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O que pode causar dor no ombro?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A dor no ombro esquerdo ou direito pode ter diversas causas. As mais comuns são: tendinite, bursite, síndrome do manguito rotador, fratura, artrite, artrose, luxação ou subluxação, além de problemas relacionados com músculos, nervos ou vasos sanguíneos próximos ao ombro, como os do pescoço e das costas.

As pessoas mais suscetíveis de ter dores nos ombros são as que praticam esportes que envolvem os membros superiores, principalmente se houver arremesso ou elevação dos braços, além de profissionais que trabalham muitas horas ao computador, com os braços levantados ou realizando movimentos repetitivos.

O ombro é a articulação mais móvel do corpo, o que a torna particularmente vulnerável a lesões devido à movimentação excessiva e à instabilidade. Por isso, a dor no ombro é uma queixa relativamente frequente nos consultórios.

Quais as principais causas de dor no ombro?Tendinite

Uma das principais causas de dor no ombro é a tendinite, uma inflamação que acomete os tendões da musculatura do ombro. A tendinite pode causar dor num local específico do ombro ou em toda a articulação. A dor também pode irradiar do ombro para o braço e se agrava ao realizar movimentos, principalmente se a pessoa levantar os braços acima da cabeça.

Bursite

Outra causa comum de dor no ombro é a bursite. Trata-se de uma inflamação da bursa, uma espécie de bolsa cheia de líquido que protege o tendão. Contudo, quando o tendão sofre um desgaste, uma lesão ou é atingido constantemente pelos ossos, ocorre uma inflamação que afeta primeiro o tendão (tendinite) e depois pode atingir a bursa (bursite).

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Síndrome do manguito rotador

Quando a inflamação afeta os tendões mais profundos do ombro em simultâneo, leva à síndrome do manguito rotador. O manguito é formado por 4 músculos profundos que atuam em conjunto para estabilizar e movimentar o ombro.

Artrose

A artrose caracteriza-se pela degeneração da cartilagem da articulação. A cartilagem permite o deslizamento suave entre os ossos. Com a cartilagem destruída, os ossos “raspam” um no outro, causando limitação do movimento e dores no ombro.

Saiba mais em: O que é artrose e quais os sintomas?

Contraturas musculares

Contraturas musculares em músculos localizados no pescoço e nas costas, como o trapézio, podem causar dor irradiada para o ombro.

Compressão de raízes nervosas

Nesses casos, a origem das dores também não está no ombro, mas sim nas raízes nervosas localizadas no pescoço (coluna cervical). A compressão das raízes dos nervos pode ser causada por artrose (“bico de papagaio”), hérnia ou protusão de disco ou ainda contraturas musculares.

Veja também:

O que é bico de papagaio e quais são os sintomas?

Quais os sintomas de hérnia de disco?

A dor no ombro nessas situações pode vir acompanhada de formigamento, alterações da sensibilidade e perda de força muscular em ombros e braços.

Artrite

A artrite é uma inflamação da articulação, que provoca dor, inchaço e limitação dos movimentos. O processo inflamatório provoca a destruição da cartilagem articular, podendo limitar definitivamente os movimentos do ombro.

Luxação

A luxação ocorre quando algum osso é deslocado da articulação, saindo da sua posição. No caso do ombro, a luxação acontece quando o osso do braço (úmero) se desloca e perde completamente o contato com a escápula (“omoplata”).

Geralmente, a luxação do ombro acontece após alguma pancada ou queda. Os sintomas incluem dor no ombro ao realizar movimentos, inchaço, dificuldade em movimentar o ombro e dormência ao redor da articulação.

Fratura

Em caso de fratura, pode haver dor intensa no ombro, que piora com os movimentos ou a palpação do local, inchaço, manchas roxas na pele, dificuldade para movimentar o ombro, sensação de crepitação no osso e mudança da aparência habitual do ombro.

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Como aliviar dor no ombro?

Para aliviar a dor no ombro é necessário primeiro identificar a origem das dores. O tratamento deve incidir sobre a causa e tem como objetivos aliviar a dor e melhorar a capacidade funcional, ou seja, permitir que a pessoa utilize o ombro normalmente nas suas atividades do dia-a-dia.

Remédios para dor no ombro

O tratamento para dor no ombro inclui o uso de medicamentos anti-inflamatórios, analgésicos e relaxantes musculares, conforme a causa da dor.

Repouso

Em alguns casos, pode ser necessário imobilizar a articulação do ombro. As atividades que desencadeiam dor também devem ser interrompidas, sempre que possível.

Fisioterapia

A fisioterapia desempenha um papel importante no tratamento e alívio da dor no ombro. O tratamento costuma ser prolongado. Além de aliviar a dor e ajudar a controlar a inflamação na fase aguda, através da aplicação de calor, gelo e eletroterapia, o tratamento fisioterapêutico também melhora a amplitude de movimento, fortalece e relaxa a musculatura e pode ajudar a prevenir novos quadros de dor no ombro.

Infiltração no ombro

A infiltração também pode ser indicada para aliviar a dor no ombro, como em casos de tendinite, bursite, artrite e artrose que não respondem bem ao tratamento conservador. As técnicas e as medicações usadas nas infiltrações variam conforme o tipo de problema.

Em caso de dor no ombro, consulte o médico de família, clínico geral ou ortopedista para receber um diagnóstico e tratamento adequados.

O que é síndrome do túnel do carpo? Quais os sintomas?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A síndrome do túnel do carpo é uma condição provocada pela compressão do nervo mediano, que passa na região do punho, resultando em dor e formigamento nas mãos e braços.

O túnel do carpo é formado pelos ossos e ligamentos da região do punho. O nervo mediano, juntamente com outros nervos e alguns tendões, passa por essa região.

Quando, por algum motivo, esse nervo fica comprimido e o seu normal funcionamento é afetado, surgem os sintomas e pode-se dar origem à síndrome do túnel do carpo.

A causa para essa compressão do nervo mediano é desconhecida na maioria dos casos. Porém, a síndrome do túnel do carpo pode estar associada a doenças e condições como doenças da tireoide, artrite reumatoide, diabetes e gestação, devido à retenção de líquidos.

Quais são os sintomas da síndrome do túnel do carpo?

Os sintomas da síndrome do túnel do carpo são dor e formigamento no punho ou na mão, além de formigamento e dormência nos dedos das mãos, sobretudo nos dedos indicador, médio e polegar. As dores e o formigamento podem irradiar para os braços.

Esses sintomas podem ser mais frequentes durante a noite ou após algumas atividades como dirigir, digitar, segurar o telefone e ler.

A síndrome do túnel do carpo pode atingir ambas as mãos, apesar dos sintomas serem mais fortes em um dos lados. Em alguns casos, pode haver também perda de força muscular.

Qual é o tratamento para a síndrome do túnel do carpo?

O tratamento dos casos mais leves e iniciais da síndrome do túnel do carpo pode ser feito com medicamentos anti-inflamatórios, uso de tala para imobilizar a articulação durante a noite e mudanças posturais para aliviar os sintomas.

Quando a síndrome do túnel do carpo está avançada ou não responde ao tratamento conservador, pode ser necessário realizar uma cirurgia para aliviar a pressão sobre o nervo mediano.

O tratamento cirúrgico consiste em cortar o ligamento que forma o teto do túnel do carpo, através de um corte na região anterior do punho.

A resposta ao tratamento nos casos leves e moderados normalmente é muito boa. Contudo, quando a síndrome do túnel do carpo é muito grave ou de longa duração, a recuperação do nervo é mais incerta.

A síndrome do túnel do carpo pode ser diagnosticada pelo/a clínico/a geral ou médico/a de família, através do exame físico e sintomas apresentados. O diagnóstico pode ser confirmado com eletroneuromiografia. Caso você sinta algum desses sintomas, procure algum/a desses médicos/as para uma avaliação detalhada.

Quais os sintomas do vírus da raiva?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Os primeiros sintomas do vírus da raiva em humanos surgem após um período de incubação que varia entre 20 e 60 dias. São eles:

  • Mal estar;
  • Febre baixa;
  • Falta de apetite;
  • Dores de cabeça;
  • Enjoo;
  • Dor de garganta;
  • Alterações de sensibilidade no local da mordida, como coceira, formigamento, arrepios e queimação;
  • Salivação abundante devido à dor e dificuldade para engolir.

Conforme a infecção pelo vírus da raiva progride, surgem outros sintomas que afetam o sistema nervoso central, como:

  • Ansiedade;
  • Agitação;
  • Irritabilidade;
  • Sensação de angústia;
  • Delírios;
  • Alterações de comportamento;
  • Espasmos musculares;
  • Convulsões.

Ao tentar beber alguma coisa, os espasmos dos músculos de deglutição provocam uma expulsão violenta dos líquidos. Os espasmos musculares evoluem para paralisia, causando retenção urinária e alterações cardiorrespiratórias.

Esses espasmos também são desencadeados pela visão, odor e barulho de líquidos que caem num copo, por exemplo, por isso, a raiva causa comportamento de hidrofobia, que é a aversão a água.

Durante a manifestação dos sintomas, o paciente permanece consciente, com períodos de alucinações, até entrar em coma. A raiva tem uma evolução rápida,podendo levar à morte em apenas 5 a 7 dias.

Veja também: Como é a transmissão da raiva?

Quais os sintomas da raiva canina?

No início, o cachorro com raiva manifesta os seguintes sintomas:

  • Alterações de comportamento;
  • Preferência por ficar em lugares escuros;
  • Agitação sem razão aparente;
  • Sustos ao menor estímulo;
  • Diminuição ou perda de apetite;
  • Irritação no local em que o animal foi mordido.

Após um período de 1 a 3 dias, o cão fica agressivo e ameaçador, podendo morder objetos, outros animais até mesmo dono. É comum o cachorro morde-se a si próprio, causando graves feridas. A paralisia dos músculos da deglutição impedem o animal de engolir a saliva e ele começa a babar.

Também pode ocorrer paralisia das patas traseiras e o latido do cão muda, ficando semelhante a um uivo rouco.

A raiva canina pode ser prevenida através da vacinação do cão contra o vírus da raiva, que deve ser feita a partir do quarto mês de vida e reforçada em um ano.

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Dor intensa na panturrilha esquerda, o que pode ser?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Pode ser algum problema neurológico ou também um problema vascular. Uma das causas mais comuns de dor em panturrilha são a trombose venosa, quando acontece uma obstrução de um vaso, de forma abrupta, levando a um quadro de dor, dificuldade de andar e edema local. Pode haver ainda vermelhidão e calor local.

Trata-se de uma doença grave, que impede o fluxo de sangue para as regiões mais distais da perna, com risco de sequelas se não tratada a tempo.

No caso de acometimento neurológico, sendo de forma abrupta, a hipótese seria uma compressão de nervo na altura da coluna lombar ou sacral, a hérnia de disco, entretanto apenas com os sintomas descritos não é possível afirmar esse diagnóstico, é preciso um exame neurológico mais minucioso.

Já uma neuropatia periférica não costuma iniciar o quadro com dor intensa na panturrilha, portanto, seria uma suspeita menos provável, porém, da mesma forma, dependendo do exame clínico e comorbidades, deve ser investigada.

Sendo assim, recomendamos que procure um médico clínico geral, ou médico da família o quanto antes, para uma avaliação e exame clínico completo, a fim de buscar a causa desse problema, e iniciar o tratamento mais adequado para o caso.

Trombose venosa

Trombose significa a obstrução parcial ou completa do fluxo de sangue dentro de um vaso sanguíneo, originado pela formação de um ou mais coágulos. A trombose pode ocorrer dentro de artérias, o que leva a quadros de isquemia ou infarto, ou em veias, provocando quadros de trombose venosa - superficial (tromboflebite) ou profunda.

O tipo de trombose venosa mais comum é a chamada trombose venosa profunda (TVP), que acomete veias da perna, coxas ou região pélvica, caracterizando-se por quadro de edema e dor no membro acometido, especialmente a panturrilha. Sempre de um único lado. Quando a dor acomete ambos os lados, devemos pensar em outras causas.

Hérnia de disco

Hérnia de disco é o extravasamento do material interno do disco intervertebral, uma espécie de núcleo gelatinoso, que fica entre as vértebras da coluna, e atua como um amortecedor.

O disco intervertebral possui uma cápsula fibrosa, que quando sofre uma lesão e rompe, permite que esse núcleo gelatinoso saia do seu local, comprimindo o nervo, por ser uma estrutura muito próxima.

Como consequência dessa compressão, a região ou membro inervados por esse nervo comprimido, apresentam os sintomas da "hérnia", como dor, formigamento ou diminuição de força.

Por todo o descrito, o mais indicado é que procure um médico clínico geral ou médico da família para avaliar o seu caso e dar as devidas orientações.

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Coceira na vagina pode ser candidíase?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Sim, coceira na vagina pode ser candidíase, uma infecção vaginal causada pelo fungo Candida albicans. A candidíase pode causar coceira na vulva, coceira na entrada da vagina e coceira dentro da vagina.

Além de coceira vaginal, a candidíase pode causar o aparecimento de corrimento vaginal branco espesso e abundante, semelhante a requeijão, ardência nos grandes lábios e na vagina, dor durante a relação sexual, dor ao urinar, vermelhidão e inflamação da vulva (parte externa da vagina).

Como aliviar a coceira na vagina em caso de candidíase?

O tratamento da candidíase é realizado com pomada ginecológica para coceira, creme, comprimidos vaginais ou supositórios e comprimidos orais. Para aliviar a coceira e a ardência na vagina são usados remédios antifúngicos, como miconazol, clotrimazol, tioconazol e butoconazol.

A pomada ginecológica ou o remédio antifúngico podem precisar ser usados por até 7 dias. Se a mulher não tiver infecções repetitivas, pode ser indicado um medicamento de 1 dia, tomado em dose única.

Quando a coceira nas partes íntimas femininas e os outros sintomas são mais graves ou quando a mulher tem candidíase vaginal com frequência, pode ser necessário usar medicação por até 14 dias, além de pomada ginecológica com azol ou tomar comprimidos de fluconazol todas as semanas para prevenir novas infecções.

Além da candidíase, o que mais pode causar coceira na vagina?

A coceira na vagina também pode ser causada por certos distúrbios da pele ou infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). Em casos raros, o prurido vaginal pode ser sintoma de câncer de vulva.

Coceira na vulva ou na entrada da vagina em, geral, tem como causas alergia ou irritação. Já uma coceira dentro da vagina pode ser sintoma de alguma infecção causada por fungos ou bactérias. Nesse caso, além da coceira, é comum haver corrimento vaginal e inchaço local.

Abaixo seguem as principais causas de coceira na vagina, na vulva ou na região ao redor da vagina.

1. Alergia

A exposição da vagina a produtos químicos irritantes pode causar coceira. Esses irritantes podem desencadear uma reação alérgica que cria uma erupção cutânea com coceira em várias áreas do corpo, incluindo a vagina.

A alergia pode ser causada por calcinha de nylon, sabonete, absorvente, perfume, desodorante, amaciante de roupa, sprays femininos, duchas, cremes, pomadas, papel higiênico perfumado, entre outros.

O uso de calcinhas de material sintético e o uso frequente de calça jeans, sobretudo nos dias mais quentes, podem irritar a vulva (parte externa da vagina), provocando coceira e aumentando as chances de candidíase.

O que fazer: quando a coceira na vagina é causada por alergia, é necessário identificar o que está provocando a reação alérgica e afastar o agente irritante para acabar com a coceira. Além disso, é importante usar calcinhas de algodão e evitar o uso de calças jeans apertadas.

2. Doenças da pele

Algumas doenças de pele, como eczema e psoríase, podem causar vermelhidão e coceira na região da vagina.

No eczema, surge uma erupção avermelhada com textura escamosa e que coça. A psoríase provoca o aparecimento de manchas vermelhas escamosas, sobretudo no couro cabeludo e nas articulações. Porém, às vezes, esses sintomas também podem ocorrer na vagina.

O que fazer: na maioria das vezes, o tratamento das doenças de pele que causam coceira na vagina é feito com pomadas e remédios aplicados diretamente no local. Em alguns casos, pode ser necessário tomar medicamentos por via oral.

3. Vaginose

Além de coceira na vagina, leva ao aparecimento de corrimento vaginal cinzento e normalmente com mau cheiro, dor durante as relações sexuais e ardência ao urinar.

A vaginose surge quando ocorre um desequilíbrio nas bactérias que compõem a flora vaginal ou no pH da vagina. É parecida com uma infecção vaginal causada por fungos, como a candidíase.

O que fazer: o tratamento da vaginose pode ser feito com medicamentos antibióticos orais ou pomada vaginal com antibiótico. A vaginose pode ser transmitida para o parceiro, por isso ele também pode precisar receber tratamento.

4. Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs)

Além de coceira na vagina, as infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), antes chamadas de doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), podem causar dor, sensação de formigamento, queimação, aparecimento de corrimento com cheiro e feridas. Clamídia, herpes genital, tricomoníase e gonorreia estão entre as ISTs mais comuns.

O que fazer: o tratamento da infecção sexualmente transmissível depende da doença e da sua causa. Nas infecções causadas por vírus, são usados medicamentos antivirais específicos para a doença. Nas doenças causadas por bactérias e fungos são utilizados medicamentos antibióticos e antifúngicos, respectivamente.

5. Menopausa e alterações hormonais

A menopausa pode causar coceira na vagina devido à falta de lubrificação vaginal, provocada pela queda dos níveis do hormônio estrógeno.

Gravidez, pré-menopausa e uso de anticoncepcional hormonal também podem causar alterações hormonais que levam à secura vaginal, o pode causar coceira na vagina.

O que fazer: uma vez que a coceira na vagina nesse caso é causada pela falta de lubrificação, o uso de lubrificantes vaginais pode ajudar a aliviar a coceira. Se o prurido for muito intenso, pode ser indicada a aplicação de pomada vaginal de estriol.

6. Líquen escleroso

Causa coceira na vagina e o aparecimento de vários pontinhos brancos na pele. O líquen escleroso pode estar relacionado com alterações hormonais e imunidade baixa.

O que fazer: o objetivo do tratamento do líquen escleroso é aliviar os sintomas e acelerar a cicatrização. Se os sintomas forem leves, pode não ser necessário tratamento. O tratamento pode incluir:

  • Anti-histamínicos;
  • Medicamentos para acalmar o sistema imunológico (em casos graves);
  • Corticoides orais ou em pomadas para diminuir a inflamação e reduzir a resposta imune;
  • Injeções de corticoides na lesão;
  • Vitamina A em pomada ou comprimido;
  • Terapia com luz ultravioleta.
7. Líquens vulvares

Caracteriza-se pelo aparecimento de lesões na vagina e não tem uma causa conhecida. Provoca coceira intensa na vagina e pode evoluir para câncer de vulva.

O que fazer: o tratamento da coceira na vagina causada por líquens vulgares geralmente é feito com pomada vaginal de corticoide. A pomada pode eliminar completamente os sintomas em mais de 70% dos casos.

A aplicação da pomada vaginal, em geral, é realizada duas vezes ao dia, por três meses, além de doses de manutenção posteriormente. Em alguns casos, pode ser necessário manter as doses de manutenção por até 10 anos.

8. Câncer de vulva

Em casos raros, a coceira na vagina pode ser um sintoma de câncer de vulva, que é a parte externa do órgão genital feminino. Inclui os lábios interno e externo da vagina, o clitóris e a abertura da vagina.

O câncer de vulva nem sempre causa sintomas. No entanto, quando os sintomas ocorrem, eles podem incluir coceira, sangramento anormal ou dor na região vulvar.

O que fazer: o tratamento do câncer de vulva normalmente é feito através de cirurgia para retirar o tumor. A radioterapia também pode ser indicada. O tratamento é feito por meio da aplicação de radiação no local para destruir as células cancerosas.

Quando procurar um médico em caso de coceira na vagina?

É importante consultar um médico ginecologista ou médico de família quando a coceira na vagina for intensa. A mulher também deve procurar o médico se a coceira persistir por mais de uma semana ou vier acompanhada de algum dos seguintes sintomas:

  • Feridas ou bolhas na vulva;
  • Dor ou sensibilidade na região genital;
  • Vermelhidão ou inchaço na vagina;
  • Dificuldade para urinar;
  • Corrimento vaginal;
  • Dor ou desconforto durante a relação sexual.

Em caso de coceira na vagina, na vulva ou em qualquer local das partes íntimas femininas, consulte um médico ginecologista ou médico de família para fazer uma avaliação e receber o tratamento adequado.

Quais os sintomas da trombocitose e qual o tratamento?
Dra. Ângela Cassol
Dra. Ângela Cassol
Médico

Trombocitose, ou plaquetas altas, pode não causar sintomas ou podem ocorrer náuseas, vômitos, perda de noção espacial (labirintite) e formigamento nas extremidades.

Muitas vezes não requer tratamento e é temporária. Em alguns casos, especialmente se o número de plaquetas for superior a 1.000.000/mm3, pode ser necessário o uso de ácido acetil salicílico, pelo risco de trombose, e hidroxiureia, um agente citorredutor (que diminui a contagem das células do sangue).

Não há evidência de que seja necessário evitar ou preferir alimentos ou que a prática de outras modalidades de tratamento seja benéfica.

A avaliação da causa da trombocitose e se há necessidade de tratamento deverá ser feita pelo médico hematologista.

Herpes simples: o que é, quais os sintomas, o que causa e tratamento
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Herpes simples é uma doença causada pelos vírus herpes simplex tipo 1 (HSV-1) e tipo 2 (HSV-2). A infecção se caracteriza pelo aparecimento de feridas, além de bolhas pequenas e dolorosas na boca (herpes labial) ou nos órgãos genitais (herpes genital).

O herpes simplex tipo 1 afeta frequentemente a boca e os lábios, causando herpes labial.

Herpes simples (herpes labial)

Já o herpes simplex tipo 2 quase sempre causa herpes genital, afetando a pele ou as mucosas dos órgãos genitais. Trata-se de uma infecção sexualmente transmissível. Pode ser transmitido através do contato com a pele ou através de secreções orais ou genitais.

No entanto, ambos podem causar herpes labial ou genital através do contato com feridas ativas.

Como ocorre a transmissão do herpes simples?

A pessoa pode adquirir herpes simples se a sua pele, boca ou órgãos genitais entrar em contato com alguém que tenha lesões ativas (surto). A transmissão também pode ocorrer através do contato com objetos infectados pelo vírus, como barbeadores, toalhas, pratos e outros objetos compartilhados.

No caso do herpes simplex tipo 2, o vírus pode ser transmitido mesmo quando não há lesões ou outros sinais e sintomas presentes. Isso dificulta perceber a presença da doença.

A maioria das pessoas é infectada pelo herpes simplex tipo 1 antes de completar 20 anos. Após a primeira infecção, o vírus fica inativo nos nervos do organismo. Quando se torna ativo, causa as lesões que caracterizam o herpes simples.

Quais os sintomas do herpes simples? Sintomas de herpes labial

Geralmente, os sintomas típicos do herpes labial aparecem depois de uma a três semanas do contato com o vírus e após sintomas de "aviso".

Os “sintomas de aviso” incluem:

  • Coceira nos lábios ou na pele ao redor da boca;
  • Queimação perto dos lábios ou na região da boca;
  • Formigamento próximo dos lábios ou da boca;
  • Dor de garganta;
  • Febre;
  • Gânglios inchados (nódulos);
  • Dor para engolir.

Depois, surgem as lesões características, que são:

  • Inicialmente pequenas bolhas vermelhas que estouram e liberam secreção,
  • A seguir, surgem pequenas bolhas cheias de líquido amarelado e claro,
  • Na fase final, as bolhas ficam amareladas cobertas por uma crosta,
  • Por fim, quando as lesões desaparecem, a pele no local fica rosada e mais sensível durante alguns dias.

O tempo de duração dos sintomas pode ser de até 3 semanas.

Sintomas de herpes genital

Muitas pessoas com herpes genital nunca apresentam lesões ou manifestam sintomas muito leves. Eles podem passar despercebidos ou ser confundidos com picadas de insetos ou outras condições que afetam a pele.

Contudo, nos casos em que ocorrem sinais e sintomas durante o primeiro surto, as manifestações podem ser graves. O primeiro surto geralmente ocorre após dois dias a duas semanas que ocorreu a infecção.

Os sintomas gerais do herpes genital incluem:

  • Diminuição do apetite;
  • Febre;
  • Mal-estar geral;
  • Dores musculares na região da coluna lombar, nádegas, coxas ou joelhos;
  • Presença de nódulos (“ínguas”) dolorosos na virilha.

Na região genital aparecem pequenas bolhas dolorosas, preenchidas com um líquido claro ou amarelado. Quando as bolhas se rompem, deixam feridas superficiais muito dolorosas no local, que depois formam crostas e curam-se lentamente durante 7 a 14 dias ou mais.

Antes que as bolhas apareçam, pode haver formigamento, queimação, coceira ou dor no local onde elas irão surgir.

As lesões podem ocorrer na vagina, no colo do útero, ao redor do ânus, nas coxas, nas nádegas, no pênis e no saco escrotal. O vírus herpes simplex tipo 2 também pode infectar outras partes do corpo, como boca, olhos, gengivas, lábios, dedos, entre outras.

Outros sintomas do herpes genital podem incluir:

  • Dor ao urinar;
  • Corrimento vaginal;
  • Dificuldade para esvaziar a bexiga, podendo ser necessário utilizar um cateter.

Um segundo surto pode ocorrer após semanas ou meses. Geralmente, é menos intenso e desaparece mais rápido que o primeiro surto. Com o tempo, o número de surtos pode diminuir.

Qual é o tratamento para herpes simples? Tratamento do herpes labial

Os sintomas do herpes labial podem desaparecer espontaneamente após uma ou duas semanas, mesmo sem tratamento. Porém, podem ser indicados medicamentos antivirais orais ou em pomada, para ajudar a reduzir a dor e fazer com que os sintomas desapareçam mais rapidamente.

O remédio antiviral mais usado para tratar o herpes simples que afeta a boca é o aciclovir®. A medicação é mais eficaz se for utilizada assim que surgirem os sintomas de alerta, antes do aparecimento das lesões.

Tratamento do herpes genital

O tratamento do herpes genital também é feito com medicamentos antivirais, como aciclovir® ou valaciclovir®. Os remédios ajudam a aliviar a dor e o desconforto durante um surto, curando as lesões mais rapidamente. As medicações costumam ser mais eficazes durante a primeira manifestação do herpes simples do que nos surtos subsequentes.

Em caso de surtos repetidos, o medicamento deve ser tomado assim que o formigamento, queimação ou coceira começarem a surgir.

Pessoas com manifestações frequentes de herpes genital podem precisar tomar a medicação diariamente por um tempo. O objetivo é prevenir surtos ou diminuir a duração deles, além de reduzir a chance de transmitir o herpes para outra pessoa.

Recomenda-se que mulheres grávidas com herpes simples genital recebam tratamento durante o último mês de gravidez, para reduzir a probabilidade de surtos no momento do parto. Se houver um surto de herpes próximo ao momento do parto, é indicado o parto por cesariana para diminuir o risco de infectar o bebê.

Quais as possíveis complicações do herpes simples?

O herpes simples pode ser grave e perigoso se ocorrer dentro ou perto dos olhos. Também oferece riscos à saúde se a pessoa tiver imunidade baixa devido a doenças ou medicamentos. As possíveis complicações do herpes simples podem incluir:

  • Cegueira (quando afeta os olhos);
  • Propagação do vírus para outras partes do corpo, incluindo cérebro, olhos, esôfago, fígado, medula espinhal e pulmões. Essas complicações ocorrem com frequência em pessoas com baixa imunidade;
  • Infecção bacteriana da pele;
  • Infecção generalizada, que pode ser fatal em pessoas com o sistema imunológico debilitado.

Mulheres grávidas que têm uma infecção ativa de herpes genital ao dar à luz podem transmitir a infecção ao bebê. O vírus pode causar uma infecção no cérebro do recém-nascido.

Para maiores esclarecimentos, consulte um médico clínico geral ou um médico de família.

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O que é hérnia de disco? Quais as causas, sintomas e tratamento?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Hérnia de disco ou hérnia discal é o extravasamento parcial ou total do núcleo do disco intervertebral, localizado entre as vértebras da coluna. Ao extravasar por uma parte enfraquecida do disco, o núcleo pode pressionar as raízes dos nervos na medula espinhal e causar dor, formigamento, dormência e até perda de força muscular.

A hérnia de disco lombar, localizada na parte inferior das costas (coluna lombar), é a mais comum, seguida pela hérnia de disco cervical, que ocorre no pescoço (coluna cervical). Já os discos da coluna torácica raramente são afetados, o que torna a hérnia discal torácica ou dorsal pouco comum.

A hérnia de disco lombar surge com mais frequência entre as duas últimas vértebras da coluna lombar (L4 e L5) e entre a última vértebra lombar e o osso sacro (L5 e S1).

Já a hérnia discal cervical é mais comum entre as duas últimas vértebras cervicais (C6 e C7) e entre a última vértebra cervical e a primeira vértebra torácica (C7 e T1).

Quais as causas da hérnia de disco?

As vértebras da coluna protegem os nervos que saem do cérebro e descem pelas costas para formar a medula espinhal. Na medula estão as raízes de nervos longos, localizadas entre cada vértebra.

As vértebras são separadas por discos que contêm um núcleo gelatinoso. Os discos intervertebrais amortecem impactos e permitem o movimento entre as vértebras durante a flexão, extensão e rotação da coluna vertebral.

A hérnia de disco ocorre quando o disco se rompe devido a alguma lesão ou tensão, levando ao extravasamento do núcleo, que pode comprimir os nervos próximos à coluna. Isso pode causar dor, dormência, formigamentos e perda de força.

Os principais fatores que aumentam o risco de hérnia discal incluem:

  • Levantar objetos pesados curvando a coluna para frente. O risco é ainda maior se houver movimento de rotação da coluna;
  • Excesso de peso;
  • Flexionar ou torcer repetidamente a coluna lombar;
  • Sentar-se ou permanecer na mesma posição por muitas horas, principalmente com postura incorreta;
  • Falta de atividade física.
Quais os sintomas de hérnia de disco?

A dor da hérnia de disco ocorre com mais frequência em apenas um lado do corpo. Muitas vezes, a dor começa lentamente, podendo piorar depois de ficar em pé ou na posição sentada, ao espirrar, tossir ou rir, ao inclinar a coluna para trás, ao caminhar e ao prender a respiração. Os sintomas variam de acordo com a localização da hérnia.

Em casos raros, a hérnia de disco pode causar complicações como dor prolongada nas costas, no pescoço, nos braços ou nas pernas, perda do movimento ou da sensibilidade em pernas, pés, braços e mãos, perda da função da bexiga e do intestino e lesão permanente na medula espinhal (muito raro).

Quais os sintomas da hérnia de disco lombar?

Uma hérnia de disco na região lombar pode causar dor aguda local, que pode irradiar para uma parte da perna, quadril ou nádegas, além de dormência ou formigamento na panturrilha ou planta do pé. Também pode haver perda de força no membro afetado.

Quais os sintomas da hérnia de disco cervical?

A hérnia de disco cervical pode causar dor ao mover o pescoço, dor profunda próxima ou acima da escápula (omoplata) ou dor que irradia para braço, antebraço e dedos. Também pode haver dormência e formigamento em ombro, cotovelo, antebraço e dedos.

Como saber se tenho hérnia de disco?

Uma ressonância magnética ou tomografia computadorizada da coluna vertebral pode identificar e mostrar a localização da hérnia. A eletromiografia é usada para detectar a raiz nervosa exata que está comprometida. Já a mielografia pode determinar o tamanho da hérnia e a localização do disco herniado.

O raio-x não serve para diagnosticar a hérnia de disco, mas pode ser indicado para descartar outras causas de dor lombar ou cervical.

Qual é o tratamento para hérnia de disco?

O tratamento da hérnia de disco pode incluir repouso, cuidados gerais, medicamentos, fisioterapia e cirurgia. O tratamento inicial é feito com repouso e medicamentos analgésicos e anti-inflamatórios. Quando a dor estiver controlada, deve ter início a fisioterapia. Alguns casos necessitam de injeções de corticosteroides ou cirurgia.

Durante uma crise, deve-se reduzir as atividades habituais durante os primeiros dias e retomá-las lentamente. Após 2 a 3 semanas, a pessoa pode começar gradualmente a se exercitar novamente. Contudo, deve-se evitar levantar objetos pesados ou torcer as costas durante as primeiras 6 semanas após o início da dor.

Medicamentos

Os medicamentos usados no tratamento da hérnia de disco ajudam a aliviar a dor. Podem ser prescritos anti-inflamatórios para controle da dor a longo prazo. Se a dor for intensa e não responder aos anti-inflamatórios, pode ser indicado o uso de opioides. O tratamento pode incluir ainda o uso de medicamentos para acalmar os nervos e relaxantes musculares para aliviar os espasmos.

Fisioterapia

A fisioterapia desempenha um importante papel no tratamento da grande maioria do casos de hérnia de disco. Além de ensinar a pessoa a levantar objetos, caminhar, vestir-se e realizar outras atividades adequadamente, a fisioterapia inclui exercícios que fortalecem, relaxam e aumentam a flexibilidade dos músculos que sustentam a coluna.

Mudanças no estilo de vida

Praticar exercícios físicos devidamente orientados e fazer dieta são muito importantes para melhorar a dor nas costas se a pessoa estiver acima do peso.

Injeções

As injeções de medicamentos corticosteroides no local da hérnia de disco podem ajudar a controlar a dor por alguns meses. Essas injeções reduzem a inflamação ao redor do disco e aliviam muitos sintomas. Contudo, não resolvem a causa da dor, que pode voltar depois de algumas semanas ou meses.

Cirurgia

A cirurgia para hérnia de disco é a última opção de tratamento, sendo indicada quando os sintomas não desaparecem com os outros tratamentos ao longo do tempo. A cirurgia pode retirar uma parte ou todo o disco intervertebral.

A maioria das pessoas melhora com o tratamento adequado da hérnia de disco. No entanto, mesmo após o tratamento, a pessoa pode ter dores prolongadas, sobretudo nas hérnias lombares.

Pode levar vários meses, 1 ano ou mais para poder retomar todas as atividades sem dor. Pessoas que têm trabalhos pesados ou que envolvem esforço físico podem precisar alterar suas atividades.

Hérnia de disco tem cura?

Hérnia de disco pode ter cura e tem tratamento para aliviar os seus sintomas. Porém, após o extravasamento do núcleo, não há formas de voltar a introduzir o conteúdo novamente dentro do disco. Isso significa que não é possível "empurrar" a hérnia para dentro.

Por isso, a única forma de curar a hérnia discal é através de cirurgia, que consiste na retirada parcial ou total do disco intervertebral comprometido. Mesmo assim, a cirurgia pode não garantir a cura completa dos sintomas e a pessoa pode ter dores crônicas e limitações permanentes.

O médico neurologista é o especialista indicado para diagnosticar e tratar casos de hérnia de disco.

Quais os sintomas de glicose alta e o que fazer?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Os sintomas de glicose alta, típicos, são: aumento do apetite (polifagia), sede excessiva (polidispsia), poliúria (vontade de urinar diversas vezes) e emagrecimento.

No entanto, nem todos os casos apresentam exatamente esse quadro, podendo haver ainda sintomas de boca seca, dor de cabeça, visão embaçada, pele seca, formigamento nas mãos e nos pés, fraqueza e cansaço. Nos casos mais graves, pode haver vômito, náuseas, falta de ar, dor abdominal, queda da pressão arterial, sonolência ou desmaios.

A glicose alta é uma condição chamada hiperglicemia, que ocorre quando há um acúmulo de glicose (açúcar) na corrente sanguínea. Quase todos os casos de hiperglicemia ocorrem em pessoas com diabetes.

Se o nível de glicose no sangue estiver constantemente alto e não for controlado, pode causar complicações graves, como problemas na visão, nos nervos e no sistema cardiovascular.

Como saber se a glicose está alta?

A única forma de saber se a glicose está alta é através de um teste de glicemia, que mede os níveis de glicose no sangue. O teste pode ser feito em casa, se tiver o aparelho, ou numa farmácia, posto de saúde ou hospital. O teste de glicemia capilar, como é chamado pelos profissionais, é rápido, simples e não causa dor.

É importante ressaltar que os sintomas da glicose alta geralmente só se manifestam quando os níveis de açúcar no sangue estão significativamente elevados, acima de 180 mg/dL. Além disso, a presença de sinais e sintomas não é suficiente para identificar um quadro de hiperglicemia. Por isso, é fundamental fazer o teste de glicemia capilar.

Quais os valores normais da glicose?
  • Glicemia de jejum (8 horas): abaixo de 99 mg/dl;
  • Glicemia medida em qualquer horário do dia, independentemente do tempo decorrido desde a última refeição: abaixo de 139 mg/dl.
O que fazer em caso de glicose alta?

Em caso de glicose alta, recomenda-se fazer exercício e beber água depois de comer, principalmente se consumiu grande quantidade de carboidratos.

Indivíduos diabéticos devem aplicar insulina e tomar os medicamentos, conforme orientação médica.

Para controlar a glicemia e evitar que ela aumente, são indicados exercícios físicos regularmente e dieta orientada por um profissional da área, porque embora seja importante reduzir a quantidade de carboidratos e de açúcar, são substratos fundamentais para o bom funcionamento do organismo.

A quantidade correta de todos os alimentos, deve ser adequada às características de saúde de cada pessoa, condições sociais e estilo de vida. Apenas um profissional de saúde consegue oferecer todas essas informações, de maneira segura.

Saiba mais sobre esse tema no artigo: Quem tem diabetes deve evitar comer o quê?

O controle da glicemia em casa, tem sido muito utilizado, através de um aparelho medidor de glicose, por ser uma maneira simples e eficaz de verificar se a glicose está alta.

Quem tem diabetes e observa uma mudança repentina da glicemia durante o monitoramento em casa, deve informar o médico, imediatamente.

O que pode deixar a glicose alta?

A glicemia alta pode ser causada por uma produção insuficiente de insulina ou resistência do organismo à insulina. A insulina é um hormônio que tem a função de transportar a glicose do sangue para as células, para ser transformada em energia.

A glicose não pode ser absorvida sem insulina. Se o corpo não conseguir produzir insulina suficiente ou for resistente aos seus efeitos, a glicose pode se acumular na corrente sanguínea e causar hiperglicemia.

Dieta inadequada é uma causa frequente de taxas elevadas de glicemia, principalmente em diabéticos. Alimentos ricos em carboidratos, como pães, arroz e massas, podem aumentar o nível de açúcar no sangue, uma vez que são transformados em glicose.

O paciente diabético deve seguir o seu plano alimentar, fazer uso correto da insulina e dos medicamentos habituais, para evitar a glicose alta e risco de complicações.

A hiperglicemia também pode ocorrer em pessoas que não têm diabetes. Em alguns casos, a glicose pode ficar temporariamente alta devido a cirurgia, infecção, falta de atividade física, doença crônica ou grave, sofrimento emocional ou uso de certos medicamentos, como esteroides. O afastamento da causa, costuma trazer a glicemia de volta ao normal.

O médico endocrinologista é o especialista responsável pelo tratamento da hiperglicemia.

Leia também:

Como é feito o diagnóstico do diabetes?

Tenho pré-diabetes? Saiba os sintomas e valores de glicose

Estou com uma Dor no Peito, o que pode estar causando isso?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Nem sempre a dor no peito é associada à angina ou infarto do coração. A dor pode estar relacionada com problemas respiratórios, problemas gástricos, excesso de gases, crises de ansiedade, dor muscular, entre outros.

É importante observar o momento em que a dor começa, o que a desencadeia, qual o seu tipo (aperto, pontadas, queimação) e se vem acompanhada de mais sintomas, como tosse, febre ou náuseas.

1. Problema respiratório

Bronquite, asma ou infecções pulmonares são causas frequentes de dor no peito. Os pulmões se localizam no tórax e parte dele aloja-se por trás do coração. Por este motivo a dor pode ser confundida com uma dor cardíaca.

A dor no tórax pode se manifestar do lado direito ou esquerdo do peito e piora com a respiração profunda. Os sintomas associados são de falta de ar, chiado no peito, febre e tosse.

Um pneumologista deve ser consultado para a identificação do problema e para iniciar tratamento adequado.

2. Excesso de gases

É a causa mais comum de dor na região do tórax. Não está diretamente relacionada com problemas no coração ou órgãos localizados nessa região, mas as pessoas que têm prisão de ventre costumam apresentar esta dor com certa frequência.

Os gases acumulados nos intestinos, ao pressionar e empurrar os órgãos abdominais, provocam uma dor que irradia para o peito. A dor se caracteriza por pontadas agudas que desaparecem, mas retornam repentinamente.

Para amenizar o sintoma, pode ser feito massagem na região abdominal, que auxilia a empurrar os gases até o final do intestino e/ou adotar uma posição que facilite na sua eliminação, como deitar de bruços. Medicamentos como Luftal® também ajudam na melhora mais rápida da dor.

Saiba mais: exercício para eliminar gases

3. Úlceras no estômago

A dor provocada pelas úlceras, ou feridas no estômago, ocorrem pela inflamação das paredes. A dor pode ser facilmente confundida com a dor no coração, uma vez que os dois órgãos ficam em regiões muito próximas no interior do tórax.

A queixa é de queimação ou aperto no meio do peito, com irradiação para o lado direito ou esquerdo, de acordo com a localização da úlcera. É comum que comece logo após as refeições e venha acompanhada de náuseas, vômitos e estômago cheio.

Uma consulta ao gastroenterologista é importante para verificar a necessidade do uso de medicamentos protetores gástricos e evitar complicações, como perfuração e hemorragias.

4. Refluxo gastroesofágico

O refluxo é o retorno de parte do conteúdo gástrico para o esôfago. A dor ocorre no meio do peito e é acompanhada de queimação e dor de estômago. Há Também relatos de "bolo" ou aperto na garganta, devido aos espasmos esofágicos.

O principal tratamento é reduzir a quantidade das refeições e comer mais vezes durante o dia. Mudança de hábitos de vida, reduzir o peso e medicamentos antiácidos, ajudam no tratamento.

Ingerir chá de camomila ou gengibre também são medidas benéficas, pois melhoram a digestão e reduzem a acidez do estômago, contribuindo para a cicatrização e redução da inflamação na parede do esôfago.

Ao passar a crise, mantenha uma dieta leve e saudável sem alimentos gordurosos, ácidos ou picantes e procure uma consulta médica com gastroenterologista, para orientações específicas.

5. Ansiedade e estresse

A ansiedade e o excesso de estresse aumentam a tensão muscular nas costelas e a frequência cardíaca. Estes efeitos provocam a sensação de dor no peito. É comum em pessoas que sofrem de Síndrome do Pânico e Transtorno de ansiedade generalizada (TAG).

Esta dor é descrita como dor em aperto ou peso no "coração". Na crise, a dor vem acompanhada de sensação de bolo na garganta, dificuldade de respirar, respiração mais rápida, suor excessivo, batimentos cardíacos acelerados, náuseas e dores de barriga.

Para amenizar os sintomas é recomendado o repouso em local calmo, conversar com amigos, manter contato com a natureza, tomar chás calmantes e praticar atividades físicas prazerosas. Após a crise, é preciso iniciar tratamento definitivo, com psicoterapia e medicamentos.

Leia também: transtorno de ansiedade generalizada tem cura? Qual é o tratamento?

6. Dor muscular

As tensões e lesões musculares são comuns no cotidiano das pessoas, especialmente para quem pratica atividade física regularmente. Entretanto, também podem acontecer após episódios longos de tosse ou levantamento de objetos pesados.

Esta dor é uma dor constante, incomodativa, localizada, que pode se agravar ao respirar profundamente, pelo próprio movimento do corpo.

Para melhorar os sintomas é indicado repouso, compressas mornas na região da dor e relaxantes musculares.

7. Herpes zoster

O herpes zoster é uma doença causada pelo mesmo vírus da catapora, porém agride e inflama um nervo, causando uma dor intensa, do tipo queimação, associada a bolhas e vesículas em todo o seu trajeto. Popularmente conhecido como bicho geográfico ou "cobreiro".

A localização mais comum é a região torácica, o que confunde com um problema no coração, se for à esquerda, especialmente no início, quando as lesões de pele ainda não apareceram.

Para o tratamento são utilizados medicamentos antivirais, em comprimido e pomada, corticoides, analgésicos potentes e/ou anticonvulsivantes, dependendo da intensidade da dor.

8. Doenças na vesícula

A vesícula é um órgão que fica localizado à direita do estômago e pode inflamar devido à presença de pedras ou consumo de alimentos gordurosos. Quando ocorre a inflamação, a dor se manifesta, principalmente, do lado direito e pode ser referida no peito ou na base do pulmão.

A dor é tipo cólica, intermitente, variando de intensidade, e piora após as refeições, principalmente com o consumo de frituras e alimentos embutidos. Náuseas, sensação de estômago cheio e febre, são sintomas associados com a dor.

O tratamento é definido pelo médico gastroenterologista, ou cirurgião geral.

9. Doenças cardíacas

Os sintomas mais comuns de patologias cardíacas são: cansaço excessivo, palpitação e edema nas pernas. A dor no peito é comum apenas nos casos de obstrução de uma artéria, o infarto agudo do coração ou nos casos de inflamação no músculo do coração, a miocardite, endocardite ou pericardite.

A dor associada a distúrbios cardíacos se intensifica com o esforço físico ou exercício e vem acompanhada de: alterações na frequência dos batimentos, palpitações, inchaço generalizado, cansaço excessivo, suor frio e respiração acelerada.

As arritmias e insuficiência cardíaca, normalmente não se manifestam com dor no peito.

Na suspeita de problema cardíaco, procure um médico cardiologista para identificar possíveis disfunções e realizar o tratamento.

Leia mais: quais são as principais doenças cardiovasculares e suas causas?

10. Infarto Agudo do Miocárdio (IAM)

É a patologia que mais preocupa as pessoas ao sentir a dor no peito, especialmente se esta dor for localizada do lado esquerdo do peito.

O infarto acomete mais pessoas acima dos 45 anos, com outras comorbidades, como a hipertensão arterial mal controlada, colesterol elevado, fumantes e sedentários.

A dor é em aperto ou peso, localizada do lado esquerdo do peito e não melhora com o repouso. Pode irradiar para um dos braços, para o pescoço ou mandíbula, causando uma sensação de formigamento.

Se suspeitar de um infarto do coração é recomendado procurar o pronto-socorro mais próximo, fazer exames como dosagem de enzimas cardíacas, eletrocardiograma e Raio X de tórax.

Veja mais: O que fazer em caso (ou suspeita) de ataque cardíaco?

Procure um hospital imediatamente nestes casos

Como existem causas diversas para dor no peito, é importante ir ao hospital sempre que houver qualquer uma dessas situações:

  • A dor não passar com o repouso
  • A dor durar mais de 20 minutos
  • Sentir tonturas
  • Apresentar suor frio
  • Tiver dificuldade para respirar
  • Dor de cabeça intensa

Pessoas com pressão alta ou Insuficiência Cardíaca, devem usar os medicamentos prescritos pelo cardiologista e somente ir ao hospital nas situações acima ou caso a dor permaneça por mais de 20 minutos.

Saiba mais: O que fazer em caso de dor no peito?

Para que serve e como usar escitalopram (oxalato de escitalopram)?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Oxalato de escitalopram é um medicamento antidepressivo indicado para o tratamento e prevenção da recaída ou recorrência da depressão, tratamento do transtorno do pânico, com ou sem agorafobia, tratamento do transtorno de ansiedade generalizada, do transtorno de ansiedade social ou tratamento do transtorno obsessivo compulsivo (TOC).

Como usar oxalato de escitalopram? Oxalato de Escitalopram comprimidos (10 mg e 20 mg)

Os comprimidos de oxalato de escitalopram podem ser ingeridos em qualquer momento do dia, com ou sem alimentos. Recomenda-se tomar o comprimido com água sem mastigá-los. É importante manter as tomadas sempre no mesmo horário diariamente.

Oxalato de Escitalopram gotas

Oxalato de escitalopram gotas pode ser administrado em qualquer hora do dia com água. Não há necessidade de ser ingerido durante as refeições, entretanto é importante tomar o medicamento todos os dias no mesmo horário.

Dosagem de oxalato de escitalopram comprimidos (10 mg e 20 mg) e oxalato de escitalopram gotas

A dosagem de oxalato de escitalopram comprimidos ou gotas é individualizada e depende do distúrbio a ser tratado (depressão, transtorno do pânico, transtorno de ansiedade generalizada, transtorno de ansiedade social ou transtorno obsessivo compulsivo).

O tratamento geralmente se inicia com a dose mais baixa durante a primeira semana até que a dose definitiva seja atingida ao final do primeiro mês. Avaliações periódicas são realizadas durante o tratamento para avaliar a evolução do quadro clínico, eficácia da medicação e, se necessário, ajustar a dosagem. A dose máxima diária de 20 mg não deve ser ultrapassada.

A duração do tratamento varia de pessoa para pessoa e, geralmente, sua duração mínima é de aproximadamente 6 meses. Entretanto, o tratamento pode ser prolongado.

Após o desaparecimento dos sintomas o tratamento com oxalato de escitalopram perdura com por alguns meses para reduzir o risco de reincidência dos transtornos. O término do tratamento deve ser cuidadosamente avaliado por um/a psiquiatra ou pelo/a médico/a que está acompanhando o/a paciente. A retirada da medicação deve ser feita de forma gradativa. O tratamento com escitalopram não deve ser suspenso bruscamente.

Contraindicações do oxalato de escitalopram
  • Pessoas alérgicas ao oxalato de escitalopram e/ou demais componentes da fórmula;
  • Idade inferior a 18 anos;
  • Mulheres grávidas ou que estão amamentando;
  • Tratamento concomitante com pimozida;
  • Portadores de arritmias cardíacas;
  • Tratamento concomitante com monoaminoxidase.
Precauções quanto ao uso de oxalato de escitalopram

Oxalato de escitalopram deve ser usado com cautela e com rigoroso acompanhamento médico em casos de:

  • Portadores de epilepsia ou de outros quadros convulsivos;
  • Pessoas com ansiedade paradoxal;
  • Pacientes com histórico de mania/hipomania;
  • Portadores de diabetes;
  • Pessoas com doenças coronarianas;
  • Portadores de arritmias cardíacas;
  • Evitar o uso concomitante com fitoterápicos da erva de São João (Hypericum perforatum);
  • Pessoas em uso de escitalopram devem ser monitoradas quanto ao risco de suicídio, pensamentos suicidas ou piora do quadro clínico;
  • Evitar usar bebida alcoólica durante o tratamento com oxalato de escitalopram;
  • Evitar dirigir veículos ou operar máquinas no início do tratamento até saber como oxalato de escitalopram influenciará na sua capacidade de atenção e habilidades.
Efeitos colaterais de oxalato de escitalopram
  • Cefaleia;
  • Náusea:
  • Redução ou aumento do apetite;
  • Aumento de peso;
  • Ansiedade;
  • Inquietação;
  • Sonhos anormais;
  • Redução da libido;
  • Anorgasmia feminina (incapacidade de chegar ao orgasmo mesmo com excitação);
  • Insônia;
  • Sonolência;
  • Tontura;
  • Parestesia (sensação de dormência e/ou formigamento);
  • Tremores;
  • Sinusite;
  • Diarreia;
  • Constipação;
  • Vômitos;
  • Boca seca;
  • Sudorese;
  • Artralgias;
  • Mialgias;
  • Distúrbios de ejaculação e impotência masculina;
  • Fadiga;
  • Febre.
O que é lesão por esforço repetitivo (LER)?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

As lesões por esforço repetitivo, mais conhecidas pela sigla LER, representam um grupo de doenças musculoesqueléticas causadas por atividades contínuas e repetitivas, geralmente relacionadas ao trabalho. Dentre as doenças que são enquadradas como LER estão as tendinites, tenossinovites, bursites e mialgias (dores musculares).

A lesão por esforço repetitivo normalmente é um processo inflamatório que se instala lentamente, sendo muitas vezes percebido quando já está avançado.

Os sintomas da LER podem incluir dor, formigamento, dormência, sensação de agulhadas ou pontadas, diminuição da força muscular, inchaço, dificuldade de realizar movimentos, entre outros.

Além da atividade repetitiva, há ainda outros tipos de sobrecarga no trabalho que podem ser nocivos para o trabalhador, como a necessidade de manter os músculos contraídos por muito tempo, uso de instrumentos que vibram excessivamente, má postura, entre outros. Por isso, criou-se a sigla DORT (Distúrbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho) para se referir a esse grupo de doenças. Ambos os termos costuma ser usados em conjunto.

Saiba mais em: Qual é a diferença entre LER e DORT?

São consideradas LER ou DORT: tendinites de bíceps, supraespinhoso, flexores e extensores dos dedos, bursite de ombro, tenossinovites braquiorradial e De Quervain, síndrome do túnel do carpo, epicondilite, lombalgia (dor na coluna lombar), cervicalgia (dor no pescoço) e ciatalgia (dor no nervo ciático).

As mais comuns são as tendinites, tenossinovites e bursites de ombro, cotovelo e punho, as lombalgias e as mialgias (dores musculares).

O tratamento da LER depende do diagnóstico e pode incluir mudanças no ambiente de trabalho, fisioterapia, medicamentos, infiltrações e uso de órteses, como talas.

Veja também: LER e DORT: Como identificar e tratar?

Geralmente a LER/DORT pode ser avaliada inicialmente por um médico de família ou clínico geral. Em alguns casos o seu seu seguimento pode incluir o médico ortopedista, médico do trabalho, fisiatra entre outros profissionais.