É bastante raro, mas quando ocorre uma relação desprotegida logo após terminar a menstruação, um ou dois dias apenas, pode sim ocorrer uma gravidez. Isso depende principalmente do ciclo menstrual da mulher.
A mulher que tem um ciclo menstrual muito curto e ao mesmo tempo, uma menstruação prolongada, tem maior risco de engravidar logo após terminar o sangramento, porque a ovulação acaba ficando próxima.
Como a ovulação acontece no meio do ciclo menstrual, mulheres com ciclos curtos, de 22 ou 23 dias, ovulam no 10º ou 11º dia. Por isso, se a menstruação durar 7 dias, um dia depois será o 8º dia, bem próximo à ovulação, oferecendo risco de uma gravidez.
Vejamos um exemplo:
- Ciclo menstrual curto (22 ou 23 dias) → dia fértil - 10º ou 11º dia
- Período fértil - 7º até 13º do ciclo.
Sabendo que os ciclos para a maioria das mulheres varia entre 28 e 30 dias, o dia fértil, de maior risco para engravidar, é o 14º ou 15º dia do ciclo, exatamente a metade do ciclo. Devido a vitalidade dos espermatozoides, e possíveis variações hormonais, são somados 3 dias antes e 3 dias após esse dia, resultando no período fértil, que varia entre o 11º e o 17º dia após o primeiro dia da menstruação.
Um exemplo prático:
Mulher que menstrua a cada 28 dias, regularmente, durante 5 dias, e teve o início da sua menstruação no dia 11 de março.
- Primeiro dia do ciclo: 11 de março
- Dia fértil: 14º dia (11+14) = 25 de março
- Período fértil: acrescenta 3 dias antes e 3 dias depois = 22 até 28 de março
Na semana de 22 a 28 de março provavelmente será liberado o óvulo que ao se encontrar com o espermatozoide, dá origem ao embrião. Portanto, nesse período, existe grande probabilidade de engravidar, se houver relação desprotegida.
Nos casos de irregularidade menstrual, o cálculo do dia fértil pode ser feito, mas é considerado menos seguro. Nesse caso anote os ciclos durante 6 meses e depois subtraia 18 do ciclo mais longo e 11 do ciclo mais curto. Os resultados são a semana estimada de fertilidade.
Quantos dias depois da menstruação é possível engravidar?Em geral, após 7 a 10 dias do último dia da menstruação, a possibilidade de engravidar se torna maior.
No entanto, alguns fatores podem interferir nesse cálculo e permitir que aconteça a gravidez antes desse período, e são esses fatores que a mulher que não deseja engravidar nesse momento, deve estar atenta.
Por exemplo, mulheres com irregularidade menstrual, podem ter um escape (pequeno sangramento), no meio do ciclo, próximo ao período fértil, mas interpretar como menstruação.
O uso de medicamentos, uso de anticoagulantes, que por vezes interferem na ovulação e pico hormonal da mulher.
Situações de estresse e ansiedade, crise de depressão e uso de antidepressivos, também podem modificar a liberação de neurotransmissores e assim, o pico do hormônio necessário para a liberação do óvulo.
O método mais confiável de evitar a gravidez é com uso regular de contraceptivos, em todas as relações. Como as pílulas anticoncepcionais, dispositivo intrauterino (DIU), implante subcutâneo e a camisinha (feminina ou masculina), que além da gravidez, protege contra infecções sexualmente transmissíveis (ISTs).
Saiba um pouco mais sobre o assunto, nos artigos abaixo:
- Como calcular o Período Fértil?
- O período fértil é antes ou depois da menstruação?
- Cálculo do período fértil vale para ciclo irregular?
- Quantos dias depois da menstruação posso engravidar?
Referência:
FEBRASGO - Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.
Não, muito difícil que esse pequeno atraso reflita de forma significativa na eficácia do anticoncepcional.
Como utilizar o anticoncepcional?O uso adequado do anticoncepcional deve ser diariamente, sempre que possível, em um mesmo horário.
Tem problema atrasar o anticoncepcional? Quantas horas posso atrasar sem correr riscos?O ideal é não atrasar o comprimido, para manter a eficácia estimada de quase 99% de proteção. Entretanto, segundo a maioria dos fabricantes, até 12h de atraso praticamente não altera a eficácia, a não ser que os atrasos se tornem frequentes, porque dessa maneira os níveis de hormônio no sangue vão oscilar muito e então poderá sim interferir na ação da medicação.
O que fazer quando atrasar o anticoncepcional?Quando houver o esquecimento, ou atraso do anticoncepcional por menos de 12 horas, o recomendado é que tome a pílula que foi esquecida assim que lembrar, e continue tomando as demais, conforme seu horário planejado.
Mas, no caso de já ter passado de 12 horas, a eficácia do medicamento pode ter diminuído, e nesses casos, está recomendado ler a bula do medicamento em uso, e seguir as orientações do fabricante.
O consenso mais utilizado atualmente, está baseado na fase do ciclo menstrual em que a mulher se encontra. No caso do esquecimento nos primeiros 15 dias da cartela, ou menos, a recomendação é de tomar assim que se lembrar, porém acrescentar um método contraceptivo pelos próximos 7 dias, por exemplo, a camisinha. Para efetivamente evitar a gravidez.
No caso do esquecimento ter ocorrido após o 15º dia, recomenda-se interromper o uso do anticoncepcional e usar outro contraceptivo, até nova menstruação e então reiniciar o anticoncepcional.
Visto que a quantidade de anticoncepcionais disponíveis no mercado é extensa, o melhor é buscar a orientação na bula do seu medicamento em questão, ou sempre que possível, fazer contato com seu médico ginecologista assistente.
É possível, porém muito raro. Se fizer o uso da medicação corretamente, o que inclui tomar uma pílula, todos os dias, de preferência no mesmo horário, a chance de engravidar é quase zero.
Inclusive durante o uso de anticoncepcional, não existe período fértil ou ovulação, devido a ação dos hormônios na pilula. Por isso, o risco de engravidar pode ser menor que 1%. Porém, se houver falha na toma da medicação, como o esquecimento de um ou mais comprimidos, a eficácia ficará comprometida.
Além disso, é recomendado que durante a primeira cartela, use mais um contraceptivo, como a camisinha, enquanto o organismo está em adaptação. Após um ano de uso, já está protegida.
Tomo anticoncepcional há 1 ano, posso engravidar?Provavelmente não. O uso correto do anticoncepcional, impede a gravidez, devido à ausência da ovulação.
O importante é sempre fazer o uso conforme orientado pelo médico e pelo fabricante, o que pode variar um pouco, entre as diferentes pílulas encontradas atualmente no mercado.
A maioria das pílulas são tomadas diariamente, de preferência no mesmo horário, durante 21 dias consecutivos, e depois passa 7 dias sem medicação. Após essa semana reinicia nova cartela. Existem ainda as cartelas de 28 dias, onde não há necessidade da pausa.
Vale ressaltar, que a pílula anticoncepcional protege apenas contra uma gravidez não planejada, porém para evitar infecções sexualmente transmissíveis, como a clamídia, gonorreia, sífilis, HIV, entre outras, o único método eficaz é a método de barreira, a camisinha feminina ou masculina.
Conheça mais sobre esse tema, nos seguintes artigos:
Sêmen ralo não é sinal de infertilidade. A única forma de saber se um homem é estéril ou está com a fertilidade reduzida é pelo exame específico chamado espermograma, que irá demonstrar a quantidade e a qualidade dos espermatozoides presentes no sêmen.
A consistência do sêmen (ralo ou mais espesso) varia de homem para homem e depende também do tempo que o individuo ficou sem ter uma ejaculação. Por isso, não se pode afirmar que sêmen ralo seja sinal de infertilidade.
O número de espermatozoides considerado normal numa ejaculação é em torno de 15 a 20 milhões por cada ml de esperma e no mínimo 40% deles devem ser capazes de chegar à trompa para encontrar o óvulo, para que a mulher possa engravidar. Já o volume de sêmen normal em cada ejaculação varia entre 1,5 ml e 5 ml.
A principal causa de infertilidade masculina é a produção baixa ou inadequada de espermatozoides, além de disfunção hormonal, varicocele e processos inflamatórios.
Casos de disfunção hormonal, varicocele e processos inflamatórios podem ser revertidos com tratamento.
Para saber se há algum problema com o seu sêmen, procure o/a médico/a urologista, clínico geral ou médico/a de família.
Leia também:
Pancada nos testículos pode causar infertilidade?
O ciclo menstrual é o tempo compreendido entre duas menstruações. Portanto, para contar o seu ciclo menstrual, você deve anotar em que dia vem a sua menstruação. Esse dia em que a menstruação desce é o primeiro dia do ciclo menstrual, que termina com a vinda do próximo período menstrual.
Portanto, a partir do seu primeiro dia de menstruação, comece a contar os dias seguintes até a próxima menstruação. O número de dias compreendidos entre as duas menstruações é o tempo de duração do seu ciclo menstrual.
Em média, as mulheres têm um ciclo menstrual de 28 dias. Porém, algumas podem ter ciclos mais curtos, com até 21 dias, enquanto outras podem apresentar ciclos menstruais longos, com 36 ou mais dias. Essa variação é normal e está relacionada com vários fatores como a idade, presença de fatores estressantes ao longo de cada ciclo, flutuações hormonais e com o organismo de cada mulher.
Após a menarca (primeira menstruação), ainda durante a adolescência, os ciclos geralmente são longos. Depois, à medida que a mulher se aproxima da menopausa (última menstruação), os seus ciclos vão se tornando mais curtos.
Em que fase do ciclo menstrual ocorre a ovulação?A ovulação ocorre ao redor da metade do ciclo menstrual e representa o momento de maior fertilidade. Para ciclos irregulares, nem sempre é fácil calcular o dia exato da ovulação. Para isso, a mulher poderá reconhecer um conjunto de sinais e sintomas que indicarão a fase ovulatória.
Para calcular o seu período fértil, conte 3 dias antes e 3 dias depois do dia da ovulação. Assim, já sabe que é nesse período que tem maior probabilidade de engravidar. Portanto, se o 15º dia do ciclo é o seu dia de ovulação, então o seu período fértil será entre o 12º ao 18º dias do seu ciclo.
Lembrando que os métodos anticoncepcionais hormonais podem interferir na duração do ciclo menstrual, no tempo total da menstruação e na quantidade do sangramento. A mulher que usa esses tipos de anticoncepcionais geralmente não ovula e, por isso, não engravida.
Para maiores esclarecimentos, consulte o/a médico/a de família, clínico/a geral ou ginecologista.
O TSH alto, na gravidez, ou em outras situações, reflete que o funcionamento da glândula tiróide pode não estar adequado (hipotireoidismo).
O TSH, sigla para "hormônio estimulador da tireóide" é um hormônio fabricado por uma glândula que fica dentro do crânio, e que se chama hipófise. Esta glândula controla o funcionamento de diversas outras glândulas do corpo, sendo a tireóide uma delas. A produção de TSH está inversamente relacionada à quantidade de hormônio tireoidiano produzido (T3 e T4), ou seja, se a tireóide produzir hormônios em quantidade inferior à necessária, haverá aumento do TSH e vice-versa. A causa mais comum para menor produção dos hormônios pela tireóide é a inflamação auto-imune da glândula, conhecida como tireoidite de Hashimoto.
O hipotireoidismo durante a gravidez é potencialmente perigoso, porque pode acarretar consequências tanto para a mãe quanto para o bebê. Faz parte dos exames de pré-natal a dosagem do TSH.
Quando o tratamento é seguido corretamente, os riscos do hipotireoidismo na gravidez são virtualmente inexistentes. Se não foi iniciado o tratamento, há risco para o bebê de:
- parto prematuro,
- arritmias,
- problemas cognitivos e de inteligência,
- óbito fetal.
Já para a gestante, há risco de:
- pré-eclâmpsia, quando a pressão arterial sobe na gestação,
- diminuição da fertilidade e dificuldade para engravidar.
O tratamento para o hipotireoidismo na gravidez passa pela ingestão de hormônios sintéticos todos os dias. A dose pode ser revista e mudada algumas vezes de modo a que o bebê não se ressinta mantendo-se um equilíbrio hormonal correto. O controle da dose adequada deve ser feita a cada 6 a 8 semanas, através da dosagem do TSH e do T4 livre.
Vale ressaltar que o hipotireoidismo bem controlado não trará qualquer prejuízo ao feto ou à mãe.
O pré-natal deve ser feito pelo gineco-obstetra e, na alteração da função tireoidiana, é necessário seguimento com o endocrinologista. Na alteração de exames laboratoriais, consulte um médico.
Sim. A pílula anticoncepcional usada com falhas diminui a sua eficácia em prevenir a gravidez e, portanto, quando não usada corretamente, a possibilidade de engravidar aumenta.
As falhas do uso do anticoncepcional costumam ser:
- Esquecimento de comprimido;
- Tomada do comprimido fora do horário habitual;
- Intervalo prolongado da pausa entre as cartelas;
- Tomada do comprimido em horário diferente a cada dia.
Todas essas falhas podem diminuir a eficácia da pílula e, consequentemente, aumentar a chance de engravidar.
O que fazer se esquecer o anticoncepcional?O esquecimento por menos de 12h, não interfere na eficácia da pilula, por isso, nesse caso, basta tomar a pílula que foi esquecida assim que se lembre, e continuar tomando a cartela como antes.
Se passou mais de 12 horas, a eficácia do medicamento pode ter diminuído, por isso é recomendado conversar com o médico que receitou a pílula, ou ler a bula do medicamento, e seguir as orientações do fabricante.
Quando a mulher apresentou alguma falha no método, é recomendado o uso de outro método contraceptivo associado (por exemplo, o preservativo) para garantir que não engravide.
Conheça mais sobre esse tema, nos artigos:
- É possível engravidar tomando anticoncepcional?
- Relação sem penetração ou ejaculação pode ficar grávida?
- Quanto dias depois de tomar o anticoncepcional injetável posso ter relação?
- Esqueci de tomar a pílula anticoncepcional. Posso engravidar? O que eu faço?
- Quanto tempo dura o efeito anticoncepcional da injeção mensal?
Nos casos de uso regular de anticoncepcional e uso de camisinha a mulher está praticamente fora de risco tanto de engravidar, quanto de adquirir doenças sexualmente transmissíveis (DST).
Na medicina nunca podemos afirmar o risco ou benefício de 100%, pois fatores externos e internos, no nosso organismo podem alterar essa resposta. Entretanto, neste caso, já está comprovado cientificamente, que a eficácia do uso de dois contraceptivos, alcança ao menos 99% de segurança.
Portanto, se você faz uso correto da pílula tomando 1 comprimido por dia no mesmo horário todos os dias, deve manter, assim como o hábito do uso conjunta dos preservativos, pois são a maneira mais eficaz de impedir a contaminação de DST.
Caso tenha ocorrido alguma falha no uso do anticoncepcional nesse período, procure o médico de família, clínico geral ou ginecologista para uma avaliação.
Saiba mais sobre riscos de engravidar:
Verruga na região genital pode ser indicativo de alguma doença sexualmente transmissível (DST). A lesão mais frequente associada às verrugas na vagina é causada pelo vírus papiloma humano (HPV). A verruga genital, também conhecida como condiloma acuminado, pode ser plana ou elevada, com aspecto semelhante a couve-flor.
Na mulher, o condiloma por surgir na vagina, vulva, ânus, reto, uretra e colo do útero. Essas verrugas podem aparecer de 3 semanas a 8 meses depois que ocorreu a relação sexual desprotegida. Porém, o HPV pode ser transmitido mesmo com o uso de preservativo, se houver contato íntimo da pele ou da mucosa com a verruga.
Se a mulher tiver verruga genital e engravidar, pode haver um aumento no número e no tamanho das lesões. Porém, geralmente diminuem depois do parto.
Qual é o tratamento para verruga genital?A maioria das verrugas na vagina decorrentes do HPV são transitórias e podem desaparecer espontaneamente em 2 anos, não precisando de nenhum tratamento específico.
Se houver crescimento da verruga, dor e incômodo, procure um serviço de saúde para avaliação e tratamento. Em alguns casos, essas verrugas precisam ser "queimadas" com ácido para serem eliminadas. Até porque, se não forem eliminadas, podem transmitir o HPV.
Em alguns casos, quando a verruga é muito grande ou volta a aparecer depois do tratamento, pode ser necessário realizar uma pequena cirurgia para retirá-la. Mesmo após a remoção cirúrgica, a verruga genital pode reaparecer, sendo necessário repetir o tratamento.
Estima-se que 50% a 80% das pessoas sexualmente ativas está infectada pelo HPV. Porém, na maioria dos casos, não manifestam sintomas.
Se a verruga genital é causada por HPV, posso ter câncer?A presença de verruga genital não tem propriamente relação com câncer. É importante frisar que existem mais de 200 tipos de HPV, subdivididos em diferentes grupos. Cada grupo de HPV causa um tipo diferente de manifestação e aqueles que causam verrugas não são os mesmos que provocam câncer.
Dentre todos os tipos de HPV, 40 deles podem infectar a região anal ou genital e 12 podem causar câncer de colo do útero, vagina, vulva, pênis, ânus ou orofaringe. Embora muitas mulheres estejam infectadas pelo HPV, são poucos os casos que evoluem para câncer.
Os vírus considerados de alto risco para câncer são o HPV 16 e o HPV 18, que não causam verrugas. Além disso, existem fatores de risco para o desenvolvimento de câncer de colo do útero, tais como:
- Infecção por HIV;
- Início precoce da vida sexual;
- Ter muitos parceiros sexuais;
- Partos múltiplos;
- Genética;
- Tabagismo;
- Presença de outras micro-organismos transmitidos sexualmente, sobretudo o Herpes Simplex tipo 2 e a Chlamydia trachomatis.
No entanto, a infecção por HPV nas mulheres está altamente associada ao câncer de colo do útero. O vírus é responsável por quase todos os casos da doença. Como o tumor apresenta evolução muito lenta e geralmente não manifesta sintomas, pode haver atraso no diagnóstico e o câncer pode evoluir para formas invasivas.
Por isso, é fundamental a realização do exame preventivo com frequência anual ou a cada 3 anos, dependendo do resultado do exame, para avaliação do útero, colo do útero e da região interna da vagina.
Esse exame é capaz de avaliar a presença de lesões e corrimentos que, ao serem detectados podem ser devidamente tratados. O exame preventivo é oferecido nas Unidades Básicas de Saúde gratuitamente.
Para calcular o período fértil quando os ciclos menstruais são irregulares, você deve primeiro anotar, durante pelo menos 6 meses, quantos dias têm os seus ciclos menstruais.
Depois de saber a duração dos últimos 6 ciclos, você deve subtrair 18 do número de dias do ciclo mais curto, para encontrar o 1º dia do período fértil, e subtrair 11 do número de dias do ciclo mais longo, para calcular o último dia do seu período fértil.
Exemplo: Se o seu ciclo mais longo foi de 35 dias e o mais curto foi de 26 dias, você tem que subtrair 18 do ciclo mais curto (18 - 26 = 8) e subtrair 11 do ciclo mais longo (35 - 11 = 24).
Resultado: O seu período fértil vai do 8º ao 24º dia do ciclo. Portanto, se pretende engravidar, deve manter relações dentre desse período. Se não quiser engravidar e não usar nenhum método anticoncepcional, deve abster-se de relações nesse período.
Lembrando que o 1º dia de menstruação é sempre considerado o dia 1 do ciclo.
Veja aqui como calcular o período fértil.
Calcular o período fértil em ciclos irregulares é seguro?Não, calcular o período fértil quando a mulher tem ciclos irregulares não é seguro, pois o cálculo faz uma avaliação retrospectiva que é projetada para o futuro, quando o funcionamento do organismo da mulher é bastante incerto.
Além disso, quanto maior for avariação entre os ciclos menstruais, maior será o número de dias doperíodo fértil e mais impreciso é o cálculo.
Isso porque os ciclos irregulares tornam impossível prever o dia exato da ovulação, uma vez que a mulher ovula num dia diferente do ciclo a cada mês.
Por isso, mulheres que apresentam ciclos com variações de mais de 6 dias não devem usar esse método, pois não dá para prever com segurança quais serão os dias férteis.
Saiba mais em: O período fértil pode mudar de mês para mês?
O ciclo menstrual irregular pode ter diversas causas, como distúrbios hormonais, alterações na produção do hormônio prolactina ou ainda problemas na tireoide.
No seu caso, os ciclos ficaram desregulados depois de ter parado com o anticoncepcional, o que está relacionado com fatores hormonais.
O melhor a fazer é falar com o seu médico de família ou ginecologista para saber o que pode ser feito e descobrir ao certo por que o seu ciclo ficou irregular.
Leia também:
Quais os sintomas do período fértil?
Menstruei duas vezes este mês: como saber qual meu período fértil?
Não, HPV não tem cura definitiva, já que não existe tratamento ou medicamento capaz de eliminar completamente o vírus do organismo.
O objetivo do tratamento é destruir as lesões (verrugas) através da aplicação de medicamentos locais, uso de medicação para estimular a imunidade, cauterização, laser, crioterapia (congelamento) ou remoção cirúrgica. Mesmo depois de tratado, o HPV volta a se manifestar em cerca de 25% dos casos.
O HPV é um vírus que se transmite pelo contato com uma pessoa contaminada. Assim que entra no corpo, o vírus se aloja nas várias camadas de células da pele ou mucosa, na região exposta.
Apesar do HPV permanecer no organismo e estar presente na maioria da população, muitas vezes não causa sintomas. Isso porque o sistema imunológico de grande parte das pessoas consegue combater eficazmente o vírus.
Leia também: Quais são os sintomas do HPV?
É importante lembrar que apesar de não ter cura, apenas uma pequena parte dos tipos de HPV (menos de 10%) pode causar câncer. Há centenas de tipos de HPV e somente cerca de 12 deles podem desencadear algum tipo de câncer no colo uterino, na boca, na garganta, no ânus, no pênis ou na vagina.
Existe tratamento para HPV?O tratamento do HPV depende da localização e da extensão das lesões, podendo envolver uso de cremes e medicamentos à base de ácidos para aplicar no local, crioterapia (congelamento), cauterização (queimar), aplicação de laser ou ainda remoção através de cirurgia.
O tratamento mais comumente utilizado, que envolve a remoção das lesões da pele, não é capaz de eliminar completamente a presença do vírus, uma vez que não é possível detectar a sua presença dentro das células sem lesões.
Sendo assim, é comum que as lesões retornem após algum tempo, com a reativação do vírus causada por fatores emocionais, estresse e quedas de imunidade.
Algumas medicações mais modernas, chamadas de imunomoduladores, têm o objetivo de melhorar a imunidade e tentar eliminar os vírus, porém seu uso é restrito para casos muito específicos e tem uma série de efeitos colaterais.
Veja também: Qual é o tratamento para HPV?
O HPV pode permanecer silencioso, sem manifestar sintomas ou desenvolver câncer durante muitos anos, até décadas. Durante esse período, a infecção passa por diversas fases.
Se o HPV não tem cura, como prevenir?O uso de preservativo em todo tipo de relação sexual é a melhor forma de prevenir não só a transmissão do HPV como de todas as outras infecções sexualmente transmissíveis (IST). No entanto, a camisinha não é totalmente eficaz para evitar o contágio por HPV, já que a pele não recoberta pelo preservativo fica exposta.
Além, disso, não é necessário haver penetração para que a pessoa fique infectada pelo vírus. Basta passar a mão sobre o local da lesão já é suficiente para espalhar a doença para outras partes do corpo.
No caso das mulheres, além do uso de preservativos, é importante a realização do exame de rastreamento de câncer de colo de útero, quando indicado pelo/a médico/a. Existe ainda a vacina, que é essencial para proteger contra determinados tipos de HPV responsáveis por grande parte dos casos de câncer de colo de útero e verrugas genitais.
Saiba mais sobre a vacina contra o HPV em: Como tomar a vacina contra HPV?
Mesmo os HPV que causam câncer têm tratamento na maioria dos casos. Contudo, é importante que a infecção seja diagnosticada precocemente para que as lesões pré-cancerígenas sejam tratadas antes de evoluírem para tumores malignos.
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Se você manteve uma nova relação sexual sem proteção após tomar a pílula do dia seguinte pode sim engravidar.
O contraceptivo de emergência, mais comumente conhecido como pílula do dia seguinte, apenas protege de uma gravidez até o dia em que foi tomado, não tendo efeito sobre o risco de gravidez nas relações sexuais seguintes.
Portanto, o ideal é iniciar um método anticoncepcional logo após tomar a pílula do dia seguinte, impedindo assim uma gravidez.
O que fazer se tomar tiver relação sexual desprotegida após a pílula do dia seguinte?Caso você tenha tido uma relação sexual desprotegida após tomar a pílula do dia seguinte, pode ter engravidado. Portanto, poderá realizar um teste gravidez se notar uma semana de atraso menstrual.
Posso tomar outra pílula do dia seguinte?Se teve uma relação sexual desprotegida logo após tomar a pílula do dia seguinte você até pode tomar outra, mas nesses casos, a eficácia da pílula do dia seguinte passa a ser menor, mantendo a chance de uma gravidez.
O uso da pílula do dia seguinte faz com que a ovulação seja impedia ou atrasada, por isso, é possível que ocorra a ovulação logo após tomar a pílula fazendo com que o risco de gravidez seja maior logo após tomar esta pílula.
Como e quando tomar a pílula do dia seguinte?Existem duas formulações da pílula do dia seguinte: uma composta por um único comprimido de levonorgestrel de 1,5 mg e outra contendo dois comprimidos de levonorgestrel de 750 mg cada um.
O comprimido de 1,5 mg pode ser tomado imediatamente a qualquer momento após a relação sexual desprotegida e já estará protegida.
Se optar pelo uso do comprimido de 0,75 mg também deve tomá-lo rapidamente após a relação sexual e tomar o segundo após 12 horas.
A pílula do dia seguinte pode ser tomada a qualquer momento após a relação sexual sem proteção, de preferência o mais rapidamente possível em até 5 dias. Após esse período, a chance de falha da pílula é muito grande por isso não se recomenda o seu uso.
Para mais informações consulte o seu médico de família ou ginecologista.
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Tomei pílula do dia seguinte e a menstruação não desceu
Referências bibliográficas
OMS. Planejamento familiar UM MANUAL GLOBAL PARA PROFISSIONAIS E SERVIÇOS DE SAÚDE.