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Quais são os principais sintomas do herpes genital?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Os principais sintomas do herpes genital são vermelhidão, dor em ferroada, coceira e bolhas na região genital. Em alguns casos, pode haver febre, dor muscular, dor de cabeça e mal-estar, embora esses sintomas sejam muito menos comuns.

Na fase inicial, o herpes genital se manifesta sob a forma de manchas vermelhas, que depois evoluem para pequenas bolhas dolorosas cheias de líquido, que surgem em grupos, principalmente na vulva (parte externa da vagina), interior da vagina, pênis e ânus.

Antes do aparecimento das bolhas, a pessoa pode sentir outros sintomas nesses locais, como ardência, formigamento e coceira. Também podem surgir nódulos dolorosos nas virilhas ou próximos das lesões, que são os gânglios linfáticos inflamados devido à infecção.

Contudo, nem todas as pessoas infectadas pelo vírus manifestam sinais da doença. Há indivíduos que nunca manifestam sintomas, outros só manifestam uma vez ao longo da vida, enquanto outros apresentam quadros frequentes.

Quando aparecem os primeiros sintomas do herpes genital?

O período de incubação do vírus do herpes genital varia entre 4 e 15 dias após a infecção, que ocorre através de relação sexual com pessoas infectadas. Após esse período, surgem os primeiros sintomas. Em geral, o primeiro surto da doença é mais agressivo, prolongado, generalizado e doloroso que os demais, podendo haver febre e mal-estar nesses casos.

Qual o tempo de duração dos sintomas do herpes genital?

Os sintomas do herpes genital geralmente permanecem durante 5 a 10 dias. Um sinal característico da doença é o desaparecimento e reaparecimento dos sintomas após algum tempo, geralmente no mesmo local.

O que é o herpes genital?

O herpes genital é uma infecção causada, principalmente, pelo vírus Herpes simplex tipo 2, que se transmite por contato direto com a lesão de uma pessoa infectada. O vírus então se aloja nos nervos do indivíduo e se manifesta por meio dos sintomas descritos, que podem aparecer em diferentes locais como a vulva e vagina, pênis, ânus ou boca.

Quais são os sintomas do herpes genital feminino e masculino?

O herpes genital feminino e masculino provoca lesões na pele e nas mucosas das regiões dos órgãos genitais e do ânus, podendo causar ainda corrimento, dificuldade para urinar e dor ao andar, dependendo da localização.

Nos homens, as lesões podem se manifestar em qualquer parte do pênis, inclusive no prepúcio (pele que recobre a glande), podendo ainda causar impotência.

Uma vez que causa coceira, as bolhas podem se romper ao coçar, podendo provocar a formação de pequenas feridas que formam casquinhas quando cicatrizam, na maioria das vezes espontaneamente. No entanto, o vírus do herpes genital migra através dos nervos e fica alojado num gânglio nervoso, onde permanece inativo até voltar a se manifestar.

As chances de transmissão são muito maiores nos períodos de manifestação dos sintomas, embora o vírus também possa ser transmitido na ausência de lesões.

Quais as possíveis complicações do herpes genital?

Normalmente, os sintomas do herpes genital limitam-se aos locais das lesões, que normalmente regridem e cicatrizam espontaneamente, mesmo sem tratamento.

Porém, há casos em que podem ocorrer graves complicações, como quando o vírus atinge o cérebro, causando encefalite herpética. Esse tipo de complicação tende a acontecer em pessoas com o sistema imunológico debilitado, como pacientes com HIV/AIDS, câncer e outras doenças graves.

As lesões em pessoas imunodeprimidas podem ser graves e espalhar-se para outras partes do corpo, como articulações, ou ainda a órgãos como fígado e pulmões. O herpes genital nesses casos pode levar semanas para desaparecer ou ficar resistente ao tratamento.

Quando atinge as meninges, que são membranas que recobrem o cérebro, provoca meningite, podendo causar vômitos, dor de cabeça e rigidez na nuca. Se o vírus do herpes genital infectar a medula espinhal, pode levar à perda de força, movimentos ou causar outros tipos de debilidades nos membros inferiores.

Contudo, é importante lembrar que essas complicações são raras e tendem a acontecer apenas em situações específicas.

Há ainda um risco maior de contrair outras infecções sexualmente transmissíveis, como HIV, já que o herpes genital provoca pequenas lesões no local da infecção, o que aumenta as chances de penetração de vírus e bactérias no organismo.

Herpes genital na gravidez é grave?

Se a mulher estiver com lesões de herpes genital no momento do parto, pode transmitir o vírus ao bebê. A infecção do herpes genital pelo recém-nascido pode levar ao desenvolvimento de sequelas neurológicas extremamente graves ou até mesmo à morte da criança, uma vez que o seu sistema imunológico ainda é bastante frágil.

As mulheres são as mais afetadas pelo herpes genital, uma vez que o vírus é mais facilmente transmitido do sexo masculino para o feminino, do que da mulher para o homem.

É fundamental procurar o/a médico/a o mais rápido possível, para abreviar a duração dos sintomas e evitar a transmissão para outras pessoas, já que as vesículas (pequenas bolhas com líquido dentro) são altamente contaminantes.

Em gestantes, o tratamento deve ser feito com urgência, uma vez que a doença pode passar para o bebê e, nesse caso, pode levar a sequelas relacionadas com o desenvolvimento do cérebro.

Saiba mais em: Herpes na gravidez é perigoso? Como tratar?

Quantos dias tem um ciclo menstrual normal?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A média de duração de um ciclo menstrual normal é de 28 a 35 dias. Lembrando que o ciclo começa no primeiro dia de menstruação e termina com a vinda do próximo período menstrual.

O uso de métodos anticoncepcionais hormonais altera o ciclo menstrual normal e, portanto, não serve de parâmetro para a questão aqui colocada.

A maioria das mulheres tem um ciclo de 28 dias, em média. Porém, algumas podem ter ciclos mais curtos, com menos de 28 dias, enquanto outras mulheres podem ter ciclos menstruais longos, com mais de 35 dias. Essa variação também é comum e normal.

Mesmo assim, o número de dias do ciclo menstrual não é constante ao longo da vida. O calendário do ciclo menstrual muda com o passar dos anos e após gestação.

Em geral, após a menarca (primeira menstruação), a adolescente apresenta ciclo menstrual longo e sangramentos mais prolongados durante a menstruação. Isso vai mudando ao longo da vida da mulher e, perto da menopausa (última menstruação), os ciclos vão se tornando mais curtos e o sangramento escasso.

Algumas mulheres apresentam ciclos irregulares e com isso a duração de cada ciclo pode ser variável e, consequentemente, esses ciclos podem apresentar uma duração de dias menores de 28 dias ou maiores de 35 dias.. Outras mulheres podem apresentar também ciclos anovulatórios em que a ovulação não ocorre.

O que é ciclo menstrual ?

O ciclo menstrual compreende o intervalo de tempo entre duas menstruações. Ele começa no dia que vem a menstruação e termina com a vinda do próximo período menstrual.

Nesse intervalo de tempo, ocorre a liberação de alguns hormônios que irá provocar a saída de um óvulo do ovário. Esse processo é conhecido como ovulação.

Após a ovulação, não havendo fecundação, o óvulo regride e o útero irá descamar (menstruação). O primeiro dia que desce a menstruação é o primeiro dia do ciclo menstrual.

Portanto, o ciclo menstrual pode ter entre 24 e 35 dias, dependendo de cada mulher e da fase em que está na vida.

Para maiores esclarecimentos sobre o seu ciclo menstrual, consulte o/a médico/a de família, clínico/a geral ou ginecologista.

O ciclo menstrual muda depois da primeira relação?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Não. O ciclo menstrual não muda depois da primeira relação sexual.

O ciclo menstrual é coordenado por vários hormônios do corpo feminino. A liberação desses hormônios pela glândula hipófise e pelos ovários determinará a duração do ciclo menstrual.

Quando a mulher inicia-se na vida sexual ativa, não ocorre alteração na produção e liberação desses hormônios. Por isso, o ciclo menstrual não muda depois da primeira relação.

O ciclo menstrual muda com o passar dos anos e após a gestação.

Em geral, após a menarca (primeira menstruação), a adolescente apresenta ciclo menstrual longo e sangramentos mais prolongados durante a menstruação. Isso vai mudando ao longo da vida da mulher e, perto da menopausa, os ciclos vão tornando curtos e o sangramento escasso.

A realização de relações sexuais não irá alterar esse equilíbrio hormonal capaz de fazer funcionar o ciclo menstrual.

Leia também:

Como contar o ciclo menstrual?

O que significa CID no atestado médico?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

CID significa “Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde”. O código CID colocado no atestado médico indica a doença ou problema de saúde que a pessoa tem. No seu caso, CID J18.0 significa “broncopneumonia não especificada”.

É correto colocar o código em vez do nome ou descrição da doença nos atestados e laudos médicos. Isso padroniza a classificação da doença e permite manter o máximo possível o sigilo entre o médico e o paciente.

Para saber o que significa o CID colocado no atestado médico, é preciso pesquisar na tabela da Classificação Internacional de Doenças. Ela é revista periodicamente, estando em vigor ainda a CID-10 em alguns países. Mas já existe uma nova tabela, a CID-11. A tabela é publicada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e está disponível no site do DATASUS (Departamento de Informática do SUS).

Referências:

Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde - CID-10. Centro Colaborador da OMS para a Classificação de Doenças em Português - CBCD. Disponível em: http://www2.datasus.gov.br/cid10/V2008/cid10.htm

International Statistical Classification of Diseases and Related Health Problems (ICD). International Classification of Disease 11th Edition. The global standard for diagnostic health information. Disponível em: https://www.who.int/classifications/classification-of-diseases

O que é a faringite e qual o tratamento?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A faringite é uma infecção na garganta que pode ser causada por vírus ou bactérias. A faringe é a região da garganta que fica entre o nariz e a laringe, onde se localizam as cordas vocais. Sua localização faz com que, de certa forma, faça parte da transição entre o sistema respiratório e digestivo.

A principal forma de transmissão da faringite é através do contato direto com secreções nasais e respiratórias eliminadas por uma pessoa infectada. Após um período de incubação de 1 a 3 dias, os sintomas da faringite começam a se manifestar.

Faringite Quais são os sintomas da faringite viral e bacteriana? Faringite viral

A faringite é mais frequentemente causada por vírus, como nos resfriados comuns. Os seus sinais e sintomas incluem dor, ardência e irritação na garganta, dificuldade para engolir, febre baixa, mal-estar e indisposição.

Faringite bacteriana

Quando a faringite é causada por bactérias, além da dor e da sensação de ardência e irritação na garganta, indisposição e mal-estar, há também a presença de secreção purulenta na garganta e eventualmente de petéquias (pontinhos vermelhos) no palato.

A febre pode ser mais elevada e os gânglios linfáticos ou linfonodos do pescoço podem estar aumentados. Os linfonodos são estruturas do sistema linfático que aparentam ser pequenos caroços e são responsáveis pelo combate local às infecções.

A faringite pode se agravar e trazer complicações como otite, sinusite ou ainda formação de abscesso ao redor das amígdalas.

Qual é o tratamento para faringite viral?

O tratamento da faringite viral é feito com medicamentos anti-inflamatórios e antitérmicos (medicamentos para baixar a febre). O objetivo do tratamento da faringite viral é aliviar os sintomas, controlando a inflamação, a dor e a febre.

Dentre os remédios usados no tratamento da faringite viral estão os anti-inflamatórios nimesulida®, o diclofenaco® e o ibuprofeno®. As faringites causadas por vírus tendem a curar-se espontaneamente em poucos dias.

Qual é o tratamento para faringite bacteriana?

Na faringite bacteriana, o tratamento é feito com remédios antibióticos, como penicilina®, eritromicina® e amoxacilina®. Os medicamentos são administrados por via oral ou injeção. Os sintomas geralmente melhoram 48 horas depois do início do antibiótico.

Contudo, mesmo após a melhoria dos sintomas, o tratamento com antibióticos deve ser mantido pelo tempo determinado pelo médico. Geralmente, o uso de antibióticos é mantido durante 7 a 10 dias.

Suspender o tratamento da faringite bacteriana antes do tempo pode trazer sérias complicações, uma vez que as bactérias podem se tornar resistentes à medicação e causar recaídas ou outras infecções.

Além dos antibióticos, também são usados medicamentos para controlar a dor e a febre, como a dipirona® e o paracetamol®.

A dor de garganta também pode ser aliviada com pastilhas ou gargarejos com água morna e sal.

Existe algum remédio caseiro para faringite?

Um remédio caseiro que ajuda a aliviar a dor da faringite é o gargarejo com água morna e sal. Além de limpar a garganta, os gargarejos ajudam a remover o muco que se forma por causa do pus, no caso da faringite bacteriana.

Para fazer o gargarejo, misture:

  • Uma (01) colher chá rasa de sal
  • Um (01) copo de água morna

O gargarejo deve ser feito durante 1 a 2 minutos e repetido pelo menos 3 vezes ao dia.

Vale lembrar que o uso de vinagre ou limão no gargarejo é contraindicado, pois a acidez pode deixar a garganta ainda mais irritada.

Também é importante ressaltar que os gargarejos apenas auxiliam no alívio da dor, já que não tratam a causa da infecção ou da inflamação. Por isso, não substituem os medicamentos.

Para diagnosticar a causa da faringite e o seu tratamento adequado é necessária a avaliação médica e em alguns casos, quando a faringite é frequente ou prolongada, podem ser necessários exames laboratoriais para auxiliar na identificação da sua causa e do melhor tratamento.

O médico clínico geral, pediatra, médico de família ou otorrinolaringologista podem diagnosticar e tratar adequadamente a faringite.

Posso engravidar tomando pílula anticoncepcional?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A mulher que toma pílula anticoncepcional não apresenta ovulação e, por consequência, não possui período fértil.

Nenhum método contraceptivo é 100% seguro e sempre há uma mínima chance de ocorrer a gravidez mesmo usando de maneira adequada.

A pílula anticoncepcional usada corretamente, sem falhas nem esquecimentos, é bastante segura para evitar gravidez, possuindo uma eficácia próxima a 99%.

Quando há falhas no uso, esquecimento de pílulas ou atraso na tomada da medicação, a eficácia diminui, podendo haver risco de engravidar na situação descrita (relação sexual desprotegida).

O uso da camisinha em todas as relações sexuais de quem usa pílula anticoncepcional é importante para prevenir as doenças sexualmente transmissíveis (DSTs).

Portanto, se você faz uso correto da pílula tomando 1 comprimido por dia no mesmo horário todos os dias, continue o uso da medicação, bem como o uso da camisinha durante as relações sexuais.

Caso tenha ocorrido alguma falha no uso do anticoncepcional nesse período, procure o/a médico/a de família, clínico/a geral ou ginecologista para uma avaliação.

Leia também: Posso engravidar na troca do anticoncepcional?

Estou com caroços dentro da vagina, em um dos lados. O que pode ser?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Caroço dentro da vagina ou nos grandes lábios pode ter como causa bartolinite, foliculite, hematoma, linfogranuloma venéreo, cisto sebáceo e outro tipos de cistos, lipoma, entre outras causas.

Com as características apresentadas (caroço pequeno, vermelho, com ponta branca e que não possui pus), pode tratar-se de uma inflamação no pelo da região, situação conhecida como foliculite.

O que é foliculite?

A foliculite é uma inflamação na raiz do pelo, causada por fungos, vírus ou bactérias. Porém, há casos em que não há uma infecção propriamente dita, mas uma inflamação, em que o próprio pelo provoca a resposta inflamatória.

A profundidade da foliculite pode variar. Costuma ser superficial, provocando apenas lesões pequenas na pele. Porém, há casos em que a foliculite é profunda. Nesse caso, o problema é mais grave, pois afeta camadas mais profundas da pele, normalmente com formação de furúnculos.

Quais são os sintomas da foliculite?

Os sinais e sintomas da foliculite incluem manchas pequenas ou pequenos caroços na pele, nesse caso, na vagina. O pus pode ou não estar presente. Pode haver ainda formação de crostas, dor, coceira e desconforto.

O que fazer em caso de caroço na vagina?

Nesse caso, se for uma foliculite, não é indicado apertar, espremer ou estourar. Deve-se fazer a higiene local no momento do banho com água e sabão, sem a necessidade de usar nenhum outro produto de limpeza específico.

Caso a inflamação infeccione e transforme em abscesso com dor local, presença de pus, vermelhidão e inchaço, é necessária a drenagem para que o pus saia e alivie a dor, juntamente com uso de antibiótico.

Veja também: Existe algum tratamento para foliculite?

Se o caroço não regredir em alguns dias e vir acompanhado desses sintomas, a mulher deve procurar o/a ginecologista, clínico/a geral ou médico/a de família para o diagnóstico e tratamento adequado.

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Estou com caroço nos grandes lábios da vagina, o que pode ser e qual o tratamento?

O que é vaginismo e quais os sintomas?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Vaginismo é uma contração involuntária da musculatura vaginal antes ou durante a penetração. Essa contração exagerada provoca dor, além de dificultar ou impedir uma relação ou uso de absorvente interno.

O vaginismo também impede ou dificulta a realização de exames ginecológicos (introdução de espéculo vaginal), o uso de cremes vaginais ou qualquer outro procedimento que implique a introdução de algo na vagina, mesmo que a mulher tenha a intenção de o fazer.

O vaginismo é considerado uma disfunção sexual. A contração involuntária e vigorosa da musculatura do assoalho pélvico é uma reação de defesa inconsciente, associada a situações ameaçadoras ou dolorosas.

Existem 2 tipos de vaginismo:

Primário: A mulher nunca conseguiu ter uma relação sexual completa pois a contração da musculatura ocorreu logo na primeira tentativa de penetração. Trata-se da maioria dos casos de vaginismo.

Secundário: Neste caso, a mulher mantinha relações normalmente, mas desenvolveu vaginismo após algum tempo de insatisfação com a vida sexual, passado de abuso ou traumas.

Quais são os sintomas do vaginismo?

Os principais sintomas do vaginismo são: dor, desconforto ou ardência durante a relação sexual. Muitas vezes a contração fecha a vagina, impossibilitando a penetração ou, quando ela ocorre, provoca dor.

Geralmente, os músculos da parte interna da coxa também se contraem de forma involuntária, aparentemente pela ansiedade e medo dos sintomas, que a mulher já reconhece.

Essa situação leva a um ciclo vicioso de ansiedade e medo ⇒ contração ⇒ dificuldade ou impossibilidade de penetração ⇒ aumento das contrações involuntárias ⇒ dor na penetração ⇒ mais contração ⇒ mais dor.

Isso faz com que a mulher evite cada vez mais ter relações sexuais e se afaste do parceiro aos primeiros sinais de carícias.

Mulheres com vaginismo também têm grande dificuldade em fazer exames ginecológicos e colocar absorventes internos pelo já exposto. Qualquer tentativa de penetração na vagina, mesmo que não esteja relacionada com sexo, dispara a contração da musculatura do assoalho pélvico.

Contudo, o vaginismo pode se manifestar de diferentes formas em cada mulher. Há mulheres que não conseguem ter relações sexuais, mas conseguem realizar exames ginecológicos. Em outros casos, são capazes de ter relações apenas com penetração parcial, mas ainda sentem dor ou ardência.

Nos casos mais graves de vaginismo, a mulher pode permanecer virgem por vários anos durante o casamento, sem qualquer possibilidade de haver penetração.

Quais as causas do vaginismo?

O vaginismo pode ter origem em fatores físicos ou emocionais. Dentre as causas físicas que podem impedir ou dificultar a penetração e causar dor estão:

  • Inflamações e infecções vaginais;
  • Lesões na vagina ou na vulva;
  • Doenças sexualmente transmissíveis (DST);
  • Hímen com anormalidades;
  • Líquen escleroso;
  • Dor crônica na abertura da vagina (vulvodinia);
  • Problemas na anatomia vaginal;
  • Dores no pós-parto;
  • Doença inflamatória pélvica;
  • Disfunções hormonais;
  • Atrofia vaginal;
  • Excesso de tensão dos músculos vaginais e do assoalho pélvico;
  • Falta de excitação ou lubrificação vaginal;
  • Endometriose.

Os principais fatores psicológicos que podem estar na origem do vaginismo são:

  • Ansiedade;
  • Medo de sentir dor durante a penetração;
  • Traumas associados a exames ginecológicos;
  • Experiências sexuais traumáticas no passado, como abusos ou violência sexual;
  • Experiência insatisfatória, dolorosa ou de violação na primeira relação sexual;
  • Educação sexual repressora;
  • Tabus religiosos;
  • Falta de informação sobre o que é uma relação sexual;
  • Falta de conhecimento do próprio corpo;
  • Problemas de relacionamento com o parceiro.
Qual é o tratamento para vaginismo?

Quando a causa do vaginismo é alguma inflamação, infecção ou hipersensibilidade de algum nervo, o tratamento é feito com medicamentos.

Para as causas de origem psicológica, são indicadas outras formas de tratamento, como terapia sexual, técnicas de relaxamento, exercícios para os músculos do assoalho pélvico, treino de introdução de objetos específicos na vagina para combater a ansiedade e o medo, além de cirurgia, em casos mais raros.

O vaginismo tem cura e o tratamento deve ser multidisciplinar, com participação do médico ginecologista, fisioterapeuta e psicólogo.

Vaginismo: qual o tratamento?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O tratamento do vaginismo é direcionado para a causa da disfunção e tem como principal objetivo acabar com a contração involuntária que caracteriza o vaginismo. O tratamento pode incluir sessões de fisioterapia, psicoterapia e terapia sexual.

Como é o tratamento do vaginismo com fisioterapia?

A fisioterapia trata a parte física do vaginismo através de técnicas de conhecimento do próprio corpo e aprendizado em relaxar a musculatura do assoalho pélvico, aumentando a sua percepção da pelve, o que impede o espasmo involuntário no momento da relação ou outra penetração local, como absorvente interno ou exame médico ginecológico.

O tratamento fisioterapêutico também inclui eletroestimulação, uso de dilatadores vaginais e exercícios feitos em casa.

Por que devo fazer psicoterapia para tratar o vaginismo?

O medo e todo o lado emocional que pode estar relacionado na origem do vaginismo são tratados com psicoterapia, de preferência a Terapia Cognitivo Comportamental.

A psicoterapia irá trabalhar o autoconhecimento, a autoestima, bem como o investimento na própria vida e sexualidade da mulher. Alguns conceitos sexuais poderão ser reformulados.

A associação da psicoterapia ao tratamento do vaginismo é fundamental para se obter melhores resultados e a cura para o problema. Porém, a aceitação e participação da mulher é fundamental para o sucesso terapêutico.

Como é a terapia sexual para tratar o vaginismo?

A terapia sexual ajuda a mulher a compreender os mecanismos que lhe causam os problemas sexuais. Assim, ela pode adaptar-se melhor à situação e ter uma melhor qualidade de vida.

O objetivo da terapia é o autoconhecimento e a percepção do corpo através de técnicas de relaxamento, exercícios e orientações.

O tempo de duração do tratamento do vaginismo varia conforme a causa, o grau de “bloqueio” e a adesão ao tratamento, podendo levar meses ou anos.

Como o vaginismo pode ter diversas facetas, é muito importante haver uma abordagem multidisciplinar da disfunção, com participação de ginecologista, fisioterapeuta e psicoterapeuta, todos com experiência em sexualidade.

Tosse com falta de ar, o que pode ser?
Dr. Ivan Ferreira
Dr. Ivan Ferreira
Médico

Tosse com falta de ar pode ter causas variadas uma vez que a tosse é um mecanismo de proteção do organismo, ou seja, uma reação à algum estímulo irritativo nas vias aéreas. Quando a tosse é muito intensa e persistente pode causar falta de ar e, até mesmo, vômitos. 

Como pode ocorrer nas tosses alérgicas, no refluxo gastroesofágico, nas gripes fortes, sinusites, na tosse provocada por ansiedade, e ainda por medicamentos para baixar a pressão (anti-hipertensivos) como o captopril, enalapril e propanolol. 

Outros distúrbios que podem apresentar tosse com falta de ar são: asma brônquica, enfisema, derrame pleural, insuficiência cardíaca descompensada.

É importante procurar o atendimento médico sempre que a tosse permanecer por um período maior que 10 a 15 dias ou se for acompanhada de febre, suores noturnos, falta de ar, falta de apetite e eliminação de secreção com sangue.

Leia também:

Tosse persistente: o que fazer?

Tosse com catarro: o que fazer?

O clínico geral pode diagnosticar e indicar o tratamento ou encaminhamentos necessários no caso de tosse com falta de ar.

Também pode lhe interessar: Falta de ar constante: o que pode ser e o que fazer?

Tosse seca: o que pode ser e o que fazer?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

A tosse seca geralmente tem origem alérgica, mas pode também ser sintoma de outras doenças. Geralmente, a tosse seca provocada por doença vem acompanhada de mais sintomas, como febre, falta de ar, emagrecimento, coriza, espirros, entre outros.

Algumas doenças que podem provocam tosse seca são: asma, bronquite, rinite, sinusite, tuberculose (se a tosse for persistente e durar mais de 4 semanas), DPOC, doença do refluxo gastroesofágico e câncer de pulmão (quando a tosse nunca melhora e vem acompanhada de sintomas como emagrecimento e falta de ar).

Vale lembrar ainda que o tabagismo também é um importante desencadeador de tosse.

A tosse é um reflexo natural do organismo, sendo um importante mecanismo de defesa do sistema respiratório, responsável pela remoção de excesso de secreção, corpos estranhos e micro-organismos infecciosos das vias aéreas.

O que fazer para amenizar a tosse seca?

Algumas medidas que podem ser feitas em casa e ajudam a aliviar o incômodo provocado pela tosse seca, nos casos menos graves, são:

⇒ Beber água constantemente: Os líquidos em geral, de preferência água, são os melhores remédios caseiros para tosse, pois facilitam a movimentação do muco.

⇒ Consumir mel: As evidências científicas cada vez mais apontam os benefícios do mel nos casos de tosse.

⇒ Tomar chá de gengibre e mel: esprema meio limão em uma caneca de água fervida, adicione 1 a 2 colheres (chá) de mel e beba enquanto ainda estiver morno.

⇒ Fazer inalação com soro fisiológico, chá ou óleo essencial de eucalipto, ajuda a umidificar as vias aéreas. Contudo, deve-se evitar o eucalipto em casos de bronquite ou asma.

⇒ Beber chás de tomilho, eucalipto, hortelã ou gengibre com limão;

⇒ Evitar contato com agentes irritantes como fumaça, cigarro e perfumes

⇒ Dormir com a cabeça mais elevada, usando mais travesseiros;

⇒ Deixar os ambientes da casa bem ventilados.

No caso de tosse persistente ou acompanhada de outros sintomas como febre, falta de ar e prostração procure um médico de família ou clínico geral.

Para saber mais sobre tosse, você pode ler:

Como aliviar a tosse do bebê? Posso oferecer xaropes para tosse?

O que fazer em caso de tosse alérgica infantil?

Tosse persistente: o que fazer?

Tosse seca: o que pode ser e o que fazer?

Tosse com catarro: o que fazer?

Referência

SBP - Sociedade Brasileira de Pediatria.

SBPT - Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia.

Tosse com catarro: o que fazer?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Todos os casos de tosse devem ser avaliados por um médico visto que se trata de um sintoma comum, mas que pode estar sinalizando desde um simples resfriado, até casos mais graves, como uma infecção, pneumonia ou tuberculose. E apenas o profissional poderá diferenciar esses casos e tratar de forma adequada.

Geralmente, nos casos mais graves, a tosse vem acompanhada de outros sintomas como febre, mal estar, dor no peito ou falta de apetite, embora não seja obrigatório. Pessoas com baixa imunidade, por exemplo, diabéticos, idosos ou pessoas em uso de crônico de medicamentos, podem não apresentar esses sintomas no início, retardando seu diagnóstico e tratamento.

Além da avaliação médica, podemos sugerir como medidas benéficas em qualquer caso de tosse, o aumento da ingesta de água, praticar a inalação e usar chás caseiros, conforme orientação profissional.

Nunca tome medicações por conta própria!

Beber água

Nos casos de tosse com catarro sem mais sintomas, recomendamos que beba muita água, pelo menos 1,5 a 2 litros de água por dia. O aumento da ingestão de água é a principal medida que deve ser tomada, pois, a água fluidifica o catarro auxiliando na sua eliminação.

Inalação

Outra recomendação valiosa é a inalação, que pode ser feita com soro fisiológico ou inalação de vapor de água quente. A inalação age aliviando os sintomas da tosse, fluidificando as vias aéreas, favorecendo também a eliminação da secreção.

Xarope

Xaropes que inibem a tosse (antitussígenos) não são recomendados, pois, assim o catarro não será expelido. Vale lembrar que a tosse é um mecanismo de defesa do corpo para eliminar secreção (catarro), corpos estranhos e agentes infecciosos das vias aéreas.

Em algumas situações, os xaropes expectorantes podem ser indicados porque fluidificam a secreção (catarro), facilitando a sua expulsão e impedindo a obstrução das vias aéreas. Mas nos casos de tosse por infecção, pneumonia ou sinusite aguda, por exemplo, apenas auxiliam na ação dos antibióticos, medicamentos que devem ser prescritos nesses casos.

Efeitos colaterais dos xaropes para tosse

Os xaropes para tosse podem conter em suas fórmulas anti-histamínicos (antialérgicos), descongestionantes e anti-inflamatórios, que podem causar efeitos colaterais indesejados e até problemas mais graves, inclusive com risco de morte. Alguns desses efeitos indesejados incluem: sonolência, aumento da frequência cardíaca ("batedeiras"), agitação e arritmia cardíaca.

Também é importante salientar que nem os xaropes, nem as pastilhas para tosse tratam a causa do problema, apenas aliviam o desconforto e a frequência desse sintoma.

Existe algum xarope ou remédio caseiro para tosse com catarro? Mel para tosse com catarro

Sabe-se que o mel tem propriedades que dilatam os brônquios e diminuem a irritação da garganta, além da ação anti-inflamatória. Por isso, é considerado um bom remédio caseiro para tosse, seca ou com catarro.

A dose indicada é de 1 colher de sopa (adultos) ou 1 colher de sobremesa (crianças) de mel, antes de dormir.

Gengibre para tosse com catarro

Outro produto natural que pode auxiliar o tratamento da tosse é o gengibre, pois possui gingerol, uma substância com ação anti-inflamatória e antibacteriana.

Nos casos de tosse com catarro que durem mais de uma semana, ou que apresentem outros sintomas, como febre, mal-estar, dor no peito e/ou falta de apetite, procure imediatamente um serviço de atendimento de urgência.

Conheça mais sobre o assunto nos artigos a seguir:

Tossir muito e vomitar um líquido amarelo, o que pode ser?

Tosse persistente: o que fazer?

Como aliviar a tosse do bebê? Posso oferecer xaropes para tosse?

Referência

SBP - Sociedade Brasileira de Pediatria.

SBPT - Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia.