Perguntar
Fechar
Tomar antibiótico antes da hora faz mal? O que fazer?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Tomar antibiótico antes da hora faz mal porque pode causar intoxicação ou a dose pode não ser absorvida pelo organismo. O que se deve fazer é tomar os antibióticos sempre no mesmo horário e cumprir o tempo de uso determinado pelo médico para obter os resultados esperados.

Os horários determinados para tomar o antibiótico indicam o tempo que o medicamento dura ou atua dentro do organismo. Depois de cada intervalo, ele será absorvido ou eliminado completamente e, por isso, uma nova dose precisa ser tomada.

Os antibióticos, para serem eficientes, devem ser tomados no mesmo horário e administrados no mesmo intervalo (6, 8, 12 ou 24 horas, a depender de cada medicamento). Se esse cronograma não for seguido adequadamente, o antibiótico pode perder seu efeito combativo ou mesmo causar reações adversas não desejadas.

Se tomou o antibiótico antes da hora, tente não repetir isso e continue tomando as próximas doses no intervalo indicado na receita médica. Se apresentar alguma reação devido ao excesso do medicamento, procure algum/a médico/a.

Leia também:

Posso tomar antibiótico com o estômago vazio?

Posso tomar antibiótico antes de uma cirurgia?

Tomar muito antibiótico faz mal?

Para que serve a sinvastatina? É verdade que emagrece?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A sinvastatina serve para diminuir os riscos à saúde provocados pelas doenças cardiovasculares, pois diminui os níveis do mau colesterol (LDL) e dos triglicérides e aumenta o bom colesterol (HDL) no sangue.

A sinvastatina age reduzindo a ação de uma enzima encontrada no fígado, responsável pela produção do colesterol e também age aumentando a remoção do colesterol sanguíneo, consequentemente reduzindo a concentração do colesterol circulante no sangue.

Dessa forma, o medicamento reduz significativamente os níveis do mau colesterol (LDL) e dos triglicérides e eleva o bom colesterol (HDL).

Em pacientes com doença arterial coronariana, diabetes ou história prévia de "derrame" e outras doenças vasculares, a sinvastatina pode:

  • Reduzir o risco de infarto (ataque cardíaco) ou derrame;
  • Reduzir a necessidade de cirurgia para melhorar a circulação sanguínea nas pernas e órgãos vitais, como o coração;
  • Reduzir a necessidade de hospitalização devido à dor no peito (angina);
  • Retardar a progressão da aterosclerose e reduzir o desenvolvimento de mais aterosclerose.
Sinvastatina emagrece?

A sinvastatina não emagrece e não deve ser utilizado para esse efeito. O paciente deve seguir a dieta recomendada pelo médico ou nutricionista, pois a mesma irá ajudar a reduzir os níveis de colesterol e triglicerídeos.

Quais são os efeitos colaterais da sinvastatina?

A maioria dos efeitos colaterais da sinvastatina são leves e transitórios, como dor, fraqueza e sensibilidade aumentada. O medicamento geralmente é bem tolerado. 

Porém, em alguns casos raros, a sinvastatina pode causar alguns efeitos colaterais como: fraqueza muscular intensa, reações alérgicas, sobrecarga no fígado. Ainda mais raramente, podem haver ruptura da musculatura, rabdomiólise, danos renais e óbito. 

As reações alérgicas, de hipersensibilidade, podem gerar vários sintomas, como inchaço em rosto, língua e garganta, além de dificuldade para respirar.

Outros efeitos colaterais raros da sinvastatina:

  • Dor muscular grave, normalmente no ombro e no quadril;
  • Erupção cutânea, fraqueza muscular, dor ou inflamação das articulações;
  • Inflamação dos vasos sanguíneos, hematomas, inchaço, urticária;
  • Aumento da sensibilidade da pele ao sol, febre, vermelhidão, falta de ar, mal-estar;
  • Icterícia (pele e olhos amarelados), coceira, urina escura, fezes claras;
  • Inflamação do pâncreas, dor abdominal grave;
  • Dormência ou fraqueza nos membros inferiores ou superiores;
  • Dor de cabeça, tontura, diarreia, náusea, vômitos, entre outros efeitos colaterais.

Lembre-se sempre de informar ao médico todas as medicações que faz uso, mesmo que não seja regularmente, pois algumas medicações e até alimentos podem interferir na ação da sinvastatina, potencializando seus efeitos e com isso desencadeando reações adversas mais graves.

Está contra-indicado o uso de sinvastatina para gestantes, mulheres amamentando ou pacientes com doença hepática.  

O uso da sinvastatina deve estar associado a uma dieta adequada. O medicamento controla a quantidade de colesterol produzida pelo organismo e a dieta limita a quantidade ingerida, mantendo em equilíbrio ideal de colesterol no sangue.

Pode lhe interessar também:

Para que serve a penicilina?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A Penicilina é um antibiótico que serve para tratar diversas infecções causadas por bactérias.

A Penicilina combate vários tipos de bactérias incluindo aquelas que causam infecção de garganta (faringite, amigdalite), de ouvido (otite), de urina (cistite), de pele (erisipela, etc), intestinal (salmonelose, shigelose), sinusite, meningite, pneumonia, febre reumática e infecções sistêmicas que atingem o sangue como um todo.

Ela também é usada no tratamento de algumas doenças sexualmente transmissíveis (DST) como a Sífilis e outras e na prevenção de endocardite infecciosa (infecção nas válvulas do coração).

A penicilina mais conhecida é a Benzetacil®  (Penicilina Benzatina) que é usada na forma de injeção intramuscular geralmente nas nádegas. Mas há outras variações da penicilina como a Penicilina G cristalina, Penicilina Procaína, Ampicilina, Amoxicilina, Oxacilina, etc.

A penicilina, assim como outros antibióticos, só deve ser usada com indicação e receita médica e durante o período completo indicado pelo/a médico/a.

Existem medicamentos que atrasam a menstruação?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Sim. Existem medicamentos que podem atrasar a menstruação, principalmente alguns medicamentos psiquiátricos e neurológicos, que podem aumentar o hormônio prolactina e interferir no ciclo menstrual. Entre esses remédios estão:

  • Neurolépticos (Risperidona, Haldol, Melleril, Equilid): Normalmente atrasam a menstruação quando usados em doses elevadas, com exceção da Risperidona e do Equilid, que podem provocar atrasos mesmo em doses baixas;
  • Tranquilizantes Benzodiazepínicos: Em geral, só atrasam a menstruação em doses muito altas e depois de período prolongado de uso;
  • Antidepressivos: Podem atrasar a menstruação, mas não é comum.

Outros medicamentos que podem interferir no ciclo menstrual e atrasar a menstruação: 

  • Antipsicóticos;
  • Corticoides;
  • Quimioterapia;
  • Imunossupressores;
  • Pílula do dia seguinte;
  • Anti-hipertensivos.

Leia também: Pomada vaginal pode atrasar a menstruação?

Os antibióticos geralmente não provocam atraso da menstruação, mas a infecção para a qual o remédio foi prescrito pode atrasar o ciclo.

Para maiores informações sobre o atraso menstrual causado por medicamentos, fale com o médico que receitou a medicação ou com o seu médico ginecologista.

Saiba mais em:

Infecção urinária (cistite) pode atrasar a menstruação?

Inflamação no útero pode atrasar a menstruação?

Tomar anticoncepcional sem dar intervalo, posso engravidar?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

O efeito do anticoncepcional não altera quando a mulher toma a pílula sem realizar o intervalo entre as cartelas. Sendo assim, se você toma o anticoncepcional corretamente sem dar intervalo, a chance de engravidar é mínima.

Deve-se lembrar que o anticoncepcional é um método 99% eficaz, ou seja, há uma mínima chance, menor de 1% em engravidar mesmo para as mulheres que fazem uso adequado da pílula.

O intervalo entre uma cartela e outra é recomendado de acordo com cada medicação, podendo variar de 4 a 7 dias. Nesses dias de intervalo, ocorrerá o sangramento equivalente à menstruação e, após essa pausa, a mulher deve iniciar a nova cartela e continuar tomando a medicação como indicada. Durante essa pausa, os hormônios da pílula continuam agindo no organismo da mulher e evitando a gravidez indesejada. Então, evitar fazer o intervalo entre as cartelas não aumenta a eficácia da pílula, nem diminui a possibilidade de engravidar.

A não realização do intervalo pode ser recomendada para algumas mulheres para evitar o sangramento. Porém, em geral, essa pausa pode ser realizada sem nenhum problema.

Em caso de outras dúvidas, procure o/a ginecologista, médico/a de família ou clínico/a geral para uma avaliação.

A pílula Ciclo 21 é boa?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Sim, a pílula Ciclo 21 ® é um anticoncepcional eficaz e barato, tem poucos efeitos colaterais e a maioria das pacientes se adaptam bem. A pílula Ciclo 21 ® é indicada como contraceptivo oral.

A pílula Ciclo 21 ® é um contraceptivo oral que combina os hormônios etinilestradiol e levonorgestrel. Portanto, trata-se de um contraceptivo oral combinado, que atua por supressão das gonadotrofinas.

Além de inibir a ovulação, o Ciclo 21 ® dificulta a entrada de esperma no útero e na parede interior do órgão, o que diminui as chances de implantação do embrião e, consequentemente, de gravidez.

Qual é a eficácia da pílula Ciclo 21?

Quando a pílula Ciclo 21 ® é tomada corretamente e constantemente, possui uma eficácia anual de 99,9%. Contudo, vale lembrar que a eficácia das pílulas anticoncepcionais dependem da precisão com que são tomadas. A principal causa de falha dos anticoncepcionais orais é o esquecimento de tomar a pílula.

Quais são os benefícios e riscos da pílula Ciclo 21?

Os contraceptivos orais, como o Ciclo 21 ®, podem trazer alguns benefícios para algumas mulheres como a melhora na regularidade dos ciclos, diminuição da perda de sangue e da incidência de anemia ferropriva, além de reduzir as cólicas menstruais.

A pílula anticoncepcional também reduz a incidência de cistos ovarianos e gravidez ectópica. Outros benefícios da pílula Ciclo 21 ® incluem a diminuição da ocorrência de fibroadenomas, doença fibrocística da mama, doença inflamatória pélvica, câncer endometrial, câncer de ovário e acne.

O principal risco relacionado ao uso de contraceptivos hormonais se refere ao aumento da chance de trombose venosa profunda. A incidência de casos de trombose em mulheres usuárias de pílula é de cerca de 10 em 10.000, que é uma incidência baixa mas corresponde ao dobro da incidência entre as mulheres que não usam pílula. 

Como tomar a pílula Ciclo 21?

A pílula Ciclo 21 ® deve ser tomada diariamente, no mesmo horário e na ordem indicada na embalagem. A dose indicada é de 1 comprimido por dia, durante 21 dias.

Após o término da embalagem, deve-se fazer um intervalo de 7 dias antes de começar a tomar a embalagem seguinte, ou seja, deve-se começar a tomar novamente a pílula no 8º dia depois do término da embalagem. 

Quais são os efeitos colaterais da pílula Ciclo 21?

Os principais efeitos colaterais relacionados ao uso das pílulas orais hormonais, incluindo o Ciclo 21, são:

  • Dor de cabeça, incluindo enxaqueca;
  • Sangramento de escape;
  • Retenção de líquidos, inchaço;
  • Alterações de humor, incluindo depressão;
  • Nervosismo, tontura;
  • Alterações na libido;
  • Náuseas, vômitos, dor abdominal;
  • Acne, variações de peso;
  • Dor, sensibilidade, aumento e secreção das mamas;
  • Cólicas menstruais; alteração do fluxo menstrual;
  • Ausência de menstruação.

Outros efeitos menos comuns são:

  • Aumento ou diminuição do apetite;
  • Cólicas abdominais, distensão abdominal;
  • Erupções cutâneas, melasma, hirsutismo, alopecia;
  • Aumento da pressão arterial;
  • Aumento dos níveis de colesterol e triglicerídeos.

Para a lista completa dos efeitos colaterais já relatados consulte a bula do medicamento.

Para maiores esclarecimentos sobre a pílula Ciclo 21 ®, consulte um médico ginecologista.

Que remédio posso usar para acabar com a cólica do bebê?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Os remédios que podem ser usados para amenizar as cólicas do bebê devem ser prescritos e orientados pelo/a médico/a pediatra.

Em geral são usados os medicamentos com ação antiespasmódica, como luftal®, milicon® ou a funchicórea®; e os probióticos, que vem se mostrando eficazes, embora não sejam todos.

Antes de prescrever medicamentos, e por vezes mascarar algum problema maior, é fundamental que a criança seja avaliada pelo/a pediatra, para confirmar o diagnóstico de cólica fisiológica do bebê, ou seja, pela imaturidade do seu organismo.

Medidas para aliviar os sintomas de cólica do seu bebê:
  • Procure manter a calma, para acalmar também o bebê;
  • Mantenha o seu bebê aquecido;
  • Coloque o bebê de bruços, no seu colo e embale, massageando a barriguinha;
  • Com o bebê deitado massageia sua barriguinha, em movimentos circulares, no sentido da direita para a esquerda levemente; ou ainda faça exercícios com suas perninhas, dobrando em direção ao abdômen e esticando lentamente, para ajudar a eliminar os gases que porventura estejam aumentando a dor;
  • Coloque compressa morna na barriguinha, sempre com pano, ou bolsa de gel, sempre com muita atenção à temperatura!!
  • Durante a cólica evite a amamentação, pois estimula a peristalse aumentando a dor abdominal.

Os antiespasmódicos são remédios muito usados para aliviar cólicas causadas por gases intestinais. Esses medicamentos ajudam a dissolver as bolhas que retêm os gases no intestino, aliviando as cólicas do bebê.

A funchicórea® é um medicamento fitoterápico, produzido com erva-doce (funcho) e chicória, que ajuda a aliviar a prisão de ventre e a cólica do bebê. Por conter sacarina (adoçante), o seu uso divide a opinião dos pediatras, que questionam se o efeito calmante do remédio não seria devido ao seu sabor adocicado.

E por fim, os probióticos, vem mostrando uma melhora em cerca de 50% dos bebês que fazem uso na dose adequada, acredita-se que por alterar a flora intestinal do bebê, reduzindo a inflamação local e com isso, melhora da dor. Contudo, mais estudos precisam replicar essa resposta e confirmar o mecanismo de ação dos lactobacilos vivos.

O pediatra é o médico indicado para diagnosticar as causas das cólicas e prescrever medicamentos ou alterações na alimentação do bebê.

Saiba mais em:

O que pode causar cólicas no bebê?

Parar o anticoncepcional no meio da cartela, tem problema?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Não há problema parar o anticoncepcional no meio da cartela.

Se você usa o anticoncepcional para efeitos contraceptivos, é importante se planejar para o uso de outro método como, por exemplo, preservativo, DIU (Dispositivo Intra-Uterino), anel vaginal, injeção, etc.

Caso você utilize o anticoncepcional para outros efeitos, é recomendado uma consulta médica para avaliar a disponibilidade de outro tratamento que possa substituir o efeito da pílula.

A mulher que deseja parar o uso da pílula anticoncepcional pode parar a qualquer momento. Você não precisa aguardar o término da cartela para interromper a medicação.

Para quem está iniciando o uso da pílula anticoncepcional, vale ressaltar que ela pode demorar em torno de 3 meses para promover a adaptação hormonal e sua efetividade contraceptiva. Além disso, a taxa dos efeitos colaterais é maior no primeiro ano de uso da pílula. Por isso, a mulher que quer usar a pílula por um tempo prolongado, não é desejável interrupções frequentes do uso.

Tendo em conta isso, é importante um planejamento adequado sobre quais outros métodos contraceptivos a mulher terá como opção no momento da parada do uso da pílula.

Também pode ser do seu interesse:

Quantos dias dura o efeito da pílula após parar de tomar?

Esqueci de tomar a pílula e tive sangramento. O que pode ser?