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Qual remédio posso tomar para diarreia?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

A maioria dos casos de diarreia melhoram no decorrer de alguns dias sem a necessidade de um tratamento ou uso de medicamentos específicos.

Mas existem alguns grupos de medicamentos que podem ser usados em algumas situações, conforme a necessidade, como os probióticos, remédios para tratar sintomas, antidiarreicos ou antibióticos.

Probióticos: repõem a flora intestinal

Os probióticos constituem um grupo de medicamentos que podem ser usados no tratamento da diarreia. São remédios compostos com bactérias benéficas que repõem a flora natural do intestino.

No entanto, nem todos os probióticos são de fato eficazes para qualquer forma de diarreia, pesquisas ainda estão estudando o real benefício de cada tipo de probiótico. Por exemplo, sabe-se que o Lactobacillus GG diminui o tempo de duração da diarreia em crianças de origem infecciosa.

Já o probiótico composto por Saccharomyces boulardii, pode ser eficaz na diminuição da duração da infecção por C. difficile.

Sintomáticos: ajudam no controle dos sintomas

Eventualmente, pode ser necessários o uso de remédios que ajudam no controle dos sintomas que acompanham a diarreia como dores e cólicas abdominais, febre, náuseas e vômitos.

Portanto, o uso de analgésicos como o paracetamol e a dipirona pode aliviar as dores abdominais e febre, antiespasmódicos, como o Buscopam, também pode trazer algum alívio para dores e cólicas intestinais.

Para o alívio de gases intestinais, que costumams ser frequentes em casos de diarreia, pode ser utilizados medicamentos como a simeticona.

Em situações de vômitos frequentes e intensos pode estar indicado o uso de anti-eméticos como o dimenidrinato, ou a metoclopramida.

Antidiarreicos: reduzem a diarreia

Em raras situações medicamentos antidiarreicos podem ser utilizados para diminuir um pouco os episódios de diarreia. Esses remédios são a loperamida (Imosec), e o salicilato de bismuto, no entanto, eles devem ser usados apenas sob orientação e supervisão médica, já que podem agravar o quadro, principalmente se a causa da diarreia for de origem infecciosa. Não use medicamentos antidiarreicos sem supervisão médica.

Esses medicamentos reduzem a diarreia, por diminuírem a motilidade intestinal, mas não resolvem a causa, por isso nem sempre são necessários no tratamento da diarreia.

A loperamida pode ser usada com cautela apenas se não houver febre, sangue ou muco nas fezes. Caso alguns desses sintomas esteja presente, esse remédio não está indicado, porque a retenção de bactérias e toxinas no intestino pode piorar a infecção intestinal causadora da diarreia.

Leia também: Quando a diarreia é sinal de infecção?

Antibióticos: usados em algumas infecções bacterianas

Em algumas situações em que a causa da diarreia é de origem bacteriana, o médico pode prescrever antibióticos que combatem a bactéria ou o parasita, que estar a causa o sintoma de diarreia.

O uso de antibióticos não é rotineiro no tratamento das diarreias, até mesmo porque muitas vezes a diarreia é causada por infecções virais, sendo que nesses casos os antibióticos não apresentam muita utilidade, sendo indicados apenas para casos específicos de diarreia bacteriana grave.

Quais outros cuidados deve-se ter quando se tem diarreia?

Além do uso de medicamentos algumas medidas são essenciais no tratamento da diarreia. Cuidados com a hidratação e a alimentação são fundamentais, pois evitam complicações decorrentes da diarreia.

Hidratação

Mantenha-se bem hidratado. Beba líquidos, como água, chá e sopas frequentemente. A desidratação é uma das principais complicações da diarreia, podendo ser um quadro grave principalmente em crianças pequenas e idosos. Por isso, manter uma adequada ingesta hídrica é fundamental.

O médico pode orientar o uso de soros de reidratação oral após episódios de diarreia, esses soros contêm a quantidade adequada de eletrólitos que são perdidos durante o quadro de diarreia.

A terapia de reidratação oral está indicada principalmente em casos de diarreia em crianças ou diarreia grave em adultos.

Alimentação

É recomendado tentar manter a realização de refeições leves. Amidos e cereais cozidos, como batata, macarrão, arroz, trigo e aveia podem ser consumidos por pacientes com diarreia aquosa; biscoitos, bananas, sopas e legumes cozidos também podem ser consumidos.

Alimentos gordurosos devem ser evitados até que a função intestinal retorne ao normal. Da mesma forma também deve-se evitar consumir produtos lácteos como leite e queijos, pois pode haver dificuldade na digestão da lactose presente nos laticínios durante o episódio de diarreia.

Para mais informações consulte um médico de família, clínico geral ou gastroenterologista.

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Estomatite pode dar sono, diarreia e tosse?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Não, estomatite não dá sono, diarreia e tosse. O principal sintoma da estomatite é o aparecimento de bolhas ou feridas (aftas) na mucosa da boca, podendo afetar ainda gengiva, língua, parte interna das bochechas, céu da boca e garganta.

Essas lesões são muito dolorosas e normalmente têm meio centímetro de diâmetro. Podem ser numerosas ou isoladas, podendo ainda sangrar em alguns casos.

A estomatite pode causar ainda outros sintomas, como:

  • Mal estar;
  • Falta de apetite;
  • Dificuldade ou dor para engolir sólidos e líquidos;
  • Febre;
  • Mau hálito;
  • Aumento dos gânglios do pescoço;
  • Irritabilidade;
  • Insônia.

A criança pode apresentar sono, mas é provável que seja consequência da insônia ou do mal estar, uma vez que não é um sintoma característico da estomatite.

No entanto, diarreia e tosse não são esperados na estomatite e por isso devem ser investigados, principalmente a tosse e a diarreia, que podem indicar problemas mais graves.

Leia também: O que é estomatite e quais as causas?

Portanto, se o/a seu/sua filho/a está com estomatite e apresenta tosse e diarreia, o melhor é levá-lo/a ao/à médico/a pediatra para que seja diagnosticada a origem desses sintomas.

Quais os sintomas da bronquite?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Os sintomas da bronquite são:

  • Tosse que dura mais de 5 dias;
  • Produção de expectoração.

A bronquite é a infecção que ocorre nos brônquios, localizados nos pulmões. Ela pode se apresentar de forma aguda ou crônica. A forma aguda é autolimitada e dura entre 1 a 3 semanas. A bronquite crônica é presente na doença pulmonar obstrutiva e caracteriza-se por uma tosse que dura mais de 3 meses em pelo menos 2 anos seguidos.

A bronquite deve ser diferenciada da pneumonia, o que será feito pelo/a médico/a durante a consulta com a história e o exame físico do/a paciente.

A bronquite aguda é causada, na maioria das vezes, por vírus. Sendo assim, não há indicação do uso de antibióticos.

Continue a leitura em:

Bronquite tem cura? Qual o tratamento?

Tive um AVC há três anos e agora não consigo ter relações?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Talvez. Nessa situação é necessário avaliar qual a causa da impotência sexual e qual a melhor forma de tratamento para o problema encontrado, este problema pode estar associado ao AVC, a outras doenças como diabetes, hipertensão arterial, tabagismo, ou ser decorrente do uso de medicações ou ainda ter também fatores psicológicos associados.

A impotência sexual, ou disfunção erétil, é o termo utilizado para a incapacidade do homem de iniciar ou manter a ereção do pênis de forma a conseguir ter uma relação sexual satisfatória. Pode ter causas psicogênicas, de origem psicológica, e causas orgânicas, relacionados a doenças e fatores de risco.

Entre as causas de origem psicogênica as mais comuns estão associadas a transtornos de ansiedade, como a ansiedade de desempenho, que se refere ao fato do homem ficar tão ansioso em relação ao ato sexual, ao desempenho sexual e a satisfação da parceira que não consegue manter a ereção. Sintomas de depressão também podem levar a impotência.

Além disso, problemas financeiros, desemprego, dificuldades no relacionamento e estresse também são fatores que podem levar a disfunção erétil.

Em relação as causas orgânicas destacam-se aquelas oriundas  de problemas vasculares como a hipertensão arterial, aterosclerose e doenças que ocasionam lesões vasculares no pênis como a doença de Peyronie ou fraturas penianas.

Um fator complicador em relação aos homens que possuem doenças cardiovasculares é que os medicamentos utilizados podem também aumentar o risco de impotência, como os anti-hipertensivos. Outra classe de medicamentos que merece destaque, são os antidepressivos que podem levar a disfunções sexuais, entre elas a disfunção erétil. 

Existem outras inúmeras doenças que estão associadas a impotência sexual, o Diabetes Mellitus está entre as principais, mas doenças neurológicas, urológicas e procedimentos urológicos também podem desencadear esse problema.

É válido lembrar também dos fatores de risco para a disfunção erétil, o tabagismo é um dos principais, mas obesidade e sedentarismo também podem ser considerados fatores de risco para a ocorrência de impotência.

Leias mais em: Quais são as causas da impotência sexual?

Nesse tipo de situação é muito importante a avaliação de um médico de família ou clínico geral para o diagnóstico da causa da disfunção erétil e inicio do tratamento adequado. Em algumas situações pode estar indicada o acompanhamento por um médico urologista ou especialista em disfunções sexuais.

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Qual é o tratamento da enxaqueca?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O tratamento para enxaqueca é baseado nas características de cada pessoa, mas com base em medidas não farmacológicas e medicamentos, na crise ou até preventivos.

Com uma ferramenta bastante simples e útil, o diário da dor, hoje é possível o paciente registrar todos os eventos que sente de dor, e suas características. Nesse diário é possível registrar não só a data, mas os horários, o que comeu no dia, se houve algum problema, estresse, ciclo menstrual ou privação de sono, enfim, dados que possibilitam um tratamento direcionado para cada caso.

Medidas não farmacológicas

Além dos medicamentos, o tratamento da enxaqueca inclui também medidas não farmacológicas, como técnicas de relaxamento, evitar jejuns prolongados, não fumar, controlar o estresse, melhorar a qualidade do sono, ainda, a prática regular de atividade física, psicoterapia e acupuntura, que comprovadamente apresentam boa resposta e redução das crises de dor.

Medicamentos

O tratamento medicamentoso da enxaqueca se divide entre o alívio da dor (nas crises) e a prevenção das crises, quando indicada.

  1. Na crise - quando a dor de cabeça já está instalada, podem ser usados analgésicos de efeito rápido como Paracetamol e Dipirona. Outros medicamentos usados para tratar os episódios de enxaqueca são os anti-inflamatórios (Diclofenaco, Indometacina, Ibuprofeno, Naproxeno e Etoricoxib).
  2. Na prevenção - quando está indicado o tratamento preventivo, as medicações mais prescritas são antidepressivos (Amitriptilina), anticonvulsivantes (Ácido Valproico, Topiramato, Gabapentina), betabloqueador (Propranolol, Atenolol), bloqueador de canal de cálcio (Flunarizina, Verapamil), a Melatonnia e derivados, Toxina botulínica.

O tratamento preventivo é uma decisão que deve ser tomada entre o/a médico/a assistente e o paciente, e vai depender de diversos fatores clínicos e particulares. Tem como principal objetivo prevenir novas crises de dor de cabeça e reduzir a intensidade e a frequência dos episódios.

Vale lembrar que uma das formas mais eficazes para prevenir a enxaqueca é identificar e evitar os fatores que desencadeiam as crises.

O/A médico/a neurologista é o/a responsável pelo diagnóstico e tratamento da enxaqueca.

Saiba mais em:

Enxaqueca: causas, sintomas e tratamento

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Que remédios devo tomar para enxaqueca?

Referência

ABN. Academia Brasileira de Neurologia.

Ganhei 16kg e agora estou com falta de ar e cansaço... como poderia acabar com esse mal estar?
Dr. Charles Schwambach
Dr. Charles Schwambach
Médico

O excesso de peso pode ser a causa de falta de ar e cansaço, e exercícios físicos regulares podem te ajudar a melhorar dos seus sintomas e a perder peso, mas antes de começar o ideal é ir a um médico e começar os exercícios de forma branda e progressivamente ir aumentando o nível dos exercícios físicos para não sofrer com dores e lesões.

Coceira na pele pode ser dermatite atópica? Saiba os sintomas
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Sim. A coceira na pele é sim um dos sintomas de dermatite atópica, também caracterizada pela presença de lesões avermelhadas que, às vezes, descamam.

A dermatite atópica é uma inflamação crônica das camadas superficiais da pele e é muito comum em pessoas com tendência a desenvolver alergias ou portadores de bronquite, asma e rinite.

Quais os sintomas da dermatite atópica?

Em geral, a dermatite atópica tem início quando a pessoa ainda é bebê, com menos de 4 meses de vida. Os sintomas incluem:

  • Surgimento de áreas vermelhas na pele;
  • Bolhas e/ou escoriações;
  • Coceira intensa na pele que piora com a transpiração;
  • Pele seca ou espessa devido ao ato de coçar e esfregar a pele repetidas vezes;
  • As lesões de pele aparecem em uma única área do corpo ou em alguns locais específicos: parte da frente do pescoço, mãos, braços, área anterior dos cotovelos e atrás dos joelhos, especialmente em crianças e adultos.

Nos bebês as áreas de vermelhidão no rosto se espalham para o couro cabeludo, pescoço, braços, mãos, pés e pernas. Grandes superfícies do corpo podem ser afetadas.

Marcas na pele provocadas pela coceira na dermatite atópica. O que posso fazer para aliviar a coceira?

Alguns cuidados com a pele são importantes para aliviar a coceira e evitar que as lesões provocadas pela dermatite atópica piorem. As recomendações são para:

  • Tomar banho apenas uma vez ao dia: muitos banhos durante o dia contribuem com o ressecamento da pele e pode piorar a coceira;
  • Utilizar sabonetes que promovam a hidratação da pele como, por exemplo, os sabonetes de aloe vera. Evite os sabonetes comuns;
  • Manter a pele hidratada por meio do uso de hidratantes ou vaselina após o contato com a água;
  • Secar o corpo, após o banho ou qualquer contato com a água, fazendo movimentos de pressão na pele. Evite esfregar a pele como normalmente fazemos, pois, o ato de esfregar pode piorar as lesões;
  • Sempre usar cremes hidratantes imediatamente após o banho, enquanto a pele estiver úmida;
  • Cuidar da sua saúde emocional. O estresse piora as manifestações da doença. Para isto, pratique atividade física, faça meditação e/ou desenvolva hábitos que proporcionam prazer.
Dermatite atópica tem cura?

Não. A dermatite atópica não tem cura. A doença torna-se mais leve por volta dos 5 anos, porém, na adolescência e na vida adulta as crises de alergia retornam.

Qual o tratamento da dermatite atópica?

Por não ter cura, o tratamento da dermatite atópica consiste em manter os cuidados com a pele, sobretudo controlar os fatores que desencadeiam as crises, com o objetivo de aliviar a coceira, minimizar e/ou melhorar as lesões.

Além dos cuidados com a pele, alguns medicamentos orais e locais como creme e unguentos de corticoides podem ser utilizados para aliviar a coceira. Os corticoides também podem ser administrados por via oral.

A fototerapia (exposição a luz ultravioleta) é uma outra modalidade de tratamento que pode ajudar a melhorar as lesões provocadas pela dermatite atópica.

Para definir o melhor tratamento é importante a avaliação das lesões e do histórico do paciente. Para isso, consulte um médico de família, clínico geral ou dermatologista.

Como a dermatite atópica é diagnosticada?

O diagnóstico de dermatite atópica é feito pela avaliação das características da lesão de pele e do histórico familiar do paciente.

É importante informar se você tem tendência a alergias ou se tem histórico de alergias na família. Testes na pele ou exames de sangue podem ser necessários.

O médico de família, clínico geral ou dermatologista são os profissionais mais indicados para diagnosticar dermatite atópica.

Leia mais

Referência

Sociedade Brasileira de Dermatologia

Formigamento nas mãos: o que pode ser e como tratar?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O formigamento nas mãos tem como principal causa, a compressão do nervo mediano, na altura do punho, conhecida por síndrome do túnel do carpo.

No entanto, existem diversas outras causas que devem ser investigadas, como:

  • Problemas de circulação sanguínea;
  • Complicações do diabetes (Neuropatia diabética);
  • Problemas na coluna - hérnia de disco;
  • Ansiedade;
  • Doenças neurodegenerativas como a Esclerose múltipla;
  • Doenças reumáticas (fibromialgia, artrite reumatoide, osteoartrite).
1. Síndrome do túnel do carpo Nervo mediano comprimido (em vermelho), por uma capa de fibrose.

Essa síndrome é mais comum em pessoas que trabalham com as mãos, como os digitadores, professor escolar, manicures e massagistas, além de ser mais prevalente nas mulheres com meia-idade, provavelmente devido ao efeito dos hormônios femininos.

A doença acomete quase sempre as duas mãos e os sintomas são de fraqueza e "formigamento", que dificultam a realização de tarefas simples, como segurar um copo ou um prato por mais tempo. Com a evolução da doença, a dor aumenta, a fraqueza piora, as coisas começam a cair das mãos e a dor pode acordar a pessoa de noite, de tão intensa.

O tratamento com a fisioterapia e terapia ocupacional podem resolver o problema, nos estágios iniciais. No entanto, o tratamento definitivo é feito através de uma cirurgia, que libera esse nervo do que esteja a comprimir. O médico indicado para esse diagnóstico e tratamento, é o neurocirurgião.

2. Problemas de circulação sanguínea

Os problemas de circulação, seja uma obstrução ou doença vascular, diminui o fluxo de sangue, com isso de oxigênio e nutrientes, para a região comprometida.

Os sintomas são de formigamento em todos os dedos, de apenas uma das mãos, temperatura mais fria, quando comparada a mão que não está comprometida e coloração arroxeada ou azulada.

Na suspeita de doença vascular, procure imediatamente um angiologista ou cirurgião vascular para avaliação e tratamento. Nos casos mais leves, o tratamento é com uso de anticoagulantes, porém se for identificado um sinal de maior risco, sendo preciso indicar uma cirurgia de urgência.

3. Complicação da diabetes (neuropatia diabética)

A diabetes mal controlada, permite que os níveis de açúcar (glicose) se mantenham elevados durante muito tempo no sangue. Os altos níveis de glicose danificam os nervos mais distais, porque são menores e mais sensíveis, o que chamamos de neuropatia diabética.

Os sintomas são de formigamento ou dormência nas duas mãos e dedos. Pode acometer ainda os pés, dando um aspecto de dormência em "meias e luvas", ao mesmo tempo.

Neste caso é importante procurar um médico de família ou endocrinologista para ajustes e melhor controle da doença. As orientações de alimentação, exercícios físicos e hábitos de vida saudáveis, são fundamentais para a resposta ao tratamento.

4. Hérnia de disco

A hérnia de disco é uma doença, onde o disco gelatinoso que fica entre as vértebras, se desloca, comprimindo um nervo que sai da medula.

Os sintomas são de formigamento, dormência ou sensação de "choque", no trajeto de um nervo, apenas de um lado. A dor é intermitente, vai e volta.

Nestes casos, é importante consultar um neurologista ou ortopedista para que a causa da compressão seja identificada e o tratamento, seja efetuado. Os tratamentos podem incluir desde os medicamentos como os anti-inflamatórios ou analgésicos, fisioterapia ou cirurgia.

Hérnia de disco em azul - comprimindo o nervo (imagem ampliada) 5. Ansiedade

A crise de ansiedade é mais uma causa comum de formigamento, que podem vir associados a tremores, e sensação de dormência, nas extremidades, pés e mãos.

Atualmente com a quantidade de atividades exigidas na população, de trabalho e sobrecarga emocional, as crises de ansiedade têm sido ainda mais frequentes.

O tratamento pode ser feito com psicoterapia, atividade física regular e mudança de hábitos de vida, até o uso concomitante de medicamentos antidepressivos. Cabe ao médico clínico geral, neurologista ou psiquiatra, definir o melhor tratamento para cada caso.

6. Esclerose múltipla

A esclerose múltipla (EM) é uma doença neurológica, autoimune, na qual o organismo produz anticorpos contra o próprio organismo. Na EM, o sistema imunológico ataca a bainha de mielina, camada de revestimento dos neurônios, o que faz com que o fluxo normal dos impulsos elétricos ao longo dos nervos seja lentificado.

Os sintomas de formigamento ou dormência acontecem subitamente, em geral, apenas de um lado e desaparecem de forma espontânea também. A alteração de sensibilidade, com frequência é o primeiro sinal da doença, o que muitas vezes faz com que o paciente seja diagnosticado.

Atualmente dispomos de muitos tratamentos para essa doença e outras doenças desmielinizantes, que retardam a evolução da doença e melhoram a qualidade de vida de forma importante. O neurologista é o médico responsável por esses casos.

7. Doenças reumáticas

Nas doenças reumáticas como a fibromialgia, artrite reumatoide e osteoartrite, um sintoma comum é o formigamento nas mãos, o que pode confundir com a compressão do nervo algumas vezes. Associado ao formigamento, outros sintomas são a dor, deformidades ósseas e piora dos sintomas com o frio.

Neste caso, o médico responsável pela avaliação e cuidado, é o reumatologista.

Outras situações como hipotireoidismo, carência de vitaminas e problemas dermatológicos, também podem causar coceira, desconforto, por vezes difíceis de descrever.

Para esclarecer o motivo para o seu formigamento e definir a conduta, procure um/a médico/a clínico geral, médico da família ou neurologista.

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Coração acelerado, tremores no corpo e formigamento nas mãos e braços, o que pode ser?

Referências:

  • ABN - Academia Brasileira de Neurologia
  • SBR - Sociedade Brasileira de Reumatologia
  • UpToDate. Devon I Rubin. Neurologic manifestations of hypothyroidism. Oct 25, 2018.
  • American Family Physician - JENNIFER WIPPERMANCarpal Tunnel Syndrome: Diagnosis and Management. Volume 94, Number 12 ◆ December 15, 2016.
Tira minha dúvida se estou grávida ou não!
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Se a menstruação está atrasada pode sim estar grávida, procure um médico ginecologista para realizar o exame clínico e fazer o pedido do exame de Beta HCG no sangue. Só dessa maneira poderá ter certeza ou não da gravidez.

O teste de gravidez da farmácia também pode ser realizado, preferencialmente a partir de 15 dias de atraso, com alta eficácia. Para realização desse teste não é preciso pedido médico.

Quais são os sintomas de gravidez?

O primeiro sinal de gravidez é mesmo o atraso menstrual. Sempre que houver relação no período fértil, ou próximo dele, sem uso de contraceptivos, o risco de engravidar é alto.

Veja aqui Como calcular o Período Fértil?.

Portanto, havendo essa possibilidade e após a relação acontecer o atraso menstrual, a primeira hipótese será a gestação. Depois, em torno da segunda ou terceira semana de gestação, pode haver sintomas de náuseas e vômitos, principalmente matinais.

Por volta da 5ª ou 6ª semanas de gestação, são percebidos outros sintomas, como maior sensibilidade nas mamas, sonolência, inchaço abdominal, alterações no apetite, constipação intestinal, azia, desconforto na região pélvica e alterações do humor.

A cólica também pode acontecer nas primeiras semanas, devido à implantação do óvulo fecundado, na parede do útero. Pode inclusive haver pequeno sangramento, que por vezes é confundido com menstruação, devido a essa penetração do óvulo e formação da sua rede de vascularização e nutrição. A esse sangramento damos o nome de sangramento de nidação.

Saiba mais em: Dá para confundir sangramento de nidação com menstruação escura?

Importante lembrar que para uma gestação evoluir de maneira saudável para a mãe e para o bebê, é fundamental um acompanhamento adequado de pré-natal. Sendo assim, o mais recomendado é que procure o quanto antes um posto de saúde para realizar o teste e se for positivo, seguir os protocolos ortientados.

Leia também: Descobri que estou grávida tarde e não fiz pré-natal. O bebê corre algum risco? O que devo fazer?

Quem sofre de ansiedade pode tomar café?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Pode, mas com moderação e de preferência descafeinado, isto porque em algumas pessoas que sofrem de ansiedade o café pode piorar os sintomas ansiosos, ou causar sintomas semelhantes aos da ansiedade, como agitação, taquicardia e nervosismo. Além disso, também pode prejudicar a qualidade do sono, a depende da quantidade do consumo e da hora que for tomado.

Para evitar esses sintomas é importante reduzir ao mínimo a quantidade de café tomada ao dia, como por exemplo, tomar apenas uma xícara de café durante a manhã, ou ainda, preferir as versões descafeinadas, já que a cafeína é uma das principais causas dos sintomas ansiosos.

O café em pequenas doses pode inclusive ser benéfico, no sentido de aumentar a atenção e atividade cognitiva.

Café causa ansiedade?

O café pode causar sintomas ansiosos ou piorar os sintomas de ansiedade em quem já tem transtorno de ansiedade, principalmente em pessoas que apresentam Transtorno de Pânico ou Transtorno de ansiedade generalizada. Também sabe-se que os homens são mais sensíveis ao efeito da cafeína do que as mulheres.

No entanto, não é o café em si que causa os transtornos de ansiedade, já que esse tipo de transtorno é multifatorial, ou seja, tem origem em diferentes causas. O café pode apenas piorar ou desencadear sintomas em pessoas mais susceptíveis.

Além disso, os sintomas decorrentes do uso de cafeína são semelhantes aos sintomas de uma crise de ansiedade como tremores, taquicardia, agitação, sudorese, distúrbios gastrointestinais e a própria sensação de ansiedade, o que pode contribuir para confundir o quadro e inclusive piorar ainda mais a ansiedade em quem já tem esse distúrbios ansiosos.

Caso perceba que o café está induzindo sintomas ansiosos e deseje reduzir a quantidade de café ingerida converse com o seu médico, visto que muitas pessoas tem dificuldade em diminuir o consumo de café e apresentam efeitos adversos decorrentes da falta de cafeína.

Degeneração macular tem cura? Qual o tratamento?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Degeneração macular dificilmente tem cura. O tratamento pode preservar ou melhorar a acuidade visual, mas é muito importante que seja iniciado na fase inicial da doença. Quando a degeneração macular já está muito avançada, torna-se mais difícil tratar e os resultados podem não ser satisfatórios.

No caso da degeneração macular atrófica ou seca, o tratamento pode ser feito com medicamentos antioxidantes como suplementos vitamínicos ou minerais em altas doses, que retardam o avanço da doença. O paciente também pode utilizar óculos especiais que permitem a recuperação da visão de leitura.

Já o tratamento para a degeneração macular úmida ou exsudativa pode consistir em fotocoagulação com raio laser, terapêutica fotodinâmica ou de injeções intra-oculares de medicamentos anti-angiogênicos. Os anti-angiogênicos impedem o crescimento dos vasos sanguíneos responsáveis pelo extravasamento de fluidos e sangue para a retina, melhorando de forma significativa a visão.

As injeções são aplicadas dentro do olho, com anestesia local e sedação. O procedimento é seguro, sendo realizado por meio de uma pequena cirurgia em centro cirúrgico.

Outra opção de tratamento para a degeneração macular exsudativa é a terapia fotodinâmica, que ataca apenas a membrana formada pelos novos vasos sanguíneos e preserva o tecido da retina. O método pode melhorar a visão ou pelo menos preservar o tecido da retina.

A terapia fotodinâmica é realizada através da administração intravenosa de uma substância que fica retida nos vasos anormais que formam a membrana. Depois, é aplicado o laser que ativa a substância para libertar moléculas de oxigênio capazes de fechar os vasos.

Apesar de não causar cegueira total, uma vez que a visão periférica fica preservada, a degeneração macular pode provocar danos irreversíveis à visão e levar à perda da visão de leitura e da nitidez se não for devidamente tratada.

Consulte um médico oftalmologista para saber qual é o melhor tratamento para o seu caso.

Leia também: O que é degeneração macular e quais os sintomas?

Tontura: saiba as principais causas e o que pode ser o mal-estar
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade
O que é Tontura?

Tontura é um sintoma geralmente associado a sensação de desequilíbrio, sensação de que tudo gira ao redor ou de que está girando (vertigem) ou ainda sensação de desmaio, mal estar ou fraqueza.

Diferentes pessoas podem descrever a sensação de tontura de diferentes formas, por isso é muitas vezes difícil identificar a causa da tontura e o seu tipo específico.

Na grande maioria das vezes é um sintoma benigno e autolimitado. No entanto, quando passa a ocorrer frequentemente e vem acompanhada de outros sintomas deve ser investigado mais detalhadamente por um médico.

Quais as principais causas de tontura?

A tontura é um sintoma que pode ser decorrente de diferentes causas, as mais comuns são:

  • Enxaqueca: a tontura pode ocorrer antes ou depois da dor de cabeça, ou mesmo sem a dor de cabeça;
  • Estresse ou ansiedade podem desencadear tontura;
  • Distúrbios do labirinto: corresponde as principais causas de vertigem, um tipo de tontura em que tudo gira ao redor. Pode também causar desequilíbrio e distúrbios na audição;
  • Baixo nível de açúcar no sangue (hipoglicemia): geralmente ocorre em pessoas com diabetes;
  • Hipotensão postural: corresponde a uma queda repentina da pressão arterial ao se levantar rapidamente. É um sintoma mais comum em idosos;
  • Desidratação: pode ser causada por doenças que cursam com sintomas como diarreia ou vômitos, ou por não beber água suficientes, principalmente em dias quentes e durante a prática de exercícios físicos;
  • Insuficiência vertebrobasilar: corresponde a diminuição do fluxo sanguíneo na parte posterior do cérebro, que pode ser causada pela presença de aterosclerose.

Outras causas menos comuns de tontura são:

  • Uso de medicamentos, como antidepressivos ou remédios para pressão alta (hipotensores);
  • Uso de álcool e outras drogas;
  • Arritmias cardíacas, como fibrilação atrial e outras doenças cardíacas;
  • Intoxicação por monóxido de carbono.
O que pode ser tontura e dor de cabeça?

A tontura que vem acompanhada de dor de cabeça pode ser ocasionada por diferentes condições e estar presente em muitas situações.

Entre as causas mais frequentes da combinação de dor de cabeça e tontura estão a enxaqueca e a cefaleia tensional, que também podem vir acompanhas de náuseas ou vômitos.

O que pode ser tontura e tremedeira?

A tontura pode vir acompanhada de tremores, principalmente quando está associada a distúrbios metabólicos e endócrinos.

Os distúrbios metabólicos que mais frequentemente causam tontura e tremores são:

  • Hipoglicemia;
  • Hiperglicemia;
  • Desidratação;
  • Crise de hipertireoidismo.

O jejum prolongado também é uma causa frequente de tontura e tremores.

O que pode ser tontura e enjoo?

A presença de enjoo e náuseas durante o episódio de tontura é muito frequente, principalmente quando trata-se de uma tontura rotatória, portanto, todas as diferentes causas de tontura já citadas podem ocasionar também enjoo ou vômitos.

Para o correto diagnóstico e seguimento terapêutico sobre a causa da tontura é importante uma avaliação clínica dos sinais e sintomas e realização de exame físico especifico.

Por isso, apenas através de uma avaliação médica é possível encontrar a causa específica da tontura quando ela é constante.

Leia também: Sinto uma tontura constante, o que pode ser?

Quando devo procurar um médico?

Procure um médico de família ou um clínico geral toda vez que esteja a ter tontura constantemente ou caso seja um sintoma que vai e volta frequentemente.

Também é importante consultar um médico quando:

  • Notar uma diminuição da capacidade de ouvir;
  • Tiver zumbidos no ouvido;
  • Apresentar visão turva, dupla ou outras alterações visuais;
  • Tiver também outros sintomas como dores de cabeça, mal-estar ou desmaios.

Caso esteja muito preocupado com o sintoma de tontura ou deseje mais esclarecimentos não hesite em procurar um médico.

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