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Tomo anticoncepcional injetável e esqueci de tomar?
Dr. Charles Schwambach
Dr. Charles Schwambach
Médico

Ainda pode tomar, não vai afetar a eficácia do anticoncepcional injetável. No caso dos anticoncepcionais injetáveis mensais existe um prazo de segurança de 7 dias, então até 7 dias de atraso não precisa ter medo. Pode aplicar a injeção logo após lembrar-se.

Esqueceu de tomar o anticoncepcional injetável por mais de 7 dias

Já com mais de 7 dias de atraso existe um maior risco de gravidez e perda de eficácia da injeção. Nesse caso é necessário certificar-se de que não se está grávida, caso tenha dúvida é importante consultar um médico para avaliação ou realizar um teste de gravidez.

Esqueceu de tomar o anticoncepcional trimestral

Já se o anticoncepcional injetável for trimestral, o período de atraso tolerável é de 2 semanas. Portanto, é possível tomar a injeção trimestral até 14 dias de atraso do dia planejado para tomar a injeção.

Após esse período é essencial procurar um médico para avaliar o risco de gravidez.

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Quanto dias depois de tomar o anticoncepcional injetável posso ter relação?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A mulher pode ter relações sexuais quando ela desejar, desde que de forma protegida. Caso ela queira evitar uma gravidez e estiver iniciando o uso do anticoncepcional injetável, é recomendado usar outro método adicional de apoio, como o preservativo, durante as relações sexuais no primeiro mês após a primeira injeção.

Após o primeiro mês de uso do anticoncepcional injetável, a medicação já produz o efeito contraceptivo.

Em geral, quando a mulher vai iniciar o método anticoncepcional injetável, é recomendado ela aplicar a primeira injeção nos primeiros dias da menstruação. Isso é indicado para assegurar que a mulher não está grávida e pode assim começar um método anticoncepcional.

Quando a mulher já faz uso regular de outro tipo de método anticoncepcional e irá trocar para o injetável, ela pode aplicar a injeção sete dias antes de parar o contraceptivo antigo.

Na primeira injeção, início do uso desse contraceptivo, um método contraceptivo adicional (camisinha) deve ser associado, especialmente no primeiro mês e principalmente nos casos em que a injeção foi aplicada após os sete primeiros dias da menstruação.

O anticoncepcional injetável não previne doenças sexualmente transmissíveis (DST). Por isso, é aconselhável o uso de preservativos durante todas as relações sexuais para prevenir as DSTs.

Saiba mais sobre esse assunto nos artigos:

Tomando anticoncepcional posso transar sem camisinha?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Se está tomando regularmente do anticoncepcional pode sim transar sem camisinha, porque o risco de gravidez é mínimo, no entanto, se não fizer uso de preservativo existe o risco de transmissão de doenças sexualmente transmissíveis.

Posso engravidar?

Se você está tomando as pílulas diariamente, sem esquecimentos, o risco de gravidez é muito baixo. A pílula hormonal tem uma alta eficácia se tomada regularmente, portanto, a chance de gravidez é muito pequena.

Estima-se que 3 a cada 1000 mulheres engravidam com o uso regular do anticoncepcional combinado, aquele que contém estrógeno e progesterona.

Caso durante o uso do contraceptivo se esqueça de tomar a pílula a chance de gravidez aumenta progressivamente. Quanto mais dias de esquecimento e mais falhas no uso, menor é a proteção contra a gravidez.

E as doenças sexualmente transmissíveis?

Os anticoncepcionais disponíveis em pílula, injeção, dispositivo intrauterino, anel vaginal, adesivo ou implante subcutâneo não protegem contra as doenças sexualmente transmissíveis (DST). A função primordial do anticoncepcional é evitar gravidez indesejada, mas ele não é capaz de evitar as DSTs, como a camisinha é capaz.

O preservativo tanto masculino quanto feminino são eficazes para prevenir as DSTs e também é um método contraceptivo para evitar gravidez.

Por isso, mesmo quem toma anticoncepcional é aconselhável usar a camisinha para evitar as doenças que são transmitidas pelo sexo.

Com relação à eficácia dos métodos anticoncepcionais, os anticoncepcionais citados acima têm eficácia um pouco superior à da camisinha para prevenir gravidez. Mas todos, quando usados corretamente, são capazes de prevenir 98 a 99% dos casos.

Pílula do dia seguinte corta efeito do anticoncepcional?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Não. A pílula do dia seguinte não corta o efeito do anticoncepcional.

A pílula do dia seguinte é uma medicação para contracepção de emergência, ou seja, ela deve ser usada em caso de falha em outro método de contracepção já em uso.

A mulher que toma anticoncepcional regularmente e não esquece de tomar, não precisa usar a pílula do dia seguinte.

Se houve alguma falha no método que a mulher usa de rotina, ela pode usar a pílula do dia seguinte e continuar usando seu anticoncepcional normalmente:

  • se usa comprimido, ela deve continuar tomando 1 comprimido por dia sempre no mesmo horário;
  • se usa injeção, ela deve tomar a próxima injeção na data que já estava agendada (a cada 1 mês ou a cada 3 meses).

Então, não precisa esperar a menstruação vir para voltar a tomar o anticoncepcional.

Para mais informações:

Dúvidas sobre anticoncepcional

Esqueci de tomar a pilula, posso engravidar? O que eu faço?

Quais remédios que cortam e quais os remédios que não cortam o efeito do anticoncepcional?

5 Coisas que Podem Cortar o Efeito do Anticoncepcional
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O que pode diminuir a eficácia ou cortar o efeito do anticoncepcional injetável, adesivo ou em pílula são basicamente alguns remédios e anabolizantes, tais como:

  1. Antibióticos: A rifampicina e a rifabutina, usadas para tratar tuberculose, hanseníase e meningite, parecem ser os únicos antibióticos que comprovadamente anulam o efeito dos anticoncepcionais;
  2. Anticonvulsivantes: Remédios usados no tratamento da epilepsia, como topiramato, primidona, fenobarbital, fenitoína, carbamazepina, oxcarbazepina;
  3. Barbitúricos: São usados como antiepiléticos, calmantes e sedativos. Alguns exemplos: fenobarbital, tiopental, pentobarbital, tiamilal, barbital, entre outros;
  4. Antirretrovirais: Alguns antirretrovirais usados no tratamento do vírus HIV, como efavirenz, nevirapina, nelfinavir e ritonavir podem diminuir ou anular o efeito do anticoncepcional;
  5. Anabolizantes: Podem cortar o efeito do anticoncepcional por serem hormônios (masculinos), interferindo na metabolização dos hormônios femininos presentes no anticoncepcional, o que anula o seu efeito.

Veja aqui os medicamentos que cortam e não cortam o efeito do anticoncepcional.

Vomitar corta o efeito do anticoncepcional?

Sim, vomitar pode cortar o efeito da pílula anticoncepcional, se o vômito ocorrer em até 2 horas após tomar o medicamento. Nesses casos, deve-se tomar outra pílula para manter a eficácia do anticoncepcional.

Uma vez que foi necessário tomar um comprimido extra, para continuar a cartela a mulher deve comprar outra e tomar todas as pílulas sem pular nenhuma.

Saiba mais sobre o assunto em: Vômito e Diarreia Podem Cortar o Efeito do Anticoncepcional?

Sempre que for necessário tomar algum dos medicamentos citados ou mesmo outros remédios, fale com o seu médico ginecologista para esclarecer as possíveis interações medicamentosas que podem ocorrer com o anticoncepcional.

Leia também:

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Por quanto tempo a pílula do dia seguinte age no organismo?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

A pílula do dia seguinte, também chamada de contraceptivo de emergência, age no organismo no dia em que é tomada. Portanto, é possível engravidar imediatamente no dia a seguir depois de ter tomado a pílula do dia seguinte.

A ingestão do contraceptivo de emergência previne só a gravidez que poderia ocorrer pelos atos sexuais que ocorreram nos 5 dias anteriores a toma.

No entanto, alguns efeitos colaterais podem ainda serem sentidos alguns dias ou mesmo na semana a seguir após ter tomado a pílula, por conta da ação hormonal desse medicamento.

Os efeitos colaterais que podem ser sentidos após a contracepção de emergência são:

  • Leve sangramento irregular;
  • Náusea;
  • Dor abdominal;
  • Fadiga;
  • Dores de cabeça;
  • Sensibilidade dos seios;
  • Tontura;
  • Vômitos.

Além disso, após o uso da pílula do dia seguinte a menstruação pode vir antes ou depois do esperado.

Como a pílula do dia seguinte não tem um efeito anticoncepcional duradouro, caso a mulher tenha relação sexual desprotegida, no dia a seguir após ter tomado o contraceptivo de emergência ela já pode engravidar.

Por isso, está recomendado que logo após o uso da pílula do dia seguinte, já se comece a fazer uso de outro método contraceptivo, como preservativo, anticoncepcional hormonal oral ou injetável, ou DIU (dispositivo intra-uterino).

A pílula do dia seguinte age basicamente através de duas formas: ela atrasa a ovulação e se a ovulação já tiver ocorrido ela impede o encontro do espermatozoide com o óvulo.

Para mais informações sobre a pílula do dia seguinte e outros métodos contraceptivos de emergência consulte um ginecologista ou médico de família.

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Quantas pílulas do dia seguinte posso tomar por ano?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A mulher não deve tomar mais de 12 pílulas do dia seguinte por ano, ou seja, no máximo 1 (uma) por mês.

A pílula do dia seguinte possui doses muito altas de hormônios e o seu uso frequente pode alterar o equilíbrio hormonal e trazer graves complicações, desde hemorragias, quadro de anemia pelo aumento do fluxo menstrual, até o aumento do risco de câncer de útero e mama.

Por isso, é importante lembrar que deve ser usada apenas como um método contraceptivo de emergência. Tomar uma pílula por mês ou 12 por ano já pode ser considerado um uso regular e frequente.

Portanto, se o uso da pílula do dia seguinte é regular e o objetivo é evitar uma gravidez, o mais adequado será iniciar um método contraceptivo mais seguro, que não provoque os mesmos efeitos colaterais e ainda que possa proteger quanto a doenças sexualmente transmissíveis.

Qual é a eficácia da pílula do dia seguinte?

Para que a pílula atinja o objetivo esperado, de impedir a gravidez, ela deve ser tomada dentro de no máximo 72 horas após a relação desprotegida.

O mais indicado é que seja tomada dentro das primeiras 24 horas, quando seu efeito varia entre 90% e 99% de eficácia, e depois reduz gradativamente com o decorrer das horas, podendo chegar a apenas 55%, mantendo assim o risco de gravidez. Após 72 horas da relação este método não tem mais efeito e nem é seguro fazê-lo.

Quando devo tomar a pílula do dia seguinte?

O uso da pílula do dia seguinte deve ser reservado para situações emergenciais como: o rompimento da camisinha, esquecimento do diafragma ou da injeção anticoncepcional, uso incorreto ou esquecimento da pílula anticoncepcional ou ainda em casos de estupro e relações sexuais imprevistas sem proteção.

Pílula do dia seguinte faz mal?

Desde que tomada corretamente e o seu uso não ultrapasse 12 pílulas por ano, a pílula do dia seguinte não faz mal e é um medicamento seguro. Até mesmo mulheres que tomam duas pílulas dentro do mesmo ciclo menstrual não colocam a sua saúde em risco nem apresentam efeitos colaterais graves.

Porém, é sempre importante lembrar que ela é constituída por doses muito elevadas de hormônios e o seu uso frequente pode trazer graves complicações, como alteração do equilíbrio hormonal, sangramentos, anemia devido à maior perda de sangue na menstruação, além de aumentar os riscos de câncer de útero e de mama.

Quais são os efeitos colaterais da pílula do dia seguinte?

A pílula do dia seguinte normalmente é bem tolerada. Contudo, como todo medicamento, pode causar efeitos colaterais. Uma em cada quatro mulheres que tomam a pílula sentem náuseas e ou vômitos.

Outros efeitos menos comuns são o aumento da tensão nas mamas, dor de cabeça, tontura, cansaço, diarreia e sangramentos pequenos após o uso da pílula. Contudo, todos os efeitos indesejáveis da pílula do dia seguinte tendem a desaparecer após as primeiras horas de uso.

Para mais esclarecimentos sobre o uso da pílula do dia seguinte, consulte um médico de família ou ginecologista.

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Tem algum problema não tomar anticoncepcional na hora certa?
Dra. Nicole Geovana
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Medicina de Família e Comunidade

Depende do tipo do anticoncepcional que você está usando e da quantidade de horas em atraso.

Os anticoncepcionais são elaborados para que o hormônio da medicação faça um efeito similar ao ciclo hormonal natural da mulher, mas com o objetivo de manter um equilíbrio hormonal suficiente para não ocorrer a ovulação. Quando a mulher não usa a medicação na hora certa, esse equilíbrio pode ser afetado, a ovulação pode ocorrer e há chance da mulher engravidar caso tenha relação sexual desprotegida nesse período.

O anticoncepcional deve ser tomado sempre no mesmo horário, todos os dias e no caso dos injetáveis, deve ser tomado a cada mês ou a cada 3 meses, a depender do tipo da medicação.

O risco de falha no método é dependente da quantidade de horas que se passou do horário habitual e do tipo de anticoncepcional, pois cada um apresenta uma dosagem e uma qualidade de hormônio:

  • Pílulas com estrógeno e progestágeno: mais de 24 horas;
  • Pílulas só com progestágeno: mais de 3 horas;
  • Injeção com Medroxiprogesterona (ex: Depo-Provera® ): mais de 2 semanas de atraso.

Se você esqueceu de tomar o anticoncepcional e passou a quantidade de horas informada acima, é indicado o uso da contracepção de emergência associada ao uso do preservativo durante as relações sexuais.

Link útil: 

Esqueci de tomar a pilula, posso engravidar? O que eu faço?

Anticoncepcional injetável tem efeitos colaterais?
Dr. Marcelo Scarpari Dutra Rodrigues
Dr. Marcelo Scarpari Dutra Rodrigues
Médico

Anticoncepcionais injetáveis podem ter diversos efeitos colaterais, como todos os outros medicamentos.

Os principais efeitos colaterais podem ser:

  • hemorragias entre os períodos menstruais ("spotting"),
  • amenorreia secundária (parada da menstruação),
  • cefaleia,
  • náuseas e vômitos,
  • tontura,
  • cólicas menstruais,
  • dor em mamas,
  • prurido vaginal,
  • alterações emocionais e da libido,
  • alterações do peso.

Outros efeitos colaterais podem surgir, mas os dois primeiros os mais comuns.

Os efeitos colaterais são os mesmos dos anticoncepcionais orais (pílula), entretanto costumam ser menos intensos, pois os estrógenos utilizados são naturais.

O anticoncepcional injetável é um método muito confiável para evitar a gestação - efetividade próxima a 99,6%, que pode aumentar para até 99,9% quando utilizada em conjunto com métodos de barreira, como é o caso da camisinha, por exemplo.

Além de diminuir consideravelmente a chance de engravidar, os anticoncepcionais injetáveis também são indicados em muitas outras situações, como no tratamento do hiperandrogenismo (excesso de hormônio masculino), da dismenorreia (cólicas menstruais), da menorragia (aumento excessivo do fluxo menstrual) e da tensão pré-menstrual.

Os estrógenos mais utilizados nos contraceptivos injetáveis são o cipionato de estradiol, enantato de estradiol e valerato de estradiol. Os progestágenos mais utilizados são o acetato de medroxiprogesterona, enantato de noretindrona e o acetofenido de dihidroxiprogesterona.

O médico ginecologista deve sempre ser consultado para acompanhamento correto do uso do anticoncepcional que lhe foi prescrito por ele, idealmente mesmo na ausência de quaisquer efeitos colaterais.

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Posso engravidar logo depois de parar de tomar o anticoncepcional?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Sim, você pode engravidar a qualquer momento após parar de tomar anticoncepcional.

O anticoncepcional é uma medicação que faz efeito durante o tempo de utilização. Ao parar de tomar, a mulher volta a ovular normalmente e, portanto, ela pode engravidar.

A mulher que para de tomar o anticoncepcional e não deseja engravidar deve usar outro método contraceptivo para evitar gravidez indesejada.

No caso dos anticoncepcionais injetáveis, isso pode ser um pouco diferente.

Os efeitos do anticoncepcional injetável trimestral podem demorar de 6 a 8 meses para desaparecer depois da última injeção. Em mulheres com excesso de peso esse desaparecimento é ainda mais lento.

Após parar de tomar a injeção ocorrerá uma adaptação hormonal capaz de reordenar os hormônios e recomeçar os novos ciclos menstruais. Essa readaptação pode demorar um pouco de tempo a depender de cada mulher.

Nesses casos, pode haver uma demora maior para engravidar após parar de usar o anticoncepcional.

Se você deseja parar o uso do anticoncepcional, é importante marcar uma consulta com o/a médico/a ginecologista, médico/a de família ou clínico/a geral para avaliarem o uso de um método mais adequado para você ou iniciarem um planejamento familiar.

Vou para a praia, o que faço para menstruação não descer?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A menstruação é um processo natural do organismo da mulher, que é controlado pelas taxas dos hormônios femininos. Os primeiros dias do ciclo menstrual, os níveis de hormônios começam a subir, para aumentar a camada de células e fluxo sanguíneo do útero, com o intuito de nutrir o feto, caso aconteça uma gravidez.

Quando não acontece a gravidez, essa camada toda de células descama e é eliminada na forma de menstruação. Portanto, a única forma efetiva de interromper esse ciclo e evitar a menstruação, é alterando as taxas desses hormônios.

Não existem receitas caseiras que realmente funcionem, além de causar danos ao organismo.

O que fazer para a menstruação não descer?

As formas comprovadas e seguras de evitar que a menstruação aconteça, são:

  1. Uso ininterrupto do anticoncepcional oral combinado, ou seja, emendar a cartela do remédio, sem esperar os sete dias entre as cartelas;
  2. Optar por anticoncepcional contínuo (oral, adesivo ou injetável);
  3. Dispositivo intrauterino (DIU) de progesterona,
  4. Primosiston®, medicamento com propriedades que impedem a menstruação descer.
O que fazer para a menstruação descer mais cedo?

Quando interrompe antecipadamente a cartela, a menstruação desce mais cedo, pela ausência abrupta dos hormônios da medicação.

Se já fizer uso de anticoncepcional

Para as mulheres que já fazem uso de anticoncepcionais, existem duas maneiras simples, que são emendar a cartela de anticoncepcionais ou interrompê-la antecipadamente.

Quando a medicação é continuada, a cartela termina e emenda na próxima, sem a pausa regular de 7 dias, a menstruação não acontece, devido à manutenção do hormônio no sangue.

Quando interrompe antecipadamente, a menstruação desce mais cedo, pela ausência abrupta dos hormônios da medicação.

A adesão aos anticoncepcionais de uso contínuo, DIU de progesterona, ou uso ininterrupto da medicação, pode ser uma boa opção para as mulheres que viajam muito, que praticam atividades físicas de alto rendimento, para mulheres que tem anemia crônica ou por opção própria. Basta que sejam avaliados os riscos e benefícios caso a caso.

O Primosiston® é um medicamento a base de hormônios, que dependendo da maneira utilizada, pode retardar ou antecipar a menstruação. Contudo, possui efeitos colaterais e contraindicações, que devem ser analisadas antes do seu uso, como o risco de trombose.

Se ainda não fizer uso de anticoncepcional

Para as mulheres que não fazem uso de anticoncepcionais, as opções são de iniciar um anticoncepcional ou usar o Primosiston®, se não houver contraindicação.

Não tome anticoncepcionais ou Primosiston® no caso de:

  • História atual ou anterior de trombose (trombose na perna ou embolia pulmonar)
  • História atual ou anterior de derrame cerebral, ou infarto agudo do miocárdio
  • Se for fumante (o tabagismo aumenta o risco de trombose)
  • Se for obeso (o sobrepeso também eleva o risco de tromboses)
  • Se houver qualquer hipótese de estar grávida
  • História atual ou anterior de doenças no fígado
  • História atual ou anterior de câncer
  • Se for diabético e estiver sem controle adequado da doença.

Portanto, o médico saberá a melhor medicação ou opção para o se caso, sem que ofereça riscos para a sua saúde. Converse com o seu ginecologista.

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Referência

Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia - FEBRASGO

Menstruação não veio, no lugar dela uma borra marrom...
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

A menstruação marrom e escura como borra de café é bastante comum no início e, principalmente, no final do ciclo menstrual e nem sempre está associada a doenças.

A menstruação marrom escura em borra pode indicar:

  • Fluxo menstrual reduzido;
  • Escapes;
  • Alterações hormonais;
  • Menopausa;
  • Infecções sexualmente transmissíveis;
  • Endometriose;
  • Lesão no colo do útero.

Este tipo de sangramento dificilmente pode ser considerado um sinal de gravidez. No início da gravidez algumas mulheres podem apresentar um pequeno sangramento, que é geralmente cor rosada e dura de 2 a 3 dias. Rara são as vezes que este sangramento é de cor marrom.

Se você está apresentando um sangramento marrom com duração superior a 7 dias, se for volumoso e se ocorrer dor pélvica, é importante consultar um ginecologista.

Menstruação em borra marrom pode ser um sinal de:

1. Fluxo menstrual reduzido

A redução do fluxo menstrual normalmente ocorre no início e no fim da menstruação. Quando vem em menor quantidade, o sangue demora mais tempo a passar pelo canal vaginal, o que aumenta a sua exposição ao oxigênio e o torna mais escuro. Deste modo, apresenta uma tonalidade marrom semelhante à borra de café.

2. Escapes

Os escapes são pequenos sangramentos que ocorrem entre uma menstruação e outra. Geralmente estes sangramentos são de cor marrom e acontecem em mulheres que estão em uso de Dispositivo Intrauterino (DIU), anticoncepcionais injetáveis e implantes subcutâneos ou pílulas de progestágeno.

3. Alterações hormonais

Algumas alterações hormonais causadas por distúrbios de tireoide e, especialmente a queda dos níveis de progesterona, podem fazer com que a menstruação venha com uma cor marrom ou em borra. Junto com o estrógeno, a progesterona tem como uma de suas funções regular o ciclo menstrual.

É bastante comum que a progesterona fique diminuída quando a mulher troca de pílula anticoncepcional ou quando usa a pílula do dia seguinte. Nestes casos, a mulher pode vir a ter um sangramento amarronzado, escuro e em pouca quantidade.

4. Menopausa

O principal sintoma da menopausa é a irregularidade do ciclo menstrual. A menstruação pode ficar um ou dois meses sem vir ou mesmo descer duas vezes em um mesmo mês. Além disso, alterações no fluxo menstrual como redução da quantidade e cor marrom escura do sangramento também podem ser observadas. Isto se deve às quedas hormonais que as mulheres apresentam neste período da vida.

5. Infecções sexualmente transmissíveis

Infecções sexualmente transmissíveis, especialmente aquelas causadas por bactérias, como a gonorreia provocam alterações no sangue da menstruação, tornando-o marrom escuro.

Porém, esta alteração da cor da menstruação pode vir acompanhada de um odor fétido, dor na região inferior do abdome e febre. Neste caso, é preciso buscar um ginecologista para realizar o tratamento adequado.

6. Endometriose

A endometriose pode provocar sangramento de cor marrom escuro, semelhante à borra de café e de grande volume. O sangramento com estas características pode acontecer durante ou entre as menstruações e vem acompanhado de cólica abdominal, dor pélvica, dor durante o ato sexual, dificuldade de engravidar e dura mais de 7 dias.

Uma avaliação ginecológica é importante para efetuar o acompanhamento e tratamento da endometriose.

7. Lesão no colo do útero

As lesões no colo do útero podem provocar sangramento marrom. Estas lesões podem ser causadas por bactérias, vírus como o HPV ou por alguns tipos de câncer. Nestes casos, verifique se há presença de odor fétido e se o sangramento ocorre durante ou depois do ato sexual.

O exame ginecológico é importante para identificar a presença da lesão e investigar a sua causa.

Quando devo me preocupar?

Você deve ficar atenta e procurar um ginecologista quando:

  • O sangramento marrom durar mais de 7 dias;
  • Apresentar dor pélvica ou cólica intensa;
  • Tiver febre;
  • O sangramento acontecer em grandes volumes.

Nestes casos, busque atendimento ginecológico para investigação e tratamento adequado. Não utilize medicamentos sem prescrição.

Para saber mais sobre corrimento marrom você pode ler:

Referência:

Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia