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Exame de colesterol: O que é? Para que serve? Quais os valores normais?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O exame de colesterol, também conhecido por lipidograma ou perfil lipídico, é um exame que avalia as concentrações de gordura no sangue.

A sua principal função é ajudar na prevenção de doenças vasculares, como o infarto cardíaco e o derrame cerebral (AVC). O colesterol ruim alto, aumenta o risco para essas doenças. O exame permite identificar essas alterações e iniciar um tratamento preventivo, que reduz esse risco.

Os valores normais de colesterol variam de acordo com os fatores de risco e estilo de vida de cada um, porém é fundamental que o colesterol ruim (LDL), esteja pelo menos abaixo de 130 mg/dl, enquanto o colesterol bom (HDL), deve estar acima de 40mg/dl.

Não é preciso de jejum para realizar o exame de colesterol!

Atualmente já não é mais recomendado o jejum de 12 horas para a realização de diversos exames, um deles é o exame de colesterol.

Sendo assim, deve manter a alimentação habitual até o dia do exame, evitando apenas:

  • Consumo de bebidas alcoólicas pelo menos 3 dias antes e
  • Prática de exercícios físicos, no dia anterior à coleta do sangue.

A única exceção é quando o exame de triglicerídeos encontra-se alterado. Se o valor dos triglicerideos estiver acima de 440 mg/dl, é preciso repetir esse exame, com o jejum de 12 horas, para reavaliação.

Valor normal de colesterol

Recentemente foram atualizados os valores considerados ideais de colesterol, que variam de acordo com os fatores de risco, estilo de vida e condições de saúde de cada um. O médico deverá calcular esse valor de risco na consulta médica e através de exames clínicos e laboratoriais.

Dessa forma, pessoas consideradas com alto risco para doenças vasculares, precisam manter as taxas de colesterol ruim (LDL) mais baixas do que aqueles considerados de baixo risco.

VALORES IDEAIS DE COLESTEROL
Tipo de colesterol Valor ideal
Colesterol total Abaixo de 190 mg/dl
LDL
Muito alto risco Abaixo de 50 mg/dl
Alto risco Abaixo de 70 mg/dl
Médio risco Abaixo de 100 mg/dl
Baixo risco Abaixo de 130 mg/dl
HDL Acima de 40 mg/dl
Triglicerideos (sem jejum) Abaixo de 175 mg/dl
Triglicerideos (com jejum de 12 h) Abaixo de 150 mg/dl
Quais são os fatores de risco para doenças vasculares?
  • Idade (Homens a partir de 45 anos e Mulheres a partir dos 55 anos);
  • Tabagismo;
  • Pressão alta;
  • Diabetes;
  • História familiar de colesterol aumentado;
  • Sedentarismo;
  • Obesidade e
  • Doença cardíaca prévia, especialmente história de infarto agudo do miocárdio.

Quanto mais fatores de risco apresentar, maior a exigência de controle do colesterol ruim, e os níveis considerados normais, devem ser mais baixos.

A mudança de hábitos de vida, é a principal medida para diminuir o colesterol ruim (LDL).

O tratamento e medidas para diminuir a taxa de colesterol ruim começa na mudança de hábitos de vida.

A atividade física regular, alimentação balanceada, evitar bebidas alcoólicas e abandonar hábitos ruins como o cigarro, são fundamentais para reduzir o colesterol ruim.

A prática regular de exercícios, também favorece o aumento do colesterol bom (HDL), colesterol que contribui para a redução do LDL.

Quando é indicado fazer o exame de colesterol? O primeiro exame de colesterol deve ser feito ainda na infância.

De acordo com as diretrizes atuais das associações de cardiologia, o primeiro exame de colesterol já deve ser feito na infância, entre os 9 e 11 anos de idade. No caso de crianças com história familiar de hipercolesterolemia ou diabetes, deve ser feito ainda antes dos 9 anos.

Para adultos, é indicado começar o rastreio aos 20 anos, repetindo a cada 5 anos, enquanto mantiver valores dentro dos limites adequados. Contudo, se o exame se apresentar alterado, esse acompanhamento deve ser anual e não mais a cada 5 anos.

Para realizar o exame do colesterol é preciso um pedido médico. Converse com o médico da família para avaliar a sua necessidade, calcular o risco real e valores adequados de colesterol no sangue.

Saiba como se alimentar de forma saudável e contribuir para a redução do colesterol ruim, no seguinte artigo: Como deve ser a dieta para baixar o colesterol?

Referências:

  • American Heart Association - What Your Cholesterol Levels Mean. May 22, 2020.
  • Diretrizes da Sociedade Brasileira de Cardiologia - 2017.
  • Sociedade Brasileira de Diabetes.
Hemácias na urina: o que isso significa?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A presença de hemácias ou eritrócitos na urina significa que tem sangue na urina, a presença de sangue na urina é chamada de hematúria.

As hemácias podem ser percebidas na urina pela cor avermelhada, quando em altas quantidades, ou pode ser identificada no exame de urina de rotina (EAS).

No exame de urina normal, a presença de hemácias é raro. Os valores considerados dentro da normalidade são descritos de 3 formas, dependendo do laboratório:

  • Menos de 10.000 células/mL ou
  • 3 a 5 hemácias por campo ou
  • hemácias ausentes / raras hemácias.

Se no resultado do seu exame o valor das hemácias for superior aos valores descritos, significa que as hemácias estão elevadas na urina. As causas mais comuns de hematúria são a cistite, pedras nos rins, período menstrual, uso de medicamentos e as doenças na próstata.

Hemácias na urina, o que pode ser? 1. Cistite

A cistite é a infecção urinária que se localiza na bexiga. A infecção causa dor, urgência para urinar, ardência, urina muito amarelada com cheiro forte e incômodo constante. A hematúria, embora não seja um dos sintomas mais comuns, pode também estar presente, especialmente nas infecções mais graves.

Se você perceber sangue na urina, ardência e mau cheiro, aumente a ingestão de água por dia enquanto procura o médico de família, clínico geral ou urologista. Pode ser necessário iniciar o tratamento com antibióticos, por 7 a 10 dias.

2. Pedra nos rins

O cálculo renal ou pedra nos rins, é uma condição que nem sempre causa sintomas. A pessoa pode apresentar dor e sangue na urina apenas quando essas pedras passam pelo ureter e provocam machucados.

Se a pedra obstruir completamente o fluxo da urina, a urina fica acumulada no ureter e no rim o que causa a dor intensa, náuseas, vômitos. A dor se inicia nas costas, apenas do lado acometido, depois irradia para o abdome e virilha. Nos homens pode irradiar para os testículos e, nas mulheres, para a vulva. Esse quadro é chamado de cólica renal.

Na imagem II a presença da pedra no ureter esquerdo, impede o fluxo de urina, com consequente dilatação do ureter e do rim do mesmo lado.

Durante uma crise de cálculo renal, evite a ingestão exagerada de líquidos. Beber água e outros líquidos em excesso podem aumentar a pressão da urina no rim e, por este motivo, aumentar a sua dor. Por causa do dor intensa, dirija-se rapidamente à emergência hospitalar.

O tratamento deve ser determinado pelo médico urologista, com o uso de medicamentos para dor, antibióticos, ondas de choque (litotripsia) e/ou cirurgia de urgência.

3. Pielonefrite

A pielonefrite é uma infecção nos rins que, geralmente ocorre devido à infecção urinária. Os sintomas incluem dor, ardência e mau cheiro na urina, associado a hematúria, calafrios, febre alta, dor lombar do lado direito ou esquerdo, náuseas e vômitos.

Nestes casos é preciso procurar uma emergência médica, pois a pielonefrite pode levar à uma infecção generalizada ou doença renal crônica, se não tratada rapidamente.

O tratamento consiste no uso de antibióticos por 14 dias, de preferência por via venosa, em ambiente hospitalar.

4. Período menstrual

Durante o período menstrual, é comum que as mulheres percebam a presença de sangue na urina, porém o sangramento é uterino e não do sistema urinário, por isso não é recomendado colher o exame neste período.

Se for realmente necessário realizar o exame no período menstrual, informe a situação ao laboratório, no momento da coleta e entrega do material.

5. Uso de medicamentos

O uso de medicamentos, especialmente os anticoagulantes como a aspirina, podem causar o surgimento de sangue/hemácias na urina. É mais comum que isto ocorra entre os idosos.

Nestes casos, o mais indicado é procurar o médico que indicou o uso deste remédio para que possa ser feito um ajuste na dosagem ou mesmo a troca da medicação.

6. Doenças na próstata

A próstata é uma glândula presente nos homens, localizada abaixo da bexiga, com a função de produzir o líquido seminal que compõem parte do sêmen, nutrir e proteger os espermatozoides.

O aumento dessa glândula, a hiperplasia benigna da próstata, é uma doença comum no homem da terceira idade, que devido a sua localização, acaba por comprimir a uretra, causando dor, diminuição do jato de urina e hematúria.

A próstata aumentada comprime a uretra, dificultando a passagem da urina.

Os sintomas ajudam no diagnóstico precoce e acompanhamento da doença, que embora seja benigna, tem um risco baixo de evoluir para um câncer de próstata. Portanto, se sentir esses sintomas, procure um médico de família ou urologista para avaliação.

A sociedade de urologia indica o exame de próstata de rotina, com toque retal e exame de PSA no sangue, para todos os homens a partir dos 50 anos, ou 45 quando houver história da doença na família.

7. Câncer renal

O câncer renal pode causar aumento de hemácias na urina, dor na região entre as costelas e o quadril do lado direito ou esquerdo (flancos), pode levar a episódios de febre baixa sem causa aparente, perda de peso e inchaço abdominal.

Perceba que estes sinais e sintomas podem ser provocados por outras doenças. Por este motivo a mais indicado é procurar um médico de família, clínico geral ou nefrologista o mais rápido possível.

Além da história clínica, podem ser necessários exames como tomografia ou ressonância magnética. O tratamento pode consistir no uso radioterapia e/ou quimioterapia e/ou remoção do rim. Somente em uma consulta médica com avaliação de exames é possível definir o melhor tratamento.

Como tratar hemácias altas na urina?

O tratamento da hematúria (hemácias altas na urina) depende da sua causa. Por exemplo: se as hemácias na sua urina estão elevadas por causa de uma cistite, o tratamento será efetuado com uso de antibióticos.

Em alguns casos, como pedra nos rins, alterações na próstata ou mesmo o câncer renal, podem ser necessários tratamento medicamentoso e cirúrgico. O médico urologista é o responsável por tratar e acompanhar esses casos.

Hemácias na urina durante a gravidez é normal?

Não. Se você está grávida, não é normal urinar com sangue e nem apresentar hemácias altas no exame de urina.

As infecções urinárias como a cistite (infecção da bexiga) e uretrite (infecção da uretra) são comuns na gravidez devido ao aumento do trato urinário e ampliação do útero. Quando não são tratadas adequadamente estas infecções podem provocar hemácias altas na urina.

Se durante a gestação você perceber sangue na urina ou sentir sintomas como dor ou ardor ao fazer xixi, dor na virilha, náuseas, vômitos e fraqueza é importante aumentar a ingestão de água e procurar o seu ginecologista ou obstetra.

O médico avaliará se estes são sintomas da própria gravidez, como náuseas vômitos e fraqueza, ou se estão relacionados a doenças. É possível que você precise fazer exame de urina para identificar a causa da presença de hemácias.

Quando devo me preocupar?

É importante você buscar rapidamente um médico de família, clínico geral, urologista (para os homens), ginecologista (para as mulheres) ou nefrologista, se você sentir ou perceber:

  • Dificuldade para urinar
  • Dor ao urinar
  • Urina com odor desagradável
  • Incontinência urinária
  • Dor no baixo ventre
  • Suspensão ou redução da quantidade de urina
  • Dor lombar do lado direito ou esquerdo
  • Urina com sangue persistente, por mais de 48 horas
  • Febre
  • Vômito
  • Edema (inchaço) nas pernas
  • Pressão alta
  • Edema (inchaço) no abdome
  • Perda de peso

Estes sintomas indicam problemas das vias urinárias e/ou renais que precisam ser devidamente investigados e adequadamente tratados.

Se você perceber que a sua urina está avermelhada (hemácias na urina) ou qualquer outro sinal não se automedique. Procure um médico de família, clínico geral ou urologista.

Veja também:

Referências

Brasil. Ministério da Saúde; Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Endocrinologia e nefrologia. Brasília: Ministério da Saúde, 2016.

Brasil. Ministério da Saúde; Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Urologia. Brasília: Ministério da Saúde, 2016.

O que significa colesterol não-HDL alto? Para que serve?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O colesterol não-HDL alto significa que o seu colesterol ruim está aumentado. O que representa um maior risco para doenças cardiovasculares, como o infarto agudo do coração e o derrame cerebral.

O que é colesterol não-HDL?

O colesterol total é a soma de todas as frações de colesterol, chamadas HDL, LDL, VLDL e IDL. O colesterol não-HDL é o colesterol total menos o HDL. Por isso, um exame de sangue pode vir descrito apenas como colesterol HDL e não-HDL.

  • O termo HDL é a abrevisão em inglês de lipoproteina de alta densidade, considerado o bom colesterol.
  • O não-HDL inclui as demais lipoproteinas, LDL (lipoproteina debaixa densidade), VLDL (lipoproteina de muito baixa densidade) e IDL (lipoproteina de densidade intermediária), consideradas frações de colesterol ruim.
Por que o colesterol não-HDL é considerado ruim?

Porque aumentam o risco de doenças vasculares, como o infarto do coração e o derrame.

O LDL, VLDL e o IDL, ou simplesmente colesterol não-HDL, possuem um baixo peso molecular, são mais "leves", o que facilita a sua deposição e acúmulo dentro das artérias, formando as placas de gordura. Com isso, aumentam o risco do entupimento desse vaso.

O colesterol HDL, devido ao seu maior peso molecular, faz o caminho contrário, além de não se acumular nos vasos, pode remover as placas de gordura quando passa pela artéria. Por isso é considerado um bom colesterol, um fator protetor para doença cardiovascular.

Quais os valores normais de colesterol HDL e não-HDL?

Os valores considerados normais são:

  • HDL - acima de 40 mg/dl
  • Não-HDL: abaixo de 130 mg/dl
  • Colesterol total - abaixo de 190 mg/dl

No entanto, esses valores podem variar, de acordo com a saúde e riscos de doenças vasculares de cada pessoa. Esse risco é estimado pelo médico, durante a consulta, de acordo com as doenças crônicas e estilo de vida da pessoa.

Quanto maior o risco, maior a exigência de controle do colesterol. As taxas devem ser mais baixas para diminuir o risco de entupimento.

A pressão alta, diabetes, tabagismo, aumento de peso e sedentarismo são fatores que aumentam esse risco. Sendo assim, o médico pode orientar o valor mais adequado de colesterol não-HDL para cada um de forma individualizada.

Colesterol não-HDL de acordo com o risco cardiovascular:
  • Baixo risco - abaixo de 160 mg/dl
  • Risco Intermediário - abaixo de 130 md/dl
  • Alto risco - abaixo de 100 mg/dl
  • Muito alto risco - abaixo de 80 mg/dl
O que fazer para baixar o colesterol ruim?

Para reduzir o colesterol é preciso cuidar da alimentação, praticar atividades físicas e algumas vezes, especialmente nos casos de doença genética, incluir medicamentos.

Procure seguir as orientações abaixo:

1. Alimente-se bem

Evite comer frituras e gordura, aumente a sua ingesta de verduras e legumes nas refeições e procure comer frutas diariamente. Também é indicado beber pelo menos 1 litro e meio de água por dia.

Para uma dieta equilibrada, com todos os alimentos necessários para o bom funcionamento do seu organismo, o mais indicado é que procure um profissional dessa área, um nutrólogo ou nutricionista.

2. Diminua o peso

Pessoas com história familiar podem ter o colesterol ruim aumentado, mesmo com o peso ideal, nesses casos não é preciso perder peso, provavelmente será indicado um medicamento e atividade física regular para reduzir o risco cardiovascular.

Porém, na maioria das vezes, o aumento da gordura está associado ao aumento de peso, que pode ser identificado pelo cálculo do IMC (índice de massa corpórea). O IMC é calculado pela fórmula: O recomendado é que esteja abaixo de 25.

Saiba como calcular o seu IMC no artigo: Como calcular o peso ideal?

3. Pratique atividade física regularmente

A prática de exercícios é a forma mais eficaz para redução do colesterol ruim, mas para ter efeito, é preciso que seja feita pelo menos 4x por semana, durante 30 minutos ou mais.

Procure o seu médico para avaliar qual seriam os esportes ou atividades propostas para o seu caso, e se possível, procure um profissional da área de educação física para ajudar no treino, para que o resultado seja alcançado mais rápido, respeitando as suas limitações.

4. Tome os seus remédios corretamente

O uso correto das medicações, seja da pressão, do açúcar elevado ou outras medicações que faça uso são fundamentais.

Se for preciso, coloque alarmes, despertadores ou peça ajuda a algum familiar, para tomar as medicações sempre no mesmo horário, auxiliando o corpo a encontrar o seu equilíbrio e resultados positivos.

5. Evite hábitos ruins

Especialmente o cigarro deve ser abandonado. O tabagismo aumenta em até 5 vezes o risco de um infarto, sendo desaconselhado o seu uso. Existem diversos tratamentos para auxiliar nesse processo, converse com o seu médico. Bebidas alcoólicas também devem ser evitadas porque aumentam o peso e a produção de colesterol ruim.

Embora o organismo precise de todos os tipos de colesterol para manter o seu funcionamento normal, as taxas elevadas podem também causar problemas à saúde. Procure manter o equilíbrio seguindo os valores recomendados para cada tipo de colesterol.

Para mais esclarecimentos sobre esse assunto, converse com o seu médico da família ou clínico geral.

Saiba mais sobre como reduzir o colesterol ruim nos artigos:

Referência:

Consenso Brasileiro para a Normatização da Determinação Laboratorial do Perfil Lipídico.

Quantas vezes é normal urinar por dia?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Em média, um adulto saudável, urina de 4 a 6 vezes em um dia. O volume total de urina nessas micções é estimado entre 1.000 a 2.000 ml em 24 horas; ou seja, de 1 a 2 litros por dia.

A criança já urina mais vezes, sendo considerado normal de 5 até 12 vezes por dia, desde que não existam outros sintomas ou queixas. O volume total de urina, também são 2 litros por dia.

Entretanto, muitos fatores podem modificar esses números, sem que indique um problema. A gestação, alimentação, o consumo de água, o clima, temperatura e até o estado emocional, podem interferir nesses valores.

Fazer xixi toda hora é normal?

Depende. Urinar muito durante o dia, para pessoas que bebem muita água, pode ser totalmente normal, principalmente em ambientes mais frios, quando suamos menos, perdendo menos líquido.

No verão, devido ao calor e a perda de líquidos pelo suor, é normal que urine menos, porque o corpo precisa reter mais água, como compensação natural do organismo e para proteger a função renal.

Por outro lado, um volume de urina maior do que 3 litros por dia não é considerado normal, mesmo que beba muita água. Assim como a presença de ardência e mau cheiro na urina. Nesses casos é preciso procurar um urologista para avaliação médica.

O que pode aumentar a vontade de urinar? O que fazer?

Situações que aumentam a vontade de urinar, são por vezes benignas e não necessitam de qualquer tratamento, como a gestação e o hábito de beber muita água. Porém, existem outras situações, que precisam de tratamento, como a infecção urinária e a diabetes.

A seguir detalhamos as principais causas de aumento da frequência do xixi.

1. Diabetes

A diabetes é a causa mais frequente de aumento do volume urinário. Trata-se de uma doença crônica caracterizada pelo aumento de açúcar no sangue, maior frequência urinária (poliúria), aumento da sede (polidipsia) e aumento do apetite (polifagia).

Os sintomas do diabetes então incluem sentir muita sede, muita fome e muita vontade de urinar, com volume de urina acima de 2 litros e meio nas 24 horas.

Na presença desses três sintomas, procure um endocrinologista o quanto antes, para uma investigação médica mais cuidadosa, e sendo confirmada, iniciar o correto tratamento.

2. Cistite

A cistite é uma infecção urinária, localizada na bexiga, que causa uma vontade quase constante de ir ao banheiro, porém só consegue eliminar pouca quantidade de xixi. Além disso, apresenta dor, ardência ao urinar, urina muito amarela e com mau cheiro, associada ou não a presença de corrimento e sangue na urina.

Acomete homens e mulheres, embora seja bem mais frequentes nas mulheres.

Na suspeita de uma infecção urinária, procure o seu médico de família, ou um urologista, para confirmar o diagnóstico e iniciar o tratamento. O tratamento é feito com antibióticos por 7 a 10 dias e aumento do consumo de água.

3. Gravidez

Durante a gravidez, pode ser normal, especialmente no terceiro trimestre, quando o bebê já está maior, ocupando mais espaço na cavidade abdominal da mãe. Nessa fase, a bexiga fica comprimida, com menor capacidade para armazenar a urina produzida.

Por isso, é esperado que a gestante faça mais vezes xixi, mas sem nenhuma outra queixa. A urina se mantém clarinha e sem cheiro. Na presença de sintomas de infecção, com ardência, mau cheiro ou urina escura, é fundamental que procure o seu médico para avaliação.

Importante lembrar que a gestante tem a imunidade mais comprometida, por isso maior predisposição à infecção urinária. Confirmando a doença, precisa iniciar o tratamento com antibióticos rapidamente, a fim de evitar complicações, como o parto prematuro.

4. Doenças da próstata

A próstata é uma glândula exclusiva dos homens, localizada logo abaixo da bexiga e por onde passa a uretra, canal que leva a urina para ser eliminada. A sua principal função é armazenar e secretar o líquido seminal, fluido que se junta aos espermatozoides, para dar origem ao sêmen.

As doenças da próstata causam o aumento do seu volume, que devido à localização, comprime a uretra, dificultando a passagem do xixi. Com isso, o esvaziamento durante a micção não é completo, dando a impressão de estar sempre com vontade de fazer xixi.

A dor, urgência, ou incontinência urinária, são sintomas típicos dessa doença.

O tratamento deve ser definido pelo médico urologista.

1 - Próstata normal, com o canal da uretra livre para passagem da urina. 2 - Próstata aumentada (hiperplasia), comprimindo o canal, impedindo o fluxo da urina. 5. Bexiga hiperativa

A Bexiga Hiperativa que pode atingir tanto homens como mulheres, se caracteriza por contrações involuntárias da bexiga causando uma vontade constante e urgente de urinar.

Pessoas com bexiga hiperativa costumam urinar mais de 8 vezes por dia, inclusive durante a noite, associada a urgência ou incontinência urinária (perda de pequena quantidade de xixi na roupa, quando não dá tempo de chegar ao banheiro).

O tratamento é definido pelo urologista, com mudanças comportamentais, uso de medicamentos, fisioterapia pélvica, pode ser aplicado toxina botulínica ou, em casos refratários, cirurgias.

6. Ansiedade

A ansiedade é um distúrbio emocional que aumenta a liberação de neurotransmissores no sangue, causando entre outros sintomas, o aumento da vontade de urinar. Parece ter relação com uma estimulação exagerada da bexiga.

O tratamento deve ser feito com psicoterapia e urologia. Por vezes é tão grave e causa tantos constrangimentos, que precisa de tratamento medicamentoso.

Outras causas menos comuns que aumentam a vontade de urinar ou causam a urgência e incontinência são: Consumo exagerado de bebidas alcoólicas, pedras nos rins, doenças neurológicas (AVC, Parkinson, traumatismo craniano), ou efeito colateral de certos medicamentos, como os diuréticos.

Urinar pouco é normal?

Urinar um volume abaixo de 500 ml (meio litro) por dia, não é normal, e deve ser investigado imediatamente.

Se urinar entre 500 ml e um litro durante o dia e antes urinava muito mais, é preciso avaliar se existe um motivo para essa redução, ou se é mesmo sinal de algo errado na sua função renal.

Hábitos ruins como: beber menos de 1 litro e meio de água por dia, praticar exercícios sem se hidratar adequadamente ou consumir muito sal na alimentação, podem sobrecarregar os rins por isso, produzir menor volume de urina. Nesses casos, basta ajustar as medidas sabidamente prejudiciais, para voltar a urinar normalmente.

No entanto, se não houve mudança de comportamento, bebe bastante água, se alimenta bem, e mesmo assim passou a urinar pouco, é fundamental procurar um urologista ou nefrologista, para avaliação do seu sistema urinário.

Quando devo me preocupar?

Os sinais e sintomas que são preocupantes e indicam a necessidade de uma avaliação médica, o quanto antes, são:

  • Urinar mais de 7 vezes ao dia (adulto) e mais de 12 vezes (criança);
  • Urinar mais de 3 litros por dia;
  • Urinar muito pouco (menos de 500 ml por dia);
  • Urina escura e/ou com mau cheiro;
  • Ardência ou incômodo ao urinar;
  • Sangue na urina;
  • Ir várias vezes ao banheiro mas fazer pouco xixi ou
  • Febre alta e perda de peso, junto com alterações na urina.

Para maiores informações sobre as doenças do trato urinário, converse com o seu médico de família ou com urologista, especialista nesse sistema.

Referências:

  • UpToDate. Daniel G Bichet, MD, et al. Evaluation of patients with polyuria. Sep.27, 2019.
  • Sociedade Brasileira de Urologia (Portal da Urologia).
O que significa microcitose discreta no exame?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A microcitose ou microcitose eritrocitária discreta no exame de sangue, significa que os glóbulos vermelhos estão pequenos, ou ligeiramente menores do que o tamanho considerado normal.

Os glóbulos vermelhos são conhecidos também por hemácias ou eritrócitos. São proteínas do sangue responsáveis por transportar o oxigênio para todo o corpo e responsáveis pela sua coloração vermelha.

O que é a microcitose?

A microcitose é a presença de hemácias de tamanho pequeno no exame de sangue, determinada pelo Volume Corpuscular Médio (VCM). O VCM é um dos índices de análise das hemácias, e de acordo com o resultado é descrito como:

  • Normocitose/ Normocítica - VCM normal (80 a 96 fL)
  • Microcitose / microcítica - VCM diminuído (Abaixo de 80 fL)
  • Macrocitose / Macrocítica - VCM aumentado (Acima de 96 fL)

A microcitose pode ser ainda classificada em:

  • Microcitose leve (discreta) - 70 a 80 fL
  • Microcitose moderada - 69 a 61 fL
  • Microcitose grave - igual ou menor que 60 fL

Entretanto, para definir se a microcitose encontrada sinaliza um problema de saúde ou não, é importante que o exame seja analisado em conjunto com outros índices descritos no hemograma, além do exame físico e clínico do paciente.

Analisando os valores de um hemograma

A anemia é a principal causa de microcitose, porém para a sua confirmação é fundamental analisar os resultados de toda a série vermelha, ou seja, avaliar todas as características das hemácias, como o HCM, RDW e a forma das hemácias.

Vale lembrar, que pode haver pequena variação para os valores normais, entre os laboratórios.

1. HCM

O HCM significa Hemoglobina Corpuscular Média, um índice que avalia a quantidade de hemácias e de hemoglobina na célula. De acordo com os valores, é denominado:

  • Normocromia / Normocrômico - HCM normal (27 a 33 pg)
  • Hipocromia / Hipocrômico - HCM diminuido (menor que 27 pg)
  • Hipercromia / Hipercrômico - HCM aumentado (acima de 33 pg)

Como a coloração do sangue também é definida pela quantidade de hemácias, na hipocromia o sangue se apresenta com vermelho mais claro, já que tem menos volume de hemácias, ao contrário, na hipercromia, o sangue é mais escuro e mais denso.

2. RDW

O RDW, abreviação de Red Cell Distribution Widthserve, é mais uma medida informada no hemograma, que indicada a variação de tamanho das hemácias.

Esse índice encontra-se aumentado nos casos de anemia, principalmente, na anemia ferropriva. O valor considerado normal, é de 11 a 14%.

3. Forma

A forma da hemácia é outro fator estudado quando é feito um exame de sangue, que está descrita ao final do laudo. A forma esperada é de um disco bicôncavo, onde as bordas são mais altas e o centro ligeiramente mais fundo.

Hemácias: formato de disco bicôncavo.

Qualquer outra forma é descrita como anormal, e suas características pormenorizadas ao final do exame de sangue. A mudança na forma da célula impede o transporte adequado de oxigênio pelo organismo.

A anemia falciforme, por exemplo, é uma doença hereditária, na qual a hemácia é produzida em forma de foice, dificultando o transporte de oxigênio, além de aumentar o risco de tromboses por se acumular dentro dos vasos.

Quais são as causas de microcitose?

A principal causa de microcitose são os diversos tipos de anemia, sendo a mais frequente, a anemia ferropriva.

Diabetes de longa data, doença renal crônica, doenças da tireoide, tratamento quimioterápico, tumores ou um processo infeccioso, também podem causar a anemia microcítica, embora nesses casos seja mais comum as anemias normocíticas/normocrômicas.

Qual é o tratamento para anemia microcítica e hipocrômica?

O tratamento vai depender da causa. Na anemia ferropriva, geralmente uma orientação alimentar com maior consumo de alimentos ricos em ferro, é suficiente. Para casos mais graves, é preciso associar comprimidos de sulfato ferroso.

Nos casos de doença crônicas, como a diabetes e a doença renal, ajustar a dose dos medicamentos e quando preciso, suplementar com comprimidos de ferro associado a ácido fólico. Casos de câncer, é preciso repor o ferro e por vezes, outros minerais e vitaminas, até a recuperação completa da doença.

Microcitose e hipocromia, o que pode ser?

A microcitose e a hipocromia no hemograma, sugere um quadro de anemia ferropriva.

A anemia ferropriva é o tipo de anemia mais frequente na população, especialmente em na infância. A reposição de ferro através de alimentação orientada é o tratamento mais eficaz, visto que a causa geralmente é a carência de alimentos ricos em ferro, nas refeições.

As doenças crônicas, são mais encontradas nos idosos, e representa a segunda causa mais comum de anemia microcítica e hipocrômica. Outras situações são mais raras, porém devem ser investigadas, como o câncer.

No entanto, toda a anemia é prejudicial à saúde, seja qual for a idade ou causa. A anemia significa uma redução de hemácias no sangue, que promove uma deficiência de oxigenação para o corpo, com isso traz prejuízos à saúde.

Na presença de anemia ou alterações no hemograma, procure o médico que solicitou o exame, para esclarecer as dúvidas, definir o motivo desse problema e iniciar o devido tratamento.

Saiba mais:

Referência:

ABHH - Associação Brasileira de hematologia, hemoterapia e terapia celular.

O que é uma isquemia cerebral? Quais os sintomas?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A isquemia cerebral, é a falta de sangue em uma região do cérebro, causada pelo entupimento da artéria que leva o sangue até essa região.

Tem como principais causas, a presença de um coágulo ou placas de gordura, que impedem a passagem do sangue. Com isso, chega menos oxigênio e menos açúcar no cérebro, desencadeando os sintomas de acordo com a área que foi atingida.

A isquemia é conhecida também por derrame cerebral ou Acidente Vascular Cerebral (AVC) isquêmico.

Quais são os sintomas de uma isquemia cerebral?

Os primeiros sintomas de uma isquemia são:

  • Diminuição de força - a pessoa não consegue levantar ou manter por pelo menos um minuto, um dos braços ou uma das pernas,
  • Dificuldade de falar - parece que a língua fica adormecida ou "enrolada", e a pessoa não consegue falar o seu nome inteiro ou uma frase simples,
  • "Boca torta" - a assimetria no rosto faz a boca parecer torta, e acontece devido ao enfraquecimento dos músculos de um lado apenas do rosto,
  • Formigamento - diminuição da sensibilidade ou sensação de formigamento em um dos membros, ou um lado inteiro do corpo, inclusive rosto,
  • Perda da visão - a vista fica borrada, ou perde completamente a visão em um dos olhos, de início súbito,
  • Falta de equilíbrio - tonturas, desequilíbrio e dificuldade de se manter de pé ou caminhar em linha reta, pode ocorrer quando a isquemia atinge o cerebelo,
  • Confusão mental - a pessoa fica confusa, diz frases sem sentido ou não reconhece pessoas próximas.

Havendo um ou mais desses sintomas, de início súbito, é fundamental que procure uma emergência médica ou ligue para o SAMU 192.

Quais são os tipos de AVC?

Existem basicamente dois tipos de AVC, aquele que ocorre devido à falta de sangue, o AVC isquêmico e o AVC hemorrágico, quando a artéria se rompe, causando uma hemorragia cerebral.

Entretanto, quando a isquemia se resolve rápida e espontaneamente, sem deixar sequelas, chamamos de Isquemia transitória (AIT).

1. Acidente Vascular Cerebral Isquêmico (Isquemia cerebral)

O Acidente Vascular Cerebral Isquêmico ou isquemia cerebral, é o tipo mais comum de AVC. A presença de um coágulo ou placa de gordura impede que o fluxo normal de sangue chegue até o cérebro.

Quando essa obstrução ocorre em um grande vaso, ou quando dura muitas horas, a falta de sangue e de oxigênio causam a morte de neurônios, e essa região para de realizar as suas funções.

Os sintomas são muito variados porque dependem da área que foi acometida. Se a isquemia ocorrer na área da fala, a pessoa pára de repente de falar; quando atinge a área responsável pela força do braço direito, esse braço fica pesado, ou paralisado, e assim por diante.

2. Acidente Vascular Cerebral Hemorrágico

Felizmente o Acidente Vascular Hemorrágico, é o tipo menos comum. Nesse caso o que acontece é a ruptura de uma artéria dentro do cérebro, e não uma isquemia. As causas principais são o aumento da pressão e a presença de aneurisma cerebral.

O sangue fora da artéria (hemorragia), é bastante irritativo para o cérebro. Os sintomas são de muita dor de cabeça, de início súbito, algumas pessoas descrevem como a pior dor de suas vidas, ou como "uma bomba estourando dentro da cabeça", e nenhum remédio alivia. É comum ainda apresentar rigidez de nuca (pescoço duro) e vômitos intensos.

É o acidente vascular cerebral mais grave e com maior risco de mortalidade.

3. Isquemia Cerebral Transitória ou Ataque Isquêmico Transitório (AIT)

É uma isquemia "temporária", provocada pela falta de circulação sanguínea para uma área do cérebro, que dura pouco tempo, a circulação é restabelecida rapidamente, sem medicamentos ou tratamentos.

Pode haver todos os sintomas típicos de uma isquemia, mas que desaparecem completamente quando a circulação normal retorna.

Por muito tempo o critério para AIT era baseado no tempo dos sintomas, ou seja, sintomas que duravam menos de 24 horas eram considerados AIT. Entretanto, pesquisas mostraram que não era uma forma correta para essa definição. Atualmente, se a morte de neurônios é confirmada no exame de imagem, é considerado AVC mesmo que não observe sequelas.

Importante ressaltar que o AIT é um fator de risco para o AVC. A pessoa que já teve um AIT, comprovadamente possui um risco muito maior de desenvolver um AVC isquêmico no futuro, especialmente dentro dos próximos meses, do que outras pessoas.

Existe tratamento para a isquemia cerebral?

Sim. O melhor tratamento atual, é a trombólise. Uma medicação administrada pela veia, para dissolver o coágulo que está impedindo o fluxo de sangue para o cérebro. Quanto mais rápido conseguir dissolvê-lo e o sangue voltar a nutrir aquela área, menor o risco de uma sequela.

No entanto, essa medicação só pode ser usada quando a pessoa consegue chegar a uma emergência dentro das primeiras 4 horas do início dos sintomas. Existem ainda alguns critérios de contraindicação, mesmo que chegue a tempo, que são principalmente o uso de anticoagulantes e cirurgias recentes.

Caso não tenha indicação da trombólise, seja pelo tempo de chegada ao hospital ou por alguma contraindicação, outras medidas são importantes e devem ser iniciadas tão rápido quanto possível, como:

  • Manter os sinais vitais adequados (pressão arterial controlada, batimentos cardíacos regulares e a temperatura do corpo normal;
  • Inciar o quanto antes o tratamento de reabilitação, com terapia da fala, terapia ocupacional e fisioterapia, conforme os sintomas de cada paciente;
  • Cirurgia, mais raramente, mas pode ser preciso, por exemplo, nos casos de obstrução grave de artéria carótida;
  • E após a fase aguda, seguir com acompanhamento médico, para controle dos fatores de risco, evitando um novo evento de AVC.
E para a isquemia transitória, qual deve ser o tratamento?

O tratamento primordial da isquemia transitória é de prevenir um AVC Isquêmico!

A prevenção deve ser feita como o controle de doenças, controle rigoroso da pressão arterial, dos níveis de colesterol e de açúcar (glicemia) no sangue.

Para os fumantes é recomendado deixar de fumar. Todos são aconselhados a iniciar uma atividade física regular e seguir uma dieta balanceada que poderá ser melhor orientada por um nutricionista.

Além disso, são administrados medicamentos que reduzem o risco de AVC: As estatinas, que reduzem o colesterol ruim, e os anticoagulantes e/ou antiplaquetários, para reduzir a formação de coágulos.

É possível prevenir as isquemias cerebrais?

Sim. Para prevenir a isquemia cerebral (acidente vascular cerebral) é preciso manter hábitos e um estilo de vida saudável:

  • Evitar alimentos gordurosos;
  • Manter uma alimentação saudável com baixo teor de sal e rica em frutas, verduras, cereais integrais e carnes magras;
  • Praticar atividade física regularmente orientada por um educador físico e após avaliação médica, pelo menos 4x por semana;
  • Não fumar;
  • Evitar o consumo de bebidas alcoólicas;
  • Cuidar das doenças crônicas, fazendo uso regular das suas medicações diárias, principalmente cuidar da pressão arterial, colesterol e açúcar no sangue.
Quais são os fatores considerados de risco para desenvolver uma isquemia cerebral?
  • Pressão alta;
  • Colesterol elevado (especialmente o LDL);
  • Diabetes;
  • Obesidade;
  • Tabagismo;
  • Sedentarismo (falta de atividade física);
  • Idade avançada,
  • Consumo excessivo de bebidas alcoólicas;
  • Alimentação ruim, rica em sal e gorduras;
  • Portadores de doenças cardíacas.
A isquemia cerebral deixa sequelas?

Sim. A isquemia pode deixar sequelas se acometer uma área muito extensa do cérebro e se não for tratada rapidamente.

As sequelas mais comuns são:

  • Paralisia facial;
  • Paralisia do braço e/ou perna de um dos lados do corpo;
  • Dificuldade de falar ou engolir;
  • Perda da coordenação motora;
  • Cegueira;
  • Dificuldade de memória;
  • Alterações psicológicas como a depressão.

Profissionais como fisioterapeutas, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais e psicólogos podem auxiliar a minimizar as sequelas ou mesmo a recuperação das funções perdidas.

É importante que o acompanhamento do neurologista desde o início do quadro de isquemia até a recuperação das funções neurológicas perdidas.

Não deixe de buscar rapidamente um pronto-socorro sempre que algum sintoma de isquemia cerebral seja percebido.

Referência:

Rede Brasil AVC

O que pode ser uma mancha preta na unha?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Mancha preta na unha pode ser sinal de diversos problemas que acometem as unhas das mãos ou dos pés. Os mais comuns são as micoses (infecção por fungo), melanoma, melanoníquia, doenças sistêmicas e traumas físicos ou mecânicos.

Conheça neste artigo a principais causas de mancha pretas nas unhas:

Micoses

Algumas micoses podem causar mancha preta, linhas ou riscos verticais na unha. A onicomicose é uma doença infecciosa causada por fungos que se alimentam da queratina (proteína) da unha. Essa micose pode deixar a unha mais grossa, dura, sem brilho e com linhas verticais.

A onicomicose é mais comum nas unhas dos pés, mas pode acometer as unhas das mãos também. O tratamento da micose na unha é feito com uso de esmaltes e antibióticos orais utilizados por um longo período.

Melanoma

O melanoma é um tipo de câncer de pele que pode acometer as unhas. Nesse caso, a mancha escura na unha aparece de forma inesperada em forma de listra ou como uma pinta preta ou marrom embaixo da unha.

Em geral, é restrita a apenas uma unha. Esse tipo de mancha precisa ser investigada pelo dermatologista e, em alguns casos, é necessária biópsia.

Melanoníquia

A melanoníquia é outro acometimento que produz listras pretas nas unhas. Ela é comum em pessoas negras e pode indicar benignidade. Nesse caso, não há indicação de tratamento uma vez que é algo natural da própria unha.

Doenças sistêmicas

Doenças sistêmicas acometem vários órgãos e sistemas do corpo e também podem provocar manchas e linhas verticais nas unhas. Estas doenças podem ser renais, insuficiência cardíaca, cirrose hepática, doença pulmonar obstrutiva cronica (DPOC) e doença vascular periférica.

O tratamento de mancha na unha causada por doenças sistêmicas está relacionado à estabilização da doença crônica. Por isso, esse acompanhamento deve ser realizado com o médico especialista que já é de sua referência.

Traumas físicos ou mecânicos

Os traumas físicos ou mecânicos podem ser provocados por queda de objeto sobre o dedo ou compressões como ao fechar o dedo na porta e o uso de calçado apertado e pisão no pé.

O uso de sapatos apertados ou a prática de determinados esportes também podem provocar traumas constantes na unha e, consequentemente, o surgimento de manchas escuras.

Todos esses traumas podem provocar hematoma embaixo da unha e, consequentemente, o aspecto de mancha preta na unha.

Como é feito o tratamento da mancha preta na unha?

O tratamento para mancha preta na unha dependerá da causa que provocou o escurecimento. Pode ser usado desde medicamentos antifúngicos e compressas de gelo até a indicação de biópsia para indicação do melhor tratamento.

Além disso, é preciso observar o tempo em que a unha está dessa forma, a quantidade de unhas afetadas a presença de outros problemas e de doenças sistêmicas.

Caso você esteja com mancha preta ou listas verticais nas unhas, procure um médico de família, clínico geral ou dermatologista para uma avaliação detalhada, identificação da causa e tratamento apropriado para o seu caso.

Para saber mais sobre manchas e problemas nas unhas, você pode ler:

Unha inflamada o que fazer?

Unhas amareladas podem ser sinal de doença?

Mancha branca na unha: quais as causas e como tratar?

Referência

SBD. Sociedade Brasileira de Dermatologia.

Faringite estreptocócica: sintomas e tratamento
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

A faringite estreptocóccica é a infecção de garganta causada pela bactéria Streptococcus do grupo A, sendo a mais comum causa de faringite bacteriana.

A faringite causada pelo Streptococcus é comum em crianças e pouco frequente em adultos, atinge principalmente crianças e adolescentes entre os 5 e 15 anos, sendo rara em menores de 3 anos.

Quais são os sintomas da faringite estreptocócica?

Os principais sintomas da faringite estreptocócica são:

  • Dor de garganta súbita e persistente, principalmente ao engolir;
  • Febre;
  • Inchaço dos gânglios na frente do pescoço;
  • Dor de cabeça;
  • Dor abdominal;
  • Náusea e vômitos.
Faringite estreptocócica

Na faringite estreptocócica a garganta fica inflamada, avermelhada, as amígdalas ficam inchadas e podem aparecer pontos ou placas de pus. Também podem surgir pequenos pontos vermelhos no céu da boca, chamados de petéquias.

Contudo, em faringites virais alguns desses sinais também podem estar presentes, podendo dificultar o correto diagnóstico e a diferenciação entre faringite viral ou bacteriana.

Por isso, pode ser feito um teste rápido de pesquisa da bactéria Streptococcus na garganta para o diagnóstico da faringite estreptocócica. Esse teste é feito através da retirada de uma pequena quantidade de secreção da garganta através de um swab, material semelhante a um cotonete grande.

Como se pega a faringite estreptocócica?

A faringite estreptocócica é transmitida principalmente através da transmissão direta de pessoa para pessoa. Normalmente, a transmissão ocorre através da saliva ou secreções nasais de uma pessoa infectada. Raramente, a faringite estreptocócica também pode ser transmitida por alimentos.

Após 24 horas de início do tratamento com antibiótico, a pessoa com faringite já não transmite mais a bactéria.

Qual o tratamento para a faringite estreptocócica?

Caso apresente sintomas sugestivos de faringite estreptocócica como dor de garganta intensa e febre deverá procurar um médico, que irá através da avaliação dos sinais e sintomas apresentados e possivelmente da realização do teste rápido para o Streptococcus diagnosticar a faringite estreptocóccica e iniciar o tratamento.

A faringite estreptocócica é tratada com antibiótico. A injeção de penicilina benzatina (benzetacil) em dose única ou a amoxacilina por 10 dias são os antibióticos comumente utilizados.

O uso de antibióticos reduz a gravidade dos sintomas e acelera a recuperação das crianças com faringite estreptocócica. Sem terapia antibiótica, os sintomas geralmente desaparecem em cerca de três a cinco dias.

No entanto, os antibióticos também reduzem os riscos de complicações como febre reumática, glomerulonefrite pós-estreptocócica e artrite reativa.

Eventualmente pode ser necessário o uso de medicamentos analgésicos e anti-inflamatórios para o alívio dos sintomas.

13 informações importantes sobre o exame de Papanicolau
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O exame de Papanicolau, cientificamente chamado de colpocitologia oncológica, é um exame ginecológico utilizado para detectar precocemente o câncer de colo de útero. Para que a prevenção aconteça é preciso que você conheça os benefícios do exame Papanicolau e esclareça as suas dúvidas.

1. Para que serve o exame Papanicolau?

O exame Papanicolau, mais conhecido por exame preventivo, é utilizado como exame de rotina em todas as melhores, com objetivo de diagnosticar o câncer de colo de útero, mesmo nos estágios inciiais. É capaz também de identificar a presença de células pré-cancerosas no colo do útero, ou seja, células que podem se tornar câncer. Por isso dizemos que pode "prevenir" a doença.

2. O exame Papanicolau é também usado para o diagnóstico de infecções sexualmente transmissíveis?

Não. O Papanicolau não é o exame adequado para detectar infecções sexualmente transmissíveis, nem mesmo provocadas pelo HPV. No caso do HPV, o Papanicolau identifica células pré-cancerosas provocadas pelo vírus.

Durante a consulta o ginecologista pode suspeitar da presença de doença sexualmente transmissível e realizar outros exames, para essa investigação, como o exame a fresco que consiste em coletar o material (secreção ou corrimento), colocar em uma lâmina e analisar com a ajuda de um microscópio. Este é um procedimento simples, feito no próprio consultório, que identifica infecções e não causa dor.

Os sintomas que sugerem uma IST são principalmente, a presença de corrimentos, coceira, ardor, sangramento fora do ciclo menstrual e dor durante a relação sexual.

3. Quem deve fazer o exame Papanicolau?

Todas as mulheres com idade entre 25 e 64 anos de idade que têm ou já tiveram vida sexual ativa, devem realizar o exame Papanicolau.

4. Quando devo fazer o exame Papanicolau?

Para o Ministério da Saúde, se você tem entre 25 anos e 64 anos e possui ou possuía vida sexual ativa, é importante fazer o exame Papanicolau obedecendo os seguintes intervalos:

  • Depois da realização do primeiro exame, o segundo deve ser efetuado após um ano;
  • Se os resultados destes dois exames forem normais, o exame seguinte somente precisará ser feito após 3 anos;
  • Se os resultados indicarem lesões provocadas por HPV ou lesão de baixo grau, é preciso repetir o exame após 3 meses;
  • Se o resultado do exame Papanicolau indicar lesão de alto grau, o seu ginecologista definirá a melhor conduta a ser tomada.
5. Preciso fazer algum preparo para fazer o exame Papanicolau?

Não é necessário nenhum preparo especial para efetuar o exame de Papanicolau, embora seja importante ter atenção a alguns detalhes:

  • Não faça o exame Papanicolau enquanto estiver menstruada;
  • Evite a realização de duchas vaginais no dia e no dia anterior;
  • Não utilize medicamentos intravaginais como cremes e óvulos vaginais 72 horas antes do exame;
  • Evite relações sexuais nas 72 horas anteriores ao Papanicolau;
  • Para as mulheres que tiveram bebê, o ideal é aguardar entre seis e oito semanas para efetuar o Papanicolau.
6. Como é feito o exame Papanicolau? Exame Papanicolau

O Papanicolau é um exame simples, indolor, realizado no consultório do ginecologista.

A posição que você adotará para a realização do exame, é a posição ginecológica (deitada, com as pernas afastadas e os pés ficarão apoiados em um suporte).

Para efetuar o exame o médico introduzirá na vagina um instrumento chamado de espéculo vaginal. Este instrumento serve para afastar as paredes da vagina e possibilitar a visualização do colo do útero.

As células do colo do útero são colhidas, primeiramente com uma espátula e depois com uma escova endocervical, ambos descartáveis. O material é colocado em uma lâmina de vidro e enviado ao laboratório para análise.

7. O exame Papanicolau causa dor?

Normalmente, o Papanicolau não provoca dor. Entretanto, é comum que você sinta desconforto por causa da necessidade de inserir e ajustar o espéculo dentro do canal vaginal.

Mulheres que já passaram pela menopausa podem apresentar atrofia vaginal, ou seja, a vagina se torna mais estreita e seca, o que pode aumentar o desconforto.

Para reduzir o incômodo provocado pela introdução e ajuste do espéculo no canal vaginal, o médico pode utilizar vaselina ou lubrificantes à base de água, pois não alteram o resultado do exame.

8. Preciso efetuar algum cuidado especial após a realização do exame Papanicolau?

Não é necessário nenhum cuidado específico. Um sangramento vaginal bem pequeno pode ocorrer e é considerado normal. Portanto, após o exame você pode ir para casa. Se sentir necessidade, faça um repouso leve.

9. Como entender os resultados do exame Papanicolau?

Os resultados do exame Papanicolau mostram as características das células visualizadas no microscópio:

Classe I

Indica resultado normal. As células do colo do útero não apresentam alterações e se encontram saudáveis.

Classe II

Aponta alterações benignas nas células, que na maior parte dos casos são provocadas por inflamação vaginal.

Classe III

Inclui também resultados descritos como NIC 1, 2 ou 3 ou LSIL (lesão intraepitelial de baixo grau).

Estes resultados indicam a presença de alterações nas células do colo do útero. Em algumas situações estas lesões podem ser provocadas por HPV.

Classe IV

Também inclui resultados descritos como NIC 3 e HSIL (lesão intraepitelial de alto grau). Estes resultados indicam início de câncer de colo de útero.

Classe V

O resultado de Papanicolau Classe V confirma a presença de câncer de colo de útero.

Amostra insatisfatória

Quando o resultado indica ‘amostra insatisfatória’, significa que o material coletado não adequado e, por este motivo, não foi possível realizar a análise para o Papanicolau.

Com base no resultado do exame Papanicolau, o ginecologista avaliará a necessidade de outros exames e também definirá o tratamento mais adequado.

Quando há infecção por HPV ou alterações nas células, o exame deve ser refeito após 6 meses.

Nos casos em que a suspeita de câncer existe pode ser indicada a colposcopia. Neste exame, o ginecologista avaliará detalhadamente a vulva, vagina e colo do útero.

10. Posso fazer o Papanicolau menstruada?

Não. Você não deve estar menstruada no momento do exame, pois a presença de hemácias (células do sangue) e/ou células do endométrio podem comprometer a visualização de células pré-cancerosas ou cancerosas no Papanicolau e alterar o resultado do exame.

O Papanicolau deve ser feito antes ou 10 dias após a menstruação.

11. Posso fazer o exame Papanicolau e outros exames ginecológicos no mesmo dia?

É possível sim fazer o Papanicolau e outros exames ginecológicos no mesmo dia. Fique atenta somente se você tiver, por exemplo, o exame Papanicolau e uma ultrassonografia transvaginal no mesmo dia. Neste caso, faça primeiro o Papanicolau e depois o ultrassom transvaginal, pois o gel utilizado para fazer a ultrassonografia pode interferir no resultado de outros exames.

12. Mulheres grávidas precisam fazer o Papanicolau?

Sim. As mulheres grávidas devem seguir a mesma rotina para a realização do exame preventivo, pois têm a mesma chance de desenvolver câncer de colo de útero que as mulheres não grávidas.

13. Mulheres virgens devem fazer o Papanicolau?

De acordo com o Ministério da Saúde, não. Mulheres que nunca tiveram relação sexual não correm o risco de desenvolver câncer de colo de útero, por não terem sido expostas aos fatores de risco como, por exemplo, a infecção por HPV.

Se você tem entre 25 e 64 anos de idade e tem ou já teve vida sexual ativa, faça o exame de Papanicolau. Ele é muito importante na prevenção e detecção precoce do câncer de colo uterino.

Em caso de dúvidas, converse com o seu ginecologista.

Qual a diferença entre urologista e nefrologista? Quando procurar um ou outro?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

As especialidades de urologia e nefrologia são dedicadas às doenças dos rins, ou de todo o sistema urinário, no entanto, apresentam algumas diferenças.

A urologia, além de cuidar do sistema urinário dos homens e das mulheres, principalmente nas situações que necessitam de cirurgia, também é o responsável pelo diagnóstico e tratamento de doenças do aparelho genital masculino. Por isso é popularmente conhecido como o médico dos homens. A nefrologia é mais dedicada ao tratamento clínico das doenças renais.

Portanto, algumas doenças podem ser tratadas pelas duas especialidades, como o caso de pedra nos rins e infecção urinária. Outras situações são exclusivas de urologia, como as cirurgias, e a diálise, exclusiva dos nefrologistas.

Quando procurar o urologista?

De acordo com a sociedade brasileira de urologia, é importante que os homens, iniciem o seu acompanhamento já na puberdade, para uma avaliação individualizada. Depois, para avaliação do risco de câncer da próstata, a partir dos 50 anos, ou naqueles da raça negra, obesos mórbidos ou com parentes de primeiro grau com câncer de próstata, a partir dos 45 anos.

Independente da idade, o urologista deve ser procurado na presença dos seguintes sinais e/ou sintomas: alterações na urina, frequência aumentada de urina, para avaliação da próstata, secreção ou feridas no pênis, ou ainda, para investigação de fertilidade masculina, para o casal com dificuldade para engravidar.

Doenças tratadas pelo urologista
  • Infecção urinária
  • Cálculo renal (pedra nos rins)
  • Incontinência urinária
  • Tumores de trato urinário (renal, bexiga)
  • Tumor de próstata
  • Infertilidade (masculina)
  • Realização de transplante renal.
Quando procurar o nefrologista?

A sociedade de nefrologia recomenda uma consulta por ano, com nefrologista, para as pessoas com mais de 40 anos. Na consulta deverá ser visto exames de rotina para avaliação renal, como a dosagem da creatinina e o exame de urina.

Para pacientes com comorbidades, como hipertensão, diabetes, história familiar de problemas renais, pedra nos rins ou infecção de repetição na infância, a consulta deva ser mais regular, conforme definido pelo médico nefrologista.

Entretanto, no caso de pressão alta de difícil controle, ou sintomas urinários, como ardência, sangue na urina ou dificuldade de urinar, procure imediatamente o nefrologista, independente da idade.

Doenças tratadas pelo nefrologista
  • Hipertensão arterial
  • Prevenção de doenças renais
  • Infecção urinária
  • Cálculo renal (pedra nos rins)
  • Doenças renais císticas (cisto nos rins)
  • Insuficiência renal aguda, crônica
  • Hemodiálise e Diálise peritoneal
  • Avaliação e acompanhamento pós-transplante renal

Para maiores esclarecimentos, converse com o seu médico da família ou clínico geral.

Referências:

  1. Sociedade brasileira de urologia
  2. Sociedade brasileira de nefrologia
O que faz um gastroenterologista? Que doenças trata?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O gastroenterologista é o médico que cuida de todos os órgãos do sistema digestivo, por isso é conhecido popularmente por médico de estômago ou médico de intestino.

O sistema digestivo, ou sistema gastrointestinal, é composto pelo tubo gastrointestinal e os órgãos que também participam da digestão, porém estão ao redor desse tubo, como o fígado, a vesícula biliar e o pâncreas.

O tubo gastrointestinal é o caminho que o alimento percorre, começando na boca, onde o alimento é ingerido, segue pela faringe, esôfago, estômago, intestino fino (dividido em intestino delgado, jejuno e íleo), intestino grosso e reto.

Tubo gastrointestinal: 1- Esôfago. 2- Estômago. 3- Duodeno. 4- Jejuno. 5- Íleo. 6- Intestino grosso. 7- Reto.

Durante todo esse trajeto, o alimento é quebrado pelas enzimas, bactérias da flora e ácidos produzidos por esses órgãos. As substâncias nutritivas vão sendo absorvidas, enquanto outras, vão seguindo pelo tubo até formar o bolo fecal e ser eliminada em forma das fezes.

Todo o sistema deve estar em equilíbrio para o bom funcionamento da digestão.

O médico gastroenterologista, além de tratar clinicamente as doenças do sistema digestivo, também é responsável por realizar alguns exames complementares nessa área, como a endoscopia digestiva, a colonoscopia, retossigmoidoscopia e a colangiopancreatografia retrógrada (CPRE).

Os exames são realizados através de tubos flexíveis com câmera na ponta, para visualização da parte interna dos órgãos. Alguns desses exames, além da finalidade de diagnóstico, são capazes de tratar as doenças.

A endoscopia é um exemplo, pois durante o exame, que avalia o interior do esôfago e estômago, é capaz de identificar problemas e, ao mesmo tempo, tratá-los.

Quais as doenças tratadas pelo gastroenterologista?

São muitas as doenças que o gastroenterologista é o responsável por tratar, desde mau hálito, quando originado por um problema de refluxo, problemas de má digestão, constipação crônica, tumores ou hemorroidas.

Podemos citar como as mais comuns nos consultórios dessa especialidade:

  • Refluxo gastroesofágico
  • Espasmo esofagiano
  • Azia (gastrite)
  • Úlceras de estômago
  • Cálculos de vesícula
  • Hepatite, cirrose hepática
  • Pancreatite, câncer de pâncreas
  • Síndrome do cólon irritável
  • Constipação crônica
  • Câncer de vesícula, câncer de intestino
  • Diverticulose
  • Hemorroidas
Quando procurar um gastro?

Todas as situações que são relativas a problemas no sistema digestivo devem ser avaliadas por um médico gastroenterologista.

Porém, alguns sinais e sintomas são considerados de urgência, por isso devem ser vistos o quanto antes, são eles: a presença de sangramento nas fezes ou no vômitos, icterícia (pele amarelada), mudança no aspecto das fezes, cólicas frequentes e/ou perda de peso.

1. Sangramento

Na presença de sangue nas fezes ou vômitos com sangue, é preciso procurar imediatamente um atendimento médico. O sangramento pode sinalizar uma ferida sangrando, por exemplo, uma úlcera de estômago, pode ser um pólipo ou um tumor no tubo gastrointestinal.

O câncer de intestino muitas vezes tem como primeiro sintomas, um pequeno sangramento nas fezes.

2. Pele amarelada (icterícia)

A pele amarelada, e olhos amarelados é chamado icterícia. Um sintoma que ocorre quando existe uma doença no fígado, por isso, sempre que observar esse sinal, procure um serviço de urgência ou gastroenterologista, imediatamente.

3. Mudança do aspecto das fezes

As fezes normais têm uma consistência mole e macia, com um formato definido, semelhante a uma salsicha. A superfície pode ser lisa ou conter algumas rachaduras e também, pedaços moles. Alteração na forma, coloração ou cheiro, é sinal de problema no trato gastrointestinal.

Fezes em fita ou com presença de sangue, por exemplo, são sinais de alerta. Fezes constantemente amolecidas, associada a febre, mal-estar e perda de peso também é sinal de gravidade.

4. Cólicas abdominais

As cólicas abdominais, associadas a alimentação gordurosa, falam a favor de problemas na vesícula biliar. Sabendo que os cálculos na vesícula representam um risco elevado para a pancreatite aguda, uma doença grave, é importante avaliar essa situação com um gastroenterologista, o quanto antes.

Uma cirurgia eletiva, para remoção da vesícula, pode ser a melhor forma de prevenir esse problema.

5. Perda de peso

A perda de peso sem motivo aparente, associada a sintomas gástricos, como azia constante, falta de apetite, constipação ou diarreia frequente, também pode sugerir a presença de um tumor. Principalmente se houver sangramento com perda de peso, procure imediatamente um serviço de emergência ou gastroenterologista.

Para mais esclarecimentos, converse com o seu médico de família, ou com o gastroenterologista.

Leia também:

O que é a blefarite? Qual o tratamento?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

A blefarite, também conhecida como "caspa nos olhos", corresponde a inflamação das pálpebras e da região dos cílios. Esse processo inflamatório leva ao inchaço, vermelhidão e descamação das pálpebras, com formação de caspa na região dos cílios.

Pode ainda causar a formação de crostas e úlceras nas pálpebras, que podem ficar ressecadas e descascar.

Outros sintomas que podem estar presentes na blefarite são:

  • Lacrimejamento;
  • Vermelhidão ocular;
  • Sensação de corpo estranho nos olhos;
  • Ardência nos olhos;
  • Coceira e irritação na região ocular.

A borda das pálpebras podem ainda ficar com um aspecto gorduroso, formando-se escamas espessas.

Blefarite

A blefarite pode ter diferentes causas:

  • Infecções bacterianas;
  • Infecções virais;
  • Doenças da pele;
  • Obstrução das glândulas sebáceas;
  • Uso de colírios.
Qual o tratamento da blefarite (caspa nos olhos)? Tem cura?

A blefarite é uma condição crônica que geralmente requer tratamento a longo prazo. O nível de intensidade do tratamento varia de acordo com os sintomas do paciente.

Contudo, algumas pessoas podem apresentar episódios isolados e serem curadas com o tratamento, outras podem apresentar sintomas que se mantém no decorrer do tempo, portanto, a blefarite tem cura em muitos casos.

A maioria dos pacientes com sintomas leves a moderados responde bem às medidas gerais de cuidado, como:

Higiene e limpeza das pálpebras

Para aliviar o acumulo de escamas e secreção nos cílios está indicada a lavagem e higienização das margens da pálpebra, que pode ser feita logo após a aplicação de uma compressa quente.

Essa limpeza pode ser feita com água quente ou xampu para bebê diluído, que podem ser colocados num pano limpo, gaze ou cotonete e aplicados na pálpebra. Deve-se limpar suavemente ao longo dos cílios e da pálpebra, com cuidado para evitar contato com os olhos.

Se for usado xampu, está recomendado enxaguar bem. É importante evitar esfregar os olhos, pois pode causar mais irritação.

Aplicação de compressas úmidas quentes

Pode-se molhar um pano limpo, ou gaze, em água morna (não escaldante) e colocá-lo sobre os olhos. À medida que o pano esfria, ele deve ser reaquecido e substituído. As compressas quentes devem ser aplicadas duas a quatro vezes ao dia.

Massagem da pálpebra

A massagem na pálpebra pode ajudar a esvaziar as glândulas que estão inflamadas na blefarite e assim melhorar a saída de secreção. A massagem das pálpebras deve ser realizada imediatamente após a aplicação de uma compressa quente.

Pode-se usar o pano usado na compressa, ou mesmo a ponta do dedo limpa para massagear suavemente a borda da pálpebra em direção ao olho, com a realização de leves movimentos circulares.

Lágrimas artificiais e colírios lubrificantes também podem aliviar os sintomas

Para aliviar a secura e desconforto ocular, causados pela blefarite, pode-se usar colírios com lacrimais artificiais. A lubrificação ocular também pode melhorar a tolerância a lentes de contato em pacientes com blefarite que precisam fazer uso dessas lentes.

Outra medida importante no tratamento da blefarite é evitar o contato com agentes oculares irritantes como tabagismo, lentes de contato e substâncias alérgenas (fumaça, pó, etc).

Em pessoas com sintomas intensos, que não melhoram com as medidas acima, o médico pode indicar o uso de antibióticos tópicos, pomadas com glucocorticoides ou ciclosporina.

Caso apresente sintomas sugestivos de blefarite consulte um médico de família ou oftalmologista.