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Ultrassom revelou fígado aumentado e com gordura. Pode ser grave?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Depende. Fígado aumentado e com gordura tanto pode ser uma condição simples, que não vai lesionar o fígado, como pode evoluir para uma inflamação com lesão do órgão. Na maioria dos casos, o acúmulo de gordura no fígado tem evolução benigna.

Nos casos mais graves, a situação pode evoluir para cirrose hepática, que causa lesão permanente no fígado. O risco de cirrose é maior em pacientes idosos e diabéticos.

Por que tenho gordura no fígado? Quais as causas?

O acúmulo de gordura no fígado é o resultado de uma alimentação com excesso de gordura que o organismo não consegue metabolizar. Principalmente quando se trata de um excesso de ingesta de gordura saturada e gordura trans.

A gordura trans é facilmente depositada no fígado. Este tipo de gordura está presente em bolachas, salgadinhos, frituras, manteigas, margarinas, pães de queijo, entre outros.

Outra importante causa de fígado gordo é o consumo de álcool. Boa parte dos indivíduos que bebem regularmente desenvolvem fígado gordo, uma vez que o álcool permite uma rápida acumulação de gordura no fígado.

Contudo, mesmo pessoas que não consomem bebidas alcoólicas podem ter fígado gordo. Nestes casos, o acúmulo de gordura no fígado é causado por excesso de peso, diabetes e níveis elevados de colesterol ou triglicerídeos.

O fígado gordo também pode ser causado por:

  • Uso de medicamentos, como amiodarona, estrógenos, corticoides, tamoxifeno, antirretrovirais, tetraciclinas;
  • Doenças metabólicas genéticas;
  • Rápida perda de peso;
  • Formas artificiais de nutrição;
  • Ingestão de toxinas, como produtos químicos.
  • Predisposição hereditária.

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Qual o tratamento para fígado gordo?

Não existe um tratamento específico para fígado gordo e nenhum medicamento é totalmente eficaz nessa situação.

Por isso, o tratamento baseia-se numa série de medidas, que incluem:

  • Alterações no estilo de vida, com perda de peso, dieta e exercícios físicos;
  • Evitar o consumo de bebidas alcoólicas;
  • Controlar doenças associadas, como diabetes;
  • Controlar os níveis de colesterol e triglicerídeos.

Esses cuidados são fundamentais para o sucesso no tratamento do fígado gordo. Mesmo se o paciente estiver usando algum medicamento, ele não será muito efetivo sem essas medidas.

É importante lembrar que o acúmulo de gordura no fígado é reversível, se estiver numa fase inicial.

O tratamento do fígado gordo deverá ser acompanhado pelo médico hepatologista ou gastroenterologista.

Quem usa aparelho ortodôntico pode fazer ressonância magnética?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Sim, quem usa aparelho ortodôntico pode fazer ressonância magnética, desde que o objetivo do exame não seja visualizar nada do pescoço para cima, pois o metal do aparelho pode prejudicar a qualidade da imagem.

Qualquer tipo de implante metálico é contraindicado ou exige uma atenção especial para a realização da ressonância magnética devido ao potente magnetismoque é gerado durante o exame.

Esse magnetismo pode atrair o objeto metálico e causar incômodo ou ainda uma lesão, caso o metal esteja na região que será examinada. Existe também o risco de aquecimento e correntes elétricas induzidas.

No entanto, de um modo geral, os aparelhos dentários não costumam ser uma contraindicação para a realização da ressonância, embora possam distorcer e tornar inúteis as imagens feitas do pescoço e da cabeça.

Caberá ao médico radiologista avaliar o risco-benefício de realizar a ressonância magnética ou se o aparelho ortodôntico impede ou não o exame.

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Quais são os riscos de fazer uma colonoscopia?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Os riscos do exame de colonoscopia são baixos. As complicações mais frequentes, embora sejam raras, são as perfurações e os sangramentos. A grande maioria das complicações ocorrem quando se realiza a retirada de pólipos, a polipectomia.

A perfuração é uma complicação que ocorre em menos de 1% dos exames de colonoscopia. O risco é maior em indivíduos idosos com doença diverticular do cólon. No entanto, as chances de perfuração podem aumentar e chegar a 2% quando os pólipos são retirados.

Já em relação aos sangramentos e hemorragias a frequência quando se realiza a polipectomia varia de 1 a 2%. Essa complicação é mais comum em pessoas que têm problemas na coagulação sanguínea, sobretudo quando a colonoscopia é realizada juntamente com outros procedimentos, como biópsia e polipectomia(retirada de pólipos). Nesses casos, a chance do paciente sangrar pode chegar a 2,5%.

Casos de perfuração normalmente são tratados através de cirurgia, enquanto que os sangramentos podem ser estancados com a cauterização da lesão.

Há ainda outras possíveis complicações como:

  • Reações adversas relacionadas ao preparo do exame (náuseas, vômitos, distúrbios hidreletrolíticos, dor ou distensão abdominal);
  • Síndrome pós-polipectomia: pode levar a sintomas de febre, dor abdominal, e alterações laboratoriais (aumento dos leucócitos) até 5 dias após a realização do exame.
  • Complicações cardiorrespiratórias relacionadas a sedação.

Se após a colonoscopia o paciente apresentar dor abdominal intensa, sangramento persistente, grande quantidade de sangue nas fezes, febre, vômitos ou calafrios, o médico deve ser contactado com urgência.

Caso tenha mais dúvidas sobre o exame de colonoscopia consulte o médico que solicitou o exame.

Saiba mais em:

É normal sentir dor e sangrar depois da colonoscopia?

Preparo para colonoscopia: o que devo fazer?

Como é feita a colonoscopia?

O que é derrame pleural e quais os sintomas?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Derrame pleural é o acúmulo anormal de líquidos na pleura, uma membrana que envolve os pulmões. O derrame pleural é uma manifestação comum de várias doenças diferentes, portanto, uma vez diagnosticado o derrame, investigar a sua causa é o próximo passo.

O que é a pleura?

A pleura é uma fina membrana dupla de tecido fibroso que envolve os pulmões e o interior da cavidade torácica. Em pessoas saudáveis, é normal haver um fluxo constante de líquido entre as duas camadas da pleura. Em situações normais, a quantidade de líquido presente entre as duas camadas da pleura é de 15 ml.

Contudo, em casos de doenças que afetam a pleura, pode haver acúmulo de líquido nesse espaço, dando origem ao derrame pleural. As principais doenças causadoras de derrame pleural são a tuberculose, o câncer e a pneumonia.

Se não for devidamente tratado, o derrame pleural pode causar falta de ar grave, podendo levar à morte.

Quais são os sintomas do derrame pleural?

Falta de ar: quanto mais rapidamente se formar o derrame pleural e quanto maior for o acúmulo de líquido na pleura, mais intensa será a falta de ar. Existem derrames pleurais que podem ter até 4 litros de volume, o suficiente para comprimir completamente o pulmão afetado. A falta de ar pode ser muito intensa e vir acompanhada de cianose (extremidades do corpo azuladas ou arroxeadas), o que indica falta de oxigênio nos tecidos. .Dor torácica: dor em pontada, que piora quando a pessoa respira fundo ou tosse. A dor pode ainda irradiar para o ombro.

Tosse: costuma ser seca, intensa e acompanhada de dor torácica. Pode causar vômitos e falta de ar. A presença de tosse com secreção normalmente indica a presença de lesão no pulmão.

A dor e a falta de ar são os dois sintomas próprios do derrame pleural. Os demais sintomas que normalmente também aparecem costumam surgir devido à doença de base, como febre e tosse na pneumonia; tosse com sangue no câncer de pulmão; ascite na cirrose; pernas inchadas na insuficiência cardíaca, e assim por diante.

Quais são as causas do derrame pleural?

O derrame pleural pode ser constituído de dois tipos de líquido: transudato e exsudato. Sua determinação é importante para que se descubra a doença que levou ao derrame pleural. Esta é possível após a análise do líquido pleural através da retirada pela toracocentese.

As causas de derrame pleural do tipo transudato incluem: insuficiência cardíaca, cirrose hepática, síndrome nefrótica, insuficiência renal e hipotireoidismo descompensado.

As causas de derrame pleural do tipo exsudato são: pneumonia, tuberculose, câncer metastático para a pleura, câncer da pleura (mesotelioma), linfoma, embolia pulmonar, doenças auto-imunes, como lúpus eritematoso sistêmico e artrite reumatoide, pancreatite, radioterapia, doenças abdominais, como peritonites e abscessos, síndrome de hiperestimulação ovariana, com uso de citrato de clomifeno.

Há ainda outros tipos de líquidos que podem ficar acumulados na pleura, como sangue (hemotórax), urina (urinotórax) e triglicerídeos e lipídeos (quilotórax).

O derrame pleural tem como principais causas as doenças da pleura ou dos pulmões, mas também pode ter origem em doenças que afetam o coração, os rins, o fígado e o pâncreas, doenças sistêmicas como a artrite reumatoide, reação a drogas e câncer.

O derrame pleural é suspeitado no exame clínico e o diagnóstico confirmado com a radiografia do tórax. É prudente a coleta do líquido pleural se houver suspeita da doença que causou o derrame pleural, para o tratamento adequado.

Qual é o tratamento para derrame pleural?

O tratamento do derrame pleural consiste da desinfecção da cavidade pleural, através de medicamentos, drenagem e lavagem da pleura com produtos desinfectantes, além de reexpansão dos pulmões através de drenagem torácica e fisioterapia respiratória.

A recuperação funcional dos pulmões também é feita com fisioterapia respiratória. Em caso de encarceramento dos pulmões, pode ser necessário realizar uma cirurgia.

A fisioterapia deve ter início o mais rapidamente possível, de maneira a diminuir os riscos de sequelas pulmonares.

Se você apresentar os sintomas supracitados deve procurar um pronto atendimento médico para melhor avaliação.

O que significa no Rx: VT Vértebra de transição lombo-sacra?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

VT significa "vértebra de transição", trata-se de uma variação anatômica, aonde existe uma vértebra com características lombares e sacrais ao mesmo tempo. Não quer dizer que haja um problema, porém pessoas com essa variação, apresentam uma maior predisposição a doenças de coluna.

E megapófises transversas são apófises (estrutura óssea lateral a vértebra), de tamanho maior do que o encontrado na maioria das pessoas. As vezes essa estrutura é tão maior, que chega a se comunicar com o osso da cintura, formando uma nova articulação.

Da mesma forma que a vértebra de transição, a megapófise não configura uma doença, porém parece estar relacionada ao aumento do risco de dor e doenças crônicas de coluna.

O que são vértebras e como são classificadas?

A coluna vertebral é composta por 33 vértebras, que são sobrepostas, formando o centro do nosso esqueleto. Entre as vértebras estão localizados os discos intervertebrais, formados por um cápsula externa fibrosa e um núcleo gelatinoso, exercendo o efeito de amortecedor da coluna. A compressão desse disco, decorrentes de doenças na coluna, determinam a protusão ou hérnia discal.

A coluna é dividida anatomicamente em 5 partes, são elas: coluna cervical, torácica (ou dorsal), lombar, sacra e coccígea.

As primeiras vértebras localizadas na altura do pescoço, são chamadas de vértebras cervicais, são 7, por isso simplificamos dizendo C1, C2, C3 até C7. Em seguida vem as vértebras torácicas ou dorsais, que são 12, por isso são descritas como T1 a T12, ou D1 a D12.

Depois são as vértebras lombares, que são 5, portanto, descritas como L1 a L5, as vértebras sacrais, também mais 5, em geral estão unidas, assim como as 4 vértebras coccígeas, formando o complexo sacrococcígeo e totalizando 33 vértebras na coluna da maioria da população.

Essas terminologias são utilizadas especialmente em laudos de imagem, para determinar a localização mais exata das lesões ou alterações encontradas. E ainda, como pontos de referência para procedimentos médicos.

Portanto recomendamos que leve o exame ao médico que o solicitou, para que junto com a história clínica e o seu exame médico, seja avaliada a necessidade de algum tratamento ou intervenção.

O exame radiológico configura um complemento para a suspeita clínica do médico, deve ser avaliado sempre em conjunto, não é capaz de definir sozinho uma patologia ou tratamento.

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O que são clips metálicos?
Dr. Charles Schwambach
Dr. Charles Schwambach
Médico

Clip metálico é uma das formas que os médicos podem usar para fazer uma sutura em uma cirurgia. No seu caso são clips metálicos em região de ovário direito.

Exame de colonoscopia: como devo me preparar?
Dr. Ivan Ferreira
Dr. Ivan Ferreira
Médico

O preparo para colonoscopia geralmente inicia-se de 1 a 2 dias antes do exame. A preparação baseia-se na utilização de laxantes, medicamentos para eliminação de gases e náuseas, além de dieta líquida e sem fibras para promover o esvaziamento e a limpeza do intestino para permitir a sua visualização interna durante a colonoscopia.

Geralmente, o jejum é iniciado na noite anterior ao exame. As instruções do preparo para a colonoscopia são fornecidas pelo médico ou pelo local onde ele será realizado e podem variar um pouco de um local para outro.

O intestino é considerado limpo quando as evacuações estiverem líquidas e claras ou com coloração amarelada.

Pessoas diabéticas ou que fazem tratamento com anticoagulantes devem consultar o médico sobre a necessidade de suspender os seus tratamentos durante o preparo para a colonoscopia.

O exame de colonoscopia é realizado com sedação por via retal. Após a sedação, é introduzido um fio que possui uma câmera acoplada e o médico pode ver as imagens internas do intestino através de um monitor.

Veja também: Como é feita a colonoscopia?

A colonoscopia deve ser feita por um médico gastroenterologista, coloproctologista ou colonoscopista, devidamente treinado e capacitado para a realização do exame.

Saiba mais em:

Quais são os riscos de fazer uma colonoscopia?

É normal sentir dor e sangrar depois da colonoscopia?

Colonoscopia pode detectar câncer de intestino?

O que é a prova de Cottè e para que serve?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A prova de cottè é um procedimento realizado no exame de histerossalpingografia, que avalia se as trompas estão normais (pérvias). Se caracteriza pela dispersão do contraste injetado, adequadamente na cavidade abdominal.

A histerossalpingografia é um exame de raio-x que utiliza contraste para estudar o útero e as trompas de falópio.

Para fazer a prova de cottè, pede-se à paciente que se deite de barriga para baixo durante cerca de 3 minutos, para que o contraste se espalhe dentro útero e possa fluir pelas trompas.

Depois, a mulher fica novamente deitada de barriga para cima, sendo submetida ao exame de raio-x para comprovar a permeabilidade do órgão.

A prova de cottè negativa indica que não há permeabilidade tubária, ou seja, as trompas estão obstruídas, unilateral ou bilateralmente.

Já a prova de cottè positiva significa que não houve obstrução à passagem do contraste pelas trompas, seria portanto o exame normal.

A histerossalpingografia permite principalmente visualizar aderências, miomas, pólipos e sinéquias uterinas, causas comuns de infertilidade.

Saiba mais em:

O que significa prova de cottè positiva?

O que significa prova de cottè negativa?

O que significam os resultados da histerossalpingografia?