Perguntar
Fechar

Últimas Questões

Qual é o tratamento para o Transtorno Explosivo Intermitente (TEI)?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

O tratamento do Transtorno Explosivo Intermitente inclui o uso de medicamentos psiquiátricos e psicoterapia.

Uma técnica de psicoterapia muito usada para tratar o Transtorno Explosivo Intermitente é a terapia cognitiva-comportamental.

Através dela, é possível ajudar a pessoa a identificar os contextos, as atitudes e as situações que podem despoletar as explosões de fúria, além de ensiná-la a controlar a agressividade através de diferentes técnicas.

Já os medicamentos entre os medicamentos utilizados no tratamento do Transtorno Explosivo Intermitente são os antidepressivo, estabilizadores de humor e outras classes de medicamentos.

Sem tratamento, o Transtorno Explosivo Intermitente pode trazer várias consequências para a pessoa.

Quem sofre desse transtorno muitas vezes direciona as explosões para si mesmo, podendo ferir-se intencionalmente ou até mesmo tentar o suicídio. Além disso, o distúrbio afeta significativamente as relações pessoais, sociais e profissionais do indivíduo.

Sintomas

A principal característica de uma pessoa com Transtorno Explosivo Intermitente é a tendência para a impulsividade sem medir as consequências das suas atitudes agressivas, além de serem afetivamente instáveis.

As crises podem ser ainda piores se a pessoa for criticada ou impedida de agir durante as explosões de fúria.

São pessoas que não conseguem controlar os impulsos agressivos, reagindo com agressões físicas ou destruição deliberada da propriedade alheia de maneira desproporcional à situação.

Veja também: Quais os sintomas do Transtorno Explosivo Intermitente (TEI)?

Contudo, esses indivíduos podem ser sociáveis, educados e simpáticas nos períodos entre as crises, embora a tendência é a de serem truculentos, críticos e mais voltados para o conflito do que para o convívio em harmonia. A ironia e o sarcasmo também são características comuns.

Vale ressaltar que nem todas as pessoas que têm explosões de fúrias são portadoras do Transtorno Explosivo da Personalidade, já que existem diversas outras situações que podem desencadear tais atitudes.

Para que o transtorno seja identificado há vários critérios de avaliação. O médico psiquiatra é o especialista responsável pelo diagnóstico e tratamento.

Saiba mais em: Quais as causas do Transtorno Explosivo Intermitente (TEI)?

Quais as causas do Transtorno Explosivo Intermitente (TEI)?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

O Transtorno Explosivo Intermitente não tem uma causa conhecida. O desenvolvimento do transtorno é provavelmente decorrente de diversos fatores, como o meio em que a pessoa cresce e vive, predisposição genética, presença de outros transtornos mentais ou de personalidade, Mal de Parkinson, lesões cerebrais traumáticas, entre outras possíveis causas.

Já se sabe que existe uma série de fatores de risco que podem favorecer o desenvolvimento do Transtorno Explosivo Intermitente, tais como uso de drogas ou álcool, história de traumas ou abusos físicos na infância, idade (adolescência e entre os 20 e 30 anos) e ser homem, uma vez que o transtorno é menos comum nas mulheres.

Álcool

Em muitos casos, as crises do Transtorno Explosivo Intermitente podem facilmente ser desencadeadas pelo consumo de álcool, mesmo com poucas quantidades de bebida alcoólica.

Quando isso ocorre, a personalidade da pessoa muda subitamente quando ela bebe, tornando-a praticamente irreconhecível. A seguir, vem a fúria e as atitudes agressivas contra pessoas ou objetos. Nesses casos, é comum o indivíduo não se lembrar muito bem do que aconteceu após a crise.

Sem tratamento, o transtorno pode prejudicar significativamente a vida do indivíduo e trazer sérias consequências.

Para maiores informações, consulte um médico psiquiatra, que é o especialista responsável pelo diagnóstico e tratamento do Transtorno Explosivo Intermitente.

Saiba mais em:

Quais os sintomas do Transtorno Explosivo Intermitente (TEI)?

Qual é o tratamento para o Transtorno Explosivo Intermitente (TEI)?

Quais os sintomas do Transtorno Explosivo Intermitente (TEI)?

O Transtorno Explosivo Intermitente (TEI) caracteriza-se por comportamentos impulsivos de agressividade, violência ou irritação, geralmente seguidos por sentimentos de arrependimento, constrangimento ou remorso.

As explosões podem resultar em danos materiais ou agressões físicas e verbais a terceiros, sendo normalmente desproporcionais às situações que as desencadeiam.

Além de poder ferir os outros, pessoas com Transtorno Explosivo Intermitente também podem causar lesões em si próprios durante uma crise. 

Explosões de fúria

As explosões do Transtorno Explosivo Intermitente podem durar até meia hora e na maioria dos casos geram agressões físicas e verbais, danos corporais e destruição de propriedades de terceiros. As crises podem ocorrer frequentemente ou em intervalos de tempo que podem ir de semanas a meses. 

No período entre os episódios, o indivíduo pode mostrar-se relativamente calmo ou manifestar sinais de irritação ou impulsividade.

Antes ou durante as explosões de agressividade, a pessoa pode apresentar ainda pensamentos acelerados, euforia, formigamentos no corpo, tremor, aumento da frequência cardíaca, sensação de pressão na cabeça e aperto no peito.

Veja também: Quais as causas do Transtorno Explosivo Intermitente (TEI)?

Diagnóstico

Contudo, para que o Transtorno Explosivo Intermitente seja diagnosticado, é necessário que a pessoa apresente os seguintes sinais e sintomas:

Episódios frequentes de explosões de agressividade que resultaram em agressões ou danos materiais a terceiros;

 Reações de agressividade que são absolutamente desproporcionais às situações que as desencadeiam;

 Atitudes agressivas que não são despoletadas pelo uso de drogas ou qualquer outra substância ou ainda por outras doenças e distúrbios psiquiátricos, como transtornos de personalidade e transtorno bipolar.

O tratamento do Transtorno Explosivo Intermitente inclui o uso de medicamentos e psicoterapia.

Leia também: Qual é o tratamento para o Transtorno Explosivo Intermitente (TEI)?

Na presença desses sintomas, consulte um médico psiquiatra para receber uma avaliação.

Como é o tratamento para transtornos alimentares?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

O tratamento dos transtornos alimentares depende do tipo de transtorno (bulimia, anorexia, obesidade, desnutrição, vigorexia) e das suas causas, que podem estar relacionadas com fatores psicológicos ou metabólicos.

Bulimia

O tratamento da bulimia envolve diferentes profissionais, nas áreas da psicologia, psiquiatria e nutrição. Pessoas com esse transtorno alimentar são tratadas com psicoterapia, em alguns casos pode ser necessário o uso de medicamentos antidepressivos e estabilizadores do humor.

Anorexia

O tratamento desse transtorno alimentar também é multidisciplinar, com médico psiquiatra, psicólogo e nutricionista. Em alguns casos de anorexia, a pessoa precisa ficar internada para que os alimentos sejam reintroduzidos gradualmente na dieta. O tratamento pode incluir psicoterapia, terapia familiar e quando necessário medicamentos.

Leia também: Anorexia tem cura? Qual o tratamento?

Obesidade

O tratamento da obesidade é feito com mudanças na dieta e atividade física. Alguns indivíduos podem precisar também acompanhamento psicológico. Casos de obesidade com IMC maior que 50 ou IMC maior que 40 e com complicações podem ter indicação de cirurgia de redução do estômago.

Saiba mais em: Não consigo emagrecer, o que devo fazer?

Desnutrição

O tratamento desse tipo de transtorno alimentar consiste em aumentar aos poucos a ingestão de carboidratos, proteínas, água e outros alimentos. A suplementação com proteínas, vitaminas e sais minerais muitas vezes é necessária.

A reintrodução gradual dos alimentos e o uso de suplementos devem ser acompanhados por médicos e nutricionistas.

Vigorexia

O tratamento pode incluir psicoterapia, medicamentos e acompanhamento com nutricionista e endocrinologista.

O objetivo do tratamento psicoterapêutico é ajudar a pessoa a aceitar o próprio corpo, combatendo a visão distorcida que ela tem do mesmo.

Alguns medicamentos antidepressivos podem ser usados para controlar a compulsão e a obsessão ou tratar casos de depressão associados à vigorexia.

Também podem lhe interessar:

Como é o tratamento para vigorexia?

Quais os tipos de transtornos alimentares e seus sintomas?

Os 3 tipos de transtornos alimentares
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Os transtornos alimentares mais comuns são a bulimia, a anorexia e a própria obesidade, que pode ser considerada um transtorno alimentar quando está relacionada com a compulsão alimentar.

Tratam-se de distúrbios que provocam alterações na alimentação, seja da frequência ou da quantidade de alimentos ingeridos. Além disso, podem estar presentes comportamentos que levam a diminuição da absorção do alimento ingerido como vômitos auto-provocados ou uso de laxantes.

Bulimia

A bulimia é um transtorno alimentar que se caracteriza pela ingestão compulsiva e rápida de grandes quantidades de alimentos, seguida por sentimentos de culpa ou arrependimento que levam a pessoa a induzir o próprio vômito para vomitar o que comeu para não engordar.

Quem sofre desse tipo de distúrbio alimentar, na maioria dos casos, mulheres também pode usar medicamentos laxantes e diuréticos, ficar várias horas sem comer ou praticar atividades físicas intensas para não ganhar peso.

Pessoas com bulimia geralmente não são muito magras e costumam estar no peso considerado normal. Contudo, têm obsessão com a forma física e tendem a fazer dietas muito rígidas.

Quando não suportam mais a fome, comem compulsivamente e em grande quantidade num curto espaço de tempo. A seguir, sentem-se culpadas por comerem tanto e forçam o vômito para não ganhar peso.

Anorexia

Os principais sintomas da anorexia são o excesso de preocupação com o peso e o medo exagerado de engordar. Indivíduos com esse tipo de transtorno alimentar sempre acham que estão gordos quando se olham no espelho, ainda que estejam extremamente magros.

Trata-se de um transtorno alimentar marcado pela distorção da autoimagem e que ocorre sobretudo na adolescência, sendo mais frequente em mulheres.

Essa sensação de estar acima do peso leva a pessoa a fazer dietas extremas, tomar diuréticos e laxantes, fazer exercícios físicos extenuantes, ficar longos períodos em jejum, entre outras medidas extremas para "não engordar mais".

Uma característica marcante de quem sofre desse transtorno alimentar é a magreza acima do normal. Nos casos mais graves, a anorexia pode causar desnutrição severa e levar à morte.

Obesidade e Compulsão alimentar

Enquanto que os sinais e sintomas da bulimia e da anorexia caracterizam-se pelo medo de engordar e da sensação de estar acima do peso, os da obesidade manifestam-se pelo acúmulo excessivo de gordura corporal, deixando a pessoa com o peso muito acima do recomendado.

A obesidade é um problema causado por múltiplos fatores, genéticos, ambientais e psíquicos. Fatores como sedentarismo e a alimentação pouco balanceada, com ingestão excessiva de carboidratos e gorduras contribui para o seu desenvolvimento.

A obesidade pode ser agravada pelo comportamento de comer compulsivamente quantidades acima do normal, pessoas que tem o transtorno compulsivo alimentar não conseguem controlar o impulso por comer mesmo quando já se está satisfeito.

A obesidade aumenta o risco de infarto e acidente vascular cerebral e favorece o desenvolvimento de alguns tipos de câncer, hipertensão arterial, diabetes, artroses, entre outras doenças e complicações.

Caso apresente sintomas de transtornos alimentares procure o seu médico de família ou clínico para uma avaliação inicial. Muitas vezes, o tratamento dos transtornos alimentares requer a atuação de uma equipe interprofissional, que inclui médico clínico, psiquiatra, psicólogo e nutricionista.

Quais são os sintomas do transtorno afetivo bipolar?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

O principal sintoma do transtorno afetivo bipolar é a súbita e extrema variação de humor, alternando períodos de mania e depressão.

Pessoas com transtorno afetivo bipolar ou distúrbio bipolar, como também é conhecido, passam por fases extremas de variações de humor, como a fase maníaca ou hipomaníaca que é caracterizada, peça euforia e hiperatividade física e mental, seguida pelo período de depressão, ansiedade ou tristeza, em que o indivíduo pode apresentar ainda lentidão para concretizar ou ter ideias.

As crises do transtorno bipolar podem ser leves, moderadas ou graves, com frequência e tempos de duração que variam conforme a gravidade.

Essas flutuações de humor influenciam negativamente as ações de quem sofre de bipolaridade, gerando reações desproporcionais aos acontecimentos reais ou até mesmo sem relação com os mesmos.

O transtorno afetivo bipolar normalmente se manifesta em homens e mulheres com idade entre 15 e 25 anos, embora possa ocorrer também em crianças e indivíduos mais velhos.

Depressão

A fase de depressão no transtorno bipolar pode se manifestar por tristeza profunda, falta de interesse em coisas e atividades das quais se gosta, apatia, isolamento social, variações de apetite, alterações do sono, diminuição acentuada da libido, cansaço, dificuldade de concentração, pessimismo, pensamentos negativos, falta de esperança, sensação de vazio, ideias suicidas, entre outros sintomas.

Mania

Na fase da mania, a pessoa apresenta enorme euforia, com mania de grandeza, elevada autoestima e autoconfiança, poucas horas de sono, hiperatividade física e mental, dificuldade em organizar as ideias e pensamentos, irritabilidade, falta de paciência, dificuldade de concentração, impulsividade para falar, aumento da libido e agressividade.

A bipolaridade nessa fase pode levar a pessoa a cometer atos que podem prejudicar os outros e ela própria, como gastar o dinheiro de forma descontrolada, demitir-se do trabalho ou ainda manifestar delírios e alucinações.

Hipomania

A fase da hipomania é breve e dura poucos dias. Os sintomas são parecidos com os da mania, mas são muito mais leves e por isso pouco interferem na vida da pessoa. Nesse período é comum o indivíduo estar apenas um pouco mais ativo, sociável, falante e eufórico que o normal.

O diagnóstico do transtorno afetivo bipolar é difícil e pode demorar vários anos até que a doença seja diagnosticada, uma vez que os seus sintomas podem ser confundidos com outros transtornos mentais, como esquizofrenia, síndrome do pânico, depressão ou transtorno de ansiedade generalizada.

O especialista responsável pelo diagnóstico e tratamento da doença é o psiquiatra.

Saiba mais em:

Transtorno afetivo bipolar tem cura?

Transtorno afetivo bipolar: Quais as causas e como identificar?

Transtorno afetivo bipolar tem cura?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Transtorno afetivo bipolar não tem cura, mas é possível manter os sintomas sob controle com tratamento adequado. O tratamento é feito com medicamentos, psicoterapia e mudanças no estilo de vida.

É fundamental seguir todo o tratamento corretamente, pois só assim é possível prevenir as crises e controlar a instabilidade de humor, o que permite uma melhor qualidade de vida e menor mortalidade.

Lembrando ainda que as fases depressivas prolongadas não tratadas adequadamente podem aumentar o risco de suicídio em pacientes com transtorno afetivo bipolar.

Medicamentos

Os medicamentos usados para tratar o transtorno afetivo bipolar são principalmente os estabilizadores de humor. Podem incluir também, quando necessário, os antipsicóticos, ansiolíticos, anticonvulsivantes e antidepressivos.

Contudo, os medicamentos antidepressivos podem provocar uma passagem rápida da depressão para a euforia ou aumentar a incidência das crises, por isso devem ser usados com cautela.

Psicoterapia

O papel da psicoterapia no tratamento do transtorno afetivo bipolar é muito importante, pois ajuda a pessoa a lidar com o distúrbio e as dificuldades que traz, auxiliando também na prevenção de novas crises e na continuidade do tratamento medicamentoso.

A terapia familiar deve sempre ser incluída porque sua participação contribui para um melhor resultado e continuidade do tratamento do paciente.

Mudanças no estilo de vida

Associado ao medicamento e psicoterapia, faz parte do tratamento do transtorno bipolar os cuidados com hábitos de vida. São recomendados principalmente:

  • Suspender o uso de substâncias ilícitas, álcool e estimulantes como anfetaminas
  • Evitar alimentos e bebidas estimulantes, como excesso de cafeína
  • Evitar privação de sono
  • Evitar estresse
  • Aderir a hábitos saudáveis como atividade física regular

O paciente precisa ser bem esclarecido quanto a sua doença e da necessidade em fazer uso regular do seu medicamento, assim como pacientes portadores de outras doenças crônicas, como a hipertensão e diabetes.

O/A médico/a especialista responsável pelo diagnóstico e tratamento do transtorno é o/a psiquiatra.

Saiba mais em:

Quais são os sintomas do transtorno afetivo bipolar?

Transtorno afetivo bipolar: Quais as causas e como identificar?

Transtorno afetivo bipolar: Quais as causas e como identificar?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

As causas do transtorno afetivo bipolar não são totalmente conhecidas. Contudo, sabe-se que a origem do distúrbio está associada a fatores genéticos, alterações em algumas regiões do cérebro e variações dos níveis de neurotransmissores que transmitem os impulsos cerebrais.

Também já se sabe que algumas condições podem favorecer o desenvolvimento do distúrbio bipolar, como crises constantes de depressão ou que começaram muito cedo, pós-parto, períodos prolongados de estresse, uso de medicamentos inibidores do apetite, hipertireoidismo e hipotireoidismo.

Transtorno afetivo bipolar Tipo I

Esse tipo de distúrbio bipolar alterna fases de mania, que duram pelo menos uma semana, com períodos de tristeza e depressão que podem durar de 14 dias a vários meses.

Mania é o termo médico para estados de intensa euforia, excitação, em que pode estar presentes aumento da agressividades e da libido.

As fases de mania e depressão são marcadas por sintomas intensos, com grandes alterações nas atitudes e no comportamento da pessoa, prejudicando as relações pessoais, afetivas, familiares, profissionais e por vezes a sua própria condição financeira.

Nos casos mais graves de transtorno afetivo bipolar, pode ser necessário internar a pessoa devido ao elevado risco de suicídio e ocorrência de outros transtornos psiquiátricos.

Transtorno afetivo bipolar Tipo II

Os sinais e sintomas do transtorno bipolar tipo II caracteriza-se pela alternância entre leves períodos de euforia, excitação, otimismo e até agressividade (hipomania) seguidos por uma fase de depressão.

Contudo, os sintomas desse tipo de transtorno afetivo bipolar não mais leves e não interferem ao ponto de comprometer o comportamento e as vida do indivíduo.

O médico psiquiatra é o especialista responsável por diagnosticar e orientar o tratamento mais adequado para o transtorno bipolar.

Saiba mais em:

Transtorno afetivo bipolar tem cura?

Quais são os sintomas do transtorno afetivo bipolar?

transtorno afetivo bipolar
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O transtorno bipolar ou transtorno afetivo bipolar é caracterizado por alterações graves de humor. O transtorno se caracteriza por períodos alternados de euforia e depressão, sempre com grande intensidade.

É uma condição psiquiátrica bastante complexa porque entre estes períodos de euforia e depressão existem ainda momentos de sintomas leves e momentos em que a pessoa não apresenta nenhum sintoma.

São descritos como fase maníaca (euforia), fase depressiva, hipomania e fase assintomática (sem sintomas).

Quais os sintomas do transtorno bipolar?

As pessoas com transtorno bipolar apresentam variações de humor, alterações no padrão de sono, níveis de atividade e comportamentos incomuns. Os sintomas variam de acordo com as diferentes fases em que se encontra: maníaca, depressiva ou hipomaníaca.

Fase maníaca

Na fase maníaca o comportamento da pessoa com distúrbio bipolar pode trazer danos para ela mesma e para as pessoas próximas, especialmente familiares (perda de emprego, atividades sexuais aumentadas, gasto de dinheiro excessivo). Os sintomas desta fase incluem:

  • Euforia ou exaltação intensa;
  • Agitação, sensibilidade ou irritação (nervosismo);
  • Excesso de energia com aumento excessivo das atividades do dia a dia;
  • Fala rapidamente sobre muitas coisas diferentes;
  • Pensamentos rápidos;
  • Dificuldade para dormir;
  • Comportamentos arriscados como praticar sexo sem prevenção ou gastar muito dinheiro.

A fase maníaca dura mais de uma semana e o estado de euforia ou irritabilidade estão presentes todos os dias e na maior parte do dia.

É importante que a pessoa ou familiares procurem um psiquiatra para avaliação e tratamento o mais precoce possível.

Fase depressiva
  • Tristeza profunda, sensação de vazio e desesperança;
  • Apatia, falta de interesse;
  • Preocupações excessivas;
  • Problemas de concentração e esquecimentos;
  • Alterações de apetite e/ou perda de peso;
  • Dificuldade para dormir, insônia ou hipersonia (dormir excessivamente);
  • Cansaço;
  • Sensação de não desfrutar de nada;
  • Pensamentos recorrentes sobre morte e suicídio;

Esta fase dura pelo menos 4 semanas e precisa de avaliação psiquiátrica também de forma precoce, especialmente pela alta frequência de idéias suicidas.

Fase de hipomania.

Na fase de hipomania, a pessoa apresenta sintomas mais leves e com uma duração menor do que na fase maníaca. Esta fase dura em torno de 4 dias e o paciente se torna mais eufórico, fala mais que o habitual e se torna mais ativo e sociável.

Quais os tipos de transtorno bipolar? 1. Transtorno afetivo bipolar tipo I

A pessoa com transtorno afetivo bipolar tipo I apresenta pelo menos um episódio maníaco com duração de, no mínimo, 7 dias. Após esta fase de mania o paciente começa a apresentar-se deprimido por duas semanas ou mesmo meses.

Nas duas fases (maníaca e depressiva) os sintomas costumam ser bastante intensos e causam mudanças no comportamento e nas ações da pessoa que podem comprometer a sua vida pessoal, profissional e a sua relação com familiares.

Neste tipo de transtorno, o quadro psiquiátrico pode se tornar bastante grave e a pessoa pode estar em risco para suicídio e outras complicações do seu estado de saúde mental.

É importante buscar apoio profissional nos Centros de Atenção Psicossocial – CAPS para acompanhamento de um psiquiatra e equipe de saúde mental.

2. Transtorno afetivo bipolar tipo II

O transtorno afetivo bipolar do tipo II se caracteriza pela alternância entre as fases de depressão e as de hipomania.

A pessoa com este tipo de transtorno bipolar apresenta um estado de euforia mais leve, otimismo, excitação e, em alguns momentos, pode se tornar agressiva.

Pelo fato de os sintomas serem mais leves, não há riscos de comprometimento das atividades diárias e relações familiares do paciente.

3. Transtorno afetivo bipolar ciclotímico

O transtorno bipolar ciclotímico é a forma mais leve de bipolaridade e se caracteriza por modificações (flutuações) constantes e crônicas do humor.

Quem desenvolve este tipo de transtorno bipolar alterna os sintomas de hipomania com episódios depressivos leves. Muitas vezes a pessoa é vista por familiares e/ou pessoas próximas como aquela de temperamento instável, ou irresponsável.

Existe algum teste para diagnosticar o transtorno bipolar?

Não. Não existem testes capazes de diagnosticar o transtorno afetivo bipolar. Nestes casos, é necessário e importante a realização, o quanto antes, de uma avaliação psiquiátrica.

É bastante comum que o transtorno afetivo bipolar seja confundido com esquizofrenia, síndrome do pânico, transtornos de ansiedade ou mesmo com a depressão. Além disso, os sintomas podem ser mascarados pelo uso de álcool, medicamentos e outras substâncias ilícitas.

Estas condições dificultam o diagnóstico do transtorno afetivo bipolar. O diagnóstico deve ser feito por um psiquiatra com base na história clínica e nos sintomas informados pelo próprio paciente e pela sua família.

Como é feito o tratamento do transtorno bipolar?

É importante que você saiba que o transtorno afetivo bipolar não tem cura, entretanto é possível controlar a doença. O tratamento envolve:

  • Uso de medicamentos: os ansiolíticos, estabilizadores do humor como o carbonato de lítio, antipsicóticos e anticonvulsivantes são alguns dos medicamentos utilizados no tratamento do transtorno bipolar. Os remédios a serem indicados dependem do tipo de transtorno, da sua gravidade e evolução.
  • Psicoterapia: a terapia com um psicólogo auxilia o paciente a lidar com as crises e fazer com que elas se tornem menos frequentes. Além disso, ajuda na sua adesão e manutenção do tratamento.
  • Mudanças no estilo de vida: a pessoa com transtorno afetivo bipolar deve adotar um estilo de vida saudável que priorize a redução dos níveis de estresse, regulação do sono e hábitos alimentares saudáveis.
  • Não consumir álcool e outras substâncias psicoativas como anfetaminas e cafeína, reduzem as crises e intensidade dos sintomas, quando presentes.

Se você identifica alguns destes sintomas em si mesmo ou em um de seus familiares, procure avaliação de um psiquiatra e/ou psicológico, em Centros de Atenção Psicossocial – CAPS da rede do Sistema Único de Saúde (SUS).

Não utilize medicamentos sem orientação de um psiquiatra.

Referências:

  • Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders (DSM–5). American Psychiatric Association (APA).
  • Estric, C. et al. Dissociative symptomatology in bipolar disorders: A systematic qualitative review. French Journal of Psychiatry, March 2020, vol.1, p. 11-24.
  • Rosenthal, S.J. et al. Seasonal effects on bipolar disorder: A closer look. Neuroscience & Biobehavioral Reviews, May 2020.
Transtornos psicológicos: Quais os tipos, sintomas e tratamento?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Os principais tipos de transtornos psicológicos são a depressão, a síndrome do pânico, as psicoses, o transtorno da ansiedade generalizada e o estresse pós-traumático.

Depressão

A depressão é o transtorno psicológico mais frequente. Os seus principais sintomas incluem tristeza profunda e duradoura, desinteresse pelas coisas em geral, mesmo por aquelas de que se gosta ou dão prazer, apatia, desânimo, falta de energia, pessimismo, pensamentos negativos, entre outros.

O tratamento desse transtorno psicológico é feito com medicamentos antidepressivos, psicoterapia e mudanças no estilo de vida.

Veja também: As 4 Formas para Combater a Depressão

Síndrome do pânico

A síndrome do pânico é um tipo de transtorno psicológico que se caracteriza por crises agudas de ansiedade. A pessoa tem a sensação de que vai lhe acontecer algo trágico a qualquer momento, o que desencadeia os ataques.

Os sinais e sintomas de um ataque de pânico podem se manifestar pelo aumento dos batimentos cardíacos (algumas pessoas chegar a pensar que vão mesmo ter um infarto), respiração ofegante, falta de ar, aumento da transpiração, boca seca, náuseas, vômitos, tonturas, medo de morrer ou de que uma catástrofe está prestes a acontecer, desespero, desmaios, entre outros sintomas físicos e psicológicos.

Um ataque de pânico ocorre repentinamente, geralmente com duração de 15 a 30 minutos.

O tratamento da síndrome do pânico inclui o uso de antidepressivos e ansiolíticos, além de psicoterapia. O método de terapia mais utilizado para tratar esse transtorno psicológico é a terapia comportamental.

Saiba mais em: O que é síndrome do pânico?

Transtorno da ansiedade generalizada

O transtorno da ansiedade generalizada está entre os tipos de transtorno psicológico mais comuns, ao lado da depressão. A ansiedade e a preocupação sentidas por essas pessoas são intensas e difíceis de serem controladas. Contudo, trata-se de uma ansiedade excessiva e que não condiz com a realidade, o que provoca um intenso sofrimento emocional.

Esse transtorno psicológico pode se manifestar através de sintomas físicos e emocionais, como respiração ofegante, falta de ar, aceleração dos batimentos cardíacos, transpiração excessiva, medo, angústia, irritabilidade, entre outros.

O tratamento do transtorno da ansiedade generalizada é feito com a combinação de medicamentos ansiolíticos e antidepressivos, juntamente com psicoterapia.

Também pode ser do seu interesse: Quais são os sintomas do transtorno de ansiedade generalizada?

Psicoses

Psicoses são transtornos psicológicos que têm como características a perda do contato com a realidade, como a esquizofrenia, por exemplo. Os sintomas podem incluir delírios, alucinações, atitudes e comportamentos bizarros, amnésia, confusão mental, entre outros.

Indivíduos com esse tipo de transtorno mental perdem a noção da realidade, tirando conclusões incorretas sobre o mundo que os rodeia, mesmo que as suas ideias estejam contra todas as evidências. Além disso, a pessoa não reconhece os seus delírios e alucinações, o que evidencia a psicose instalada.

O tratamento das psicoses varia de acordo com a gravidade do caso, podendo incluir o uso de medicamentos, psicoterapia, orientação e terapia familiar e internamento.

Veja também: O que é uma psicose e quais são os seus sinais e sintomas?

Estresse pós-traumático

O estresse pós-traumático é um transtorno psicológico desencadeado por eventos extremamente traumáticos e violentos nos quais a vida da pessoa ou de outras pessoas estiveram em risco.

Por se tratar de um tipo de transtorno de ansiedade, os seus sintomas são os mesmos que ocorrem nesse transtorno, conforme descrito anteriormente.

No entanto, a grande diferença é que os sintomas do estresse pós-traumático tendem a se manifestar em situações que fazem o paciente relembrar ou reviver o trauma.

O tratamento é difícil e inclui medicamentos psiquiátricos, principalmente antidepressivos e ansiolíticos, e psicoterapia.

O diagnóstico e tratamento dos transtornos psicológicos de maior gravidade são feitos pelo psiquiatra. Transtornos mais leves podem ser acompanhados pelo médico de família ou clínico geral. Em muitos casos é essencial o tratamento com psicólogos, eventualmente o acompanhamento apenas com psicólogo pode ser suficiente para o tratamento dos sintomas.

Qual é o tratamento para transtorno dissociativo de identidade?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

O tratamento do transtorno dissociativo de identidade é feito geralmente com psicoterapia e medicamentos.

O papel da psicoterapia é fundamental no sucesso do tratamento do transtorno dissociativo de identidade, pois permite reduzir as crises em que ocorrem as mudanças de personalidade.

O objetivo é ajudar a pessoa a identificar o seu problema, mudar os seus comportamentos, vigiar a sua instabilidade e desenvolver o autocontrole.

Contudo, se o paciente for resistente em aceitar o tratamento psicoterápico, os resultados e as mudanças de personalidades podem ser muito limitados.

Os medicamentos servem para tratar e controlar outros transtornos psiquiátricos que podem estar associados à personalidade múltipla, como ataques de pânico, tendências suicidas, depressão, ansiedade, psicoses, entre outros.

Sintomas

O transtorno dissociativo de identidade, também conhecido como transtorno de dupla personalidade ou personalidade múltipla, tem como principal sintoma a presença de pelo menos duas personalidades diferentes que assumem o controle do corpo da pessoa de tempos em tempos.

Essas personalidades muitas vezes não têm conhecimento uma da outra e quando uma está no controle a outra não interfere. Em média, essas pessoas apresentam de 10 a 15 personalidades, embora o número de identidades possa variar muito e chegar a 80, como já foi verificado.

As personalidades costumam ter características bem diferentes, com comportamentos, pensamentos, valores e atitudes próprias.

Algumas personalidades podem identificar familiares, amigos, colegas, trabalho, enquanto outras não chegam nem a reconhecer os da própria família.

Leia também: Quais os sintomas do transtorno dissociativo de identidade?

Diagnóstico

Para que o transtorno dissociativo de identidade seja identificado, a pessoa precisa necessariamente apresentar pelo menos duas personalidades diferentes.

Isso significa que o comportamento, os princípios e os pensamentos esperados do indivíduo sejam diferentes em várias situações.

Para que o transtorno dissociativo de identidade seja diagnostico, também é essencial que pelo menos duas personalidades assumam o controle da consciência e do corpo da pessoa em determinados períodos de tempo.

Vale lembrar que os sintomas não devem ser associados ao consumo de álcool, medicamentos, drogas ou outras substâncias.

O diagnóstico e tratamento do transtorno dissociativo de identidade é da responsabilidade do médico psiquiatra.

Saiba mais em:

Quais as causas do transtorno dissociativo de identidade?

Transtorno dissociativo de identidade significa ter dupla personalidade?

Como traumas na infância podem causar Transtorno Dissociativo de Personalidade
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

As causas do transtorno dissociativo de personalidade não estão bem definidas, mas acredita-se que esteja relacionado a traumas na infância. Em 90% das vezes está ligado a abuso infantil, e mais raramente, aspectos de doenças, experiências ruins ou predisposição genética.

A razão por se defender essa hipótese ocorre porque, durante o evento traumático, a pessoa pode fazer uma dissociação mental para se proteger do trauma, especialmente nas situações em que não possa se defender ou fugir. Se os traumas forem frequentes, esse mecanismo de defesa pode desencadear o transtorno dissociativo de identidade.

Portanto, o transtorno dissociativo de personalidade parece ser um mecanismo de defesa da mente para enfrentar situações que seriam insuportáveis para uma pessoa.

Sintomas do transtorno dissociativo de personalidade

A principal característica do transtorno dissociativo de identidade é a presença de duas ou mais personalidades diferentes dentro da mesma pessoa e que assumem alternadamente o comando da consciência.

Cada uma das personalidades tem as suas próprias memórias, gostos e costumes, por vezes até com comportamentos opostos. Contudo, há casos em que as personalidades sabem da existência umas das outras, podendo haver rivalidades ou parcerias entre elas.

Na maioria dos casos, existe uma personalidade primária, que é a própria pessoa, geralmente com traços de depressão, passividade e culpabilidade. As outras identidades são secundárias e podem ser opostas à primária, com características de agressividade e autodestruição.

As mudanças de identidade podem ocorrer subitamente, em segundos, ou após um curto período de confusão mental que não dura mais do que alguns minutos. Essas alterações de personalidade são normalmente desencadeadas por algum estresse social ou psicológico.

O médico psiquiatra é o especialista responsável pelo diagnóstico e tratamento do transtorno dissociativo de identidade.

Saiba mais em: