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Quais podem ser os efeitos colaterais dos antibióticos?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Os efeitos colaterais mais comuns dos antibióticos são fezes moles, diarreia e náuseas. Pessoas alérgicas a determinados antibióticos, sobretudo penicilinas e sulfas, podem apresentar desmaios, falta de ar, urticária, inchaço ou erupções cutâneas na face, lábios e língua.

Algumas classes de antibióticos podem provocar má formação no feto durante a gravidez, por isso grávidas nunca devem tomar antibióticos sem o conhecimento do seu médico.

devem ter uma atenção maior no uso de antibióticos.

Leia em:

Qual o risco de tomar antibióticos durante a gravidez?

Outros possíveis efeitos colaterais dos antibióticos são: 

  • Perda de audição;
  • Vertigem;
  • Lesão, cálculos ou insuficiência nos rins;
  • Lesão cerebral;
  • Diminuição do número de glóbulos brancos;
  • Sensibilidade à luz solar
  • Pigmentação dos dentes;
  • Lesão ocular;
  • Pressão arterial temporariamente baixa
  • Convulsões;
  • Lesão hepática;
  • Dor de cabeça;
  • Sabor metálico na boca;
  • Mudança na coloração da urina.

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Tomar muitos antibióticos baixa a imunidade?

O uso de antibióticos deve ser feito apenas com indicação médica e receita constando o tempo total do tratamento, a dose e os horários da medicação.

Tomar antibiótico com paracetamol faz mal?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Não. Tomar antibiótico com paracetamol não faz mal.

Paracetamol é um analgésico e antitérmico, ou seja, indicado para aliviar dores e febre. O antibiótico é uma medicação que trata infecção (geralmente causada por bactérias ou fungos). No início do tratamento com antibiótico ainda é comum ter febre e dores, por isso pode usar o paracetamol ou outro equivalente em associação com o antibiótico.

O paracetamol tem um grande potencial de causar problemas no fígado, por isso é preciso cuidado com relação ao uso junto com álcool e outras drogas (como a Isoniazida usada para tratar a tuberculose).

Use medicação apenas com indicação médica.

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A bebida alcoólica corta o efeito dos antibióticos?
Dr. Marcelo Scarpari Dutra Rodrigues
Dr. Marcelo Scarpari Dutra Rodrigues
Médico

Sim, bebidas alcoólicas podem reduzir a efetividade de alguns antibióticos e provocar diversos efeitos colaterais. Quando chegam as duas demandas no fígado, principal órgão responsável pela metabolização de drogas do organismo, o órgão não sabe qual metabolizar primeiro, consequentemente acaba não exercendo seu papel por completo e uma das metabolizações é prejudicada. Como o álcool é geralmente consumido em maior quantidade, o fígado, ao invés de metabolizar o medicamento, tenta metabolizar o álcool primeiro, o que acaba reduzindo a eficiência da medicação. O fígado também não é capaz de absorver o álcool por completo e parte dele fica na corrente sanguínea por mais tempo, potencializando o estado de embriaguez. Alguns antibióticos que causam tais efeitos são: cetoconazol, itraconazol, fluconazol, nitrofurantoína, eritromicina, rifampicina e isoniazida - perigo de inibição do efeito e potencialização de toxicidade hepática.

Alguns antibióticos, por sua vez, podem gerar efeitos colaterais extremamente desagradáveis quando associados ao álcool. São:

  • Metronidazol (Flagyl®)
  • Trimetoprim-sulfametoxazol (Bactrim®)
  • Tinidazole (Tindamax®)
  • Griseofulvin (Grisactin®)

O álcool pode ser o vilão mais conhecido, mas não é o único. Certas drogas não devem ser ingeridas com alimentos, por diminuição na absorção e, consequentemente, no efeito. Também é comum a interação com outros medicamentos utilizados pelo paciente. Assim sendo, é importante que você pergunte ao médico se há interação com outros medicamentos e como deve ser utilizado o antibiótico. Outra opção é ler na bula do medicamento as orientações para o seu uso adequado.

Não há relatos de interação relacionados com outros antibióticos. Porém, deve-se lembrar que o álcool inibe o sistema imune e dificulta o combate contra agentes infecciosos, pelo que não é muito sensato beber quando se tem uma infecção.

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Tomei uma benzetacil, preciso continuar a amoxicilina?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Provavelmente não. Contudo, é importante seguir o que foi orientado pelo seu médico. Na maioria dos casos, o tratamento das infecções bacterianas de garganta é feito ou com amoxicilina por via oral, por 10 dias, ou através de uma injeção única de penicilina benzatina, a Benzetacil.

Dificilmente, há a necessidade de associar os dois medicamentos, isto porque ambos são beta lactâmicos ou seja, são da mesma classe de antibióticos, sendo que a amoxicilina é considerada um tipo de penicilina semi-sintética e a Benzetacil é um tipo de penicilina G, do grupo das penicilinas naturais.

Há algumas diferenças entre ambas: a forma de administração da amoxicilina é oral e da Benzetacil injetável, porque a penicilina benzatina é pouco absorvida quando administrada através de comprimidos. Além disso, há uma diferença no que ser refere ao espectro de ação, a amoxicilina tem o espectro maior do que o da Benzetacil, ou seja, ela é capaz de combater eficientemente mais perfis de bactérias.

Contudo, no que se refere as faringoamigdalites, que são as infecções de garganta, ambas são eficazes e são considerada primeira opção no tratamento dessa doença. 

Saiba mais sobre esses dois antibióticos em: Penicilina e amoxicilina são a mesma coisa?

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Tomar muito antibiótico faz mal?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Sim, tomar muito antibiótico faz mal, principalmente devido ao risco das bactérias se tornarem resistentes ao medicamento, o que pode causar infecções graves.

Tomar antibiótico em excesso e com muita frequência também pode provocar lesões no fígado, órgão que metaboliza a medicação, além de enfraquecer as defesas naturais do organismo, aumentando o risco infecções.

Alguns antibióticos, como a tetraciclina, podem causar manchas nos dentes e, por isso, devem ser evitados por crianças. Contudo, tais medicamentos não têm sido mais prescritos, uma vez que há novas fórmulas que não prejudicam os dentes e são mais eficazes.

É importante lembrar que os antibióticos não matam somente as bactérias que causam doenças. Ele destrói as bactérias boas e más e o nosso corpo está repleto de bactérias que exercem um papel importante na defesa do organismo.

As bactérias da flora vaginal, por exemplo, protegem a região contra outros micro-organismos que causam doenças. O uso frequente de antibióticos pode matar essas bactérias protetoras, favorecendo o desenvolvimento de infecções vaginais, como candidíase.

O mesmo acontece no intestino, que também tem a sua própria flora. O antibiótico pode destruir as bactérias que habitam o órgão, aumentando os riscos de infecções e diarreias.

Nas crianças, o uso indiscriminado de antibióticos pode prejudicar o seu sistema imunológico, favorecendo o aparecimento de doenças no futuro.

Isso porque grande parte das bactérias que vivem no aparelho digestivo contribuem para a formação de um sistema imunológico saudável na infância e, como já foi visto, o antibiótico não distingue entre bactérias boas e ruins.

Por todas essas razões, as pessoas só devem tomar antibióticos com prescrição médica e seguir à risca os horários, as doses e o tempo de tratamento. O uso incorreto do medicamento deixa o organismo menos resistente, aumenta os riscos de efeitos colaterais e tornam as bactérias mais resistentes. 

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Amoxicilina corta o efeito do anticoncepcional?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Não. Apesar de alterar a flora intestinal, assim como outros antibióticos, o que poderia causar uma absorção menor do hormônio estrogênio do anticoncepcional no trato gastrointestinal, reduzindo a ação do medicamento, esse efeito não foi comprovado cientificamente no caso da Amoxicilina. 

O único antibiótico que reduz a eficácia dos anticoncepcionais comprovadamente é a Rifampicina, utilizado no tratamento para tuberculose, meningite e hanseníase.

O uso correto do anticoncepcional, 1x ao dia, buscando manter o mesmo horário, sem falhas, alcança 99% de segurança de contracepção. Caso precise fazer uso de outras medicações em conjunto é importante comunicar ao médico que está prescrevendo, todos os medicamentos que faz uso, para não correr riscos de interação medicamentosa ou redução do efeito de um deles.

Saiba mais sobre esse assunto nos links:

Tomei uma benzetacil, posso fazer uma compressa quente?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Sim. A compressa quente alivia a dor e o desconforto provocado pela injeção e ajuda o medicamento a ser espalhado mais rapidamente. Uma outra medida que também contribui para o alívio da dor é a massagem no local da aplicação.

Benzetacil, é o nome comercial da penicilina benzatina, importante antibiótico usado no tratamento de diferentes infecções como faringite bacteriana e sífilis.

A Benzetacil costuma ser uma injeção muito dolorosa por conta da sua formulação, que inclui pequenos cristais imersos dentro de um líquido. Além disso, para a sua administração é necessário o uso de uma agulha um pouco mais grossa, e é importante que o frasco seja bem agitado para ajudar a diluir um pouco os cristais.

Caso apareçam outros sintomas, como formação de nódulo local, hematomas ou alteração de sensibilidade, procure um médico para uma avaliação. Caso contrário, a dor tende a melhorar em alguns dias.

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Tomar muitos antibióticos baixa a imunidade?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Sim, tomar antibióticos em excesso pode baixar a imunidade. Isso porque os antibióticos não matam somente as bactérias que estão causando uma infecção, mas também aquelas que habitam naturalmente o organismo e ajudam a proteger o corpo contra micro-organismos invasores.

Existem muitas bactérias que vivem no nosso tubo digestivo, trato respiratório e pele sem causar doenças. Esses germes têm um papel importante no equilíbrio de diversas funções do corpo, como a digestão, por exemplo.

Quando essas bactérias "boas" morrem, o caminho fica livre para as bactérias "más" se proliferarem, pois deixa de haver competição entre elas.

Esse desequilíbrio na flora bacteriana deixa as defesas do organismo mais vulneráveis. É por isso que tomar muitos antibióticos pode baixar a imunidade.

Além disso, o uso abusivo ou desnecessário de antibióticos pode fazer com que algumas bactérias fiquem resistentes ao medicamento, o que pode dificultar o tratamento até mesmo de infecções comuns no futuro.

Tomar muito antibiótico enfraquece o sistema imunológico?

O uso de antibióticos não enfraquece o sistema imunológico em si, mas destrói a barreira de bactérias com a qual o sistema imune conta para defender o organismo contra micro-organismos invasores.

Por exemplo, as bactérias da flora vaginal exercem um papel importante na proteção contra outros micro-organismos infecciosos. Ao tomar antibióticos, a medicação pode matar essas bactérias protetoras e, consequentemente, desbalancear o equilíbrio entre os micro-organismos presentes. Isso pode favorecer a exacerbação de outros micro-organismos como no caso da candidíase.

Isso também ocorre no intestino, que possui a sua própria flora bacteriana. Essas bactérias, que habitam naturalmente o intestino, também podem ser destruídas com o uso do antibiótico, aumentando a ocorrência de infecções intestinais e diarreias.

Além disso, o uso indiscriminado de antibióticos em crianças pode prejudicar o sistema imunológico e contribuir no aparecimento de doenças no futuro.

Isso acontece porque boa parte das bactérias que vivem no aparelho digestivo exerce um papel importante no desenvolvimento de um sistema imune saudável na infância. Como os antibióticos matam as bactérias “boas” e “más”, as defesas naturais da criança podem ser prejudicadas.

Por isso é tão importante não tomar antibióticos desnecessariamente ou sem receita médica.

Antibiótico e corticoide podem atrasar a menstruação?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Sim. Corticoides podem atrasar a menstruação, mas os antibióticos normalmente não provocam atraso menstrual, raras exceções. Em geral, a infecção para a qual o antibiótico foi prescrito é que pode atrasar o ciclo, não o medicamento em si.

Os principais medicamentos que podem atrasar a menstruação são os psiquiátricos e neurológicos, sobretudo quando são usados em doses muito elevadas ou por tempo prolongado, pois podem aumentar a secreção do hormônio prolactina e interferir no ciclo menstrual.

Alguns exemplos são os neurolépticos, como Risperidona, Haldol, Melleril e Equilid, com destaque para a Risperidona e o Equilid, que podem atrasar a menstruação mesmo em doses baixas.

Os tranquilizantes benzodiazepínicos normalmente só provocam atraso em doses muito altas e depois de um tempo prolongado de uso.

Já os medicamentos antidepressivos raramente atrasam a menstruação.

Leia também: Antidepressivo pode atrasar a menstruação?

Outros medicamentos que podem interferir no ciclo menstrual são os antipsicóticos, medicamentos quimioterápicos, imunossupressores e anti-hipertensivos.

Para maiores informações sobre o atraso menstrual causado por medicamentos, fale com o médico que receitou a medicação ou com o seu médico ginecologista.

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Antibióticos cortam o efeito do anticoncepcional?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

O único antibiótico que de fato corta o efeito do anticoncepcional é a rifampicina utilizada no tratamento da tuberculose, hanseníase e meningite, seja o anticoncepcional injetável, em pílula ou adesivo.

Outros tipos de antibióticos, não demonstraram comprovação científica em limitar a eficácia do anticoncepcional.

Se a mulher precisar tomar qualquer tipo de antibiótico, ela deve informar ao/a médico/a de que usa anticoncepcional, para que o médico possa avaliar a associação de algum método de barreira com o anticoncepcional que ela já está tomando.​

A penicilina (benzetacil) ainda é eficaz para garganta?
Dr. Charles Schwambach
Dr. Charles Schwambach
Médico

Para alguns pacientes ainda é a melhor opção, porém cada vez mais a resistência das bactérias vai aumentando, para algumas pessoas não resolve mais.

Antibióticos para Tratamento de Doenças causadas por Vírus?
Dr. Charles Schwambach
Dr. Charles Schwambach
Médico

As viroses são doenças comuns e efêmeras (em poucos dias seus sintomas desaparecem) e salvo alguns casos de complicações decorrentes das viroses (amidalite, sinusite ou pneumonia), não necessitam do uso de antibióticos para seu tratamento.

Antibióticos foram desenvolvidos para o tratamento das infecções causadas por bactérias. Quando estamos diante de um quadro sintomático compatível com uma infecção respiratória de causa viral tomar antibiótico ou água tem o mesmo efeito. Os antivirais foram criados para o tratamento dos vírus, mas seu uso não tem muito significado nas viroses respiratórias comuns, porque assim que o organismo entra em contato com o vírus começa todo o processo do sistema imunológico do corpo humano para a produção de anticorpos, que aumentam muito e em poucos dias começam a combater e destruir os vírus.

O tratamento das viroses comuns resume-se a: repouso, ingestão líquidos (sucos naturais, chá), alimentação saudável (frutas), e remédios para os sintomas (febre – antitérmicos; dor – analgésicos; vômitos – antieméticos; e assim por diante). Antibióticos são remédios caros, antibióticos causam efeitos colaterais e a pior parte é que o uso indiscriminado dos antibióticos vem causando muita resistência bacteriana (as chamadas super-bactérias – bactérias resistentes a todos os antibióticos).

Antibióticos são medicamentos que “fazem milagres” quando bem indicados, porém quando usados sem controle e discernimento são uma tragédia para medicina e para as pessoas.