Perguntar
Fechar
Quando tomo leite tenho dor de cabeça e mal-estar?
Dr. Charles Schwambach
Dr. Charles Schwambach
Médico

Pode ser algum tipo de alergia ou intolerância ao leite.

Existe injeção para tratar dor de garganta?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

Usar alguma injeção para dor de garganta normalmente só é necessário quando não se consegue engolir.

A escolha do melhor medicamento injetável para tratar a dor de garganta vai depender da causa da dor. Pode incluir antibióticos, no caso de infecção; anti-inflamatórios; ou uma combinação dos dois. O médico é quem avalia o caso e decide o que é necessário.

Mas há alguns recursos que podem ser usados para aliviar os sintomas antes de ser necessário recorrer à injeção. Alguns exemplos são:

  • Fazer gargarejo com água morna e sal;
  • Usar sprays e/ou pastilhas com benzocaína;

Também é possível tomar medicamentos por via oral, quando é possível engolir. O ideal é que sejam indicados pelo médico. Eles podem ser um anti-inflamatório ou um antibiótico, dependendo da causa da dor de garganta.

Leia mais sobre tratamentos para dor de garganta em:

Referência:

Fried MP. Dor de garganta. Tratamento da dor de garganta. Manual MSD.

Dor no meio do tórax e nas costas, o que pode ser?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Existem diferentes causas para a dor que aparece no tórax e nas costas. Alguns problemas que podem ser considerados são:

  • Refluxo gastroesofágico ou esofagite: podem causar dor em queimação no meio do peito, que também pode ser sentida no meio das costas. A dor é pior após as refeições, principalmente após grandes refeições ou após ingerir substâncias irritantes para o esôfago, como alimentos picantes, ácidos ou que contenham cafeína ou álcool.
  • Angina: é a dor causada pela obstrução das artérias do coração, que é sentida no tórax e irradia para as costas. Pode ocorrer após esforços físicos intensos, fortes emoções ou refeições copiosas. Além de vir muitas vezes acompanhada de sensação de mal estar, sudorese e falta de ar.
  • Infarto: pode causar dor de moderada a forte intensidade no peito, em aperto ou em peso, geralmente localizada no meio do peito ou à esquerda, que pode irradiar para o braço esquerdo, para as costas ou para o queixo. A dor pode vir acompanhada de mal-estar, sudorese ou falta de ar.
  • Costocondrite: corresponde à inflamação da cartilagem existente entre as costelas e o osso no meio do tórax, o esterno. Pode causar dores no meio do tórax, principalmente ao rodar o tronco.
  • Dor miofascial: também pode causar dores na região do tórax no meio do peito, que caminha para as costas, é uma dor desencadeada ou que aumenta de intensidade ao se tocar pontos doloridos no peito.

Se a dor não melhorar, consulte um médico de família ou clínico geral para uma avaliação inicial.

Se houver suspeita de um infarto, com dor de forte intensidade em aperto no meio do peito, deve-se procurar um serviço médico de urgência imediatamente.

Dor no meio do tórax pode ser COVID-19?

Sentir apenas dor no meio do tórax não é o suficiente para considerar que se tenha COVID-19. Porém se existirem outros sintomas como tosse, febre, dor no corpo e sensação de cansaço, especialmente após ter estado em contato com alguém que testou positivo, poderá indicar COVID-19.

Ainda assim, outras infecções respiratórias, como a gripe, também podem causar os mesmos sintomas. Por isso, consulte um médico de família ou clínico geral para identificar a causa e iniciar o tratamento adequado..

Também pode ser do seu interesse:

Dor no coração: o que pode ser?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A dor no coração pode ter diversas causas, sendo as mais comuns: o infarto agudo do miocárdio (infarto cardíaco), pericardite e outras doenças cardíacas, doenças pulmonares, como a pneumonia e derrame pleural, ansiedade, síndrome do pânico ou mesmo excesso de gases.

A dor no coração em aperto, acompanhada de suor frio e falta de ar, normalmente está associada ao Infarto Agudo do Miocárdio. A dor pode irradiar para os braços, costas, pescoço e mandíbula, causando sensação de formigamento. Entretanto, nem todas as dores no peito, são indicativas de infarto.

1. Infarto Agudo do Miocárdio (IAM)

O infarto ocorre quando parte da musculatura cardíaca deixa de receber irrigação sanguínea e, por consequência, oxigênio. Esta falta de oxigênio leva a morte das células, o que chamamos de necrose.

A dor que se manifesta nos casos de infarto é descrita como em aperto, pontada ou queimação. Esta dor, normalmente, irradia-se para o braço esquerdo, ombro, costas, pescoço ou mandíbula, provocando sensação de formigamento.

Os fatores de risco para a doença são a idade, acima de 45 anos, pressão alta mal controlada, sobrepeso, colesterol elevado, tabagismo e história familiar de doenças cardiovasculares.

Veja mais em : Dores no braço podem ser sintomas de ataque cardíaco?

2. Angina do peito ou Angina pectoris

A angina do peito ou angina pectoris é caracterizada por uma dor em aperto no coração, provocada pela má circulação nas artérias do coração, artérias coronárias. A dor é sinal de que a musculatura cardíaca está em sofrimento por falta de oxigênio. Se o quadro de angina permanecer por tempo prolongado, desenvolve-se o infarto.

A angina pode ser classificada estável, quando melhora após o repouso, ou instável, quando não melhora, caracterizando um quadro mais grave.

A dor geralmente é precipitada por esforço físico, mas pode ocorrer acontecer a noite, em repouso, inclusive acordando a pessoa devido à dor. Algumas pessoas sentem dor no estômago ou na mandíbula.

Pessoas com colesterol elevado, alimentação com excesso de carboidratos, hipertensão descompensada, diabetes e tabagistas são mais propensas a desenvolver não só o infarto, mas também a angina de peito e acidente vascular cerebral.

Leia mais em: o que é angina e quais os sintomas? e qual a diferença entre angina estável e angina instável?

3. Costocondrite

A costocondrite é uma inflamação das cartilagens que ligam as costelas ao osso esterno (osso do meio do peito). As causas mais comuns são o excesso de atividade física e má postura.

Por vezes pode causar dor tão intensa, que se assemelha a dor do infarto, levando a pessoa a procurar atendimento de urgência.

4. Pericardite

O coração fica alojado dentro de um saco membranoso chamado pericárdio. A pericardite é, portanto, uma inflamação do pericárdio. A dor provocada por esta inflamação é muito forte e pode ser confundida com a dor do infarto.

Doenças reumatológicas e infecções dentárias não tratadas são algumas das causas comuns de pericardite.

5. Arritmias cardíacas

As alterações na frequência do ritmo cardíaco, sejam batimentos cardíacos lentos, acelerados ou fora do ritmo, são chamadas de arritmias cardíacas. Estas alterações de ritmo podem desencadear sintomas como tonturas, mal-estar, palidez, dor no coração e suor frio.

As causas mais comuns de arritmia são a hipertensão, distúrbios de tireoide, insuficiência cardíaca, anemia, doença coronariana, envelhecimento e atividade física de alta intensidade.

Pessoas saudáveis, principalmente se houver história familiar de doenças cardíacas, também podem apresentar alterações cardiovasculares de forma aguda durante a vida.

6. Pneumonia

A pneumonia é uma doença infecciosa que acomete o pulmão, apresentando como sintoma comum a dor no peito. Entretanto, na maioria das vezes a dor se diferencia por piorar com a respiração profunda e com os movimentos, inclusive tosse.

A febre é outro sinal típico da doença, mas pode não estar presente em pacientes com imunidade baixa como idosos, diabéticos e imunodeprimidos.

Outras doenças pulmonares como pleurite ou derrame pleural também podem causar dores no peito.

7. Ansiedade

Durante as crises de ansiedade as pessoas experimentam o aumento da tensão da musculatura das costelas e aumento da frequência cardíaca, que podem vir acompanhados da sensação de dor em aperto no peito. Além disso, a dor pode associar-se à respiração superficial e rápida, aumento da transpiração, náuseas e alteração do funcionamento intestinal.

A ansiedade é bastante incapacitante e pode comprometer a vida cotidiana das pessoas.

Veja também: Quais são os sintomas do transtorno de ansiedade generalizada?

8. Síndrome do pânico

As pessoas com síndrome do pânico apresentam crises repentinas de medo intenso, acredita-se que por um desequilíbrio dos neurotransmissores responsáveis por enviar sinal de "perigo", sem que realmente existam, provocando taquicardia, perda do controle de si mesmo, suor frio, falta de ar, dormência e dor no peito.

A dor no peito que ocorre durante os ataques de pânico tem início súbito, localizada no tórax e pescoço, com duração de no máximo 10 minutos.

9. Excesso de gases

O acúmulo de gases é a causa mais comum de dor no peito.

O excesso de gases intestinais empurra os órgãos da cavidade abdominal para cima, provocando a sensação de dor em pontadas no peito. Pessoas que têm prisão de ventre são muito propensas à "dor no coração" por acúmulo de gases.

O que posso fazer ao sentir dor no coração?

Procure um cardiologista se a dor cardíaca for do tipo aperto peso ou queimação, com duração superior a 10 minutos e se vir acompanhada de:

  • Tontura
  • Náusea
  • Suor frio
  • Falta de ar
  • Dor de cabeça intensa
  • Formigamento
  • Taquicardia
  • Dificuldade de engolir

Diante destes sintomas procure um médico ou unidade hospitalar imediatamente, especialmente se a pessoa for portadora de hipertensão, cardiopatias, diabetes ou história familiar de infarto agudo do coração.

Pode lhe interessar também:

Quais as causas da síndrome da bexiga dolorosa?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A síndrome da bexiga dolorosa é uma doença inflamatória de causa desconhecida, que se caracteriza por dor na região da pelve (baixo ventre) no momento em que a bexiga se enche de urina, além de causar vontade constante de urinar.

Alguns fatores parecem estar relacionados, porém ainda não existe um consenso sobre o assunto. Fatores alérgicos, imunológicos, genéticos e psicológicos estão relacionados ao início dos sintomas.

Uma vez que boa parte das pessoas com síndrome da bexiga dolorosa são portadoras de alergias, e/ou doenças auto imunes como a artrite reumatoide, hipotireoidismo, diabetes, lúpus e síndrome do intestino irritável, sugere uma causa também de origem imunológica.

Existem ainda fatores genéticos que podem estar envolvidos no desenvolvimento da doença, apesar dos mecanismos serem conhecidos apenas em parte.

Embora a causa da síndrome da bexiga dolorosa seja desconhecida, acredita-se que no início ocorra uma agressão na mucosa que recobre a bexiga, lesionando o tecido mais superficial conhecido como urotélio. A mucosa lesionada deixa de oferecer proteção contra a deposição de bactérias e cristais que estão na urina, o que resultaria na dor intensa.

Trata-se de uma doença que ocorre em até 11% da população em geral, sendo as mulheres as mais afetadas, representando até 90% dos casos. Por isso deve-se estar atento a esse diagnóstico.

Diagnóstico

Não existe um exame ou teste laboratorial específico para diagnosticar a síndrome da bexiga dolorosa.

O exame urodinâmico pode ajudar a detectar a doença, mas não é específico para diagnosticar a síndrome. Outro exame, a cistoscopia, permite visualizar o interior da bexiga, assim como a endoscopia o estômago.

Em pessoas com a síndrome da bexiga dolorosa costumam estar presentes úlceras e pequenos pontos que indicam sangramentos. Tais achados são observados tanto em pessoas que manifestam sinais e sintomas, como naquelas que não manifestam.

A biópsia também não é capaz de diagnosticar a síndrome, mas pode ser indicada para descartar outras doenças.

Portanto, o diagnóstico dependerá da experiência da equipe médica, história clínica, exame físico e exames complementares, essencialmente para excluir outras causas.

O médico urologista é o especialista responsável pelo diagnóstico da síndrome.

Saiba mais em:

Cistite intersticial: Quais as causas e complicações?

Qual o tratamento para síndrome da bexiga dolorosa?

Dor na barriga como se fosse cólica, o que pode ser?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Existem três principais causas para a dor na barriga que parece uma cólica intestinal: gastroenterite, acúmulo de gases ou prisão de ventre.

Gastroenterite: é a inflamação do sistema digestivo que provoca dor na barriga e também pode ocasionar diarreia, vômitos e/ou falta de apetite. A gastroenterite geralmente acontece devido a intoxicações alimentares ou infecções virais, ou bacterianas.

Gases e prisão de ventre: a presença de gases no intestino pode causar dores abdominais e cólicas, além de sensação de estufamento e desconforto em todo o abdômen. Da mesma forma, a prisão de ventre pode provocar dor abdominal, sensação de inchaço na barriga e dor abdominal que pode ser em cólica.

Muitas outras doenças podem causar dores abdominais como se fossem cólicas. Os cálculos urinários, por exemplo, causam dores intensas na região lombar das costas que também podem atingir a barriga. Além disso, fatores psicológicos como a ansiedade ou estresse também podem desencadear ou piorar a dor abdominal em cólica.

Caso sinta dor em cólica persistente consulte um médico de família ou clínico geral, para uma avaliação inicial e realização do diagnóstico correto.

Como aliviar a dor de cólica na barriga

Existem algumas medidas simples que podem ser utilizadas para a maioria das situações de dor de barriga em cólica. São elas:

  • Mantenha-se bem hidratado, bebendo água constantemente. Para a maioria das pessoas, cerca de 2 a 2,5 L de água por dia;
  • Coma alimentos leves. Evite alimentos com gorduras, como carnes de difícil digestão. Prefira legumes e frutas, sopas, arroz;
  • Faça uma massagem na barriga: em situações onde a dor de barriga é causada por gases, a massagem abdominal pode ajudar;
  • Faça caminhadas: em situações de gases ou constipação, as caminhadas estão indicadas porque ajudam o intestino a funcionar e evitam o acúmulo de gases.

Se tiver dor abdominal frequente de forte intensidade consulte o seu médico de família ou um clínico geral, em algumas situações pode ser necessária uma avaliação por um gastroenterologista.

Também pode ser do seu interesse:

Dor do lado esquerdo do peito: como saber se é infarto?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Para saber se a dor do lado esquerdo do peito é mesmo um infarto do coração, será preciso passar por uma avaliação médica e exames realizados na urgência, o eletrocardiograma e exames de sangue.

No entanto, o tipo da dor e os sintomas associados, ajudam a identificar esse grave problema cardíaco. Na presença de um ou mais dos sintomas abaixo, procure imediatamente uma emergência médica:

  • Dor no peito de início súbito, tipo peso ou aperto,
  • Localizada do lado esquerdo ou no meio do peito,
  • Com irradiação para o pescoço, mandíbula, braço esquerdo, costas, ou mais raramente para o braço direito,
  • Duração maior do que 20 minutos,
  • Sem melhora com o repouso ou com medicações,
  • Respiração rápida ou dificuldade de respirar,
  • Palidez, suor frio,
  • Dor no estômago, mal-estar,
  • Enjoos, tontura e vômitos.
O que posso fazer?

Se tem sinais e sintomas de um ataque cardíaco, pode mastigar um comprimido de aspirina, caso não tenha alergia, para ajudar a dissolver os coágulos que estão impedindo o fluxo de sangue para o coração, e procure imediatamente um pronto-socorro.

Na unidade de emergência você fará exames de sangue e eletrocardiograma. Sendo confirmado o infarto, seguirá para o tratamento mais indicado ao seu caso. Atualmente, existem diversos procedimentos para desobstruir o vaso, sem deixar sequelas, porém deve ser realizado nas primeiras 3 horas do início da dor.

Portanto, quanto antes chegar à emergência, melhor o resultado!

Quando preciso me preocupar com a dor no peito?

Procure um pronto-socorro se você apresentar alguns destes sintomas:

  • Dor no peito por mais de 20 minutos;
  • Dor no peito que não cessa com repouso;
  • Tonturas;
  • Sudorese fria (suor frio);
  • Dificuldade respiratória;
  • Dor de cabeça intensa;
  • Náuseas e vômitos;
  • Palidez.

Os sintomas devem ser ainda mais valorizados, nas pessoas hipertensas, diabéticas e/ou cardiopatas.

Não sendo infarto, o que pode ser?

Angina pectoris, crise de ansiedade ou pânico, dor muscular no tórax, doenças pulmonares e gases em excesso são as causas mais comuns de dor no tórax quando não há associação ao infarto.

1. Angina pectoris

A angina pectoris ou angina do peito é caracterizada como uma dor, ou sensação de pressão temporária no meio do peito, que acontece quando o coração não recebe oxigênio suficiente, assim como no infarto. Por isso é conhecida como "princípio de infarto".

A grande diferença é que na angina, a dor desaparece com o repouso, e dura menos do que 20 minutos.

O que posso fazer?

Se você sente algum dos sintomas de angina pectoris é importante que procure uma emergência hospitalar quanto antes para que sejam feitos exames de sangue e eletrocardiograma. Estes exames associados aos sintomas, também afastarão a possibilidade de ser um ataque cardíaco.

Por este motivo, não atrase a ida ao hospital.

2. Crise de ansiedade ou ataque de pânico

Uma crise de ansiedade, ataque de pânico ou estresse extremo podem provocar dor no peito muito semelhante à do infarto. As dores se concentram no meio do peito e podem ser acompanhadas de falta de ar, bolo na garganta, tontura, náuseas, dor de barriga e suor frio.

Na crise de ansiedade, é possível ter uma causa inicial, uma situação de estresse que tenha desencadeado a dor, no entanto, nem sempre é possível essa diferenciação apenas com a história de início da dor.

Inclusive, pelo risco de mortalidade nos casos de infarto, sempre que houver dúvida, é preciso procurar uma emergência para avaliação.

O que fazer?

As crises de ansiedade ou pânico podem durar até 30 minutos. Ajudar a pessoa a trazer o foco para respiração e orientá-la a realizar respirações lentas e profundas a ajudarão a passar pela crise de forma menos desgastante.

Praticar atividade física, ioga, meditação, promover repouso em um local tranquilo e atividades de lazer ajudam a reduzir a ansiedade e evitar as crises.

3. Dor muscular no tórax

As dores musculares na região do tórax são bastante comuns em pessoas que praticam esportes ou exercícios na academia. A dor torácica também pode acontecer pelo excesso de tosse ou por transportar objetos pesados.

A tensão muscular que ocorre pela vivência de situações de estresse também podem provocar a dor no tórax. A dor pode piorar durante as respirações e ao movimentar o tórax.

O que posso fazer?

O tratamento é feito com o repouso da musculatura e compressa morna no local da dor, por 20 minutos, 3 vezes ao dia. Se a dor persistir por mais de 3 dias, mesmo com o tratamento, procure um médico de família avaliar a necessidade de medicamentos, como relaxante muscular.

4. Doenças pulmonares

A dor no peito é um sintoma bastante comum para quem tem problemas pulmonares como pneumonia, asma, bronquite e enfisema pulmonar.

Nas doenças pulmonares, a dor piora com o movimento, tosse ou ao respirar profundamente. Pode vir acompanhada ainda de tosse, falta de ar ou chiado no peito.

O que posso fazer?

Nestes casos, se recomenda que você procure um pneumologista para avaliação médica e tratamento adequado. Na presença de dificuldade em respirar, febre ou chiado no peito, procure imediatamente uma emergência, pode ser preciso iniciar antibioticoterapia.

5. Gases em excesso

É bastante comum que o excesso de gases seja confundido com dor no peito. O acúmulo de gases ocorre principalmente em pessoas que sofrem de prisão de ventre.

A dor costuma ser forte, em pontadas, que aparece e desaparece subitamente.

O que posso fazer?

Praticar atividade física regularmente e efetuar massagens na região abdominal podem ajudar na eliminação de gases. Se o problema persistir, procure um gastroenterologista para uma avaliação física e possível tratamento com medicamentos.

Na suspeita de infarto, mesmo que haja dúvidas, a recomendação é procurar rapidamente o serviço de emergência. O infarto é uma das causas mais comuns de morte no mundo, por isso é melhor que seja descartado pelo médico do que não tenha tempo para tratar.

Leia mais:

Dor no braço esquerdo é sintoma de infarto?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Dor no braço esquerdo é um dos sintomas de infarto, porém, a dor no peito é o sintoma mais comum. Além disso a dor no braço esquerdo pode ser causada por outros motivos.

A dor causada por um infarto, pode ser irradiada do peito para os braços, principalmente para a parte interna do braço esquerdo, ombro, pescoço, dentes, mandíbula, abdômen ou costas.

Também pode haver dormência ou formigamento no braço, geralmente o esquerdo. Mais raramente, a dor pode ser irradiada para o braço direito, individualmente ou em conjunto com o esquerdo.

A intensidade da dor é variada, podendo ser leve, moderada ou intensa. Geralmente é descrita como uma sensação de faixa apertada ao redor do peito, peso, esmagamento ou pressão forte no peito.

A dor em aperto no peito, com irradiação para o braço esquerdo, que dura mais de 20 minutos, associada a outros sintomas típicos, quase confirma um episódio de infarto.

Outros sintomas que podem estar presentes em caso de infarto:
  • Suor frio;
  • Palidez;
  • Náuseas, Vômitos;
  • Palpitações (sensação de que o coração está batendo muito rápido ou irregularmente);
  • Dificuldade para respirar;
  • Transpiração, que pode ser muito abundante;
  • Fraqueza ou fadiga, principalmente em idosos e mulheres;
  • Mudanças no estado mental, principalmente em adultos mais velhos;
  • Ansiedade;
  • Tosse;
  • Tontura ou vertigem e
  • Desmaio.

Algumas pessoas, principalmente idosos e diabéticos, costumam ter uma apresentação menos comum dos sintomas, a começar pela dor, que pode ser pouca ou nenhuma dor no peito.

O que fazer se a dor no braço esquerdo for um infarto?

Se sentir um enjoo repentino e tiver dificuldade em recuperar o fôlego ou sentir uma forte dor do peito, braço esquerdo, direito ou dor grave na mandíbula, ligue para o número 192 e chame uma ambulância. Esses podem ser os sintomas de um infarto.

NÃO tente dirigir-se ao hospital e NÃO ESPERE para ver se os sintomas desaparecem. O risco de morte súbita é maior nas primeiras horas de um ataque cardíaco.

Um infarto ocorre quando o fluxo sanguíneo para o coração é subitamente interrompido. Sem sangue, o coração deixa de receber oxigênio. Se a pessoa não receber tratamento rapidamente, o músculo cardíaco começa a morrer. No entanto, o tratamento médico adequado e precoce reduz a extensão dos danos ao coração.

As pessoas demoram, em média, 3 horas para procurar ajuda quando estão com sintomas de ataque cardíaco. Por isso, muitos pacientes que sofrem um infarto morrem antes de chegar ao hospital. Quanto mais rápido a pessoa chegar à sala de emergência, maior é a chance de sobrevivência.

O que mais pode causar dor no braço esquerdo?

Uma dor no braço esquerdo também pode ser sintoma de lesão em osso, articulação, tendão ou músculo, compressão de nervo ou problema no coração.

Angina

A dor no braço esquerdo nem sempre é sintoma de infarto, mas pode indicar a presença de algum problema no coração, como angina. Conhecida também por "princípio de infarto", e não deixa de ser.

A angina é um sintoma de doença cardíaca coronariana. Isso significa que o músculo do coração não está recebendo oxigênio suficiente devido a uma diminuição da irrigação sanguínea do coração. Se a obstrução permanecer e algum momento esse fluxo for totalmente interrompido, dará origem a um infarto.

Os sintomas da angina são semelhantes aos de um ataque cardíaco, o que pode incluir dor no braço esquerdo, pescoço ou mandíbula, porém, não dura mais de 20 minutos e melhora com o repouso ou medicamentos vasodilatadores.

Bursite

A dor pode afetar o braço direito ou esquerdo, uma vez que a bursite pode afetar ambos os ombros. A dor geralmente aumenta quando a pessoa se movimenta ou se deita sobre o braço ou sobre o ombro. Em alguns casos, pode não ser possível girar completamente o ombro, devido a intensidade da dor. Outros sintomas incluem queimação e formigamento no local.

A bursite é uma inflamação da bursa, uma bolsa cheia de líquido localizada nas articulações, que afeta principalmente os ombros e geralmente é resultado de movimentos repetitivos.

Fratura

A dor no braço por uma fratura óssea, apresenta sintomas típicos de inchaço importante, dormência, coloração azulada ou roxa, e incapacidade de movimentar o membro.

O diagnóstico é clínico, na maioria das vezes existe uma história de trauma, ou queda, sendo confirmado por exame simples de imagem, como o Raio-X.

Hérnia de disco

A dor pode ter início no pescoço e irradiar para o ombro e para o braço, podendo piorar com o movimento. Outro sintoma caraterístico, é a dormência, fraqueza e/ou formigamento no braço, devido à compressão do nervo por essa hérnia.

Os discos intervertebrais atuam como amortecedores da coluna vertebral. A hérnia de disco surge quando o disco se rompe e o conteúdo gelatinoso do seu interior sai, pressiona os nervos que passam ao lado.

Compressão de nervo

Além de dor, um nervo comprimido pode causar dormência, formigamento ou sensação de queimação no braço. A dor pode piorar com o movimento. A compressão do nervo pode ocorrer devido a uma hérnia de disco, ou devido a traumas e lesão causada por desgaste, como o "bico de papagaio" e artroses na coluna.

Lesão do manguito rotador

O manguito rotador é formado por 4 músculos profundos que atuam na articulação do ombro. Levantar um objeto pesado ou realizar movimentos repetitivos pode provocar lesão nessa musculatura. Isso enfraquece significativamente o ombro e dificulta a execução de tarefas diárias.

A dor no braço piora ao movimentar o ombro de algumas formas e ao deitar-se de lado. Pode desenvolver uma fraqueza e incapacidade de movimentar esse braço e ombro.

Entorse e distensão

Uma entorse de braço pode acontecer ao cair e se proteger da queda com os braços. A distensão pode ocorrer ao levantar algo da maneira errada ou sobrecarregar os músculos.

Os sintomas são de dor, hematomas, inchaço e fraqueza no braço afetado.

Tendinite

Os sintomas da tendinite são semelhantes aos da bursite, podendo incluir dor no braço (ombro ou cotovelo), queimação, formigamento e diminuição da força. Tendinite é uma inflamação do tendão, que liga o músculo ao osso.

Síndrome do desfiladeiro torácico

A síndrome do desfiladeiro torácico é uma condição em que os vasos sanguíneos localizados abaixo da clavícula são pressionados por trauma ou lesão repetitiva. Se não for tratada, pode levar a danos progressivos nos nervos.

Pode causar dormência, formigamento e fraqueza no braço. Em alguns casos, o braço pode ficar inchado. Outros sinais incluem palidez da mão, braço frio e pulsação fraca.

Para um diagnóstico adequado da causa da dor no braço, consulte um médico clínico geral ou médico de família.

Azitromicina serve para dor de garganta?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

A azitromicina é um antibiótico que pode ser indicado para tratar infecções da garganta. Entretanto, ela só pode ser usada quando for indicada por um médico. Isso porque o médico avalia se a garganta tem mesmo uma infecção e somente nesse caso irá indicar o antibiótico.

A azitromicina e outros antibióticos só podem ser vendidos com receita de um médico ou dentista. O médico deve indicar a dose, os cuidados a tomar e o tempo necessário para que a azitromicina faça efeito.

Além da azitromicina, podem ainda ser indicados medicamentos para diminuir a dor e a inflamação da garganta, como paracetamol ou ibuprofeno, por exemplo.

Para saber mais sobre infecção de garganta e sobre a azitromicina, leia também:

Referências:

Azitromicina. Bula do medicamento.

Dor de barriga na gravidez, o que pode ser?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A dor de barriga na gravidez é um sintoma comum entre as gestantes, devido às mudanças hormonais desse período. Uma dessas mudanças é a lentificação do trânsito intestinal, o que facilita o acúmulo de gases, constipação e por vezes, diarreia.

O uso de vitaminas e suplementos nutricionais, utilizados para fortalecer a mãe e o bebê, podem desencadear náuseas e diarreia. Porém, são sintomas que não duram muito tempo e melhoram espontaneamente.

Já as dores de barriga associadas a febre, vômitos, sangramento ou mal-estar, sugerem uma infecção, por isso devem ser avaliadas pelo obstetra, ou num serviço de urgência, sem demora.

Causas de dor de barriga (tipo diarreia) na gravidez
  • Mudanças hormonais - Na gestação, as alterações hormonais são normais e por isso as alterações intestinais são esperadas, sem significar um problema de saúde.
  • Infecção intestinal - Dor na barriga associada a fezes líquidas ou pastosas, cólica, mal-estar e febre. Na suspeita de infecção, procure imediatamente o seu obstetra, para tratar com antibióticos e evitar complicações.
  • Uso de medicamentos - o uso de vitaminas, medicamentos ou suplementos na gestação podem ter como efeito colateral a diarreia, que dura um ou dois dias, sem mais sintomas.
Dor no pé da barriga na gravidez
  • Aumento do fluxo de sangue no útero - A dor no pé da barriga que ocorre no início da gestação, é comum e está relacionada com o aumento do fluxo sanguíneo na região pélvica, para nutrir o bebê até o final da gestação.
  • Aumento do volume uterino - Próximo do final da gestação, a dor pélvica pode ocorrer pelo aumento de tamanho do útero e do bebê. Ambas são modificações naturais do corpo da gestante, necessárias para dar continuidade à gestação.
  • Infecção urinária - A dor vem associada a ardência ao urinar, com ou sem cheiro forte. A infecção urinária aumenta o risco de complicações graves como abortamento, por isso nesse caso entre em contato com o seu obstetra, o quanto antes.
Dor do lado direito da barriga na gravidez
  • Excesso de gases - A dor localizada à direita da barriga, sem mais sintomas, geralmente ocorre pelo excesso de gases.
  • Apendicite - Dor localizada na região inferior, direita da barriga, que só piora com o passar do tempo, associada a febre, rigidez abdominal, náuseas e vômitos. Trata-se de uma urgência médica. Na suspeita de apendicite, procure imediatamente o seu obstetra ou um serviço de emergência.
Dor do lado esquerdo da barriga na gravidez
  • Excesso de gases - Assim como a dor à direita, a dor à esquerda sem mais sintomas, tem maior relação com excesso de gases ou constipação.

A alimentação balanceada e a prática regular de atividades físicas, ajuda na digestão e evita o acúmulo excessivo dos gases.

Dor na parte de cima da barriga na gravidez
  • Azia, gastrite e refluxo gástrico - A dor localizada na parte superior da barriga e mais central, chamada de "boca do estômago", é frequente entre as grávidas, devido às mudanças hormonais, o aumento da produção do ácido gástrico e as mudanças anatômicas dessa fase, como a redução do estômago devido a compressão pelo tamanho do bebê, especialmente no último trimestre da gravidez.

Para aliviar os sintomas de azia e refluxo, a gestante deve se alimentar com mais frequência e em menor quantidade, manter uma boa hidratação para repor os líquidos que estão sendo perdidos e frituras, doces e alimentos gordurosos.

É normal ter dor na barriga na gravidez?

Pode ser normal, desde que não venha associado a outros sintomas. Na dúvida, entre em contato com o obstetra e informe sobre os sintomas que surgiram.

Conheça mais sobre o assunto nos artigos abaixo:

Dor no estômago na gravidez é normal?

Referências:

G.C.F. et al. Gastrointestinal diseases during pregnancy: what does the gastroenterologist need to know?. Annals of Gastroenterology, 31(4): 385-394, 2018.

Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia - FEBRASGO.

Tenho muita dor de cabeça entre os olhos, qual médico ir?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Pode procurar o otorrinolaringologista, conforme indicado pelo oftalmologista, provavelmente encontrou alguma alteração no seu exame que sugeriu um problema dessa área, como por exemplo uma sinusite, e por isso o indicou.

No entanto, também pode procurar um médico clínico geral ou médico de família, ambos são capacitados para diagnosticar e tratar um caso de sinusite. Assim como são capazes de identificar e tratar outras causas comuns de dores de cabeça.

Após avaliação, se entenderem necessário, será orientado a procurar um especialista.

Causas de dores de cabeça

Dentre causas comuns de dores de cabeça, temos:

  • Distúrbios visuais (miopia, astigmatismo, entre outros);
  • Uso irregular de óculos;
  • Enxaqueca;
  • Sinusite;
  • Alergias respiratórias;
  • Pressão arterial elevada;
  • Estresse, ansiedade.

Pode lhe interessar o artigo: Sinto muita dor de cabeça de um lado da fonte. O que pode ser?

Como diagnosticar uma dor de cabeça?

Para o diagnóstico correto de uma dor de cabeça, é preciso colher uma história detalhada dessa queixa, como o tempo de início da dor, as suas características, doenças associadas, uso de medicamentos, entre outros. Chamamos a história clínica de anamnese, e uma boa anamnese corresponde a 70% do diagnóstico.

Após a anamnese, o exame físico deve ser o próximo passo. Quando o médico examina o paciente, consegue encontrar ou descartar alterações nos sistemas avaliados.

Por fim, munido de suas suspeitas diagnósticas, o médico poderá solicitar os exames que complementam, confirmando ou excluindo as suas suspeitas.

O tratamento será baseado no diagnóstico definitivo.

Leia também: Cefaleia: o que é, quais os tipos, sintomas e como tratar?

Dor de cabeça constante: o que provoca e o que posso fazer?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

As dores de cabeça constantes podem ser provocadas por diversos problemas. Os mais comuns são a pressão alta, enxaqueca, problemas de visão, sono não reparador, estresse e dietas.

No entanto, muitas outras situações podem provocar dores de cabeça, como por exemplo os primeiros meses da gravidez, uso crônico de medicamentos, um quadro de alergia, sinusite, rinite ou doenças vasculares.

Cabe ao médico, com a coleta de informações e exame físico, identificar as possíveis causas e solicitar exames, quando for necessário, para definir o diagnóstico e tratamento.

Causas de dor de cabeça constante 1. Pressão alta

Na pressão alta, a dor de cabeça pode ser o único sintoma. Neste caso, a dor geralmente é descrita em aperto, constante, por toda a cabeça ou localizada na nuca. Não é incomum a queixa de náuseas, vômitos e visão borrada junto com a dor.

Sabendo que a principal causa de AVC (derrame cerebral) na nossa população é o pico hipertensivo, é fundamental aferir a pressão nos casos de dores de cabeça, sobretudo quando for hipertenso ou tiver história na família de hipertensão arterial.

O que fazer?

Medir a pressão se tiver aparelho de pressão em casa, ou procurar uma farmácia / atendimento médico para essa avaliação. Pode fazer uso de um analgésico simples como o paracetamol, para aliviar o sintoma.

No caso de pressão alta (acima de 140x90 mmhg) - procure uma emergência médica para o devido tratamento. Depois, procure um cardiologista para ajustar o seu tratamento e manter o acompanhamento regularmente.

2. Enxaqueca

A enxaqueca é um tipo de dor de cabeça com sinais e sintomas bem característicos. Geralmente a dor é intensa, tipo latejante ou pulsátil, de um lado só, que piora com a luz e com o barulho, associada a náuseas e vômitos. É comum ter familiares com a mesma doença.

O que fazer?

O tratamento para a enxaqueca varia de acordo com a frequência e intensidade da dor. Os medicamentos mais usados são os antidepressivos ou anticonvulsivantes, como a amitriptilina e a oxcarbazepina. Existem ainda outras opções, como a toxina botulínica do tipo A, para casos crônicos ou que não respondem aos remédios.

O médico neurologista é o responsável pelo diagnóstico, tratamento e acompanhamento nesses casos.

3. Problemas de vista

Os problemas de vista, como os distúrbios de visão (miopia, astigmatismo, hipermetropia), podem provocar dores de cabeça constantes, pelo esforço exigido o dia todo.

A dor é pior no final do dia e pode vir associada à coceira ou vermelhidão nos olhos, dor no globo ocular e/ou vista embaçada.

Nas crianças, além da dor de cabeça, é comum o relato de dificuldade de aprendizagem, devido à dificuldade de visão e com isso de atenção. Porém, nem sempre as crianças percebem sozinhas o seu problema.

O que fazer?

Nestes casos, se recomenda buscar uma avaliação com o oftalmologista. De acordo com a causa do problema, ele poderá indicar o uso de óculos, fisioterapia ocular ou medicamentos tópicos (colírios).

4. Sono não reparador

O bruxismo, a insônia e a síndrome das pernas inquietas são exemplos de distúrbios do sono que causam uma contração muscular constante durante a noite, impedindo o sono reparador.

Com isso, a pessoa refere dores de cabeça e pescoço desde o despertar, que piora durante o dia. Pode queixar também de "peso na cabeça", dificuldade de memória e distúrbio de humor, devido ao cansaço físico.

O que fazer?

A higiene do sono oferece dicas e orientações para melhor qualidade do sono, como: Fazer refeições leves a noite e evitar atividades estimulantes; tentar manter uma rotina de horários, deitar apenas quando está com sono, em um ambiente calmo e escuro.

Ainda, evitar estímulos luminosos próximo ao horário de dormir, como tablets, celular ou televisão.

Se mesmo assim, não for possível ajustar o ciclo do sono, procure um médico especialista, neurologista ou otorrinolaringologista, para avaliação e tratamento medicamentoso.

5. Estresse ou ansiedade

Condições de estresse, ansiedade e preocupações constantes podem provocar dor de cabeça, especialmente, a cefaleia de tensão. A dor vem, normalmente, acompanhada de: tensão muscular (mais intensa na região do pescoço), sensação de cansaço, dificuldade de concentração, insônia, irritabilidade e falta de memória.

O que fazer?

Nestes casos, é importante buscar formas de relaxar e promover descanso para o seu corpo e mente. A psicoterapia é a melhor opção de tratamento na ansiedade. O médico neurologista ou psiquiatra, podem contribuir com uma medicação para a oscilação de humor, sobretudo no início do tratamento.

6. Dieta

Períodos prolongados de jejum ou dietas muito restritivas, podem causar queda do açúcar no sangue (hipoglicemia). A menor oferta de glicose para o cérebro origina uma dor de cabeça forte e constante. Do mesmo modo, alimentos muito pesados e de difícil digestão, ou bebidas estimulantes, como café, refrigerante mate ou chocolates, em excesso, podem provocar cefaleia.

O que fazer?

O nutricionista é o profissional indicado para ajudar no planejamento da dieta a cada pessoa. Com base na sua condição de saúde e preferências alimentares, pode orientar uma dieta saudável e que não cause efeitos colaterais.

7. Gravidez

As mudanças hormonais, o aumento da progesterona e as preocupações habituais de uma gestante, podem provocar dores de cabeça constante, na região frontal da cabeça (testa) ou na cabeça toda.

Vale lembrar que, principalmente, as mulheres grávidas não devem fazer uso de medicamentos analgésicos sem prescrição médica. O uso indiscriminado de medicamento durante a gravidez pode trazer sérios riscos à mãe e ao bebê.

O que fazer?

Na suspeita de uma gravidez, seja pelo atraso menstrual ou se estiver tentando engravidar, entre em contato com o seu médico obstetra antes de tomar qualquer medicação.

O que posso fazer para aliviar as dores de cabeça?

As dores de cabeça constantes e que ocorrem diariamente podem ser aliviadas com algumas medidas simples:

  • Ingerir bastante água para manter o corpo hidratado;
  • Adotar uma alimentação saudável e leve, especialmente nos dias de calor;
  • Colocar compressa fresca na testa ou na nuca;
  • Evitar a exposição direta ao sol por longos períodos para evitar a elevação da temperatura corporal;
  • Promover o descanso do corpo em ambiente tranquilo e, de preferência, com pouca iluminação;
  • Utilizar analgésicos conforme orientação médica.
Quando devo me preocupar?

Situações que sempre devem preocupar e indicam a necessidade de procurar uma emergência são:

  • Dor de cabeça forte após os 50 anos de idade, pela primeira vez na vida;
  • Dor de cabeça associada a vômitos, rigidez de pescoço e nuca;
  • Dor de cabeça acompanhada de febre e/ou perda de peso sem motivo aparente;
  • Visão dupla ou perda da visão;
  • Confusão mental, desorientação;
  • Dificuldade de falar, fraqueza nos braços ou pernas;
  • História de câncer ou HIV.
A dor de cabeça pode ser o sinal de um derrame cerebral?

Sim. O derrame cerebral, ou AVC, pode ter como um dos primeiros sintomas, a dor de cabeça. Em seguida os sintomas são de dificuldade de fala, "boca torta" ou fraqueza nos braços ou nas pernas. Na suspeita de AVC, procure imediatamente uma emergência médica.

Saiba mais sobre o que fazer nesta situação no artigo: Suspeita de AVC: o que fazer?

Entenda melhor sobre o tratamento da enxaqueca no artigo: Qual é o tratamento da enxaqueca?

Referências:

  • Sociedade Brasileira de Cefaléia
  • UpToDate - Ivan Garza, et al.; Overview of chronic daily headache. Oct 01, 2018.