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O que é dismorfia corporal e quais os sintomas?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Dismorfia corporal é um transtorno mental cujo principal sintoma é a preocupação extrema com um problema ou imperfeição imaginária, ou mínima do próprio corpo.

Uma pessoa com transtorno dismórfico corporal (TDC), como conhecido no meio médico, tem uma percepção distorcida da própria imagem, desenvolvendo uma aversão à sua imagem.

Normalmente afeta pessoas tímidas, ansiosas e deprimidas que são obcecadas por detalhes que ninguém mais vê. O transtorno geralmente tem início na adolescência, mas pode ocorrer também na infância.

Quais os sintomas da dismorfia corporal?

Os sintomas que caracterizam o transtorno e devem estar obrigatoriamente presentes são quatro, que estão melhor descritos a seguir:

  • Preocupações exageradas com algum problema mínimo, ou até inexistente do corpo,

    • Nas mulheres se observam preocupações maiores com a pele, peso, rosto, quadris e nádegas, enquanto os homens têm uma maior preocupação com queda de cabelo e órgãos genitais;
  • Alterações de comportamento,
    • Comportamentos repetitivos, como se olhar no espelho várias vezes ou sinalizar sobre o seu "problema" todo o tempo,
    • Se comparar a outras pessoas,
    • Questionar familiares e amigos sobre o seu "defeito",
    • Tentar disfarçar o seu "problema" com maquiagem, óculos, roupas, acessórios, múltiplas cirurgias plásticas, o que às vezes acaba chamando mais a atenção do que o próprio "defeito" em si;
  • Apresentar um nível de preocupação tão elevado, que gera sérios prejuízos na sua vida pessoal e profissional, podem se recusar a sair de casa, ou aceitar desafios e promoções em relação de trabalho;
  • Não pode haver outra causa que justifique os sintomas, como por exemplo transtornos semelhantes, de humor (transtorno de ansiedade) ou transtornos alimentares como a bulimia e anorexia.

Pessoas com dismorfia corporal podem apresentar dificuldades emocionais associadas, como depressão e ansiedade. Cerca de 25% apresenta ideias suicidas ou já tentou o suicídio.

Portanto é preciso distinguir a dismorfia corporal de uma simples insatisfação com uma parte do corpo. Se existe muito sofrimento psicológico ou interferência negativa no dia-a-dia, deixa de ser uma mera insatisfação e torna-se um transtorno psiquiátrico que precisa ser tratado.

O/A médico psiquiatra é o/a responsável para avaliar, acompanhar e tratar desse transtorno.

Leia também: Dismorfia corporal tem cura? Qual o tratamento?

Dismorfia corporal tem cura? Qual o tratamento?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Sim, dismorfia corporal tem cura e o tratamento é feito através de psicoterapia, geralmente cognitivo-comportamental e também pode envolver o uso de medicamentos antidepressivos.

Não existe um remédio específico para tratar a dismorfia corporal. Porém, é possível amenizar os sintomas que normalmente estão associados a esse transtorno mental, como depressão e ansiedade. O tratamento da dismorfia corporal é importante para ajudar a pessoa a se aceitar melhor e ter uma vida normal.

A psicoterapia é uma parte essencial do tratamento, para que a pessoa possa compreender a verdadeira origem dos seus sentimentos de insatisfação.

O que muitas vezes dificulta o tratamento da dismorfia corporal é o fato dos portadores do transtorno não revelarem espontaneamente as suas preocupações com o corpo para o médico ou outros profissionais de saúde. Além disso, existe uma negação por parte do paciente em aceitar o fato de que tem dismorfia corporal.

Por isso é comum uma pessoa com dismorfia corporal só procurar ajuda depois de anos sofrendo com o problema, que geralmente surge na adolescência.

Também é importante saber distinguir uma simples insatisfação com o corpo de um transtorno psiquiátrico como a dismorfia corporal.Quando há muito sofrimento psíquico ou prejuízo na vida diária deixa de ser uma simples insatisfação e passa a ser considerado transtorno dismórfico corporal, que precisa de uma avaliação clínica e requer tratamento.

Leia também: O que é dismorfia corporal e quais os sintomas?

Joanete tem cura? Qual o melhor tratamento?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Sim, joanete tem cura e o melhor e único tratamento definitivo para o problema é a cirurgia. Se a joanete for diagnosticada logo no início, é possível prevenir a sua evolução trocando os calçados. Porém, se a deformidade já for grande e causar muita dor, o tratamento cirúrgico é a única solução.

No início dos sintomas da joanete, o uso de sapatos bem ajustados ao pé, confortáveis, de preferência baixos e com as pontas lisas, para evitar o atrito, pode ajudar a aliviar a dor.

O uso de órteses corretivas pode ajudar a conter a evolução da joanete, mas ainda assim não é suficiente para resolver o problema.

Se com essas medidas a dor não desaparecer, é necessário realizar a cirurgia para corrigir definitivamente a deformidade.

É importante salientar que, na maioria dos casos, a cirurgia só é indicada quando a joanete provoca dor. A operação apenas para fins estéticos é contraindicada.

A intensidade da dor varia muito de pessoa para pessoa. Algumas pessoas apresentam apenas um pequeno desvio, com incômodo e dor durante as atividades diárias, enquanto outras possuem grandes joanetes que causam mais sintomas.

Como é a cirurgia de joanete?

A cirurgia de correção da joanete é feita através de técnicas minimamente invasivas, da seguinte forma:

1. São feitos pequenos "furos" com cerca de 3 mm no local da joanete;

2. Introduz-se uma broca de dentista modificada nesses orifícios;

3. O médico corrige as deformidades com a broca.

A cirurgia é realizada com anestesia local e sedação. No pós-operatório, não há necessidade de usar gesso. Apenas fitas adesivas, enfaixamento e calçado adequado.

O paciente recebe alta do hospital no mesmo dia e pode sair andando sobre o pé operado, porém com carga parcial.

Existe algum tratamento caseiro para joanete?

Os "tratamentos caseiros" para joanete consistem em evitar sapatos de salto alto e bico fino, além de ficar descalço ou usar chinelo sempre que possível. Essas medidas podem ajudar a prevenir o agravamento da joanete e aliviar as dores.

O uso de espaçadores para melhorar o posicionamento dos dedos, protetores de calos e palmilhas também auxiliam no alívio da dor, mas não são suficientes para prevenir ou corrigir a deformidade.

A dor causada pela joanete se agrava com o uso de calçado inadequado, o que inclui a forma e o tamanho dos sapatos utilizados. O pouco espaço para a saliência da joanete dentro do calçado provoca atrito, inflamação e, em alguns casos, feridas.

A cirurgia é a única forma de tratar a joanete definitivamente.

O que é a joanete e quais as suas causas?

A joanete, conhecida pelos médicos como Hállux Valgus, é o desvio do dedão (hálux) para fora (valgo), que deixa uma protuberância óssea dolorosa na parte interna do pé.

O desalinhamento entre os ossos, os ligamentos e os tendões leva a um aumento progressivo da deformidade, que vai piorando com o passar dos anos.

A joanete afeta principalmente as mulheres e tem como principais causas fatores genéticos e uso de sapatos de salto alto e bico fino.

Por isso, a melhor forma de prevenir a joanete é usar sempre calçados confortáveis e adequados.

O tratamento da joanete é da responsabilidade do médico ortopedista, especialista em tornozelo e pé.

Tomografia pode causar queda de cabelo?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Sim, mas muito dificilmente, isto porque a tomografia pode causar queda de cabelo apenas se a dose de radiação for muito elevada. O cabelo de uma pessoa pode cair se for recebida uma quantidade de radiação de 750mSv (miliSievert). Porém, numa tomografia de abdômen, por exemplo, o corpo absorve "apenas" 8,0mSv.

No caso da queda de cabelo, ela pode ocorrer após 2 a 3 semanas da realização da tomografia. Contudo, esses casos são raros e isolados.

Apesar de 8mSv ser considerada uma dose considerável de radiação, não é suficiente para fazer cair o cabelo. No entanto, tomografias sucessivas podem ter um efeito cumulativo no organismo e trazer riscos à saúde, podendo inclusive aumentar as chances de desenvolver certos tipos de câncer.

Além da queda de cabelo, uma exposição a altas doses de radiação pode causar os seguintes efeitos colaterais imediatos:

  • Queimaduras na pele;
  • Diminuição dos glóbulos brancos do sangue;
  • Anemia;
  • Catarata.

No entanto, desde que as doses de radiação sejam bem controladas e os exames não sejam feitos desnecessariamente, os benefícios da tomografia computadorizada superam os seus riscos.

Para maiores esclarecimentos sobre os possíveis efeitos da tomografia no organismo, fale com o médico radiologista responsável pelo exame.

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Tomografia pode causar câncer?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

A tomografia não causa câncer diretamente, mas pode aumentar o risco de câncer por conta da radiação emitida durante o exame.

A tomografia está entre os exames radiológicos que mais emitem radiação e já se sabe que a exposição a doses moderadas e elevadas de radiação aumenta consideravelmente os riscos de câncer.

A radiação ionizante emitida pelo aparelho de tomografia computadorizada é o mesmo tipo de radioatividade emitida numa explosão nuclear. Essa radiação pode danificar o DNA da célula, levando a mutações celulares que podem originar um câncer.

Quais os tipos de câncer que a tomografia pode causar?

Existem tecidos que são mais sensíveis à radiação do que outros e por isso têm mais propensão para desenvolver câncer. Assim, a tomografia poderia aumentar os riscos de:

  • Câncer de tireoide;
  • Câncer de mama;
  • Câncer de pulmão;
  • Câncer de cólon;
  • Câncer de pele;
  • Leucemia (câncer no sangue).
Quais as tomografias que oferecerem mais risco de câncer?

Os exames tomográficos que mais oferecem riscos são aqueles no qual a incidência de radiação é mais elevada, são eles: 

Apesar da maioria das pessoas receber doses de radiação relativamente baixas nos exames de tomografia, algumas recebem doses moderadas, altas ou muito altas. Porém, mesmo doses mais baixas de radiação podem aumentar o risco de câncer.

Para se ter uma ideia da quantidade de radiação que o corpo absorve num exame de tomografia, uma pessoa absorve, por ano, cerca de 3 mSv de radiação do meio ambiente. Durante uma tomografia de tórax ou abdômen, por exemplo, a absorção é de 7,0 e 8,0 mSv, respectivamente.

Afinal, a tomografia computadorizada é um exame seguro?

A tomografia é um exame seguro, desde que seja utilizada nas doses recomendadas e apenas quando o benefício do seu uso superar os riscos.

O problema acontece quando a tomografia começa a ser solicitada indevidamente e o paciente é exposto sem necessidade àquela radiação.

Mesmo que a dose de radioatividade de cada exame seja pequena, ela pode trazer riscos futuros à saúde da pessoa se essa exposição se tornar frequente, como em check-ups anuais, por exemplo, em que muitas vezes são solicitados exames tomográficos sem necessidade.

Por isso, é importante diminuir o número de tomografias desnecessárias, bem como as doses de radiação utilizadas.  A tomografia como qualquer outro exame, só deve ser solicitado com uma indicação precisa.

Caso tenha mais dúvidas converse sobre o assunto como seu médico.

Dificuldade de concentração: o que pode ser e o que fazer?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Dificuldade de concentração e memorização no trabalho, na leitura ou nos estudos, pode ser sintoma de síndrome de burnout (estresse excessivo), transtorno do déficit de atenção, com ou sem hiperatividade (TDA/TDAH), que afeta adultos e crianças, ou ainda depressão.

Síndrome de Burnout

A síndrome de burnout (do inglês "burn" = queima e "out" = exterior) é caracterizada pelo esgotamento físico e mental de um indivíduo, diretamente relacionado a problemas com o trabalho, ou atividade laboral.

Sintomas

Além da dificuldade concentração, a síndrome de burnout pode causar os seguintes sinais e sintomas:

  • Fadiga e cansaço constante;
  • Distúrbios do sono;
  • Dores musculares;
  • Dores de cabeça;
  • Irritabilidade, Negativismo;
  • Esquecimentos;
  • Falta de atenção para suas necessidades básicas;
  • Isolamento;
  • Falta de iniciativa.
Causas
  • Problemas de relacionamento com colegas de trabalho, clientes e chefes;
  • Falta de cooperação entre os colegas;
  • Falta de equilíbrio entre a vida profissional e pessoal;
  • Falta de autonomia.
Tratamento

O tratamento da síndrome de burnout é feito com psicoterapia e adoção de medidas para melhorar a qualidade de vida, prevenir e controlar o estresse e melhorar a saúde física, como:

  • Dormir bem;
  • Ter uma boa alimentação;
  • Praticar atividades físicas regulares;
  • Incluir hobbies / atividades de lazer com regularidade;
  • Manter e cultivar o interesse pela vida social.
Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH)

Outro problema que pode causar dificuldade de concentração e afetar a memória é o transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH).

O TDAH é uma doença neurológica que afeta adultos e crianças e caracteriza-se por falta de atenção, inquietude e impulsividade. Grande parte dos casos surge na infância, podendo acompanhar a pessoa por toda a vida.

Sintomas
  • Adultos:

    • Distração;
    • Dificuldade para realizar tarefas diárias;
    • Problemas de relacionamento;
    • Isolamento, que pode levar à depressão;
    • Hábito em adiar tarefas difíceis de executar;
    • Mau gerenciamento do tempo;
    • Falta de organização.
  • Crianças:
    • Falta de atenção (vivem "no mundo da lua");
    • Dificuldade no aprendizado;
    • Hiperatividade;
    • Impulsividade;
    • Inquietação;
    • Dificuldade de concentração.
Causas

Indivíduos com déficit de atenção apresentam alterações na região do cérebro responsável pelo controle dos impulsos, atenção, memória, organização, planejamento e autocontrole.

Tratamento

Não existe cura para o TDAH, mas é possível controlar a doença através de medicamentos, orientação para os pais e professores, técnicas específicas ensinadas ao paciente e psicoterapia (Terapia Cognitivo Comportamental).

Leia também: O que é TDAH e como é diagnosticado?

Depressão

Já a depressão é uma doença neurológica que se caracteriza por tristeza intensa, constante ou intermitente, que interfere nas atividades de vida diárias.

Suas causas são variadas, desde herança genética, traumas emocionais ou uso de drogas e medicamentos.

Sintomas

A depressão pode causar sinais e sintomas como:

  • Tristeza profunda e duradoura;
  • Falta de interesse, Apatia, Desânimo;
  • Falta de vontade de realizar tarefas;
  • Pessimismo;
  • Dificuldade de concentração;
  • Ansiedade;
  • Sono irregular;
  • Cansaço diurno;
  • Dores de cabeça;
  • Episódios de falta de ar;
  • Alterações no trânsito intestinal;
  • Taquicardia, entre outras.
Tratamento

O tratamento da depressão inclui medicamentos antidepressivos, psicoterapia, mudanças no estilo de vida e prática regular de exercícios físicos.

Em caso de dificuldade de concentração, consulte um médico neurologista ou psiquiatra para que o diagnóstico seja confirmado e receba um tratamento adequado.

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Esqueço facilmente das coisas: o que pode ser e o que fazer?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Esquecer as coisas facilmente pode ser sintoma de estresse, ansiedade, noites mal dormidas, falta de atenção, hábitos de vida ruins ou ainda doenças como Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), Mal de Alzheimer, depressão, entre outras.

As causas para o esquecimento constante são variadas, por isso é importante verificar a ocorrência de outros sinais e sintomas que podem indicar problemas mais graves por trás da perda de memória.

Quais as possíveis causas para esquecimentos frequentes?
  • Estresse, ansiedade, depressão, má qualidade do sono: São as principais causas de esquecimento e falta de memória em jovens e adultos com menos de 60 anos; todas essas doenças e transtornos causam dificuldade de concentração e consequentemente afetam a atenção, provocando esquecimentos; 
  • Cigarro, colesterol alto, diabetes, pressão alta: Podem prejudicar a circulação sanguínea no cérebro; essa diminuição da oxigenação cerebral provoca pequenas lesões na área responsável pela memória, resultando em esquecimentos;
  • Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH): Trata-se de uma doença neurológica que normalmente surge na infância e se não for tratada pode acompanhar a pessoa por toda a vida; os seus principais sintomas são: dificuldade de concentração, inquietude e impulsividade; nos adultos, é mais marcada pela falta de atenção; saiba mais em: O que é TDAH e como é diagnosticado?);
  • Mal de Alzheimer: Atinge principalmente idosos entre 60 e 65 anos; os esquecimentos frequentes são os seus primeiros sintomas, além de falta de iniciativa, incapacidade de dialogar (falta de assunto) e respostas curtas, geralmente monossílabas (sim, não, vou...); veja também: Com que idade uma pessoa pode ter Mal de Alzheimer?;
  • Medicamentos: Os remédios sedativos, hipnóticos, ansiolíticos, antidepressivos, relaxantes musculares, anticonvulsivantes e calmantes podem afetar a memória e causar esquecimentos;
  • Alimentação inadequada: A falta de nutrientes como vitamina B12, cálcio, ômega 3, zinco, ferro e carboidratos, prejudica o bom funcionamento do cérebro, podendo afetar a memória;
  • Traumas emocionais e traumatismos cranianos: Dependendo da intensidade, passar por situações traumáticas ou bater a cabeça (traumatismo craniano) pode deixar sequelas e causar amnésias;
  • Outras possíveis causas:
    • Problemas na tireoide;
    • Bebidas alcoólicas e drogas ilícitas;
    • Derrames.
O que fazer em casos de esquecimentos constantes?

Se você esquece facilmente das coisas, e apresenta junto ao esquecimento alguma das situações destacadas abaixo, 

  • Interferem na sua rotina, segurança ou independência;
  • Estão relacionados com dificuldade de encontrar lugares conhecidos, realizar tarefas diárias, reconhecer fisionomias conhecidas, ou estão associados a alterações motoras e mudanças de humor, personalidade ou comportamento;
  • ou Pioram progressivamente com o tempo;

Esses sinais podem indicar que os esquecimentos estão relacionados com problemas neurológicos mais graves.

Leia também: Dificuldade de concentração: o que pode ser e o que fazer?

Em todo caso, como as falhas de memória podem ter muitas causas, é importante procurar um médico neurologista para que o seu caso seja devidamente avaliado e a origem dos esquecimentos receba o tratamento adequado.

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Quando começam os enjoos na gravidez?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Os enjoos da gravidez se iniciam em torno da 5ª e 6ª semana de gestação, ou seja, no segundo mês da gravidez. Enjoo com ou sem vômito é um dos sintomas mais comuns no início da gestação. O enjoo pode vir como sintoma isolado ou acompanhado de outros como aumento da sensibilidade nos seios, cansaço e aumento da frequência urinária.

Em geral, os enjoos começam no segundo mês da gestação, ficam mais intensos no 2º e 3º mês e, a partir do 4º e 5º mês há melhora significativa dos enjoos. Porém, isso é relativo e cada mulher pode sentir com maior ou menor intensidade.

Os enjoos são alguns dos primeiros sintomas de gravidez, que geralmente começam a se manifestar depois de aproximadamente 40 dias que ocorreu a concepção, ou seja, na quinta ou sexta semana de gravidez. Normalmente, os enjoos e os demais primeiros sintomas surgem quando a menstruação está atrasada por uma a duas semanas.

Contudo, nem toda grávida vai sentir enjoos nas primeiras semanas da gestação. Algumas mulheres podem prolongar os enjoos para os outros meses da gravidez, enquanto outras podem nem chegar a sentir.

Além dos enjoos, quais são os outros sintomas de gravidez?

O atraso menstrual costuma ser o primeiro sinal da gestação. Depois, outros sinais e sintomas começam a aparecer, como enjoos, vômitos, aumento da sensibilidade nas mamas, cansaço e aumento da frequência urinária.

Algumas grávidas podem ter enjoos e vômitos logo nos primeiros dias de gravidez, embora não seja tão comum.

À medida que a gravidez avança, a gestante pode apresentar outros sinais e sintomas, como inchaço abdominal, prisão de ventre, azia, desconforto no baixo ventre, mudanças de humor, tonturas e falta de ar.

Outros sinais e sintomas que podem estar presentes no início da gravidez, porém, com menos frequência: cólicas ou sangramento (normalmente no meio do ciclo menstrual), escurecimento das aréolas dos mamilos, desejos alimentares, sonolência e alterações no olfato e paladar.

Os enjoos podem ser controlados e reduzidos com uso de algumas medicações, alimentos como gengibre, acupuntura, hipnose ou demais terapias. Converse sobre isso com o/a médico/a durante as consultas de pré-natal.

Enjoo é sinal de gravidez?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Enjoo com ou sem vômito é um dos sintomas mais comuns no início da gestação

O enjoo pode vir como sintoma isolado ou acompanhado de outros como aumento da sensibilidade nos seios, cansaço e aumento da frequência urinária

Nem toda grávida vai sentir enjoos nas primeiras semanas da gestação. 

Quando a mulher está com atraso menstrual associado com enjoos ou outro sintoma, ela deve procurar uma unidade de saúde para realização de exames clínico e laboratoriais. 

Porém, o enjoo pode ser sinal de outros agravos de saúde e deve ser investigado detalhadamente em consulta com clínico/a geral ou médico/a de família. 

Por isso, preste atenção ao seu corpo e tente identificar em quais situações e momentos em que o enjoo aparece e se ele vem acompanhado de outros sintomas.    

Estou com coceira na vagina há uns 3 dias. O que fazer?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A coceira na vagina pode ter várias causas. Dentre elas estão: infecção vaginal, vaginose, queda da imunidade, verruga genital, eczema, psoríase, IST (infecções sexualmente transmissíveis), líquen escleroso, alterações hormonais e alergia.

A candidíase, em geral, é uma infecção vaginal causada por fungos e provoca coceira, além de irritação e corrimento vaginal.

Alguns produtos podem provocar reação alérgica na vagina, como por exemplo: sabonete, absorvente, duchas vaginais, perfume, desodorante, shampoo, condicionador, lenço umedecido, calcinha de nylon, látex, detergentes e amaciantes de roupa.

Além da dermatite alérgica, outras doenças dermatológicas devem ser levadas em consideração no momento da avaliação da coceira vaginal, tais como a psoríase e o eczema. Nesses casos, além de coceira na vagina, a mulher poderá notar a presença de erupções e rachaduras na pele.

Vaginose

A vaginose está entre as principais causas de coceira na vagina e corrimento vaginal. Ocorre quando há um desequilíbrio no pH ou na flora vaginal, constituída por bactérias que habitam naturalmente a vagina.

A vaginose bacteriana é semelhante a uma infecção vaginal (vaginite) causada por fungos, como a candidíase. Porém, o seu corrimento é mais líquido, cinzento e geralmente apresenta cheiro forte. Outros sinais e sintomas da vaginose incluem ainda dor nas relações sexuais e ardência ao urinar.

Saiba mais em: Qual o tratamento para vaginose?

Infecção vaginal

As infecções vaginais (vaginites) são causadas sobretudo por fungos, como o Candida albicans, causador da candidíase.

As vaginites geralmente são causadas por um desequilíbrio no pH da vagina, o que pode estar associado a uso de antibióticos, relação sexual, estresse, diabetes e alimentação.

Leia também: O uso de anticoncepcionais pode causar vaginite?

Além de coceira na vagina, a infecção vaginal provoca o aparecimento de um corrimento branco e grumoso, semelhante a requeijão, geralmente sem cheiro.

Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST)

As infecções sexualmente transmissíveis (IST) podem causar coceira na vagina, sensação de formigamento, dor, queimação, presença de corrimento com cheiro e feridas. Dentre as IST mais comuns estão a clamídia, o herpes genital, a tricomoníase e a gonorreia.

Saiba mais em: Quais são os tipos de DST e seus sintomas?

Líquen escleroso

O líquen escleroso é uma doença que caracteriza-se pela coceira na vagina e pela presença de diversos pequenos pontos brancos na pele. A causa do líquen escleroso pode estar relacionada com alterações hormonais e distúrbios no sistema imunológico.

Alterações hormonais

As alterações hormonais da gravidez, pré-menopausa ou decorrentes do uso de anticoncepcional, podem provocar coceira na vagina. Outro sintoma que pode estar presente é a secura vaginal.

A mulher com coceira na vagina deve procurar o/a ginecologista, médico/a de família ou clínico/a geral para uma avaliação.

Perda de memória: o que pode ser e o que fazer?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A perda de memória recente em jovens e adultos com menos de 60 anos, na maioria das vezes está relacionada a estresse e ansiedade, porém listamos outros motivos comuns como:

  • Má qualidade do sono;
  • Alimentação inadequada;
  • Depressão;
  • Sedentarismo;
  • Uso de medicamentos, como ansiolíticos em doses altas ou por tempo prolongado;
  • Uso excessivo de bebidas alcoólicas;
  • Falta de atenção; entre muitas outras causas. 

Já a perda de memória em idosos (mais de 60 anos), pode estar relacionada ao envelhecimento natural e morte das células nervosas do cérebro, ou originadas por doenças degenerativas, como doenças demenciais, sendo a mais comum, a doença de Alzheimer.

A doença de Alzheimer se caracteriza pela perda progressiva das funções intelectuais, sendo a perda de memória um dos seus primeiros e principais sinais.

Quais as possíveis causas de perda de memória? 1. Colesterol alto, diabetes, tabagismo, hipertensão arterial

O conjunto de colesterol alto, tabagismo, diabetes e pressão alta mal controladas, podem provocar o depósito de placas de gordura nos vasos sanguíneos que irrigam o cérebro, prejudicando a circulação. Essa falta de oxigenação provoca micro lesões na área do cérebro responsável pela memória, levando aos esquecimentos.

No caso da hipertensão (pressão alta), também prejudica a circulação sanguínea cerebral, pois pode leva a um estreitamento das artérias cerebrais, gerando déficit de memória.

2. Má qualidade do sono, ansiedade, estresse, depressão

São as principais causas de perda de memória em jovens e adultos com menos de 60 anos, pois prejudicam a atenção e, consequentemente, afetam a memória.

Uma pessoa desatenta retém menos informação e por isso tem mais dificuldade de armazenar informações.

3. Mal de Alzheimer

Atinge cerca de 7% dos idosos entre 60 e 65 anos e caracteriza-se pela perda progressiva das funções intelectuais. A perda de memória está entre os seus primeiros sintomas.

O paciente começa a esquecer nomes, fisionomias, compromissos e datas com muita frequência. Outros sintomas iniciais do Alzheimer incluem:

  • Manias de perseguição e traições;
  • Falta de assunto e iniciativa;
  • Incapacidade de manter diálogos;
  • Respostas monossilábicas.

É muito importante que os familiares estejam atentos a esses sinais e na presença deles, procurem um médico neurologista. Se a doença for diagnosticada no início, é possível controlar os sintomas e retardar a sua evolução, oferecendo uma melhor qualidade de vida ao paciente.

4. Uso de medicamentos

O uso de medicamentos como os benzodiazepínicos e alguns psicotrópicos são frequentemente associados a queixas de falta de memória. 

5. Falta de vitaminas, minerais e outros nutrientes

Alguns nutrientes essenciais como vitamina B12, cálcio, ômega 3, zinco, ferro e carboidratos são fundamentais para garantir o bom funcionamento cerebral.

A falta dos mesmos na alimentação ou quando essa deficiência é provocada por doenças, como a anemia (ferro), a memória será prejudicada.

6. Acidentes e traumas

Situações traumáticas, como acidentes, ou pancadas na cabeça podem deixar sequelas e provocar quadro de amnésia (perda de memória).

7. Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (Distúrbio do Déficit de Atenção)

Caracteriza-se pela dificuldade em manter a atenção, inquietude e impulsividade. É mais comum seu diagnóstico na infância, embora também seja observado em adultos. A falta de atenção, ocasiona a falta de memória.

8. Amnésia Global Transitória

Trata-se de uma perda temporária de memória causada por um mau funcionamento do hipocampo, a sede da memória no cérebro. 

Dá um "branco" na pessoa e ela esquece como fazer coisas com as quais está acostumada, como por exemplo chamar um elevador ou dirigir.

O indivíduo também pode ficar perdido ou desorientado em lugares familiares, sem referência de tempo e espaço. Ele reconhece os outros, sabe quem é quem, mas não faz a menor ideia de onde, como ou por que está ali, mesmo que esteja na sua própria casa.

No entanto, depois da crise, a memória volta ao normal. Porém, tudo o que foi vivido durante a amnésia global transitória não será lembrado. A pessoa fica com uma lacuna na memória.

Ainda não se sabe exatamente a causa da amnésia global transitória, mas acredita-se que o problema possa estar vinculado a quadros de enxaqueca, traumas ou situações de estresse extremo.

9. Outras causas de perda de memória:
  • Problemas de tireoide;
  • Abuso de bebidas alcoólicas e drogas ilícitas;
  • Múltiplos "derrames" (acidente vascular cerebral - AVC);
  • Traumas repetidos na cabeça.
O que fazer em caso de perda de memória? Quando devo procurar um médico?

Pessoas que sofrem de perda de memória e se esquecem frequentemente das coisas devem procurar ajuda nas seguintes situações:

  • Quando os esquecimentos são frequentes e intensos ao ponto de atrapalhar a rotina de vida, a segurança ou a independência da pessoa;
  • Quando a perda de memória estiver associada a dificuldades em encontrar lugares conhecidos, realizar tarefas do dia-a-dia, fazer contas, reconhecer rostos conhecidos;
  • Quando além de alterações na memória observar também, alterações na coordenação motora e variações de humor, personalidade ou comportamento;
  • Quando os esquecimentos pioram progressivamente ao longo do tempo;
  • Quando a perda de memória e os esquecimentos ocorrem em pessoas com mais de 60 anos de idade.

Esses são alguns sinais de alarme que podem indicar que a perda de memória esteja relacionada com problemas neurológicos mais graves. Nesses casos, é altamente recomendável procurar um médico neurologista.

Leia também: Dificuldade de concentração: o que pode ser e o que fazer?

Que mudanças podem acontecer na pele e no cabelo durante a gravidez?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A pele, os cabelos e as unhas da mulher são submetidas a várias mudanças durante a gravidez e o puerpério.

Na pele, pode haver um aumento da pigmentação de forma discreta em algumas áreas localizadas. Isso pode ser percebido com a linea nigra que surge na região abdominal da gestante, formando uma linha levemente mais escura na vertical da barriga. Essa linha desaparece após a gestação. O aumento da pigmentação da pele também pode ser observado na aréola, área ao redor do bico do seio, nas axilas, na virilha e no pescoço.

A mancha da gravidez, também conhecida como melasma, pode ser formada na face da gestante. Essa mancha pode regredir até um ano após o parto e, em alguns casos, as áreas de maior pigmentação podem não desaparecer por completo. Por isso, a importância da proteção solar constante.

As estrias da gravidez se apresentam de forma violácea e rosa no início podendo aparecer no abdômen, nos seios, nas coxas mas também nas nádegas, nos quadris, braços e parte inferior das costas. Elas estão relacionadas com fatores hereditários e com o excesso de ganho de peso durante a gestação. Em geral, elas não desaparecem após a gravidez.

Coceira no corpo pode estar presente em algumas grávidas em especial na região abdominal, na vulva, do ânus e do couro cabeludo.

Quanto aos cabelos, eles estão sujeitos à queda ou aumento de sua quantidade. Isso se deve pelos hormônios que a mulher fica suscetível nesse período.

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Todas essas alterações são normais durante a gravidez. Havendo uma exacerbação dos sintomas, a mulher deve conversar com o/a médico/a durante as consultas de pré-natal.