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O DIU (Dispositivo Intra Uterino) é um mecanismo contraceptivo, inserido no útero da mulher por um médico ginecologista.
Mecanismo de AçãoDe acordo com o Relatório Técnico da Organização Mundial da Saúde, o DIU exerce seu efeito anti-fertilidade de forma variada e pode interferir no processo reprodutivo antes mesmo do óvulo atingir a cavidade uterina. O DIU age sobre os óvulos e espermatozoides de diversas formas:
- Estimula reação inflamatória no útero, por ser um corpo estranho. A concentração de vários tipos de leucócitos, prostaglandinas e enzimas nos fluídos uterino e tubários elevam substancialmente, especialmente nos DIUs com cobre.
- As alterações bioquímicas interferem com o transporte dos espermatozoides no aparelho genital, além de alterar os espermatozoides e os óvulos, impedindo a fecundação.
Por esses mecanismos, o acúmulo de evidências permitem afirmar que um complexo e variado conjunto de alterações espermáticas, ovulares, cervicais, endometriais e tubárias causam a inibição da fertilização. Eficácia: Os DIUs de cobre geralmente são mais eficazes e produzem menos efeitos colaterais que aqueles sem medicamentos. As taxas de gravidez variam entre 0,5 - 0,7/100 mulheres/ano. São mais baixas do que as taxas obtidas com anticoncepcionais hormonais combinados orais e comparáveis aos injetáveis.
Vantagens: É um método de longa duração (3 a 5 anos), econômico, muito eficaz (99,9%), imediatamente reversível. Não interfere com as relações sexuais e pode ser utilizado durante a amamentação.
O DIU sem hormônios pode ser indicado para mulheres que já tiveram problemas com métodos contraceptivos hormonais previamente ou contraindicação ao uso do estrogênio, como fumantes ou pacientes com histórico de trombose ou diabetes. Também evita os efeitos colaterais do uso de pílulas anticoncepcionais, por ter ação local, apenas.
Desvantagens: Pode provocar sangramento menstrual prolongado ou cólicas durante o sangramento. Não protege contra as doenças sexualmente transmissíveis.
Momento da Inserção: Habitualmente, o momento da inserção é durante ou logo depois da menstruação (de preferência até o 5º dia do ciclo), pois se o canal cervical estiver mais dilatado, é mais fácil e menos doloroso aplicar o DIU, além de se evitar que seja colocado numa mulher com gestação inicial.
Contudo, o DIU pode ser inserido em qualquer época, desde que haja garantias de que a mulher não está grávida. No pós parto, recomenda-se a inserção a partir da 6ª semana. O DIU também pode ser inserido logo depois a curetagem por um abortamento não infectado. A inserção pode ser feita no mesmo dia que um DIU vencido seja extraído.
O dispositivo intrauterino (DIU) não deve ser usado:
- Em casos de suspeita de gravidez (por isso ele deve ser colocado no período menstrual, além de ser a época que o colo uterino está mais amolecido);
- Malformações congênitas do útero;
- Neoplasias uterinas;
- Sangramento uterino de causa desconhecida;
- Coagulopatias;
- Doença inflamatória pélvica (DIP);
- Cervicite;
- Risco de doenças sexualmente transmissíveis (DSTs).
Caso deseje realizar esse método contraceptivo, consulte seu ginecologista. Ele poderá sanar todas as suas dúvidas e é o profissional mais indicado para sua colocação.
O nariz entupido pode ter várias causas, como doenças virais (gripe, resfriado, sinusite) ou distúrbios estruturais, como o desvio do septo ou a presença de pólipos no nariz.
O nariz entupido ocorre nas crianças e nos adultos. Na infância, as causas mais frequentes são as rinites crônicas (a mais comum é a rinite alérgica) e a hipertrofia das adenoides. Já as deformidades congênitas, como a atresia e os desvios de septo, são causas menos comuns de nariz entupido.
Nos adultos, as causas mais frequentes de obstrução nasal são as rinites crônicas, não necessariamente as rinites alérgicas. Os desvios de septo e alguns tumores também são causas importantes.
Uma das principais causas de congestão nasal é a inflamação da mucosa nasal, que reveste internamente o nariz. O principal fator associado a esse processo inflamatório é a rinite alérgica, que caracteriza-se pela presença de um agente irritante na mucosa ao qual a pessoa é alérgica.
Os ácaros, animal microscópico que se alimenta de restos de pele humana e é muito encontrado na poeira, estão entre os principais fatores que desencadeiam as rinites, juntamente com pelo de animais, fungos, pólen e baratas.
Quando causada por uma infecção por vírus, a congestão nasal é passageira. Contudo, em algumas situações, os sintomas podem ser persistentes, como nas rinites alérgicas e se houver uma barreira anatômica que impeça a passagem do ar.
O que fazer em caso de nariz entupido?Para desentupir o nariz em casos de hipertrofia das adenoides e alterações no septo nasal, pode ser necessária a realização de procedimento cirúrgico para correção.
No casos das rinites alérgicas, é importante manter-se distante de todos os alérgenos, ou seja, aqueles que sabidamente provocam a reação alérgica. Se o problema for o contato com a fumaça do cigarro ou com o mofo, é conveniente tentar eliminá-los dos lugares em que você mais permanece.
Além disso, podem ser utilizados medicamentos sob a forma de sprays nasais e anti-histamínicos que ajudam a controlar as crises de congestão nasal, mas não promovem a cura definitiva.
É importante evitar o uso abusivo de descongestionantes nasais, que podem criar dependência que envolvem implicações perigosas, devido à contração que esses medicamentos provocam nos vasos sanguíneos em todo o organismo.
Ter o nariz entupido constantemente traz complicações?O nariz tem a função de aquecer e umidificar o ar, além de filtrar as impurezas do mesmo. Quando o nariz fica entupido, esse papel é prejudicado, aumentando a ocorrência de infecções das vias aéreas.
O nariz entupido pode prejudicar o sono, além de causar cansaço, ronco e secura na boca. O desvio de septo sem tratamento, por exemplo, aumenta a predisposição para doenças e problemas como sinusites e apneia do sono.
Além disso, a respiração constante pela boca durante a infância prejudica o crescimento facial e provoca o desalinhamento dos dentes, causando grandes deformidades no rosto.
Para o diagnóstico e tratamento da obstrução nasal recorrente, deverá ser procurado um médico otorrinolaringologista.
O tratamento da micose das unhas (onicomicose) deverá levar em conta alguns fatores:
- número de unhas acometidas;
- porcentagem da unha que está acometida;
- doenças que o paciente possui e medicações que faz uso.
Após esta avaliação e, considerando que foi realizado idealmente exame que comprove a infecção fúngica, ou se a apresentação clínica for típica, deverá ser optado por realizar tratamento com medicação antifúngica, que pode ser tópica ou sistêmica. Se forem poucas as unhas afetadas e em porcentagem de acometimento inferior a 50% da unha, deve ser tentado tratamento tópico. O esmalte deverá ser aplicado de uma a duas vezes por semana e há diversas opções disponíveis atualmente. Se forem muitas unhas acometidas, é necessário o tratamento com antifúngicos de uso oral, como terbinafina, itraconazol e fluconazol. O tratamento sistêmico pode estar associado ao uso de esmaltes. usualmente a dose é de um comprimido por dia e é necessário seguimento periódico com realização de exames laboratoriais de controle.
O tempo mínimo de tratamento é de seis a 12 meses para as unhas da mãos e seis a 18 meses para as unhas dos pés.
Uma opção relativamente recente é o uso de laser. Contudo, esta tecnologia não tem uma aceitação irrestrita na literatura e serve como método auxiliar, sendo necessário o uso de antifúngicos também.
O tratamento da onicomicose deve ser feito pelo médico dermatologista.
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Os cuidados com os pontos cirúrgicos são citados abaixo:
- Manter a ferida limpa e seca;
- Observar os sinais de infecção: dor, calor local, vermelhidão, edema (inchaço), drenagem de secreção;
- Manter a ferida coberta com o curativo – ele ajuda a proteger a ferida de microrganismos. Se o seu médico permitir, a ferida operatória pode ficar sem curativo e deve ser lavada com água corrente e sabão neutro, e logo após, secá-la cuidadosamente para evitar fricção ou pressão sob o local;
- Higienizar a ferida com água corrente e sabão neutro;
- Usar corretamente as medicações prescritas pelo seu médico.
É possível, a depender da cirurgia realizada, que sejam necessários outros cuidados, como o uso de cintas específicas. Siga as orientações dadas pelo médico que realizou seu procedimento cirúrgico e, em caso de rotura de pontos ou sinais de infecção ou sangramento, procure-o.
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A presença de sangue na urina, chamada hematúria, é uma alteração do sistema urinário que pode ser visível, através da mudança de cor da urina para um tom mais avermelhado (hematúria macroscópica).
Nesses casos a urina adquire um tom rosado, avermelhado ou bastante similar ao sangue, com coágulos sanguíneos, inclusive, em casos mais graves. Também pode ser invisível, quando a presença de sangue é tão pequena que só consegue ser detectado através de exames laboratoriais (hematúria microscópica).
Uma única gota de sangue já é suficiente para que a urina mude de coloração. Dezenas de condições podem provocar sangramentos na urina, algumas delas inofensivas, outras bem graves, entre elas:
- Cálculo (Pedra) nos rins ou ureteres (uma das principais causas, deve ser investigada);
- Infecções urinárias;
- Câncer dos rins, da próstata ou da bexiga (pessoas geralmente mais idosas);
- Hiperplasia benigna da próstata (HBP);
- Uretrites por doenças sexualmente transmissíveis, como clamídia ou gonorreia;
- Doença policística renal;
- Doenças do glomérulo, como glomerulonefrites;
- Lúpus eritematoso sistêmico;
- Anemia falciforme;
- Traumas na região do rim, bexiga ou próstata;
- Procedimentos médicos no trato urinário, como biópsia dos rins biópsia da próstata, litotripsia, endoscopia urinária, etc;
- Feridas da uretra após passagem de sonda vesical;
- Cistite rádica (lesão da bexiga por radioterapia);
- Medicamentos (ex: pyridium, rifampicina, fenitoína, nitrofurantoína, entre outros);
- Tuberculose urinária;
- Excesso de cálcio na urina;
- Endometriose;
Hematúrias inofensivas:
- Doença da membrana fina: É comum o indivíduo apresentar uma hematúria microscópica sem ter nenhuma causa identificada, mesmo com investigação intensa. Geralmente estes indivíduos apresentam a doença da membrana fina (ou hematúria benigna familiar), uma alteração genética das membranas dos glomérulos que causa perda de sangue na urina sem que isso tenha qualquer significa clínico. Essa alteração não oferece nenhum risco ao paciente.
- Hematúria após esforço físico: A hematúria após esforço físico é um sangramento urinário, macro ou microscópico, que surge após a realização de qualquer atividade física extenuante. Geralmente é passageira e desaparece depois de alguns dias de repouso. Se o paciente for jovem, saudável, não tiver outras queixas e a hematúria desaparecer com o repouso, não há necessidade de nenhuma investigação mais profunda.
Em caso de sangue na urina, um médico (preferencialmente um urologista) deverá ser consultado. Ele poderá avaliar detalhadamente, através de anamnese, exame físico e eventuais exames complementares, qual o seu diagnóstico correto, orientá-lo e prescrever o melhor tratamento, ou encaminhá-lo a um especialista de outra área se necessário, caso a caso.
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O peso ideal na gravidez varia muito ao longo de toda a gestação, portanto é recomendável que você acompanhe passo a passo com um ginecologista, em seu pré-natal. Existem muitas calculadoras online que podem ajudá-la, mas jamais substituem a consulta médica.
A grávida precisa entender que vai engordar, consideravelmente. O ganho de peso é necessário porque seu corpo está crescendo e mudando, para proporcionar as melhores condições ao bebê.
Esses quilos extras podem ser explicados aqui:
- Quando o bebê nasce, ele vai pesar aproximadamente 3,5 kg;
- No decorrer da gravidez, a camada muscular do útero aumenta significativamente, passando a pesar entre 900 g a 1,2 kg a mais;
- A placenta, que dá a nutrição para o bebê, pesa mais ou menos 700 g ao final da gravidez, sendo que em alguns casos pode pesar até 1 kg;
- Os seios ficam maiores, podendo pesar mais 400 g;
- Há um acréscimo do volume de sangue em circulação no corpo; mais 1,2 a 1,5 kg de sangue.
- O organismo acumula mais líquidos, e também existe o líquido amniótico, chegando a um valor médio extra de 2 kg;
- Na gravidez, o corpo armazena em média 4 kg de gordura para garantir energia na fase da amamentação.
Tendo em conta estes cálculos, quando a gravidez termina, a gestante estará pesando mais 13 kg do que pesava antes. É certo que isto é uma estimativa, e existem fatores que podem causar variações, mas o aumento de peso está fortemente relacionado com o IMC da gestante antes da gravidez.
Calculando o seu IMC:É necessário saber o IMC de antes da gravidez porque, quanto maior o IMC no início, menos peso a mulher deve ganhar durante a gravidez. O IMC é calculado em função da altura e peso antes da gravidez. É possível usar calculadoras de IMC disponíveis em sites e aplicativos, ou da seguinte forma:
- Divida seu peso pela sua altura (por exemplo: 55 kg / 1,70 m) = 32,35 kg/m.
- Divida o resultado da operação "1" pela sua altura, novamente. Portanto: 32,35 / 1,70 = 19 kg/m2. Esse é o seu IMC.
- < 16 = Magreza grave;
- 16 a <17 = Magreza moderada;
- 17 a <18,5 = Magreza leve;
- 18,5 a <25 = Saudável;
- 25 a < 30 = Sobrepeso;
- 30 a < 35 = Obesidade Grau I;
- 35 a < 40 = Obesidade Grau II (severa);
- ≥ 40 = Obesidade Grau III (mórbida).
O IMC antes de engravidar revela quanto a gestante deve engordar. A recomendação é que as mulheres calculem o ganho de peso ideal com base no IMC antes da gravidez. Quanto mais acima do peso a mulher estiver antes de engravidar, menos deve engordar na gravidez.
- IMC inicial de menos de 18,5 -- ganho de peso ideal: 13 kg a 18 kg;
- IMC inicial de 18,5 a 25 -- ganho de peso ideal: 11 kg a 16 kg;
- IMC inicial de 25 a 30 – ganho de peso ideal: de 7 kg a 11 kg;
- IMC inicial acima de 30 – ganho de peso ideal: de 5 kg a 9 kg.
Leia também: Qual o peso mínimo para poder engravidar?
Quando as mulheres têm menos de 20 anos, é recomendado engordar o maior número de quilos dentro da faixa de peso ideal para seu IMC (consulte gráficos específicos para cada idade).
Como se alimentar durante a gravidez?É importante ter uma alimentação balanceada, para que não se acumule excesso de gordura e o bebê se desenvolva com saúde. O consumo de bolos, bolachas, sorvetes e doces, e outras coisas pouco nutritivas deve diminuir.
Quando uma mulher está muito abaixo do peso normal, não deve tentar engravidar, pelo menos até atingir o mínimo normal, ou seja IMC superior a 18,5. Estando abaixo do peso normal, a fertilidade é afetada e o bebê pode nascer muito pequeno.
As gestantes devem buscar conselhos com o obstetra ou nutricionistas para se informar a respeito da alimentação recomendada para ela e para o bebê. Saber as informações nutricionais sobre os alimentos e o número de refeições também é importante.
Normalmente, uma mulher grávida precisa de cerca de 2.000 calorias por dia, e mais 200 calorias extra nos últimos 3 meses. Uma alimentação equilibrada é aquela que tem cinco porções de frutas, verduras e legumes por dia, com alimentos de todos os grupos:
- Proteínas: carne, peixe, ovos e grãos;
- Cálcio: presente principalmente nos derivados de leite;
- Gorduras (preferencialmente as não-saturadas): presentes nas castanhas (amêndoas, castanha de caju) e no azeite. Os derivados de leite e as carnes também fornecem a gordura de que você e o bebê vão precisar;
- Carboidratos: pão, macarrão, arroz, feijão e cereais em geral, mas com moderação. Produtos integrais são melhores que os feitos com farinha branca. Além de mais saudáveis, os produtos integrais prolongam a sensação de saciedade.
O peso ideal nos adultos é calculado através das tabelas de IMC (Índice de Massa Corporal) desenvolvidas pelo Ministério da saúde, a partir do peso e altura.
No caso de crianças e adolescentes, o cálculo é mais complexo e as tabelas são compostas pelo peso, altura, idade e gênero.
Peso ideal nos adultosO cálculo do peso ideal em adultos, é feito através do IMC. Esse índice é a divisão do peso (kg) pela altura ao quadrado (metros). O resultado é analisado pela tabela de classificação de peso.
IMC = Peso / Altura2.
Por exemplo: Uma pessoa com 1,70 metro e 70 kg de peso, terá o IMC de 24.
O IMC = 70 / (1,7)2 = 24.
Segundo a classificação de peso pelo IMC, a faixa de peso saudável esta entre 18,5 a 25. Abaixo desse valor é considerado magreza, e acima, sobrepeso.
Classificação do peso pelo IMC - adultoIMC | Classificação |
menor que 16 | Magreza grave |
16 a 17 | Magreza moderada |
17 a 18,5 | Magreza leve |
18,5 a 25 | Saudável |
25 a 30 | Sobrepeso |
30 a 35 | Obesidade Grau I |
35 a 40 | Obesidade Grau II (severa) |
maior de 40 | Obesidade Grau III (mórbida) |
Porém, vale ressaltar que o IMC não representa a composição de gordura corporal e massa muscular, por isso o seu resultado pode não ser entendido como exato em todas as situações.
Peso ideal em crianças e adolescentesNessa faixa de idade, suas proporções de músculos e gordura são diferentes e se modificam naturalmente de acordo com seu crescimento. Também há diferenças na constituição física dos meninos e meninas, hábitos de vida, fatores hormonais e ambientais que irão interferir nesse crescimento.
Levando em conta todas essas características, foi criado o IMC por idade, especialmente para crianças até os dois anos. Uma tabela bastante complexa que é analisada pelo médico pediatra.
Dos 2 anos até a puberdade, o aumento de peso e altura esperados é de:
- 2 a 3 kg por ano e
- 6 a 7 cm de altura por ano.
Contudo, o mais importante é acompanhar os valores e desenvolvimento das crianças ao longo do seu crescimento, e não um número de maneira individual, pois elas têm muitas variáveis, que podem confundir a avaliação e resultado.
Quando o IMC não deve ser usado?Indivíduos mais musculosos podem ter resultados alterados, que indicam sobrepeso ou obesidade, quando na verdade têm mais massa muscular e não gordura.
Do mesmo modo, há pessoas com pouca massa muscular que podem ter um IMC considerado saudável, quando na realidade a gordura corporal está acima do recomendado. São popularmente chamados de “falsos magros”.
O IMC não pode ser aplicado em crianças, porque nessa faixa etária, são utilizados gráficos específicos, assim como para os idosos. Sendo que para eles a classificação é diferente, e em algumas etnias não é tão precisa (por exemplo os idosos de origem Japonesa, já podem ser considerados acima do peso saudável com um IMC de 25).
Por isso, existem diversas formas para determinar o peso ideal para cada pessoa. Uma forma eficiente e útil, é calcular a taxa de gordura corporal. Isso pode ser feito por cálculos, bioimpedância ou ainda pelas pregas cutâneas.
Para maiores informações, orientações e busca pelo peso ideal e saudável, procure um nutricionista ou nutrólogo.
Leia também: Qual o peso ideal na gravidez? Como calcular?
Na maioria dos casos, a hipertensão arterial não provoca sinais e sintomas. Geralmente eles só se manifestam quando a pressão arterial está muito elevada.
Embora muitas pessoas associem dor de cabeça a pressão alta, dificilmente a dor de cabeça é causada pelo aumento da pressão, isso pode ocorrer apenas quando os valores de pressão arterial estão muito elevados, acima de 200 mmHg de pressão sistólica.
Acima deste valor outros sintomas da pressão alta que podem estar presente são: dor no peito, tonturas, zumbido no ouvido, sangramento nasal, fraqueza, visão embaçada ou presença de pontinhos brilhantes na visão.
Quais são os sintomas da hipertensão arterial maligna?A hipertensão arterial maligna tem evolução acelerada. Nesses casos, a pressão arterial está muito alta e as crises podem durar minutos ou horas.
Quando isso acontece, a pessoa pode manifestar: sonolência, confusão mental, distúrbio visual, náuseas, vômito, dor de cabeça, ansiedade, palpitação, suor frio, palidez, tremor nas mãos e dor no peito.
Hipertensão arterial provoca sempre dor de cabeça?Geralmente, dor de cabeça ou na nuca não são sintomas de hipertensão arterial. A dor de cabeça ou na nuca causada pela pressão alta só ocorre quando a pressão arterial está muito elevada, geralmente acima de 200/110 mmHg.
Nervosismo e ansiedade são sintomas de hipertensão arterial?Nervosismo e ansiedade não são sintomas de hipertensão arterial. Geralmente, o que acontece, é que a pessoa quando está ansiosa fica com a pressão arterial mais elevada. Não é a pressão alta que gera ansiedade, é o oposto.
Hipertensão arterial provoca sangramento nasal?Na maioria dos casos, o sangramento nasal tem outra causa. Porém, nos casos mais graves de hipertensão arterial, pode haver sangramento pelo nariz.
Tontura é sintoma de hipertensão arterial?Se a pressão subir muito subitamente para valores muito altos (acima de 200 mmHg na pressão máxima), é possível que o paciente refira algum grau de tontura ou sensação de cabeça leve.
Ondas de calor são sintomas de hipertensão arterial?Ondas de calor e vermelhidão facial não são sintomas de pressão alta. O aumento da pressão arterial não provoca calores nem deixa a face mais avermelhada. O rubor e o calor facial ocorrem quando os vasos sanguíneos se dilatam no rosto.
Esse quadro pode surgir por diversos fatores, tais como exposição ao sol, calor, frio, alimentos picantes, bebidas quentes, reações a produtos de pele, estresse emocional, consumo de álcool ou exercício físico.
Em caso de suspeita de hipertensão arterial, consulte um médico clínico geral, médico de família ou, preferencialmente, um cardiologista. Ele poderá avaliar detalhadamente, através de anamnese, exame físico e eventuais exames complementares, se este é seu diagnóstico correto, orientar e prescrever o melhor tratamento, caso a caso.
Leishmaniose tem cura e o tratamento idealmente deve ser feito com drogas conhecidas como antimoniais pentavalentes, sendo o Glucantime® a droga mais utilizada no Brasil. Os medicamentos devem ser administrados pela via intramuscular ou intravenosa, durante pelo menos 20 dias. A dose e o tempo da terapêutica variam com as formas da doença e gravidade dos sintomas:
- leishmaniose tegumentar: recomenda-se o uso de 10-20 mg/Sb5+/dia, por 20 dias consecutivos, sendo que cada mL da droga contém 81mg de Sb5+.
- leishmaniose visceral: recomenda-se o uso de 20 mg/Sb5+/dia, por 20 a 40 dias consecutivos.
O principal efeito colateral da medicação é induzir arritmias cardíacas, estando contraindicado para mulheres grávidas nos 2 primeiros trimestres de gestação, pacientes com insuficiência hepática e renal e também indivíduos em uso de medicamentos antiarrítmicos.
Outras drogas usadas no tratamento da leishmaniose incluem a anfotericina B e o isotionato de pentamidina.
O tratamento da leishmaniose deverá ser prescrito pelo médico dermatologista ou infectologista.
A catapora durante a gravidez pode trazer consequências ao bebê, dependendo em qual semana de gestação ocorreu o contágio:
- Catapora antes das 13 semanas de gestação: o risco de atingir o bebê é muito baixo e somente cerca de 0,3% destes desenvolvem alguma malformação. As alterações que podem ocorrer no bebê são: baixo peso para a idade gestacional, lesões cicatriciais de pele, hipotrofia de membros, microftalmia, catarata, coriorretinite, atrofia do nervo ótico e retardo mental.
- Catapora entre as 13 e 20 semanas de gestação: o bebê pode ter baixo peso ao nascer ou pode ser que ele tenha alguma dificuldade em desenvolver-se adequadamente.
- Catapora entre 21 e 36 semanas de gestação: o risco de afetar o bebê é muito pequeno, mas este pode apresentar herpes logo no 1º ano de vida.
- Catapora após as 37 semanas de gestação: o bebê pode ser afetado e o obstetra deverá indicar o uso de uma injeção antiviral específica para diminuir o risco do bebê desenvolver a forma mais grave da doença, que pode levar a catapora disseminada, com lesões hemorrágicas, comprometimento do fígado e pulmão, e com letalidade ao redor de 35%.
O tratamento para catapora durante a gravidez também consiste em aliviar os sintomas. Somente em casos específicos, em que há grande risco de infecção do bebê, o obstetra poderá receitar o uso de imunoglobulina anti-varicela zóster para proteger a mãe e o bebê. Fora isto, deve-se:
- Tomar banhos frios ou mornos para baixar a febre;
- Evitar coçar as feridas e manter as unhas curtas;
- Lavar as mãos com sabonete antisséptico;
- Utilizar anti-histamínicos para alívio da coceira.
Caso a mulher ainda não tenha tido catapora, a única forma de prevenir a doença é evitar o contato com os infectados. A vacina não pode ser dada durante a gravidez.
Se você apresentar lesões bolhosas durante a gravidez deverá procurar seu obstetra imediatamente, ou um pronto atendimento.
Os sintomas da catapora se iniciam após 10 a 20 dias do contágio, com lesões de pele avermelhadas, que logo se transformam em pequenas bolhas (vesículas) e viram crostas após alguns dias, desaparecendo ao final de uma a duas semanas. Depois que as lesões se resolvem, podem permanecer cicatrizes nos locais.
Além dos sintomas clássicos da catapora (lesões avermelhadas elevadas, vesículas e crostas), também costumam estar presentes: coceira intensa no local das lesões, mal estar, dor de garganta, febre baixa e perda de apetite.
Os sinais e sintomas da varicela, como é chamada a doença, começam após o período de incubação do vírus, que varia entre 10 e 20 dias.
O que é catapora e como ocorre a transmissão?A catapora é uma doença infecciosa, cujo agente causador é o vírus Varicela-Zoster, da família dos herpes vírus.
A catapora é altamente contagiosa. A transmissão ocorre pela via respiratória, através de gotículas de secreção de uma pessoa infectada, eliminadas pela boca ou nariz.
Veja também: Qual o período de contágio da catapora?
A imunidade depois de um episódio de catapora é permanente e raramente ocorre uma segunda infecção. Contudo, apesar da cura, o vírus permanece no corpo até o fim da vida.
Catapora pode causar complicações?Nas crianças, a catapora normalmente não traz complicações e os quadros são autolimitados. Isso significa que a doença cura-se espontaneamente, sem comprometimento de órgãos e tecidos.
Porém, em adultos, adolescentes e pessoas com baixa imunidade, a catapora pode ser mais grave, com taxas de complicações mais elevadas.
Leia também: A catapora pode deixar sequelas?
Entre as complicações mais comuns da catapora estão: pneumonite, hepatite, encefalite (infecção do cérebro), miocardite (inflamação do músculo cardíaco) e síndrome de Reye. Esta síndrome provoca alteração neurológica e pode ocorrer em pacientes que fazem uso de ácido acetilsalicílico (AAS ou aspirina) enquanto está com varicela.
Qual é o tratamento para catapora?A catapora é uma doença auto-limitada na imensa maioria dos casos. O tratamento em pessoas saudáveis, sem deficiências do sistema imune, é basicamente de suporte e serve apenas para controlar os sintomas.
Para que não ocorra uma infecção bacteriana secundária, deve-se evitar coçar as lesões. Para isso, as unhas das crianças devem estar bem curtas.
Para reduzir a coceira, também podem ser indicados medicamentos anti-histamínicos (antialérgicos). A febre deve ser tratada de preferência com paracetamol. Nunca se deve usar aspirina.
Os banhos com permanganato de potássio ou com água boricada podem ser úteis, especialmente naqueles pacientes com muitas lesões bolhosas.
O tratamento com aciclovir é indicado nos pacientes acima de 12 anos ou naqueles com maior risco de complicações. O medicamento não elimina o vírus, mas reduz o tempo de doença, a quantidade de lesões na pele e os riscos de eventuais complicações.
Mesmo após a cura completa da varicela, o vírus ainda permanece no organismo pelo resto da vida, ficando alojado dentro das células do sistema nervoso. Porém, não provoca sintomas e não é contagioso.
Como tratar o herpes zoster causado pela catapora?Contudo, se a pessoa tiver uma queda nas defesas do organismo, o vírus pode ser reativado, levando ao quadro conhecido como herpes zoster.
O herpes zoster é caracterizado por lesões de pele com características similares à catapora. Porém, elas ficam restritas a uma pequena zona do corpo, geralmente em “faixa”, parando na linha média do corpo.
Nesses casos, deve ser feito tratamento com antivirais (aciclovir, valaciclovir, fanciclovir) para todos os pacientes, durante um período de sete a dez dias.
Como prevenir a catapora?A prevenção da catapora é feita através da vacinação. Todas as crianças a partir de 1 ano de idade podem ser vacinadas contra a catapora, assim como adultos que ainda não tenham tido a doença.
Para bebês e crianças, são duas doses: a primeira pode ser aplicada a partir dos 12 meses e a segunda já pode ser aplicada após 3 meses, segundo recomendação da Sociedade Brasileira de Imunização.
A vacina está disponível gratuitamente no SUS, sendo que no sistema público a primeira dose é aplicada aos 15 meses, junto com a tríplice viral e depois aos quatro anos.
Também estão indicadas duas doses para os adultos, sendo a segunda dose administrada com intervalo de 1 mês após a primeira.
A vacina contra catapora é contraindicada nas grávidas, imunossuprimidos e pessoas que tenham recebido outra vacina de vírus vivo nas últimas 4 semanas.
Saiba mais em: Tomei vacina contra catapora, ainda corro o risco de pegar catapora?
Se você apresentar sintomas semelhantes aos citados acima, deverá procurar um pronto atendimento e evitar contato com outras pessoas, em especial grávidas e imunossuprimidos. As crianças devem ser afastadas das escolas e creches até a resolução de todas as lesões bolhosas.
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Mononucleose tem cura. Contudo, não existe um tratamento ou medicamento específico para tratar a doença. A medicação usada, como analgésicos e anti-inflamatórios, visa apenas controlar os sintomas, como febre, dores, náuseas, amigdalites, faringites, entre outros. Em duas semanas o quadro resolve-se espontaneamente, com a cura completa do paciente.
O tratamento da mononucleose infecciosa também inclui repouso e hidratação. Devido ao risco de ruptura do baço, recomenda-se evitar exercícios físicos durante pelo menos 4 semanas.
Também não há uma vacina capaz de prevenir a mononucleose. Contudo, pessoas que já tiveram mononucleose ficam imunes à doença até ao fim da vida.
Apesar de não ser fatal, a mononucleose infecciosa pode gerar complicações como anemia hemolítica, meningite, inflamação no cérebro (encefalite), ruptura do baço, infecção crônica pelo vírus Epstein-Barr, causador da doença, entre outras.
Em alguns casos, o tratamento da mononucleose pode incluir o uso de medicamentos corticoides para diminuir o inchaço das amígdalas que podem obstruir a respiração, bem como para tratar casos de anemia hemolítica e diminuição do número de plaquetas.
A mononucleose é uma doença infecciosa causada pelo vírus Epstein-Barr (EBV). A sua transmissão ocorre através da saliva, daí a doença também ser conhecida como "doença do beijo".
A doença evolui lentamente e o seu diagnóstico é difícil. A demora em identificar a infecção pode trazer graves consequências à pessoa, já que o vírus pode afetar o sangue, o baço, o fígado, o sistema nervoso central, entre outros órgãos.
O tratamento da mononucleose é da responsabilidade do médico infectologista.