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Remédio à base de cafeína e cataflam pode cortar a menstruação?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Não, remédios à base de cafeína e Cataflam não cessam a menstruação e não interferem nos ciclos menstruais, não há relatos de que essa composição interfira no período menstrual.

Os medicamentos que podem eventualmente provocar atrasos na menstruação geralmente interferem na composição hormonal do organismo, por exemplo medicamentos anticonvulsivantes e antipsicóticos que podem aumentar a quantidade de prolactina, hormônio que quando em altos níveis bloqueia o ciclo menstrual.

Além desses, os medicamentos hormonais como as pílulas e injetáveis contraceptivos, ou mesmo a pílula do dia seguinte, também podem interferir na menstruação, podendo inibi-la ou diminuir o fluxo menstrual e os dias de menstruação.

Alguns dos medicamentos que podem cortar ou atrasar a menstruação:

  • Neurolépticos, como a Risperidona ou o Haloperidol;
  • Tranquilizantes benzodiazepínicos;
  • Antidepressivos;
  • Antipsicóticos;
  • Anticoncepcionais hormonais;
  • Contracepção de emergência;
  • Corticoides;
  • Quimioterapia;
  • Imunossupressores;
  • Anti-hipertensivos.

Leia mais em: Existem medicamentos que atrasam a menstruação?

Em caso de atraso na menstruação, fale com o médico ginecologista ou médico de família para que a origem do atraso seja devidamente identificada.

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É possível engravidar sem os dois ovários?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Não é possível engravidar sem os dois ovários, pois uma mulher que não tem ambos os ovários deixa de ovular e torna-se infértil. Logo, é impossível ficar grávida pelos meios naturais.

Para haver gravidez, é preciso que haja uma união entre o espermatozoide do homem (produzido pelos testículos) e o óvulo da mulher (produzido pelos óvulos). Dessa união surge o embrião, que se implanta no útero e inicia assim a gravidez.

Porém, existe a possibilidade de engravidar se for utilizado o óvulo de uma outra mulher, através de uma técnica chamada fertilização in vitro, mais conhecida como "bebê de proveta".

No procedimento, o óvulo doado é fecundado com o espermatozoide em laboratório e o embrião é então transferido para o útero da mulher.

Daí a técnica ser conhecida como “bebê de proveta” ou “fertilização in vitro”, pois a fecundação ocorre em laboratório e não no corpo da mulher, como acontece naturalmente.

Para mais informações sobre essa técnica e a possibilidade de engravidar sem ter os dois ovários, fale com o seu médico ginecologista.

Existe algum tratamento para quem tem útero baixo?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Sim, existe tratamento para útero baixo (prolapso uterino). As opções de tratamento variam de acordo com o grau do prolapso. Nos graus mais leves a primeira linha de tratamento consiste no uso de pessário, já em casos mais graves indica-se a realização de cirurgia.

Outras linhas terapêuticas que incluem a fisioterapia também podem ser usadas para os casos mais leves como: exercícios de fortalecimento do assoalho pélvico e eletroterapia.

Mulheres com útero baixo que não apresentam sintomas não tem indicação de realizar tratamento. Mulheres que têm sintomas muito leves também podem optar pelo tratamento expectante, mas devem ter alguns cuidados para não piorar o quadro, como:

  • Perder peso;
  • Evitar levantar pesos;
  • Parar de fumar;
  • Combater a prisão de ventre.

Nos casos leves ou quando a mulher prefere adiar ou evitar a cirurgia, temos as seguintes opções de tratamento:

  • Pessário: Trata-se de um dispositivo inserido através da vagina que recoloca o útero no seu lugar anatômico, atuando como um suporte da região pélvica;
  • Fisioterapia:
    • Estimulação elétrica: Aplica-se uma corrente elétrica de baixa voltagem nos músculos do assoalho pélvico através da vagina. A corrente provoca uma contração dos músculos, fortalecendo a musculatura;
    • Biofeedback: É feito com um sensor que avalia as contrações musculares enquanto a mulher executa os exercícios pélvicos, indicando se os exercícios estão atuando nos músculos que se pretende fortalecer;
    • Exercícios de Kegel: São contrações voluntárias dos músculos do assoalho pélvico que visam fortalecer essa musculatura, dando maior sustentação ao útero;
  • Medicamentos: Os estrogênios de aplicação local em forma de creme podem não prevenir o prolapso uterino ou o risco de agravamento, mas melhoram os sintomas e exercem um papel positivo no pós-operatório.
Como é o tratamento cirúrgico para útero baixo?

A cirurgia de correção para prolapso uterino pode ser realizada através de diferentes técnicas feitas pela via vaginal, abdominal ou laparoscópica, com ou sem o uso de telas.

A cirurgia pode ou não incluir a retirada do útero (histerectomia) em mulheres jovens que ainda desejam engravidar preserva-se o útero, nos demais casos preconiza-se a histerectomia.

Quando há incontinência urinária ou fecal, a correção é feita na mesma cirurgia. 

O período de internamento é bastante curto e varia entre 2 e 3 dias, dependo do procedimento.

Para evitar um novo prolapso, é importante tomar as medidas já citadas, como perder peso, evitar pegar peso, parar de fumar e combater o intestino preso.

O ginecologista deverá avaliar o grau do prolapso uterino e indicar a forma de tratamento mais adequada.

Leia mais sobre o assunto em:

O que é prolapso uterino e como é o tratamento?

Metformina realmente emagrece?
Dr. Gabriel Soledade
Dr. Gabriel Soledade
Médico

Sim, a metformina pode levar à perda de até 7% do peso, principalmente no período inicial do seu uso.

Ela é um medicamento utilizado para controle da resistência à insulina, que é a principal alteração presente no diabetes tipo 2. É indicado, portanto, para os pacientes que precisam tratar essa doença.

Entretanto, devido ao fato de ele melhorar o efeito da insulina, que é o hormônio que regula o consumo dos açúcares no corpo, esse remédio acaba tendo o efeito secundário de reduzir a gordura corporal.

Porém, é fundamental esclarecer que a metformina não foi desenvolvida com o objetivo de auxiliar a perda de peso em pessoas não-diabéticas, e seus efeitos colaterais, principalmente a longo prazo, são desconhecidos nesses pacientes.

Para mais informações, deve-se consultar um médico clínico geral ou endocrinologista.

Leia também: Metformina é um bom tratamento para quem tem ovários policísticos?

Tomo metformina, em quanto tempo minha menstruação desce?
Dr. Charles Schwambach
Dr. Charles Schwambach
Médico

Pode-se ovular (mas é mais difícil) mesmo não tendo menstruação ou ela sendo irregular. Provavelmente essa sujeirinha não dá para considerar como sendo uma menstruação.

A metformina é um tratamento auxiliar na SOP (Síndrome dos Ovários Policísticos), não significa que a metformina vai fazer sua menstruação descer ou mesmo regular ela.

Leia também o artigo: Metformina é um bom tratamento para quem tem ovários policísticos?

Existe alguma forma de estimular a ovulação?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Sim, existem formas de estimular a ovulação com medicamentos orais ou injetáveis que melhoram a qualidade e a quantidade de óvulos, aumentando as chances de gravidez.

Os principais medicamentos utilizados para estimular a ovulação são:

  • Comprimidos:

    • Citrato de clomifeno, comercializado com os nomes Clomid, Serofene e Indux;
    • Letrosol, vendido com o nome comercial de Femara;
    • Corticoides (Meticorten) também podem ser usados no tratamento para induzir a ovulação;
  • Medicamentos injetáveis:
    • Gonadotrofina coriônica: São as injeções mais utilizadas. As gonadotrofinas são fabricadas com os hormônios provenientes da urina da mulher na menopausa ou fabricados pela engenharia genética;
    • Hormônios FSH e LH (Puregon, Gonal, Luveris, Menopur, Bravelle, Gonadopin.

O uso de estrogênio e progesterona visa apenas complementar hormônios e não induzir a ovulação.

O objetivo da estimulação da ovulação é fazer ovular as mulheres que não ovulam normalmente ou buscar a ovulação múltipla naquelas que já produzem normalmente 1 óvulo por ciclo.

As doses de medicamento variam de acordo com o objetivo do tratamento, a idade e os antecedentes clínicos da mulher.

O tratamento geralmente dura 10 dias, podendo variar entre 5 e 35 dias.

Existe alguma forma de estimular a ovulação naturalmente?

Embora não haja ainda comprovação científica, há indícios de que o consumo de inhame pode eventualmente estimular a ovulação de forma natural, influenciando a fertilidade das mulheres.

Isso porque o inhame possui um fito-hormônio chamado diosgenina, que estimula os ovários, além de ajudar a equilibrar os níveis hormonais das mulheres na menopausa.

O inhame pode ser consumido cru ou cozido, embora o seu efeito seja potencializado na forma de chá feito com a sua casca.

Para maiores esclarecimentos sobre os possíveis métodos de estimular a oculação, fale com o seu médico ginecologista.

O que é útero baixo?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Útero baixo pode ser o rebaixamento do útero para a vagina, numa condição conhecida como prolapso uterino.

O útero é um órgão que fica na parte inferior do abdômen, na região pélvica. Ele fica suspenso e apoiado por seus ligamentos e pelo fundo da vagina. Com o passar da idade e o declínio dos níveis hormonais após a menopausa, pode ocorrer uma flacidez dos ligamentos uterinos e o útero sem sustentação desce e fica dentro da vagina. Em casos mais graves, ele pode sair da vagina. Essa situação recebe o nome de prolapso uterino, também conhecido como útero baixo.

O prolapso uterino pode ser classificado de 4 formas, conforme o grau do prolapso:

  • 1º grau: quando o colo do útero desce em direção à vagina;
  • 2º grau: quando o colo do útero alcança a saída da vagina;
  • 3º grau: quando o colo do útero sai da vagina;
  • 4º grau: quando todo o útero fica fora da vagina.

O útero baixo normalmente está associado a outras condições, como bexiga caída e herniação de alças do intestino delgado ou intestino grosso em direção à vagina.

Dentre as causas mais comuns do prolapso uterino estão: partos normais múltiplos, enfraquecimento dos músculos pélvicos devido à idade, perda de força ou do tônus dos tecidos após a menopausa, diminuição dos níveis do hormônio estrógeno, tosse crônica, constipação intestinal, tumores pélvicos, excesso de peso e cirurgias na pelve.

Mulheres com útero baixo sentem sintomas como dor na região da coluna lombar baixa, sensação de que alguma coisa está saindo pela vagina, dor durante a relação sexual, dificuldade para urinar ou evacuar e também para caminhar.

O tratamento do prolapso uterino é feito através de exercícios, medicamentos, cirurgia e introdução de um dispositivo (pressário) para sustentar o útero.

Para prevenir o útero baixo, recomenda-se perder peso (quando necessário), combater a prisão de ventre, realizar exercícios específicos para fortalecer a musculatura pélvica e evitar levantar pesos.

O diagnóstico e tratamento do prolapso uterino pode ser feito pelo/a médico/a ginecologista.

Pode também lhe interessar o artigo: Existe algum tratamento para quem tem útero baixo?

Tenho um pequeno mioma, posso ter relação sexual?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Sim. Quem tem mioma pode ter relações sexuais normalmente.

Mioma é um aglomerado de células do útero que crescem a partir dos músculos desse órgão. O mioma fica no interior do útero e não causa repercussão na vida sexual da mulher.

Por isso, quem tem mioma pode ter relação sexual caso a mulher se sinta confortável e não sinta dor. Em caso de dor ou outro incômodo, a mulher não deve ter relação sexual e respeitar as sinalizações do seu próprio corpo.

O mioma é comum entre as mulheres e a maioria deles não provoca nenhum sintoma.

Caso você tenha mioma, realize o tratamento indicado pelo/a médico/a.

Um nódulo na mama: devo fazer outro ultrassom?
Dr. Charles Schwambach
Dr. Charles Schwambach
Médico

O ultrassom só vai mostrar o que realmente existe em sua mama, dificilmente um novo nódulo vai surgir em tão pouco tempo.

Catarata e glaucoma são a mesma coisa?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Não. Catarata e glaucoma são duas doenças diferentes. A catarata é uma opacidade do cristalino do olho que provoca cegueira parcial ou total. O glaucoma é uma doença dos olhos causada pelo aumento da pressão intraocular, que provoca lesões no nervo ótico e comprometimento do campo visual, podendo causar cegueira.

Catarata

A catarata é uma doença ocular que deixa o cristalino opaco. O cristalino é transparente e tem a função de focar as imagens. Porém, com a catarata, ele se torna opaco. Como consequência, há dificuldade de passagem da luz e a visão fica prejudicada.

Catarata

A maioria dos casos de catarata está relacionado com a idade. Trata-se de um processo degenerativo, mais comum em pessoas idosas. 

Porém, a catarata também pode surgir após cirurgias, traumatismos oculares e tratamento com radioterapia. O tabagismo, o consumo de bebidas alcoólicas e a exposição prolongada ao sol também são fatores de risco para o surgimento da doença.

Sintomas de catarata

O principal sintoma da catarata é a diminuição progressiva da visão, embora no início da doença o comprometimento visual pode não ser notado. Outros sintomas que podem estar presentes: presença de halos ao redor das luzes, redução da visão noturna, visão dupla e necessidade constante de mudar a graduação dos óculos.

Tratamento da catarata

A única forma de tratamento definitivo para a catarata é a cirurgia. No procedimento, retira-se a catarata e substitui-se por uma lente intraocular artificial.

Glaucoma

Existem diversos tipos de glaucoma, que pode ser agudo, crônico ou congênito (presente desde o nascimento).

Sintomas de glaucoma

O glaucoma agudo provoca um aumento extremo da pressão intraocular, levando a uma perda súbita e grave da visão. Além disso, a pessoa apresenta forte dor de cabeça, fotofobia, náuseas e dor nos olhos.

Glaucoma

No glaucoma crônico, a pessoa normalmente não apresenta nenhum sintoma no início da doença. Geralmente, o glaucoma é detectado nas consultas de rotina com oftalmologista para trocar os óculos. 

A perda da visão nesse tipo de glaucoma só ocorre nos casos mais avançados. A visão periférica é a primeira a ser afetada, evoluindo para um estreitamento do campo de visão. À medida que a doença evolui, toda a visão pode ser prejudicada.

Tratamento do glaucoma

O tratamento do glaucoma é feito com colírios e deve ser mantido até o fim da vida. O tratamento permite controlar a pressão intraocular e a evolução da doença. Nos casos em que o tratamento com colírios não é suficiente, a cirurgia é indicada.

Consulte o/a médico/a oftalmologista periodicamente para avaliação da sua saúde ocular e para a detecção de problemas como a catarata e glaucoma.

Fezes amareladas: o que pode ser?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Fezes amareladas podem ser sinal de que a gordura digerida da alimentação não foi devidamente absorvida pelo intestino ou indicar pouca quantidade de bile excretada com as fezes.

Doenças que atrapalham a absorção das gorduras ou problemas no fígado que provocam uma diminuição da excreção de bile, como hepatite A, podem deixar as fezes amareladas.

Dentre as doenças que podem causar deficiência na absorção das gorduras, estão a pancreatite (inflamação do pâncreas), a doença celíaca (intolerância ao glúten de origem genética) e a giardíase (parasitose intestinal causada pelo protozoário Giardia lamblia)

Nesses casos, as fezes costumam ser amarelas e boiam, podendo ainda apresentar gotas de gordura ao redor.

Se as fezes amareladas forem esporádicas e vierem acompanhadas de diarreia de curta duração, é provável que a causa seja uma intoxicação alimentar ou uma gastroenterite e a má absorção de gorduras é transitória.

A baixa concentração de bile nas fezes também pode deixá-las amarelas. Nesses casos, a origem pode ser problemas no fígado que afetam a excreção de bile, como ocorre na hepatite A, por exemplo.

Para um diagnóstico adequado da causa das fezes amareladas, consulte o/a médico/a clínico/a geral ou médico/a de família.

Conheça mais sobre esse tema nos artigos:

Fezes escuras, fezes claras, esverdeadas ou fezes com sangue, o que pode ser?

Quais as cores do cocô que indicam um problema grave?

Hérnia hiatal tem cura? Qual o tratamento?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Sim, a hérnia hiatal tem cura. O tratamento varia de acordo com os sintomas e tamanho da hérnia. Podem ser indicados:

  • Mudanças nos hábitos de vida,
  • Medicamentos e ou
  • Cirurgia corretiva.

Nos casos mais leves de hérnia hiatal, em que a pessoa apresenta poucos sintomas, podem ser prescritos apenas mudanças nos hábitos de vida e orientações alimentares. Nos casos de hérnias volumosas ou que não respondem ao tratamento inicial será preciso a cirurgia corretiva.

Mudanças no estilo de vida

Não é fácil mudar os hábitos de vida, mas essas mudanças devem ser encaradas como um plano de tratamento sério, simples e a principal alternativa para que não seja preciso passar por uma cirurgia.

Por isso siga todas as recomendações médicas, com cuidado e perseverança.

  1. Evitar alimentos gordurosos, condimentados e frituras.
  2. Evitar doces e pão branco. Bebidas alcoólicas, café, cítricos e bebidas com gás também devem ser evitados.
  3. Não fumar!
  4. A dieta deve contemplar alimentos como frutas, verduras, vegetais e fibras.
  5. Evitar líquidos durante as refeições.
  6. Evitar comer em excesso próximo da hora de dormir e fazer a última refeição pelo menos duas horas antes de se deitar.
  7. Realizar refeições menores, mais leves e mais vezes durante o dia.
  8. Praticar exercícios físicos, pelo menos 40 minutos, 5 vezes por semana.
  9. Perder peso é outra medida importante, procurando manter o índice de massa corporal (IMC) igual ou menor que 25.
  10. Para dormir, prefira travesseiro mais alto, e mantenha a cabeceira da cama elevada cerca de 30º.
Tratamento medicamentoso da hérnia hiatal

Os medicamentos usados para tratar a hérnia hiatal são indicados quando a pessoa não apresenta melhora dos sintomas apenas com as mudanças nos hábitos.

Nesses casos o uso de antiácidos ou inibidores da bomba de prótons, colaboram no tratamento, porque reduzem a acidez gástrica. O tempo mínimo de uso, para alcançar o efeito desejado, são oito semanas.

Cirurgia para hérnia hiatal

O tratamento cirúrgico pode ser feito por vídeo, através da videolaparoscopia. A cirurgia é indicada para casos de hérnias de hiato volumosas ou quando não respondem ao tratamento inicial, como mudanças dos hábitos e tratamento clínico medicamentoso.

A cirurgia pode ser uma opção para pacientes que por outras razões, entendem que não são capazes de manter, seja por ordem pessoal, econômica ou intolerância aos medicamentos.

Casos de esofagite grave, estenose de esôfago ou esôfago de Barrett, também podem necessitar de cirurgia. O esôfago de Barret se caracteriza pela transformação das células do esôfago, devido às constantes lesões e agressões na mucosa, por refluxos.

O que é hérnia de hiato?

A hérnia do hiato é a passagem de uma parte do estômago pelo músculo diafragma, levando à formação de uma protuberância na cavidade torácica. O diafragma separa o abdômen do tórax. Por ele passa o esôfago, antes de se ligar ao estômago, através de uma abertura chamada hiato diafragmático.

Assim, o estômago está localizado abaixo do diafragma, na cavidade abdominal, enquanto o esôfago está acima do diafragma, no tórax.

O posicionamento do tubo digestivo em relação ao diafragma pode variar um pouco, conforme a posição do corpo, a pressão no abdômen e a respiração.

A hérnia hiatal ocorre quando uma parte do estômago sobe, ultrapassando o orifício por onde passa o esôfago, em direção a caixa torácica.

Quais as causas da hérnia de hiato?

A hérnia de hiato pode ser um defeito presente desde o nascimento, com a característica de um diafragma mais fraco, podendo levar à formação de um orifício mais largo do que o habitual, que permite a passagem de parte do estômago por ele.

Decorrentes de traumatismos no tórax ou no abdômen. Outros são causados por esôfago mais curto que o normal, ou mesmo pelo aumento da pressão abdominal, como na obesidade ou na gestação, por exemplo.

O esforço para vomitar pode levar à formação temporária de uma hérnia de hiato, assim como tosse intensa, espirros prolongados, esforço para evacuar e levantamento de peso. Todas essas situações aumentam a pressão no interior do abdômen, que empurra o estômago para cima, para o tórax.

Portanto, existem as hérnias de hiato que estão presentes desde o nascimento (congênitas), ou causadas por situações que aumentam a pressão dentro do abdomen, sendo mais comum em adultos com mais de 60 anos de idade e obesos.

Quais são os sintomas da hérnia de hiato?

Na maioria dos casos de hérnia de hiato não existem sintomas, ou quando estão presentes, costumam ser inespecíficos, por isso pouco relevantes.

Isso acontece porque para que ocorra a regurgitação é necessário que haja também um defeito no funcionamento do músculo localizado no final do esôfago (o esfíncter esofagiano inferior) que desempenha a função de impedir o retorno desse conteúdo.

Contudo, quando a hérnia é grande ou existe uma deficiência nesse esfíncter, encontramos como sintomas mais comuns a azia, mau hálito, dor no peito, a regurgitação (passagem de conteúdo do estômago para a garganta). Se a hérnia for grande, pode dificultar inclusive a passagem dos alimentos, causando dificuldade em engolir (disfagia).

A dor no peito às vezes é tão intensa que se assemelha à dor de um infarto agudo do miocárdio.

O refluxo do material ácido do estômago para o esôfago pode lesionar a parede do órgão, já que a parede do esôfago não está preparada para aquela acidez.

No entanto, se houver estrangulamento da hérnia, ou seja, se parte do estômago ficar encarcerada ou comprimida pelo diafragma, pode haver uma diminuição da irrigação sanguínea e consequente necrose da parede do órgão, que causa dor abdominal intensa e incapacitante. Trata-se de uma complicação grave, que provoca dor intensa e necessita de intervenção cirúrgica com urgência, podendo levar ao óbito se não tratada a tempo.

Raramente acontece quadros de lesão com hemorragia na parede da hérnia.

Em caso de suspeita de hérnia de hiato, um/a médico/a clínico/a geral, médico/a de família ou um gastroenterologista deverá ser consultado para avaliação, diagnóstico e tratamento correto.

Leia também:

Hérnia de hiato pode causar boca amarga?

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Referência:

FBG - Federação Brasileira de Gastroenterologia.