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Coceira na virilha, o que pode ser?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

A causa mais comum de coceira na virilha é a tínea cruris, uma infecção da pele causada por fungos. Outras causas são: dermatite seborreica, dermatite eczematosa e neurodermite. A psoríase também pode acometer a virilha, contudo, não é comum a queixa de coceira.

Tínea cruris

Caracteriza-se pela presença de lesão avermelhada, com leve descamação e algumas vezes presença de pústulas (bolinhas de pus). É considerada uma micose, por ser causada por fungos que se proliferam na pele quando há um ambiente propício, com umidade e calor.

As lesões costumam causar muita coceira. Pode acometer ambas as virilhas ou apenas um lado. A tínea cruris pode ainda se espalhar para a região púbica, porção inferior do abdômen e nádegas.

A lesão pode crescer e formar uma placa única avermelhada e um pouco descamativa em toda a virilha.

Tínea cruris em face interna da coxa

O tratamento da Tinea cruris é simples e consiste no uso de antifúngicos tópicos, como cetoconazol, miconazol, entre outros.

Leia mais sobre micose na virilha em: Qual o tratamento para micose na virilha?

Dermatite seborreica

Clinicamente se caracteriza pela presença de lesão avermelhada, com descamação mais grosseira, oleosa e amarelada.

Provoca ainda aumento da oleosidade da pele e coceira. Normalmente as lesões são recorrentes e podem piorar no verão e nos meses em que a temperatura é mais alta.

A dermatite seborreica pode ocorrer em várias áreas do corpo, sobretudo naquelas em que a pele é mais oleosa, como couro cabeludo, sobrancelhas, algumas partes do rosto, orelhas e tórax. Contudo, também pode acometer a virilha.

O tratamento pode ser feito com medicações tópicas, como o cetoconazol xampu.

Dermatite eczematosa

Pode ocorrer como consequência do contato com substâncias irritantes, como cáusticos, ou com substâncias das quais a pessoa tem alergia, como sabões, detergentes ou tecidos sintéticos.

O aparecimento dos sinais e sintomas geralmente ocorre entre 24 e 48 horas depois do contato com a substância irritante.

No início, a pele fica seca, avermelhada, inchada e pruriginosa. Depois, surgem lesões avermelhadas, com vesículas (pequenas bolhas), que coçam e exsudam (são úmidas). Pode ainda levar ao aparecimento de feridas pequenas ou crostas na pele.

Se a causa não é afastada, a pele pode engrossar, com escamas, adquirindo coloração acinzentada e aspecto "enrugado".

O tratamento consiste em afastar o irritante e, eventualmente, no uso de corticoide tópico, somente com prescrição médica.

Dermatite eczematosa Neurodermite (líquen plano crônico)

A pela da região afetada fica mais "grossa", com coloração acinzentada e "enrugada". Pode apresentar uma ligeira descamação e brilho na superfície da pele.

Lesão de líquen plano na coxa

O início dos sintomas caracteriza-se por inflamação, coceira, irritação ou aumento da sensibilidade da pele, como uma micose. Pode surgir após o contato com uma substância irritante ou à qual a pessoa é alérgica.

As alterações da pele causam ainda mais coceira. O tratamento pode incluir pomadas ou medicamentos, contendo ou não corticoesteroides.

Há diferença nas causas de coceira na virilha, entre homens e mulheres?

Não há diferença importante nas possíveis causas de coceira na virilha masculina ou feminina. Geralmente, o motivo de coceira é por causa das mesmas condições ou doenças, por exemplo, micoses, dermatites ou reações alérgicas.

Pessoas que transpiram um pouco mais ou fazem uso de roupas de tecidos sintéticos, com maior frequência, podem ter um maior risco de desenvolver micoses na região, como a Tínea Cruris.

Quem costuma fazer depilação da área com maior frequência, seja através do uso de cera, creme depilatório ou lamina, também está mais propenso a sofrer irritação na pele da virilha e possíveis reações alérgicas, que podem ocasionar coceira.

As micoses e as reações alérgicas são sem dúvida uma das principais causas de coceira na virilha em homens e mulheres. Por isso, na presença de sintomas muito intenso de coceira, acompanhada de lesões na pele. um médico deve ser procurado para avaliação e realização do tratamento adequado.

Como prevenir a coceira na virilha?

Para prevenir episódios de coceira na virilha e o desenvolvimento de micoses é importante tomar algumas medidas como: usar roupas leves, que permitam a transpiração, usar roupa íntima de algodão e secar bem a região da virilha após o banho.

Os fungos crescem onde há umidade e calor, por isso, é importante manter a área da virilha bem ventilada e seca.

Lembre-se de lavar a região apenas com água e sabonete, e evite a aplicação excessiva de produtos que podem desencadear reações alérgicas.

Na presença de lesões avermelhadas, que coçam ou descamam, procure um médico de família ou dermatologista para avaliação.

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Dor no maxilar perto do ouvido, o que pode ser?
Dr. Marcelo Scarpari Dutra Rodrigues
Dr. Marcelo Scarpari Dutra Rodrigues
Médico

Dor no maxilar perto do ouvido pode ter como primeira hipótese diagnóstica distúrbios da articulação temporomandibular (ATM), mas pode ocorrer devido a várias causas, tais como:

  • Neuralgia do trigêmeo: é uma dor de forte intensidade, que pode atingir a mandíbula, região maxilar e toda a região da face inervada pelo nervo trigêmeo;
  • Fibromialgia: é uma condição que pode ocasionar dores por todo o corpo, incluindo a fase e região maxilar próximo ao ouvido;
  • Sinusite: pode causar dor na face, coriza amarelada e obstrução nasal;
  • Mastoidite: pode cursar com dor na região atrás da orelha, com inchaço e vermelhidão;
  • Otite: é a infecção do ouvido, causa dor que pode se estender para toda a região próxima da orelha.
Disfunção da ATM: frequente causa de dor perto do ouvido

A mastigação é uma ação bem complexa, e que engloba vários músculos e grupos musculares, ossos, articulações e ligamentos. Estes são os responsáveis pela capacidade de abrir e fechar a mandíbula de forma coordenada.

Quando essa harmonia se desequilibra de alguma forma, o resultado é uma série de sintomas e sinais, chamado "Distúrbios da Articulação Temporomandibular", mais conhecidos talvez pela sigla DATM. Esse termo engloba dois grandes grupos de pacientes:

  • os que exibem patologias da articulação temporomandibular em si;
  • os que exibem distúrbios tocantes aos músculos da mastigação (disfunção dolorosa miofacial).

Os distúrbios da articulação temporomandibular podem causar dor no maxilar perto do ouvido, embaixo da orelha.

O profissional de saúde com mais competências para tratar estes distúrbios (quando tenham sido diagnosticados de forma correta) é o cirurgião-dentista especializado em oclusão dentária, que trata de forma adequada cada causa específica.

Em caso de dor no maxilar perto do ouvido, um médico deverá ser consultado para avaliação, tratamento e/ou encaminhamento a um cirurgião bucomaxilofacial, ou otorrinolaringologista, se necessário (distúrbios da ATM).

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Dor no maxilar ao abrir a boca e ao mastigar, o que pode ser?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
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Clínica médica e Neurologia

Dor no maxilar ao abrir a boca e ao mastigar tem como principal causa distúrbios da articulação temporomandibular (ATM), que é a articulação entre a mandíbula e o osso temporal da face. A dor no maxilar nesses casos pode se instalar subitamente ou progressivamente, com variações na intensidade e na frequência das crises durante meses ou anos.

Contudo, a dor no maxilar também pode ocorrer devido a várias causas, tais como neuralgia do trigêmeo, fibromialgia, sinusite, mastoidite, otite, entre outras.

Uma vez que os distúrbios da ATM são a principal origem das dores no maxilar, sobretudo ao abrir a boca e mastigar, serão a causa abordada adiante. Porém, é fundamental consultar um médico para determinar a causa exata da dor e receber o tratamento apropriado.

O profissional mais habilitado a tratar esses distúrbios é o cirurgião-dentista.

Quais as causas dos distúrbios da ATM?

As principais causas dos distúrbios da ATM são aquelas que alteram os músculos faciais, como espasmos nos músculos mastigatórios desencadeados por tensão, estresse, depressão e ansiedade, artrites ou fixações na articulação temporomandibular, traumatismos na mandíbula, má oclusão dentária (mordida com defeitos), bruxismo (ranger dos dentes), morder objetos estranhos, roer unhas, mascar chicletes em excesso, tumores e problemas de crescimento na mandíbula.

Articulação temporomandibular (ATM) Quais os sintomas dos distúrbios da ATM?

O principal sintoma dos distúrbios da ATM é a dor na face, nos músculos mastigatórios ou no maxilar, mais especificamente na articulação entre a mandíbula e o osso temporal da face (temporomandibular - ATM). A dor piora ou só aparece ao abrir e fechar a boca, seja falando, bocejando ou ao se alimentar, podendo irradiar para qualquer lugar do rosto, ouvido, pescoço ou nuca.

Também pode haver dificuldade para abrir a boca devido a contraturas musculares e calcificações articulares.

Os distúrbios da ATM envolvem problemas nos músculos mastigatórios, na articulação temporomandibular e nas estruturas associadas à articulação.

Outros sinais e sintomas que podem estar presentes:

  • Maxilar estalando ou som de rangido ao morder;
  • Sensação de mordida torta ou cruzada;
  • Desvio da mandíbula para um dos lados ao abrir ou fechar a boca;
  • Inchaço na face;
  • Dor no ouvido;
  • Surdez momentânea;
  • Vertigem;
  • Zumbidos;
  • Sensação de “ouvido tapado";
  • Perturbações visuais;
  • Dor de cabeça.
Como é feito o diagnóstico dos distúrbios da ATM?

O diagnóstico é feito por um médico ou cirurgião dentista que palpa, observa e ouve a movimentação da mandíbula; sente o estado das articulações, dos músculos, dos ligamentos e verifica a oclusão dos dentes (a mordida e o encaixe correto das arcadas dentárias superiores e inferiores).

São feitas perguntas ao paciente em busca de informações que possam ser a causa da dor e de outros sintomas, tais como traumas, hábitos orais e tratamentos médicos e dentários prévios.

Podem ser solicitados exames de imagem da mandíbula e da movimentação da articulação em estágios variados (abertura total, média e fechamento total). Foram desenvolvidas uma variedade de outras técnicas para diagnosticar os distúrbios da ATM, inclusive para localizar as contrações musculares, tais como eletromiografia de superfície, sonografia (SonoPak), termografia e cinesiografia. São exames que detalham com precisão as estruturas afetadas.

Qual é o tratamento para os distúrbios da ATM?

O tratamento para os distúrbios da ATM, na fase aguda, pode ser feito com analgésicos e aplicação de bolsas de água quente com massagens na região afetada para aliviar a dor no axilar.

Também é importante evitar alimentos que exigem mastigação excessiva, como carnes, ou abrir muito a boca, como maçãs inteiras, por exemplo.

Algumas pessoas podem precisar de tratamento medicamentoso associado. Os medicamentos mais usados são antidepressivos, anticonvulsivantes ou analgésicos mais potentes. Contudo, sempre deve ser iniciado com os analgésicos mais fracos e aumentar gradativamente, conforme a resposta, ou caso não haja melhora dos sintomas.

Há evidências de que técnicas de relaxamento diminuem o sofrimento em casos de dor crônica no maxilar. Portanto a fisioterapia e correções posturais podem ser incluídos no tratamento.

Nos casos mais graves, o tratamento pode ser feito com terapia de aplicação ortopédica (placa estabilizadora), terapia oclusal (ortodontia, reabilitação oral), correção de problemas dentários e cirurgia.

Resumindo, o tratamento para os distúrbios da ATM é inicialmente clínico e pode controlar os sinais e sintomas em até 90% dos casos. Apenas em casos mais graves ou que não respondem à terapia conservadora, deve-se recorrer à cirurgia.

Os objetivos do tratamento são reduzir a dor, restabelecer a função mandibular e limitar a recorrência da dor no maxilar.

Em caso de dor no maxilar ao abrir a boca e mastigar, um médico clínico geral ou médico de família deve ser consultado para avaliação e tratamento ou encaminhamento para um cirurgião bucomaxilofacial.

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Qual o tratamento no caso de leucócitos baixos?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O tratamento de leucócitos baixos é individualizado, dependendo da causa, e pode inclusive não ser necessário. No entanto, pode ser a manifestação de uma doença, sendo indicado um tratamento específico para o problema.

De qualquer forma, como os leucócitos são as nossas células de defesa, é importante adotar medidas que estimulem o organismo a produzir mais células e manter os valores ideais no sangue.

Medidas para aumentar os leucócitos no sangue

Prevenir as doenças, para ajudar na manutenção dos leucócitos no sangue.

- Cuidados gerais de saúde como manter vacinação atualizada, principalmente a vacina contra o vírus influenza, evitando uma virose comum, que sabidamente consome muito as células de defesa.

- Promover higiene das mãos, higiene dental e cuidados dentários regularmente para prevenir infecções orais. Os enxaguatórios bucais com antibióticos, como o gluconato de clorexidina 0,12%, podem ser usados nos casos de gengivite, para reduzir o risco de complicações.

- Manter qualidade do sono, dormindo pelo menos 7 a 8 horas por dia, durante a noite, sempre que possível. O sono age no equilíbrio hormonal e no funcionamento do sistema imunológico.

Alimentos

Adotar boa alimentação, de preferência com auxílio de um nutrólogo ou nutricionista, ajuda na oferta de substratos necessários para a produção de leucócitos e, ao mesmo tempo, auxilia no combate às infecções.

Lista de alimentos que já comprovaram benefícios para tratamento de leucócitos baixos:

  • Frutas cítricas (laranja, limão, abacaxi)
  • Legumes (batata-doce, cenoura)
  • Vegetais verde-escuro (couve, espinafre, brócolis)
  • Oleaginosas (nozes, amêndoas, castanha-caju)
  • Peixes
  • Mel
Medicamentos

Para os casos mais graves, com leucócitos entre 500 e 1.000/mm³ ou pessoas em quimioterapia, pode ser indicado um remédio que estimula a produção de novas células, o pegfilgrastim.

Esse medicamento precisa de receita médica e orientações específicas, devido aos possíveis efeitos adversos. Trata-se de um tratamento bastante específico.

Leucócitos abaixo de 4000 é normal? O que pode ser?

Pode ser normal sim.

O valor considerado normal de leucócitos no exame de sangue varia entre 4.000 e 11.000 por milímetro cúbico (mm³), na maioria dos laboratórios.

No entanto, em algumas situações, pode estar abaixo de 4 mil, sem significar uma doença, como no caso da: gravidez e certas etnias como os negros e judeus do Yemen e Sudão. Populações que habitualmente apresentam valores de leucócitos entre 3 e 4 mil por mm³, sem interferir na imunidade ou na sua qualidade de vida.

Outras causas de leucócitos baixos são:

  • Doenças infecciosas, quando as células de defesa estão sendo consumidas para combater o microorganismo,
  • Doenças autoimunes (lúpus, artrite reumatoide, diabetes),
  • Doenças da medula óssea (órgão que produz os leucócitos) e
  • Uso de certos medicamentos, como os quimioterápicos.

Portanto, a leucopenia é um resultado encontrado em um exame de sangue, que não significa obrigatoriamente uma doença.

Em caso de leucopenia, um médico clínico ou preferencialmente um hematologista deve ser consultado para avaliação. O tratamento (se necessário) vai depender da causa, que deve ser investigada inicialmente pelo médico que solicitou o hemograma, que poderá encaminhá-lo a algum especialista se julgar necessário.

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Quais são os principais tipos de exame de sangue e para que servem?

Referência:

Nancy Berliner. Management of the adult with non-chemotherapy-induced neutropenia. UpToDate: Feb 21, 2020.

Leucócitos baixos, o que pode ser?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Leucócitos baixos (leucopenia) podem significar uma série de condições, fisiológicas ou não. Trata-se da redução no número de células de defesa do corpo, chamadas leucócitos ou glóbulos brancos. Não é uma doença, embora possa ser a manifestação de uma, mas sim um resultado de exame laboratorial (exame de sangue). Seu valor de referência normal é de 4000 a 10000 leucócitos por milímetro cúbico (mm3) de sangue.

Quais são as principais causas de leucócitos baixos? Fisiológicas

Algumas pessoas podem ter um número normal abaixo ou acima do valor de referência, sem nenhuma implicação clínica, como na leucopenia crônica idiopática benigna. O valor de referência abrange a maioria da população, mas não toda. Algumas etnias como negros e judeus do Yemen e Sudão têm comumente leucopenia. Gestantes também podem apresentar este achado ou pessoas em jejum.

Infecções

Em doenças como dengue e infecções virais geralmente ocorre leucopenia, com neutropenia (diminuição de neutrófilos), presença de linfócitos atípicos e trombocitopenia (diminuição de plaquetas), com valores abaixo de 100.000 plaquetas/µL.

Também pode ocorrer leucocitose (aumento dos leucócitos), mas precoce, e neutrofilia (aumento dos neutrófilos).

Também pode ocorrer queda de leucócitos na AIDS, febre amarela, rubéola, sarampo, febre tifoide, tuberculose, brucelose, malária, entre outras doenças.

Doenças da medula óssea

Anemia aplástica, leucemias, linfomas, mielofibrose, carcinomatose metastática e síndrome mielodisplásica.

Doenças da tireoide ou baço

Hiperesplenismo e doença de Gaucher.

Doenças hepáticas

Cirrose hepática e hepatites.

Doenças autoimunes

Lupus Eritematoso Sistêmico; artrite reumatoide e linfoproliferativas.

Doenças genéticas

Agranulocitose congênita de Kostmann, anemia de Fanconi e disgenesia reticular.

Outras causas comuns de leucócitos baixos

Deficiência de folato ou vitamina B12, complicações do uso de alguns medicamentos (anti-tireoidianos, antibióticos, anticonvulsivantes, antirretrovirais), quimioterapia e radioterapia, alcoolismo, desnutrição e hemodiálise.

Quais são os sintomas de leucócitos baixos?

Os leucócitos baixos não causam um sintoma específico. Contudo, é preciso ter atenção, pois se o número de leucócitos estiver muito baixo, há um aumento do risco de infecções.

Nesses casos, alguns sinais e sintomas podem estar presentes, como presença de gânglios ou nódulos no corpo, aumento de tamanho do baço, lesões na pele, além de manifestações que indicam doenças do fígado ou outras doenças.

Pessoas com febre e neutrófilos baixos (menos de 1.500 neutrófilos/µL), um tipo de leucócito, devem ser encaminhadas para um serviço de urgência para uma investigação.

Uma vez que existem diversas condições que podem deixar os leucócitos baixos, é preciso fazer um exame clínico em que se avalia a presença de sinais e sintomas e doenças, uso de medicamentos e complicações, nesse caso, infecções.

Em caso de leucopenia, um médico clínico ou um hematologista deve ser consultado para avaliação. O tratamento, quando necessário, vai depender da causa, que deve ser investigada inicialmente pelo médico que solicitou o hemograma, que poderá encaminhá-lo a algum especialista se houver necessidade.

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Quais são as causas da diarreia crônica?
Dr. Marcelo Scarpari Dutra Rodrigues
Dr. Marcelo Scarpari Dutra Rodrigues
Médico

As principais causas da diarreia crônica são as seguintes:

  • Síndrome do intestino irritável (SII) - alteração na frequência das evacuações e do aspecto das fezes, associado a um quadro de desconforto abdominal que é reduzido com a evacuação, sem nenhuma doença orgânica que justifique o quadro. Normalmente, o paciente apresenta diarreia e cólicas relacionadas a períodos de estresse emocional. Alguns pacientes alternam diarreia com constipação intestinal, enquanto outros apresentam pequenas quantidade de muco nas fezes. Gases intestinais em excesso também são comuns. A síndrome do intestino irritável é uma doença benigna e pode apresentar melhora com algumas mudanças na dieta e no estilo de vida
  • Doenças inflamatórias intestinais (DII), como Retocolite ulcerativa e Doença de Crohn;
  • Infecções (por vírus, bactérias, protozoários ou vermes);
  • Síndrome de má absorção (Doença celíaca, por exemplo)
  • Intolerância e alergia a alimentos (por exemplo a intolerância a lactose, proteína de soja, sorbitol, frutose);
  • Causas pancreáticas (pancreatite crônica, deficiências da enzima pancreática, fibrose cística ou endócrinas);
  • Causas endócrinas (hipertireoidismo ou diabetes);
  • Causas hereditárias (fibrose cística, deficiências enzimáticas).
  • Cirurgias do abdome ou trato intestinal;
  • Tumores;
  • Radioterapia;
  • Redução de fluxo sanguíneo intestinal;
  • Alterações na função imunológica (deficiências de imunoglobina, AIDS, doença auto-imune);
  • Uso de determinados medicamentos (alguns antibióticos, laxantes).

 Em caso de diarreia crônica, isto é, aumento no número de evacuações diárias e/ou alteração na consistência das fezes há mais de 30 dias, consulte um médico para avaliação e tratamento.

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Dor de cabeça na nuca durante a gravidez, o que pode ser?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A dor de cabeça durante a gravidez é um sintoma comum, e pode ser normal, quando causada pela ação dos hormônios da gravidez. Nesse caso é chamada de cefaleia fisiológica da gravidez.

Entretanto, outras situações podem levar a dores na nuca, e devem ser investigadas, especialmente a hipertensão arterial. Causa comum de dor de cabeça nessa região, além de ser um fator de risco para complicações na gestação.

A alimentação inadequada, desidratação, mudanças de hábitos de vida, cheiros fortes, problemas de visão, distúrbios do sono e transtornos de humor, também são causas comuns de cefaleia nessa fase.

Causas de dor de cabeça na gravidez 1. Cefaleia fisiológica da gestação

A dor de cabeça pode ser localizada em qualquer região, mas é mais comum a dor por toda a cabeça, e é causada pelo aumento do hormônio estrogênio.

O hormônio estrogênio, tem como uma das suas funções, o aumento dos vasos sanguíneos, que apesar de ser benéfico e necessário para a evolução da gravidez, pode trazer efeitos indesejados como a cefaleia e o inchaço.

2. Aumento da pressão arterial

O aumento da pressão arterial é uma causa preocupante de dor de cabeça na gestação, e a localização mais comum para essa causa é a nuca.

Sendo assim, sempre que uma gestante apresenta esse tipo de dor, é importante que seja aferida a sua pressão e se estiver alta, entrar em contato imediatamente com o seu médico obstetra.

O pico hipertensivo é muito perigoso em qualquer fase da gestação.

3. Mudança de hábitos de vida

As mudanças de hábitos de vida, como alterações alimentares, tomar menos café e bebidas estimulantes, pode causar dores de cabeça.

As náuseas e vômitos tão comuns no início da gravidez, também pela ação dos hormônios, reduz consideravelmente o apetite, levando a quadro de dor de cabeça, fraqueza e mal-estar.

A desidratação, seja pelo descuido, ou pelos sintomas de náuseas, é mais uma causa de cefaleia.

Também é importante não ficar mais de 3 horas sem comer, já que o jejum prolongado reduz o aporte de glicose para o cérebro, causando ainda mais dores de cabeça.

4. Cheiros fortes

Usar perfumes muito fortes ou odores intensos podem causar dor de cabeça, porque durante a gravidez, a mulher tem os sentidos mais apurados, devido também à ação dos hormônios.

5. Problemas de visão

Os problemas de visão, estando ou não grávida, é uma causa frequente de dores de cabeça. Devendo ser investigada principalmente nos casos de dor na nuca, que pioram com o decorrer do dia, e de manhã está melhor.

Provavelmente pelo esforço feito durante todo o dia.

6. Distúrbios do sono

As alterações de sono, seja a insônia ou o hábito de dormir demais, são fatores desencadeantes de dores de cabeça.

Atualmente, é recomendado dormir de 7 a 8 horas por dia. A

7. Transtornos de humor

O estresse, a ansiedade e preocupações comuns nessa fase da vida da mulher, a ansiedade e a depressão, favorecem o aparecimento de dor de cabeça com mais frequência e intensidade.

Mais raramente, condições muito mais graves, como pré-eclâmpsia, meningite, aneurismas e tumores cerebrais, devem ser investigados se houver sinais e sintomas de hipertensão intracraniana, como: febre, náuseas, vômitos, rigidez de nuca, confusão mental ou mudança de comportamento.

Dicas para evitar as dores de cabeça na gravidez
  • Manter-se hidratada;
  • Se alimentar regularmente e de maneira saudável. Não passar mais de 3h em jejum, e comer frutas e legumes diariamente;
  • Evitar alimentos gordurosos, queijos amarelos, alimentos cítricos e embutidos;
  • Evitar o estresse;
  • Tente fazer drenagem linfática para gestantes ou experimente fazer massagens com um profissional; ajudam a diminuir a ansiedade e estimulam a circulação sanguínea;
  • Procurar fazer atividades físicas próprias para gestantes. Hidroginástica ou ioga são práticas recomendadas, mas sempre com orientação de um profissional;
  • Pratique outros exercícios de relaxamento ou acupuntura;
  • Evite ficar exposta à luz muito intensa, como ficar na praia, ao sol, especialmente sem usar proteção para a cabeça e olhos;
  • Evite cheiros fortes, exposição à fumaça de cigarro, perfumes fortes, cheiro de tinta, entre outros odores intensos;
  • Evite locais barulhentos;
  • Evite viajar para locais de grande altitude, devido a menor concentração de oxigênio, mais um fator que precipita dores de cabeça;
  • Tente manter um horário de sono regular;
  • Certas dores aliviam bastante após repouso, ou se a pessoa conseguir pelo menos relaxar. Compressas de água morna ao redor dos olhos ou mesmo na nuca ser úteis.
Tratamento da dor de cabeça na gestação

O tratamento deve ser baseado na causa do problema, e sempre buscar opções não medicamentosas inicialmente, para não fazer mal ao bebê.

No caso de dor de cabeça na nuca durante a gravidez, informe o seu médico obstetra e siga rigorosamente as suas orientações.

Nunca se auto medique, especialmente grávida.

Para saber mais sobre este tema, você pode ler:

Dor de cabeça na gravidez: quais remédios posso e quais não posso tomar?

Quais remédios posso tomar na gravidez?

Referência

Federação Brasileira da Associações de Ginecologia e Obstetrícia.

O que pode ser dor de cabeça na nuca, enjoo e tontura?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Dor na nuca, enjoo e tontura são sintomas inespecíficos, que podem acontecer em diversas situações, desde situações específicas simples, como jejum prolongado, gravidez ou exposição solar por muito tempo, até doenças mais preocupantes, que geram riscos, como crise de hipertensão, doenças infecciosas, aneurisma, tumores, entre outras.

Portanto, no caso de sentir esses sintomas, mesmo que não seja frequente, os mesmos devem ser sempre investigados, evitando piora do quadro ou complicações.

Durante uma consulta médica, com adequada história clínica e exame físico, o profissional já será capaz de suspeitar de algumas situações, solicitando os exames propícios para definir o diagnóstico. Porém dentre as causas mais frequentes na nossa população, já podemos citar:

  • Hipertensão arterial, ou hipotensão arterial;
  • Diabete mellitus descompensado;
  • Gestação;
  • Jejum prolongado;
  • Desidratação;
  • Distúrbios visuais;
  • Cefaleia, crises de enxaqueca;
  • VPPB (vertigem posicional paroxística benigna);
  • Uso inadequado dos óculos de grau;
  • Meningite, aneurisma, tumores cerebrais, entre outros.

Se houver por exemplo, apenas dor de cabeça na nuca, enjoo e tontura, sem mais sintomas, e com história de enxaqueca na família, as hipóteses mais prováveis serão de cefaleia tensional ou migrânea (enxaqueca). Nessas duas primeiras possibilidades, a tontura e o enjoo costumam vir juntos com a dor.

No caso da tontura ser o sintoma mais incômodo, podemos pensar em doenças do labirinto, ou VPPB (vertigem posicional paroxística benigna).

Problemas de visão, como o uso inadequado de óculos, também é uma causa bem comum de dores de cabeça e enjoo, com a particularidade de ser mais frequente no final do dia, quando a vista já foi muito "forçada".

Contudo, a dor de cabeça, o enjoo e a tontura, quando associados a outros sintomas, como febre, mal-estar, vômitos, inapetência ou rigidez de nuca (dificuldade em encostar o queixo no peito), sinalizam maior gravidade, devendo ser descartado com urgência casos como meningite, aneurismas ou tumores cerebrais, condições que oferecem risco de morte ao paciente.

Portanto, para chegar a um diagnóstico, é fundamental uma boa avaliação médica com detalhada história clínica, exame médico e exames complementares.

Nesses casos, um/a médico/a clínico/a geral ou médico/a de família deve ser consultado.

Relembrando que nos casos de dor na nuca, enjoo e tontura, associados a febre, vômitos, inapetência, ou rigidez de nuca, deverá procurar um serviço de urgência imediatamente!

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O que é janela imunológica do HIV?
Dr. Marcelo Scarpari Dutra Rodrigues
Dr. Marcelo Scarpari Dutra Rodrigues
Médico

A janela imunológica do HIVé o período compreendido entre a data da infecção pelo vírus HIV, causador da AIDS, e a data em que os anticorpos específicos contra o HIV produzidos pelo organismo são detectáveis em exames de sangue (soroconversão).

Os testes para verificar se alguém tem HIV são geralmente feitos através da detecção de anticorpos contra o vírus HIV no sangue da pessoa. Portanto, no período da janela imunológica, uma pessoa pode fazer o teste e o resultado dar falso negativo, ou seja, ela tem a doença, está com o vírus HIV na corrente sanguínea, mas ainda não produziu anticorpos específicos contra o HIV.

No caso do HIV, a janela imunológica varia muito, de 2 semanas a 120 dias. Daí o teste ser mais confiável se for realizado 3 meses após a suposta infecção (comportamento de risco, como por exemplo relação sexual desprotegida). O ideal é que o exame seja repetido depois de 6 meses. 

O teste anti-HIV conhecido como ELISA (enzyme-linked immunosorbent assay​) é considerado altamente sensível e específico (próximo de 100%) para a detecção dos anticorpos contra o vírus HIV.

Saiba mais em: Para que serve o exame ELISA?

Entretanto, a janela imunológica de 3 a 6 meses deve ser respeitada, já que nesse período pode haver falsos negativos frequentes. Também podem ocorrer falsos negativos em AIDS no estágio final e agamaglobulinemia.

Já os falsos positivos (teste para HIV positivo, mas a pessoa não está infectada com o vírus) pode ocorrer em multíparas (mulheres que tiveram muitas gestações), vacinação recente contra hepatite B ou Influenzae, múltiplas transfusões sanguíneas e doenças autoimunes, entre outras condições.

Em caso se suspeita de HIV, por qualquer motivo, um médico clínico geral, médico de família ou um infectologista deverá ser consultado para avaliação, diagnóstico, tratamento e acompanhamento.

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O que é janela imunológica?
Dr. Marcelo Scarpari Dutra Rodrigues
Dr. Marcelo Scarpari Dutra Rodrigues
Médico

A janela imunológica é o período compreendido entre a data da infecção pelo micro-organismo (agente causador da doença) e a data em que os anticorpos específicos, produzidos pelo organismo contra este agente causador, são detectáveis em exames de sangue (soroconversão). Os testes para verificar se uma pessoa tem uma doença (por exemplo, o HIV) são geralmente feitos através da detecção de anticorpos contra o agente causador da doença pesquisada, no sangue dessa pessoa. Portanto, no período da janela imunológica, uma pessoa pode fazer um teste e ter um resultado falso negativo (isto é, a pessoa tem a doença, está com o vírus do HIV na corrente sanguínea, mas ainda não produziu anticorpos específicos contra o HIV).

É um conceito fundamental para pessoas que estão em dúvida sobre a real negatividade dos testes que realizaram para a detecção de determinada doença. O período da janela imunológica é variável; varia de acordo com o tipo de infecção e a sensibilidade do teste utilizado - no caso do HIV, varia de duas a doze semanas, daí a maior confiabilidade do teste três meses após a suposta infecção (comportamento de risco, como por exemplo relação sexual desprotegida), embora existam casos de soroconversão até 120 dias após a infecção (idealmente, o exame deve ser repetido em seis meses). Também é fundamental para doadores de sangue, que devem ter em mente o período da janela imunológica para transmitirem informações de forma mais efetiva e honesta ao entrevistador (antes da coleta). A entrevista para a doação assegura ainda mais a qualidade do sangue para os pacientes que receberão a transfusão, pois diminui enormemente a possibilidade de coleta de sangue em período de janela imunológica.

É importante que, no período de janela imunológica, a pessoa que suspeita de doença sexualmente transmissível sempre faça sexo com camisinha e não compartilhe seringas, pois se estiver realmente infectada, já poderá transmitir o HIV para outras pessoas.

Dor nos olhos, o que pode ser?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Dor nos olhos pode ser uma sintoma decorrente de diversas causas, dentre as quais podemos citar:

Traumas diretos nos olhos

Quedas, pancadas, queimaduras, substâncias irritantes como ácidos ou bases podem causar dor nos olhos devido à úlcera ou abrasão de córnea no processo.

Corpos estranhos

Fragmentos de sujeira, poeira, madeira ou metais, plantas, lentes de contato, podem causar abrasão de córnea com o atrito, com dor nos olhos intensa associada.

Inflamações e infecções

Geralmente vêm acompanhadas de vermelhidão e lacrimejamento, além da dor nos olhos. Exemplos: uveítes (inflamação intraocular), esclerites (inflamação da esclera) e ceratoconjuntivite (inflamação da córnea).

Blefarite (inflamação comum e persistente das pálpebras)

Produz sintomas como irritação, coceira, prurido e, em alguns casos, olho vermelho. Esta doença afeta frequentemente as pessoas que têm tendência a apresentar pele oleosa e ou secura ocular.

A blefarite pode começar na infância, causando granulação nas pálpebras e continuar por toda a vida como uma afecção crônica ou iniciar apenas na fase adulta.

Hordéolo

Conhecido popularmente como terçol ou terçolho, é um pequeno abscesso que acomete a borda das pálpebras, causado por uma inflamação das glândulas sebáceas. Embora não seja grave, pode ser muito doloroso. A inflamação é normalmente causada por uma infecção bacteriana e acontece mais frequentemente em crianças.

Na maioria dos casos, o terçol pode ser combatido com maior rapidez através de compressas de água quente ou morna. Quando tratados, desaparecem após mais ou menos uma semana.

Em casos mais graves, os médicos podem utilizar uma agulha para drenar o pus acumulado. Existem também pomadas elaboradas especificamente para tratá-los, normalmente compostas por eritromicina.

Aumento da pressão intra ocular

Pode ser um início de glaucoma e neste caso pode vir acompanhado de dor de cabeça. No glaucoma, há dor intensa, mais do que a dor de uma cefaleia usual, e não melhora com analgésicos comuns.

O olho fica vermelho, como em uma conjuntivite, e a visão pode ficar turva. Se não for tratado, o glaucoma leva ao dano permanente do disco óptico da retina, causando uma diminuição progressiva do campo visual, que pode resultar em cegueira.

Defeitos ópticos

Alguns casos de defeitos de refração, como ocorre na hipermetropia, miopia ou no astigmatismo podem levar a dor ocular.

Cefaleia retro-ocular ("dor atrás dos olhos")

Comum na dengue, mas também pode ser sintoma de cefaleia comum. Deve-se distinguir a dor que ocorre em um olho, ambos, ou alternando os olhos.

A dor que alterna lados normalmente deriva de uma cefaleia primária como a migrânea (enxaqueca) ou cefaleia do tipo tensional. A dor em ambos os olhos pode ser devido a uma cefaleia primária ou secundária, como é a dor de cabeça decorrente de um quadro de sinusite.

A dor ocular unilateral (um só olho) pode ser uma enxaqueca, cefaleia em salvas, cefaleia idiopática em pontadas, neuralgia do trigêmeo do primeiro ramo ou trigêmino-autonômicas, hemicranias paroxísticas (episódicas ou crônicas). Mais raramente pode ser uma cefaleia secundária a um aneurisma cerebral, tumor cerebral. Pode ser acompanhada de lacrimejamento.

O que fazer em caso de dor nos olhos?

A prevenção deve ser realizada com bons cuidados de higiene e proteção no caso de atividades perigosas, como trabalhos de soldagem, batida de ferro sobre ferro, serragem de madeira, jardinagem, que exigem uso de máscara ou óculos de proteção, dependendo da atividade.

Em casos de blefarite, a limpeza dos olhos deve ser feita todos os dias, pela manhã, devendo atentar para quaisquer mudanças visíveis ou perceptíveis nos olhos.

Se a pessoa usa lentes de contato, deve fazer a correta higiene das mesmas e verificação de mudança de grau.

Em caso de dor nos olhos, um médico, de preferência oftalmologista, deve ser consultado para avaliação e tratamento adequado.

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O que fazer em caso de edema de glote?
Dra. Ângela Cassol
Dra. Ângela Cassol
Médico

No caso de suspeita de edema de glote:

  • chame o atendimento de emergência e monitore os sinais vitais da vítima (frequência cardíaca e respiratória, pressão arterial, se possível);
  • se a vítima entrar em parada cardiorrespiratória, iniciar a reanimação imediatamente.

A vítima deve ser levada imediatamente a serviço de emergência, onde será realizado o tratamento do edema de glote, que consiste em:

  • levar a vítima à sala de emergência;
  • monitorizar sinais vitais (pressão arterial, frequência cardíaca e respiratória, saturação sanguínea);
  • administrar adrenalina endovenosa;
  • administrar corticoesteróides endovenosos, como hidrocortisona ou metilprednisolona;
  • administrar entihistamínicos endovenosos, como difenidramina;
  • fornecer oxigênio;
  • se houver sibilos associados, administrar inalação com beta-agonistas, como fenoterol;
  • na ausência de melhora com as drogas administradas, considerar intubação orotraqueal.

O tratamento do edema de glote deve ser feito em ambiente hospitalar e deve ser instituído o quanto antes, para evitar sequelas potencialmente graves.

Se o paciente já tiver tido edema de glote, deve procurar um médico imunologista para determinar o que desencadeou a reação alérgica e prevenir novos episódios.