Perguntas Frequentes
Pontadas no peito normalmente não estão relacionadas com o coração. Podem ser sinal de gases intestinais, ansiedade, doenças pulmonares e digestivas, entre outras causas. A dor no peito causada pelo infarto tem características diferentes.
As pontadas no peito podem ser causadas por irritação da pleura, uma membrana dupla de tecido conjuntivo que recobre os pulmões e a parte interna do tórax. A dor pleurítica é súbita, em pontada, e surge ou piora com a respiração, tosse ou bocejo. As pontadas são bem localizadas e parecem vir diretamente do coração.
Dentre as doenças ou condições que podem afetar a pleura e causar pontadas no peito estão a tuberculose, o câncer de pulmão, a pneumonia, o derrame pleural (excesso de líquido entre o pulmão e as costelas) e o pneumotórax (escape ou entrada de ar no espaço pleural que provoca um colapso total ou parcial do pulmão).
Quando as pontadas no peito vêm acompanhadas de tosse, azia ou febre, as causas mais prováveis são as doenças respiratórias ou digestivas. Dentre as possíveis causas estão:
- Aneurisma de aorta, embolia pulmonar, refluxo gastroesofágico;
- Inflamação do pericárdio (pericardite), membrana que envolve o coração;
- Esofagite, espasmo do esôfago, pressão sanguínea pulmonar elevada;
- Costocondrite (inflamação das cartilagens das costelas), lesões nas costelas;
- Lesões musculares, artrite, fibromialgia, herpes zoster, artrite reumatoide;
- Colecistite, gastrite, úlcera, pancreatite.
A dor torácica em forma de pontadas ou agulhadas no peito raramente estão relacionadas com o coração. As dores no peito de origem cardíaca, como em casos de angina ou infarto, localizam-se no centro do tórax e podem irradiar para outras partes do corpo, como braços, mandíbula, pescoço, região posterior do tórax, estômago e umbigo.
A pessoa geralmente sente uma dor ou um desconforto no peito que pode irradiar para essas áreas do corpo. É uma dor intensa e prolongada, acompanhada por uma sensação de peso, aperto ou queimação no peito.
No caso da angina de peito, a dor geralmente tem uma duração de 5 a 20 minutos e cessa com o repouso. Se a dor permanecer por mais de 20 minutos, pode ser sintoma de infarto.
A dor torácica decorrente de problemas cardíacos pode ser desencadeada por atividade física, estresse emocional ou até pela ingestão de uma refeição mais pesada e de digestão mais difícil.
Nesses casos, a dor no peito não melhora com o repouso, com a respiração funda ou com determinadas posições.
Outros sinais e sintomas que podem estar presentes em caso de infarto incluem falta de ar, batimentos cardíacos mais lentos, acelerados ou irregulares, náuseas, vômitos, palidez, transpiração e respiração ofegante.
Quando a dor dura apenas alguns segundos ou surge e desaparece diversas vezes durante o dia, provavelmente não tem como causa um problema cardíaco.
Consulte o/a médico/a clínico/a geral ou médico/a de família em caso de pontadas no peito para que a origem da dor seja devidamente diagnosticada e tratada.
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Caso alguma pessoa tenha ingerido veneno de rato deve-se ligar para o SAMU, número 192, ou levá-la imediatamente a um serviço de urgência. Caso o resgate demore, é possível ligar para o Disque intoxicação da Anvisa 0800-722-6001 e receber as orientações mais apropriadas para o caso, siga todas as instruções fornecidas.
É muito importante que se saiba o nome do veneno ou que seja levada a embalagem, ou rótulo ao atendimento de urgência. Também não se deve induzir vômitos ou oferecer líquidos à pessoa intoxicada.
Algumas pessoas podem tomar veneno de rato na tentativa de se ferir ou acabar com a própria vida nessa situação é essencial e urgente a busca por apoio psicológico.
O Centro de Valorização da Vida (CVV) fornece apoio emocional, psicológico e ajuda a prevenir tentativas de suicídio, o número de atendimento é 188 e está disponível 24 horas por dia.
Sintomas da intoxicação por veneno de ratoA ingestão de veneno de rato pode causar sintomas variados dependendo da composição do veneno de rato, da quantidade ingerida e por quanto tempo ele foi ingerido.
O veneno à base de carbamatos e organofosforados que são inseticidas usados para eliminar pragas, têm ação no cérebro e em alguns nervos e causam: salivação, lacrimejamento, sudorese, visão borrada, náuseas, vômitos, dor abdominal, diarreia, coriza, falta de ar, secreção pulmonar, palidez, dificuldade para controlar a urina e as fezes, câimbras, fraqueza muscular generalizada, paralisia, tremores, sonolência, confusão mental, perda de concentração, dor de cabeça, alterações da frequência cardíaca e respiratória, além de coma.
O veneno à base de anticoagulantes (impedem a coagulação do sangue) causa: sangramento nas gengivas e no nariz, dor abdominal aguda, manchas roxas e vermelhas na pele (hematomas e equimoses), tosse e vômitos com sangue, fezes ou urina com sangue, derrame cerebral (AVC), pressão baixa (hipotensão), choque e coma.
Em casos de ingestão de veneno de rato não hesite em procurar ajuda imediatamente.
Ferida no pênis pode ser sinal de infecção sexualmente transmissível (IST), câncer de pênis, má higiene, alergia ou micose.
Feridas na cabeça do pênis (glande) também podem ser causadas pelo atrito durante a relação sexual, principalmente em homens que não fizeram a cirurgia da fimose e tendem a ter a glande mais sensível.
Uma IST que pode causar ferida no pênis é a sífilis. O primeiro sinal é uma ferida que surge no pênis mas que não provoca dor e desaparece mesmo sem tratamento. Depois de alguns meses aparecem manchas pelo corpo, que também resolvem-se espontaneamente. Com o passar dos anos, a sífilis pode causar lesões na pele, cegueira, doenças neurológicas, ósseas e cardiovasculares, podendo levar à morte se não tratada devidamente.
O câncer de pênis caracteriza-se pela presença de uma ferida na glande com aspecto irregular e odor muito desagradável, podendo ser dura e elevada. O câncer de pênis ocorre mais frequentemente em locais com baixo nível socioeconômico e está relacionado com má higiene e infecção pelo HPV.
A ferida no pênis também pode ser decorrente de uma balanite, que é uma inflamação na cabeça do pênis. A balanite pode ou não estar associada a uma infecção. Normalmente, está relacionada com micro-organismos infecciosos transmitidos através de relação sexual desprotegida. A inflamação também pode ser causada por doenças de pele, alergias, traumas, má higiene ou ainda câncer de pênis.
Leia também: Dor no pênis. O que pode ser?
Os principais sintomas da balanite são dor na cabeça do pênis, vermelhidão e aumento da temperatura local. Também pode haver inchaço e feridas na glande. Quando há infecção, podem estar presentes bolhas com pus, além de coceira e secreção com mau cheiro.
A presença de feridas no pênis pode ser avaliada pelo/a médico/a de família, clínico/a geral, urologista ou infectologista que poderá realizar o diagnóstico específico e indicar o tratamento apropriado para o seu caso.
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Dor pélvica na mulher é uma queixa muito comum nos consultórios médicos, principalmente de ginecologia, e podem ter diversas causas. O que gera um grande desafio para os profissionais, pois requer uma investigação profunda e detalhada do problema.
As causas mais comuns são infecção urinária, doença inflamatória pélvica e gravidez, entretanto, existem casos mais graves, que são emergências médicas, com risco de morte, como a apendicite, ruptura de uma gravidez tubária e, portanto, necessita de um atendimento médico emergencial.
Outras doenças e condições que devem ser investigadas são: vulvodinia, endometriose, fibrose uterina, adenomiose, cistos ovarianos e mioma uterino.
O que é a dor pélvica?A dor pélvica pode ser sentida na forma de um desconforto ligeiro na pelve ou como dores intensas e incapacitantes. A dor pode ser aguda, surgindo repentinamente ou crônica, com duração mínima de 3 a 6 meses.
A dor pélvica, normalmente, é sentida no baixo ventre ou “pé da barriga”. Fazem parte da pelve o útero, os ovários, as tubas uterinas, a vagina, o reto e a bexiga, além de diversos músculos, nervos e ossos.
Portanto, as causas que geram a dor pélvica podem ser as mais diversas e para seu diagnóstico correto deve ser feita uma anamnese detalhada, um exame físico cuidadoso e exames complementares quando necessários.
Na investigação, é fundamental avaliar dados como a idade, antecedentes pessoais, início dos sintomas, concomitância com febre, sangramentos ou outros sinais e sintomas de gravidade e as características específicas da dor pélvica. Algumas perguntas são fundamentais para auxiliar na investigação, por isso tenha atenção e se possível anote alguns detalhes que podem ser esquecidos durante a consulta médica, como:
- Onde exatamente dói?
- Qual o tipo da dor - pontada, peso, pulsação, aperto, queimação?
- É intensa? Quão intensa? É a mais forte da vida?
- Chega a despertar do sono ou vomitar nas crises?
- Irradia ("espalha") para algum lugar ou é restrita a essa região específica?
- Há quanto tempo está com dor?
- Ela é cíclica (vai e volta) ou contínua, durando dias?
- Quando vem a dor dura quanto tempo?
- Você já teve antes? É comum?
- Tem algum horário do dia ou do mês em que acontece com mais frequência?
- Melhora com alguma coisa?
- Está piorando, ao longo do tempo, ou apresentando novos sintomas concomitantes?
- Piora nas relações sexuais?
- Tem relação com o período menstrual?
- Tem corrimento vaginal associado? Se houver, qual a coloração, tem cheiro ruim?
- Ardência ao urinar? Está indo mais vezes ao banheiro e fazendo pouco xixi?
- Qual a sua frequência sexual?
- Sente tontura ou enjoo juntos com a dor? Data da última menstruação?
Em caso de dor pélvica, procure um/a médico/a, preferencialmente um/a ginecologista, para avaliação inicial.
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Referências
FEBRASGO. Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.
Os valores de referência do hemograma podem variar de acordo com o método de análise utilizado pelo laboratório, de acordo com a idade da pessoa, o sexo e se a mulher esta grávida. Dessa forma, os resultados de hemograma vêm sempre acompanhados dos valores de referência do laboratório onde ele foi realizado (descritos no lado direito da folha de resultados).
De maneira geral, os valores de referência do hemograma são:
Hematócrito (%)- Mulheres (35 - 47)
- Homens (40 - 54)
- Gestantes (34 - 47)
- Crianças de 10 a 12 anos (37 - 44)
- Crianças de 1 ano (36 - 44)
- Crianças de 3 meses (32 - 44)
- Recém-nascidos a termo (44 - 62)
- Mulheres (4,0 - 5,6)
- Homens (4,5 - 6,5)
- Gestantes (3,9 - 5,6)
- Crianças de 10 a 12 anos (4,5 - 4,7)
- Crianças de 1 ano (4,0 - 4,7)
- Crianças de 3 meses (4,5 - 4,7)
- Recém-nascidos a termo (4,0 - 5,6)
Veja também: Hemácias normocíticas e normocrômicas é anemia?
Hemoglobina (g/100ml)- Mulheres (12 - 16,5)
- Homens (13,5 - 18)
- Gestantes (11,5 - 16,0)
- Crianças de 10 a 12 anos (11,5 - 14,8)
- Crianças de 1 ano (11,0 - 13,0)
- Crianças de 3 meses (9,5 - 12,5)
- Recém-nascidos a termo (13,5 - 19,6)
- Mulheres (81 - 101)
- Homens (82 - 101)
- Crianças de 10 a 12 anos (77 - 95)
- Crianças de 1 ano (77 - 101)
- Crianças de 3 meses (83 - 110)
- Mulheres (27 - 34)
- Homens (27 - 34)
- Crianças de 10 a 12 anos (24 -30)
- Crianças de 1 ano (23 -31)
- Crianças de 3 meses (24- 34)
- Mulheres (31,5 -36)
- Homens (31,5 -36)
- Crianças de 10 a 12 anos (30 -33)
- Crianças de 1 ano (28 - 33)
- Crianças de 3 meses (27- 34)
Veja também: O que significa CHCM no hemograma?
Plaquetas- 150.000 a 400.000 (µl)
- Leucócitos total: 4.000 - 10.000 mm³
- Eosinófilos: 1 - 5%
- Basófilos: 0 - 2%
- Linfócitos: 20 - 40%
- Monócitos: 2 - 10%
- Neutrófilos: 45 -75%
O hemograma é o exame que analisa a quantidade e a qualidade das células do sangue. Os resultados, isoladamente, podem não ser suficientes para fornecer um diagnóstico, por isso devem ser analisados e interpretados pelo médico, em conjunto com o exame clínico do paciente.
Saiba mais em:
O que são eosinófilos? O que pode alterar os seus valores?
O que significa eritrócitos altos no hemograma?
No hemograma, o que significa VCM, HCM e RDW?
Que doenças o hemograma pode detectar?
Leucograma: Para que serve e quais os valores de referência?
O supositório de glicerina serve para tratar e prevenir a constipação intestinal (prisão de ventre), sendo usado para estimular a evacuação. A glicerina é um laxante hiperosmótico, ou seja, aumenta a quantidade de água no interior do intestino. Esse aumento de fluido estimula os movimentos intestinais e a saída das fezes. A glicerina também lubrifica e amolece as fezes endurecidas e não causa danos à flora intestinal.
O supositório de glicerina é uma forma rápida e segura de esvaziar a porção final do intestino, com efeitos rápidos e seguros sobre a prisão de ventre.
Ao usar o supositório de glicerina, as fezes retidas são umedecidas, promovendo uma evacuação natural e consistente.
A ação laxante do supositório é devida à afinidade que a glicerina tem com a água, que estimula a saída do bolo fecal retido.
Como usar o supositório de glicerina?Deve-se introduzir o supositório no ânus através da via retal e procurar retê-lo no reto até que ocorra vontade de evacuar.
Em bebês, o supositório deve ser introduzido por via retal pela parte mais afilada e deve ser mantido no reto pressionando-se a outra extremidade com a ponta dos dedos, até que o fluxo fecal seja obtido.
Bebês, crianças e adultos devem usar 1 supositório por dia, quando necessário, ou a critério médico. O supositório de glicerina deve ser utilizado para promover uma evacuação por dia. O supositório não deve ser usado por mais de 7 dias consecutivos sem indicação médica.
Para facilitar a introdução do supositório e prevenir a irritação da mucosa do intestino, recomenda-se umedecer o supositório com água antes de introduzi-lo.
O supositório de glicerina infantil é mais fino e comprido, com um formato especial para ser usado em bebês e crianças.
Adultos que estão usando o supositório devem beber 8 copos de água por dia, para favorecer o amolecimento das fezes e evitar desidratação.
Quanto tempo o supositório de glicerina leva para fazer efeito?O supositório de glicerina leva alguns minutos para fazer efeito após ser introduzido no reto. Pode-se esperar de 15 a 30 minutos para que o supositório atue. O supositório não precisa se dissolver completamente para fazer efeito.
Qualquer pessoa pode usar supositório de glicerina?Nem todas as pessoas podem usar supositório de glicerina. O supositório não deve ser utilizado em algumas situações, como em casos de apendicite, hemorragia retal não diagnosticada, pós-operatório de cirurgia retal e obstrução intestinal.
Pessoas com hipertensão arterial ou insuficiência cardíaca congestiva só devem usar supositório de glicerina após avaliação médica dos riscos e benefícios da sua utilização.
Indivíduos com risco de hipervolemia, insuficiência cardíaca ou doença renal devem usar o supositório de glicerina com precaução.
Em caso de desidratação, o supositório deve ser usado com cautela, pois pode agravar o quadro.
Supositório de glicerina provoca efeitos colaterais?O supositório de glicerina praticamente não apresenta toxicidade e normalmente é bem tolerado pela grande maioria das pessoas.
Os efeitos colaterais são raros. Quando presentes, podem incluir cólicas, desconforto retal, diarreia, aumento da circulação sanguínea no reto, gases, irritação local e sede.
A glicerina aumenta a saída de água das células, ou seja, ela desidrata. Os seus efeitos adversos são devidos a essa ação desidratante.
O uso do supositório de glicerina deve ser orientado e prescrito por um médico.
Para saber mais sobre supositório, você pode ler:
Supositório infantil: para que serve e como usar
O supositório de glicerina faz mal?
Supositório de glicerina pode ser usado em bebês?
Referência
SBP. Sociedade Brasileira de Pediatria.
Lactobacillus sp no resultado do preventivo é considerado um achado normal e não é sinal de infecção. Os lactobacillus sp são bactérias que fazem parte da flora vaginal e, juntamente com outras bactérias, constituem um mecanismo de defesa natural contra micro-organismos causadores de doenças.
Os lactobacillus sp contrabalanceiam a proliferação de fungos, bactérias e outros micro-organismos no interior da vagina. Quando, por alguma razão, o desequilíbrio da microbiota vaginal é alterado, os micro-organismos patogênicos se proliferam, causando infecções.
Dentre os agentes infecciosos estão a Gardnerella vaginalis e a Candida sp. A Gardnerella vaginalis é uma bactéria que está presente naturalmente em pouca quantidade na flora vaginal da maioria as mulheres. Já a Candida é um fungo.
Quando há algum desequilíbrio dessa flora, a Gardnerella pode se proliferar e causar vaginose. O mesmo ocorre com a Candida, que provoca candidíase.
Portanto, os lactobacillus sp são achados normais no papanicolau e a presença dos mesmos não caracteriza uma infecção. Contudo, a presença de sinais e sintomas, como corrimento, coceira ou odor desagradável, deve ser investigada por um médico ginecologista ou médico de família e comunidade.
Saiba mais em:
Os olhos (na verdade, geralmente as pálpebras) podem ficar inchados por diversos motivos, quando estão inflamadas, quando a inflamação ocorre no(s) olho(s), ou quando há um excesso de fluidos (edemas) nos tecidos conjuntivos em torno dos olhos. Este inchaço pode ser doloroso ou não, e afetar os olhos, as pálpebras superiores e as inferiores. A inflamação pode ser devida a:
- Infecções: como, por exemplo, conjuntivites - a conjuntivite é uma inflamação da mucosa clara da superfície do olho, a conjuntiva (saiba mais em: Quais são os sintomas da conjuntivite?). Podem ser causadas por vírus, bactérias, fungos (mais raramente) ou serem alérgicas (vide abaixo, "alergias"). Resultam em inchaço das pálpebras, dentre outros sintomas, como olhos lacrimejantes, vermelhos e coceira. Já no hordéolo, popularmente conhecido como "terçol", ocorre uma infecção bacteriana seguida de inflamação nos folículos ciliares (hordéolo externo) ou glândulas de Zeiss (hordéolo interno). O inchaço na pálpebra é um frequente quando essas glândulas ficam bloqueadas. Um terçol pode deixar toda a pálpebra inchada, tornando-a sensível ao toque também.
- Blefarite: é uma inflamação, infecciosa ou não, das pálpebras, geralmente causada pela produção excessiva de uma camada lipídica gerada por uma glândula encontrada na pálpebra. A blefarite é caracterizada por pálpebras inchadas e dolorosas e podem ser acompanhadas por caspa, mudanças na pele da pálpebra e perda dos cílios. Geralmente é uma condição crônica, ou seja, é possível controlar os sintomas com o tratamento adequado e práticas de higiene rígidas, mas ela nunca é curada totalmente;
- Lesões oculares: qualquer trauma na área dos olhos, incluindo uma contusão na pálpebra ou um trauma causado por uma cirurgia plástica (blefaroplastia) pode provocar inflamação e inchaço nos olhos;
- Corpos estranhos / produtos irritantes: também podem causar irritação nos olhos, com inchaço local. Incluem solventes de limpeza doméstica, produtos de higiene pessoal (maquiagem, hidratantes, shampoo e sabonete), cloro da piscina, serragem, fagulhas, pequenos insetos, etc.;
- Uso de lentes de contato: uso inadequados de lentes de contato - lentes mal higienizadas, nadar com lentes de contato ou guardar a lente num estojo sujo - podem causar uma infecção nos olhos e inchaço nas pálpebras. Usar lentes de contato vencidas, danificadas ou dormir e esquecer de retirar as lentes também pode irritar os olhos e causar o inchaço;
- Alergias: ocorrem quando o sistema imunológico reage exageradamente a uma substância estranha, chamada de alérgeno, liberando produtos químicos (o mais comum, a histamina). Trata-se de uma tentativa 'exagerada' do organismo se defender de uma substância à qual se sensibilizou, mesmo que esta seja inócua. Os vasos sanguíneos se dilatam sob efeito da histamina, provocando vermelhidão e edema (inchaço). Pólen, poeira, pelos de animais, alguns colírios e soluções para lentes de contato são alguns dos alérgenos oculares mais comuns (leia também: O que fazer em caso de reação alérgica?);
- Insuficiência renal: neste caso, ocorre retenção de líquidos devido à perda de função dos rins, que não conseguem eliminar o líquido do corpo com a mesma eficiência. O inchaço nas pálpebras pode expandir-se para todo o rosto e é mais evidente de manhã, logo ao acordar.
- Problemas de saúde mais graves: celulite orbitária, doença de Graves, insuficiência renal ou herpes ocular.
- Celulite orbitária: infecção bacteriana rara e grave dos tecidos ao redor do olho, resultando em inchaço doloroso da pálpebra superior e inferior, e, eventualmente, da sobrancelha e da bochecha. Os sintomas podem ainda incluir olhos saltados, redução da visão, febre e dor, quando a pessoa move os olhos. A celulite orbitária é uma emergência médica e necessita ser tratada rapidamente para evitar a lesão do nervo óptico e a perda permanente da visão, além de outras complicações graves. Se a infecção estiver limitada ao tecido mole das pálpebras, ela é menos grave do que a celulite orbital e pode muitas vezes ser tratada com medicamentos tópicos, sem necessidade de hospitalização.
- Doença de Graves: distúrbio ocular causado por uma tireoide hiperativa (hipertireoidismo), muitas vezes associado a inchaço, pálpebras inchadas, exoftalmia (olhos saltados), visão dupla e pálpebras caídas (ptose).
- Herpes ocular: transmitida pelo vírus herpes simples comum, a herpes ocular é por vezes apelidada de "afta do olho" e causa inflamação (e às vezes cicatrizes) na córnea. Os sintomas podem ser parecidos com os da conjuntivite, embora possam aparecer feridas dolorosas na pálpebra, visão embaçada devido à opacidade da córnea e inchaço nos olhos, que obstruem a visão. Pode ir desde uma infecção ligeira a uma forma mais grave que pode levar ao transplante da córnea ou ainda em perda de visão (saiba mais em: Como identificar e tratar herpes ocular?).
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Tratamento de Olhos inchadosO tratamento das pálpebras inchadas depende da sua causa. Se os olhos estão inchados devido a alergias, colírios anti-histamínicos ou medicamentos de alergia oral, o uso de lubrificantes pode ajudar a aliviar os sintomas. O oftalmologista poderá também prescrever colírios esteroides suaves para reações alérgicas mais graves. Outras causas, como infecções, conjuntivite ou herpes ocular respondem bem a antibióticos, colírios antivirais e a pomadas oculares anti-inflamatórios, dependendo da doença. Crises mais leves de inchaço podem ser tratadas em casa.
Em primeiro lugar, a pessoa deve evitar esfregar os olhos para não agravar ainda mais a sua condição. Além disso, o uso de lentes de contato deve ser suspenso até que o inchaço passe.
A aplicação de uma compressa fria pode reduzir o inchaço das pálpebras, assim como compressas de água fria nas pálpebras fechadas. Porém, se os sintomas persistirem ou piorarem, ou se o indivíduo sentir qualquer dor no olho, deve consultar o oftalmologista imediatamente.
Em caso de olhos inchados, um médico (preferencialmente um oftalmologista) deverá ser consultado. Ele poderá avaliar detalhadamente, através de anamnese, exame físico e eventuais exames complementares, qual o seu diagnóstico correto, orientá-lo e prescrever o melhor tratamento, caso a caso.
A hemoglobina é uma substância de cor vermelha presente no interior das hemácias (glóbulos vermelhos) e os valores baixos de hemoglobina é que caracterizam a anemia, que pode ser causada por vários distúrbios que provoquem uma redução da sua produção na medula, um aumento da velocidade da sua destruição ou uma perda de sangue.
A hemoglobina um pouco abaixo do normal pode ser um resultado normal para muitas pessoas e, geralmente, não deve ser causa de preocupação. É comum as mulheres grávidas apresentarem valores de hemoglobina um pouco abaixo do normal.
A hemoglobina baixa causa:
- Palidez cutânea;
- Descoramento das mucosas;
- Redução dos níveis de oxigênio nos órgãos do corpo, levando ao cansaço fácil e falta de ar na realização de atividades físicas e até mesmo nas rotinas do dia-a-dia.
Doenças que levam à redução da produção da hemoglobina:
- Deficiência de ferro ou vitaminas;
- Cirrose;
- Leucemia;
- Linfomas;
- Anemia aplástica;
- Hipotiroidismo;
- Insuficiência renal;
- Medicamentos, como os usados no tratamento do câncer e da AIDS.
Doenças que levam a um aumento na velocidade da destruição da hemácias:
- Anemia falciforme,
- Talassemia,
- Distúrbios que causam o aumento do baço (esplenomegalia);
- Porfiria e
- Vasculites.
Distúrbios que levam à perda de sangue:
- Distúrbios de coagulação,
- Sangramentos no aparelho digestivo e
- Distúrbios menstruais que causam sangramento exagerado.
Para um diagnóstico adequado é necessário avaliar a história clínica e todos os sinais e sintomas associados para se chegar a conclusão de qual a causa da anemia, se por perda sanguínea, falta de produção ou por destruição das hemácias.
O médico hematologista é o especialista indicado para avaliar as causas de anemia.
O que posso fazer?O tratamento da hemoglobina baixa varia de acordo com a sua causa e pode incluir ajustes na alimentação, uso de suplementos e/ou medicamentos.
Você pode incluir na sua alimentação alimentos como feijão, carne vermelha, fígado, espinafre, brócolis, beterraba e acelga.
O uso de suplementos com ferro, por exemplo, e medicamentos somente devem ser utilizados sob orientação médica. Nos casos mais graves em que há perda de sangue ou destruição das hemácias, pode ser indicado transfusão sanguínea ou transplante de medula.
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Referências
ASH - American Society of Hematology.
SBHH - Sociedade Brasileira de Hematologia e Hemoterapia.
Means, R.T.; Brosky, R.A. Diagnostic approach to anemia in adults. UpToDate, 2021.
A dor na panturrilha ("batata da perna") pode ter diversas causas. Se a dor for aguda, iniciada após atividade física, é mais provável que seja resultado de uma distensão do músculo da panturrilha (gastrocnêmio). Em algumas ocasiões será necessário o uso de relaxante muscular e anti-inflamatório, além de repouso, para melhora dos sintomas.
Outra causa de dor aguda na panturrilha são as cãibras, que ocorre quando o músculo fica muito contraído durante alguns minutos, sendo associada a dor intensa. Normalmente são autolimitadas e não necessitam de tratamento, exceto se a dor permanecer mesmo após resolução da cãibra.
Para evitar as cãibras, é importante realizar alongamentos e fazer fortalecimento muscular, 3 vezes por semana. Além disso, é importante ter uma alimentação e uma hidratação adequadas durante a prática de atividade física. E, após uma rotina de exercícios, descansar por um dia, pelo menos.
Quais as outras causas de dor na panturrilha?Apesar de, na maioria dos casos, a dor na panturrilha não indicar nada de grave, é preciso ter atenção, pois há situações em que a dor pode ser sintoma de alguma doença.
Insuficiência venosaEspecialmente comum nas mulheres, nas pessoas que ficam muitas horas em pé e idosos. Usualmente, a dor nas panturrilhas é uma dor em peso (as pernas ficam "pesadas"), mais comum no final do dia e podem estar presentes inchaço, "vasinhos" (teleangiectasias) e varizes.
O tratamento consiste no uso de meias elásticas, prática regular de exercícios físicos e, algumas vezes, indicada cirurgia para remoção das veias que ficaram dilatadas e perderam a sua função. O diagnóstico e seguimento deverá ser feito pelo médico angiologista ou cirurgião vascular.
Insuficiência arterial (claudicação intermitente)Os idosos e tabagistas tem maior risco de desenvolver essa doença. Usualmente, a dor na panturrilha é forte, em pontada, e ocorre após andar alguns quarteirões ou ao subir uma rua ou escada.
É comum a pessoa interromper a caminhada em virtude da dor muito forte. O repouso, durante alguns minutos resolve os sintomas. Contudo, retornando a caminhada, a dor retorna.
A quantidade de metros caminhados para iniciar a dor é variável conforme cada paciente e tende a ser menor, de acordo com a gravidade da obstrução arterial.
O tratamento consiste no uso de medicamentos e muitas vezes é necessária uma cirurgia para desobstrução da artéria acometida e é importante e fundamental parar de fumar. O diagnóstico e seguimento deverão ser feitos por médico cirurgião vascular.
Cisto de BakerAlgumas pessoas podem apresentar um cisto na região do joelho e, se o cisto estourar, pode ocorrer dor nas panturrilhas e inchaço no joelho. Por vezes, a cirurgia se faz necessária. O diagnóstico e seguimento deverão ser feitos por médico ortopedista ou reumatologista.
Como aliviar a dor na panturrilha?A dor na panturrilha muitas vezes é causada por má circulação. Esse distúrbio na circulação provoca acúmulo de sangue nas pernas, levando ao edema, e à dor. Algumas medidas, que favorecem o retorno do sangue para o coração, auxiliando no alívio dos sintomas são:
Usar meias elásticasUsar meias elásticas compressivas é indicado em muitos casos, pois as meias favorecem o retorno do sangue para o coração, aliviando o cansaço. Porém, o médico angiologista ou cirurgião vascular, deve definir o grau de compressão, se meias de baixa ou média compressão, já que utilizar meias com a compressão inadequada pode piorar o quadro.
Praticar atividade físicaO importante nesses casos é escolher exercícios que trabalham os músculos da panturrilha, como andar, correr, pedalar e nadar. É fundamental que seja orientado por um profissional da área.
Movimentar-sePara evitar a dor na panturrilha, deve-se evitar ficar parado por muito tempo na mesma posição. Pessoas que trabalham várias horas sentadas, devem se levantar e andar um pouco, pelo menos a cada duas horas.
Caso não seja possível levantar-se, convém exercitar os músculos da panturrilha, abaixando os pés como se estivesse acelerando um carro, a cada 30 minutos ou de hora em hora.
Elevar as pernasDeitar-se de barriga para cima com as pernas elevadas ajuda o sangue a retornar ao coração. Isso pode ser feito colocando várias almofadas embaixo dos pés, por exemplo.
EmagrecerO excesso de peso dificulta o retorno do sangue para o coração, favorecendo o seu acúmulo nas pernas, e consequente dor na panturrilha. O próprio peso do corpo pode sobrecarregar os músculos da panturrilha, sobretudo se a pessoa praticar atividade física, gerando dor.
Se a dor nas panturrilhas for recorrente, consulte um médico clínico geral ou médico de família para receber um diagnóstico e tratamento adequados.
Sim. O início da gravidez pode ser marcado por sangramento vaginal que lembra a menstruação e ocorre no período esperado por ela. Porém, normalmente esse sangramento costuma ter um aspecto diferente do sangramento da menstruação e tende a ser mais curto, em menor quantidade. Essa situação é bem menos comum e menos observada, mas pode ocorrer.
Os sangramentos que ocorrem durante a gravidez surgem na primeira e na segunda metade da gestação.
Quando ocorrem na primeira metade, entre a 20ª e a 22ª semana de gravidez, podem ser um sinal de abortamento, gravidez ectópica (gestação fora do útero) ou doença trofoblástica gestacional. Os sangramentos da segunda metade da gestação podem indicar a presença de placenta baixa.
O sangramento também pode não ter nenhuma relação com a gestação. Quando o sangramento é observado após relações sexuais, por exemplo, pode ser um sinal de lesão no colo do útero. Em geral, não provoca nenhuma complicação para a gestação.
Sangramento e cólicas podem ser sintomas de aborto?Às vezes, o sangramento pode vir acompanhado de cólicas. Nesses casos, pode ser o resultado de um processo de abortamento. Em caso de descolamento da placenta, observa-se um aumento do fluxo sanguíneo acompanhado de cólicas. Contudo, se for caso de placenta baixa, normalmente não há dor.
Quais são os sintomas de gravidez?Um dos primeiros sinais de suspeita de gravidez é a ausência de menstruação no período esperado pela mulher, observando um atraso menstrual de 1 ou mais semanas. Nesse início da gravidez outros sinais podem ser observados como náusea, aumento da sensibilidade nas mamas, cansaço e aumento da frequência urinária.
Por isso, caso a mulher tenha feito relações sexuais desprotegidas no período fértil e não esteja em uso de nenhum anticoncepcional, é válido fazer um teste para confirmar a gravidez. Procure uma Unidade Básica de Saúde para uma consulta e orientação mais detalhada.
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Dor nas costelas pode ser causada por algumas condições, como:
- Contusão ou fratura de costela(s);
- Inflamação da cartilagem próxima à costela (costocondrite);
- Dor pleurítica, quando há inflamação da pleura (membrana que envolve os pulmões);
- Inflamação no nervo que segue a costela, como ocorre no herpes zoster;
- Inflamação do músculo que se localiza entre as costelas.
É importante diferenciar se a dor se localiza logo acima da costela, ou entre as costelas, ou mesmo se o paciente tem sensação de que a dor é mais profunda, pois o problema pode se localizar nos órgãos que estão dentro da cavidade torácica, como pulmões, esôfago e coração.
Dor nas costelas por contusão, fratura e inflamaçõesNo caso de contusão ou fratura da costela, inflamação da cartilagem ou do músculo, é necessário usar anti-inflamatórios e analgésicos simples durante alguns dias (não exceder cinco dias, exceto sob orientação médica). Também é benéfico fazer repouso.
Dor nas costelas causada por dor pleuríticaNo caso de dor pleurítica, deve-se investigar a causa da inflamação da pleura, que poderá ser infecciosa (tuberculose pleural), neoplásica (câncer) ou por alteração estrutural (acúmulo de líquido, sangue ou ar na pleura). O tratamento deverá ser dirigido à causa.
Dor nas costelas no herpes zosterNo caso de dor associada ao herpes zoster, pode ser necessário o tratamento com antiviral, como aciclovir, valaciclovir ou fanciclovir. Além do antiviral, também são usados analgésicos potentes e algumas vezes neurolépticos, como carbamazepina e gabapentina, bem como corticoides, para diminuir a inflamação.
Dor nas costelas por costocondriteA costocondrite é uma inflamação da cartilagem que liga a costela ao osso esterno, sendo uma causa relativamente comum de dor nas costelas. A dor nesse caso é localizada no meio do peito, na junção das costelas ao osso esterno. A dor geralmente surge ou se agrava durante alguns movimentos do tórax, com tosse ou na respiração profunda.
É comum a costocondrite afetar mais de uma articulação, sobretudo da segunda e quinta articulação entre as costelas e o esterno. As causas da costocondrite não são totalmente conhecidas. Porém, traumas repetitivos e sobrecarga da articulação, como em casos de tosse excessiva ou pequenos traumatismos, podem estar na origem da inflamação.
O tratamento nesses casos é feito com medicamentos anti-inflamatórios, para aliviar a dor e a inflamação. Se a costocondrite for recorrente ou muito persistente, outras medicações podem ser usadas, como opioides, antidepressivos e anticonvulsivantes.
Na presença de dor nas costelas, consulte o médico de família ou clínico geral para uma avaliação clínica e exame físico detalhados.
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