Não, o coração dói sim. A prova disso é a dor no peito intensa e prolongada, sentida durante um infarto ("ataque cardíaco"). Essa dor no coração é provocada pela falta de oxigenação do músculo cardíaco, uma condição denominada isquemia.
Quando as artérias que irrigam o coração estão obstruídas, o sangue, e com ele o oxigênio, não chegam como deveriam ao músculo cardíaco, que então acaba por ser obrigado a produzir energia através de reações anaeróbias (sem a presença do oxigênio), o que acarreta a produção de ácido lático, uma substância capaz de estimular as terminações sensitivas do músculo do coração, provocando uma sensação de desconforto, queimação ou dor.
Além do infarto, existem outras doenças do coração que também podem se manifestar através de dor no peito, como inflamações do pericárdio (membrana que recobre o coração), problemas nas válvulas cardíacas e doenças da artéria aorta.
É certo que o coração não possui todos os tipos de terminações sensitivas que a pele, por exemplo, não sendo, portanto, capaz de produzir os mesmos tipos de dor, entretanto, em determinadas circunstâncias o coração dói e a dor pode indicar uma doença grave.
Assim, todo e qualquer tipo de dor no peito deve ser relatado a um médico clínico geral ou cardiologista.
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Lábio leporino ou fenda palatina é uma abertura existente no lábio ou no palato (céu da boca) presente desde o nascimento. A fenda ou fissura também pode estar presente no lábio e no céu da boca simultaneamente. Trata-se de uma má formação decorrente da não-junção entre as partes esquerda e direita do lábio e do palato durante o desenvolvimento intrauterino.
O lábio leporino é a má formação congênita (presente desde o nascimento) mais comum observado dentre as malformações do rosto, com 1 caso em cada 650 nascimentos. O nome "fenda palatina" significa literalmente "fissura no céu da boca". Em casos mais raros, pode haver duas fissuras: uma no lado direito e outra no lado esquerdo do céu da boca.
A fenda palatina pode ser identificada a partir da 14ª semana de gravidez através de exames de imagem. Contudo, o diagnóstico definitivo é dado após o nascimento da criança com a avaliação clínica efetuada pelo/a médico/a pediatra.
Quais as causas do lábio leporino?A causa do lábio leporino é uma má formação que ocorre no embrião logo nos primeiros meses de desenvolvimento dentro do útero, mais especificamente entre a 4ª e a 8ª semana de gravidez.
As partes direita e esquerda do lábio e do céu da boca são formadas separadamente durante o estágio embrionário, juntando-se no final do processo de formação do embrião. Quando há uma falha na junção dessas duas estruturas embrionárias que formam os lábios e o céu da boca, surge a fissura palatina.
Acredita-se que o lábio leporino ocorra devido à predisposição genética do feto associada a fatores ambientais durante a gravidez, como
- Consumo de bebidas alcoólicas;
- Fumo;
- Obesidade;
- Falta de vitaminas;
- Uso de medicamentos, como corticoides e anticonvulsivantes;
- Estresse;
- Exposição a substâncias tóxicas e infecciosas ou à radiação.
O risco do bebê nascer com fenda palatina é maior quando o consumo de álcool, cigarro e medicação ocorre no 1º trimestre de gestação.
Pessoas com com lábio leporino têm atraso mental?A fissura palatina é uma má formação exclusivamente física e não tem qualquer interferência com o desenvolvimento mental da criança. Como a fenda prejudica a capacidade de comunicação, o lábio leporino é muitas vezes associado a algum tipo de atraso mental.
Todavia, é importante ressaltar que pessoas com lábio leporino têm o desenvolvimento mental absolutamente normal, exceto nos casos em que a fissura está associada a outras síndromes e anomalias genéticas.
Lábio leporino prejudica a alimentação, a fala e os dentes?O lábio leporino pode trazer dificuldades na alimentação. Em bebês, o problema pode ser resolvido com o uso de bicos e mamadeiras especiais, além de posições específicas para alimentar o bebê.
Quando a fenda surge apenas no lábio, os dentes normalmente não apresentam problemas no crescimento. Contudo, se a fissura chegar à gengiva, a arcada dentária e a mordida sofrem alterações, sendo necessário acompanhamento com profissionais especialistas.
O desenvolvimento da fala também pode ser influenciado pela presença do lábio leporino. Quando a fissura afeta apenas o lábio, provavelmente a criança não terá problemas na fala. Por outro lado, se a fenda ocorrer no céu da boca, a linguagem é prejudicada e é necessário realizar fonoaudiologia.
O lábio leporino também pode prejudicar o crescimento facial e o desenvolvimento da audição.
Qual é o tratamento para lábio leporino e quando deve ser feito?O tratamento do lábio leporino deve começar o mais cedo possível. Logo no 1º mês de vida o recém-nascido já é avaliado e começa a ser preparado para a cirurgia, que normalmente é feita aos 3 meses.
A fenda no lábio pode ser reparada logo nos primeiros meses de vida do bebê. Já a fissura no palato é feita um pouco mais tarde. O momento para a realização dessas cirurgias depende do desenvolvimento da criança e é determinado pela equipe médica, sempre com avaliação do/a médico/a pediatra.
A cirurgia para reparação do lábio geralmente é feita aos 3 meses de vida, enquanto que a operação de reparação do céu da boca normalmente é realizada quando o bebê completa 1 ano de idade.
As cirurgias de correções nasais, funcionais ou estéticas são feitas após a fase de crescimento, entre os 16 e os 18 anos de idade.
O ideal para a criança é iniciar o processo da fala com a cirurgia do palato já realizada. O tratamento com fonoaudiologia pode ser indicado se houver atraso no desenvolvimento da fala ou para corrigir eventuais erros fonéticos. A fonoaudiologia também facilita a alimentação e a reabilitação da audição.
O tratamento do lábio leporino é um processo longo, que requer a intervenção de uma equipe multidisciplinar, principalmente das áreas de cirurgia plástica, odontologia (todas as especialidades) e fonoaudiologia. O apoio de profissionais de outras áreas também é fundamental, como pediatria, otorrinolaringologia, nutrição, psicologia, fisioterapia, enfermagem, entre outras.
A dor ao apertar a barriga pode ser causada por diferentes fatores. Observar a localização da dor é importante para identificar a causa.
Ela é sentida mais ao meio quando ela é originada por um problema no trato gastrointestinal. Você pode sentir dor apenas quando aperta a barriga, mas ela também pode ser constante e intensa em alguns momentos. Também pode aparecer depois das refeições, por exemplo
A dor ao apertar vários lugares da barriga pode ser causada por gases. Se você também sente a dor ao se mexer, ela pode ser muscular, devido a exercícios.
Quando a barriga dói ao apertar um dos lados da barriga, o problema pode ser:
- No rim ou ureter
- No ovário
- No fígado ou vesícula
- No baço
Nesses casos, você também pode sentir dor sem pressionar o local. Também pode sentir dor em outros lugares além da barriga.
Veja quais são as possíveis causas da dor ao apertar a barriga conforme a localização:
Dor espalhada pela barrigaSe você sente dor ao apertar vários lugares da barriga, pode estar com problemas intestinais, como gases, intestino preso ou solto. A dor também pode ser muscular, devido à prática de atividade física (principalmente os exercícios chamados abdominais).
GasesOs gases são a causa mais comum. Nesse caso, a dor pode ser sentida quando você aperta diferentes lugares da barriga. Normalmente, ao apertar, você sente que os gases se deslocam para outro lugar e a dor pode, inclusive, passar para outro lugar ou parar.
Outros problemas intestinaisNo caso de estar com o intestino preso ou solto, você pode sentir dor em diferentes lugares ao apertar a barriga. Se o problema persiste por algum tempo, a dor pode ser muito intensa e constante. Algumas doenças que podem causar estes sintomas são:
- Obstrução intestinal
- Perfuração intestinal
- Doenças inflamatórias (como a doença de Crohn)
- Intolerância ao glúten ou à lactose
- Câncer de intestino ou de pâncreas
- Problemas devido a diabetes ou alcoolismo (cetoacidose)
- Intoxicação alimentar
- Síndrome do intestino irritável
Você precisa procurar um médico quando seu intestino está preso ou solto há muito tempo e tem outros sintomas (dor no peito, perda de apetite, de peso, diarreia, náusea e vômito).
Dor quando aperta o alto da barrigaSe você sente dor ao apertar a região que fica ao centro e ao alto da barriga, pode ter um dos seguintes problemas de estômago ou esôfago:
- Gastrite
- Úlcera
- Doença do refluxo epigástrico (quando o ácido do estômago vai constantemente para o esôfago e causa irritação)
- Dispepsia funcional (um tipo de indigestão constante)
Nesses casos, outros sintomas podem estar presentes, como desconforto e sensação de que está muito cheio após comer, queimação (azia) e náuseas. Pode sentir dor constante também.
Se a dor aparece ao apertar o lado direito, logo abaixo das costelas, pode estar relacionada a algum problema de vesícula ou do fígado. Você também pode ter sentido uma dor mais forte e constante. Outros sintomas também podem estar presentes:
- Vômitos e náuseas
- Perda de apetite e de peso
- Febre
- Dor em outros lugares (nas costas e no ombro direito, por exemplo)
- Coloração amarelada da pele e do branco dos olhos
Se a dor aparece ao apertar o lado esquerdo da barriga, logo abaixo das costelas, pode ter origem em um problema do baço. Ela pode ser acompanhada por dor no peito e no ombro, do mesmo lado.
Dor quando aperta a parte inferior da barrigaQuando você aperta a parte mais baixa da barriga e sente dor, você pode ter um problema nos intestinos ou na bexiga. Se for mulher, a dor pode ser causada por problemas originados no útero, principalmente.
Quando a dor aparece ao apertar um dos lados da parte baixa da barriga, as causas podem ser:
- Apendicite (dor ao redor do umbigo e do lado direito, que pode irradiar para a virilha e perna; tende a ficar mais forte, quando pode ser acompanhada de perda de apetite, náuseas e vômitos)
- Diverticulite (o mais comum é a dor do lado esquerdo, na parte baixa da barriga; ela pode se tornar constante, durar vários dias e ser acompanhada por náuseas e vômitos)
- Problemas nos rins, ureteres ou nos ovários: você também, pode sentir dor na parte baixa da barriga, de um dos lados e, algumas vezes, também ao centro
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Referências:
UpToDate. Causes of abdominal pain in adults
As principais diferenças entre esquizofrenia e transtorno bipolar são:
Características | Esquizofrenia | Transtorno Bipolar |
Início do quadro | Mais lento (insidioso) | Mais rápido (súbito) |
Delírio | "Mania de perseguição", não influenciada pelo humor | "Mania de grandeza", muito influenciado pelo humor |
Alucinação | Comum | Menos comum |
Sintoma negativo | Comum | Não apresenta |
Déficit cognitivo | Comum | Menos comum |
Disfunção social | Comum | Menos comum |
Tratamento medicamentoso | Antipsicóticos de 1ª e 2ª geração | Estabilizadores de humor e antipsicóticos de 2ª geração |
A maior diferença entre esquizofrenia e transtorno bipolar é que os pacientes com transtorno bipolar apresentam uma melhor evolução, com eliminação total dos sintomas e retorno às suas atividades diárias entre uma crise e outra, enquanto que a esquizofrenia mantém os seus sintomas residuais, mesmo entre as crises.
Os esquizofrênicos são caracterizados sobretudo por sintomas negativos, como perda de interesse, desmotivação, apatia e dificuldades de se socializar e relacionar.
Porém, com a chegada dos primeiros antipsicóticos nos anos 50, as diferenças entre esquizofrenia e transtorno bipolar diminuíram bastante, ao ponto dos casos de ambas as doenças serem confundidas uma com a outra.
A resposta aos medicamentos passou então a influenciar o diagnóstico psiquiátrico, com tendência para diagnosticar como bipolar o paciente que melhor responder e se recuperar com o tratamento.
A crise aguda de um paciente com transtorno bipolar pode ser parecida com o surto psicótico de uma pessoa com esquizofrenia, principalmente se houver também delírios e alucinações, o que torna difícil diferenciar uma doença da outra nessa fase, ficando porém mais fácil após a crise.
Em geral, o paciente bipolar tem uma melhor recuperação e volta às suas atividades mais rápido que o esquizofrênico, sem apresentar também os sintomas negativos característicos da esquizofrenia.
Os sintomas cognitivos são também menos afetados nos casos de transtorno bipolar do que nos de esquizofrenia.
Apesar dos sintomas de humor (depressão, euforia, exaltação, raiva, irritabilidade) serem frequentes na esquizofrenia, eles são a principal alteração causada pelo transtorno bipolar.
São essas variações de humor que levam às crises de depressão ou mania e que explicam os principais problemas de comportamento, delírios e alucinações dos pacientes bipolares.
Já o esquizofrênico, apesar do humor influenciar o seu comportamento, ele não é o causador dos seus principais sintomas.
Isso é facilmente verificado no final da crise, quando os pacientes bipolares melhoram com a estabilização do humor enquanto que os esquizofrênicos continuam com delírios, alucinações e sintomas negativos, mesmo tendo um humor aparentemente melhor.
O médico psiquiatra é o responsável por diferenciar e diagnosticar a esquizofrenia e o transtorno bipolar, bem como conduzir o tratamento.
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A primeira coisa que se deve fazer em caso ou suspeita de ataque cardíaco (infarto agudo do miocárdio) é levar a pessoa até o pronto socorro mais próximo. Se não houver possibilidade de levar a pessoa por meios próprios, deve chamar imediatamente uma ambulância pelo número 192, e enquanto aguarda a chegada siga os seguintes passos:
- Manter a pessoa em repouso, de preferência deitada, para evitar a queda caso perca a consciência;
- Desapertar as roupas ou peças de roupa que estejam comprimindo o pescoço, o peito ou a cintura da vítima;
- Reparar na respiração da vítima;
- Procurar falar com a pessoa para verificar se ela é capaz de responder a estímulos externos;
- Não oferecer qualquer tipo de bebidas ou calmantes à vítima;
- Verificar se o local em que a vítima se encontra tem condições mínimas para a realização dos primeiros socorros;
- Uma vez identificada uma parada cardíaca, verificar se existe algum desfibrilador por perto e, se houver, usá-lo. Os equipamentos atuais indicam como agir e até a frequência da massagem cardíaca.
Se a pessoa perder a consciência, parar de respirar ou não conseguir encontrar seu pulso, deve iniciar imediatamente a massagem cardíaca.
Como fazer massagem cardíaca:1. Com uma mão sobre a outra, faça 30 compressões fortes e ritmadas no meio do tórax da vítima. Em cada compressão, o peito da vítima deve afundar cerca de 5 cm. Para isso, recomenda-se usar o peso do próprio corpo para fazer a compressão;
(tentando manter um ritmo de aproximadamente 100 a 120 compressões por minuto)
2. Se houver mais alguém, o mais adequado é revezar a massagem a cada 2 minutos, para manter uma compressão e resultado mais eficaz;
3. Mantenha as compressões até a pessoa retomar a consciência ou até à chegada do socorro.
Quanto mais rápido for o atendimento à vítima de um ataque cardíaco, menores são os danos causados ao músculo cardíaco e menor será seu risco de sequelas e mesmo de morte. Estudos comprovam que a realização de massagem cardíaca nos primeiros socorros, possibilitando a manutenção do fluxo sanguíneo e, portanto, oxigenação dos tecidos, têm salvado muitas vidas.
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O que fazer quando uma pessoa tem uma parada cardiorrespiratória?
A Benzetacil® começa seu efeito pouco tempo após a sua aplicação, em média 15 a 30 minutos, porém os efeitos são realmente percebidos decorridos 24 a 48 horas.
No caso dos sintomas permanecerem após 48h, o médico deverá ser informado.
Os sintomas causados por uma infecção, ou doença com indicação de tratamento com antibióticos, devem iniciar uma melhora do quadro nas primeiras 24 a 48h. Entretanto, devido à presença de bactérias multirresistentes em nosso meio, ocasionadas entre outras coisas, pelo uso excessivo e incorreto de antibióticos, alguns casos podem não responder ao benzetacil®.
Portanto, nos casos de não haver melhoras dos sintomas ou até piora, dentro desse período de 24 a 48h, o médico deverá ser imediatamente informado. Poderá ser necessário uma reavaliação da medicação, ajuste de doses ou associação de outro antibiótico.
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Sim, o teste de gravidez pode dar negativo e você estar grávida. Isso pode ocorrer no início da gestação, quando já houve a fecundação, mas ainda não ocorreu a implantação do ovo e a consequente produção do hormônio da gravidez (HCG), responsável pelo resultado positivo.
Por isso, para evitar falsos-negativos, recomenda-se que o teste de gravidez seja feito uma semana depois do atraso da menstruação. Se for o teste de farmácia, deve ser feito com a primeira urina do dia.
Os exames de sangue e os testes de gravidez de farmácia identificam o hormônio HCG, que só é produzido se a mulher estiver grávida. Contudo, para que os níveis de HCG já estejam elevados o bastante para o resultado dar positivo, é preciso esperar alguns dias após a fecundação.
Se o teste ou o exame de gravidez for feito antes ou pouco tempo depois da implantação do óvulo fecundado no útero, o resultado pode dar negativo e a mulher estar grávida.
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Beta-hcg pode dar negativo mesmo a mulher estando grávida?
Teste de farmácia de gravidez é confiável?
Como saber se estou grávida?Os primeiros sintomas de gravidez geralmente se manifestam a partir da 5ª e 6ª semana de gestação, mas isso varia de mulher para mulher. Os sintomas iniciais incluem: atraso menstrual, náusea, vômitos, aumento da sensibilidade nas mamas, fadiga e aumento da frequência urinária.
A ultrassonografia é capaz de detectar gravidez, porém, em geral, ela é indicada após a confirmação do exame de sangue ou urina.
Após a 5ª ou 6ª semana de gestação, o resultado do teste de gravidez é bem confiável. Por isso, caso você apresente esses sintomas indicados e o teste de gravidez deu negativo, é recomendado procurar uma unidade de saúde para realização de consulta de avaliação clínica e uma possível solicitação de ultrassonografia caso indicado.
Saiba mais em: Teste de gravidez de farmácia positivo e beta hcg negativo: estou grávida ou não?
A microcitose ou microcitose eritrocitária discreta no exame de sangue, significa que os glóbulos vermelhos estão pequenos, ou ligeiramente menores do que o tamanho considerado normal.
Os glóbulos vermelhos são conhecidos também por hemácias ou eritrócitos. São proteínas do sangue responsáveis por transportar o oxigênio para todo o corpo e responsáveis pela sua coloração vermelha.
O que é a microcitose?A microcitose é a presença de hemácias de tamanho pequeno no exame de sangue, determinada pelo Volume Corpuscular Médio (VCM). O VCM é um dos índices de análise das hemácias, e de acordo com o resultado é descrito como:
- Normocitose/ Normocítica - VCM normal (80 a 96 fL)
- Microcitose / microcítica - VCM diminuído (Abaixo de 80 fL)
- Macrocitose / Macrocítica - VCM aumentado (Acima de 96 fL)
A microcitose pode ser ainda classificada em:
- Microcitose leve (discreta) - 70 a 80 fL
- Microcitose moderada - 69 a 61 fL
- Microcitose grave - igual ou menor que 60 fL
Entretanto, para definir se a microcitose encontrada sinaliza um problema de saúde ou não, é importante que o exame seja analisado em conjunto com outros índices descritos no hemograma, além do exame físico e clínico do paciente.
Analisando os valores de um hemogramaA anemia é a principal causa de microcitose, porém para a sua confirmação é fundamental analisar os resultados de toda a série vermelha, ou seja, avaliar todas as características das hemácias, como o HCM, RDW e a forma das hemácias.
Vale lembrar, que pode haver pequena variação para os valores normais, entre os laboratórios.
1. HCMO HCM significa Hemoglobina Corpuscular Média, um índice que avalia a quantidade de hemácias e de hemoglobina na célula. De acordo com os valores, é denominado:
- Normocromia / Normocrômico - HCM normal (27 a 33 pg)
- Hipocromia / Hipocrômico - HCM diminuido (menor que 27 pg)
- Hipercromia / Hipercrômico - HCM aumentado (acima de 33 pg)
Como a coloração do sangue também é definida pela quantidade de hemácias, na hipocromia o sangue se apresenta com vermelho mais claro, já que tem menos volume de hemácias, ao contrário, na hipercromia, o sangue é mais escuro e mais denso.
2. RDWO RDW, abreviação de Red Cell Distribution Widthserve, é mais uma medida informada no hemograma, que indicada a variação de tamanho das hemácias.
Esse índice encontra-se aumentado nos casos de anemia, principalmente, na anemia ferropriva. O valor considerado normal, é de 11 a 14%.
3. FormaA forma da hemácia é outro fator estudado quando é feito um exame de sangue, que está descrita ao final do laudo. A forma esperada é de um disco bicôncavo, onde as bordas são mais altas e o centro ligeiramente mais fundo.
Hemácias: formato de disco bicôncavo.Qualquer outra forma é descrita como anormal, e suas características pormenorizadas ao final do exame de sangue. A mudança na forma da célula impede o transporte adequado de oxigênio pelo organismo.
A anemia falciforme, por exemplo, é uma doença hereditária, na qual a hemácia é produzida em forma de foice, dificultando o transporte de oxigênio, além de aumentar o risco de tromboses por se acumular dentro dos vasos.
Quais são as causas de microcitose?A principal causa de microcitose são os diversos tipos de anemia, sendo a mais frequente, a anemia ferropriva.
Diabetes de longa data, doença renal crônica, doenças da tireoide, tratamento quimioterápico, tumores ou um processo infeccioso, também podem causar a anemia microcítica, embora nesses casos seja mais comum as anemias normocíticas/normocrômicas.
Qual é o tratamento para anemia microcítica e hipocrômica?O tratamento vai depender da causa. Na anemia ferropriva, geralmente uma orientação alimentar com maior consumo de alimentos ricos em ferro, é suficiente. Para casos mais graves, é preciso associar comprimidos de sulfato ferroso.
Nos casos de doença crônicas, como a diabetes e a doença renal, ajustar a dose dos medicamentos e quando preciso, suplementar com comprimidos de ferro associado a ácido fólico. Casos de câncer, é preciso repor o ferro e por vezes, outros minerais e vitaminas, até a recuperação completa da doença.
Microcitose e hipocromia, o que pode ser?A microcitose e a hipocromia no hemograma, sugere um quadro de anemia ferropriva.
A anemia ferropriva é o tipo de anemia mais frequente na população, especialmente em na infância. A reposição de ferro através de alimentação orientada é o tratamento mais eficaz, visto que a causa geralmente é a carência de alimentos ricos em ferro, nas refeições.
As doenças crônicas, são mais encontradas nos idosos, e representa a segunda causa mais comum de anemia microcítica e hipocrômica. Outras situações são mais raras, porém devem ser investigadas, como o câncer.
No entanto, toda a anemia é prejudicial à saúde, seja qual for a idade ou causa. A anemia significa uma redução de hemácias no sangue, que promove uma deficiência de oxigenação para o corpo, com isso traz prejuízos à saúde.
Na presença de anemia ou alterações no hemograma, procure o médico que solicitou o exame, para esclarecer as dúvidas, definir o motivo desse problema e iniciar o devido tratamento.
Saiba mais:
- Quais são os tipos de anemia e seus sintomas?
- Que alimentos são indicados para quem tem anemia?
- Hemácias normocíticas e normocrômicas é anemia?
Referência:
ABHH - Associação Brasileira de hematologia, hemoterapia e terapia celular.
Sífilis adequadamente tratada é curada e não volta mais, o problema é que pode pegar novamente se tiver relação com uma pessoa com a doença e não usar camisinha, essa é a importância do uso da camisinha.
Saiba mais em:
A anemia é detectada por indícios no exame clínico e é confirmada no Hemograma, um exame de sangue feito em laboratório.
Anemia é a redução da quantidade de células vermelhas no sangue. Ela pode estar presente em algumas doenças crônicas, na deficiência de ferro ou após perdas sanguíneas.
Pessoas com anemia podem sentir os seguintes sintomas:
- Fraqueza;
- Dor de cabeça;
- Irritabilidade;
- Fadiga;
- Cansaço;
- Dificuldade em praticar exercícios.
Em alguns casos, a anemia é recuperada com uma reorientação na dieta, em outros casos precisa do uso de medicamentos e, nos casos graves, há necessidade de transfusão de sangue.
Caso você sinta isso com frequência, é recomendável procurar o/a clínico/a geral ou médico/a de família para uma avaliação clínica e/ou laboratorial.
Leia também:
Quais são os tipos de anemia e seus sintomas?
Anemias: causas, sintomas e tratamentos - Anemia Ferropriva
Intolerância à lactose não é propriamente uma doença, portanto sua cura é possibilitada a partir de uma reorientação alimentar.
A reorientação alimentar consiste na diminuição ou restrição da ingestão de leite e derivados (queijo, manteiga, iogurtes, leite condensado, creme de leite, etc) e alimentos que na sua produção contenha leite (bolo, sorvete, pão de queijo, etc) associada à substituição por alimentos com nutrientes e proteínas necessários no dia a dia.
Outra opção disponível no mercado é a enzima lactase (cápsula ou gotas) capaz de facilitar a absorção da lactose e, dessa forma, reduzir os sintomas provocados pela intolerância. Adicionada ao leite e após 24 horas de refrigeração na geladeira, a mistura pode ser usada para beber ou na fabricação de alimentos que utilizam leite na receita.
A nova dieta deve conter alimentos que ofereçam nutrientes como o cálcio e vitamina D que a pessoa deve ingerir diariamente.
O/a médico/a gastroenterologista bem como o/a clínico/a geral e médico/a de família são capazes de realizar o diagnóstico apropriado da intolerância à lactose e, juntamente com o/a nutricionista, orientar a dieta e alimentos que farão reduzir os sintomas e propiciar uma adequada qualidade de vida ao/a paciente.
Para mais informações:
Qual exame devo fazer para saber se tenho intolerância à lactose? Como é feito?
Sim, o uso de anticoncepcionais pode favorecer a vaginite, assim como a vulvovaginite recorrente, pois o componente estrogênico do anticoncepcional parece aumentar a sensibilidade e aderência de fungos, podendo causar esse processo infeccioso.
O muco vaginal protege o organismo contra inflamações e infecções. Mudanças na composição desse muco aumentam a predisposição para infecções vaginais (vaginites).
A pílula anticoncepcional também pode alterar o meio vaginal, interferindo no seu pH (acidez) e no equilíbrio da flora vaginal (bactérias naturalmente presentes na vagina).
Outros métodos anticoncepcionais como anel vaginal e dispositivo intrauterino (DIU), também podem aumentar a frequência de vaginites, por conter um "corpo estranho" (o próprio anel e o fio do DIU), que facilitam a aderência de fungos.
Quais as causas da vaginite?Além dos anticoncepcionais, existem muitos outros fatores que podem alterar o equilíbrio da flora bacteriana normal e causar vaginites. Dentre eles incluem: o uso de antibióticos, corticoides, estresse, relações sexuais, uso de cremes vaginais, ter poucos pelos pubianos, aplicação de duchas na vagina, diabetes, gravidez, uso de desodorantes íntimos, entre outros.
Quais são os sintomas de vaginite?O principal sintoma da vaginite é o corrimento vaginal, que normalmente vem acompanhado de coceira, vermelhidão, queimação ou pequeno sangramento. Podem ocorrer ainda dor, dificuldade para urinar, além de dor durante as relações sexuais.
No caso de vaginite atrófica, a mulher apresenta menos corrimento e mais incômodo durante as relações, decorrente da atrofia e ausência de muco, o que torna o ambiente muito seco.
Qual é o tratamento para vaginite?- Higiene adequada, evitando uso excessivo de sabonetes, desodorantes íntimos ou duchas, que alteram o Ph do muco vaginal;
- Sintomáticos, banhos de assento ou compressas frias, aliviam a coceira e queimação;
- Medicamentos, quando necessário, por exemplo no caso de dor e coceira intensa, podem ser prescritos medicamentos tópicos (pomadas) ou medicamentos orais, com corticoides e antifúngicos.
Consulte um/a médico/a ginecologista para avaliar o seu caso e diagnosticar a causa da sua vaginite. Pode ser necessário trocar de pílula ou utilizar outro método anticoncepcional, conforme orientação médica.
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