A fimose ocorre quando não é possível retrair o prepúcio (camada de pele que recobre e protege a cabeça do pênis) e expor completamente a glande, ou seja, a glande não fica exposta mesmo se o pênis estiver ereto.
A formação do prepúcio começa logo nas primeiras semanas de desenvolvimento do feto. Desde o nascimento até os primeiros anos de vida do homem, o prepúcio encontra-se aderido à glande, o que é normal (fimose fisiológica).
A medida que a criança cresce, a região interna vai se desprendendo da glande de forma gradual, até ser totalmente retrátil quando o pênis está ereto.
Não se deve forçar o descolamento do prepúcio nas crianças, pois o mesmo ocorre naturalmente com o passar dos anos. Em 90% dos meninos, a fimose fisiológica desaparece nos três primeiros anos de vida.
Quando a fimose pode aparecer?Desde o nascimentoUma fimose que não desapareceu nos primeiros anos de vida e que não pode, portanto, ser considerada fisiológica. Há homens que nascem com o anel do prepúcio (abertura) muito estreito, o que impossibilita a retração da pele mesmo após o descolamento do prepúcio nos primeiros anos de vida.
A fimose também pode ser provocada quando os pais tentam forçar a retração do prepúcio, causando lesões e formando cicatrizes que perpetuaram a fimose;
Idade adultaA fimose adquirida surge em adultos que não tinham fimose quando criança, mas que devido a infecções ou traumas no pênis formaram-se cicatrizes que causaram aderência do prepúcio, impedindo sua retração.
Normalmente, esse tipo de fimose acontece por má higienização do pênis, o que favorece o acúmulo de secreções e proliferação de bactérias dentro do prepúcio.
Em que idade a circuncisão é indicada?Não há uma resposta correta para essa pergunta. A cirurgia de fimose apresenta benefícios porém pode apresentar potenciais riscos. Por isso, a indicação da cirurgia de correção da fimose (postectomia) deverá levar em conta aspectos como infecções urinárias de repetição e o tipo da fimose (primária ou secundária). É muito importante a avaliação médica que levará em conta todos esses aspectos juntamente com a família.
Como é feita a cirurgia de fimose?A circuncisão é feita com anestesia local e consiste na retirada do prepúcio. O procedimento cirúrgico tem um tempo médio de duração de uma hora.
Após a cirurgia, é aplicado um curativo e o pênis encontra-se inchado. É comum ocorrer desconforto ao urinar no pós-operatório da circuncisão. Nesse período, recomenda-se manter a glande afastada da fralda ou da roupa.
Veja também: Cirurgia de fimose causa aumento ou perda de sensibilidade na glande?
Durante o pós-operatório, é recomendável ficar em repouso e aplicar compressas frias no local. O curativo não deve ser molhado. Em caso de dor, pode ser indicado medicamentos analgésicos.
Não é necessário retirar os pontos, pois eles saem sozinhos nos dias seguintes à cirurgia.
Em caso de suspeita de fimose, o médico, preferencialmente o urologista, deverá ser consultado. Ele poderá avaliar detalhadamente, através de anamnese e exame físico, qual é o seu diagnóstico correto, orientá-lo e prescrever o melhor tratamento.
Depende. O principal fator que determina se ainda deverá crescer, é a puberdade. O crescimento normal de uma criança/adolescente se dá até que ocorra a puberdade.
A puberdade começa, em média, entre os 12 - 14 anos, exatamente a sua idade, portanto é preciso saber se desenvolveu as características da puberdade, ou seja, os caracteres sexuais secundários esperados no processo da puberdade.
No caso dos meninos, em média aos 9 anos e meio começam a aparecer essas características, como o crescimento do pênis e testículos, aparecimento de pelos ao redor do pênis, axilas, barba e no peito, aumento dos músculos, alargamento dos ombros, mudança no tom da voz, que se torna mais grave, e por fim o marco da puberdade do menino, que é a primeira ejaculação.
Nas meninas, as mudanças típicas do início da puberdade se iniciam aos 12 anos de idade, em média, quando apresenta aumento na altura e no peso, alargamento da cintura, aumento dos quadris, surgimento do broto mamário, aumento dos seios gradativamente, crescimento dos pelos, odor nas axilas, até a primeira menstruação.
Podemos dizer que até o marco da puberdade do menino ou da menina, ainda podem crescer.
Lembrando que o crescimento está relacionado a diferentes fatores, os principais são a herança genética, sistema neuroendócrino, hábitos alimentares, fatores externos e atividade física.
Deste modo, para melhor avaliação e esclarecimento de suas dúvidas, agende uma consulta com pediatra ou médico/a da família.
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Pode. É muito raro, mas sempre que permita uma relação sexual sem qualquer contraceptivo, existe o risco de engravidar.
Na relação anal o esperma percorre outro trajeto, sem ligação com a vagina e consequentemente com o útero, por isso teoricamente não existira a possibilidade de gestação, porém a vagina e o ânus guardam uma proximidade anatômica, que muitas vezes possibilita esse contato. Mais uma vez, essa é uma possibilidade muito pequena, mas não podemos dizer com certeza que está descartada.
Vale lembrar que toda relação anal deve ser protegida por uso de camisinhas devido se tratar de uma área com elevado risco de infecção e ou contaminação para ambas as partes. E caso não seja utilizado a camisinha, para trocar o tipo de relação o pênis deve ser devidamente higienizado.
Outro ponto importante, é lembrar que além da gravidez, o sexo desprotegido é a principal causa de transmissão das doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), como HIV, sífilis, herpes, entre outras; na população sexualmente ativa. O uso de preservativos, como a camisinha, é a grande ferramenta que dispomos para evitar a contaminação pelas DST, portanto é fundamental criar o hábito de se proteger fazendo uso de preservativo em todas as relações.
Em casos de dúvidas sobre relação sexual e contraceptivos, o ginecologista é o profissional indicado para orientar e esclarecer quaisquer dúvidas.
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A ejaculação na vagina quase sempre representa uma alta chance de gravidez, entretanto este risco pode variar se a mulher fizer uso de algum método contraceptivo e se estiver ou não no seu período fértil.
Vejamos qual o risco de gravidez nas diferentes situações possíveis:
Não usa nenhum método contraceptivo e está no período fértilA maior chance de gravidez ocorre se a mulher não estiver usando nenhum método contraceptivo e ainda estiver no seu período fértil. Pode-se suspeitar que a mulher está fértil quando o muco vaginal fica com aspecto em clara de ovo, transparente e elástico e ocorre aumento na temperatura basal.
Alguns estudos indicam que a chance de gravidez entre o quatro dia antes da ovulação e um dia após a ovulação varia de 4 a 42%.
Não usa nenhum método contraceptivo e não está no período fértilMulheres que não estão ovulando, ou que estão muito distantes do seu período de ovulação dificilmente irão engravidar mesmo que tenham tido relação sexual sem preservativo. No entanto, como é muito difícil ter certeza do momento em que a mulher está fértil ou não, caso não se deseje engravidar o ideal é usar algum método contraceptivo regularmente.
Usa algum método contraceptivo mas de forma irregular, ou com errosEsta é a situação de maior dificuldade para saber qual o risco de gravidez, caso haja relação sexual com ejaculação.A eficácia dos diferentes métodos contraceptivos como a pílula, a injeção ou mesmo o preservativo variam muito conforme a regularidade do uso.
A pílula deve ser tomada diariamente, sem esquecimentos de preferência no mesmo horário, caso a mulher tenha tido relação desprotegida e tenha esquecido recentemente de tomar a pílula, há risco de gravidez. O mesmo ocorre com o uso de injeções, que devem ser aplicadas no período correto.
Também existem algumas situações que podem interferir na eficácia das pílulas hormonais como a ocorrência de vômitos e diarreia ou ainda o uso de alguns tipos de medicamentos, como anticonvulsivantes, antivirais, alguns antibióticos como a rifampicina e alguns antifúngicos como a griseofulvina.
Usa algum método contraceptivo com regularidade e corretamenteCaso a mulher utilize algum método contraceptivo com regularidade a chance de engravidar é mínima. Por exemplo, se toma pílula diariamente, sem esquecimentos, esta mulher está protegida, o risco de gravidez é muito pequeno. A maioria das pílulas e injeções anticoncepcionais disponíveis hoje apresentam eficácia alta, em torno de 99%.
Em relação aos dispositivos intrauterino, de cobre ou hormonal, são métodos contraceptivo que também impedem a gravidez mesmo que se tenha tido uma relação sexual com ejaculação. O DIU é o método contraceptivo reversível com maior perfil de segurança, sendo que a chance de falha é menor que 1%.
O uso de preservativo, seja o masculino ou o feminino, também aumenta a proteção contra a gravidez, porque cria uma barreira que impede que o esperma entre na vagina. Se a camisinha não estourar e for colocada da forma correta, a probabilidade da mulher engravidar é de apenas 2%.
A camisinha é impermeável e eficaz para prevenir contra a gravidez e também protege de doenças sexualmente transmissíveis, desde que seja usada corretamente em todas as relações sexuais, do início ao fim do ato sexual.
Ejacular fora, tem chance de gravidez?Ejacular fora da vagina apresenta risco muito baixo de gravidez, porque os espermatozoides sobrevivem pouco tempo fora do corpo humano. Em situações raras, se o esperma cair muito próximo à entrada da vagina, há a possibilidade de haver a locomoção dos espermatozoides até a entrada da vagina, ou seja, é algo possível de ocorrer, mas pouco provável.
O contato do pênis sujo com esperma e a vagina apresenta risco, visto que se o homem tiver espermatozoides podem já estar presente no pênis e assim aumentar o risco de gravidez.
Vale lembrar que caso tenha tido alguma relação sexual desprotegida é possível recorrer à pílula do dia seguinte. O contraceptivo de emergência deve ser tomado o mais rapidamente possível após a relação sexual, no máximo até 72 horas após a relação.
Em caso de relação sexual desprotegida e suspeita de gravidez é importante atentar-se ao atraso menstrual, que se superior a sete dias indica a realização de um teste de gravidez.
Se tiver mais dúvidas consulte o seu médico de família.
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Referência bibliográfica
Planejamento familiar UM MANUAL GLOBAL PARA PROFISSIONAIS E SERVIÇOS DE SAÚDE. OMS.
Sim, homem pode usar sabonete íntimo feminino, mas deve evitar. Os sabonetes íntimos para mulheres são feitos de acordo com o pH e tipo de pele específicos da região genital feminina. O mesmo acontece com os sabonetes íntimos para homens, que são feitos especificamente para o órgão genital masculino.
Embora o pH da região genital masculina e feminina sejam ácidos, o pH vaginal é mais ácido que o do pênis. Enquanto que o pH vulvar e vaginal varia entre 3,8 e 4,2, o do pênis fica entre 5 e 6.
Por isso, o mais indicado é que homens usem sabonetes íntimos masculinos para evitar reações alérgicas e outros incômodos.
O uso de sabonete íntimo é indicado principalmente para homens que não fizeram cirurgia de fimose, uma vez que o prepúcio (pele que recobre a glande) favorece o acúmulo de sujeiras, que podem causar irritações tanto no prepúcio como na glande com alguma frequência.
Homens que têm a pele mais sensível ou com mais propensão de terem alergias também podem ter benefícios em usar sabonete íntimo masculino.
O sabonete íntimo específico para homem contribui para a normalização do pH da região peniana, ajudando a proteger contra fungos e bactérias que não sobrevivem em meio ácido, da mesma forma que o sabonete íntimo feminino atua nas mulheres.
Para maiores informações sobre o uso de sabonete íntimo para homem, consulte um médico urologista.
Leia também: Usar sabonete íntimo todos os dias faz mal?
O tratamento da gardnerella e da candidíase, a princípio não precisa incluir o casal.
Gardnerella
A bactéria gardnerella é normalmente encontrada na flora vaginal da mulher, assim como o fungo candida, sem que causem qualquer alteração no epitélio ou doenças. Entretanto, se alcançarem quantidades maiores que o habitual, passam a causar reações e os sintomas.
Portanto, o resultado de preventivo com a presença desses germes, só indica necessidade de tratamento, se houver quantidades aumentadas, e presença de sinais e sintomas na mulher, como coceira, corrimento ou ardência ao urinar. Nesses casos, a mulher deverá ser tratada.
No homem, a gardnerella pode causar uretrite e balanite (inflamação do prepúcio e da glande). Quando a contaminação acontece no homem, causando sintomas, a gardnerella é considerada uma DST (Doença Sexualmente Transmissível) e precisa de tratamento também.
Outra medida importante durante o tratamento, deve ser a interrupção de relações sexuais, para que o tratamento seja efetivo.
Candidíase
A candidíase não é considerada uma doença sexualmente transmissível e o tratamento do parceiro só é necessário se ele apresentar sintomas ou se a mulher apresentar episódios de candidíase recorrente.
Para mais esclarecimentos, converse com o médico de família, ou ginecologista para a mulher e urologista para os hoemns.
Saiba um pouco mais sobre o assunto nos artigos abaixo:
A genitália de um bebê estará totalmente formada por volta da 10ª ou 12ª semana de gestação, que significa o final do terceiro mês de gravidez.
No entanto, parte desses órgãos ainda estarão dentro do abdômen do bebê, mantendo a aparência externa muito parecida entre os meninos e as meninas.
Por isso, para identificar o sexo do bebê através do exame de ultrassonografia, é preciso aguardar pelo menos o quarto mês de gestação, quando as estruturas externas poderão ser vistas com maior clareza pelo médico radiologista.
Como é formada a genitália do bebêA formação dos órgãos genitais femininos e masculinos, os ovários e testículos, se iniciam já na 8ª semana (2 meses de gestação), no entanto, se mantendo na cavidade abdominal.
Os caracteres sexuais externos, como a formação da vagina na menina, e do pênis no menino, só começam no final do 3º mês de gravidez (10 a 12 semanas).
Ao final de 13 semanas, início do quarto mês de gravidez, já é possível analisar a genitália do bebê, embora alguns fatores possam interferir nessa avaliação, como a experiência do médico, posição do bebê e aparelho utilizado.
A partir do quinto mês, ou 16 semanas, fica mais segura a avaliação pela ultra e confirmação do sexo do bebê.
Com quantas semanas consigo ver o sexo do bebê?Pelo exame de sexagem fetal, é possível saber o sexo do bebê a partir da 8ª semana.
O exame é feito através da coletada de uma pequena amostra de sangue da mãe, onde se pesquisa a presença de um marcador genético, específico do sexo masculino (cromossomo Y). A sua presença indica o desenvolvimento de um feto do sexo masculino. A sua ausência, o desenvolvimento de um bebê do sexo feminino.
Existe também um exame de urina, vendido em farmácias, para identificação do sexo do bebê, porém, esse apresenta menor confiabilidade e pode ser realizado a partir da 10ª semana.
E o exame de ultrassonografia, como melhor detalhado no início desse texto, é recomendado para esse objetivo, apenas depois da 13ª semana.
O que é genitália ambígua?A genitália ambígua é uma anormalidade genética rara, na qual a aparência externa dos genitais não é bem definida.
Em geral, os bebês apresentam a genitália semelhante até a 12ª semana de gestação, com apenas uma pequena protuberância, chamada tubérculo genital. Após 12 ou 13 semanas, essa protuberância começa a se diferenciar em lábios vaginais ou corpo peniano.
Na genitália ambígua, seja por problemas hormonais ou genéticos, isso não ocorre.
Geralmente não indica um problema de saúde grave ao bebê, porém é importante que o médico obstetra seja informado, para avaliar caso a caso, aqueles que precisarão realizar novos exames e investigação mais criteriosa ainda durante a gestação.
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Referência:
FEBRASGO - Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.
Yee-Ming Chan, et al. Evaluation of the infant with atypical genitalia (disorder of sex development). UpToDate: Dec 31, 2018.
Os sintomas da gonorreia incluem ardência e dificuldade para urinar, podendo ainda ser observado um corrimento amarelado ou esverdeado saindo pelo canal da uretra (homem) ou pela vagina (mulher). Os sinais e sintomas manifestam-se entre 2 e 8 dias depois da relação sexual. No entanto, nos homens, podem levar até 1 mês para aparecer.
A gonorreia pode infectar o pênis, o colo uterino, o canal anal, a garganta e os olhos. Se não for devidamente tratada, pode causar diversos danos à saúde, como infertilidade, dor nas relações sexuais, gravidez nas trompas, entre outros.
O fato de muitas pessoas com gonorreia não apresentar sintomas faz com que não tomem conhecimento da doença e não procurem tratamento. Isso aumenta o risco de complicações e a possibilidade de transmitir a infecção para outra pessoa.
Quais os sintomas da gonorreia na mulher?Nas mulheres, os sinais e sintomas da gonorreia são marcados por coceira na vagina, presença de corrimento amarelado ou esverdeado, dor ou ardência ao urinar, dor no baixo ventre e dor ou sangramento durante a relação sexual. Pode haver ainda dor de garganta, febre e sangramento uterino anormal
Quais os sintomas da gonorreia no homem?Nos homens, a gonorreia pode causar dor, ardência ou calor ao urinar, corrimento ou pus no pênis, aumento do número de micções, urgência urinária, uretra vermelha ou inflamada, testículos sensíveis ou inflamados e dor de garganta (faringite gonocócica).
Como ocorre a transmissão da gonorreia?A gonorreia é uma infecção sexualmente transmissível (IST). A doença é causada pela bactéria Neisseria gonorrhoeae e pode ser transmitida por qualquer tipo de atividade sexual. Pode ser contraída por contato com a boca, garganta, olhos, uretra, vagina, pênis ou ânus.
As bactérias proliferam-se em áreas quentes e úmidas do corpo, incluindo a uretra, o canal que transporta a urina para fora do corpo. Nas mulheres, as bactérias podem ser encontradas no aparelho reprodutivo, incluindo trompas de Falópio, útero e colo do útero.
A transmissão da gonorreia ocorre principalmente através de relações sexuais sem proteção. A gonorreia também pode ser transmitida para o bebê durante a gravidez ou no momento do parto.
É muito comum a pessoa estar doente e não manifestar sintomas, pelo que é necessário usar preservativo em todas as relações sexuais para não transmitir a doença.
Qual é o tratamento para gonorreia?O tratamento da gonorreia é feito com medicamentos antibióticos. É importante que o casal faça o tratamento, mesmo que o parceiro ou a parceira não apresente sintomas da doença. Durante o tratamento, o casal deve usar preservativos.
Existem muitos antibióticos diferentes que podem ser usados para tratar gonorreia. Os medicamentos podem ser administrados em doses orais altas e únicas ou doses menores, durante 7 dias. A pessoa pode receber a primeira dose de antibiótico por injeção e depois tomar a medicação em comprimidos.
Os casos mais graves de doença inflamatória pélvica (DIP) podem exigir hospitalização, com antibióticos administrados por via endovenosa.
Aproximadamente metade das mulheres com gonorreia também está infectada com clamídia. O tratamento de ambas infecções é feito em simultâneo.
Quais as possíveis complicações da gonorreia? Complicações da gonorreia em mulheresInfecções que se espalham para as trompas podem causar cicatrizes, o que pode levar a problemas para engravidar mais tarde. Também podem provocar dor pélvica crônica, doença inflamatória pélvica (DIP), infertilidade e gravidez ectópica.
Episódios recorrentes aumentam o risco de infertilidade devido aos danos nas trompas de Falópio. Mulheres com gonorreia podem apresentar ainda abscessos no útero e no abdômen.
Gestantes com gonorreia grave podem transmitir a doença para o bebê ainda no útero ou durante o parto. Também podem ocorrer complicações na gravidez, como infecções e parto prematuro.
Complicações da gonorreia em homensNos homens, as complicações da gonorreia podem incluir cicatrizes ou estreitamento da uretra e acúmulo de pus (abscesso) ao redor da mesma.
Complicações da gonorreia em homens e mulheresTanto no homem como na mulher, a gonorreia pode causar infecções nas articulações, infecção da válvula cardíaca e meningite.
Na presença desses sintomas, consulte o/a médico/a clínico/a geral, médico/a de família, ginecologista ou urologista.
A maioria das DST têm cura, com exceção da AIDS e do herpes genital. O tratamento das DST (Doenças Sexualmente Transmissíveis) varia conforme a doença e pode incluir medicamentos antibióticos, antifúngicos, pomadas e até cirurgias.
As DST que não possuem cura também precisam de tratamento para amenizar os sintomas e manter a doença sob controle.
Dentre as DST mais comuns estão a candidíase, o herpes genital, o HPV, a sífilis, a tricomoníase, as uretrites, a hepatite B e a AIDS. Todas essas doenças podem ser transmitidas através de relações sexuais desprotegidas, ou seja, sem uso de camisinha.
Se não forem diagnosticadas e tratadas adequadamente, as DST podem causar complicações graves que podem inclusive levar à morte. Algumas complicações incluem:
- Esterilidade (tanto no homem como na mulher);
- Inflamação nos órgãos genitais masculinos que pode causar impotência;
- Inflamação no útero, nas trompas e nos ovários, que pode evoluir para infecção generalizada (sepse) e levar à morte;
- Maior risco de câncer no colo do útero e no pênis;
Em mulheres grávidas, algumas DST podem causar abortamento, nascimento antes do tempo, malformações fetais, morte do bebê ainda na barriga da mãe ou após o nascimento.
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Além das complicações, as DST facilitam a transmissão sexual do vírus HIV. A única forma de se prevenir contra as DST é usar camisinha em todas as relações sexuais.
É importante lembrar que os sintomas das DST podem demorar semanas ou até anos para se manifestarem. Em caso de exposição de risco, como relação sexual sem preservativo, deve-se procurar um serviço de saúde para fazer exames e receber o tratamento adequado.
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A cirurgia de fimose pode causar uma alteração na sensibilidade da glande com o passar do tempo, mas isso não atrapalha as relações sexuais nem diminui o prazer durante o ato.
Logo após a cirurgia, é comum os homens referirem um aumento da sensibilidade da glande. Essa alteração acontece porque, antes da operação, a glande ficava coberta pelo prepúcio (pele que recobre a glande), que oferecia uma proteção lisa, úmida e quente.
Porém, com o passar do tempo e a exposição constante da glande, ela fica em contato permanente com a roupa interior e esse atrito provoca uma ligeira alteração na sua textura, que pode ficar um pouco mais áspera e espessa, alterando a sensibilidade.
Para alguns homens, principalmente os que apresentam problemas com ejaculação precoce, isso pode ser algo positivo, uma vez que podem demorar mais tempo para ejacular.
Para maiores esclarecimentos, consulte o/a médico/a urologista, clínico/a geral ou médico/a de família.
Sífilis ou cancro duro é uma doença infectocontagiosa, sexualmente transmissível (DST), causada pela bactéria Treponema pallidum. Sua evolução é lenta, com períodos de manifestação aguda e outros de latência (sem sintomas). Sem o tratamento adequado na fase inicial, a sífilis pode comprometer todo o organismo.
A transmissão da sífilis ocorre através de relação sexual desprotegida com uma pessoa infectada, podendo também ser transmitida da mãe para o bebê durante a gravidez (sífilis congênita).
Os sintomas iniciais da sífilis caracterizam-se por pequenas feridas que aparecem nos órgãos genitais e ínguas nas virilhas. Esses sinais normalmente se manifestam entre 7 e 20 dias depois da relação sexual (vaginal, oral, anal) sem proteção.
A sífilis pode ser classificada como primária, secundária, terciária e congênita, conforme o seu estágio e forma de transmissão.
A sífilis primária caracteriza-se por uma lesão ulcerada de base endurecida, lisa, brilhante, com secreção líquida, transparente e escassa, que provoca pouca ou nenhuma dor. Nas mulheres, pode aparecer nos grandes lábios, vagina, clitóris, períneo e colo do útero; nos homens pode ocorrer na glande e no prepúcio.
Juntamente com a lesão, surgem ínguas nas virilhas que não causam dor e aparecem duas ou três semanas depois da relação sexual desprotegida com uma pessoa infectada. Depois de 3 a 4 semanas, a úlcera desaparece sozinha, sem deixar cicatriz, o que dá a ideia de cura.
A sífilis secundária é a fase que se caracteriza pela disseminação da bactéria pelo organismo, 4 a 8 semanas após o aparecimento da primeira lesão. Aparecem manchas avermelhadas na pele, principalmente no tronco e extremidades (palmas das mãos e solas dos pés), febre, dor de cabeça, mal estar, perda de peso, dor de garganta, falta de apetite, queda de cabelo e ínguas.
Os sintomas da sífilis secundária também desaparecem espontaneamente, dando novamente ao paciente a falsa ideia de que está curado. A partir da fase secundária, a sífilis pode ficar latente no organismo, ou seja, não manifesta sintomas por um longo período, evoluindo para a fase terciária.
A sífilis terciária é marcada por manifestações severas nos órgãos acometidos. Pode haver meningite, paralisia de nervos e obstrução de vasos sanguíneos no cérebro, com risco de cegueira e acidente vascular cerebral ("derrame"). Afeta também a medula espinhal, levando à perda de reflexos e sensibilidade dos membros, podendo chegar à paralisia.
A sífilis também compromete o funcionamento das válvulas cardíacas e pode provocar lesões em grandes artérias, como a aorta.
Já a sífilis congênita é a sífilis que é transmitida da mãe infectada para o feto durante a gravidez, podendo provocar aborto ou má formação fetal. Grande parte dos sintomas manifestam-se nos primeiros meses de vida, como pneumonia, feridas no corpo, perda da audição e visão, problemas ósseos e comprometimento neurológico.
A sífilis pode ser prevenida com o uso de preservativos em todas as relações sexuais. O diagnóstico é feito com exame de sangue e o tratamento é realizado com antibióticos, geralmente penicilina.
A doença tem cura e é facilmente tratável, sobretudo na fase inicial. Contudo, sem tratamento, pode provocar danos irreversíveis aos órgãos.
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Sim. Homem com HPV pode ter filhos. O vírus HPV não é transmitido de pai para filhos e também não afeta a fertilidade masculina. Por isso, pessoas infectadas pelo vírus podem ter filhos normalmente.
No caso dos homens, as verrugas anogenitais (ânus e pênis) são os principais sintomas do HPV. No caso das mulheres, as verrugas podem aparecer na vagina e colo do útero, podendo causar câncer de colo uterino.
O HPV é um vírus facilmente transmitido, sendo a via sexual o seu principal meio de transmissão. Quanto maior o número de parceiras ou parceiros, maiores são os riscos de contágio.
Quais os sintomas do HPV no homem?No homem, o HPV se manifesta na forma de verrugas genitais fixas ou moles, lisas ou rugosas. Aparecem principalmente na glande ("cabeça" do pênis) e no prepúcio (pele que recobre a glande), podendo surgir ainda no saco escrotal, na região posterior do pênis, na região anal e na uretra (canal da urina).
O HPV é mais comum em homens que não fizeram a cirurgia de fimose, ou seja, que têm a glande recoberta pela pele.
O tamanho das lesões varia entre 3 e 5 milímetros de diâmetro e tendem a aparecer em grupos de 3 ou 4 verrugas, geralmente com aspecto de couve-flor.
Veja também: Como é feito o diagnóstico do HPV?
Assim como na mulher o HPV está muito associado ao câncer de colo de útero, no homem, o HPV está presente em praticamente 70% dos casos de câncer de pênis.
Grande parte dos homens com HPV não manifesta sintomas, sendo assim difícil de identificar a doença apenas pela observação. O diagnóstico nesses casos é feito por meio de uma peniscopia, um exame que permite identificar a presença de lesões microscópicas que denunciam a presença do vírus.
Como ocorre a transmissão do HPV no homem?A transmissão do HPV no homem ocorre pelo contato direto com a pele ou a mucosa infectada de outra pessoa. Não é necessário haver penetração para que o HPV seja transmitido. Basta manipular o local afetado para poder contrair o vírus.
Além disso, apesar do uso de preservativo ser indicado para prevenir todas as formas de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), inclusive o HPV, a transmissão pode ocorrer, uma vez que existem partes da pele que não ficam totalmente protegidas com a camisinha, podendo haver contado com a lesão nessas áreas.
Uma possibilidade de prevenção ao vírus HPV recentemente ofertada é a vacina que pode proteger contra os principais tipos de HPV associados ao câncer e às verrugas genitais.
Leia também: Quem tem HPV pode doar sangue?
Como tratar HPV no homem?Não existe um medicamento ou tratamento capaz de curar definitivamente o HPV, seja no homem ou na mulher. Mesmo após a remoção das verrugas, elas reaparecem em até 25% dos casos.
O tratamento para HPV inclui o uso de medicamentos aplicados diretamente no local, sobretudo à base de ácidos, além de procedimentos cirúrgicos para destruir ou retirar as verrugas.
Homens com HPV devem procurar um urologista, médico/a de família, dermatologista ou infectologista para receber uma avaliação e iniciar o tratamento adequado.
Saiba mais em:
Como tomar a vacina contra HPV?