Perguntar
Fechar
Tenho umas bolinhas na pele do meu testículo, é normal?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A presença de bolinhas no testículo não é incomum, principalmente por ser uma região que está constantemente coberta, quente e mais úmida. Portanto, o ambiente facilita o desenvolvimento de inflação local, as espinhas.

Outras causas possíveis para a formação de bolinhas nessa região são a infecção local, glândulas naturais aumentadas, HPV (papilomavirus humano), molusco contagioso e hidroadenite supurativa.

1. Espinhas

As espinhas, inflamação da glândula sebácea dos pelos, tão conhecidas no rosto, podem acometer outras regiões do corpo, como a região do pênis e testículos. Porém, nesses casos as bolinhas são mais avermelhadas e/ou causam dor.

O tratamento deve ser manter o local limpo e seco, procurar usar roupas com tecidos mais leves, ou que permitam a transpiração da pele.

Não é recomendado espremer as espinhas ou tentar retirá-las, pelo risco de ferir o local e desenvolver uma infecção.

2. Infecção

Os cravos ou espinhas podem evoluir com infecção, após sofrer uma lesão, seja por manipulação ou mesmo pelo calor local associado ao atrito com a roupa.

Nesse caso, além das bolinhas, pode haver dor, calor e vermelhidão local, além de mau cheiro e eventualmente, saída de secreção purulenta

Toda ferida infectada deve ser tratada rapidamente com antibióticos em pomada e ou comprimido, dependendo da extensão e gravidade da ferida. Para comprar esse medicamento é preciso receita médica controlada.

3. Glândulas de Tyson

Conhecidas também por "coroa perolada" ou glândulas prepuciais, são pequenas glândulas presentes no pênis de todos os homens, responsáveis pela lubrificação dos órgãos sexual masculino, além de função de proteção local.

As glândulas se caracterizam pela presença de pequenas bolinhas brancas ou rosadas, que se assemelham a espinhas, na glande ou testículos.

Em média, 10% dos homens nasce com essas glândulas um pouco aumentadas de tamanho, ou aumentam durante a puberdade, o que causa certa insegurança e incômodo para o homem. No entanto, é uma situação normal, sem relação com doenças sexualmente transmissíveis, ou problemas de saúde.

4. HPV

O papilomavirus humano é um vírus sexualmente transmissível, que se caracteriza pela presença de pequenas verrugas aglomeradas, que não causam dor ou sinais de infecção.

Apesar disso, por ser transmissível e altamente relacionado aos casos de câncer de colo de útero na mulher, deve ser uma das causas a ser investigada.

Saiba mais sobre HPV no link: Como é feito o diagnóstico do HPV?

5. Molusco contagioso

O molusco contagioso é uma infecção viral, comum em crianças, pessoas com imunidade baixa e portadores de dermatite atópica. Altamente contagiosa, transmitida através do contato direto com a pele.

As lesões são pequenas, avermelhadas e com ligeira depressão no centro. Não coçam e são mais encontradas no tronco.

O tratamento deve ser realizado com dermatologista, por medicamentos específicos e algumas vezes, remoção manual, cirúrgica ou cauterização das lesões.

6. Hidroadenite supurativa

A hidroadenite é uma doença de pele, causada pela inflamação dos folículos pilosos, principalmente em região de dobras, como as axilas, virilhas, região genital, glútea e abaixo das mamas.

As lesões são dolorosas, avermelhadas, podem ter mau cheiro e drenagem de pus. O tratamento é feito com orientações gerais de higiene e uso de roupas adequadas, antibióticos e mais raramente, imunossupressores.

Sendo assim, recomendamos que, na presença de outros sintomas, procure um médico urologista, que deverá prescrever um tratamento direcionado ao seu problema.

Não havendo outros sintomas, apenas mantenha uma boa higiene local e faça uso de roupas adequadas, que permitam a transpiração da pele.

Leia também:

Depois de perder a virgindade o corpo muda?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Não. Depois de perder a virgindade o corpo não muda.

Alguns e algumas adolescentes têm a primeira relação sexual na puberdade, época que acontecem  as mudanças no corpo. Por isso, acham que o corpo mudou após começar a vida sexual. Mas, na verdade, o seu corpo iria passar pelas mesmas transformações, quer você fosse virgem ou não.

A única alteração que acontece no corpo depois de perder a virgindade é no caso das mulheres com rompimento do hímen (membrana fina localizada no interior da vagina). 

As mudanças psicológicas e comportamentais são comuns. Por isso, é importante usar preservativos para evitar doenças que transmitem pelo sexo, bem como uma gravidez não desejada.

Quais são os valores de referência do PSA?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Os valores de referência do PSA total variam conforme o laboratório, mas, em média, para homens com até 59 anos de idade, as taxas devem ficar abaixo de 4,0 ng/mL. Indivíduos entre 60 e 69 anos devem estar com um PSA total de no máximo 4,5 ng/mL. Já aqueles com idade igual ou superior a 70 anos, os valores não devem ultrapassar 6,5 ng/mL.

Contudo, é importante frisar que o valor do PSA total pode estar alto devido a outros fatores que não estão relacionados com câncer de próstata, tais como doenças, infecções ou procedimentos aos quais o homem foi submetido recentemente.

O que pode alterar o resultado do exame de PSA?

Dentre os fatores que podem alterar o resultado do exame de PSA total estão o toque retal, massagem prostática, prostatite, infecção urinária, hipertrofia benigna da próstata, instrumentações uretrais, biópsia prostática e ejaculação recente.

Por exemplo, quando os valores do PSA total estão entre 4 e 10 ng/mL, pode ser difícil interpretá-los, já que esse aumento pode ter sido causado por uma hipertrofia benigna da próstata (quando a próstata aumenta de tamanho, mas não por câncer). Nesses casos, aconselha-se fazer a associação com o resultado do PSA livre.

A relação PSA livre / PSA total é menor nos pacientes com câncer. Isso significa que quando os valores de PSA livre são divididos pelos de PSA total, o resultado do cálculo costuma ser menor em quem tem câncer de próstata.

Os valores de referência para a relação PSA livre/PSA total não estão bem estabelecidos. Contudo, quando estão abaixo de 0,20, parecem se correlacionar com câncer de próstata, enquanto que valores acima de 0,20 parecem estar associados a doenças benignas.

O que é o exame de PSA e para que serve?

O PSA, sigla em inglês para Antígeno Prostático Específico, é uma substância produzida somente pela próstata. O exame de PSA serve para auxiliar o diagnóstico do câncer de próstata, associado ao toque retal e ultrassom, ou acompanhar pacientes com a doença já diagnosticada.

Para que o tratamento do câncer de próstata seja eficaz e capaz de curar o tumor, é necessário que a doença seja diagnosticada precocemente, quando o tumor ainda está localizado na próstata.

Quando a cápsula que envolve a próstata já está comprometida, assim como a área ao redor, os ossos e os gânglios, o tratamento pode não ser capaz de curar o tumor.

Em geral, o aumento do PSA nos casos de câncer de próstata ocorre progressivamente. Na suspeita de malignidade, é solicitada uma biópsia.

Quando realizar o exame de PSA?

Caso estejam presentes os sintomas de dificuldade de urinar, diminuição da força do jato urina, aumento da frequência urinária, o PSA deve ser solicitado como exame de investigação inicial do câncer de próstata.

Atualmente, alguns órgãos como a US Preventive Service Task Force e o Instituto Nacional do Câncer (INCA) não recomendam a realização do exame de PSA como forma de rastreio do câncer de próstata rotineiramente. A recomendação atual é de que o paciente converse com o médico sobre os riscos e benefícios de se submeter ou não ao rastreamento.

Isto porque não há evidência científica até o momento de que o rastreamento do câncer de próstata traga mais benefícios do que riscos.

A realização do PSA como exame de rastreamento sem critérios leva a um aumento de sobrediagnóstico, induz o excesso de procedimentos terapêuticos. que podem levar a danos e efeitos adversos permanentes. Sendo que alguns tipos de câncer não evoluem de forma agressiva e não colocariam a vida do paciente em risco. Entre os possíveis danos do tratamento estão a disfunção erétil, incontinência urinária e sintomas intestinais.

Portanto, antes de realizar o exame indiscriminadamente é importante consultar um médico para maiores orientações.

A análise isolada do exame de PSA não permite o diagnóstico de doença prostática. É necessária correlação com a história e o exame físico do paciente e muita vezes a realização de outros exames complementares.

Para maiores esclarecimentos consulte um médico de família e comunidade, ou um clínico geral. Em casos de diagnóstico de câncer de próstata o seguimento deve ser realizado por um médico urologista.

Dor incômoda no pé da barriga e vontade de urinar. O que pode ser?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Dor no pé da barriga e sensação de querer urinar podem ser sintomas de infecção urinária. Outros sintomas incluem:

  • Dor e ardência ao urinar;
  • Vontade de urinar várias vezes ao dia, mas com pouca urina em cada micção;
  • Presença de sangue na urina;
  • Dores abdominais.

A infecção urinária geralmente ocorre quando bactérias provenientes do intestino chegam ao trato urinário e ali se multiplicam, especialmente na bexiga (cistite).

A doença afeta principalmente as mulheres. A anatomia do corpo feminino, com uma uretra mais curta e maior proximidade entre a vagina e o ânus, favorece a passagem das bactérias.

Se for mesmo infecção urinária, é importante começar o tratamento o mais rápido possível para evitar que a infecção chegue aos rins.

Geralmente, o/a médico/a pode iniciar o tratamento com antibióticos mesmo sem a realização de exame de urina.

Caso não haja melhora dos sintomas e resolutividade com o tratamento instituído, a infecção e o tipo de bactéria responsável pela doença devem ser determinados pelo exame de urina e urocultura. O resultado fica pronto em até 72 horas.

Após a identificação da bactéria, o medicamento prescrito pode ser mantido ou substituído por outro mais específico para aquele tipo de bactéria.

Procure o/a médico de família, clínico/a geral ou ginecologista para receber um diagnóstico e tratamento adequados.

Leia também:

Dor no pé da barriga em homens: as 10 causas mais comuns e como tratar?

Quais são os sintomas e causas de uma infecção urinária?

Qual o tratamento para infecção urinária?

Vontade de urinar toda hora, o que pode ser e o que posso fazer?

Sensação de bexiga cheia mesmo após urinar, o que pode ser?

O que é gardnerella e como se contrai?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Gardnerella vaginalis e Mobiluncus sp são bactérias que fazem parte da flora vaginal normal de até 80% das mulheres sexualmente ativas. A Gardnerella vaginalis, sozinha ou associada ao Mobiluncus sp, é uma das principais causas de vaginose bacteriana, um quadro que se caracteriza pelo desequilíbrio dessa flora, com um predomínio da G. vaginalis.

Na vaginite, há uma infecção dos tecidos vaginais com inchaço e vermelhidão na vagina, além de dor na relação sexual. Já na vaginose não existem lesões dos tecidos ou estas são muito discretas, sendo caracterizada somente pela quebra do equilíbrio microbiano normal da vagina.

A vaginose bacteriana é um tipo de infecção vaginal. A vagina normalmente contém bactérias “boas” conhecidas como lactobacilos, além de outros tipos de bactérias.. A vaginose bacteriana ocorre quando há maior proliferação de bactérias anaeróbicas, como a Gardnerella.

A gardnerella é sexualmente transmissível?

A gardnerella pode ser transmitida sexualmente, mas não é propriamente considerada uma doença sexualmente transmissível na mulher, já que esta bactéria faz parte da flora vaginal normal das mulheres em pequena quantidade.

Entretanto, no homem, a Gardnerella pode ser adquirida através de relações sexuais e embora raro pode causar uretrite e balanite (inflamação do prepúcio e da glande).

Quais as causas da vaginose por gardnerella?

Existem diversas condições que podem provocar um desequilíbrio da flora vaginal e aumentar o risco de vaginose bacteriana, tais como:

  • Tabagismo;
  • Duchas vaginais constantes;
  • Ter vários parceiros sexuais;
  • Baixa imunidade (diabetes, depressão, estresse, uso de antibióticos);
  • Infecções;
  • Gravidez.

A vaginose é mais comum em mulheres sexualmente ativas, mas também pode ocorrer em mulheres que não têm relações sexuais frequentes.

Quais os sintomas de vaginose por gardnerella?

A vaginose por gardnerella pode não apresentar sinais e sintomas. Quando ocorrem, eles caracterizam-se por:

  • Corrimento homogêneo branco acinzentado cremoso e às vezes com bolhas dispersas na sua superfície e odor desagradável;
  • Prurido (coceira) vaginal, embora seja pouco comum;
  • Ardência ao urinar;
  • Liberação de odor semelhante ao de peixe após a relação sexual, devido à presença do esperma (pH básico) no ambiente vaginal.

O diagnóstico da vaginose por gardnerella é feito através da análise do corrimento.

Qual é o tratamento para vaginose por gardnerella?

O tratamento da vaginose por gardnerella é feito com remédios antibióticos, administrados por via oral e sob a forma de pomada vaginal. Geralmente, não é necessário que o parceiro receba tratamento. Porém, se a mulher tiver uma parceira, ela também precisa realizar o tratamento.

Se tomar metronidazol, não beba álcool enquanto estiver a tomá-lo. No caso do metronidazol, não se deve ingerir bebidas alcoólicas nas 24 horas seguintes à toma da medicação. A combinação de álcool com esse medicamento pode causar náuseas e vômitos.

Se a vaginose por gardnerella não for tratada, as bactérias podem se espalhar e entrar no útero ou nas trompas, causando infecções mais graves. Tratar a vaginose bacteriana reduz esse risco. O tratamento é especialmente importante em mulheres grávidas.

Algumas mulheres sofrem de vaginose bacteriana crônica (recorrente). Os medicamentos podem fazer com que a infecção desapareça, mas ela volta depois de algumas semanas. Há mulheres que relatam que a vaginose retorna todos os meses após a menstruação ou relação sexual. Nesses casos, podem ser indicados remédios probióticos.

Para ajudar a aliviar a irritação vaginal:

  • Lave a vulva e o ânus com sabão neutro e sem desodorante;
  • Não faça duchas vaginas e não lave o interior da vagina;
  • Enxágue e seque bem o órgão genital;
  • Use absorventes ou toalhas de higiene sem perfume;
  • Use calcinhas de algodão e roupas largas. Evite usar meia-calças;
  • Limpe-se de frente para trás após ir ao banheiro

O tratamento para gardnerella deve ser seguido rigorosamente, conforme orientação médica. Interromper o tratamento antes do tempo pode tornar as bactérias resistentes aosmedicamentos e causar recaídas.

É possível prevenir a vaginose por gardnerella?

Para prevenir a vaginose por gardnerella, recomenda-se diminuir o número de parceiros sexuais, usar camisinha em todas as relações sexuais e não fazer duchas vaginais, pois este procedimento elimina bactérias saudáveis na vagina que protegem contra infecções.

O tratamento da vaginose por Gardnerella é realizado pelo clínico geral, médico de família ou ginecologista.

Também pode ser do seu interesse:

Fiz exame preventivo e o resultado deu: cocos. O que significa?

Qual o tratamento no caso de gardnerella?

Remédios para tratar a gardnerella e a infecção recorrente

Referência bibliográficas:

Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Atenção Integral às Pessoas com Infecções Sexualmente Transmissíveis

Ter um testículo maior que o outro é normal?
Dr. Ivan Ferreira
Dr. Ivan Ferreira
Médico

Ter um testículo um pouco maior que o outro é normal. Geralmente o testículo esquerdo fica ligeiramente mais abaixo que o direito o que também pode causar a impressão de tamanhos diferentes. 

É comum haver uma pequena diferença de tamanho entre os testículos. Porém, quando essa  diferença for maior, com aumento anormal ou atrofia de um dos testículos, pode ser um sinal de doença ou uso de medicamentos.

Alguns problemas que podem causar aumento ou diminuição no tamanho dos testículos são:

  • Orquiepididimite (infecção do testículo e epidídimo);
  • Hidrocele (acúmulo de líquido no saco escrotal);
  • Hérnia encarcerada;
  • Torção testicular;
  • Tuberculose testicular;
  • Uso de anabolizantes;
  • Tumores.

O autoexame testicular pode ser realizado para auxiliar a identificação de anormalidades testiculares. O exame deve ser feito de preferência após um banho morno para um maior relaxamento do escroto, da seguinte forma:

  1. Em pé e em frente a um espelho, examine os testículos com as duas mãos;
  2. Localize o epidídimo atrás do testículo, que é um canal emaranhado que coleta e armazena os espermatozoides;
  3. A seguir, procure identificar alterações nos testículos.

No autoexame dos testículos, verifique:

  • Anormalidades na pele do escroto (bolsa testicular),
  • Alterações do tamanho dos testículos,
  • Sensação de peso no escroto,
  • Dor ou desconforto no testículo ou escroto,
  • Inchaço e líquido no escroto.

Qualquer alteração identificada deve ser comunicada ao urologista, que é o especialista responsável pelo diagnóstico e tratamento dos problemas dos genitais masculinos.

Tive sangramento depois da relação sexual. O que pode ser?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Sangramento depois da relação sexual pode indicar:

  • Ruptura do hímen (na primeira relação sexual);
  • Presença de infecções sexualmente transmissíveis;
  • Alergia ao látex do preservativo;
  • Traumas durante a relação sexual;
  • Atrofia vaginal (secura vaginal);
  • Presença de inflamação no colo do útero ou vagina (mulheres) ou na uretra (homens);
  • Câncer vaginal;
  • Presença de lesões vaginais (miomas ou pólipos);
  • Presença de lesões no pênis;
  • Endometriose.

Para identificar a causa do sangramento, é importante observar as características desse sintoma, como a: coloração, quantidade de sangue perdida, duração e frequência do sangramento.

Esse sangramento, por exemplo, pode ser marrom escuro ou vermelho vivo a depender da causa específica.

É normal sangrar depois da relação?

No caso de ruptura do hímen sim. Na primeira ou primeiras relações de uma mulher, é comum a perda de pequeno sangramento vermelho vivo, que representa a ruptura do hímen. Película fina que recobre a parte interna da vagina. Geralmente não causa dor e acontece apenas uma vez.

Contudo, se for um sangramento mais frequente ou associado a outros sintomas, não é normal e deve ser investigado por um ginecologista, ou no caso dos homens, urologista.

Na presença de infecções sexualmente transmissíveis, por exemplo, além do sangramento, a mulher pode apresentar corrimento, mau cheiro e dor durante a relação. Este é um caso que necessita de tratamento com antibióticos ou antifúngicos, o mais rápido possível, para evitar maiores complicações como a infertilidade.

Situações onde o sangramento é frequente, com dor, próximo ao período de menopausa, pode indicar a secura vaginal, por falta de estrogênio natural dessa fase de vida da mulher. Para melhorar os sintomas basta recorrer à reposição do hormônio, quando não há contraindicação.

O sangramento frequente, sem dor, sem corrimento ou outros sintomas, pode indicar outros problemas como a presença de pólipos, mioma ou mesmo, um câncer vaginal ou de pênis. Doenças que são tratadas de formas distintas, após avaliação médica individual.

Na presença de sangramento após a relação sexual, principalmente se for frequente, é indicado procurar o/a médico/a de família, ginecologista ou urologista (para os homens), para uma avaliação detalhada, diagnóstico correto e tratamento adequado.

Leia também:

Referência:

FEBRASGO - Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.

É normal o homem sangrar durante ou depois da relação sexual?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Não, homem sangrar durante ou após a relação sexual não é normal. Sangramento durante a ejaculação ou a presença de sangue no esperma geralmente são causados por inflamações, infecções e traumas.

Na maioria das vezes, trata-se de uma condição benigna e autolimitada. Porém, sangrar frequentemente durante ou após as relações ou se o sangramento vier acompanhado de outros sintomas, pode ser sinal de algo mais grave, como câncer, principalmente em homens mais velhos.

As principais causas da presença de sangue no esperma são:

  • Inflamação ou infecção: É a causa mais comum em homens com menos de 40  anos. Processos inflamatórios provocam irritação da mucosa, aumento do fluxo sanguíneo e inchaço de ductos e glândulas, resultando em sangramento;
  • Trauma ou lesão provocada por procedimentos médicos: A biópsia da próstata é a principal causa nesses casos, sendo observado sangramento em até 85% dos homens. Outras causas incluem:
    • braquiterapia para tratar câncer de próstata;
    • presença de corpo estranho;
    • traumas perineal (área entre ânus e pênis) ou genital;
    • fratura do pênis;
    • fratura de bacia.
  • Cistos: Podem comprimir vasos sanguíneos muito pequenos, bloqueando o fluxo sanguíneo em alguns pontos. A ejaculação alivia essa pressão, levando a uma distensão dos vasos que resulta em sangramento;
  • Tumores: Há vários tumores benignos que podem fazer o homem sangrar durante ou após uma relação sexual devido aos novos vasos que são formados no tumor. Tumores malignos de próstata, vesícula seminal e testículo são causas raras de sangue no sêmen, sendo responsáveis por cerca de 4% dos sangramentos em homens com mais de 40 anos;
  • Outras causas de sangramento:
    • Anormalidades vasculares (varizes em vesículas seminais, uretra prostática, malformações arteriovenosas, hemangioma na próstata);
    • Linfoma;
    • Doença de Von Willebrand;
    • Hemofilia;
    • Distúrbios da coagulação sanguínea;
    • Uso de medicamentos.
    • Hipertensão arterial.

Apesar da ansiedade que o sangramento pode gerar no homem, normalmente não é nada de grave e muitas vezes tem causa desconhecida.

Contudo, como falado no início, se o sangramento ou a presença de sangue no esperma forem recorrentes ou estiverem associados a outros sintomas, é importante consultar o/a mé dico/a urologista, médico/a de família ou clínico/a geral para uma investigação mais apurada.