A risperidona é um antipsicótico indicado no tratamento da esquizofrenia, psicoses agudas e crônicas, transtorno bipolar, irritações decorrentes do autismo, estresse pós traumático e outros distúrbios psiquiátricos. A risperidona também tem efeitos positivos sobre a ansiedade, o estresse e as alterações mentais causadas por esses transtornos.
A risperidona serve, portanto, para tratar psicoses em geral, atuando sobre diversos transtornos, como confusão mental, alucinações, delírios, excesso de desconfiança, isolamento social, timidez excessiva, entre outros.
A risperidona também é utilizada no controle de transtornos do comportamento, como agressões físicas e verbais, excesso de desconfiança e agitação.
A risperidona é indicada ainda para pessoas com mania, cujos sintomas incluem humor muito expansivo ou irritável, excesso de autoestima, pouca necessidade de sono, pensamentos acelerados, diminuição da atenção, concentração ou capacidade de julgamento, atitudes inadequadas ou agressivas.
Em crianças e adolescentes com autismo, a risperidona pode ser utilizada para tratar a irritabilidade relacionada ao transtorno autista, como agressões, autoagressão, surtos de raiva e angústia, além de mudanças bruscas de humor.
O uso do medicamento é indicado para casos agudos (início súbito) e crônicos (longa duração).
Mesmo depois de uma melhoria dos sintomas, a risperidona costuma ser mantida para controlar os transtornos e evitar recaídas.
Quais são as contraindicações da risperidona?A risperidona é contraindicada para pessoas alérgicas ao medicamento ou a alguma substância da sua fórmula. Em caso de alergia, pode haver erupções na pele, coceira, respiração curta ou inchaço no rosto. Na presença dessas manifestações, o/a médico/a que receitou o medicamento deve ser contactado/a imediatamente ou a pessoa deve se dirigir a um serviço de urgência.
Essa medicação é um antipsicótico atípico ou de segunda geração que comparado aos de primeira geração tem menos efeitos adversos. Por outro lado, a nova classe de medicação tem outros efeitos também indesejados e um valor comercial mais elevado.
A risperidona é uma medicação que precisa ser acompanhada de perto, com possíveis ajustes de dose e suspensão temporária em alguns casos. Não tome medicação sem indicação médica. Converse com o/a médico/a psiquiatra para tirar suas dúvidas.
A maconha produz efeitos físicos e psíquicos no organismo. Os efeitos agudos são aqueles observados logo depois de fazer uso (fumar) e que podem permanecer por algumas horas. Já os efeitos crônicos são uma consequência do uso continuado da maconha durante semanas, meses ou anos.
Os efeitos físicos agudos incluem: olhos avermelhados, boca seca e aumento da frequência cardíaca (taquicardia), podendo ultrapassar os 140 batimentos por minuto.
Já os efeitos psíquicos agudos da maconha dependem da qualidade da erva e da sensibilidade de cada um. Em geral, as pessoas referem uma sensação de bem-estar, calma, relaxamento e vontade de rir. Entretanto, em algumas pessoas os efeitos podem ser menos agradáveis, como angústia, ansiedade, atordoamento, tremores e sudorese (transpiração).
A maconha também altera a percepção de tempo e espaço. Quinze ou vinte minutos parecem ter a duração de uma hora ou mais. A pessoa tem a sensação de que se passou muito mais tempo do que o tempo real. Ainda, as distâncias podem parecer maiores do que realmente são.
Um efeito comum da maconha é a perda da memória de curto prazo, que guarda informações que acabaram de ser apresentadas. Sob efeito da droga, a pessoa se esquece facilmente de algo que acabou de ler ou ouvir, como um número por exemplo.
Dependendo da sensibilidade do organismo à droga ou da quantidade de maconha consumida, pode ocorrer até delírios e alucinações. Os delírios caracterizam-se pela "mania da perseguição", que pode levar ao pânico ou quadros de oscilação de humor. Por exemplo, a pessoa entra num local, vê um policial e quer sair correndo porque acha que a polícia está ali para lhe prender. Já a alucinação é ver ou ouvir algo que não existe.
Enquanto que os efeitos físicos agudos da maconha não passam de pequenas alterações, os seus efeitos crônicos no corpo são muito mais abrangentes. O uso contínuo da maconha afeta consideravelmente os pulmões e a produção do hormônio masculino testosterona.
A irritação causada pela fumaça pode provocar bronquites e problemas respiratórios. A fumaça da maconha contém mais alcatrão que a do cigarro comum, além de ter uma substância altamente cancerígena chamada benzopireno.
O uso crônico de maconha também pode reduzir pela metade a quantidade do hormônio testosterona nos homens, podendo interferir na produção de espermatozoides e causar infertilidade. Contudo, esse efeito desaparece ao deixar de fumar a erva.
Os efeitos psíquicos crônicos da maconha caracterizam-se por prejuízos na aprendizagem e na memorização, além de falta de motivação. Algumas pessoas podem ficar dependentes da maconha ao ponto de organizar a sua rotina em torno do uso da droga e desvalorizar outras coisas que são importantes.
Também já se sabe que fumar maconha pode piorar o quadro da esquizofrenia ou promover o desenvolvimento da doença quando ela ainda não está evidente.
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A maconha corta o efeito do anticoncepcional?
O autismo é um transtorno global do desenvolvimento que começa na primeira infância, ou seja, antes dos 3 anos de idade. O transtorno do espectro autista tem como principal sintoma a dificuldade de interação social e comunicação.
Existem diferentes tipos de autismo, com vários graus de intensidade. Há autistas com formas graves do transtorno, com deficiência intelectual e agressividade, sem possibilidade de estabelecer contato interpessoal, e formas mais leves, em que a inteligência e a fala são normais.
A maioria das crianças com autismo é parecida com as outras crianças. Porém, apresentam comportamentos diferentes, com atividades incomuns e algumas vezes incompreensíveis.
Crianças com as formas menos graves de autismo falam e demonstram capacidade intelectual, mas apresentam perturbações ao nível social e comportamental.
O autismo infantil é mais frequente em meninos e os seus primeiros sinais podem surgir já nos primeiros meses de vida da criança. Contudo, o transtorno raramente é diagnosticado precocemente.
Normalmente, o problema é detectado quando os sintomas tornam-se mais evidentes, o que geralmente ocorre entre os 2 e os 3 anos de idade. Uma vez que o transtorno é global, ou seja, afeta o indivíduo como um todo, muitas vezes é confundido com outros tipos de distúrbios psíquicos.
Quais são os sintomas do autismo?Os sintomas do autismo geralmente estão presentes antes dos 3 anos de idade, mas são mais evidentes entre os 2 e os 6 anos. Alguns sinais que podem levar à suspeita de autismo, de acordo com a idade da criança:
- 12 meses: a criança não emite sons nem balbucia e não realiza gestos como apontar ou acenar;
- 16 meses: a criança não pronuncia palavras simples;
- 24 meses: a criança não forma frases com duas palavras.
A perda de capacidades de linguagem ou de socialização, em qualquer idade, também é um sinal de alerta para o autismo. Vale ressaltar que a presença de alguma dessas características não implica necessariamente que a criança tenha autismo. Porém, se estiverem presentes, é importante proceder a uma investigação com uma equipe multidisciplinar, que pode envolver neurologista, pediatra, psicólogo, entre outros especialistas.
Pessoas autistas são difíceis de estabelecer relacionamentos, têm dificuldade no domínio da linguagem, daí os problemas de comunicação, e apresentam padrões de comportamento repetitivos.
Existem vários sinais que caracterizam o indivíduo autista. Pessoas com autismo apresentam pelo menos metade dos seguintes sintomas:
- Dificuldade de relacionamento interpessoal;
- Pouco ou nenhum contato visual com outras pessoas;
- Riso inadequado;
- Busca pelo isolamento social (preferência pela solidão);
- Fixação visual em objetos;
- Aparente insensibilidade à dor;
- Rotação repetitiva de objetos;
- Hiper ou inatividade;
- Ecolalia (repetição de palavras ou frases);
- Recusa de demonstrações de carinho (colo, abraços);
- Não respondem pelo nome;
- Dificuldade de expressar necessidades;
- Dificuldade de aprendizado;
- Repetição desnecessária de assuntos;
- Dificuldade de mudança na rotina;
- Não tem consciência de situações de perigo;
- Acessos de raiva;
- Desorganização sensorial.
Os sinais e sintomas do autismo infantil podem incluir ainda convulsões (cerca de 20% das crianças autistas têm epilepsia), transtornos do sono e alimentares, ansiedade e TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade)
Contudo, vale ressaltar que muitas vezes o autista domina a linguagem, consegue se comunicar e tem uma inteligência normal ou até acima da média. Essas pessoas apresentam menos dificuldade em interagir socialmente e podem ter uma vida praticamente normal.
Para o diagnóstico do autismo, são considerados distúrbios em três áreas, com início dos sintomas antes dos três anos de idade:
1. Comprometimento da interação social; 2. Comportamento e interesses restritos e repetitivos; 3. Comprometimento da comunicação verbal e não-verbal.
Quais as causas do autismo?O autismo não possui uma causa definida, mas sabe-se que o transtorno é provocado por anomalias no funcionamento e na estrutura do cérebro. Fatores hereditários também podem estar associados ao aparecimento do autismo.
Crianças com determinadas síndromes genéticas, rubéola congênita, esclerose tuberosa, entre outras doenças, podem ter mais chances de desenvolver autismo.
O autismo também pode estar associado a fatores relacionados com a gestação ou com o parto, além de infecções virais, alterações metabólicas e exposição a metais pesados.
Autismo tem cura? Como é o tratamento?O autismo não tem cura. Porém, com o tratamento adequado e as devidas medidas educacionais e comportamentais, é possível diminuir os comportamentos mais estranhos e oferecer uma maior autonomia ao paciente.
Muitas vezes são usados medicamentos antidepressivos, antipsicóticos ou medicação específica para tratar a hiperatividade.
O autismo é uma doença crônica e o tratamento deve ser instituído assim que seja feito o diagnóstico. O tratamento deve ser multidisciplinar e individual, baseado no grau de comprometimento de cada paciente.
O diagnóstico e tratamento podem ser conduzidos por médico psiquiatra, em associação com outros especialistas, como fisioterapeuta, fonoaudiólogo, terapeuta ocupacional e psicólogo.
As principais diferenças entre esquizofrenia e transtorno bipolar são:
Características | Esquizofrenia | Transtorno Bipolar |
Início do quadro | Mais lento (insidioso) | Mais rápido (súbito) |
Delírio | "Mania de perseguição", não influenciada pelo humor | "Mania de grandeza", muito influenciado pelo humor |
Alucinação | Comum | Menos comum |
Sintoma negativo | Comum | Não apresenta |
Déficit cognitivo | Comum | Menos comum |
Disfunção social | Comum | Menos comum |
Tratamento medicamentoso | Antipsicóticos de 1ª e 2ª geração | Estabilizadores de humor e antipsicóticos de 2ª geração |
A maior diferença entre esquizofrenia e transtorno bipolar é que os pacientes com transtorno bipolar apresentam uma melhor evolução, com eliminação total dos sintomas e retorno às suas atividades diárias entre uma crise e outra, enquanto que a esquizofrenia mantém os seus sintomas residuais, mesmo entre as crises.
Os esquizofrênicos são caracterizados sobretudo por sintomas negativos, como perda de interesse, desmotivação, apatia e dificuldades de se socializar e relacionar.
Porém, com a chegada dos primeiros antipsicóticos nos anos 50, as diferenças entre esquizofrenia e transtorno bipolar diminuíram bastante, ao ponto dos casos de ambas as doenças serem confundidas uma com a outra.
A resposta aos medicamentos passou então a influenciar o diagnóstico psiquiátrico, com tendência para diagnosticar como bipolar o paciente que melhor responder e se recuperar com o tratamento.
A crise aguda de um paciente com transtorno bipolar pode ser parecida com o surto psicótico de uma pessoa com esquizofrenia, principalmente se houver também delírios e alucinações, o que torna difícil diferenciar uma doença da outra nessa fase, ficando porém mais fácil após a crise.
Em geral, o paciente bipolar tem uma melhor recuperação e volta às suas atividades mais rápido que o esquizofrênico, sem apresentar também os sintomas negativos característicos da esquizofrenia.
Os sintomas cognitivos são também menos afetados nos casos de transtorno bipolar do que nos de esquizofrenia.
Apesar dos sintomas de humor (depressão, euforia, exaltação, raiva, irritabilidade) serem frequentes na esquizofrenia, eles são a principal alteração causada pelo transtorno bipolar.
São essas variações de humor que levam às crises de depressão ou mania e que explicam os principais problemas de comportamento, delírios e alucinações dos pacientes bipolares.
Já o esquizofrênico, apesar do humor influenciar o seu comportamento, ele não é o causador dos seus principais sintomas.
Isso é facilmente verificado no final da crise, quando os pacientes bipolares melhoram com a estabilização do humor enquanto que os esquizofrênicos continuam com delírios, alucinações e sintomas negativos, mesmo tendo um humor aparentemente melhor.
O médico psiquiatra é o responsável por diferenciar e diagnosticar a esquizofrenia e o transtorno bipolar, bem como conduzir o tratamento.
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Não é possível afirmar com certeza se drogas ilícitas, como cocaína, LSD, maconha, ecstasy ou lança-perfume podem cortar o efeito do anticoncepcional ou diminuir a sua eficácia, pois faltam estudos científicos que comprovem o efeito dessas drogas sobre os anticoncepcionais.
Porém, como são drogas "químicas", apesar de faltar evidências científicas, acredita-se que possa acontecer, uma vez que essas drogas, assim como os medicamentos, incluindo os anticoncepcionais, são metabolizados no fígado. Logo, essas drogas podem competir com a metabolização do anticoncepcional no fígado, reduzindo o seu efeito.
As drogas que de fato podem diminuir a eficácia do anticoncepcional são alguns medicamentos usados para tratar:
- Epilepsia (primidona, fenitoína, barbitúricos, carbamazepina, oxcarbazepina, topiramato);
- Tuberculose (rifampicina);
- AIDS e Hepatite C (antirretrovirais);
- Infecções fúngicas (griseofulvina, antifúngicos azólicos, itraconazol, voriconazol, fluconazol, cetoconazol);
- Infecções bacterianas (antibióticos como claritromicina e eritromicina);
- Certas doenças cardíacas e pressão alta (verapamil, diltiazem);
- Artrites e artroses (etoricoxibe).
Além desses, remédios com Erva-de-São-João, usada sobretudo para o tratamento de estados depressivos, também podem interferir na eficácia dos anticoncepcionais.
Comunique o seu médico ginecologista se usar qualquer tipo de droga, seja medicamentos ou drogas ilícitas, para que ele avalie o risco de interação medicamentosa com o anticoncepcional.
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O transtorno opositor desafiador não possui uma causa específica. Acredita-se que a origem do distúrbio esteja associada a uma combinação de fatores psicológicos, ambientais e predisposição genética.
Dentre os fatores que favorecem o desenvolvimento do transtorno opositivo desafiador estão:
1) Características da criançaTemperamento negativo, instabilidade emocional, alterações de humor e transtornos no desenvolvimento neurológico.
2) Características dos paisAgressividade, abuso de álcool e outras substâncias, transtornos mentais, paternidade e maternidade precoces, atitudes autoritárias ou muito permissivas.
3) Relacionamentos familiaresRelacionamentos conturbados, negligência, ausência, falta de disciplina, incoerência na hora de disciplinar e disciplina impulsiva.
4) Ambiente socialAmbiente desregrado e sem limites, proximidade com a criminalidade e violência, miséria, entre outras vulnerabilidades socioeconômicas.
Outros transtornos associadosÉ comum que crianças e adolescentes com transtorno de oposição desafiante apresentem outros transtornos associados, como TDAH, ansiedade, transtornos de humor, depressão e dificuldade na linguagem e aprendizagem.
Os primeiros sintomas do transtorno opositor desafiador começam a se manifestar na idade pré-escolar, sendo rara a ocorrência das primeiras manifestações na adolescência.
O tratamento do transtorno opositor desafiador incluir psicoterapia individual, terapia familiar e orientação aos pais e professores.
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Como identificar o transtorno opositor desafiador (TOD)?
Transtorno opositor desafiador tem cura? Como é o tratamento?
Topiramato é um medicamento anticonvulsivante que serve para tratar epilepsia, prevenir enxaquecas e tonturas. Ele também é indicado como coadjuvante no tratamento de dependência de álcool e outras drogas, transtorno de humor e compulsão alimentar.
O topiramato tem vários mecanismos de ação, sendo eficaz no tratamento da epilepsia e na prevenção da enxaqueca. O medicamento interfere em vários processos químicos cerebrais, diminuindo o excesso de excitabilidade dos neurônios (células nervosas), que pode provocar crises de enxaqueca e epilepsia.
Os efeitos do topiramato sobre a epilepsia podem ser notados depois de duas semanas de tratamento, quando usado isoladamente.
Quando o topiramato é usado em conjunto com outros medicamentos, os efeitos podem ser observados nas primeiras 4 semanas de tratamento.
Na prevenção da enxaqueca, os efeitos do medicamento podem ser notados no 1º mês de uso do medicamento.
Topiramato emagrece?Como um dos principais efeitos colaterais do topiramato é inibir o apetite, recentemente, ele tem sido usado por pessoas que desejam emagrecer.
Vale ressaltar que o topiramato não apresenta essa finalidade e não há estudos científicos que comprovem a eficácia da medicação usada com esse fim.
A perda de peso é um efeito colateral que pode ocorrer em cerca de 20% das pessoas que tomam topiramato.
Como tomar topiramato?Os comprimidos de topiramato devem ser tomados inteiros, com 1 copo de água, sem mastigá-los, parti-los ou triturá-los. O medicamento pode ser tomado às refeições.
Normalmente, recomenda-se tomar topiramato duas vezes ao dia. Porém, pode haver indicação médica para tomar o medicamento uma vez ao dia, com doses maiores ou menores.
No início, as doses de topiramato são baixas, sendo aumentadas gradualmente até haver um controle adequado da epilepsia ou da enxaqueca.
Como tomar topiramato para epilepsia com outros medicamentos? AdultosQuando usado para auxiliar o tratamento da epilepsia, juntamente com outros medicamentos, a dose mínima indicada de topiramato é de 200 mg por dia.
Geralmente, a dose total de topiramato varia entre 200 mg e 400 mg por dia, sendo dividida em duas tomas diárias. A dose diária máxima de topiramato é de 1600 mg por dia.
No início do tratamento, as doses de topiramato são baixas, variando entre 25 mg e 50 mg. O medicamento deve ser tomado à noite, durante 7 dias.
Depois, com intervalos de uma ou duas semanas, a dose diária deve ser aumentada em 25 a 50 mg e dividida em duas tomas. Porém, algumas pessoas podem obter resultados eficazes com uma única dose por dia.
Crianças com mais de 2 anos de idadePara crianças, a dose diária de topiramato recomendada é de 5 mg a 9 mg por cada kg de peso corporal, dividida em duas tomas por dia.
No início, durante a primeira semana de tratamento, a dose é de 25 mg (ou menos), administrada à noite. Depois, com intervalos de uma ou duas semanas, deve-se aumentar a dose em 1 a 3 mg/kg/dia, dividida em duas tomas diárias, até obter o controle das crises epilépticas.
Como tomar topiramato para epilepsia isoladamente? AdultosQuando os outros medicamentos para epilepsia são retirados e o tratamento é mantido apenas com topiramato, a dose inicial é de 25 mg, administrada em dose única, à noite, durante 7 dias.
Posteriormente, com intervalos de uma ou duas semanas, deve-se aumentar a dose em 25 mg ou 50 mg por dia, dividida em duas tomas diárias.
O objetivo é chegar à dose inicial recomendada de 100 mg por dia. A dose máxima de topiramato nesses casos é de 500 mg por dia.
Crianças com mais de 2 anos de idadeA dose diária de topiramato varia entre 0,5 mg a 1 mg por cada kg de peso corporal, administrada à noite, em dose única, durante 7 dias.
Posteriormente, com intervalos de 7 ou 14 dias, deve-se aumentar a dose diária em 0,5 a 1 mg por cada kg de peso corporal, dividindo a dose em duas tomas por dia.
Para crianças com mais de 2 anos de idade, a dose diária inicial recomendada de topiramato é de 3 a 6 mg por cada kg de peso corporal.
Como tomar topiramato para enxaqueca?A dose inicial de topiramato para tratamento da enxaqueca é de 25 mg, administrada em dose única, à noite, durante 7 dias. A seguir, deve-se aumentar a dose em 25 mg ao dia, semanalmente.
A dose diária de topiramato recomendada para tratar e prevenir a enxaqueca é de 100 mg por dia, dividida em duas tomas diárias. Em alguns casos, uma dose total de 50 mg por dia já é suficiente, enquanto outros podem necessitar de doses diárias de 200 mg.
Quais são os efeitos colaterais do topiramato?Os efeitos colaterais mais comuns do topiramato (ocorrem em mais de 5% das pessoas que tomam o medicamento), incluem: sonolência, tonturas, cansaço, irritabilidade, emagrecimento, pensamentos lentos, formigamentos, visão dupla, visão turva, alteração da coordenação motora, náuseas, diarreia, lentidão, perda de apetite, dificuldade para falar e comprometimento da memória.
O topiramato deve ser usado apenas com indicação médica e acompanhamento apropriado, pois a dose deve ser ajustada para cada tipo de patologia e da sensibilidade de cada pessoa.
TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade) é um transtorno neurobiológico, de causas genéticas, que caracteriza-se por 3 sintomas: hiperatividade, impulsividade e falta de atenção. Os primeiros sinais de TDAH normalmente aparecem na fase escolar.
O TDAH pode ser definido como uma perturbação do desenvolvimento neurológico das crianças, que provoca alterações no funcionamento do sistema nervoso.
Por se tratar de uma perturbação no desenvolvimento, o TDAH manifesta-se antes dos 12 anos de idade, podendo ser já percebido na idade escolar.
Área do cérebro (em azul) afetada pelo TDAHPessoas com TDAH têm dificuldade em manter a concentração, normalmente são agitadas e têm dificuldade em executar as tarefas até o fim.
Esses sintomas devem estar presentes em dois ou mais ambientes (escolar, familiar, profissional) por um período prolongado, para que caracterize um quadro de TDAH.
Como identificar alguém com TDAH? Quais são os sintomas? Sintomas de TDAH em criançasNa infância, o TDAH geralmente está associado a dificuldades na escola e nos relacionamentos com as outras crianças, pais e professores.
As crianças parecem estar "no mundo da lua", dificuldade de manter a atenção em uma mesma tarefa e não param quietas por muito tempo. Tanto as crianças como os adolescentes com TDAH podem ter problemas de comportamento, como dificuldades com regras e limites.
Crianças com TDAH podem ter apenas déficit de atenção e não apresentar hiperatividade, o que chamamos de transtorno de déficit de atenção (TDA). Em outros casos podem apresentar também outros sintomas, como estereotipias, movimentos repetidos, como bater palmas, emitir sons ou gritos sem motivo aparente ou dar pulos em um mesmo lugar.
Déficit de atençãoO déficit de atenção caracteriza-se pela dificuldade em manter a atenção a estímulos que são interessantes para a criança. Nesses casos, a criança tende a ignorar completamente aquilo que não é do seu interesse.
São relutantes em iniciar atividades nas quais precisam estar atentas, interrompendo frequentemente a atividade e demorando para concluir as tarefas. Além disso, a criança manifesta muita desorganização.
Vale ressaltar que a falta de concentração é mais evidente em atividades menos motivantes ou monótonas. Em atividades como ver televisão ou jogar videogame, esse sinal geralmente é menos evidente.
HiperatividadeA hiperatividade reflete-se nas atividades motoras, que são excessivas para a idade da criança. Observa-se uma dificuldade na criança em ficar quieta, sentada ou calada. A criança parece estar sempre se movimentando ou fazendo alguma coisa.
Contudo, nem todas as crianças com TDAH apresentam hiperatividade. Quando presente, esse sintoma tende a diminuir durante a adolescência.
ImpulsividadeCrianças com TDAH têm dificuldade em controlar os impulsos e são impacientes para esperar a sua vez de fazer alguma coisa.
Sintomas de TDAH em adultosNos adultos com TDAH, ocorrem problemas de falta de atenção para situações do cotidiano e trabalho, além de serem muito esquecidos. Também são inquietos e impulsivos. Possuem dificuldade em avaliar o seu próprio comportamento e o quanto isso afeta os que estão à sua volta.
Frequentemente são considerados “egoístas” e também trazem outros problemas associados, como uso de drogas e álcool, ansiedade e depressão.
Como é feito o diagnóstico do TDAH?O diagnóstico do TDAH é feito com base nos sintomas, uma vez que não existe um exame específico para diagnosticar o transtorno. Logo, não são evidenciadas alterações aos exames de ressonância, eletroencefalograma ou qualquer outro exame de imagem, embora sejam necessários para descartar outras doenças que poderiam causar sintomas semelhantes.
A investigação para o diagnóstico costuma ser bem detalhada. O TDAH é definido por uma lista de sintomas, sendo 9 referentes à falta de atenção, 9 à hiperatividade e impulsividade.
A investigação e a confirmação do diagnóstico devem ser feitas por médicos neurologista e psiquiatra e também por um neuropsicólogo.
Em geral, são feitos testes e avaliações de neuropsicologia para confirmar o diagnóstico e investigar se existem outras doenças mentais associados ao transtorno.
O diagnóstico do Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade deve ser feita por um médico psiquiatra ou neurologista infantil especializado em TDAH.
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