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Que doenças impedem a amamentação?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

As doenças que impedem a amamentação são: 

  • Mãe portadora do vírus HIV;
  • Mãe infectada pelo HTLV1 e HTLV2 (vírus da família do HIV);
  • Bebê portador de galactosemia (doença que impede a criança digerir a lactose).

Já a interrupção temporária da amamentação é indicada quando a mãe apresenta as seguintes doenças:

  • Herpes ativa na mama: quando há vesículas na pele da mama, a amamentação deve ser mantida na mama sadia;
  • Varicela: se a mãe apresentar vesículas na pele 5 dias antes do parto ou até 2 dias depois do parto, recomenda-se o isolamento da mãe-bebê até que as lesões adquiram a forma de crosta. Nesse período a mãe pode ordenhar o seu leite e alguém oferecer ao recém nascido;
  • Doença de Chagas: na fase aguda da doença ou quando há sangramento no mamilo;
  • Abscesso mamário: interromper na mama com abscesso até que o abscesso tenha sido drenado e iniciado o tratamento com antibióticos. Continuar a amamentação na mama sadia.

A amamentação exclusiva até os 6 meses é fundamental para o desenvolvimento do bebê.

O médico de família, pediatra ou infectologista é quem deverá indicar a interrupção ou não da amamentação.

Saiba mais em: Mastite na amamentação é perigoso?

O que é colite e quais os seus sintomas?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A colite ulcerativa é uma doença inflamatória autoimune que acomete o intestino grosso. É autoimune porque o sistema imunológico do próprio indivíduo, por razões ainda desconhecidas, ataca os tecidos dessa região intestinal, provocando úlceras (lesões).

Essa resposta anormal do sistema imunológico pode ser desencadeada por vírus ou bactérias, mesmo que os micro-organismos já não estejam presentes.

Contudo, acredita-se que existem fatores hereditários que podem favorecer o desenvolvimento da colite ulcerativa, além de fatores de risco, como idade inferior a 30 anos e história de colite ulcerativa na família.

A colite ulcerativa pode afetar pessoas de qualquer idade, homens e mulheres. Porém, os sintomas tendem a aparecer entre os 15 e os 40 anos de idade e entre os 50 e os 80 anos. Pessoas que têm algum parente de 1º grau com doença inflamatória do intestino têm mais chances de desenvolver colite.

Quais são os sintomas da colite?

Os sinais e sintomas da colite incluem diarreia com presença de muco ou sangue nas fezes, cólica, urgência para evacuar, dor causada pela contração do esfíncter anal e desconforto abdominal.O estresse normalmente piora os sintomas.

Nos casos mais graves, podem surgir complicações como hemorragia, cansaço, febre, infecção intestinal, feridas na cavidade oral, perfuração do intestino, osteoporose, pedras nos rins, doenças da pele e das articulações, dilatação do intestino provocada por infecção (megacólon tóxico), perda de peso e até desnutrição.

A colite afeta a mucosa que recobre a porção interna do intestino grosso, que inflama e desenvolve pequenas feridas que podem sangrar. A inflamação do intestino também produz uma quantidade excessiva de secreção, que pode vir acompanhada de pus e sangue.

O tamanho da porção do intestino grosso afetada pela colite ulcerativa pode variar de poucos centímetros à totalidade do intestino, estando o reto (porção final do intestino) envolvido na maioria dos casos.

Os sintomas da colite ulcerativa podem variar conforme a gravidade da doença e com o tamanho da porção do intestino afetada. Os sinais e sintomas também apresentam uma variação na sua manifestação, alternando períodos ativos com outros assintomáticos.

Colite pode evoluir para câncer?

O processo inflamatório que acompanha a colite, associado ao tempo de duração e à extensão da enfermidade, pode resultar em câncer intestinal.

O risco de câncer de intestino é maior nos casos em que todo o intestino grosso é afetado e a doença já se instalou há mais de 10 anos.

Para prevenir a evolução para câncer intestinal, é muito importante avaliar frequentemente o intestino através do exame de colonoscopia, que também é utilizado para diagnosticar a colite ulcerativa.

Qual é o tratamento para colite?

O tratamento da colite é feito com restrições dietéticas e medicamentos para tratar ou prevenir as inflamações intestinais. A colite ulcerativa não tem cura. O tratamento tem como objetivo aliviar os sintomas e aumentar o tempo de intervalo entre as crises.

O tratamento da colite depende da gravidade e da extensão da doença, da quantidade e da gravidade das crises, bem como da resposta aos tratamentos que já foram realizados.

Nos casos agudos graves ou com crises muito frequentes, em que há lesões no intestino com grandes chances de evoluir para câncer, pode ser necessário realizar uma cirurgia. Algumas pessoas podem precisar ficar internadas para que as crises mais graves possam ser controladas adequadamente.

Vale lembrar que a alimentação das pessoas com colite ulcerativa é normal, sem restrições. A exceção é para os períodos de diarreia, em que se devem evitar as fibras e a lactose (açúcar presente no leite e seus derivados).

Os medicamentos mais usados para tratar a colite são os aminossalicilatos, que atuam no controle da inflamação, os corticoides, os imunomoduladores, entre outras medicações para alívio das dores e da diarreia ou para tratar outras infecções.

O/a gastroenterologista é o/a médico/a responsável pelo diagnóstico e tratamento da colite ulcerativa.

Colite tem cura? Qual o tratamento?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Colite não tem cura, mas com o tratamento adequado é possível mantê-la sob controle, garantindo qualidade de vida às/aos pacientes.

Em geral, as restrições alimentares são necessárias somente nos episódios mais agudos de diarreia. Os medicamentos devem ser administrados durante toda a vida para tratar, prevenir ou inibir as inflamações no intestino.

Nos casos menos graves, o tratamento da colite ulcerativa pode ser feito com apenas um tipo de medicamento à base de sulfa e derivados. Durante as crises são administrados corticoides, que não devem ser usados por muito tempo por causa dos efeitos colaterais.

Medicamentos imunossupressores e as novas drogas biológicas, como o infliximabe, que impede o processo inflamatório, completam o arsenal utilizado no tratamento da colite ulcerativa.

Uma vez controlada a doença, o tratamento não deve ser abandonado. A colite exige um acompanhamento permanente e o uso constante de anti-inflamatórios, pois mesmo sem apresentar sintomas, pode haver inflamações microscópicas ativas.

Leia mais em:

O que é colite e quais os seus sintomas?

O diagnóstico e o tratamento da colite podem ser feitos pelo/a médico/a gastroenterologista.

Que cuidados com a alimentação deve ter uma pessoa diabética?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Uma pessoa diabética deve ter os seguintes cuidados com a alimentação:

  • Beber pelo menos 1 litro e meio a 2l de água por dia;
  • Manter sempre uma dieta equilibrada!
  • Uma boa dica é temperar bem a comida com temperos naturais, evitando o sal;
  • Evite sobremesa, dê preferência às frutas, principalmente melancia, laranja e abacaxi;
  • Fazer 5 a 6 refeições/lanches por dia, ingerindo uma quantidade de energia que seja adequada ao seu gasto energético (nutricionista poderá orientar com mais detalhes);
  • A alimentação diária deve conter todos os alimentos, inclusive carboidratos (arroz, pão, batata, cereais, massa), dando preferência a forma complexa e na versão integral, evitar a farinha branca;
  • Os diabéticos devem consumir alimentos ricos em fibras, como frutas, verduras, legumes, feijões e cereais integrais;
  • As quantidades de cada alimento deverá ser definido pelo nutricionista, de acordo com as características e hábitos de vida de cada um;
  • Evitar alimentos com sacarose (açúcar comum) para prevenir grandes variações da glicemia;
  • Evitar alimentos constipantes, como a banana prata ou maçã, jabuticaba, maçã ou pêra sem casca, água de coco verde;
  • Evitar bebidas alcoólicas, se beber que seja moderadamente e de preferência junto com as refeições.
  • Consumir adoçantes não-calóricos (ciclamato, sucralose, sacarina, aspartame e stévia) em quantidades adequadas.

Leia também: 5 alimentos que ajudam a controlar a diabetes

Os alimentos dietéticos podem ser recomendados, mas é preciso ficar atento em relação ao seu conteúdo calórico e seus nutrientes.

Alimentos diet são livres de açúcar, mas podem ter alto valor calórico devido ao seu teor de gorduras ou outros componentes. Já os alimentos light possuem poucas calorias quando comparados com os alimentos convencionais.

Os refrigerantes e as gelatinas diet têm quase zero calorias portanto podem ser consumidos. Por outro lado, chocolate, sorvete e alimentos com glúten, mesmo se forem diet, são calóricos e devem ser evitados pelos diabéticos.

Adoçantes calóricos, como o mel, devem ser usados com restrição, respeitando os limites indicados na orientação dietética.

O/A nutricionista é o/a profissional indicado/a para prescrever uma alimentação adequada para uma pessoa diabética.

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Fezes brancas: o que pode ser?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Fezes brancas, esbranquiçadas ou claras podem ser sinal de problemas no fígado ou nas vias biliares.

Esses problemas podem ser diversos, incluindo: hepatites, cistos hepáticos, cálculo na vesícula, tumores na vesícula biliar ou uso de medicamentos.

Algumas doenças causam problemas na bile, que é o sistema de drenagem da vesícula, pâncreas e fígado, deixando as fezes mais claras ou com vestígios de cor branca.

A bile contém uma substância amarelada chamada bilirrubina, que permanece no plasma sanguíneo até ser eliminada na urina. Problemas no sistema biliar provocam ausência de bilirrubina nas fezes, tornando as fezes mais claras ou até mesmo brancas em alguns casos.

No caso das hepatites e da cirrose, além das fezes esbranquiçadas, a pessoa também apresenta icterícia (pele e olhos amarelados) e a doença pode já estar num estágio mais avançado.

A coloração normal das fezes é castanho-escura. Qualquer alteração na sua cor pode ser sinal de que algo não está bem e a pessoa deve procurar o/a médico/a clínico/a geral ou médico/a de família.

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Qual o tratamento para triglicerídeos altos?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

O tratamento para triglicerídeos altos consiste principalmente de mudanças no estilo de vida, como mudanças na dieta, prática de exercícios físicos e perda de peso. Tais medidas incluem:

  • Atingir e se manter no seu peso adequado;
  • Ingerir alimentos com baixo teor de gordura saturada, trans e colesterol;
  • Aumentar o consumo de fibras alimentares pode reduzir em até 20% os níveis de triglicerídeos;
  • Praticar pelo menos 30 minutos de atividade física por dia;
  • Não fumar;
  • Restringir o consumo de bebidas alcoólicas;
  • Reduzir a ingestão de carboidratos, principalmente açúcar branco e doces. 

Muitas pessoas com triglicerídeos elevados têm doenças de base ou desordens genéticas, como diabetes e obesidade, o que torna fundamental manter essas doenças/desordens sob controle.

Se as mudanças no estilo de vida não forem suficientes para baixar os triglicerídeos elevados, o médico poderá prescrever medicamentos como o gemfibrozil, que atua sobre os triglicerídeos e ao mesmo tempo também aumenta os níveis de colesterol HDL, o chamado “colesterol bom”.

O tratamento para triglicerídeos altos pode ser prescrito pelo/a clínico/a geral, médico/a de família, endocrinologista ou cardiologista.

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4 coisas que precisa saber sobre a Vasectomia
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

A vasectomia é uma cirurgia realizada para deixar o homem estéril, através da interrupção do canal que leva os espermatozoides do testículo para o pênis. Trata-se de um procedimento muito simples, realizado com anestesia local e com tempo de duração de aproximadamente 20 minutos.

Após um tempo, as células que produzem os espermatozoides entram em hibernação e eles deixam de ser produzidos. Os espermatozoides acumulados são absorvidos e a produção só será retomada se houver reversão da vasectomia, dependendo também do tempo que as células ficaram latentes.

A vasectomia é indicada para homens acima de 25 anos ou que tenham pelo menos 2 filhos vivos, ou ainda nos casos em que a gravidez poderá gerar risco de vida para mulher.

1. De que forma é feita a cirurgia de vasectomia?

Primeiramente é realizada uma anestesia na região atrás do escroto, onde será feito um pequeno corte na pele.

O médico então irá localizar o ducto deferente, que são pequenos canais por onde percorrem os espermatozoides, e cortá-los. Assim impede o percurso dos espermatozoides pelo canal da urina (uretra).

Por fim, a pele é fechada com um ponto e é feito um curativo.

O procedimento é rápido e indolor. O paciente é liberado para voltar para casa logo a seguir ao procedimento.

2. Vasectomia é reversível?

A vasectomia pode ser reversível, mas o sucesso da cirurgia de reversão depende de cada caso e pode variar muito. Por exemplo, as chances de sucesso com a reversão num homem que fez vasectomia há mais de 5 anos são bem menores do que se ele tivesse feito a cirurgia há 2 anos.

Um outro ponto que é importante destacar é que a cirurgia de reversão é muito mais delicada que a vasectomia. O melhor é pensar na vasectomia como um método anticoncepcional irreversível, que deve ser usado se o homem estiver psicologicamente preparado para isso.

3. Pode falhar ou há risco de engravidar após a vasectomia?

Sim, pois podem estar espermatozoides vivos nas porções do canal que permaneceram intactas após a vasectomia. Enquanto esses espermatozoides não forem eliminados por ejaculação, existe o risco da mulher engravidar.

Para garantir que não há risco de gravidez, deve-se fazer um exame de espermograma para confirmar a presença de espermatozoides na ejaculação. Se o exame não detectar espermatozoides, a parceira já não irá engravidar.

4. Como é o pós-operatório da vasectomia?

Após a vasectomia, pode haver dor, desconforto e sensação de peso nos testículos, além de desconforto na região das virilhas. A recomendação é de repouso por 2 dias.

Em casa, é indicada a aplicação de gelo ou compressa fria no local durante 20 minutos, a cada 2 horas, para aliviar a dor e o inchaço.

Em caso de inchaço e formação de hematoma no saco escrotal, febre e calafrios, o médico deve ser informado.

Lembrando que para não haver risco de gravidez, é necessário que os canais não tenham espermatozoides vivos no seu interior. Para isso, é necessário aguardar 2 meses ou ter cerca de 20 ejaculações.

A confirmação de que o homem está definitivamente estéril é feita através do exame de espermograma.

A recuperação da vasectomia costuma evoluir sem complicações.

É válido ressaltar que a vasectomia não causa impotência ou outras disfunções sexuais.

O urologista é o médico que realiza a cirurgia de vasectomia e que pode esclarecer as dúvidas quanto ao procedimento.

Quais são os malefícios do álcool?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Os malefícios do álcool para o organismo podem ir desde distúrbios de conduta a doenças de diversos órgãos, podendo levar ao coma e à morte.

Podemos citar como principais doenças causadas pelo consumo de bebidas alcoólicas em excesso ou com regularidade, as listadas abaixo: 

  • Úlcera, Gastrite, Esofagite - inflamação e úlceras no trato gastrointestinal alto;
  • Pancreatite - processo inflamatório grave do pâncreas;
  • Hepatite - processo inflamatório do fígado;
  • Cirrose hepática - doença crônica do fígado que provoca uma cicatrização do mesmo, impedindo o seu funcionamento adequado;
  • Esteatose hepática (conhecido por fígado gordo);
  • Câncer de boca, laringe, garganta, esôfago, fígado e vesícula;
  • Perda da memória e dificuldade de concentração;
  • Problemas cardíacos;
  • Apatia, depressão, distúrbios de humor;
  • Morte.

Além disso, o álcool está associado a casos de violência, desordens familiares, sociais e profissionais, acidentes de trabalho e de trânsito.

Sabe-se que o consumo de 10 a 20 g de álcool por dia pode ser benéfico para o coração, desde que a quantidade ingerida fique dentro desses limites. Para se ter uma ideia:

  • 1 lata (350 ml) de cerveja = 13 g de álcool;
  • 1 dose (50 ml) de bebida destilada = 14 g de álcool;
  • 1 taça de vinho (120 ml) = 11 g de álcool.

Portanto, o limite teoricamente tolerável de álcool seria de aproximadamente uma dose e meia por dia. Porém, esses limites não levam em consideração as particularidades individuais da pessoa e o que é tolerável para alguns pode ser demais para outros. 

Malefícios do Álcool na Gravidez

O consumo de álcool durante a gestação é a maior causa de alterações no desenvolvimento fetal e defeitos ao nascimento. 

O álcool ingerido pela gestante atravessa a barreira placentária e chega ao feto com as mesmas concentrações da bebida. 

Porém, a exposição do feto ao álcool é maior e mais prejudicial por não possuir enzimas e mecanismos capazes de degradar a substância.

Veja também: Alcoolismo: Como identificar e tratar?

Como é feito o diagnóstico do diabetes?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O diagnóstico do pré-diabetes e do diabetes pode ser feito através dos seguintes exames:

  • Exame de glicemia em jejum (pré-diabetes ou diabetes): É o mais utilizado para diagnosticar o diabetes. Nele, a glicose no sangue é medida após um período de jejum de pelo menos 8 horas;
  • Teste oral de tolerância à glicose (pré-diabetes ou diabetes): Mede-se a glicose sanguínea após 8 horas de jejum e também 2 horas após a ingestão de um líquido com glicose;
  • Teste aleatório de glicose plasmática (diabetes): Este teste analisa a glicose sem considerar a última refeição e o seu resultado é avaliado juntamente com os sintomas do paciente;
  • Hemoglobina Glicada (HbA1c): Reflete o histórico da glicemia nos últimos 120 dias e os valores mantêm-se estáveis depois da coleta.
Valores de Referência para Diagnosticar o Diabetes Exame de Glicemia em Jejum
  • Glicemia entre 100 mg/dl e 125 mg/dl: Pré-diabetes (propensão para desenvolver diabetes tipo 2);
  • Glicemia igual ou superior a 126 mg/dl: Diabetes. O diagnóstico é confirmado após repetição do exame em um outro dia.

Veja também: Quais são os sintomas do pré-diabetes?

Teste Oral de Tolerância à Glicose:
  • Glicemia entre 140 mg/dl e 199 mg/dl: Pré-diabetes;
  • Glicemia igual ou superior a 200 mg/dl: Diabetes. O diagnóstico é confirmado após repetição do exame num outro dia.
Teste Aleatório de Glicose Plasmática (Exame de Glicose Random)

Pode haver diagnóstico de diabetes se a glicemia for igual ou superior a 200 mg/dl e estiver associada a algum dos seguintes sintomas:

  • Aumento do volume de urina;
  • Sede excessiva;
  • Fome excessiva;
  • Emagrecimento sem motivo aparente;
  • Cansaço;
  • Visão turva;
  • Feridas que demoram para cicatrizar.

O diagnóstico é confirmado após a realização de um exame de glicemia em jejum ou exame oral de tolerância à glicose, em outro dia.

Hemoglobina Glicada
  • HbA1c superior a 6,5% (com confirmação posterior) = Diabetes, sendo que a confirmação se torna desnecessária se houver sintomas ou o paciente apresentar glicemia superior a 200 mg/dl;
  • HbA1c entre 5,7 e 6,4 %: Risco elevado de desenvolver diabetes.

O diagnóstico do diabetes deve ser feito pelo/a médico/a endocrinologista.

Quais os sintomas da menopausa?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Os principais sintomas que antecedem a menopausa incluem ondas de calor, suores noturnos, distúrbios do sono, ciclos menstruais irregulares (mais curtos ou mais longos), secura vaginal, alterações de humor (irritação, tristeza), desinteresse, dificuldade de concentração e depressão.

Esses sintomas, que a maioria das mulheres sentem, anunciam a chegada da menopausa e estão relacionados com o desequilíbrio na produção dos hormônios estrogênio e progesterona pelos ovários. Esses sintomas terminam 2 ou 3 anos após a última menstruação, em torno dos 53 ou 54 anos.

O primeiro sinal da aproximação da menopausa é a alteração dos períodos menstruais, que podem ocorrer com mais ou menos frequência. Os ciclos geralmente ficam irregulares durante 1 a 3 anos antes da menstruação parar de vir completamente.

Após a menopausa, os sintomas estão mais associados aos baixos níveis de estrogênio e podem ser:

  • Atrofia e perda da lubrificação vaginal;
  • Dor na relação sexual;
  • Esquecimento;
  • Dor de cabeça;
  • Diminuição da libido;
  • Atrofia da uretra, que pode levar à incontinência urinária;
  • Diminuição da elasticidade da pele;
  • Maior risco de osteoporose e doenças cardiovasculares;
  • Aumento da cintura e dos braços;
  • Queda e quebra de cabelo;
  • Infecções vaginais;
  • Alterações nos níveis de colesterol;
  • Dores nas articulações;
  • Batimento cardíaco irregular.
Quando surgem os primeiros sintomas da menopausa?

Os primeiros sintomas da menopausa começam a aparecer por volta dos 45 anos de idade, uma vez que a última menstruação da mulher (menopausa) ocorre, em média, aos 50 anos.

Com a aproximação e a chegada da última menstruação, o corpo começa a produzir menos hormônios femininos estrógeno e progesterona. Os níveis mais baixos desses hormônios são as causas dos sintomas da menopausa.

Os sintomas da menopausa variam de mulher para mulher e podem durar 5 anos ou mais. Quando a menopausa ocorre devido à retirada dos ovários, os sintomas tendem a ser mais intensos e começam subitamente.

O que é menopausa?

A menopausa é a última menstruação da vida da mulher. Considera-se que a mulher chegou à menopausa quando fica 1 ano sem menstruar. A partir de então, ela entra na pós-menopausa. Na maioria das vezes, ocorre entre os 45 e os 55 anos de idade. Após a menopausa, a mulher não pode mais engravidar, uma vez que os ovários deixam de liberar óvulos.

À medida que a menopausa se aproxima, os períodos menstruais ocorrem com menos frequência e eventualmente param. Às vezes, isso acontece de repente. Contudo, na maioria dos casos, a menstruação vai parando lentamente ao longo do tempo.

Apesar de ser um processo fisiológico normal, a menstruação também pode ser antecipada em algumas situações, como após a retirada dos ovários durante a idade reprodutiva, quimioterapia ou terapia hormonal para câncer de mama.

Existe algum tratamento para os sintomas da menopausa?

O tratamento para os sintomas da menopausa é feito com terapia de reposição hormonal, medicamentos ou mudanças na dieta e no estilo de vida. O tratamento depende de muitos fatores, como a gravidade dos sintomas, o estado de saúde geral da mulher e as preferência pessoais da paciente.

Terapia de reposição hormonal

A terapia hormonal pode ajudar em casos de ondas de calor, suores noturnos, problemas de humor ou secura vaginal. Esse tratamento geralmente é feito com estrógeno e, às vezes, com progesterona.

A terapia de reposição hormonal pode ser iniciada em mulheres que chegaram recentemente à menopausa. Contudo, mulheres que estão há muitos anos na pós-menopausa não devem realizar esse tratamento, exceto nos tratamentos com estrógeno vaginal.

Apesar dos riscos serem baixos, a terapia de reposição hormonal pode aumentar as chances de ocorrer derrame cerebral, doenças cardíacas, coágulos sanguíneos ou câncer de mama.

Para reduzir os riscos da terapia com estrógeno, pode ser recomendado:

  • Utilizar uma dose mais baixa de estrógeno ou uma preparação diferente do medicamento (creme vaginal ou adesivo para a pele ao invés de pílulas, por exemplo);
  • Exames físicos frequentes e regulares, incluindo exames de mama e mamografias;
  • Mulheres que ainda têm um útero ou seja, não realizaram uma cirurgia para removê-lo por qualquer motivo, devem tomar estrógeno combinado com progesterona para prevenir o câncer do revestimento interno do útero (câncer de endométrio).
Medicamentos

Existem outros medicamentos que podem ajudar a diminuir as alterações de humor, as ondas de calor e outros sintomas da menopausa, como antidepressivos (paroxetina, venlafaxina, bupropiona e fluoxetina), clonidina (medicamento para pressão arterial) e gabapentina, uma medicação para convulsões que também ajuda a reduzir as ondas de calor.

Mudanças na alimentação e no estilo de vida
  • Evitar cafeína, álcool e alimentos condimentados;
  • Consumir soja (contém hormônios vegetais semelhantes ao estrógeno);
  • Aumentar o consumo de cálcio e vitamina D através de alimentos ou suplementos;
  • Praticar atividade física regularmente;
  • Usar lubrificantes à base de água ou um hidratante vaginal durante as relações.

O/a médico/a ginecologista ou endocrinologista pode esclarecer melhor quais são os sintomas da menopausa e tirar eventuais dúvidas.

Como é feita a histerossalpingografia?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A histerossalpingografia é feita mediante a injeção de um contraste no útero, que permite ao médico obter imagens do útero e das trompas através de um equipamento especial de raio-x, chamado fluoroscopia. O tempo de duração do procedimento é de cerca de 15 minutos.

Durante a histerossalpingografia, a paciente posiciona-se como se estivesse numa consulta ginecológica, de maneira que o médico possa alcançar o colo do útero e introduzir o aparelho que aplica o contraste.

O exame deve ser realizado após o início da menstruação, entre o 8º e o 11º dia do ciclo menstrual. Assim, é mais seguro garantir que a mulher não está grávida.

A histerossalpingografia é contraindicada no caso de suspeita de gravidez, uma vez que durante o exame são manipulados o útero e a cavidade uterina.

Como é o preparo para a histerossalpingografia?

No dia anterior à realização da histerossalpingografia, a mulher não deve ter relações sexuais e precisa tomar 1 comprimido de laxante. A seguir, deve beber bastante líquido, de preferência suco de laranja e ameixa. A dieta no dia anterior é leve, sem carnes, massas e pães.

Histerossalpingografia dói?

A histerossalpingografia provoca alguma dor e é comum a mulher sentir cólicas durante o procedimento. As dores e o desconforto são causados pela introdução dos instrumentos usados durante o exame e pela injeção do contraste. A própria manipulação do útero pode gerar contrações uterinas, causando cólicas.

Histerossalpingografia ajuda a engravidar?

A histerossalpingografia não tem por finalidade ajudar a engravidar. O objetivo do exame é detectar alterações no útero ou nas trompas que possam dificultar a gravidez.

Porém, muitas mulheres fazem a histerossalpingografia com a esperança de que o exame pode desobstruir as trompas e aumentar as chances de gravidez.

De fato, há relatos de mulheres que conseguiram engravidar após a realização do exame devido à desobstrução das trompas. Isso pode ocorrer se a obstrução for simples.

Contudo, não se pode afirmar que a passagem do contraste pelas trompas provoque qualquer efeito capaz de corrigir o problema que esteja impedindo a passagem dos óvulos pelas mesmas. O contraste serve para identificar qualquer alteração que possa estar impedindo a gravidez, mas não ajuda a engravidar.

O que é a histerossalpingografia?

A histerossalpingografia é um exame que serve para avaliar o útero e as trompas, que ligam os ovários ao útero e desempenham uma função fundamental na reprodução. Por isso, o exame é indicado sobretudo para mulheres que têm dificuldade de engravidar.

Durante a histerossalpingografia, são tiradas radiografias seguidas da pelve, que fornecem imagens do trajeto que o contraste percorre na cavidade uterina e nas trompas.

O contraste é um produto usado em vários tipos de exames e fornece uma imagem mais nítida, permitindo ao médico obter uma melhor análise das estruturas observadas.

Na histerossalpingografia, o contraste permite avaliar alterações no formato do útero e das trompas, além da presença de aderências, miomas, malformações uterinas, dilatações ou obstrução nas trompas ou no útero.

O risco de complicações na histerossalpingografia é muito baixo e o exame costuma ser bastante fiável.

O médico responsável pela realização da histerossalpingografia é o radiologista.

Grávida pode tomar buscopan?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

O buscopan pode ser tomado na gravidez em algumas situações e apenas com indicação médica.

Buscopan é o nome comercial da escopolamina. Atualmente não há estudos feitos em mulheres grávidas que comprovem a segurança da medicação. Por isso, os riscos podem existir e eles devem ser ponderados pelo médico.

O médico avaliará os benefícios de usar o buscopan em cada situação e vai prescrevê-lo apenas quando for necessário.

Tome o buscopan ou outra medicação apenas se foi indicada pelo seu médico.