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Unhas amareladas podem ser sinal de doença?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Sim, unhas amareladas pode ser sinal de algumas doenças. Dentre elas, podemos destacar:

- Doenças do fígado, como hepatites e cirrose;

- Doenças autoimunes, como a diabetes, artrite reumatoide e tireoidites;

- Doenças do sistema sanguíneo, como as talassemia;

- Doenças pulmonares como a bronquite e doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) e

- Doença fúngica, a onicomicose (micose na unha) é causada por fungos que consomem a proteína que forma a unha, deixando-a mais grossa, fraca e quebradiça ou rígida. É uma das causas principais de unha amarelada.

Contudo, ter as unhas mais amarelas nem sempre indica sinal de doença. Por exemplo, os idosos podem apresentar unhas amareladas sem ser um sinal de anormalidade. São exemplos de causas passageiras e não perigosas:

- O uso prolongado de medicamentos, como os antibióticos;

- O contato frequente com água e produtos de limpeza;

- A ingestão excessiva de alimentos com caroteno, como a cenoura, abobora e batata-doce, chamada carotenemia, podem levar a coloração amarelada tanto nas unhas quanto na pele e

- Unhas compridas. Pessoas que têm as unhas dos pés muito compridas também podem ficar com as unhas amareladas. Nesse caso, a alteração da cor é causada pelo descolamento da unha que, por estar muito comprida, pode gerar uma alavanca e se descolar do seu leito.

As unhas saudáveis possuem uma aparência brilhante, não costumam lascar ou apresentar sinais de falta de hidratação. Unhas que mudam de coloração, descamam, escurecem, apresentam ranhuras ou manchas podem indicar diversos problemas de saúde.

Para avaliar se o amarelado da unha é ou não sinal de alguma doença, consulte um médico dermatologista.

Saiba mais em:

SBD. Sociedade Brasileira de Dermatologia.

Qual o valor normal dos segmentados no exame de sangue?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O valor normal dos segmentados ou neutrófilos segmentados no sangue pode variar de acordo com cada laboratório. No entanto, você pode se basear nos seguintes valores de referência:

  • 3.000 a 8.000/mm³ ou
  • 40 a 65%

Os segmentados fazem parte do leucograma que, por sua vez, está incluído no hemograma completo.

Segmentados altos ou baixos, o que significa?

O nível de segmentados altos ou baixo no sangue indica que algo pode estar acontecendo no seu organismo.

Segmentados altos

Os segmentados são considerados altos no sangue quando atinge os seguintes valores:

  • acima 8.000/mm³ ou
  • acima 65%

A elevação dos níveis de segmentados no sangue é chamado de neutrofilia e ocorre nas seguintes condições:

  • Infecções bacterianas e/ou inflamações,
  • Hemorragias,
  • Infarto,
  • Uso de alguns medicamentos, por exemplo, os corticoides,
  • Presença de tumores e
  • Após a realização de cirurgias.
Segmentados baixos

Quando os segmentados no sangue estão baixos, observamos no exame de sangue os valores a seguir:

  • abaixo de 3.000 ou
  • abaixo de 40%

A redução dos segmentados na corrente sanguínea, se chama de neutropenia e pode indicar:

  • Doenças autoimunes,
  • Distúrbios na atividade da medula óssea,
  • Alcoolismo e
  • Tratamento com quimioterapia.
O que são os segmentados?

Os segmentados ou neutrófilos segmentados são os neutrófilos maduros, células de defesa encontradas em maior quantidade na corrente sanguínea. Os neutrófilos fazem parte dos glóbulos brancos do sangue, responsáveis pelo nosso sistema imune e muito importante no combate a infecções.

Neutrófilos jovens são conhecidos como bastões ou bastonetes e costumam estar elevados quando existe uma infecção aguda.

O resultado dos níveis de segmentados e outros componentes do hemograma completo, deve ser interpretado e analisado, de preferência, pelo médico que o solicitou. Geralmente é solicitado pelo médico de família ou clínico geral.

Se você quer saber mais sobre segmentados e/ou leucograma, leia também:

Segmentados alto no leucograma, o que pode ser?

Segmentados baixo no leucograma, o que pode ser?

Leucograma: Para que serve e quais os valores de referência?

Referência

Sociedade Brasileira de Análises Clínicas

O que é pangastrite enantematosa leve? Quais os sintomas e como tratar?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A pangastrite enantematosa leve é uma inflamação de toda a mucosa do estômago que provoca sintomas como dor no estômago, sensação de queimação, náuseas e vômitos.

Pode ser provocada pelo consumo excessivo de bebidas alcoólicas, medicamentos anti-inflamatórios como ibuprofeno, por infecção da bactéria H.pylori e por doenças autoimunes como a Doença de Crohn.

É também chamada de gastrite enantematosa e o seu tratamento envolve o uso de antibióticos e inibidores da produção de ácido gástrico como o omeprazol. Conheça um pouco mais sobre a pangastrite na sequência desse artigo.

Sintomas de pangastrite leve

Os sintomas de pangastrite leve costumam surgir pouco tempo após as refeições e durar em torno de duas horas. Os sintomas mais comuns são:

  • Dor no estômago,
  • Sensação de queimação,
  • Falta de apetite,
  • Enjoo,
  • Náuseas,
  • Vômitos,
  • Gases e arrotos.

Na medida em que o tempo passa, esses sintomas vão se tornando mais intensos.

Tratamento da pangastrite enantematosa leve

O tratamento da pangastrite leve envolve o uso de medicamentos e hábitos alimentares saudáveis. A indicação do melhor tratamento é feita com base nos sintomas da doença e, se necessário, após a realização do exame de endoscopia digestiva alta (EDA).

Amoxicilina, Claritromicina

As pangastrites são geralmente causadas pela presença de uma bactéria chamada Helicobacter pylori que é identificada durante o exame de endoscopia digestiva. Nestes casos, o tratamento é feito com uso de antibióticos como amoxicilina e claritromicina.

Omeprazol, pantoprazol, esoprazol

Estes medicamentos que inibem a produção de ácido clorídrico no estômago são indicados em doenças como a pangastrite. São remédios que ajudam a reduzir a irritação das paredes do estômago, provocada pela doença e promover a sua cicatrização.

Cimetidina, famotidina e nizatidina

Há medicamentos que inibem a secreção de ácidos no estômago induzidas pela histamina e gastrina e causam a redução do volume de suco gástrico no estômago. A cimetidina, nizatidina e famotidina são os mais usados.

Alimentação saudável ajuda a tratar a pangastrite leve

A adoção de hábitos alimentares saudáveis faz parte, junto com os medicamentos, do tratamento da pangastrite leve. Você deve priorizar legumes e verduras cozidos, frutas, carnes magras, frango e peixe grelhados ou cozidos e ovos cozidos.

Devem ser evitados os alimentos gordurosos ou que irritam a mucosa do estômago. Estes alimentos incluem frutas ácidas, pimenta, frutas secas e cristalizadas, doces como os chocolates, café, refrigerantes, salsichas, linguiça, bacon, carnes gordas, alimentos enlatados ou em conserva e bebidas alcoólicas.

Quando devo me preocupar?

Quando não tratada, a pangastrite pode evoluir para o estágio moderado ou grave da doença, o que pode provocar sintomas graves como:

  • Dor e queimação de estômago que duram mais de 2 semanas
  • Febre,
  • Fraqueza,
  • Vômito com sangue,
  • Fezes escurecidas, pastosas e com odor forte (melena): este tipo de fezes são compostas por sangue digerido que transitou pelo sistema gastrointestinal.

Se você perceber qualquer um destes sintomas, especialmente, sangue no vômito ou nas fezes, busque atendimento em uma emergência hospitalar.

Para saber mais sobre pangastrite, leia:

Quais os sintomas da Pangastrite Enantematosa?

Pangastrite enantematosa moderada e urease positivo significa gastrite?

Referências:

  • Angência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA. Memento Fitoterápico da Farmacopeia Brasileira. Brasília: ANVISA, 2016.
  • Ganguly, S.; Roy, S. Medicinal Plants and Herbs: A Review. International Journal of Pharmacy & Life Sciences, 6(3):4288-4290, 2019.
  • Federação Brasileira de Gastroenterologia
Para que serve o diprospan?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Diprospan® é uma medicação injetável indicada no tratamento de várias doenças e situações que induzem processos inflamatórios, entre elas:

  • alergias,
  • inchaços,
  • asma,
  • bronquite,
  • Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC),
  • Artrites e osteoartrite,
  • Colite ulcerativa,
  • Lesões musculares, torcicolo e lombalgia,
  • Bursite,
  • Dermatite,
  • Lúpus e
  • Psoríase.

O princípio ativo do Diprospan® é a betametasona, um corticoide com efeito anti-inflamatório, antirreumático e antialérgico.

Diprospan® é também utilizado em algumas mulheres grávidas que vão ter parto prematuro e usam a medicação para maturação dos pulmões do feto.

Indicações de Diprospan®

O usode Diprospan® é bastante variado sendo indicado para tratar doenças agudas e crônicas que respondem aos corticoides. A injeção de Diprospan® serve para:

  1. Alterações em músculos, ossos e tecidos moles: artrite reumatoide, osteoartrite, bursite, espondilite anquilosante, espondilite radiculite, dor no cóccix, dor ciática, lombalgia, torcicolo, fascite,
  2. Alergias: asma, rinite alérgica, doença do soro, picadas de insetos,
  3. Doenças que afetam a pele: dermatites, urticária, líquen plano hipertrófico, necrobiose lipoídica associada com diabetes mellitus, alopecia areata, lúpus eritematoso discoide, psoríase, queloides, pênfigo, dermatite herpetiforme, acne cística,
  4. Doenças do colágeno: lúpus eritematoso sistêmico, esclerodermia, dermatomiosite, poliarterite nodosa e
  5. Câncer: (leucemia, linfoma).
Quais são os efeitos colaterais do Diprospan®

As taxas de efeitos colaterais do Diprospan® são baixas. Porém, o uso do medicamento pode ocasionar reações adversas em alguns casos.

Efeitos colaterais comuns

Os efeitos colaterais comuns do Diprospan® ocorrem em até 10% das pessoas que tomam o medicamento e incluem insônia, má digestão, aumento de apetite e infecções frequentes.

Efeitos colaterais incomuns

Os efeitos colaterais incomuns do Diprospan® ocorrem em até 1% das pessoas que tomam a medicação. Dentre essas reações estão: dificuldade de cicatrização da pele, atrofia da pele, foliculites, coceira, diabetes, osteoporose, sangramento gastrointestinal, irregularidade menstrual, entre outras.

Efeitos colaterais raros

Os efeitos adversos raros do Diprospan® são observados em até 0,001% das pessoas que usam o medicamento. Dentre as reações raras estão:

  • Estrias, hematomas, alergias;
  • Acne, urticária, transpiração excessiva;
  • Vermelhidão na pele, face e pescoço;
  • Depressão, convulsões, dor de cabeça;
  • Tontura, confusão mental, alteração de humor;
  • Úlcera, distensão abdominal, alteração em exames de fígado;
  • Diminuição do número de espermatozoides, dores musculares e articulares;
  • Aumento da pressão intraocular, catarata.

Na presença de algum efeito colateral, o/a médico/a que receitou o medicamento deve ser informado. É importante usar a medicação apenas com indicação médica e na frequência recomendada na receita.

Referência

Comissão de Farmácia e Terapêutica Hospital Alemão Oswaldo Cruz. Manual Farmacêutico 2106 - 2017. São Paulo, Hospital Alemão Oswaldo Cruz, 2018.

Vou viajar e ficarei menstruada nessa época, o que faço?
Dr. Charles Schwambach
Dr. Charles Schwambach
Médico

Não dê a pausa do anticoncepcional, emende uma cartela na outra (somente desta vez) que você não vai menstruar agora, somente vai menstruar quando parar de tomar a nova cartela.

Como fazer para atrasar ou adiantar a menstruação

Antes de usar qualquer método para atrasar ou adiantar a sua menstruação, é importante que você converse com o ginecologista ou médico de família. As formas usadas mais frequentemente para atrasar ou adiantar a menstruação são:

1. Emendar uma cartela de anticoncepcional na outra

Suspender o intervalo entre uma cartela de anticoncepcional e a cartela seguinte é a forma mais comum de atrasar a menstruação. Deste modo, sua menstruação atrasará por um mês.

Nestes casos, basta que você tome o primeiro comprimido da nova cartela logo que a cartela que você está utilizando acabar. Ao final da segunda cartela, você deve dar o intervalo normal do seu anticoncepcional habitual (7 ou 10 dias) para que a menstruação venha e você volte a utilizar o medicamento normalmente.

2. Interromper o uso do anticoncepcional

A interrupção antecipada do uso da cartela de anticoncepcionais provoca uma queda súbita dos níveis hormonais equilibrados pelo contraceptivo. Isto faz com que a sua menstruação venha mais cedo.

Quando interrompe antecipadamente a cartela, a menstruação desce mais cedo, pela ausência abrupta dos hormônios da medicação.

3. Tomar o medicamento Primosiston®

Para atrasar ou adiantar a menstruação por apenas 1 ou 2 dias, o método mais seguro e eficaz é o uso de um medicamento chamado Primosiston®. Sua função é impedir a ovulação e a produção hormonal, o que modifica o revestimento interno do útero (endométrio) e interrompe a menstruação.

Para adiantar a menstruação se recomenda tomar 1 comprimido, 3 vezes ao dia, por, pelo menos 8 dias, a partir do 5º dia do seu ciclo menstrual. Ou seja, comece a contar o primeiro dia da sua menstruação, como sendo o primeiro dia do seu ciclo. Ao usar a medicação deste modo, a sua menstruação ocorrerá 2 a 3 dias após a suspensão de Primosiston®.

Já para atrasar a menstruação, o indicado é ingerir 1 comprimido, 3 vezes ao dia, por 10 a 14 dias. Neste caso, o primeiro comprimido deve ser usado 3 dias antes da data prevista da sua próxima menstruação. Para isto, você deve ter ciclo menstrual regular e ter a certeza de que não está grávida, pois o uso da medicação durante a gravidez traz risco à saúde do bebê.

Primosiston® somente deve ser utilizado sob orientação médica.

4. Utilizar contraceptivo de uso contínuo

A pílula de uso contínuo provoca a suspensão da menstruação durante o tempo em que você está a tomá-la. Por apresentar uma carga hormonal baixa, pode ser utilizada continuamente, ou seja, sem as pausas. Isto faz com que a menstruação não ocorra, entretanto, pequenos sangramentos podem ocorrer.

5. Inserir o Dispositivo Intrauterino (DIU)

O Dispositivo Intrauterino hormonal é colocado no consultório pelo ginecologista. É um pequeno dispositivo em formato de “T” que é colocado dentro do útero e libera lenta e constantemente baixos níveis de hormônios, o que evita que a menstruação aconteça.

Apesar de causar a ausência da menstruação, algumas mulheres podem ter um sangramento leve e irregular nos 6 primeiros meses de uso.

Não utilize nenhum método para adiantar ou atrasar a menstruação sem orientação de um ginecologista.

Para saber mais sobre atrasar ou adiantar a menstruação, você pode ler:

Referência

Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia - FEBRASGO

H. pylori positivo é sinal de câncer de estômago?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Não, H. Pylori positivo não é sinal de câncer de estômago, mas sim um fator de risco para desenvolver a doença. Ainda não se sabe ao certo por qual a motivo a presença dessa bactéria contribui para o aparecimento do câncer de estômago, mas acredita-se que o H. Pylori provoque uma inflamação crônica no estômago que aumenta a predisposição para o desenvolvimento da doença.

Contudo, o Helicobacter Pylori não é por si só a causa do câncer de estômago. Existem outros fatores de risco que também devem ser considerados, como histórico de câncer na família, hábitos alimentares, fatores ambientais, entre outros. O conjunto dos fatores predisponentes é que poderão favorecer o surgimento do tumor.

Além de câncer de estômago, o H.pylori está associado a outras doenças gástricas como úlceras e gastrites. No entanto, é importante lembrar que a bactéria vive no estômago de mais de metade da população sem causar nenhum tipo de sintoma. Dentre os portadores do H. Pylori, apenas 1% deles, em média, irá desenvolver câncer.

Saiba mais em: Quais os sintomas do H. pylori?

O tratamento para erradicar o H. Pylori normalmente inclui 3 medicamentos: 1 inibidor da produção de ácido gástrico e 2 antibióticos, que devem ser administrados entre 10 a 14 dias.

Veja também: H. pylori tem cura? Qual é o tratamento?

Para maiores esclarecimentos, fale com o seu médico de família ou clínico geral.

Também podem lhe interessar:

Teste de urease positivo, o que significa?

O que é H. pylori?

Gastrite pode evoluir para câncer?

Uma úlcera pode virar câncer?

Referência

FBG. Federação Brasileira de Gastroenterologia.

Ter veias saltadas é normal?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

A ocorrência de veias saltadas nos pés, mãos, braços e pernas é algo normal, pois se trata de uma característica física da pessoa, muitas vezes relacionada com a proximidade das veias com a pele, ou seja, quando as veias são mais superficiais mais saltadas ficam.

As veias podem ainda ficar ainda mais evidentes se houver menos gordura subcutânea ou aumento de massa muscular, como ocorre em pessoas magras ou musculosas. Podem também tornar-se mais visíveis em dias quentes por conta da vasodilatação dos vasos sanguíneos.

No entanto, veias saltadas nas pernas podem ser sinal de varizes. Nesse caso, as veias são dilatadas e tortuosas, de cor púrpura-azulada e surgem nas pernas ao longo dos anos. São mais comuns em mulheres, mas os homens também podem ter. Além disso, as varizes geralmente podem vir acompanhadas de alguns sinais e sintomas como:

  • Dor, peso ou cansaço nas pernas;
  • Inchaço nas pernas e nos pés no período da tarde.

Com o passar dos anos, há um aumento de pressão nas veias das pernas, dificultando o retorno do sangue dos pés para o coração. À medida que o tempo passa, os mecanismos que permitem o retorno adequado do sangue podem falhar, o que provoca uma dilatação das veias comprometidas, tornando-as saltadas e tortuosas.

Os principais fatores de risco para varizes são:

  • Hereditariedade;
  • Gravidez;
  • Obesidade;
  • Sedentarismo;
  • Permanecer muitas horas em pé ou sentado no trabalho.

Se não forem devidamente tratadas, as varizes podem trazer complicações, como:

  • Inchaço;
  • Trombose venosa profunda;
  • Atrofia ou distrofia da pele da perna;
  • Erisipela;
  • Dermatites;
  • Úlceras varicosas.

Leia também: O que é úlcera varicosa?

Algumas formas de prevenir e aliviar os sintomas das varizes são:

  • Evitar manter as pernas pendentes ao se sentar ou permanecer em pé por muito tempo;
  • Praticar exercícios aeróbicos leves, como caminhar ou andar de bicicleta, pois ajudam a tonificar os músculos das pernas, melhorando a sua função de bombear o sangue;
  • Manter-se dentro do peso adequado;
  • Usar meias elásticas de compressão.

O tratamento das varizes varia de acordo com o tipo de problema. Em caso de sintomas de varizes, deve-se procurar um médico para avaliação.

Quais são os principais sintomas do herpes genital?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Os principais sintomas do herpes genital são vermelhidão, dor em ferroada, coceira e bolhas na região genital. Em alguns casos, pode haver febre, dor muscular, dor de cabeça e mal-estar, embora esses sintomas sejam muito menos comuns.

Na fase inicial, o herpes genital se manifesta sob a forma de manchas vermelhas, que depois evoluem para pequenas bolhas dolorosas cheias de líquido, que surgem em grupos, principalmente na vulva (parte externa da vagina), interior da vagina, pênis e ânus.

Antes do aparecimento das bolhas, a pessoa pode sentir outros sintomas nesses locais, como ardência, formigamento e coceira. Também podem surgir nódulos dolorosos nas virilhas ou próximos das lesões, que são os gânglios linfáticos inflamados devido à infecção.

Contudo, nem todas as pessoas infectadas pelo vírus manifestam sinais da doença. Há indivíduos que nunca manifestam sintomas, outros só manifestam uma vez ao longo da vida, enquanto outros apresentam quadros frequentes.

Quando aparecem os primeiros sintomas do herpes genital?

O período de incubação do vírus do herpes genital varia entre 4 e 15 dias após a infecção, que ocorre através de relação sexual com pessoas infectadas. Após esse período, surgem os primeiros sintomas. Em geral, o primeiro surto da doença é mais agressivo, prolongado, generalizado e doloroso que os demais, podendo haver febre e mal-estar nesses casos.

Qual o tempo de duração dos sintomas do herpes genital?

Os sintomas do herpes genital geralmente permanecem durante 5 a 10 dias. Um sinal característico da doença é o desaparecimento e reaparecimento dos sintomas após algum tempo, geralmente no mesmo local.

O que é o herpes genital?

O herpes genital é uma infecção causada, principalmente, pelo vírus Herpes simplex tipo 2, que se transmite por contato direto com a lesão de uma pessoa infectada. O vírus então se aloja nos nervos do indivíduo e se manifesta por meio dos sintomas descritos, que podem aparecer em diferentes locais como a vulva e vagina, pênis, ânus ou boca.

Quais são os sintomas do herpes genital feminino e masculino?

O herpes genital feminino e masculino provoca lesões na pele e nas mucosas das regiões dos órgãos genitais e do ânus, podendo causar ainda corrimento, dificuldade para urinar e dor ao andar, dependendo da localização.

Nos homens, as lesões podem se manifestar em qualquer parte do pênis, inclusive no prepúcio (pele que recobre a glande), podendo ainda causar impotência.

Uma vez que causa coceira, as bolhas podem se romper ao coçar, podendo provocar a formação de pequenas feridas que formam casquinhas quando cicatrizam, na maioria das vezes espontaneamente. No entanto, o vírus do herpes genital migra através dos nervos e fica alojado num gânglio nervoso, onde permanece inativo até voltar a se manifestar.

As chances de transmissão são muito maiores nos períodos de manifestação dos sintomas, embora o vírus também possa ser transmitido na ausência de lesões.

Quais as possíveis complicações do herpes genital?

Normalmente, os sintomas do herpes genital limitam-se aos locais das lesões, que normalmente regridem e cicatrizam espontaneamente, mesmo sem tratamento.

Porém, há casos em que podem ocorrer graves complicações, como quando o vírus atinge o cérebro, causando encefalite herpética. Esse tipo de complicação tende a acontecer em pessoas com o sistema imunológico debilitado, como pacientes com HIV/AIDS, câncer e outras doenças graves.

As lesões em pessoas imunodeprimidas podem ser graves e espalhar-se para outras partes do corpo, como articulações, ou ainda a órgãos como fígado e pulmões. O herpes genital nesses casos pode levar semanas para desaparecer ou ficar resistente ao tratamento.

Quando atinge as meninges, que são membranas que recobrem o cérebro, provoca meningite, podendo causar vômitos, dor de cabeça e rigidez na nuca. Se o vírus do herpes genital infectar a medula espinhal, pode levar à perda de força, movimentos ou causar outros tipos de debilidades nos membros inferiores.

Contudo, é importante lembrar que essas complicações são raras e tendem a acontecer apenas em situações específicas.

Há ainda um risco maior de contrair outras infecções sexualmente transmissíveis, como HIV, já que o herpes genital provoca pequenas lesões no local da infecção, o que aumenta as chances de penetração de vírus e bactérias no organismo.

Herpes genital na gravidez é grave?

Se a mulher estiver com lesões de herpes genital no momento do parto, pode transmitir o vírus ao bebê. A infecção do herpes genital pelo recém-nascido pode levar ao desenvolvimento de sequelas neurológicas extremamente graves ou até mesmo à morte da criança, uma vez que o seu sistema imunológico ainda é bastante frágil.

As mulheres são as mais afetadas pelo herpes genital, uma vez que o vírus é mais facilmente transmitido do sexo masculino para o feminino, do que da mulher para o homem.

É fundamental procurar o/a médico/a o mais rápido possível, para abreviar a duração dos sintomas e evitar a transmissão para outras pessoas, já que as vesículas (pequenas bolhas com líquido dentro) são altamente contaminantes.

Em gestantes, o tratamento deve ser feito com urgência, uma vez que a doença pode passar para o bebê e, nesse caso, pode levar a sequelas relacionadas com o desenvolvimento do cérebro.

Saiba mais em: Herpes na gravidez é perigoso? Como tratar?