia
- Methylene glycol (metileno glicol)
- Glyoxilic acid (ácido glioxílico)
- Aldeído fórmico
- Oxymethylene (oximetileno)
- Oxomethane (oximetano)
- Chumbo
Estas são algumas das substâncias mais comuns presentes em produtos de cabelo que não podem ser utilizadas pelo risco de intoxicação, câncer e outras doenças com o seu uso crônico.
Nenhuma delas deve estar presente no botox capilar.
Em caso de dúvidas, peça indicação médica dos produtos que podem ser usados. Uma outra dica que pode ser útil é levar o rótulo para que seu/sua médico/a veja antes de efetuar o tratamento.
Durante a gravidez e amamentação busque sempre orientação médica para escolher os melhores e mais seguros tratamentos para o cabelo.
Leia mais: Amamentando posso fazer selagem térmica e luzes no cabelo?
Não, menstruação na gravidez não é possível.
Se a mulher estiver grávida, seu organismo interrompe o ciclo menstrual, pois a camada interna do útero que descama na menstruação, deverá receber e nutrir o embrião durante toda a gestação. Apenas quando não ocorre a fecundação, a menstruação acontece.
O que pode acontecer durante uma gravidez, é um episódio de sangramento no início, que marca a implantação do embrião na parede do útero, embora não seja frequente. Entretanto o sangramento é bem menor do que ocorre em uma menstruação, e a coloração diferente.
Casos de sangramento abundante, vermelho vivo, ou associado a cólicas em mulheres sabidamente grávidas, devem ser comunicados imediatamente ao/a médico/a assistente para avaliação.
Mulheres que suspeitam de gravidez e apresentam sangramento, devem realizar o teste de gravidez para esta confirmação e início de acompanhamento adequado. A ausência de menstruação é um dos primeiros sinais de gravidez. O atraso nesses casos deve ser de pelo menos 7 dias.
O/A médico/a da família, clínico/a geral ou ginecologista, poderão auxiliar e orientar da melhor forma nesses casos.
Saiba mais em:
Os principais sintomas do herpes genital são vermelhidão, dor em ferroada, coceira e bolhas na região genital. Em alguns casos, pode haver febre, dor muscular, dor de cabeça e mal-estar, embora esses sintomas sejam muito menos comuns.
Na fase inicial, o herpes genital se manifesta sob a forma de manchas vermelhas, que depois evoluem para pequenas bolhas dolorosas cheias de líquido, que surgem em grupos, principalmente na vulva (parte externa da vagina), interior da vagina, pênis e ânus.
Antes do aparecimento das bolhas, a pessoa pode sentir outros sintomas nesses locais, como ardência, formigamento e coceira. Também podem surgir nódulos dolorosos nas virilhas ou próximos das lesões, que são os gânglios linfáticos inflamados devido à infecção.
Contudo, nem todas as pessoas infectadas pelo vírus manifestam sinais da doença. Há indivíduos que nunca manifestam sintomas, outros só manifestam uma vez ao longo da vida, enquanto outros apresentam quadros frequentes.
Quando aparecem os primeiros sintomas do herpes genital?O período de incubação do vírus do herpes genital varia entre 4 e 15 dias após a infecção, que ocorre através de relação sexual com pessoas infectadas. Após esse período, surgem os primeiros sintomas. Em geral, o primeiro surto da doença é mais agressivo, prolongado, generalizado e doloroso que os demais, podendo haver febre e mal-estar nesses casos.
Qual o tempo de duração dos sintomas do herpes genital?Os sintomas do herpes genital geralmente permanecem durante 5 a 10 dias. Um sinal característico da doença é o desaparecimento e reaparecimento dos sintomas após algum tempo, geralmente no mesmo local.
O que é o herpes genital?O herpes genital é uma infecção causada, principalmente, pelo vírus Herpes simplex tipo 2, que se transmite por contato direto com a lesão de uma pessoa infectada. O vírus então se aloja nos nervos do indivíduo e se manifesta por meio dos sintomas descritos, que podem aparecer em diferentes locais como a vulva e vagina, pênis, ânus ou boca.
Quais são os sintomas do herpes genital feminino e masculino?O herpes genital feminino e masculino provoca lesões na pele e nas mucosas das regiões dos órgãos genitais e do ânus, podendo causar ainda corrimento, dificuldade para urinar e dor ao andar, dependendo da localização.
Nos homens, as lesões podem se manifestar em qualquer parte do pênis, inclusive no prepúcio (pele que recobre a glande), podendo ainda causar impotência.
Uma vez que causa coceira, as bolhas podem se romper ao coçar, podendo provocar a formação de pequenas feridas que formam casquinhas quando cicatrizam, na maioria das vezes espontaneamente. No entanto, o vírus do herpes genital migra através dos nervos e fica alojado num gânglio nervoso, onde permanece inativo até voltar a se manifestar.
As chances de transmissão são muito maiores nos períodos de manifestação dos sintomas, embora o vírus também possa ser transmitido na ausência de lesões.
Quais as possíveis complicações do herpes genital?Normalmente, os sintomas do herpes genital limitam-se aos locais das lesões, que normalmente regridem e cicatrizam espontaneamente, mesmo sem tratamento.
Porém, há casos em que podem ocorrer graves complicações, como quando o vírus atinge o cérebro, causando encefalite herpética. Esse tipo de complicação tende a acontecer em pessoas com o sistema imunológico debilitado, como pacientes com HIV/AIDS, câncer e outras doenças graves.
As lesões em pessoas imunodeprimidas podem ser graves e espalhar-se para outras partes do corpo, como articulações, ou ainda a órgãos como fígado e pulmões. O herpes genital nesses casos pode levar semanas para desaparecer ou ficar resistente ao tratamento.
Quando atinge as meninges, que são membranas que recobrem o cérebro, provoca meningite, podendo causar vômitos, dor de cabeça e rigidez na nuca. Se o vírus do herpes genital infectar a medula espinhal, pode levar à perda de força, movimentos ou causar outros tipos de debilidades nos membros inferiores.
Contudo, é importante lembrar que essas complicações são raras e tendem a acontecer apenas em situações específicas.
Há ainda um risco maior de contrair outras infecções sexualmente transmissíveis, como HIV, já que o herpes genital provoca pequenas lesões no local da infecção, o que aumenta as chances de penetração de vírus e bactérias no organismo.
Herpes genital na gravidez é grave?Se a mulher estiver com lesões de herpes genital no momento do parto, pode transmitir o vírus ao bebê. A infecção do herpes genital pelo recém-nascido pode levar ao desenvolvimento de sequelas neurológicas extremamente graves ou até mesmo à morte da criança, uma vez que o seu sistema imunológico ainda é bastante frágil.
As mulheres são as mais afetadas pelo herpes genital, uma vez que o vírus é mais facilmente transmitido do sexo masculino para o feminino, do que da mulher para o homem.
É fundamental procurar o/a médico/a o mais rápido possível, para abreviar a duração dos sintomas e evitar a transmissão para outras pessoas, já que as vesículas (pequenas bolhas com líquido dentro) são altamente contaminantes.
Em gestantes, o tratamento deve ser feito com urgência, uma vez que a doença pode passar para o bebê e, nesse caso, pode levar a sequelas relacionadas com o desenvolvimento do cérebro.
Saiba mais em: Herpes na gravidez é perigoso? Como tratar?
Redução no nível de beta-hCG deve ser analisada com cuidado. Pode ser normal, se ocorrer após 12 semanas de gravidez, ou indicar um problema, como gravidez ectópica ou perda da gestação.
Precisa centrar o seu tratamento médico em apenas um profissional, a segunda opinião sempre é válida, mas precisa de um único médico para conduzir o seu pré-natal, caso contrário as coisas vão ficar confusas e você vai se sentir perdida.
Por que beta-hCG diminuiu, mas a gravidez evolui normalmente?A partir da 12ª semana de gestação, é normal que o seu exame de beta-hCG comece a diminuir. Isto acontece devido ao aumento da progesterona, um dos hormônios responsáveis pela nutrição do feto.
Deste modo, a gravidez evolui sem complicações e você deve seguir com o seu acompanhamento pré-natal.
Meu exame de beta-hCG diminuiu e eu tive sangramento, o que pode ser? - Gravidez EctópicaA gravidez ectópica ocorre quando o óvulo fecundado se implanta fora do útero, sendo as tubas uterinas o local mais comum desta implantação anormal.
Nestes casos, os sintomas mais comuns são:
- sangramento vaginal ou manchas de sangue na calcinha e
- cólicas e/ou dor no baixo ventre.
Trata-s de uma emergência médica que coloca em risco a vida da mãe e, infelizmente, o feto não sobrevive. Por este motivo, na suspeita de gravidez ectópica, procure imediatamente um serviço de emergência.
- Aborto espontâneoO aborto espontâneo é caracterizado pela perda do feto devido a causas naturais antes de 20 semanas de gestação. Acontece com maior frequência, nos 3 primeiros meses de gestação.
Os sintomas de aborto espontâneo incluem:
- No início da gestação: pequeno sangramento vaginal, de coloração vermelho vivo ou vermelho escuro.
- No final da gravidez: o sangramento se torna abundante e pode vir acompanhado de coágulos ou muco e cólicas intensas.
É importante que os seus exames de beta-hCG sejam sempre avaliados pelo obstetra que a acompanha, ou médico de família durante as consultas de pré-natal no SUS.
No caso de anormalidades, pode ser necessário a realização de uma ultrassonografia transvaginal para avaliar o estado de saúde do bebê.
Para saber mais sobre o exame de beta-hCG, você pode ler:
Após aborto em quanto tempo beta-HCG dá negativo?
Como entender os resultados do exame de gravidez Beta-hCG?
Beta HCG ajuda a detectar gravidez molar?
Referência:
FEBRASGO. Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.
Menstruar duas vezes num mesmo mês pode ocorrer eventualmente, sem que signifique que um problema ou doença.
Por exemplo, nas mulheres que fazem uso de anticoncepcional regularmente, pode haver um sangramento logo após terminar a menstruação, aos primeiros meses, chamado "spotting", ou sangramento de escape. Trata-se de um efeito colateral esperado.
No entanto, após 3 meses, em média, com a adaptação do organismo ao medicamento, esse sintoma desaparece e a menstruação deve ocorrer apenas uma vez ao mês.
Quando a menstruação vai e volta em uma semana, 10 ou 15 dias, sem relação com início do remédio ou acontece frequentemente, não deve ser considerada normal, é preciso ser investigada. Pode ser sinal de algum problema como um mioma, distúrbios hormonais, entre outros problemas de saúde.
Neste caso procure um ginecologista para avaliação e orientações para o seu caso.
Quando procurar um médico?Os sinais e sintomas que indicam a necessidade de procurar imediatamente um atendimento médico são:
- Mais de uma menstruação por mês sem motivo aparente ou por mais de 3 meses consecutivos,
- Sangramento muito volumoso (trocar mais vezes o absorvente por dia, do que o seu habitual),
- Sangramento associado a dor intensa,
- Sangramento associado a febre (acima de 38,5º),
- Saida de secreção purulenta pela vagina,
- Fraqueza, sonolência.
Entenda melhor o que é o sangramento de escape no artigo: Sangramento de escape pode ser considerado menstruação?
Referência:
FEBRASGO - Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.
É bastante raro, mas quando ocorre uma relação desprotegida logo após terminar a menstruação, um ou dois dias apenas, pode sim ocorrer uma gravidez. Isso depende principalmente do ciclo menstrual da mulher.
A mulher que tem um ciclo menstrual muito curto e ao mesmo tempo, uma menstruação prolongada, tem maior risco de engravidar logo após terminar o sangramento, porque a ovulação acaba ficando próxima.
Como a ovulação acontece no meio do ciclo menstrual, mulheres com ciclos curtos, de 22 ou 23 dias, ovulam no 10º ou 11º dia. Por isso, se a menstruação durar 7 dias, um dia depois será o 8º dia, bem próximo à ovulação, oferecendo risco de uma gravidez.
Vejamos um exemplo:
- Ciclo menstrual curto (22 ou 23 dias) → dia fértil - 10º ou 11º dia
- Período fértil - 7º até 13º do ciclo.
Sabendo que os ciclos para a maioria das mulheres varia entre 28 e 30 dias, o dia fértil, de maior risco para engravidar, é o 14º ou 15º dia do ciclo, exatamente a metade do ciclo. Devido a vitalidade dos espermatozoides, e possíveis variações hormonais, são somados 3 dias antes e 3 dias após esse dia, resultando no período fértil, que varia entre o 11º e o 17º dia após o primeiro dia da menstruação.
Um exemplo prático:
Mulher que menstrua a cada 28 dias, regularmente, durante 5 dias, e teve o início da sua menstruação no dia 11 de março.
- Primeiro dia do ciclo: 11 de março
- Dia fértil: 14º dia (11+14) = 25 de março
- Período fértil: acrescenta 3 dias antes e 3 dias depois = 22 até 28 de março
Na semana de 22 a 28 de março provavelmente será liberado o óvulo que ao se encontrar com o espermatozoide, dá origem ao embrião. Portanto, nesse período, existe grande probabilidade de engravidar, se houver relação desprotegida.
Nos casos de irregularidade menstrual, o cálculo do dia fértil pode ser feito, mas é considerado menos seguro. Nesse caso anote os ciclos durante 6 meses e depois subtraia 18 do ciclo mais longo e 11 do ciclo mais curto. Os resultados são a semana estimada de fertilidade.
Quantos dias depois da menstruação é possível engravidar?Em geral, após 7 a 10 dias do último dia da menstruação, a possibilidade de engravidar se torna maior.
No entanto, alguns fatores podem interferir nesse cálculo e permitir que aconteça a gravidez antes desse período, e são esses fatores que a mulher que não deseja engravidar nesse momento, deve estar atenta.
Por exemplo, mulheres com irregularidade menstrual, podem ter um escape (pequeno sangramento), no meio do ciclo, próximo ao período fértil, mas interpretar como menstruação.
O uso de medicamentos, uso de anticoagulantes, que por vezes interferem na ovulação e pico hormonal da mulher.
Situações de estresse e ansiedade, crise de depressão e uso de antidepressivos, também podem modificar a liberação de neurotransmissores e assim, o pico do hormônio necessário para a liberação do óvulo.
O método mais confiável de evitar a gravidez é com uso regular de contraceptivos, em todas as relações. Como as pílulas anticoncepcionais, dispositivo intrauterino (DIU), implante subcutâneo e a camisinha (feminina ou masculina), que além da gravidez, protege contra infecções sexualmente transmissíveis (ISTs).
Saiba um pouco mais sobre o assunto, nos artigos abaixo:
- Como calcular o Período Fértil?
- O período fértil é antes ou depois da menstruação?
- Cálculo do período fértil vale para ciclo irregular?
- Quantos dias depois da menstruação posso engravidar?
Referência:
FEBRASGO - Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.