Os sintomas mais comuns da menstruação são as cólicas, seios doloridos e inchados, dores de cabeça e alterações de humor. Estes sinais costumam aparecer de 7 a 10 dias antes da menstruação e, geralmente, passam algumas horas depois que a menstruação desce.
A prática de atividade física, a redução de cafeína, açúcar, sal e o uso de medicamentos analgésicos são alguns dos cuidados que ajudam a aliviar os sintomas, tanto na fase pré-menstrual quanto durante o período de sangramento.
Sintomas físicos da menstruação- Cólicas
- Seios doloridos e inchados
- Dor de cabeça
- Dor lombar
- Náuseas
- Sensação de inchaço abdominal
- Ganho de peso
- Dor muscular ou nas articulações
- Problemas de pele como, por exemplo, a presença de espinhas (acne)
- Oscilações de humor: irritabilidade, raiva, tristeza, crise de choro
- Ansiedade / Depressão
- Necessidade de isolamento social
- Dificuldade de concentração
- Esquecimento ou perda de memória
- Distúrbios do sono
- Mudanças no apetite (desejo por determinados alimentos, especialmente doces).
- Busque descansar e dormir, pelo menos, 7 horas por noite,
- Pratique atividade física regularmente: pode ajudar a reduzir o inchaço, a irritabilidade, a ansiedade e a insônia. Fazer ioga também pode ajudar,
- Tente reduzir o estresse do dia a dia: meditação e exercícios de relaxamento podem ser ferramentas importantes para que consiga relaxar,
- Alimente-se de forma saudável: consuma carnes magras, frutas, verduras e leite (alimentos ricos em cálcio e vitamina D),
- Diminua o consumo de açúcar e cafeína, evite doces,
- Reduza o consumo de sal: ajuda a reduzir a retenção de líquidos e a sensação de inchaço,
- Aplique bolsa de água morna 2 a 3x por dia, se tiver dor (lombar ou cólicas).
Os medicamentos mais usados são os analgésicos, anti-inflamatórios ou anticoncepcionais.
- Ponstan®
- Buscopan®
- Atroveran®
- Anticoncepcionais orais
- Anel vaginal
- Injeção trimestral
- DIU
A dose e tempo de uso deve ser definida pelo médico, de acordo com a intensidade dos sintomas, e com as condições de saúde de cada uma.
É importante uma consulta com o seu ginecologista para escolher o melhor tratamento.
Os sintomas da menstruação ou a tensão pré-menstrual ocorrem devido às variações hormonais de estrogênio e progesterona durante o ciclo menstrual. Em algumas mulheres, a origem dos sintomas pode ser também genética.
Estes sintomas variam de mulher para mulher porque algumas mulheres são mais sensíveis a essas variações hormonais. Se você sofre com os sintomas da menstruação a ponto de alterar ou atrapalhar a sua rotina diária, converse com um ginecologista ou médico de família para efetuar cuidados e/ou tratamento mais adequados.
Saiba mais sobre esse assunto nos artigos abaixo:
Sintomas de TPM após a menstruação é normal? O que pode ser?
Fases do ciclo menstrual: o que você precisa saber
Referência:
FEBRASGO - Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.
Anticoncepcional masculino ainda não, contraceptivos sim. Por enquanto, os únicos métodos contraceptivos existentes e aprovados para um homem, que asseguram evitar uma gravidez, são a camisinha (preservativos) e a vasectomia.
Embora diversos estudos sobre anticoncepcionais masculinos estejam bem avançados, em fase II e III (última fase), com respostas favoráveis, precisam ainda cumprir todas as normas que determinam eficácia e segurança, para posterior liberação do produto.
O primeiro método parece que será apresentado ainda em 2020. Pesquisadores da Índia prometem o lançamento do primeiro anticoncepcional masculino, após encerrar a última etapa de estudos, com um grande número de homens testados, que será o RISUG (anticoncepcional injetável).
Camisinha (preservativos)A camisinha masculina, preservativo masculino ou condom, ainda é o único método contraceptivo masculino que não interfere na fertilidade, e é também o mais utilizado. Confere uma eficácia acima de 99%, quando usada de forma correta e protege da gravidez e de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs).
Portanto, é um método eficaz, simples, facilmente encontrado e disponibilizado no serviço público, que não deve ser desencorajado ou substituído mesmo com a chegada de novos métodos anticoncepcionais. Eles devem ser feitos em conjunto.
VasectomiaA vasectomia é um método de contracepção definitiva, porque compromete a fertilidade do homem, portanto um método de esterilização. Embora exista a cirurgia para tentar reverter a vasectomia, quando é de desejo do homem, a resposta geralmente não é satisfatória.
A cirurgia se caracteriza pelo fechamento do ducto deferente, canal por onde passam os espermatozoides produzidos nos testículos, até o pênis. Com o bloqueio, os espermatozoides não chegam ao canal vaginal, encerrando qualquer possibilidade de uma gravidez.
Contraceptivos masculinos em estudo1. Anticoncepional masculino injetável (RISUG)A injeção RISUG, abreviação de reversible inhibition of sperm under guidance, deve ser o primeiro anticoncepcional reversível, lançado para os homens. Desenvolvido na Índia, encontra-se no final de fase II, entrando na fase III ainda no ano de 2020, e se obtiver os resultados favoráveis, poderá ser fabricado e disponibilizado no mercado até o final de 2020.
O produto deve ser injetado no ducto deferente, causando um bloqueio na passagem dos espermatozoides e promete incapacitar o espermatozoide que ultrapasse essa barreira, impedindo a fecundação do óvulo.
O método é semelhante a vasectomia, realizado por cirurgia sob anestesia local, e a sua maior vantagem é a possibilidade de reversão, caso seja o desejo do homem.
2. Gel anticoncepcional para homem (VASALGEL)O Vasalgel, é um método contraceptivo para o homem, bastante semelhante ao RISUG, também em fase de estudo, com a diferença de ser um gel apenas de bloqueio do canal deferente, que impede, mas não interfere nas propriedades dos espermatozoides.
Aplicado por injeção nos testículos sob anestesia, pode ser facilmente revertido se por injeção de bicarbonato de sódio no ducto obstruído. O bicarbonato consegue dissolver o gel, revertendo a passagem dos espermatozoides e fertilização.
Os estudos precisam demonstrar ainda o tempo de proteção, comprovar grau de eficácia e efeitos colaterais.
3. Pílula anticoncepcional masculinaAs pílulas hormonais e não hormonais para o homem vêm sendo estudadas há anos, porém não alcançaram a eficácia esperada, ou causam efeitos colaterais intoleráveis, interrompendo o estudo.
Os efeitos colaterais mais comuns apresentados, foram semelhantes às pílulas femininas, como a acne, distúrbios de humor, queda da libido, dores de cabeça, e nos homens, a dificuldade erétil.
4. Gel anticoncepcional tópico para homensO anticoncepcional masculino na forma de gel tópico, é composto por uma associação de progesterona e testosterona. A progesterona reduz a produção de testosterona pelo organismo, inibindo a produção dos espermatozoides, enquanto a testosterona do gel, busca impedir os efeitos colaterais da falta desse hormônio, como perda da libido ou disfunção erétil.
O gel deve ser aplicado na região dos ombros ou das costas uma vez ao dia, e já vem sendo testado em homens voluntários, com resultados positivos e pouco relato de efeitos colaterais, até o momento.
Para maiores esclarecimentos, converse com o médico de família ou com o especialista, urologista.
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Referências:
Sociedade Brasileira de Urologia.
O exame histerossalpingografia pode ajudar a engravidar, se o problema que está dificultando a gravidez está nas trompas ou tubas uterinas. Isso porque a histerossalpingografia é um exame que ajuda no diagnóstico desse problema, o que é fundamental para iniciar o tratamento, aumentando as chances de gravidez.
Além disso, a histerossalpingografia pode ainda ajudar a limpar as trompas, apesar de essa não ser a sua finalidade. Se a dificuldade para engravidar estiver sendo causada por uma pequena obstrução nas trompas, a pressão exercida durante o exame (para injetar o contraste) pode ser suficiente para limpar as trompas, permitindo a gravidez natural.
Ainda assim, é importante lembrar que existem vários motivos que podem levar uma mulher a ter dificuldade para engravidar, desde problemas no útero, nos ovários, problemas hormonais e até alterações no sêmen do parceiro. Por esse motivo, para confirmar a causa e escolher o melhor tratamento para engravidar é preciso consultar um ginecologista.
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Referências:
Lamaita RM, Amaral MC, Cota AM, Ferreira MC. Propedêutica básica da infertilidade conjugal. São Paulo: Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo); 2018. (Protocolo Febrasgo — Ginecologia, número 46 / Comissão Nacional Especializada em Reprodução Humana)
O sistema reprodutor ou aparelho genital feminino é constituído por órgãos externos e internos. A vagina, ovários, tubas uterinas ou trompas de Falópio são os órgãos internos; enquanto a vulva formada pelos grandes e pequenos lábios e pelo clitóris são estruturas do aparelho genital externo.
O aparelho genital é responsável pela produção dos hormônios sexuais e dos óvulos. É também o local no qual ocorre a fecundação e o desenvolvimento do feto durantes os nove meses de gestação.
Órgãos Genitais InternosOváriosSão os ovários as estruturas responsáveis pela produção do gameta feminino. Localizam-se na região inferior do abdome, um do lado direito e outro do lado esquerdo e têm o formato de amêndoa. São fixados ao útero por ligamentos como o ligamento útero-ovárico e mesovário.
Os ovários produzem os hormônios femininos: estrogênio e progesterona. Em seu interior ocorre o desenvolvimento dos óvulos.
Tubas uterinasAs tubas uterinas, antes chamadas trompas de Falópio, são duas tubas de aproximadamente 12 cm em forma de funil que se comunicam com útero do lado direito (tuba uterina direita) e do lado esquerdo (tuba uterina esquerda). A outra extremidade da tuba se assemelha a um funil cuja boca tem um formato irregular e o aspecto de franjas. São as franjas da tuba uterina que captam o óvulo durante a ovulação.
A função das tubas uterinas é transportar o óvulo do ovário para o útero. Além disso, é o local no qual ocorre a fertilização do óvulo pelo espermatozoide.
Quando o óvulo fecundado se fixa na parede da tuba uterina ocorre o que chamamos de gravidez tubária. A gravidez tubária é um tipo de gravidez ectópica na qual pode ocorrer rompimento da tuba uterina com grandes hemorragia interna e que pode levar a perda de uma das tubas. A gravidez tubária não consegue ser levada adiante porque a tuba é muito estreita e não permite o desenvolvimento do bebê.
ÚteroO útero é um órgão oco que tem o formato de um pera e paredes musculares espessas. É composto por três partes: fundo, corpo e cérvix ou colo do útero. O colo do útero é a região que possui comunicação com a vagina. O fundo do útero é a porção mais interna e o corpo do útero é o espaço no qual a gravidez se desenvolve. De forma geral, o útero possui 7,5 cm de comprimento e 5 cm de largura. Se localiza logo atrás da bexiga e na frente do reto.
A parede que reveste o útero internamente é chamada endométrio. A menstruação é a justamente a camada do endométrio que descama, pela ausência de gravidez. E no caso de gravidez, é na parede do útero que ocorre a nidação (fixação do óvulo fecundado).
A vagina é um canal tubular, muscular e bastante elástico que tem cerca de 10 cm de comprimento. É a vagina que faz a comunicação do útero com o meio externo e é um órgão que tem a capacidade de se dilatar e se contrair.
Tem a função dar passagem ao fluxo menstrual, receber o pênis durante a relação sexual e formar o canal de parto.
Órgãos Genitais ExternosOs grandes lábios, pequenos lábios e clitóris são os órgãos genitais externos e constituem a vulva.
Grandes lábios e pequenos lábiosOs grandes lábios são dobras formadas por tecido adiposo e pele. A região é recoberta por pelos. Já os pequenos lábios, se localizam a seguir aos grandes lábios e não possuem gordura.
ClitórisO clitóris se localiza na junção dos pequenos lábios, na região superior. O tecido que forma o clitóris é erétil e mede aproximadamente 2 cm de comprimento. Sua função única é proporcionar prazer sexual à mulher e, por este motivo, é rico em terminações nervosas.
A abertura da vagina fica situada entre os pequenos lábios. Esta abertura é recoberta por uma membrana bastante fina e vascularizada chamada hímen. A membrana não fecha o canal vaginal. Na verdade, o hímen está posicionando em torno do canal. Algumas mulheres nascem com o canal vaginal obstruído pelo hímen. Nestes casos, é necessária uma cirurgia corretora para que o fluxo menstrual possa passar pelo canal vaginal para o exterior do útero.
Ao contrário do que muitas pessoas pensam, o hímen não necessariamente ainda estará íntegro na primeira relação sexual. Ele pode desaparecer antes da puberdade por meio da prática de alguns tipos de atividade física, como por exemplo andar de bicicleta, e pela masturbação.
Além disso, nem sempre o hímen é rompido na primeira relação sexual, o que leva ao sangramento. Em muitas mulheres a penetração vaginal não leva ao rompimento do hímen, especialmente se for feita com delicadeza.
É importante que as mulheres conheçam o seu corpo para reconhecer quando houver alguma irregularidade e para obter prazer durante as relações.
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O coletor menstrual é um copinho em formato de taça feito com silicone medicinal. Quando inserido no canal vaginal serve para coletar o sangue do fluxo menstrual.
Como usar o Coletor Menstrual 1. Escolha o seu coletorA escolha do coletor pode variar de acordo com o fabricante, mas é importante perceber alguns critérios:
- Idade: mulheres com menos de 30 anos têm indicação de usar coletores menores e aquelas acima de 30 anos, maiores.
- Filhos: se a mulher não teve filhos a indicação é de coletores menores, se já os teve, usará um coletor de tamanho maior.
- Altura do colo do útero: esta característica influencia no comprimento do coletor. Se seu colo de útero é alto, opte por coletores mais compridos. Se seu colo for médio ou baixo, escolha coletores menstruais curtos. Para saber a altura do colo seu uterino, busque consulta com um ginecologista.
- Fluxo menstrual: se você tem um fluxo menstrual intenso, prefira coletores com diâmetro mais largo.
- Sensibilidade: algumas mulheres apresentam maior sensibilidade no canal vaginal ou no trato urinário, com tendência a infecções. Se você se enquadrar nestes casos, prefira coletores mais flexíveis.
- Musculatura Pélvica: mulheres que possuem a musculatura pélvica muito forte, devem escolher coletores mais rígidos.
Algumas marcas consideram apenas a idade e a presença de filhos para ajudar na escolha do coletor adequado. No entanto, fabricantes que apresentam maior variedade de tamanhos de coletores menstruais ponderam mais critérios para uma seleção mais acertada.
2. Escolha a dobra mais adequada ao seu corpo A dobra do coletor menstrual em formato de C é a que mais se adapta a maioria das mulheres.Existem muitas formas diferentes de dobrar o coletor. A melhor, é aquela mais fácil e que menos incomoda na hora de colocar o copinho. A dobra deve ser feita no mesmo local no qual se encontra os furinhos do coletor, responsáveis por fazer o vácuo e sustentar o coletor menstrual no local correto, evitando vazamentos.
A dobra mais comum e que se adapta a grande parte da mulheres é a dobra em C, também chamada de dobra em U.
3. Higienize seu coletor- Antes e depois do uso em cada fluxo menstrual, é recomendado lavar o coletor com água morna e ferver por 3 a 10 minutos (verifique tempo indicado pelo fabricante).
- Após ferver o coletor, lave a panela com água e sabão.
- Reserve uma panela de inox ou ágata somente para higienizar o seu coletor.
- Antes de inserir no canal vaginal, deixe-o esfriar.
- Não esqueça seu coletor no fogo para que ele não derreta.
- Lave bem as mãos;
- Encontre uma posição confortável: sentada, deitada, em pé com a perna levantada são algumas das posições que podem ser adotadas;
- Se necessário, um lubrificante à base de água pode ser utilizado para facilitar a inserção do coletor. Use duas ou três gotinhas de lubrificante para que não fique escorregadio;
- Efetue a dobra do coletor;
- Insira o coletor inclinado em direção à base da sua coluna vertebral, tentando mantê-lo dobrado até que esteja todo dentro do canal vaginal;
- Aos poucos, vá soltando a dobra até que o coletor se abra;
- Levemente passe o dedo em volta na base do coletor para se certificar de que ele está corretamente posicionado;
- Se ainda sentir alguma dobra, segure a base do copinho menstrual e gire levemente para que ele se abra completamente.
As mulheres que usam ou já usaram absorventes internos, provavelmente, terão facilidade em inserir o coletor menstrual. Entretanto, ao contrário do absorvente interno que fica próximo ao colo do útero, o coletor menstrual fica encaixado no início do canal vaginal.
5. Use por até 12 horas- Você pode permanecer com o coletor menstrual por até 12 horas consecutivas;
- Após este período, ele deve ser retirado, esvaziado, lavado em água corrente (de preferência morna) e reinserido.
- Lave bem as mãos e se posicione de forma confortável e o mais relaxada possível. Relaxar faz com a musculatura pélvica e vaginal também relaxe. Isto torna a retirada do coletor mais fácil;
- Insira os dedos indicador e anelar no canal vaginal e segure a haste ou a base do coletor;
- Para facilitar contraia a musculatura pélvica no sentido de expulsão para fazer com que o coletor se desloque para baixo;
- Ao alcançar a base do coletor, pressione-a para retirar entre os dedos (em formato de pinça) para retirar o vácuo;
- Com a base do copinho menstrual ainda pressionada, deslize delicadamente o coletor de um lado para o outro até que saia completamente.
- Não há necessidade de esterilizar o seu coletor menstrual entre um uso e outro durante um mesmo ciclo. Somente a higienização com água corrente é suficiente para reutilizá-lo.
- Em caso de utilização de banheiros públicos em que não é possível lavar com água corrente, lave o coletor com uma garrafa de água ou limpe com papel higiênico.
- É necessário lavar seu coletor com água, pelo menos, duas vezes ao dia.
- Antes de guardar seu coletor menstrual ao fim do ciclo, ele precisa ser esterilizado. Como no início do período menstrual, ferva o seu copinho por 3 a 10 minutos, de acordo com as orientações do fabricante.
- Guarde-o em local seco até o próximo ciclo no saquinho destinado ao seu armazenamento fornecido pelo próprio fabricante.
- Panelas de alumínio ou teflon não são indicadas para esterilização dos coletores menstruais, pois soltam substâncias metálicas que podem danificar o silicone medicinal do seu copinho.
- Panelas de ágata ou inox são as indicadas para ferver o coletor menstrual, uma vez que preservam o silicone. Algumas marcas vendem estes utensílios.
- Ao esterilizar assegure-se que a quantidade de água na panela é suficiente para cobrir todo o coletor menstrual. Certifique-se de que o coletor menstrual não toque o fundo da panela para não queimar.
- Não ferva o seu coletor por um tempo superior ao orientado pelo fabricante. Em fervura por mais de 15 minutos, a elasticidade do seu coletor pode ser perdida, o que pode reduzir a sua durabilidade.
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Referências bibliográficas
Eijik et al. Menstrual cup use, leakage, acceptability, safety, and availability: a systematic review and meta-analysis. Lancet. 2019
A forma de usar e o dia do início de cada tipo de anticoncepcional é diferente. Alguns são de uso diário, outros semanais, mensais ou trimestrais e até de 3 anos. A maioria deve ser iniciado no primeiro dia da menstruação, mas nem todos.
Sabendo que a eficácia dos anticoncepcionais depende do uso correto da medicação, é fundamental conhecer a forma correta de tomar o contraceptivo escolhido, dia de início e situações que possam interferir no seu mecanismo de contracepcão.
Como tomar um anticoncepcional oral?Tomar 01 comprimido por dia, todos os dias, de preferência no mesmo horário. O primeiro comprimido é tomado no primeiro dia da menstruação e a cartela seguinte depende do tipo de anticoncepcional em uso.
Cartela de 21 comprimidosPara as cartelas com 21 comprimidos, a mulher precisa fazer uma pausa de 7 dias, completando os 28 dias de ciclo, e depois recomeçar nova cartela. Durante esses 7 dias da pausa, é esperado que ocorra a menstruação. No entanto, a próxima cartela deverá ser iniciada no 8º dia independente do sangramento, até porque o uso regular de anticoncepcionais, tem como efeito comum, a irregularidade menstrual. Sendo assim, não é seguro se basear na menstruação.
Cartela de 28 comprimidosPara as cartelas de 28 comprimidos, opção habitual para as mulheres que não desejam menstruar ou que tenham essa indicação, como no caso de anemia e enxaqueca severa, não é preciso fazer a pausa. Ou seja, terminando a cartela, no dia seguinte inicia a nova cartela. As medicações são compostas de forma diferente, para manter o ciclo normal, sem precisar interromper o seu uso.
Como devo usar o anticoncepcional em adesivo?O anticoncepcional em adesivo (Evra®), deve ser aplicado 1vez por semana, durante 3 semanas. Depois é preciso fazer a pausa de 1 semana, e então recomeçar novo ciclo de adesivos.
Assim como os anticoncepcionais, o uso correto do produto é fundamental para assegurar a contracepção. Por isso é importante ter cuidado com as recomendações na sua aplicação, que incluem:
- Aplicar o primeiro adesivo no primeiro dia da menstruação,
- Trocar o adesivo sempre no mesmo dia da semana, após 7 dias de uso, ou seja, se o primeiro adesivo foi colocado no domingo, os demais devem ser colocados também no domingo,
- Aplicar nas regiões indicadas na bula: regiões sem pelo, nádegas, abdome, braço (parte externa) ou dorso (parte superior),
- Nunca aplicar na pele com vermelhidão, ou machucados,
- Não colocar em região onde a roupa possa causar fricção e o seu deslocamento,
- Se observar algum comprometimento do adesivo, como lateral levantada ou área descolando, deve ser trocado por um novo.
O adesivo não deve ser usado no caso de mulheres com contraindicações para uso de estrogênio, como historia de câncer de mama, tromboembolismo ou doenças tromboembólicas. Mulheres com peso acima de 90 kg também podem ter a absorção da medicação diminuída, reduzindo a eficácia do anticoncepcional.
Nesse caso é aconselhável conversar com o ginecologista para avaliar uma outra opção.
Como devo usar o anticoncepcional injetável?Os anticoncepcionais injetáveis devem ser aplicados por um profissional de saúde, habilitado para essa administração, pois a aplicação incorreta reduz consideravelmente a eficácia do anticoncepcional.
Os anticoncepcionais mensais, são compostos por estrogênio e progesterona, e devem ser aplicados, por via intramuscular, 1 vez por mês. A primeira aplicação pode ser feita no primeiro dia da menstruação para algumas apresentações, já outras pedem que seja feito entre o 7º e o 10º dia do ciclo, como no caso do Perlutan®.
Os injetáveis trimestrais, como Depo® Provera®, são compostos apenas por progestágenos, e tem uma duração maior. São administrados, também por profissional habilitado, por via intramuscular, a cada 12 a 13 semanas, com o máximo de 91 dias de intervalo.
Lembrar ainda que não se deve apertar ou massagear o local, após a aplicação.
Como devo usar o implante subcutâneo (Implanon®)?O implante subcutâneo, autorizado para uso no Brasil a menos tempo, é o Implanon®, método contraceptivo de alta eficácia e longa duração, que vem sendo muito utilizado.
Deve ser aplicado pelo médico, sob anestesia local, na região interna do braço, entre o primeiro e o quinto dia da menstruação. A sua duração é de 3 anos, ou um pouco menos para as mulheres com sobrepeso. Portanto, com a troca a cada 3 anos.
O que fazer se esquecer de tomar o anticoncepcional no dia certo?Nesse caso, mais uma vez, dependerá do medicamento que faz uso. Na maioria das vezes, a medicação não perde o seu efeito se o esquecimento for de menos de 2 dias. Então, basta retornar a medicação.
No caso de anticoncepcionais injetáveis, se passar dos 30 dias, para os mensais ou, 91 dias para os trimestrais, é preciso fazer um teste de gravidez antes de aplicar a próxima dose.
Como escolher o melhor anticoncepcional?Os anticoncepcionais devem ser escolhidos junto com o médico que a acompanha, para que possa receber as principais informações de cada opção, os seus riscos e benefícios, avaliação das suas características físicas, condições de saúde e estilo de vida.
A opção também deve ter como base os custos e pretensão de formação familiar, para que a adesão ao medicamento seja efetiva e não precise fazer trocas repetidas de anticoncepcionais, tornando essa questão um problema emocional.
São muitas as opções, por isso sempre haverá uma melhor indicação para cada caso.
Para esclarecer as dúvidas mais comuns sobre anticoncepcionais, leia também os artigos:
Dúvidas sobre anticoncepcional
7 dúvidas sobre o diafragma contraceptivo
Dúvidas sobre Anticoncepcional Injetável
Referências:
- FEBRASGO - Federação Brasileira de Associações de Gineologia e Obstetrícia.
- Christine Dehlendorf, et al.; Contraception: Counseling and selection. UpToDate. Aug 03, 2020.
A ocitocina sintética é bastante utilizada em obstetrícia para induzir o trabalho de parto. Pode ser benéfico para as mulheres que possuem doenças graves e por isso necessitem do fim da gravidez, para casos em que o parto excedeu o tempo previsto ou mesmo quando está ocorrendo de forma muito demorada.
Nestes casos, as mulheres que fazem uso da ocitocina sintética podem passar pelo trabalho de parto de forma muito semelhante às mulheres que entram em trabalho de parto espontaneamente.
Entretanto, o uso indiscriminado da ocitocina sintética para este fim pode ser arriscado. Ao mesmo tempo em que pode auxiliar em partos mais complicados, pode provocar distúrbios em partos que ocorreriam normalmente apenas pela ação da ocitocina produzida pelo corpo da mulher. O uso indiscriminado da ocitocina sintética para acelerar o trabalho de parto pode causar:
- Aumento das complicações pós-cirúrgicas;
- Aumento das complicações durante o parto: aumento do risco de alterações na frequência cardíaca e oxigenação do bebê;
- Redução da sensação de prazer que as mulheres sentem após o parto uma vez que elas não produziram endorfina, adrenalina e outros hormônios que são produzidos juntos com a ocitocina para causar esta sensação;
- Lentidão na capacidade da mulher de vencer o cansaço e o sono nos momentos iniciais de cuidados com o recém-nascido, pois esta habilidade sofre influência da ocitocina que ela mesma produziria para o seu trabalho de parto;
- Dificuldades no processo de amamentação;
- Aumento dos índices de depressão pós-parto.
A ocitocina é um hormônio importante tanto para a reprodução humana como para mediar as relações sociais no que se refere à criação e formação das ligações afetivas e produção das sensações de bem-estar e de felicidade. Nós todos somo capazes de produzi-la sem recorrer ao hormônio sintético.
Não utilize ocitocina artificial sem orientação médica.