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Minha menstruação é sangue grosso, é normal?
Dr. Charles Schwambach
Dr. Charles Schwambach
Médico

Se sempre foi assim e não tem nenhum outro sintoma, não deve se preocupar isso deve ser uma característica das suas menstruações.

Quem teve hepatite pode doar sangue?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Quem teve hepatite após os 11 anos de idade não pode doar sangue.

A portaria nº 1.353 de 2011 do Ministério da Saúde indica as principais causas de inaptidão definitiva e temporária para a doação de sangue. A hepatite viral após os 11 anos de idade está na lista de inaptidão definitiva.

A exceção é feita nos casos de infecção aguda de Hepatite A, que deve ser comprovada com exames de sangue e avaliação do médico do serviço de hemoterapia.

Nos demais casos de hepatite após  os 11 anos de idade a pessoa fica impedida de doar sangue definitivamente.

Quem teve trombose pode doar sangue?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Não. Quem teve trombose arterial ou tem trombose venosa recorrente não pode doar sangue.

Essas duas situações são causas de inaptidão definitiva para doação de sangue. Ou seja, quem já teve trombose arterial ou tem trombose venosa recorrente não pode doar sangue.

A trombose é uma situação em que ocorre o desprendimento de um coágulo sanguíneo que se desloca e obstrui algum vaso sanguíneo, impedindo a circulação do sangue e o provimento de nutrientes para o órgão afetado. A trombose pode ser arterial ou venosa a depender da origem do trombo desprendido.

Existem ainda outros critérios que determinam quem pode ou não ser doador de sangue, estabelecidos pelo Ministério da Saúde e pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).

Em caso de dúvidas, consulte um Hemocentro mais próximo de você.

Quanto tempo depois do parto posso doar sangue?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A doação de sangue pode voltar a ser feita:

  • 90 dias após o parto normal e
  • 180 dias após a cesariana.

Durante o parto, tanto o parto normal quanto a cesariana, há perda de sangue. No período pós parto, a mulher irá recuperar essa perda, bem como restabelecer os parâmetros hematológicos que foram alterados durante a gestação.

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Por isso, a mulher deve esperar esse período após o parto para voltar a doar sangue.

Passado o período indicado (90 dias para parto normal e 180 dias para cesariana), a mulher poderá ser uma doadora de sangue se incluir nos outros pré-requisitos solicitados.                                                                                                                                     

Sangue A+ e B+, a filha nasceu AB-, é possível?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Sim. Pais Rh + heterozigóticos podem ter filhos com Rh - em 25% das vezes, isto porque a transmissão do fator Rh depende de dois alelos genéticos o R e o r, que se relacionam através de uma relação de dominância.

Pais que são Rh positivo podem apresenta o seguinte par de alelos RR ou Rr. Se ambos forem heterozigóticos, ou seja, apresentarem o par Rr, os filhos podem apresentar:

  • RR: situação que se traduz num fator Rh positivo. Tem 25% de probabilidade de acontecer.
  • Rr: nessa situação pela relação de dominância também o fator Rh é positivo. Tem 50% de chance de acontecer.
  • rr: essa situação se traduz por dois alelos recessivos, portanto, é quando o filho irá apresentar o fator rH negativo. Tem probabilidade de 25% de ocorrer.
Grupos sanguíneos do sistema ABO

A principal forma de classificação do tipo sanguíneo é através do sistema ABO. Esse sistema foi criado através da análise dos antígenos e dos anticorpos. Os antígenos são estruturas moleculares presentes na superfície das hemácias (glóbulos vermelhos) e os anticorpos são moléculas presentes no plasma sanguíneo, que fazem parte do nosso sistema de defesa e atuam sobre esses antígenos.

Nesse sistema existem quatro tipos de grupos sanguíneo: tipo A, B; AB e O.

  • Grupo A: possui antígeno A nas hemácias e anticorpos anti-B no plasma;
  • Grupo B: possui antígeno B nas hemácias e anticorpos anti-A no plasma;
  • Grupo O: Não possui nenhum antígeno e apresenta os anticorpos anti-A e anti-B no plasma;
  • Grupo AB: Possui os antígenos A e B nas hemácias e não possui nenhum anticorpo.
Grupo sanguíneo do sistema Rh

É possível que as hemácias apresentem um outro antígeno, a esse antígeno deu-se o nome de fator Rh quando foi descoberto. Quando o fator Rh está presente nos glóbulos vermelhos o tipo sanguíneo é Rh positivo, quando ele está ausente tem-se o Rh negativo. Portanto, qualquer tipo sanguíneo do sistema ABO pode apresentar o Rh negativo ou Rh positivo.

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Quem toma anticoncepcional pode doar sangue?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Sim. Quem toma anticoncepcional pode doar sangue.

O uso de anticoncepcional não é impedimento para doação de sangue.

O hormônio contido no anticoncepcional não afeta a doação de sangue. Por isso, a mulher que toma anticoncepcional pode doar sangue regularmente.

A doação de sangue é uma prática muito importante que pode salvar vidas. Se você tem entre 18 e 69 anos de idade, acima de 50 Kg, procure um Hemocentro próximo de você para maiores informações.

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Preciso estar em jejum para exame de sangue? Por quantas horas?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

O tempo de jejum depende do tipo de exame de sangue solicitado e pode variar de acordo com o laboratório.

Lembre-se que o jejum é o tempo no qual ficamos sem ingerir calorias, ou seja, alimentos. O consumo de água é liberado, porém, com moderação.

Exames de sangue que não precisam de jejumHemograma completo

Para realizar o hemograma completo (quando apenas ele é solicitado), não é necessário jejum. Entretanto, a alimentação que antecede o exame deve ser leve, ou seja, evite consumo de gorduras e açúcares.

O hemograma completo avalia as células que compõem o sangue como os glóbulos vermelhos (hemácias ou eritrócitos), glóbulos brancos (leucócitos) e plaquetas.

É um exame importante para diagnosticar inflamações, infecções, anemias, problemas na medula óssea, alterações nas plaquetas, entre outras.

Exames com jejum de 3 horasSódio

Verificar a concentração de sódio na corrente sanguínea é importante para avaliar a função renal e o equilíbrio deste mineral no organismo, especialmente para as pessoas que tem pressão alta (hipertensão arterial) ou baixa (hipotensão arterial).

Potássio

O potássio é um mineral indispensável ao bom funcionamento dos músculos, nervos e células em geral. Níveis muito elevados ou muito baixos de potássio podem alterar o ritmo dos batimentos cardíacos ou até mesmo provocar parada cardíaca.

Ureia

Verificar a quantidade de ureia no sangue permite avaliar o funcionamento dos rins e .

TGO e TGP

TGO e TGP são enzimas solicitadas no exame de sangue para avaliar o funcionamento do fígado.

O período de jejum destes exames (sódio, potássio, ureia, TGO e TGP) não deve ultrapassar 14 horas.

Exames com jejum de 4 horasFerro

O ferro é um mineral essencial para o bom funcionamento de todas as células do nosso organismo. Ele desempenha função relevante na síntese de DNA, na produção da energia do organismo e no transporte de oxigênio para os músculos.

Por estes motivos, é importante que os níveis de ferro sejam avaliados no exame de sangue.

LH (hormônio luteinizante)

As concentrações de hormônio luteinizante são observadas para avaliar a função da hipófise e diagnosticar problemas de fertilidade, doenças nos ovários ou testículos e problemas de maturação sexual.

FSH (hormônio folículo-estimulante)

Os níveis de FSH no sangue permitem avaliar o funcionamento dos ovários e testículos.

T3 (tri-iodotironina)

O hormônio T3 é um dos hormônios produzidos pela tireoide. Sua dosagem no sangue permite avaliar a função desta glândula.

PSA (Antígeno específico da próstata)

A dosagem das concentrações de PSA no sangue é solicitada somente para os homens e permite identificar, por exemplo, uma potencial presença do câncer de próstata.

O tempo de jejum para estes exames (ferro, LH, FSH, T3 e PSA) não deve ser superior a 14 horas.

Exames com jejum de 8 horas ou maisGlicemia

O exame de glicemia mensura os níveis de glicose (açúcar) no sangue. É um importante exame para a prevenção ou controle do diabetes.

Curvas glicêmicas

O exame de curva glicêmica é feito por meio da análise da concentração de glicose (açúcar) no sangue em jejum e logo após a ingestão de um líquido açucarado oferecido pelo laboratório. Deste modo, é possível avaliar a glicose em jejum e também verificar a resposta do organismo quando exposto à glicose.

É um exame útil para diagnosticar pré-diabetes, diabetes, resistência à insulina e outros problemas relacionados ao funcionamento do pâncreas.

Curvas insulínicas

A curva insulínica permite avaliar o nível de insulina na circulação sanguínea. É feita a primeira coleta de sangue em jejum, na qual são dosados os níveis de glicose e insulina. Logo após administra-se 75 gramas de glicose para adultos e 1,75 g/kg de peso para as crianças.

As coletas são feitas de acordo com a orientação médica e os resultados são comparados para detectar diabetes, resistência à insulina, níveis elevados de insulina (hiperinsulinismo).

Para estes exames (glicemia, curvas glicêmicas e insulínicas) o tempo de jejum não pode ultrapassar 12 horas.

Colesterol total e frações (LDL, HDL, VLDL)

O exame de colesterol total e de suas frações (LDL, HDL, VLDL) medem a quantidade de colesterol e de seus subtipos na circulação sanguínea. O LDL e o VLDL são frações do colesterol total que se referem à quantidade de colesterol "ruim" e o HDL, à concentração de colesterol "bom".

Estes exames são importantes para verificar os riscos para doenças cardiovasculares, como o infarto, que podem acontecer pelo colesterol ruim elevado.

Triglicérides

A quantidade de triglicérides é, normalmente, medida com o exame de colesterol total e frações (LDL, HDL, VLDL).

É um tipo de gordura que, com o colesterol elevado, aumenta o risco para as doenças cardiovasculares como o acidente vascular cerebral e infarto.

Para estes exames (Colesterol e Triglicérides) o tempo de jejum deve ser entre 8 e 12 horas.

Posso beber água durante o período de jejum?

Você pode sim ingerir água durante o período de jejum. Entretanto, é preciso fazer isto com moderação. Beba apenas a quantidade de água suficiente para saciar sede.

Ingerir água em excesso pode provocar alterações nos resultados do exame de sangue.

Evite a ingestão de bebidas alcoólicas, chás e refrigerantes uma vez que elas podem alterar os componentes do sangue e, consequente, os resultados dos exames.

O uso de medicamentos influencia no exame de sangue?

O uso de alguns anti-inflamatórios, antibióticos e analgésicos como a aspirina podem causar alterações nos resultados dos exames de sangue.

Comunique ao médico os medicamentos que você utiliza cotidianamente. Deste modo, ele pode orientar a suspensão ou não do remédio para a realização do exame de sangue.

Caso a medicação não seja suspensa, é necessário comunicar ao laboratório sobre os medicamentos utilizados para que eles sejam considerados na análise do seu exame de sangue.

Que preparos são necessários antes de realizar os exames de sangue?
  • Respeite o tempo de jejum orientado pelo médico que solicitou o exame de sangue ou pelo laboratório;
  • Quando mais de um exame de sangue for solicitado ao mesmo tempo, respeite o tempo de jejum de 8 a 12 horas;
  • Faça uma alimentação leve, caso o jejum não seja necessário;
  • Beba somente a quantidade de água necessária para saciar a sede;
  • Evite atividades físicas muito vigorosas 24 horas antes da coleta do exame de sangue;
  • No caso do exame de PSA, evite atividade sexual nos 3 dias que antecedem o exame;
  • Comunique ao médico e laboratório os medicamentos que você utiliza constantemente;
  • Não consuma bebidas alcoólicas durante as 72 horas que antecedem o exame de sangue;
  • Evite fumar no dia da coleta do exame de sangue.

Caso você tenha dúvidas em relação ao exame de sangue solicitado, comunique-se com seu médico de família ou clínico geral.

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Ao fazer necessidades sai sangue, posso estar com câncer?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Não necessariamente, o sangramento nas fezes pode ter diversas causas, tumores não são a única causa de sangramento. Existem causas benignas como fissuras anais ou hemorroidas e causas de maior gravidade como câncer de cólon. Além dessas também podem ser citadas a Doença diverticular, a angiodisplasia ou mesmo a Doença de Crohn.

Para definir o motivo do sangramento retal é importante avaliar a quantidade e o aspecto do sangramento. Geralmente o sangramento em pequena quantidade, de uma coloração mais viva, que é notado no papel higiênico se deve a causas como hemorroidas ou fissuras anais. Tumores retais também podem causar esse tipo de sangramento.

Já quando o sangramento é mais intenso e abundante pode tratar-se de câncer, de angiodisplasias, doença diverticular ou doença inflamatória intestinal.

Quando as fezes apresentam sangue digerido, ou seja, de coloração bem escura e odor fétido geralmente a causa se deve a afecções do tubo digestivo em porções mais altas como esôfago, estômago ou duodeno.

O diagnóstico das doenças que podem causar esse tipo de sangramento depende da história clínica, do exame físico e muitas vezes de exames complementares como a colonoscopia, exame que visualiza o interior do cólon.

Caso esteja apresentando sangramento retal consulte o seu médico de família ou clínico geral para uma avaliação e diagnóstico preciso.

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Uma infecção no sangue pode virar leucemia?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Não. Uma infecção no sangue não se transforma em leucemia, entretanto, a leucemia aumenta o risco de infecções, porque a doença reduz a quantidade de anticorpos no organismo.

A leucemia é um tipo de câncer, que atinge a medula óssea, interferindo na sua função de produzir as células do sangue, as hemácias, plaquetas e os glóbulos brancos.

Os glóbulos brancos, por sua vez, são os responsáveis pela formação dos anticorpos. Com menos anticorpos, o organismo tem uma queda da imunidade e maior risco de infecções.

O que é infecção no sangue?

A infecção no sangue é a presença de germes, na corrente sanguínea, que também recebe o nome de sepse ou septicemia.

Qualquer infecção no organismo, seja de pele, problemas dentários ou uma pneumonia, pode virar uma sepse, se o germe não for devidamente combatido. Para combater os germes, o corpo precisa produzir anticorpos, além de receber as medicações antibióticas.

Por isso, pessoas com a imunidade baixa, como acontece nos casos de leucemia, estão mais propensas a desenvolver infecções de repetição e infecções graves (sepse).

O contrário já não acontece. Uma infecção não é capaz de alterar a função da medula óssea, portanto não causa leucemia.

O que é leucemia?

A leucemia é um tipo de câncer comum na população, especialmente em crianças, onde a medula produz menos glóbulos brancos, as células responsáveis pela nossa defesa do corpo. Com isso aumenta o risco de infecções.

A evolução da doença atinge também a produção de hemácias e plaquetas, levando ao quadro de anemia e sangramento espontâneo sem motivo aparente.

A causa da leucemia não está bem definida, porém, tem forte relação com a história familiar, quimioterapia, radioterapia, exposição agrotóxicos, entre outros.

A infecção no sangue, mesmo quando grave, ainda não foi relacionada a casos de leucemia.

Sintomas da leucemia

Os sintomas da leucemia variam um pouco de acordo com o tipo da doença, se aguda, crônica, linfocítica ou mielocítica, mas, em geral, incluem:

  • Febre (sem causa aparente),
  • Infecção de repetição,
  • Anemia (palidez, cansaço, sonolência),
  • Manchas roxas na pele,
  • Episódios de sangramento espontâneo (sangramento gengival, manchas na pele, dificuldade de cicatrização).
Leucemia tem cura? Qual é o tratamento?

Às vezes. Alguns casos podem ser curadas, enquanto outras apenas controladas. O tratamento pode incluir quimioterapia, radioterapia, transplante de medula óssea, cirurgia para remover o baço e terapias biológicas e direcionadas.

O médico hematologista é o especialista indicado para diagnosticar e tratar a leucemia.

Conheça ainda mais sobre esse tema nos artigos:

Referências:

Abrale - Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia.

INCA - Instituto Nacional do Câncer (Brasil).

Charles A Schiffer, et al.; Clinical manifestations, pathologic features, and diagnosis of acute myeloid leukemia. Aug 15, 2019.

De quanto em quanto tempo posso doar sangue?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A mulher pode doar sangue a cada 90 dias, respeitando o limite de 3 doações por ano.

O homem pode doar sangue a cada 60 dias, não devendo passar de 4 doações por ano.

Esse intervalo deve ser dado para que as células sanguíneas sejam repostas pelo organismo e, dessa forma, evite situações como anemia.

Nesse intervalo, o organismo irá repor as reservas de ferro e irá renovar as células do sangue. Com isso, a doação não acarretará em danos ou deficiências nutricionais para a pessoa.

Se você tem entre 18 e 69 anos e pesa no mínimo 50 Kg, procure um Hemocentro próximo de você para doação de sangue.

Doar sangue é um procedimento simples, seguro e que pode salvar vidas.

O que significa o resultado desse exame de sangue...
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Exames dentro do limite da normalidade.

No entanto, os exames realizados foram solicitados com um objetivo, seja como exames de rotina, ou na suspeita de alguma alteração identificada no exame clínico.

Por isso, apesar dos valores estarem todos dentro da normalidade, é importante que leve o resultado desse exame para o médico que o solicitou, que poderá interpretar esses valores de maneira mais detalhada e direcionada ao seu caso.

Exames de FSH e LH

Os hormônios FSH (hormônio folículo-estimulante) e LH (hormônio luteinizante) são produzidos pela hipófise, com a função de coordenar o desenvolvimento e maturação puberal, processos reprodutivos e a secreção de esteroides sexuais nas gônadas (espermatozoides e óvulos).

Os valores normais de FSH e LH variam com a idade, sexo e período do ciclo, conforme detalhado abaixo:

FSH

Para o sexo feminino:

  • Fase folicular (do 1º ao 12º dia após a menstruação): 2,8 a 12 mUI/mL;
  • Pico ovulatório (em média no 14º dia do ciclo menstrual): 12 a 25 mUI/mL;
  • Fase lútea (do 16º dia do ciclo até a próxima menstruação): 1,2 a 12 mUI/mL;
  • Menopausa: > 30 mUI/mL.

Para o sexo masculino: 0,7 a 10 mUI/mL.

Para crianças antes da puberdade: menor que 4 mUI/mL

LH

Para o sexo feminino:

  • Fase folicular (do 1º ao 12º dia após a menstruação): 2 a 10 mUI/mL;
  • Pico ovulatório (em média no 14º dia do ciclo menstrual): 10 a 60 mUI/mL;
  • Fase lútea (do 16º dia do ciclo até a próxima menstruação): 0,5 até 12 mUI/mL;
  • Menopausa: entre 10 e 70 mUI/mL.

Para o sexo masculino: 1 a 9 mUI/mL.

Para crianças antes da puberdade: menor que 0,15 mUI/mL

Leia também: O que é FSH e qual a sua função?

Triglicerídeos

Os triglicerídeos são gorduras ingeridas e também produzidas no organismo, capazes de armazenar energia. Não representam um problema, desde que estejam dentro dos limites de normalidade.

Os valores considerados normais para os triglicerídeos, são abaixo de 150 mg/dl.

Exame de TSH ultrassensível e T4 livre

O exame de TSH ultrassensível (hormônio estimulante da tireoide), é indicado para auxiliar no diagnóstico de alterações no funcionamento da tireoide. Produzido pela hipófise, o TSH estimula a glândula tireoide a produzir os hormônios T3 e T4.

O T4 livre por sua vez, é transformado em T3, que participa ativamente do metabolismo do corpo.

Seus valores considerados normais são de: TSH = 0,5 e 5,0 µUI/mL e T4 livre = 0,7 a 2,7 ng/dl, sabendo que os valores podem variar de acordo com o método utilizado pelo laboratório.

Progesterona

A progesterona é um hormônio produzido pelo corpo lúteo após a ovulação e pela placenta durante a gestação. Tem como funções, a fertilidade feminina, ativar as células que revestem a parede uterina e aumentar o fluxo sanguíneo, preparando o útero para receber o embrião.

Suas taxas consideradas normais, variam consideravelmente, de acordo com o ciclo menstrual, entre 0,15 a 20 ng/dl, na mulher não grávida, e na gestante, chega a mais de 200 ng/dl no terceiro trimestre. Na menopausa aparece menor do que 0,4.

Prolactina

A prolactina é outro hormônio produzido pela glândula hipófise, responsável pela estimulação de produção do leite, pelas mamas. O valor máximo normal da prolactina no sangue, normalmente não ultrapassa 20 ng/mL.

Glicemia

O valor normal para a glicemia de jejum, é constantemente reavaliado pela sociedade brasileira de endocrinologia e metabologia, visto sua importância para o aumento de risco de diabetes e outras doenças crônicas comuns na população.

Atualmente, os valore considerado normal é abaixo de 100 mg/dl. A partir de 100 até 125 mg/dl, já é considerado um quadro chamado Pré-diabetes (propensão para desenvolver diabetes).

Glicemia igual ou superior a 126 mg/dl: Diabetes. O diagnóstico é confirmado após repetição do exame em um outro dia.

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Quem recebeu sangue pode doar?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Quem recebeu transfusão de sangue pode doar sangue, mas precisa esperar 1 ano para fazer a doação. Esse impedimento temporário é necessário para que se tenha a certeza de que a transfusão não transmitiu nenhuma doença infecciosa à pessoa que pretende doar sangue.

Alguém que recebeu transfusão de sangue há menos de 12 meses pode estar ainda no período em que as doenças nem sempre são detectadas nos exames, por isso, fica temporariamente impedido de doar sangue. Esse período é chamado de janela imunológica.

Os 12 meses são considerados uma margem de segurança para se fazer a doação de sangue, pois leva em consideração os períodos variáveis da janela imunológica de diversas doença transmitidas pelo sangue.

Fora esse e outros impedimentos, os requisitos básicos para a doação de sangue são:

  • Estar em boas condições de saúde;
  • Ter entre 16 e 69 anos, desde que a primeira doação tenha sido feita até os 60 anos;
  • Pesar no mínimo 50 kg;
  • Ter dormido pelo menos 6 horas nas últimas 24 horas;
  • Estar bem alimentado;
  • Apresentar documento original com foto emitido por órgão oficial.

Para mais informações, consulte um médico clínico geral ou um médico de família.

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