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Vaginose bacteriana: como identificar e tratar?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade
O que é vaginose bacteriana?

A vaginose bacteriana é a causa mais comum de corrimento vaginal na mulher. Ela pode causar sintomas que incomodam o dia a dia da mulher e aumentar o risco de adquirir infecções sexualmente transmissíveis (ISTs).

Quais são os sintomas da vaginose bacteriana?

Os sintomas característicos de vaginose bacteriana são corrimento vaginal branco-cinzento com odor fétido parecido à “peixe podre”. Esse cheiro é mais percebido logo após a relação sexual.

Algumas mulheres podem ter também coceira vaginal. Além desses sintomas, a mulher pode ter, com menos frequência, vermelhidão, inchaço, dor ao urinar e dor durante as relações sexuais.

Mais de 50% dos casos de vaginose bacteriana podem não manifestar nenhum sintoma. Porém, quando os sintomas estão presentes são muito incômodos para a mulher.

Vaginose bacteriana ou Candidíase?

A vaginose bacteriana pode ser confundida com a candidíase. As duas podem ser desencadeadas por um desequilíbrio da flora vaginal. Em geral, na candidíase, os principais sintomas são:

  • coceira vaginal
  • corrimento branco e espesso

Na candidíase, não é comum o corrimento com cheiro forte que lembra peixe podre.

Além disso, o agente etiológico é diferente. Enquanto na vaginose bacteriana, a Gardnerella vaginalis é a bactéria que fica em maior evidência, na candidíase o desequilíbrio é causado pelo fungo Candida.

Por fim, o tratamento de cada uma também é diferenciado. Para realizar um tratamento efetivo da vaginose bacteriana, o tratamento pode incluir o uso de pomada vaginal com um tipo de antibiótico. No caso da candidíase, a pomada vaginal também é indicada, porém com outro tipo de antibiótico.

Por que posso estar com vaginose bacteriana?

A vaginose bacteriana ocorre quando há uma mudança no número e nos tipos de bactérias na vagina. Em geral, os lactobacilos são um tipo de bactérias encontradas habitualmente na vagina. Na vaginose bacteriana, a quantidade de lactobacilos é reduzida e há um desbalanceamento local da flora vaginal.

A real explicação ainda não foi detalhada, porém, na presença de alguns fatores pode haver maior propensão ao aparecimento dessa infecção:

  • múltiplos parceiros sexuais
  • realização frequente de duchas vaginais
  • nova parceria sexual
  • tabagismo

A vaginose bacteriana pode ser transmitida sexualmente, por brinquedos sexuais (sex toys), pelo contato da boca com a genitália e pelos dedos.

Qual é o tratamento para vaginose bacteriana?

A vaginose bacteriana precisa de tratamento adequado. Os medicamentos mais comumente usados são metronidazol e clindamicina. Eles podem ser usados em comprimido via oral ou em creme/pomada vaginal. A duração do tratamento pode variar entre 5 a 7 dias nos casos mais comuns. Quando a infecção é recorrente e acontece várias vezes ao ano, pode ser necessário aumentar o tempo de tratamento para até 14 dias.

Como esses medicamentos são antibióticos, é muito importante realizar o tratamento completo até o final dos dias recomendados pelo médico.

Como posso saber se estou com vaginose bacteriana?

O diagnóstico de vaginose bacteriana é feito com a história clínica da paciente e com o exame físico realizado pelo médico ou enfermeiro. Em alguns casos, pode ser necessário a realização de alguns testes para definir especificamente a causa.

De qualquer forma, na presença desses sintomas que incomodam, como o corrimento vaginal com mau cheiro, é importante procurar o serviço de saúde.

Vaginose bacteriana é perigoso?

A vaginose bacteriana propriamente não é prejudicial à saúde da mulher. Porém, ela pode ser associada a alguns problemas de saúde como:

  • aumento do risco de parto prematuro em mulheres gestantes
  • infecção do local cirúrgico em casos de abortamento ou histerectomia
  • aumento do risco de infecções sexualmente transmissíveis, como gonorreia, clamídia, HIV/AIDS, herpes genital

O mais indicado é a utilização de preservativo durante todas as relações sexuais como forma de prevenção das infecções vaginais.

Quando procurar o serviço de saúde?

Pode ser difícil saber se o corrimento vaginal é causado pela vaginose bacteriana ou por outras infecções vaginais. Por isso, realizar uma consulta médica é importante na presença desses sintomas para diferenciar o agente etiológico e indicar o tratamento específico para seu caso.

Leia também:

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Referências:

Febrasgo - Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia

Quais são as causas da dor no pé da barriga e nas costas em homens e mulheres?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

As causas de dor no pé na barriga e nas costas podem variar entre os homens e as mulheres. Uma causa comum a ambos os sexos são as pedras nos rins. Nos homens, ela pode ser causada por problemas na próstata, quando associada a outros sintomas. Nas mulheres, há algumas causas ginecológicas possíveis.

Pedras nos rins

Os cálculos renais (pedras nos rins) são um problema de saúde comum que acometem homens e mulheres. Eles podem causar dor intensa no pé da barriga e nas costas (na região lombar, abaixo das costelas).

A dor aparece como cólica, do lado onde fica o rim com o problema. Também podem aparecer sintomas urinários (dor, urgência, urina turva ou com sangue).

Há fatores que aumentam o risco de desenvolvê-las ou apresentar sintomas:

  • Obesidade
  • Gravidez
  • Doenças como gota, diabetes e hipertensão
  • Infecções urinárias repetidas (há maior risco de desenvolver as pedras de estruvita)

Se a pedra nos rins pode ser a causa da sua dor, você precisa de cuidados médicos.

Quando você elimina a pedra, ela pode ser analisada para saber qual é a composição. Conhecer a composição das pedras pode ser importante para diminuir o risco de que elas voltem a aparecer. As mais comuns são formadas por oxalato de cálcio (70% a 80% dos casos). Também podem ser formadas por:

  • Fosfato de cálcio
  • Ácido úrico (o risco de ter uma pedra no rim com essa composição aumenta com a idade)
  • Cistina
  • Estruvita

Se elas forem de oxalato de cálcio (as mais comuns), o risco de que volte a formar outras pedras no seu rim é alto. Há cuidados que podem ser tomados para evitar que isso ocorra, como beber mais água e evitar certos alimentos.

Outros problemas que causam estreitamento ou obstrução das vias urinárias também podem causar os mesmos sintomas.

Dor no pé da barriga e nas costas nos homens: problemas da próstata

Se você é homem e está com dor ou desconforto no pé da barriga e nas costas há algum tempo, pode estar com prostatite ou com a síndrome da dor pélvica crônica.

A prostatite pode ter como causa uma inflamação ou infecção da próstata.

A síndrome da dor pélvica crõnica também é chamada prostatite crônica, apesar de não se saber ao certo se a próstata é a responsável pela dor. O diagnóstico se baseia na presença de sintomas e exclusão de outras causas.

O problema é mais comum entre os homens com 50 a 60 anos. Podem ser indicados anti-inflamatórios e acupuntura para a redução dos sintomas.

Dor é o primeiro sintoma no caso de problemas de próstata. Ela pode estar presente:

  • No pé da barriga e nas costas
  • Na região entre o saco escrotal e o ânus
  • Nos testículos
  • No pênis
  • Ao urinar
  • Ao ejacular

Ela difere da dor devido às pedras nos rins e tem duração variável. Sintomas urinários (maior frequência e urgência para urinar) ou alguma disfunção sexual (ejaculação precoce ou disfunção erétil) podem estar presentes.

Muitos pacientes com esses sintomas também têm dores em outras regiões do corpo. Nesses casos, os sintomas podem ser parte de outras síndromes de dor crônica, como a síndrome do intestino irritável, fibromialgia ou enxaquecas.

Dor no pé da barriga e nas costas em mulheres: causas ginecológicas

A dor no pé da barriga e nas costas nas mulheres pode ser normal durante a menstruação (cólicas) e durante o trabalho de parto (contrações). Há também alguns problemas de saúde e complicações na gravidez que podem causá-la:

  • Endometriose, adenomiose ou mioma uterino
  • Torção ovariana
  • Aborto, gravidez ectópica, trabalho de parto prematuro ou descolamento de placenta

Nesses casos, é importante procurar cuidados médicos.

Endometriose, adenomiose e miomas uterinos

Nesses casos, outros sintomas frequentes são o fluxo menstrual intenso e dor durante as relações sexuais. O útero está aumentado nos resultados do ultrassom.

Torção ovariana

A dor no pé da barriga e nas costas aparece de repente e pode ser moderada a intensa. Ela pode ser causada pela falta de circulação sanguínea adequada no ovário e na tuba quando ocorre a torção ovariana. A maior parte dos casos de torção ovariana acontece em mulheres em idade reprodutiva.

O risco de acontecer é maior:

  • Nos casos de tratamento para engravidar e hiperestímulo ovariano
  • Durante a gravidez
  • Nas mulheres com síndrome dos ovários policísticos
  • Quando já houve uma torção ovariana anteriormente

Na maior parte dos casos, o ovário pode ser preservado e recuperado com uma cirurgia.

Durante a gravidez

A dor parecida com cólica no pé da barriga e nas costas durante a gestação podem indicar algum problema. Por isso, procure um médico com urgência se ela for moderada ou intensa. Ela pode indicar:

Aborto espontâneo

Nesse caso, além da dor no pé da barriga e nas costas, haverá sangramento pela vagina.

Gravidez ectópica

A dor intensa no pé da barriga e nas costas pode acontecer quando há o rompimento da tuba uterina devido a uma gravidez ectópica. Isso pode causar hemorragia grave. Por isso, procure um médico com urgência se você teve um atraso menstrual, está sentindo essa dor, seguida por sangramento vaginal.

A gravidez ectópica é uma gravidez em que o embrião está se desenvolvendo em outro lugar que não seja o útero. O mais comum é que esse lugar seja a tuba uterina.

Trabalho de parto prematuro

O trabalho de parto prematuro pode ser identificado quando as contrações (dores moderadas ou intensas espaçadas no pé da barriga e nas costas) começam antes da gestação completar 37 semanas. Se isso acontecer, procure seu médico com urgência.

Não é sempre que há contrações antes do tempo que você já está em trabalho de parto. Preste atenção a alguns sinais que podem estar presentes e indicar o trabalho de parto em andamento:

  • Cólicas parecidas com as menstruais
  • Contrações leves e irregulares
  • Dor nas costas, na região lombar
  • Sensação de pressão na vagina ou no pé da barriga
  • Corrimento vaginal que parece muco, podendo ser claro, rosado ou levemente sanguinolento
  • Leve sangramento vaginal
Descolamento de placenta

As gestantes com descolamento de placenta apresentam sangramento vaginal, dor na barriga com contrações uterinas fracas e frequentes. A dor nas costas pode estar presente, dependendo da posição da placenta no útero.

Nesse caso, é preciso procurar um médico com urgência para avaliação. O descolamento de placenta pode ser pequeno e não trazer efeitos negativos para a gestante ou para o bebê. Dependendo da dimensão do descolamento, ele pode trazer riscos para a gestante e para o bebê.

Você também pode querer ler:

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Dor no pé da barriga: o que pode ser?

Dor no pé da barriga durante a gravidez, o que pode ser?

Referências:

Kidney stones in adults: Epidemiology and risk factors. UpToDate

Chronic prostatitis and chronic pelvic pain syndrome. UpToDate

Dysmenorrhea in adult females: Treatment. UpToDate

Ectopic pregnancy: Epidemiology, risk factors, and anatomic sites. UpToDate

Preterm labor: Clinical findings, diagnostic evaluation, and initial treatment. UpToDate

Ovarian and fallopian tube torsion. UpToDate

Placental abruption: Pathophysiology, clinical features, diagnosis, and consequences. UpToDate

Dor anal: o que devo fazer?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

A dor anal se origina no canal anal ou região perianal (áreas próximas ao ânus). Pode ser provocada por uma variedade de distúrbios, por isso é importante que você procure um médico para identificar a causa específica por meio de exame físico ou eventualmente outros exames.

Observe a sua dor (intensidade, quando e como se manifesta, entre outras características) para relatar a história da dor ao médico.

Como descrever a dor anal

Para que o diagnóstico da dor anal seja realizado você precisará descrever para ao seu médico as características da dor e outros sinais ou sintomas associados a ela. Para ajudar a descrever a sua dor, pense:

Características da Dor
  • Intensidade da dor: intensa, moderada e leve
  • Dor constante ou intermitente (dor que vai e volta)
  • Condição em que a dor é desencadeada: se a dor ocorre ao sentar, ao andar, ao evacuar
  • De que forma é a dor: penetrante, em queimação, ardor
  • Duração: há quanto tempo você sente esta dor?
Alterações anais

Na região anal, você pode observar:

  • Presença de lesões na região anal, como hemorroidas ou fissuras
  • Saliência do ânus
  • Presença de nódulos no ânus
  • Edema (inchaço) anal
  • Prurido (coceira)
  • Rachadura na pele ao redor do ânus
  • Sangramento anal ao evacuar
  • Saída de fluidos esbranquiçados pelo ânus
Alterações intestinais

Em alguns distúrbios que causam dor anal, alterações intestinais podem estar associadas:

  • Presença de gases intestinais
  • Dificuldade de defecar
  • Diarreia com muco ou sangue
  • Constipação (prisão de ventre)
  • Presença de sangue nas fezes: observar se o sangue nas fezes é vermelho vivo ou se as fezes são escuras.
  • Sensação de que o intestino não esvazia completamente
  • Em mulheres, presença de sangramento intestinal durante a menstruação
  • Vontade urgente para defecar após se alimentar
Alterações gerais
  • Cansaço frequente e dores musculares
  • Fraqueza ou fadiga
  • Perda de peso inexplicável
  • Náuseas e vômitos
  • Perda de apetite
  • Desconforto abdominal: cólicas, dor abdominal
Medidas simples que podem avaliar a dor anal
  • Fique sentado pelo menor tempo possível;
  • Quando sentado utiliza, utilize proteção adequada: almofadas em forma de rosca tais como as câmaras de água ou ar ou acolchoadas com algodão ou espuma;
  • Correção postural com fisioterapia.
Diagnóstico da causa da dor anal

A causa da dor anal é diagnosticada por meio de:

  • História clínica do paciente com a descrição da dor e de outros sintomas;
  • Exame físico que inclui a inspeção anal e perianal. Pode ser necessário o toque retal e a anuscopia (visualização do canal anal por meio de um tubo curto (anuscópio) conectado a uma fonte de luz.

Exames de imagem também podem ser solicitados:

  • Ultrassom endoanal
  • Ressonância magnética
  • Fibrosigmoidoscopia
  • Colonoscopia
Tratamento da dor anal

O tratamento da dor anal depende da condição clínica que a provoca. Pode ser clínico ou cirúrgico.

Tratamento clínico
  • Uso de anti-inflamatórios;
  • Utilização de analgésicos;
  • Injeção local de solução com anestésicos de ação prologada, nos casos em que a medicação oral e a fisioterapia são insuficientes para o alívio da dor;
  • Fisioterapia (massagem, mobilização e estiramento do cóccix).
Tratamento Cirúrgico

O tratamento cirúrgico pode ser efetuado a depender da causa da dor anal, como em situações de doença hemorroidaria grave e quando o tratamento clínico não foi benéfico.

O resultado do tratamento cirúrgico é, de forma geral, efetuado com sucesso para tratar distúrbios que provocam dor anal.

Leia mais

Dor no ânus: o que pode ser?

Quais os benefícios da couve para a saúde?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

A couve é um alimento muito nutritivo e, por este motivo, traz diversos benefícios à saúde. É rica em proteínas, cálcio, ferro, vitamina C, betacaroteno e fibras. Por ser um vegetal crucífero, possui altas concentrações de vitaminas e minerais que são essenciais para o bom funcionamento do nosso organismo.

1. Promove uma melhor digestão e funcionamento intestinal Folhas de couve

O consumo de couve auxilia na manutenção da saúde do estômago. O fitoterápico chamado sulforafano, presente nos vegetais crucíferos, protege o estômago e impede a proliferação e a infecção por bactérias Helicobacter pylori, responsáveis pelo desenvolvimento de gastrite, úlcera péptica e câncer de estômago.

As fibras presentes nas folhas de couve ajudam a manter o volume de água nos intestinos e a formar o bolo fecal. Deste modo, favorecem a motilidade, promovem a regularidade e o bom funcionamento intestinal.

2. Auxilia na redução do colesterol

As fibras, presentes em alta concentração nas folhas de couve, auxiliam no controle e redução do colesterol. Na medida em que estas fibras passam pelo intestino, a gordura ingerida com a alimentação é absorvida e, posteriormente, eliminada nas fezes.

A redução do colesterol ocorre também pela alta capacidade de ligação aos ácidos biliares no trato digestivo. Vale destacar que os ácidos biliares são constituídos a partir do colesterol e que a ligação adicional de colesterol aos ácidos biliares e a sua excreção provocam, portanto, uma redução efetiva dos níveis de colesterol no sangue.

Estudos demonstraram que as folhas de couve cozidas no vapor têm maior capacidade de se ligar aos ácidos biliares do que outros vegetais crucíferos como brócolis, repolho, couve de Bruxelas, mostarda e couve-flor.

3. Ajuda no controle da diabetes

Por ser rica em fibras, a ingestão regular de couve em um plano alimentar saudável pode auxiliar no controle dos níveis de insulina e, por consequência, no controle da diabetes. Estudos verificaram que pessoas portadoras de diabetes tipo 1 que consomem uma alimentação rica em fibras possuem reduzidos níveis de glicose.

Para quem tem diabetes tipo 2, a alimentação com alto teor de fibras tem a capacidade de reduzir os níveis de lipídios e de melhorar a concentração de insulina no sangue.

4. Atua na prevenção de câncer

Os glucosinolatos, compostos encontrados nos vegetais crucíferos (couve, couve de Bruxelas, brócolis, mostarda e couve-flor), têm sido estudados quanto ao seu poder de impedir a proliferação de câncer de pulmão, mama, próstata e colorretal em diferentes estágios.

Estas substâncias também estão sendo estudadas para o combate ao câncer de pele, esôfago e pâncreas. Entretanto, os resultados das pesquisas para estes tipos de câncer ainda são preliminares e necessitam ser mais bem estudadas.

5. Fortalece os ossos e protege as células nervosas

Por ser rica em vitamina K, a couve tem atuação importante para o aumento da massa óssea a para contenção de lesões dos neurônios.

A vitamina k atua como um importante modificador de proteínas da matriz óssea. Esta ação faz com que a absorção de cálcio aumente e a sua eliminação por meio da urina seja reduzida, o que propicia o aumento da massa óssea.

Além disso, a vitamina K é importante para pessoas com doença de Alzheimer uma vez que ela limita as lesões dos neurônios.

6. Benéfico para mulheres grávidas

A couve é rica em ácido fólico que tem como principal função a produção de novas células. Além de auxiliar na manutenção da saúde do sistema nervoso, o ácido fólico ajuda a fechar o tubo neural dos bebês durante a gestação. Alguns estudos demonstraram também que a vitamina K pode reduzir o risco de lábio leporino e distúrbios cardíacos em bebês.

Uma alimentação saudável é chave para a sua saúde. Priorize alimentos naturais como frutas, legumes, verduras e carnes magras e não faça dietas radicais sem orientação nutricional.

Metronidazol serve para corrimento?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

O metronidazol pode ser indicado para tratar o corrimento, mas ele serve apenas quando a causa é a tricomoníase. Porém, como o corrimento pode ser causado por outras infecções vaginais, o ideal é consultar um ginecologista para identificar a causa e iniciar o tratamento mais correto.

Além de resolver o problema do corrimento, tratar a infecção é importante para evitar complicações, como a doença inflamatória pélvica.

Leia também:

Referências:

Metronidazol. Bula do medicamento.

Ministério da Saúde. Departamento de Doenças e Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis. Assuntos. IST. Tricomoníase. Atualizado em 29/04/2022

Ministério da Saúde. Departamento de Doenças e Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis. Assuntos. IST. Corrimentos. Atualizado em 29/04/2022

Gravidez ectópica: o que é e quais são os seus sintomas? O feto sobrevive?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A gravidez ectópica é a gravidez que acontece fora do útero, por isso não consegue se desenvolver até o fim. Apenas no útero é possível receber o embrião, nutrir e acomodar um bebê durante a gestação.

Inicialmente, pode não haver sintomas, mas por volta da 6ª a 8ª semana de gestação os sintomas começam a aparecer, sendo os principais, o sangramento vaginal, dor na barriga de forte intensidade e o atraso menstrual.

A gravidez ectópica é uma emergência obstétrica, pois a ruptura da tuba uterina, ovário e colo do útero pode provocar sangramento intenso e a morte materna. Por este motivo, é importante que seja feito diagnóstico precoce, ou seja, antes da ruptura destas estruturas por meio do pré-natal.

1. Sangramento vaginal

A mulher pode apresentar sangramento vaginal ou relatar a presença de manchas de sangue na roupa íntima, sem razão aparente.

2. Dor abdominal

É comum que as mulheres com gravidez ectópica sintam dor intensa do lado afetado pela gravidez ectópica. Por exemplo: se for uma gravidez tubária localizada na tuba uterina direita, a dor se manifestará com maior intensidade do lado direito do abdome.

3. Atraso menstrual ou menstruação ausente

É possível que a mulher perceba atraso menstrual ou ausência da menstruação. Por vezes, ainda nem sabem que estão grávidas.

Estes sintomas podem não ocorrer ao mesmo tempo, mas são os mais comuns de uma gravidez ectópica.

Gravidez ectópica, o bebê sobrevive?

Infelizmente, não. Por vezes o feto consegue se manter vivo até a 16a semana de gestação fora do útero como no caso da gravidez nas trompas. Entretanto, os tecidos fora do útero não conseguem fornecer sangue e nutrientes necessários para a manutenção da vida e para o desenvolvimento do bebê.

Além disso, geralmente em torno da 16ª semana, a estrutura que contém a gravidez ectópica se rompe e o feto não é mais capaz de sobreviver sozinho.

A ruptura de uma gravidez ectópica pode ser fatal para a mãe se não for tratada rapidamente.

Quando devo procurar uma emergência?

Uma gravidez ectópica pode apresentar sintomas apenas no momento da ruptura da trompa, o que traz grande risco de vida para a mulher. Por este motivo, esteja atenta aos seguintes sintomas, especialmente se associados a um atraso menstrual:

  • Dor forte e constante na parte inferior do abdome,
  • Perda volumosa de sangue de cor vermelho vivo ou bem escuro e diferente do sangue menstrual,
  • Tontura,
  • Sudorese fria e úmida (suor frio e pele úmida),
  • Queda da pressão arterial.

Nestes casos, busque imediatamente atendimento em uma emergência hospitalar. O exame de Beta-HCG e ultrassonografia transvaginal auxiliam a confirmar o diagnóstico.

Como tratar uma gravidez ectópica?

O tratamento mais comum para a gravidez é cirúrgico. Nestes casos, a mulher é submetida a uma cirurgia para retirar o embrião, a placenta e reconstruir a tuba uterina, por exemplo, nos casos de gravidez tubária.

Nos casos de gravidez ectópica sem ruptura e descoberta precoce, o tratamento pode ser feito com o uso de um medicamento, que promove a redução e desaparecimento da gravidez ectópica.

Cabe ao ginecologista/obstetra avaliar o caso, e definir o melhor tratamento, caso a caso.

Tive uma gravidez tubária, é possível engravidar de novo?

Um bebê formado nas trompas ou no ovário pode sobreviver?

Referências

  • Diádica, J.M.; PATEL, J.M. Cervical Ectopic Pregnancy: A Rare Site of Implantation. The Journal of Emergency Medicine, v.56(6):e123-e125, 2019.
  • FEBRASGO - Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.
  • Protocolos FEBRASGO: Gravidez Ectópica. FEBRASGO, 2018.
  • LAYDEN, E.; MADHRA, M. Ectopic pregnancy. Obstetrics, Gynaecology & Reproductive Medicine, 30(7):205-212, 2020.
É normal a menstruação atrasar 1 mês?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

Não é normal a menstruação atrasar um mês. Esse tipo de atraso menstrual normalmente acontece devido a uma gravidez ou a alterações hormonais.

Algumas situações em que a menstruação pode atrasar 1 mês, além de gravidez, são:

  • Síndrome dos ovários policísticos;

  • Hiperprolactinemia (nível aumentado de prolactina) - isso pode ocorrer naturalmente durante a amamentação, mas também pode ser devido a tumor hipofisário ou uso de medicamentos antipsicóticos;

  • Distúrbios alimentares;

  • Estresse;

  • Excesso de exercícios físicos;

  • Uso de hormônios, como os anticoncepcionais (isso pode acontecer principalmente quando o medicamento oral é usado sem pausa ou com os medicamentos injetáveis).

O atraso menstrual de um mês é um atraso grande. É importante investigar o que está acontecendo. Procure um médico de família ou um ginecologista.

Saiba mais sobre menstruação e atraso menstrual em:

Referência:

Pinkerton JV. Amenorreia. Manual MSD

Metronidazol corta o efeito do anticoncepcional?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

O metronidazol só afeta o efeito do anticoncepcional se causar diarreia ou vômito. Isso porque, o vômito e a diarreia podem afetar a absorção do anticoncepcional.

Se o vômito ocorrer entre 3 a 4 horas após tomar o anticoncepcional, é como se ele não tivesse sido tomado. Por isso, neste caso, veja na bula o que deve fazer quando esqueceu de tomar o comprimido e siga estas instruções.

Se precisar tomar metronidazol enquanto estiver tomando o anticoncepcional, pode evitar problemas tomando em horários bem distantes. O indicado é tomar o metronidazol no mínimo 4 horas após tomar o anticoncepcional. Se precisar tomá-lo 2 vezes ao dia, um esquema possível é tomá-lo às 10h e às 22h e, se for necessário, ajustar o horário do anticoncepcional ao indicado.

Saiba mais sobre o que pode cortar o efeito do anticoncepcional em:

Referências:

Metronidazol. Bula do medicamento.

Yaz. Bula do medicamento.