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O que pode provocar taquicardia?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Taquicardia é o aumento dos batimentos cardíacos acima de 100 batimentos por minuto (bpm) em adultos e acima de 150 bpm em crianças. Várias situações e fatores podem provocar taquicardia, tais como:

  • Febre, exercício físico, anemia;
  • Ingestão de cafeína (presente em café, chá, refrigerantes);
  • Tabagismo, uso de outras drogas, especialmente cocaína;
  • Hipertireoidismo, uso de certos medicamentos, ansiedade, feocromocitoma;
  • Hipotensão, infarto, isquemia;
  • Insuficiência cardíaca, sepse, hipóxia, embolia pulmonar.

A taquicardia ocorre quando os sinais elétricos que controlam os batimentos cardíacos e atravessam o coração são produzidos ou transmitidos de forma inadequada. Há várias formas de taquicardia e a gravidade e o tratamento variam em cada caso.

Essa disfunção na transmissão dos impulsos elétricos pode ter origem em doenças cardíacas, defeitos congênitos dos sinais elétricos do coração ou ainda anemias. A taquicardia também pode ter causa desconhecida.

Dentre os fatores de risco para taquicardia estão a idade, a história de taquicardia na família e a presença de doenças cardíacas.

Quais são os sintomas de taquicardia?

Quando os batimentos cardíacos estão muito acelerados, o coração torna-se incapaz de bombear, de forma eficaz, o sangue para o resto do corpo, reduzindo a oxigenação dos tecidos.

Quando presentes, os sinais e sintomas da taquicardia são decorrentes dessa diminuição da quantidade de oxigênio que chega aos tecidos, podendo incluir falta de ar, tonturas, palpitações, dor no peito e desmaio.

A taquicardia pode surgir sem manifestar sintomas em alguns casos. Porém, esse aumento da frequência cardíaca pode mudar significativamente o funcionamento do coração, elevando os riscos de infarto, derrame cerebral, parada cardíaca e morte.

Qual é o tratamento para taquicardia?

O tratamento da taquicardia pode incluir o uso de medicamentos, cirurgia para remoção da porção elétrica defeituosa do coração e implantação de um pacemaker ou desfibrilador, que são aparelhos que identificam a frequência cardíaca e corrigem os batimentos cardíacos.

Uma vez que a taquicardia pode levar à formação de coágulos, faz ainda parte do tratamento a prevenção dos mesmos, por meio de medicamentos anticoagulantes.

Também é muito importante controlar e tratar a doença de base que está causando a taquicardia, como hipertireoidismo, anemia, doenças cardíacas, entre outras.

O que fazer em caso de taquicardia?

A taquicardia pode ser minimizada se a pessoa tossir, inclinar o corpo para a frente ou aplicar gelo no rosto. Se esses procedimentos não forem suficientes, pode ser necessário medicamento por via oral, ou administrar diretamente na veia.

Nos casos mais graves e sob risco de vida, os batimentos cardíacos podem ser normalizados por meio da aplicação de choque elétrico diretamente do tórax, um procedimento chamado cardioversão.

Os objetivos do tratamento da taquicardia são a diminuir a frequência cardíaca, prevenir novas crises e a reduzir as chances de complicações.

A taquicardia melhora com o tratamento adequado de cada situação. Pessoas com doenças cardíacas têm maior chance de apresentar taquicardia.

Para garantir a saúde do seu coração é importante manter uma alimentação saudável, evitar carnes e comidas gordurosas, praticar atividade física regularmente e manter o peso adequado para sua altura.

O diagnóstico e tratamento da taquicardia é da responsabilidade do médico cardiologista.

No intervalo do anticoncepcional não sangrei: ele pode ter perdido o efeito?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A taxa de falha do anticoncepcional oral hormonal é muito baixa para as mulheres que utilizam o método adequadamente e sem esquecer nenhuma pílula.

Geralmente, após os 21 comprimidos da cartela, a mulher apresenta um sangramento nos 7 dias de intervalo entre uma cartela e outra. Esse sangramento é devido à privação hormonal que ocorre no endométrio e esse, consequentemente, apresenta uma leve descamação e sangra. O sangramento é equivalente à menstruação e dura alguns dias.

Quando a mulher emenda as cartelas, sem dar um intervalo entre elas, esse sangramento não ocorre e isso é normal.

Porém, quando é feito esse intervalo entre duas cartelas, o sangramento deve ser esperado.

É importante lembrar outra situação frequente em quem usa anticoncepcional oral: o sangramento de escape.

Se você utiliza o anticoncepcional regularmente e sem falhas, pode continuar o uso habitual mesmo não havendo o sangramento no intervalo entre as cartelas.

Se houve alguma falha nesse período, convém esperar uma semana e, caso não ocorra a menstruação é recomendável realizar teste de gravidez.

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Anticoncepcional pode perder o efeito com o tempo?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Não. Anticoncepcional não perde o efeito com o tempo.

O uso prolongado dos anticoncepcionais não diminui sua eficácia. A mulher pode passar meses ou anos usando o mesmo tipo de anticoncepcional (pílula, injetável, anel vaginal, DIU, implante subcutâneo, adesivos), bem como da mesma marca e ele continuará seu efeito de evitar gravidez.

A ressalva é feita no caso do DIU. O DIU de cobre deve ser trocado após 10 anos de uso e o DIU hormonal (Mirena®) deve ser trocado após 5 anos de uso. Quando se passa desse prazo, o DIU pode perder seu efeito contraceptivo.

Em caso de dúvidas, converse com o/a médico/a ginecologista, clínico/a geral ou médico/a de família sobre o seu atual método anticoncepcional e o tempo em que está em uso.

Furúnculo é contagioso?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Sim, embora não seja fácil, porque a secreção infectada costuma estar abaixo da pele, e não exposta, o furúnculo pode contaminar, se houver contato direto com a secreção purulenta.

É comum a bactéria se instalar nas fossas nasais da pessoa, por ser um ambiente quente e úmido.

Furúnculo é uma infecção que ocorre no interior do folículo piloso e se estende pelo tecido subcutâneo e na pele ao redor do folículo. Essa infecção provoca um pequeno abscesso arredondado e repleto de pus.

Essa infecção fica restrita a quem está com o furúnculo, por isso, dificilmente transmite para outras pessoas.

A pessoa com furúnculo deve manter os hábitos de higiene, como lavar as mãos com água e sabão, para evitar a expansão da infecção. Ela pode continuar o contato com outras pessoas ao redor e não precisa de nenhum isolamento.

Vale ressaltar que não é aconselhável espremer o furúnculo nem furar com materiais inapropriados, pois isso pode agravar e espalhar a infecção para a própria pessoa.

Leia também: O que é um furúnculo e como se forma?

O que é um furúnculo e como se forma?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Furúnculo é uma inflamação que ocorre no interior do folículo piloso, local onde nasce o pelo, e se estende pelo tecido subcutâneo e na pele ao redor do folículo (pelo). Essa inflamação forma uma coleção de pus, chamada abscesso.

O furúnculo se forma quando uma bactéria penetra no folículo piloso e se prolifera, dando origem a celulas mortas (pus), que se caracterizam por pequena bolsa de aspecto amarelado, a secreção purulenta, ainda, região avermelhada, quente, dolorosa e com o centro amarelado (pus).

Furúnculo Quais as causas do furúnculo?

Os furúnculos geralmente são causados por uma bactéria que está naturalmente presente na superfície da pele, chamada Staphylococcus aureus.

Conforme o estado de saúde geral da pessoa, do ambiente ou outros fatores, as bactérias podem penetrar no folículo piloso e causar uma infecção, gerando o furúnculo.

Dentre os fatores que aumentam as chances de furúnculos estão calor, umidade, diabetes, excesso de peso, alergias, asma, bronquite, rinite, desnutrição, má higiene, roupas justas, pele oleosa, baixa imunidade e predisposição genética.

Furúnculo é contagioso?

O furúnculo é contagioso. A transmissão da bactéria ocorre principalmente pelo contato direto com a secreção purulenta. É comum a bactéria se instalar nas fossas nasais da pessoa, por ser um ambiente quente e úmido.

Para evitar a contaminação, recomenda-se que as pessoas que vivem na mesma casa do doente apliquem no nariz cremes de antibióticos, além de adotarem medidas de prevenção.

Como prevenir furúnculos?

Essas medidas servem para auxiliar a prevenção de furúnculos e também ajudam na recuperação após a instalação da infecção:

  • Lavar as mãos várias vezes ao dia;
  • Evitar usar roupas muito justas, pois além do atrito que causam na pele, dificultam a evaporação do suor, aumentando a umidade;
  • Mudar as roupas de cama semanalmente;
  • Mudar as toalhas de banho frequentemente;
  • Tomar banho regularmente;
  • Não coçar, furar ou espremer o furúnculo para não espalhar a infecção e piorar o quadro.
O que fazer em caso de furúnculo?

Geralmente, o furúnculo se resolve naturalmente e a pessoa não precisa procurar o serviço de saúde. Porém, se o furúnculo não diminuir, a dor aumentar ou houver febre, convém procurar alguma unidade de saúde para avaliação.

Em casa, a pessoa pode aplicar compressas de água quente no furúnculo, 3 vezes ao dia. O calor ajuda a drenar a ferida naturalmente. Nunca esprema o furúnculo.

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Referência:

Salomão, Reinaldo Infectologia: Bases clínicas e tratamento / Reinaldo Salomão - 1. ed. - Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017.

Qual o tratamento para um furúnculo?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Para tratar furúnculo, recomenda-se aplicar compressas mornas sobre a região para ajudar a drenar a secreção e melhorar a dor local. Esse tratamento pode ser feito pela própria pessoa, em casa.

Nos casos em que as compressas não são suficientes e o furúnculo não apresenta melhoras, pode haver necessidade de usar antibiótico e fazer uma drenagem da secreção.

Com a drenagem da secreção, o pus é retirado e a dor reduz bastante. A drenagem deve ser indicada pelo/a médico e realizada na unidade de saúde.

Furúnculo

É importante lembrar que não se deve espremer o furúnculo nem furá-lo com materiais inapropriados, pois isso pode agravar e espalhar a infecção.

O uso do antibiótico deverá ser feito com indicação médica e o tratamento deve ser mantido até o fim, mesmo com melhora dos sintomas. Um antibiótico muito usado para tratar furúnculo é a cefalexina.

Lembrando que não é recomendado usar aleatoriamente medicação sem receita médica e por um tempo inferior ao indicado na prescrição.

O que é furúnculo?

O furúnculo é uma infecção do folículo piloso (pelo e glândula sebácea), causada por bactérias. A lesão é semelhante a uma espinha com pus e normalmente começa a partir de uma pequena infecção bacteriana superficial. Depois, a infecção torna-se mais profunda, formando um abscesso com pus.

As bactérias causadoras do furúnculo habitam naturalmente a superfície da pele. Quando, por alguma razão, essas bactérias penetram no corpo por alguma lesão, pode ocorrer uma foliculite superficial que pode resultar num furúnculo.

Como identificar um furúnculo?

O furúnculo é parecido com uma espinha. Surge na pele na forma de um abscesso avermelhado com pus no centro.Depois, o abscesso fica mais flácido e o pus começa a sair. Ao toque, verifica-se dor e aumento da temperatura local.

Em caso de dúvidas é importante procurar uma unidade de saúde para avaliação e orientação do tratamento apropriado.

Doença celíaca e intolerância ao glúten é a mesma coisa?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Não. Doença celíaca e intolerância ao glúten são situações diferentes.

A doença celíaca é uma inflamação na mucosa do intestino decorrente da exposição a alimentos contendo glúten. Os sintomas mais frequentes são: diarreia, perda de peso, distensão abdominal e gases.

A intolerância ao glúten é uma dificuldade na digestão do glúten, apresenta características semelhantes à doença celíaca, porém os testes sorológicos são negativos e a biópsia intestinal é normal. Por isso, a intolerância ao glúten é conhecida como sensibilidade ao glúten não celíaca.

Caso você apresente algum sintoma desses, procure o cínico geral ou médico de família para uma avaliação inicial.

Veja também: Quais são os sintomas da doença celíaca?

Um bebê formado nas trompas ou no ovário pode sobreviver?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

O embrião que se fixa fora da cavidade uterina não é viável e, geralmente, não sobrevive.

A maioria das gestações ectópicas ocorre na tuba uterina e representa uma situação de risco materno com possibilidade de ruptura da tuba uterina e hemorragia interna grave.

A gravidez ectópica normalmente é diagnosticada no início da gestação e, pelo fato do embrião se fixar em uma região que não proverá os nutrientes necessários para o desenvolvimento apropriado, ele poderá ter diversas deformidades que são inviáveis à vida.

O tratamento adequado da gravidez ectópica reduz essas possíveis complicações e é capaz de salvar a vida das mulheres em risco.

Monócitos baixos, o que pode ser?
Dr. Marcelo Scarpari Dutra Rodrigues
Dr. Marcelo Scarpari Dutra Rodrigues
Médico

Os monócitos baixos, uma condição também conhecida como monocitopenia, podem ser causados por, entre diversas outras razões: Estresse, terapia com imunosupressores, leucemia aguda, uso de corticóides, anemia aplástica.

O valor de referência (normalidade) para os monócitos é de 200 a 1000 por milímetro cúbico de sangue, que corresponde a 2 a 10% do total de leucócitos (4000 a 10000/mm3). Em caso de monocitopenia, um médico deve ser consultado para avaliação e tratamento adequado, se necessário.

Uma gravidez ectópica pode ser detectada através do Beta HCG?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Sim. O beta HCG pode ser detectado tanto na urina quanto no sangue na presença de qualquer tipo de gravidez inclusive na gravidez ectópica.

A diferença é que na gravidez ectópica o aumento da concentração de HCG no sangue ocorre de maneira mais lenta e, em geral, o resultado quantitativo apresenta valores diferentes daqueles observados em uma gravidez uterina normal.

O diagnóstico de uma gravidez ectópica é feito tendo em consideração os resultados dos exames quantitativos de beta-HCG, a ultrassonografia transvaginal e os sintomas clínicos da paciente.

A partir desse compilado o/a médico/a ginecologista poderá diagnosticar a gravidez ectópica e prosseguir com o tratamento recomendado.

Leia também:

Falta de vitamina D na gravidez: o que pode causar e o que fazer?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A falta de vitamina D na gravidez pode prejudicar o desenvolvimento dos ossos do feto, sobretudo se a carência da vitamina ocorrer no 3º trimestre de gestação, podendo provocar ainda abortos e pré-eclâmpsia.

Além disso, sabe-se que filhos de gestantes com deficiência de vitamina D apresentam mais chances de desenvolver esclerose múltipla.

A falta de vitamina D durante a gestação pode ainda levar ao desenvolvimento diabetes gestacional, vaginose bacteriana, baixo peso ao nascimento, além de aumentar o risco de doenças cardiovasculares e diminuir a massa óssea da criança durante a infância.

A vitamina D atravessa a placenta e ajuda na construção da estrutura óssea do feto. Consequentemente, o estoque materno da vitamina D pode ficar reduzido.  

Por isso, a gestante deve ingerir uma quantidade adequada diária de vitamina D para propiciar uma boa saúde nos ossos do feto e evitar a deficiência nos seus próprios ossos.

Prevenção

Para evitar que as reservas de vitamina D fiquem baixas nessa fase, recomenda-se que as grávidas tenham uma ingestão diária de vitamina D de 600 a 800 UI, associada à exposição solar moderada.

Se a dieta da mulher não contemplar produtos derivados do leite, peixe, ovos ou alimentos acrescidos de vitamina D, pode se considerar uma suplementação.

As consultas frequentes do pré-natal são muito importantes para acompanhar o desenvolvimento do feto e o bem estar da gestante.

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Quem tem vitiligo pode fazer tatuagem?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Não é recomendável a realização de tatuagem em pessoas com vitiligo.

A pele da pessoa com vitiligo é sensível e pode reagir de forma diferente. A escoriação que a tatuagem promove na pele pode ocasionar o fenômeno de Koebner. Esse fenômeno é uma reação que a pele faz quando é traumatizada, escoriada ou mesmo quando é bronzeada excessivamente. E ao provocar esse fenômeno a área despigmentada pode aumentar, agravando quadro da doença.

A pessoa com vitiligo deve usar sempre protetor solar e usar com moderação os objetos que podem danificar a pele como colares, pulseiras, etc.

A escolha do que fazer com o próprio corpo é uma decisão pessoal baseada nos desejos e na conscientização das informações sobre possíveis consequências.