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Grávida pode fazer ressonância magnética?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Sim, grávida pode fazer ressonância magnética. As evidências cientificas atuais não comprovaram que a exposição ao exame seja prejudicial ao feto, mesmo no primeiro trimestre da gestação. 

No entanto, é muito importante enfatizar que o uso de gadolínio, que é o contraste  paramagnético usado no exame, deve ser evitado, pois alguns estudos demonstraram associação do gadolínio com maior risco de morte e complicações neonatais.

Além disso, como todo exame, deve sempre ser cuidadosamente avaliado os potenciais riscos e benefícios da sua realização e o quanto o exame é essencial para a investigação e seguimento da gestante. 

Alguns médicos ainda preferem indicar a ressonância magnética apenas a partir do segundo trimestre como forma de ter maior precaução.

Há situações específicas em que a ressonância magnética é indicada, mesmo no 1º trimestre de gravidez, tais como:

  • Lesões no cérebro ou na medula espinhal da mãe;
  • Grávidas com câncer;
  • Grávidas com doenças aguda torácica, abdominal ou pélvica, que não foram diagnosticadas pela ultrassonografia;
  • Casos específicos de anomalia fetal ou desordem fetal complexa.

Não existe uma legislação específica no Brasil que determina a época da realização da ressonância magnética durante a gravidez. O médico obstetra ou o médico radiologista poderá esclarecer outras dúvidas que a grávida possa ter em relação ao exame durante o pré-natal.

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Tomografia: pulmões com estrias densas situadas em ambos...
Dr. Charles Schwambach
Dr. Charles Schwambach
Médico

Pelo que você citou parecem sequelas pulmonares decorrentes de algo que já aconteceu no passado. Pode ser por infecções pulmonares, cigarro (talvez). Geralmente essas lesões cicatriciais já estão definidas e não há muito o que fazer. A única forma de tratamento é a retirada cirúrgica (raramente é feita, somente em situações muito específicas).

Endoscopia: como é feita e qual é o preparo?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A endoscopia digestiva alta é feita com um aparelho chamado endoscópio. O aparelho consiste de um tubo flexível com cerca de 1 metro de comprimento e 1 cm de diâmetro. Na sua extremidade está instalada uma micro câmera que transmite imagens para um monitor e permite ao médico visualizar o interior do tubo digestivo.

Como é o preparo para a endoscopia?

O preparo para a endoscopia é orientado por cada serviço com seus pormenores, no entanto, em geral as orientações são:

  • Jejum de pelo menos 8 horas, alguns serviços estipulam 12 horas, inclusive de água;
  • Suspensão de medicamentos como anti-inflamatórios, antiagregantes plaquetários e anticoagulantes 7 dias antes;
  • Evitar consumo de bebida alcoólica 24 horas antes;
  • Levar um acompanhante;
  • Comunicar qualquer tipo de alergia que possua. 
Como é feita a endoscopia?

No exame, a pessoa fica deitada de lado, sobre o lado esquerdo do corpo, e são então aplicados os sedativos e os analgésicos diretamente na veia. Um bocal de plástico é colocado entre os dentes do paciente e um cateter de oxigênio é instalado no nariz.

Em seguida, o médico introduz o endoscópio no tubo digestivo através do bocal, na boca, e as imagens internas começam a ser transmitidas pela câmera. O tempo de duração da endoscopia varia entre 5 e 30 minutos. A duração do exame depende também da necessidade de realizar outros procedimentos, como uma biópsia, por exemplo.

A biópsia, quando realizada durante a endoscopia, também é feita com o auxílio do endoscópio. O procedimento consiste na coleta de uma amostra de tecido que depois é analisada ao microscópio. As amostras podem ser colhidas do esôfago, do estômago ou da porção inicial do intestino.

A endoscopia não provoca dor, pois são aplicados anestésicos na garganta. Muitas vezes o procedimento é feito sob sedação. Se o paciente preferir, a endoscopia pode ser feita sem sedação. Caso o exame seja feito em crianças, o procedimento é realizado sob anestesia geral.

Como é a recuperação após a endoscopia?

Após a endoscopia, o paciente permanece na sala de recuperação, em repouso, durante 10 a 30 minutos. Pode ter a sensação de garganta "adormecida", o que é normal. Se a pessoa recebeu oxigênio complementar durante o exame, podem ocorrer espirros e congestão nasal.

Não é permitido dirigir após ser submetido ao exame de endoscopia e a alimentação deve ser de preferência leve. Em caso de mal-estar, náusea, vômitos ou sangramento, o paciente deve entrar em contato com o médico ou o setor de endoscopia do hospital, imediatamente.

A endoscopia digestiva alta é um exame que permite visualizar e tratar doenças do esôfago, estômago e porção inicial do intestino. O médico responsável pelo exame é o gastroenterologista.

Como é feita a endoscopia digestiva alta com biópsia?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

A endoscopia digestiva alta com biópsia é feita com um tubo flexível de aproximadamente 1 cm de diâmetro, que tem uma microcâmera instalada na sua extremidade. O endoscópio, como é chamado o aparelho, é introduzido pela boca e transmite imagens do tubo digestivo para um monitor. 

A biópsia também é realizada com o auxílio do endoscópio e consiste na coleta de uma amostra de tecido para ser analisada ao microscópio. O material colhido pode ser do esôfago, estômago ou porção inicial do intestino.

O preparo para a endoscopia digestiva alta com biópsia começa com um jejum de no mínimo 8 horas. Pessoas alérgicas ou que tomam medicação de uso contínuo devem sempre informar o médico antes do exame. 

A endoscopia é feita com o paciente deitado sobre o lado esquerdo. Antes de introduzir o endoscópio é administrado um medicamentos sedativo por via endovenosa, geralmente aplica-se também um spray com anestésico na boca. O paciente também recebe um bocal de plástico entre os dentes, por onde passa o endoscópio.

O tempo de duração da endoscopia digestiva alta com biópsia pode variar conforme a complexidade do procedimento. Após o exame, é necessário ficar em observação durante um período mínimo de 10 a 30 minutos.

No local da biópsia pode ocorrer um pequeno sangramento. Contudo, esses sangramentos costumam cessar espontaneamente e não são preocupantes.

Em caso de vômitos, náuseas ou sangramentos, o médico ou o setor de endoscopia do hospital deve ser contactado.

Saiba mais em:

Fazer endoscopia dói?

Posso fazer endoscopia se estiver grávida?

O que é alteração textural parenquimatosa uterina?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

É uma alteração na textura da parede do útero, visualizada por um exame de imagem, provavelmente uma ultrassonografia pélvica.

Com uma única informação, o que podemos definir é que existe alguma alteração na textura da parede do útero, que pode ser devido a diferentes causas, e que nem sempre sinaliza um problema ou uma doença.

Por exemplo, é normal a alteração da parede do útero decorrente das variações hormonais durante um ciclo menstrual. Por outro lado, existem causas patológicas para essa alteração, como algumas doenças metabólicas, presença de pólipos, tumores, entre outras.

Portanto, para uma melhor interpretação e orientação quanto ao resultado desse exame, é fundamental que leve ao médico que o solicitou, para que junto com a história clínica e exame físico, possa definir a melhor abordagem e tratamento, se necessário.

Como é avaliado o útero em um exame de imagem?

Um dos exames mais solicitados para avaliação uterina é o exame de ultrassonografia. Nele é possível analisar os órgãos genitais da mulher, com base nos parâmetros e valores predeterminados de normalidade.

Esses valores podem sofrer alguma alteração devido a idade e fase do ciclo menstrual, porém esse dado é avaliado pelo médico especialista, junto ao exame clínico e história médica.

Dentre os principais parâmetros, são analisados:

Forma do útero

Tubular - crianças entre 2 e 6 anos de idade

Piriforme - início da puberdade até idade adulta

Comprimento do útero

pré-púberes - menor que 4,5 cm

puberdade/adulta - 5,0 a 8,0 cm

Largura uterina

pré-púberes - menor que 3,0 cm

puberdade/adulta - 3,5 cm em média

Espessura da parede do útero

pré-púberes - menor que 1,0 cm

puberdade/adulta - 1,5 a 3,0 cm

Textura

Geralmente homogênea, mas pode variar com a fase do ciclo.

Volume ovarianoPresença ou não de massas ou estruturas anormais (massas, tumores, pólipos).

De qualquer forma, o exame de imagem é um exame complementar a uma suspeita diagnóstica, ou um exame de rastreio para detecção precoce de doenças, que sempre deve ser analisado em conjunto com outros dados.

Procure seu médico para levar o resultado do exame, e esclarecer as suas dúvidas.

Leia também: Como é feito o ultrassom pélvico e para que serve?

O que é presença de clipes metálicos em hipocôndrio direito?
Dr. Charles Schwambach
Dr. Charles Schwambach
Médico

Clipes metálicos são clipes metálicos (sutura cirúrgica) e hipocôndrio direito é a região do abdômen logo abaixo das costelas do lado direito.

O que é nódulo hipoecoico? Pode ser grave?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

O nódulo hipoecoico também chamado de hipoecogênico é um nódulo de baixa densidade quando visualizados com exames de imagem como, por exemplo, a ultrassonografia. Este tipo de nódulo é, normalmente, formado de gordura ou líquido e sua presença no exame não indica, necessariamente, uma doença grave.

Para determinar se o nódulo é grave ou não, é preciso uma avaliação médica para analisar a sua localização, se provoca ou não sintomas, entre outras características.

Nódulos hipoecoicos na tireoide, mama e fígado merecem atenção e, geralmente, precisam ser melhor investigados.

Nódulo hipoecoico na tireoide

Um nódulo hipoecoico na tireoide pode indicar malignidade. Entretanto, nestes casos, o médico avaliará o tamanho do nódulo. Quando maiores que 1 cm, se faz necessário efetuar biópisia para determinar a presença de câncer de tireoide.

Os nódulos hipoecoicos de tireoide com 0,5 com são puncionados quando apresentam aumento de vasos sanguíneos, microcalcificações, quando irradiam para os tecidos vizinhos ou quando possui mais altura do que largura.

Todos estes sinais, bem como o tratamento são avaliados pelo médico.

Nódulo hipoecoico na mama

O nódulo de mama, geralmente, não é preocupante sendo comuns a presença de cistos simples e fibroadenoma, ambos considerados lesões benignas.

Fique atenta se perceber alterações no formato da mama ou no seu tamanho. É importante que você faça um acompanhamento médico mais rigoroso, se você tiver história de câncer na família ou caso perceba a presença de um nódulo duro, fixo e quando há muitos vasos sanguíneos.

No entanto, na presença de qualquer nódulo procure um médico para avaliação e diagnóstico adequados. Nos casos em que há suspeita de câncer de mama, o médico de família, ginecologista ou mastologista solicitará punção e/ou biópsia.

Nódulo hipoecoico no fígado

A presença de um nódulo hepático no fígado é insuficiente para determinar se é benigno ou maligno.

Nos casos em que o nódulo aumenta constantemente de tamanho ou possui mais que 1 cm, é possível que o médico solicite tomografia computadorizada ou ressonância magnética. Estes exames ajudarão a determinar se o nódulo é maligno ou benigno.

Como sei se o nódulo hipoecoico é grave?

Para definir se um nódulo hipoecoico é grave ou não, benigno ou maligno, o médico avaliará:

  • Localização do nódulo,
  • Características do nódulo: tamanho, consistência, infiltração, aos tecidos vizinhos, presença de muitos vasos sanguíneos,
  • História de câncer na família e
  • Sintomas clínicos (emagrecimento sem causa aparente, dor, alteração na forma da região do corpo afetada).

Os nódulos hipoecoicos nem sempre precisam ser removidos cirurgicamente. Em sua maioria são benignos e apenas precisam ser acompanhados com tomografia computadorizada e ultrassom com periodicidade de 3 meses, 6 meses e 1 ano, de acordo com a recomendação médica.

Na presença de um exame de imagem com nódulo hipoecoico, busque um médico para retirar todas as suas dúvidas e efetuar avaliação e diagnósticos adequados. Você pode procurar, inicialmente um médico de família ou clínico geral.

Para saber mais sobre nódulos, você pode ler:

O que é um nódulo hipoecoico e hipoecogênico?

Nódulo na tireoide é perigoso? Qual é o tratamento?

Nódulo em mama direita com dor, o que pode ser?

O que é hiperplasia nodular focal? Como é o tratamento?

Referência

CBRDI. Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem.

MEDEIROS, M.M.; GRAZIANO, L.G.; SOUZA, J.A.; GUATELLI, C.S.; POLI, R.M.B.; YOSHITAKE, R. et al. Hyperechoic breast lesions: anatomopathological correlation and differential sonographic diagnosis. Rev. Radiol Bras, 2016, 49(1):43–48.

O que significa prova de Cotté positiva?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Prova de Cotté positiva significa que não houve obstrução à passagem do contraste pelas tubas uterinas (trompas de Falópio) durante o exame de histerossalpingografia. Portanto, a prova de Cotté positiva indica que as trompas estão desobstruídas.

A obstrução tubária é uma das causas de infertilidade, pois impede o encontro do espermatozoide com o óvulo, que ocorre dentro da tuba uterina.

A prova de Cotté é um procedimento realizado no exame de histerossalpingografia para observar se houve uma dispersão adequada do contraste no útero.

Se o resultado da prova de Cotté por negativo, significa que as trompas estão obstruídas por alguma razão, o que pode ser a causa da infertilidade da mulher.

Leia também: O que significa prova de cottè negativa?

A histerossalpingografia é um exame de raio-x realizado com contraste, através do qual o médico pode avaliar o interior do útero e das tubas uterinas na investigação de possíveis problemas de fertilidade.

Os resultados da histerossalpingografia devem ser avaliados pelo médico ginecologista.

Saiba mais em:

O que é a prova de Cottè e para que serve?

O que significam os resultados da histerossalpingografia?