Pode ser normal em algumas situações, por exemplo, caso você faça uso de anticoncepcional oral, injetável ou DIU de levonorgestrel, esse sangramento pode ser um efeito esperado do uso desses medicamentos, já que esses métodos contraceptivos podem reduzir o fluxo menstrual ou mesmo cessar o sangramento menstrual.
Em alguns momentos da vida também pode ocorrer uma certa redução importante do fluxo menstrual ou ciclos menstruais muito longos e irregulares como na adolescência, durantes os primeiros ciclos menstruais ou no período peri-menopausa.
No seu caso é importante estar atentos a outros sinais ou sintomas que possam estar presentes e acompanham esse quadro de menstruação escassa, pois é possível tratar-se de outras condições que levam a esse quadro de menstruação em pequena quantidade, consulte um médico para uma avaliação.
Menstruação em pequena quantidadeO fato de não menstruar ou menstruar muito pouco apenas durante um dia pode também indicar um caso de oligomenorreia, situação em que os ciclos são demasiados longos e a a menstruação é miníma.
A oligomenorreia pode ser um indicador de ciclos anovulatórios, ou seja, ciclos nos quais a mulher não ovula, e pode ter diferentes causas.
Entre as principais causas destacam-se:
- Síndrome dos Ovários Policístico;
- Distúrbios relacionados ao peso como obesidade, magreza excessiva, anorexia, bulimia ou realização de exercício físico intenso;
- Hipotireoidismo;
- Hiperprolactinemia;
- Disfunções hipofisárias;
- Alguns medicamentos com composição hormonal, ou alguns antipsicóticos, anticonvulsivantes, tranquilizantes e anticoagulantes.
A idade também é um importante fator a ser considerado e avaliado nos quadros de hipomenorreia e oligomenorreia isto porque tanto adolescentes durante os primeiros ciclos menstruais, quanto mulheres no período peri-menstrual podem apresentar irregularidade menstrual com períodos anovulatórios e em consequência pequena quantidade de sangramento menstrual ou ciclos menstruais muito longos.
Nas adolescentes muitas vezes esses sintomas de anovulação ocorrem por imaturidade do eixo hipotálamo-hipofisário, um eixo que regula a produção de hormônios relacionados a ovulação e ciclo menstrual.
Já nas mulheres no período peri-menopausa, a irregularidade menstrual se deve a progressiva falência ovariana, que ocasiona também importantes mudanças hormonais.
Caso apresente ciclos menstruais muito curtos com duração menor de 2 dias ou muito longos com duração maior que 45 dias, consulte o seu médico de família ou ginecologista para uma avaliação inicial.
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Quando acontece um "sangramento de escape", um sangramento fora do período esperado, significa um efeito colateral comum, entre as mulheres que fazem uso de anticoncepcionais.
Nesses casos, existem duas condutas a serem tomadas: Primeiro, aguardar por um tempo, até que o organismo se adapte à medicação e não aconteça mais esses pequenos sangramentos, o que geralmente ocorre dentro de poucos meses. E a outra opção, no caso de intolerância ao efeito, ou no caso de frequência alta de sangramentos, será avaliar a troca da medicação, visto que hoje dispomos de muitas formas de contracepção eficazes.
Procure seu médico ginecologista para uma reavaliação e de acordo com as opções, poderá decidir pela melhor contracepção no seu caso.
Leia também: Posso trocar de anticoncepcional sem ir ao ginecologista?
Qual a melhor opção para evitar a gravidez atualmente?Não existe uma melhor opção, ou melhor método contraceptivo, mas o método mais adequado para cada tipo de paciente.
Atualmente, com as inúmeras opções de contraceptivos no mercado, é possível indicar uma opção terapêutica de forma mais individualizada, reduzindo assim as chances de efeitos adversos, ao mesmo tempo em que mantém a proteção contra a gravidez.
Deve ser realizada uma avaliação médica minuciosa prévia, para identificar possíveis fatores de risco e interação medicamentosa, antes de planejar o tratamento.
Após a avaliação, serão apresentadas as opções de tratamento para cada caso, as quais podemos citar aqui como as principais opções:
- Contraceptivo orais combinados (anticoncepcionais orais - pílula)
- Injeção anticoncepcional
- Implante de anticoncepcional
- Dispositivo intrauterino (DIU) e Sistema intrauterino (SIU)
- Anel vaginal
- Adesivo (patch)
- Diafragma
- Espermicida
- Camisinha (masculina e feminina)
Vale ressaltar que a camisinha é o único método que comprovadamente protege ambas as partes, de contaminação por doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), portanto, mesmo fazendo uso de outro método contraceptivo, o uso da camisinha estará sempre indicado.
Existem ainda outros métodos de proteção contra gravidez, como o coito interrompido, a tabelinha, observação do muco vaginal, sabendo que não são métodos confiáveis; e ainda, a ligadura de trompas e vasectomia.
Para maiores esclarecimentos e avaliação quanto ao método mais indicado no seu caso, fale com o médico da família ou ginecologista.
Leia também: Todas as mulheres podem tomar anticoncepcional?
O DIU (Dispositivo Intra Uterino) é um mecanismo contraceptivo, inserido no útero da mulher por um médico ginecologista. Há duas categorias, com funcionamentos distintos:
1. DIUs medicados ou ativosO DIU medicadoou ativo, além de matriz de polietileno ou aço inoxidável, contêm substâncias (metais como o cobre ou hormônios como a progesterona) que exercem ação bioquímica local, aumentando a eficácia anticonceptiva. Dentre os DIUs medicados, os que são mais utilizados são os que possuem cobre ou progesterona.
Cobre: o modelo de cobre é feito de plástico, com filamentos de cobre enrolados em suas hastes.
Com hormônio: O modelo com hormônio é de plástico e a haste vertical é envolvida por uma cápsula que libera continuamente pequenas quantidades de levonorgestrel. O Sistema Intra-uterino LNG-20 (Mirena) faz parte desse tipo de DIU.
2. DIUs não medicados ou inertesO DIU não medicado ou inerte, não contêm ou não liberam substâncias ativas: São feitos de plástico (polietileno) ou aço inoxidável. Por exemplo, a “alça de Lippes” é inteira de plástico.
Esse modelo de DIU não é usado atualmente; contudo, mulheres que já o utilizam podem continuar com o uso até 6 meses depois da menopausa, quando deverá ser retirado.
Caso deseje utilizar o DIU como método contraceptivo, consulte seu ginecologista. Ele é o profissional mais indicado para sanar todas as suas dúvidas e para inseri-lo.
Poderia fazer o exame de gravidez já, mas há alguma chance dele apresentar um resultado falso negativo. O ideal é realizar o teste após 3 semanas da relação sexual desprotegida ou 21 dias após a tomada do contraceptivo de emergência.
É possível haver alguma modificação da data esperada da próxima menstruação após o uso do contraceptivo de emergência, a menstruação tanto pode atrasar-se, quanto pode adiantar e não necessariamente essas mudanças significam que a mulher esteja grávida, por isso o teste é recomendado após esse período de 3 semanas da relação sexual, ou após 1 semana de atraso menstrual.
Pode haver ainda algum sangramento inesperado ou irregular que não corresponde a gravidez após a pílula do dia seguinte, que também pode confundir em relação a menstruação ou gravidez.
A pílula do dia seguinte pode ser usada regularmente?É importante ressaltar que a pílula de emergência ou pílula do dia seguinte não é um método para se utilizar regularmente. O ideal é logo após a tomada da pílula do dia seguinte iniciar um método contraceptivo regular, seja através de contraceptivos orais, injetáveis, Diu ou outro, de modo a evitar a necessidade de repetir o uso do anticoncepcional de emergência.
Além disso, a pílula do dia seguinte é um método menos eficaz do que os outros métodos contraceptivos, as mulheres que usam a pílula do dia seguinte regularmente como forma de contracepção apresentam maior chance de engravidar do que aquelas que usam outro método anticoncepcional regularmente.
Pode-se engravidar logo após ter tomado a pílula do dia seguinte?As mulheres podem engravidar logo após a tomada do contraceptivo de emergência se voltar a ter uma relação sexual sem proteção. Isto porque, o efeito da pílula é sobre o risco de gravidez antes do seu uso e não depois, inclusive como o contraceptivo de emergência retarda a ovulação é possível que a mulher ovule alguns dias logo a seguir a tomada da pílula tendo o risco de engravidarem se voltarem a ter relação sem proteção.
Caso deseje iniciar um método contraceptivo regular consulte o seu médico de família ou ginecologista.
Cicatriz cirúrgica no útero.
Histerorrafia é a cicatriz cirúrgica localizada no útero. Essa cicatriz é resultante de procedimentos que precisam abrir o útero com um corte como por exemplo para a realização da cesária. Após o corte e a realização do procedimento, o/a médico/a realiza o fechamento com a sutura do útero e essa cicatriz fica marcada e reconhecida como histerorrafia.
No ultrassom transvaginal, ela é reconhecida por esse "ponto ecogênico com sombra acústica".
A ultrassonografia transvaginal serve para avaliar órgãos e estruturas pélvicas da mulher como útero, endométrio, ovários, trompas uterinas, etc. É um exame de imagem em que, através de um aparelho, o/a médico/a visualiza de imediato normalidades ou possíveis alterações nessa região.
Examinando com maior proximidade e nitidez, estruturas e órgãos pélvicos como o útero, os ovários, o colo do útero e as trompas, o exame pode ser indicado para avaliar a espessura do endométrio; sangramento uterino; presença de massa pélvica (mioma, câncer); anomalias no útero; localização do DIU; avaliação da gravidez e auxiliar as técnicas de reprodução assistida.
Nesse item, seu exame revela apenas que você já realizou algum procedimento uterino. É fundamental que o exame seja levado para o/a médico/a que solicitou o exame para uma avaliação completa e devidas orientações com relação aos demais itens.
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O mais comum é que esse corrimento rosado antes da menstruação aconteça exatamente como um “aviso” de que ela vai começar. Primeiro, o muco sai rosado, podendo ser acompanhado de um pouco de cólica. Depois, o fluxo menstrual começa.
Pode ser considerado corrimento rosado antes da menstruação todo aquele que acontece no período que antecede o início da menstruação em poucos dias. Normalmente ele é percebido na calcinha ou no papel higiênico.
Não sai como o fluxo menstrual. O corrimento é rosado porque é uma mistura de um pouco de sangue com o muco vaginal normal.
Há outras situações em que esse corrimento rosa antes da menstruação pode ser normal.
Causas não preocupantes para o corrimento rosado antes da menstruaçãoHá situações em que o sangue está presente no muco, mas isso não indica nenhuma doença. Algumas situações que podem causar a saída do corrimento rosado antes da menstruação são:
GravidezA gravidez é uma causa possível para o corrimento rosado antes da menstruação.
Quando o embrião começa a se fixar no útero, pode causar um pequeno sangramento. Isso pode acontecer por volta de uma semana antes da data esperada para a menstruação. O muco pode ficar rosado nesse período devido à presença do sangue.
Uso de pílulas anticoncepcionaisO uso de pílulas pode ser a causa de corrimento rosado antes da menstruação. É o chamado “escape”. Nesse caso, fale com seu médico para ver se deve continuar com o medicamento. Ele pode sugerir a troca por outra pílula para evitar esse problema.
Relações sexuaisQuando as relações sexuais são muito intensas ou acontecem durante a gravidez podem causar o corrimento rosado. Isso acontece porque a parede vaginal ou o colo do útero podem sangrar um pouco, deixando o muco rosado.
Você só precisa se preocupar se isso acontecer com frequência e se sentir dor durante as relações. Nesses casos, procure um médico de família ou um ginecologista.
Procedimentos médicosSe você passou por uma cirurgia ginecológica ou colocou um DIU, é possível que o corrimento rosado seja causado por esses fatores. Isso pode ser normal logo após os procedimentos. O sangue pode vir de dentro do útero, tubas / trompas ou ainda dos ovários e deixar o muco vaginal rosado.
Se tiver dúvidas se o corrimento é normal nesses casos, entre em contato com o médico que fez o procedimento.
Quando o corrimento rosado antes da menstruação não é normal?O corrimento rosado pode ser causado por problemas de saúde. Nesse caso, pode aparecer em qualquer momento do ciclo menstrual. Observar a presença de outros sinais pode ajudar a perceber se você precisa se preocupar com o corrimento rosado antes da menstruação. São eles:
- Dor na vagina ou no pé da barriga quando tem relações sexuais
- Cólicas
- Corrimento com cheiro ruim, persistente ou que cause coceira
Nesses casos, procure um médico de família ou clínico geral. Alguns dos problemas de saúde que podem causar o corrimento rosado acompanhado de um ou mais dos sintomas listados são:
InfecçõesAlgumas infecções podem causar sangramento na vagina. Elas podem ser acompanhadas de dor no pé da barriga e, algumas vezes, por febre. Podem causar corrimento com cheiro ruim. Precisam ser tratadas.
Elas podem ser a causa de doença inflamatória pélvica quando não tratadas. Dores, infertilidade e alteração do trânsito intestinal são algumas das possíveis consequências dessa doença.
Uso de medicamentosOs principais medicamentos que podem causar o corrimento rosado são os anticoagulantes. Eles afetam a coagulação do sangue e podem aumentar sangramentos em vários lugares do corpo, inclusive na vagina.
Não é normal ter corrimento rosado quando está usando pomada vaginal. Ela só vai causar sangramento se estiver irritando a sua vagina ou não fizer efeito. Informe o médico caso isso aconteça.
DoençasHá muitas doenças que podem causar sangramento no aparelho reprodutor feminino, causando corrimento rosado. Algumas delas são do próprio aparelho reprodutor:
- Inflamações na vagina
- Pólipos
- Infecções
Câncer de vulva, vagina, endométrio (no útero) ou ovário pode causar sangramentos e ter como consequência o corrimento rosado.
Outras doenças que podem causar o corrimento rosado anormal são as doenças que afetam a coagulação do sangue. Plaquetas baixas, deficiência de fatores de coagulação, doença grave do fígado e leucemia são alguns exemplos.
Tem certeza de que o corrimento rosado é vaginal?É importante perceber se o corrimento sai da vagina mesmo. Para isso, observe quando ele sai (apenas quando você vai ao banheiro urinar ou só sai com a saída das fezes). Se utilizar um absorvente interno, veja se ele só sai quando o absorvente é removido.
Se você usar um absorvente protetor de calcinha, pode notar o local onde a mancha do corrimento foi formada.
Caso note que o corrimento sai do ânus ou da uretra, as causas também precisam ser investigadas. Procure um médico de família ou clínico geral.
Leia também:
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É normal ter sangramento durante a utilização de pomada vaginal? O que pode ser?
Referências:
UpToDate. Abnormal uterine bleeding in nonpregnant reproductive-age patients: Evaluation and approach to diagnosis
UpToDate. Pelvic inflammatory disease: Clinical manifestations and diagnosis
A carbamazepina (Tegretol) é um medicamento que pode diminuir a efetividade dos anticoncepcionais hormonais orais ou injetáveis e eventualmente levar a uma gestação. O ideal é que durante o tratamento com a carbamazepina a mulher faça também uso de um método contraceptivo de barreira, como camisinha ou diafragma, ou opte pelo troca por um outro método, que não seja influenciado por esse medicamento como o DIU, seja de cobre ou hormonal.
Carbamazepina e AnticoncepcionalA carbamazepina reduz os níveis dos hormônios usados nos contraceptivos, o estrógeno e a progesterona, por isso a eficácia dos métodos contraceptivos hormonais, como as pílulas ou as injeções anticoncepcionais, fica comprometida.
Nas mulheres que fazem uso de carbamazepina tanto os métodos de barreira (camisinha e diafragma) quanto o DIU podem ser utilizados. Em relação ao DIU, mesmo o DIU hormonal que contém levonorgestrel pode ser utilizado com segurança, isso porque a ação hormonal que impede a gravidez nesse caso é local, portanto, não haverá interação entre a carbamazepina e o hormônio liberado pelo DIU.
Para que serve a carbamazepina?A carbamazepina é um medicamento utilizado principalmente no controle das crises de Epilepsia. É usado no tratamento das crises do tipo parcial complexa ou simples (com ou sem perda da consciência) com ou sem generalização secundária, e crises tônico-clônicas generalizadas, nas formas mistas desse tipo de crise.
Pode ainda apresentar outros usos, segundo a bula, como:
- Mania aguda e distúrbios afetivos bipolares;
- Síndrome de abstinência alcoólica;
- Neuralgia idiopática do trigêmeo e neuralgia trigeminal em decorrência de esclerose múltipla;
- Neuralgia glossofaríngea idiopática;
- Neuropatia diabética dolorosa;
- Diabetes insipidus central.
Para mais informações sobre a carbamazepina e sua relação com os contraceptivos consulte o seu médico neurologista, ginecologista ou médico de família.
Não. A mulher que já fez cirurgia de apendicite pode engravidar normalmente.
A cirurgia para retirada do apêndice inflamado e/ou infectado não interfere na fertilidade da mulher e não apresenta riscos à gravidez futura.
O apêndice é um órgão localizado no início do intestino grosso. Quando ele está inflamado ou infectado, é indicada realização de cirurgia para sua retirada devido ao risco de ruptura. A cirurgia pode ser feita por diferentes técnicas, porém, nenhuma delas influenciará na possibilidade da mulher engravidar no futuro.
A mulher que não pretende engravidar deve usar algum método contraceptivo de longa duração (pílulas anticoncepcionais, DIU, adesivos, anel vagina, etc) associado com o preservativo em toda relação sexual. A camisinha, além de evitar gravidez, previne contra as doenças sexualmente transmissíveis.
Provavelmente é efeito da pílula do dia seguinte, que causa irregularidade menstrual, entretanto, se houve relação sem proteção após o uso da pílula, mesmo havendo o sangramento pode ter ocorrido uma gravidez.
A única maneira de ter certeza é realizando um teste de gravidez, após 8 dias de atraso, podendo ser o teste de farmácia ou teste Beta HCG no sangue.
Saiba mais no artigo: Teste de farmácia de gravidez é confiável?
O que é PDS?A PDS é a pílula do dia seguinte, forma de contracepção de emergência, que deve ser usada apenas em casos de urgência. Nos casos em que houve esquecimento da pílula regular, quando a camisinha sofre algum dano, ou quando existe alguma dúvida e a gravidez não é uma hipótese naquele momento.
Como tomar a pilula do dia seguinte?A pílula deve ser tomada o mais cedo possível, de preferência até 24h após a relação "desprotegida". Quanto antes fizer uso, maior a eficácia da medicação. De qualquer forma, até 5 dias (dependendo da medicação), a pílula pode ser tomada, com uma eficácia que varia de 98 a 30%.
Posso tomar quantas vezes por ano?Não existe uma regra exata para número máximo de PDS ao ano, contudo sabe-se que o uso rotineiro não é adequado, devido a alta concentração de hormônios nessa medicação. Sendo assim, deve-se tomar apenas nos casos de emergência, procurando fazer uso regular de algum outro método, eficaz e mais seguro, como o anticoncepcional oral, o dispositivo intrauterino (DIU) ou camisinha.
A camisinha protege ambos contra a gravidez, e também contra as doenças sexualmente transmissíveis, por isso deve ser sempre utilizada.
Para maiores esclarecimentos, procure seu médico ginecologista.
Leia também: Tomei a pílula do dia seguinte. Posso engravidar?
A menstruação pode ter pequenos coágulos que não representam um problema de saúde.
Os coágulos na menstruação são pedaços gelatinosos que podem ser mais claros ou mais escuros que o sangue ou, ainda, podem ser transparentes. Algumas vezes, podem aparecer pedaços que parecem com pele ou carne.
Quando não é normalQuando o fluxo for muito intenso (durar mais dias e vier em grande volume), os coágulos podem ser maiores (mais que 1 cm) e mais frequentes. Você pode perceber haver algo de errado quando:
- Absorvente higiênico ou tampão vaginal encher em menos de 2 horas;
- Sangramento manchar colchão, lençóis e/ou roupas;
- Sangramento durar mais que 7 dias;
- Cólica / dor intensa;
- Grande inchaço na barriga no período menstrual;
- Alterações intestinais cíclicas com dor no ânus e / ou sangue nas fezes.
Nesses casos, você precisa procurar um médico para saber a causa desses problemas. Isso pode ser causado por:
Abortos espontâneosSe sabe que está no início de uma gravidez e começou a menstruar com coágulos que parecem pedacinhos de carne, você pode estar abortando. Isso também pode acontecer se teve ou não um atraso menstrual. Nos casos de suspeita de aborto, o médico precisa avaliar o seu útero para confirmar e evitar complicações.
Se o médico constatar que está abortando e isso já aconteceu outras vezes, ele pode pedir uma avaliação sua, do seu parceiro e do material que está saindo. A avaliação serve para ele conseguir aconselhar quanto ao que deve ser feito.
Os abortos podem ser causado por diversos fatores, sendo os principais as alterações cromossômicas, processos inflamatórios e imunológicos, malformações uterinas e problemas hormonais.
Alterações na coagulação do sangueQuando a coagulação do sangue está diminuída, o fluxo menstrual pode estar aumentado e isso favorece a formação dos coágulos na menstruação. Há doenças que causam essas alterações. Alguns exemplos são:
- Doenças dos rins ou fígado
- Baixa quantidade de plaquetas (trombocitopenia)
- Fatores hereditários que podem ser leves (percebidos pela maior formação de manchas roxas pelo corpo ou maior tempo de sangramento para feridas) — Doença de Von Willebrand é a mais frequente
No caso de parto normal, há um sangramento parecido com a menstruação após o parto por um período variável. Você deve observar se:
- Estão saindo coágulos grandes
- Está sangrando muito
- Tem febre
- O coração bate muito rápido ou há alteração da pressão sanguínea
Se observar um desses sinais, principalmente nas primeiras 24 horas após o parto, procure um médico de família ou ginecologista com urgência.
Se você já fez partos cirúrgicos (cesarianas) ou outras cirurgias no útero, as cicatrizes do útero podem causar aumento do fluxo menstrual e dos coágulos. Nesses caso, fale com seu médico para saber se o que está acontecendo é normal.
Outras causas para os coágulos na menstruaçãoVários fatores podem aumentar o fluxo menstrual e causar o aumento dos coágulos na menstruação. Alguns deles são:
- Medicamentos que alteram a coagulação do sangue (como anticoagulantes e anti-inflamatórios)
- Algumas alterações no sangue (como a anemia e o nível baixo de ferritina)
- Doenças que afetam o útero (como a adenomiose, a endometriose, os pólipos, os miomas e os tumores)
- Hipotireoidismo
Alguns fatores que alteram o fluxo menstrual e que parecem não causar aumento dos coágulos na menstruação são:
- Uso de DIU (um dispositivo intrauterino usado com finalidade de evitar a gravidez): os de cobre aumentam o fluxo menstrual e isso pode fazer com que sejam observados coágulos, sem ser preocupante
- Uso de anticoncepcionais que combinam dois hormônios — em geral, eles diminuem a duração e a intensidade do fluxo menstrual
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Referências:
Thiyagarajan DK, Basit H, Jeanmonod R. Physiology, Menstrual Cycle. [Updated 2021 Sep 18]. In: StatPearls [Internet]. Treasure Island (FL): StatPearls Publishing; 2021 Jan.
Herter LD. Sangramento uterino aumentado. FEBRASGO Notícias. 2018
Série Orientações e Recomendações FEBRASGO. Aborto recorrente e progestagênios. São Paulo: Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO), 2017. v. 2, n. 6.
WHO recommendations: intrapartum care for a positive childbirth experience. Geneva: World Health Organization; 2018. p. 166
Christiaens GCML, Sixma JJ, Haspels AA. Fibrin and platelets in menstrual discharge before and after the insertion of an intrauterine contraceptive device. Am J Obstetrics Gynecology. 1981; 140(7): 793-8.
UpToDate. Abnormal uterine bleeding in nonpregnant reproductive-age patients: Evaluation and approach to diagnosis. Heavy menstrual bleeding
A ausência de menstruação ou o atraso menstrual podem acontecer por diferentes motivos.
Um dos principais motivos para a menstruação não vir em pessoas que são sexualmente ativas é a gravidez. Esta é uma das primeiras hipóteses a ser considerada e, por isso, a possibilidade deve ser avaliada através de um teste de gravidez.
Para além da gravidez, outras condições que podem levar ao atraso ou falta da menstruação são:
- Atividade física intensa;
- Estresse excessivo;
- Perda ou ganho de peso acentuado;
- Primeiros ciclos menstruais, logo após a primeira menstruação;
- Proximidade da menopausa.
É importante lembrar que o uso de anticoncepcionais hormonais, como a pílula, injeções, implante, adesivos ou DIU também podem afetar o ciclo menstrual. Nesses casos, a menstruação pode não vir conforme o esperado.
Algumas doenças também podem atrasar a menstruação, como:
- Síndrome dos Ovários policísticos;
- Distúrbios da tireoide;
- Tumores da hipófise;
- Distúrbios hormonais.
Caso a sua menstruação não tenha vindo, consulte o seu médico de família ou ginecologista para ajudar a descobrir a causa correta.
Existem diferentes métodos contraceptivos eficazes e seguros, que podem ser usados por mulheres que amamentam. Destacam-se as pílulas e injeções contraceptivas contendo progesterona, o dispositivo intrauterino (DIU) e o método da amenorreia lactacional. Este último é um método que consiste em usar o aleitamento materno exclusivo como forma de impedir a ovulação nos primeiros seis meses após o parto.
Outras possibilidades são: o uso de métodos de barreira, como os preservativos e diafragma ou a cirurgia de esterilização, caso haja indicação.
Além desses métodos, caso durante a amamentação se tenha relação sexual desprotegida e não se esteja usando nenhum anticoncepcional, é possível tomar a pílula do dia seguinte, desde que já se tenha passado 6 semanas do parto.
Vejamos as diferentes possibilidades de métodos anticoncepcionais que podem ser utilizados pelas puérperas e são considerados seguros para a mãe e o bebê.
Contraceptivos hormonais permitidos durante a amamentaçãoHá duas composições de anticoncepcionais: uma que inclui dois hormônios, o estrogênio e a progesterona e outra que inclui apenas a progesterona.
Durante os primeiros seis meses de amamentação está recomendado usar pílulas que contém apenas progesterona, caso o leite materno seja a principal fonte nutricional do bebê. Isto porque, a progesterona isoladamente não interfere na amamentação e não aumenta o risco de trombose significativamente.
Durante o período de aleitamento materno, é possível a utilização dos anticoncepcionais a base de progesterona através de pílula com progestágeno isolado em baixa dose (minipílula), pílula com progestágeno isolado em alta dose, injeção ou implante subcutâneo.
Pílulas com progestágenos isolados (Minipílula)Nomes comerciais: Norestin, Micronor
Essas pílulas são compostas por progestógenos em baixas doses. São usadas continuamente, sem pausa, e também são conhecidas como minipílulas.
As minipílulas apenas são eficazes para mulheres que estão amamentando exclusivamente até 6 meses após o parto. Quando se cessa a amamentação a sua eficácia diminui e deixam de ser um método contraceptivo seguro.
- Quando usar? Podem ser usadas entre a 6º semana e 6 meses após o parto.
Nomes comerciais: Cerazzete, Nactali, Juliet
São pílulas que contém uma maior quantidade de progesterona (75 mcg de desogestrel), por isso são mais eficaz que as minipílulas. Também são de uso contínuo, como as minipílulas. Podem ser usadas mesmo com o término do aleitamento materno exclusivo e após 6 meses do parto.
- Quando usar? Podem ser iniciadas a partir da 6º semana após o parto e permanecer o uso por tempo indeterminado.
Nomes comerciais: Contracep, Depo-provera
A medroxiprogesterona é um progestágeno que atua no organismo durante três meses, por isso, a aplicação da injeção é trimestral. É um método muito eficaz.
- Quando usar? Pode-se iniciar a aplicação das injeções trimestrais a partir de 6 semanas após o parto e manter o uso por tempo indeterminado.
Nome comercial: Implanon
Os implantes subdérmicos são métodos seguros, compostos por progestágeno. Não interferem durante a amamentação e permitem contracepção de longa duração (3 anos).
- Quando usar? Pode ser aplicado a partir da sexta semana após o parto e pode ser mantido por até 3 anos. Pode ser retirado antes, caso se deseje.
Nomes comerciais: Diane 35, Ciclo 21, Yasmin, entre outras
Durante a amamentação evita-se o uso de contraceptivos contendo estrógenos, devido ao aumento do risco de trombose e formação de coágulos e pelo risco de interferência na amamentação, visto que o estrogênio pode interferir na qualidade e quantidade de leite materno.
Por isso, os anticoncepcionais combinados estão indicados apenas após 6 meses de vida do bebê. Após esse período, as mulheres, se desejarem, podem voltar a usar a pílula que usavam antes da gravidez.
- Quando usar? Os anticoncepcionais hormonais combinados podem ser usados a partir do sexto mês de vida do bebê ou quando o leite materno já não for o alimento principal do bebê.
O dispositivo intrauterino é um método prático, altamente eficaz, duradouro e reversível, sendo seguro durante o período de amamentação. Consiste na introdução dentro do útero de uma haste em T, contendo ou cobre, ou hormônio, que são capazes de impedir por diferentes mecanismos a fecundação.
Existem dois modelos mais utilizados, o DIU de cobre, com eficácia de 10 anos, e o hormonal (Mirena), com eficácia de 5 anos.
Quando se pode começar a usar o dispositivo intrauterino?Há dois períodos em que se pode fazer a inserção do DIU dentro do útero: em até 48 horas após o parto ou depois de 4 semanas após o parto. Em algumas maternidades ou casas de parto é possível inserir o DIU logo após o nascimento do bebê.
Se passar mais de dois dias do parto, deve-se aguardar então pelo menos um mês para colocá-lo.
Método da amenorreia lactacionalO processo de sucção do bebê durante a amamentação causa o aumento de um hormônio chamado prolactina. Quando a prolactina está alta interfere no eixo hormonal que leva a ovulação, impedindo que a mulher ovule e torne-se fértil enquanto amamenta.
Portanto, o aleitamento materno exclusivo pode ser considerado uma forma de contracepção. Porém, para que a amamentação de fato seja considerada um método seguro, a ponto de impedir eficazmente uma gravidez, duas condições devem ser cumpridas:
- O aleitamento deve ser exclusivo, ou seja, a mãe deve ofertar apenas leite materno para o bebê a livre demanda durante os seis primeiros meses. Se a criança consumir fórmulas infantis ou outros alimentos, a frequência das amamentações diminui e o efeito contraceptivo do aleitamento perde eficácia.
- A puérpera não pode ter menstruado ainda. Caso ocorra a primeira menstruação após o parto, o método da amenorreia lactacional deixa de ser considerado eficaz para a proteção contra a gravidez.
O método da amenorreia lactacional está indicado desde o retorno a atividade sexual até 6 meses após o parto, depois desse período perde-se a eficácia.
Métodos de barreira (camisinha e diafragma)Os métodos de barreira são métodos seguros durante o puerpério, não interferem com a amamentação e podem ser eficazes se usados corretamente. Entre os métodos de barreira mais conhecidos estão a camisinha feminina, a camisinha masculina e o diafragma.
Além disso, os preservativos, tanto o masculino quanto o feminino, são capazes de proteger durante doenças sexualmente transmissíveis.
Os métodos de barreira são eficazes se forem usados em todas as relações sexuais durante todo o ato sexual, caso contrário pode-se atingir um grande índice de falha.
Quando se pode usar os métodos de barreira?Os preservativos masculino e feminino podem ser usados a partir do retorno as atividades sexuais por tempo indefinido.
O diafragma só pode ser utilizado após 6 semanas do parto, que é o tempo para o útero e canal de parto voltarem à conformação antes da gravidez.
Quem amamenta pode tomar pílula do dia seguinte?Sim, quem amamenta pode tomar pílula do dia seguinte desde que já tenham passadas 6 semanas do parto.
A pílula do dia seguinte apresenta em sua composição um progestágeno em alta dose, que não interfere na amamentação, por isso pode ser usada em segurança durante o período de aleitamento.
Caso apresente mais dúvidas sobre a escolha do melhor método contraceptivo durante a amamentação, consulte o seu médico de família ou ginecologista.
Também pode ser do seu interesse:
Norestin é eficaz contra gravidez?
Dúvidas sobre anticoncepção e amamentação: Posso engravidar amamentando?
Referências bibliográficas
1 Departamento de Saúde Reprodutiva e Pesquisa (SRP) da Organização Mundial da Saúde (OMS) e Escola Bloomberg de Saúde Pública/Centro de Programas de Comunicação (CPC) da Universidade Johns Hopkins, Projeto INFO. Planejamento Familiar: Um Manual Global para Prestadores de Serviços de Saúde. Baltimore e Genebra: CPC e OMS, 2007.
2 Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO). Amamentação. Série Orientações e Recomendações. São Paulo 2018.