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Barriga inchada: o que pode ser e o que fazer?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Barriga inchada pode ter várias causas. Na maioria dos casos, a barriga estufada é causada por gases ou prisão de ventre. No caso das mulheres, o inchaço abdominal também pode ser provocado por menstruação, gravidez ou ainda cistos nos ovários. As possíveis causas para a barriga inchada e dura podem incluir:

  • Gases intestinais;
  • Vermes;
  • Prisão de ventre;
  • Acúmulo de líquido no abdômen;
  • Síndrome do intestino irritável;
  • Intolerância à lactose;
  • Cistos nos ovários;
  • Gravidez;
  • Menstruação;
  • Apendicite;
  • Miomas uterinos;
  • Aumento de peso.
Barriga inchada e gases

Alguns alimentos ricos em fibras, como frutas e leguminosas (feijão, lentilhas, grão-de-bico, ervilhas), entre outros, produzem muitos gases durante a digestão, deixando a barriga estufada. Os gases também podem ser causados por prisão de ventre, ansiedade e intolerância à lactose.

O que fazer?

Evitar alimentos que produzem muitos gases durante a digestão, como leguminosas, cebola, brócolis, ovo, batata, comidas gordurosas, couve-flor, carne de porco, doces, bebidas com gás, leite e derivados.

Para ajudar a eliminar os gases, deite-se de barriga para cima, flexione os joelhos e puxe as pernas contra a barriga, abraçando e puxando as coxas contra a barriga.

Outra forma de diminuir o inchaço abdominal causado por gases é fazer massagem na barriga com movimentos circulares e profundos, da direita para a esquerda, insistindo nos locais mais inchados e doloridos.

Barriga inchada e prisão de ventre

A prisão de ventre está entre as principais causas de barriga inchada, juntamente com os gases. O intestino pode ficar preso por falta de fibras na alimentação, falta de atividade física, ansiedade, menstruação ou ainda devido à gravidez.

O que fazer?

Aumente a ingestão de água (pelo menos 2 litros por dia), aumente a ingestão de alimentos ricos em fibras (frutas, verduras, aveia, farelo de aveia, cereais integrais) e pratique atividade física regularmente.

Barriga inchada e menstruação

A barriga inchada é um dos sinais e sintomas da síndrome pré-menstrual, também conhecida como TPM. O inchaço abdominal pode ser observado antes da menstruação e durante o período menstrual, tendo como principal causa a retenção de líquidos.

O que fazer?

Aumente a ingestão de água, pode tomar mais chás naturais e drenagem linfática. A atividade física regular também é uma forma de drenagem, auxiliando muito na eliminação do excesso de líquido acumulado no corpo.

Barriga inchada e gravidez

Se a barriga estiver inchada do umbigo para baixo e vier acompanhada de outros sinais e sintomas, como atraso da menstruação e náuseas, pode ser um sinal de gravidez. No início da gestação, o abdômen fica inchado devido à ação do hormônio progesterona, que provoca retenção de líquidos e prisão de ventre.

O que fazer?

Se a menstruação estiver atrasada por mais de uma semana, faça um teste de gravidez. Se der positivo, procure um médico de família ou médico obstetra para fazer o acompanhamento pré-natal. No caso do teste dar negativo, espere mais uma semana e faça novo teste, ou procure posto de saúde para realização de exames mais específicos.

Barriga inchada e síndrome do intestino irritável

A síndrome do intestino irritável deixa a barriga inchada e causa diarreia ou constipação intestinal (prisão de ventre) após as refeições, além de dor no abdômen, gases e cólicas constantes.

O que fazer?

Evite alimentos gordurosos ou que aumentam a produção de gases, bem como refrigerantes, café e bebidas alcoólicas. Mastigue bem a comida (pelo menos 20 vezes) antes de engolir, diminua as doses das refeições, aumente o consumo de fibras, pratique atividade física, não fume e procure controlar o estresse e a ansiedade, mesmo que para isso precise de ajuda médica ou psicológica.

Barriga inchada e vermes

Além de deixar a barriga inchada, a presença de vermes pode provocar náuseas, vômitos, dores abdominais, fraqueza, diarreia e prisão de ventre.

O que fazer?

Procure um médico para realizar um exame de fezes e identificar o tipo de verme que está deixando a barriga inchada. Em alguns casos, os vermes podem ser observados nas fezes. O tratamento é feito com medicamentos vermífugos.

Barriga inchada e ingestão de ar

Engolir ar pode ser um hábito involuntário relacionado com o nervosismo. Também é comum engolir ar durante as refeições, principalmente se a pessoa conversar muito enquanto estiver comendo ou comer depressa demais.

O que fazer?

Nos casos de inchaço na barriga causado pela ingestão de ar, se recomenda evitar bebidas com gás, mascar chicletes ou chupar balas, beber líquidos com canudinho ou dar goles superficiais em bebidas quentes. Durante as refeições, procurar comer devagar.

Barriga inchada e apendicite

O principal sintoma da apendicite é a dor na barriga, que geralmente começa ao redor do umbigo e depois passa para a porção inferior direita do abdômen. A barriga também fica inchada e dolorida, e a pessoa pode apresentar ainda náuseas, vômitos, diarreia ou prisão de ventre.

O que fazer?

Na suspeita de apendicite, procure atendimento médico com urgência. O tratamento é cirúrgico e consiste na retirada do apêndice vermiforme, localizado no intestino grosso. Ainda, antibioticoterapia e orientações dietéticas.

Barriga inchada: quando procurar um médico?

Procure um médico clínico geral ou médico de família se a barriga inchada vier acompanhada de outros sinais e sintomas, como febre, dor abdominal, diarreia intensa ou presença de sangue nas fezes. Se o inchaço abdominal estiver piorando e não desaparecer ou ainda se a barriga estiver sensível ao toque, também é recomendado consultar um médico para uma avaliação.

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Quais os sintomas de vermes no corpo?

Referências

Ministério da Saúde

FBG - Federação Brasileira de Gastroenterologia.

Dor no peito ao respirar: o que pode ser? Pode ser grave?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A dor no peito ao respirar pode ser provocada por situações simples, como cansaço (fadiga), dor muscular, um trauma ou por doenças graves como problemas no coração e pulmão.

A dor muscular é a causa mais comum, porém outras causas como a pericardite, infarto do coração e a embolia pulmonar, apresentam os mesmos sintomas e podem ser graves, com alto risco de morte.

Portanto, se você está sentindo dor no peito ao respirar procure atendimento médico o mais rápido possível, para excluir as doenças de maior risco e realizar o tratamento adequado a tempo.

Dor no peito ao respirar pode ser infarto?

Normalmente, o infarto ou ataque cardíaco é a primeira preocupação de uma pessoa que sente dor no peito. Entretanto, a dor ao respirar não está relacionada ao infarto.

A dor do infarto ocorre do lado esquerdo do peito, em aperto ou ardor, que pode irradiar para o ombro, costas, braço esquerdo e para a mandíbula. Geralmente, dura em torno de 30 minutos e não passa mesmo quando a pessoa fica em repouso.

A dor no peito pode vir acompanhada de suor frio, falta de ar, tontura, vômito, agitação, ansiedade e sensação de morte.

Por ser uma situação de elevado risco de vida, uma emergência médica, é fundamental que procure atendimento hospitalar o mais rápido possível. Quanto mais rápido for iniciado o tratamento, maiores são as chances de recuperação.

8 causas mais comuns de dor no peito ao respirar e o que fazer1. Fadiga, Dor Muscular

Geralmente ocorre após longos episódios de tosse, levantar objetos pesados ou a prática de atividade física. É uma situação bastante comum que pode levar a dor no peito ao respirar ou com a movimentação de tronco e braços. Ou seja, piora com o movimento e respiração profunda, e melhora com o repouso.

Pode ocorrer também quando a pessoa é submetida ao estresse ou medo excessivos. Estas situações provocam contração muscular intensa, o que provoca dor.

Para melhorar a dor muscular, é preciso manter repouso, aplicar compressas mornas sobre a região dolorida, alongar a musculatura do peito e se preciso, usar medicamentos para dor, como anti-inflamatórios e relaxante muscular.

2. Fratura de costelas

As fraturas de costelas geralmente estão relacionadas à história de traumas como quedas, acidentes de carro, agressões, prática de esportes radicais e outros impactos. É comum em idosos que sofrem de osteoporose.

A dor provocada pela fratura de costelas é intensa e acontece principalmente quando a pessoa respira profundamente e ao torcer o tórax. Além da dor, pode ocorrer dificuldade respiratória, deformidade das costelas fraturadas (arcos costais) e hematomas no tórax.

A fratura de costelas, por si, não é um quadro grave. Entretanto, as costelas fraturadas podem perfurar os pulmões, vasos sanguíneos ou outros órgãos, situações que colocam a vida em risco.

Por este motivo, ao suspeitar de fraturas de costela é importante buscar uma emergência hospitalar para avaliação médica e assim evitar complicações.

3. Pneumonia

A pneumonia é uma infecção do pulmão que causa dor aguda no peito ao respirar e ao tossir. Pode ser provocada por bactérias, vírus ou fungos. Os sintomas mais comuns da pneumonia incluem:

  • Febre alta
  • Tosse
  • Dor no tórax
  • Mal-estar generalizado
  • Falta de ar
  • Secreção de muco purulento de cor amarelada ou esverdeada
  • Prostração

Em caso de suspeita de pneumonia, procure um médico de família ou pneumologista. O tratamento é feito com uso de antibióticos, remédios para febre, tosse e analgésicos para aliviar a dor.

4. Derrame Pleural

O derrame pleural é o acúmulo de líquido no espaço pleural que se localiza entre a duas pleuras, que são membranas finas que revestem os pulmões. Geralmente é causado por infecções, lesões, problemas cardíacos, renais ou pelo uso de medicamentos.

A dor no peito ao respirar profundamente e ao tossir e a dificuldade respiratória são os sintomas mais comuns de derrame pleural.

O tratamento depende da quantidade de líquido acumulado no espaço pleural. Em casos mais leves, pode não ser necessário tratamento. Entretanto, em derrames mais graves com maior volume de líquido, o tratamento consiste na drenagem cirúrgica do líquido acumulado. Este procedimento é feito em ambiente hospitalar.

5. Pneumotórax

O pneumotórax é a presença de ar entra as pleuras (membranas finas que recobrem os pulmões).

A dor do pneumotórax ocorre na região do peito, apenas no lado acometido, do lado esquerdo ou direito. É acompanhada de falta de ar que começa subitamente.

O tratamento depende do seu tamanho, gravidade e do estado clínico do paciente. Em casos mais brandos a pessoa com pneumotórax é internada e colocada em observação para perceber se o ar acumulado entre as pleuras está sendo absorvido pelo organismo ou realizar uma pequena punção com seringa e agulha na parede do tórax para retirar o ar.

Nos casos mais graves, a drenagem torácica é indicada e realizada por um cirurgião ou pneumologista, também no hospital.

6. Embolia pulmonar

A embolia pulmonar é a obstrução súbita de uma artéria do pulmão provocada, geralmente, por um coágulo de sangue. Os sintomas mais comuns são:

  • Dor torácica: se inicia de forma súbita e vai aumentando de intensidade,
  • Falta de ar,
  • Respiração acelerada (taquipneia),
  • Batimentos cardíacos acelerados (taquicardia) e
  • Palidez.

A embolia pulmonar é uma emergência médica e, por este motivo, a pessoa deve ser levada rapidamente para o hospital. O tratamento inicial consiste em ofertar oxigênio e medicamentos que impedem o aumento e formação de novos coágulos.

7. Pericardite

A pericardite é uma inflamação do pericárdio, membrana como um saco que envolve e protege o coração.

Os sintomas são de dor no meio do peito, em pontadas e geralmente piora quando a pessoa respira profundamente, tosse e engole. Também se agrava quando a pessoa se deita. Entretanto, é comum sentir alívio quando ao permanecer sentada ou quando inclina o corpo para frente.

O tratamento é feito de acordo com as características e gravidades da doença. São usados medicamentos analgésicos, antitérmicos, anti-inflamatórios e antifúngicos. Em alguns casos, o internamento hospitalar pode ser necessário.

8. Câncer de Pulmão

O tipo mais comum de câncer de pulmão, tem como causa principal, o tabagismo.

Os sintomas mais comuns são a dor no peito ao respirar, tosse crônica e falta de ar. A pessoa também pode apresentar tosse com sangue, perda de apetite, emagrecimento, fadiga e fraqueza.

O tratamento depende do tipo, da localização do tamanho e da gravidade do câncer. Podem ser utilizados quimioterapia, radioterapia ou cirurgia, de forma separadas ou combinadas. O pneumologista é o médico indicado para acompanhar e tratar pessoas com câncer de pulmão.

Quando devo me preocupar?

Ao sentir dor no peito ao respirar, você deve atentar para os seguintes sintomas:

  • Dor no peito ao respirar que permanece por mais de 20 minutos
  • Falta de ar
  • Náuseas e vômitos
  • Tosse crônica ou com sangue
  • Suor frio
  • Tontura

Na presença de um ou mais desses sintomas, peça ajuda e procure o mais rápido possível, um atendimento médico ou uma emergência hospitalar.

Não use nenhum medicamento para aliviar a dor sem orientação médica.

Se você quer saber mais sobre dor no peito, consulte:

Dor no peito: o que pode ser e o que fazer? Como saber se é Infarto?

O que fazer no caso de dor no peito?

Por que tenho uma gripe que nunca sara?

Verdades e mitos sobre pneumonia

Referências

  • Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia
  • Sociedade Brasileira de Cardiologia
É normal a menstruação vir bem pouquinho quando se toma um anticoncepcional injetável pela 1ª vez?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Sim, é normal. Os anticoncepcionais injetáveis podem causar alteração no padrão menstrual, como diminuir o volume de sangue, a quantidade de dias de sangramento, causar irregularidade no ciclo menstrual ou mesmo levar a ausência da menstruação. Todos esses são efeitos esperados desse tipo de anticoncepcional.

Caso essas alterações menstruais não estejam causando incomodo orienta-se manter o uso do anticoncepcional e evitar atrasos na aplicação da injeção, de modo a manter o efeito contraceptivo, não há motivo para deixar de tomá-lo, já que esse tipo de alteração não irá causar danos ao organismo.

No entanto, caso esses sintomas causem incomodo ou venham acompanhado de outros efeitos do anticoncepcional injetável como ganho de peso, tontura, dor de cabeça procure o seu médico. A depender da situação é possível manter o mesmo anticoncepcional ou trocá-lo.

Para mais informações consulte:

Dúvidas sobre anticoncepcional injetável

Anticoncepcional injetável tem efeitos colaterais?

Evacuando um catarro junto com a água, isso é diarreia?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Sim, temos a presença de diarreia quando ocorre um aumento do volume das fezes e diminuição da consistência, levando ao aumento no número de evacuações por dia, pode ainda acontecer de aumentar a quantidade de líquido eliminado junto com as fezes, que tornam-se mais aquosas.

Nesse tipo de situação é importante beber bastante líquido para manter-se hidratado e impedir o risco de desidratação, que ocorre mais frequentemente e é mais grave principalmente em crianças pequenas e idosos. 

Além disso, é valido comer comidas leves e evitar a ingestão de alimentos que aumentem a motilidade intestinal como comidas gordurosas, leites e derivados. Evitar usar medicações para cessar a diarreia sem supervisão médica, pois podem piorar os sintomas. 

Saiba mais em: Diarreia, o que fazer?

No caso de diarreia, é importante ficar atento aos seguintes sintomas:

  • Febre;
  • Presença de muco ou sangue nas fezes;
  • Diarreia persistente por mais de 7 dias;
  • Diarreia ao longo de meses, crônica;
  • Sintomas de palpitação, sudorese, dor abdominal intensa.

No caso de algum desses sintomas vale a pena procurar o seu médico de família ou clínico geral para uma avaliação.

Leia também:

Estou com diarreia, o que pode ser?

Quais são as causas da diarreia crônica?

Preciso estar em jejum para exame de sangue? Por quantas horas?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

O tempo de jejum depende do tipo de exame de sangue solicitado e pode variar de acordo com o laboratório.

Lembre-se que o jejum é o tempo no qual ficamos sem ingerir calorias, ou seja, alimentos. O consumo de água é liberado, porém, com moderação.

Exames de sangue que não precisam de jejum Hemograma completo

Para realizar o hemograma completo (quando apenas ele é solicitado), não é necessário jejum. Entretanto, a alimentação que antecede o exame deve ser leve, ou seja, evite consumo de gorduras e açúcares.

O hemograma completo avalia as células que compõem o sangue como os glóbulos vermelhos (hemácias ou eritrócitos), glóbulos brancos (leucócitos) e plaquetas.

É um exame importante para diagnosticar inflamações, infecções, anemias, problemas na medula óssea, alterações nas plaquetas, entre outras.

Exames com jejum de 3 horas Sódio

Verificar a concentração de sódio na corrente sanguínea é importante para avaliar a função renal e o equilíbrio deste mineral no organismo, especialmente para as pessoas que tem pressão alta (hipertensão arterial) ou baixa (hipotensão arterial).

Potássio

O potássio é um mineral indispensável ao bom funcionamento dos músculos, nervos e células em geral. Níveis muito elevados ou muito baixos de potássio podem alterar o ritmo dos batimentos cardíacos ou até mesmo provocar parada cardíaca.

Ureia

Verificar a quantidade de ureia no sangue permite avaliar o funcionamento dos rins e .

TGO e TGP

TGO e TGP são enzimas solicitadas no exame de sangue para avaliar o funcionamento do fígado.

O período de jejum destes exames (sódio, potássio, ureia, TGO e TGP) não deve ultrapassar 14 horas.

Exames com jejum de 4 horas Ferro

O ferro é um mineral essencial para o bom funcionamento de todas as células do nosso organismo. Ele desempenha função relevante na síntese de DNA, na produção da energia do organismo e no transporte de oxigênio para os músculos.

Por estes motivos, é importante que os níveis de ferro sejam avaliados no exame de sangue.

LH (hormônio luteinizante)

As concentrações de hormônio luteinizante são observadas para avaliar a função da hipófise e diagnosticar problemas de fertilidade, doenças nos ovários ou testículos e problemas de maturação sexual.

FSH (hormônio folículo-estimulante)

Os níveis de FSH no sangue permitem avaliar o funcionamento dos ovários e testículos.

T3 (tri-iodotironina)

O hormônio T3 é um dos hormônios produzidos pela tireoide. Sua dosagem no sangue permite avaliar a função desta glândula.

PSA (Antígeno específico da próstata)

A dosagem das concentrações de PSA no sangue é solicitada somente para os homens e permite identificar, por exemplo, uma potencial presença do câncer de próstata.

O tempo de jejum para estes exames (ferro, LH, FSH, T3 e PSA) não deve ser superior a 14 horas.

Exames com jejum de 8 horas ou mais Glicemia

O exame de glicemia mensura os níveis de glicose (açúcar) no sangue. É um importante exame para a prevenção ou controle do diabetes.

Curvas glicêmicas

O exame de curva glicêmica é feito por meio da análise da concentração de glicose (açúcar) no sangue em jejum e logo após a ingestão de um líquido açucarado oferecido pelo laboratório. Deste modo, é possível avaliar a glicose em jejum e também verificar a resposta do organismo quando exposto à glicose.

É um exame útil para diagnosticar pré-diabetes, diabetes, resistência à insulina e outros problemas relacionados ao funcionamento do pâncreas.

Curvas insulínicas

A curva insulínica permite avaliar o nível de insulina na circulação sanguínea. É feita a primeira coleta de sangue em jejum, na qual são dosados os níveis de glicose e insulina. Logo após administra-se 75 gramas de glicose para adultos e 1,75 g/kg de peso para as crianças.

As coletas são feitas de acordo com a orientação médica e os resultados são comparados para detectar diabetes, resistência à insulina, níveis elevados de insulina (hiperinsulinismo).

Para estes exames (glicemia, curvas glicêmicas e insulínicas) o tempo de jejum não pode ultrapassar 12 horas.

Colesterol total e frações (LDL, HDL, VLDL)

O exame de colesterol total e de suas frações (LDL, HDL, VLDL) medem a quantidade de colesterol e de seus subtipos na circulação sanguínea. O LDL e o VLDL são frações do colesterol total que se referem à quantidade de colesterol "ruim" e o HDL, à concentração de colesterol "bom".

Estes exames são importantes para verificar os riscos para doenças cardiovasculares, como o infarto, que podem acontecer pelo colesterol ruim elevado.

Triglicérides

A quantidade de triglicérides é, normalmente, medida com o exame de colesterol total e frações (LDL, HDL, VLDL).

É um tipo de gordura que, com o colesterol elevado, aumenta o risco para as doenças cardiovasculares como o acidente vascular cerebral e infarto.

Para estes exames (Colesterol e Triglicérides) o tempo de jejum deve ser entre 8 e 12 horas.

Posso beber água durante o período de jejum?

Você pode sim ingerir água durante o período de jejum. Entretanto, é preciso fazer isto com moderação. Beba apenas a quantidade de água suficiente para saciar sede.

Ingerir água em excesso pode provocar alterações nos resultados do exame de sangue.

Evite a ingestão de bebidas alcoólicas, chás e refrigerantes uma vez que elas podem alterar os componentes do sangue e, consequente, os resultados dos exames.

O uso de medicamentos influencia no exame de sangue?

O uso de alguns anti-inflamatórios, antibióticos e analgésicos como a aspirina podem causar alterações nos resultados dos exames de sangue.

Comunique ao médico os medicamentos que você utiliza cotidianamente. Deste modo, ele pode orientar a suspensão ou não do remédio para a realização do exame de sangue.

Caso a medicação não seja suspensa, é necessário comunicar ao laboratório sobre os medicamentos utilizados para que eles sejam considerados na análise do seu exame de sangue.

Que preparos são necessários antes de realizar os exames de sangue?
  • Respeite o tempo de jejum orientado pelo médico que solicitou o exame de sangue ou pelo laboratório;
  • Quando mais de um exame de sangue for solicitado ao mesmo tempo, respeite o tempo de jejum de 8 a 12 horas;
  • Faça uma alimentação leve, caso o jejum não seja necessário;
  • Beba somente a quantidade de água necessária para saciar a sede;
  • Evite atividades físicas muito vigorosas 24 horas antes da coleta do exame de sangue;
  • No caso do exame de PSA, evite atividade sexual nos 3 dias que antecedem o exame;
  • Comunique ao médico e laboratório os medicamentos que você utiliza constantemente;
  • Não consuma bebidas alcoólicas durante as 72 horas que antecedem o exame de sangue;
  • Evite fumar no dia da coleta do exame de sangue.

Caso você tenha dúvidas em relação ao exame de sangue solicitado, comunique-se com seu médico de família ou clínico geral.

Leia também:

Quais são os principais tipos de exame de sangue e para que servem?

Tontura e enjoo: saiba as principais causas do mal-estar e o que fazer
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A tontura, o enjoo e o mal-estar podem ser causados por diversas e diferentes situações, sendo as principais e mais comuns:

  • Início de uma gravidez,
  • Crise de enxaqueca,
  • Labirintite, VPPB (vertigem Paroxística Posicional Benigna),
  • Pressão alta ou pressão baixa,
  • Ansiedade,
  • Efeito colateral de um medicamento,
  • Infarto agudo do coração ou
  • Derrame cerebral.

Uma característica importante para diferenciar doenças benignas das mais graves, como o infarto e o derrame, são o tempo de início dos sintomas. O início súbito dos sintomas sugere um problema mais grave.

Por isso, se a tontura vier de repente, associada a dor no peito, falta de ar, dificuldade de falar ou de se movimentar, procure imediatamente uma emergência. Para cada uma das demais situações, existe uma orientação e tratamento específicos, que serão mais detalhados a seguir.

1. Gravidez

Na gravidez, o organismo da mulher passa por diversas modificações, que permitem o desenvolvimento do bebê. Uma dessas modificações é a dilatação dos vasos sanguíneos, para aumentar o fluxo de sangue atendendo as novas necessidades. Com isso, a mulher pode desenvolver retenção de líquidos, inchaços e diminuição da pressão arterial.

Todas essas alterações, junto com o aumento das taxas de hormônios, acabam por desencadear os sintomas de tontura, enjoo e mal-estar. Especialmente nos primeiros meses de gestação.

Para diminuir a sensação de tontura e mal-estar é recomendado à gestante:

  • Evitar o jejum e aumentar o consumo de água, tomando pelo menos 1 litro e meio por dia;
  • Manter alimentação saudável, com menor quantidade de gordura, facilitando a digestão, preferir legumes e verduras;
  • Praticar atividade física, se não houver restrições, com profissionais capacitados, pelo menos 4 vezes por semana, ou drenagem linfática.
2. Enxaqueca

A enxaqueca é um tipo bastante frequente de dor de cabeça na nossa população, com características bem marcantes, de dor intensa, do tipo latejante, unilateral e associada a náuseas (enjoo), vômitos, tontura e mal-estar.

A dor piora com o estresse, jejum, distúrbios do sono, presença de luz intensa ou contínua, como o uso prolongado de aparelhos eletrônicos e com o barulho.

O tratamento deve ser orientado individualmente, mas, em geral, a recomendação é:

  • Manter-se em repouso, em ambiente escuro e silencioso;
  • Tomar um medicamento analgésico potente ou anti-inflamatório;
  • Anotar em um diário da dor todas as informações possíveis, para levar ao médico e
  • Procurar um neurologista para o tratamento definitivo. A enxaqueca não tem cura, mas pode ser controlada com as orientações adequadas.
3. Labirintite

Quase metade das queixas de tintura com enjoo, estão relacionadas as doenças do labirinto. No entanto, a doença mais comum é a vertigem posicional paroxística benigna (VPPB) e não a labirintite. A labirintite é, na verdade, uma doença rara, causada por infecção no labirinto.

A maior parte das doenças do labirinto se resolvem espontaneamente após uma ou duas semanas. Na VPPB, o tratamento preconizado é a realização de manobras específicas, realizadas por médicos experientes, com o objetivo de recolar os cristais de dentro do labirinto, em seus lugares.

Com o intuito de amenizar os sintomas durante os dias de mal-estar, é recomendado:

  • Manter-se em repouso;
  • Tomar medicamentos para melhoras os sintomas, como o Dramin® ou Labirin® e
  • Procurar um médico otorrinolaringologista, para avaliação, caso os sintomas permaneçam por mais de 2 semanas.
4. Pressão alta ou pressão baixa

A variação da pressão, seja para pressão alta ou pressão muito baixa, reduz o fluxo de sangue para o cérebro, diminuindo a oxigenação cerebral. Essa redução provoca os sintomas de tontura, enjoo (náuseas), vômitos e mal-estar.

Na gestação é ainda mais grave, porque pode reduzir o fluxo de sangue para a placenta, prejudicando o crescimento do bebê. Além disso, aumenta o risco de abortamento e eclâmpsia.

Portanto, para evitar a variação da pressão, é recomendado:

  • Acompanhar os níveis de pressão arterial, medindo pelo menos 1x por ano ou de 6 em 6 meses, para pessoas saudáveis;
  • Medir a pressão com maior regularidade, para pessoas hipertensas, de acordo com a orientação do seu cardiologista e fazer o uso correto das suas medicações;
  • Manter alimentação saudável, com restrição de sal (2g por dia é o mais seguro), menor quantidade de frituras ou alimentos gordurosos;
  • Praticar atividade física, de acordo com as suas possibilidades e orientações do médico.
5. Crise de ansiedade

Na crise de ansiedade, o organismo aumenta a liberação de neurotransmissores e hormônios, que desencadeiam sintomas como: suor frio, tremores, dores de cabeça, palpitação, sensação de falta de ar, tontura e enjoo.

Os sintomas na crise de ansiedade, também podem acontecer repentinamente, confundindo com situações mais graves de infarto ou derrame. Entretanto, ocorre em momentos de maior estresse ou emoções fortes.

O tratamento nesse caso, deve ser:

  • Procurar exercícios que acalmem o organismo, como respiração prolongada e profunda, pedir ajuda, conversar, pensar em coisas boas, ouvir músicas agradáveis ou meditação;
  • Agendar uma consulta com psicólogo e/ou psiquiatra, para discutir a necessidade de um tratamento definitivo, evitando novas crises.
6. Uso de medicamentos

Alguns medicamentos, como os antidepressivos, anticonvulsivantes ou calmantes, pode no início, ou com doses muito altas, ocasionar a tontura e enjoos, como efeitos colaterais.

O ajuste das doses ou a troca de substância, pode ser suficiente para resolver os sintomas. Porém, o recomendado é que:

  • Procure o seu médico para informar os novos sintomas;
  • Nunca interrompa a medicação por conta própria, porque pode ser ainda mais perigoso para a sua saúde, visto que alguns desses medicamentos precisa ser retirado gradativamente;
  • Na dúvida sempre converse com o seu médico da família ou médico que o acompanha.
7. Infarto agudo do coração

No infarto do coração, é importante lembrar que os sintomas dessa doença são principalmente a dor no peito, em aperto ou pressão. Os demais sintomas associados são a tontura, palidez, suor frio, náuseas e mal-estar.

Entretanto, pessoas com diabetes ou idosos, com muitas outras doenças, podem nem apresentar a dor no peito no início, e queixar apenas de tontura, enjoo e mal-estar.

Portanto, para pessoas com alto risco de infarto, como idosos, diabéticos de longa data, hipertensos, tabagista e portadores de colesterol alto, que apresentam subitamente esses sintomas, devem ser avaliados em serviço de emergência, imediatamente.

8. Derrame cerebral

O derrame, ou isquemia cerebral, ou ainda, AVC isquêmico, é a falta de sangue e oxigênio no cérebro, por uma obstrução arterial. A baixa oxigenação causa, tonturas, mal-estar, náuseas e vômitos, também de início súbito.

Outros sintomas que podem vir associados, são a dificuldade de fala, "boca torta", fraqueza em um dos membros ou falta de coordenação e equilíbrio.

Na presença de um ou mais desses sintomas, em pessoas com fatores de risco para AVC, hipertensão, diabetes, colesterol alto e tabagismo, procure imediatamente uma emergência.

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Referências:

UpToDate - Joseph M Furman, et al;. Causes of vertigo. Aug 24, 2018.

O que é artrite?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Artrite é uma inflamação na articulação. Os sintomas incluem dor, vermelhidão, rigidez e inchaço na articulação afetada. Dentre os principais tipos de artrite estão a osteoartrite, a artrite reumatoide, a artrite traumática e a artrite infecciosa.

Uma artrite pode ser causada por infecções ou processos inflamatórios que acometem os componentes articulares, como cartilagem, cápsula articular, ligamentos e menisco.

O processo inflamatório que ocorre na artrite liberta substâncias químicas que afetam diversos tecidos, além da articulação. Isso aumenta o fluxo sanguíneo na articulação afetada, podendo gerar calor e vermelhidão local. A dor muitas vezes é decorrente do inchaço, que pode estimular alguns nervos.

As articulações, popularmente chamadas de "juntas", são locais do corpo em que se encontram dois ossos ou mais. Alguns exemplos: joelho, tornozelo, quadril, cotovelo, punho, etc. Nas extremidades ósseas estão as cartilagens, que evitam o contato direto entre os ossos e amortecem o contato entre eles, permitindo movimentos suaves e sem dor.

As artrites podem ocorrer em qualquer idade, embora na artrite reumatoide, 75% dos casos ocorre em mulheres entre 25 e 50 anos. Já a artrite psoriásica e a espondilite anquilosante, outras formas de artrite, são mais frequentes em pessoas jovens.

Osteoartrite

A osteoartrite é o tipo mais comum de artrite e ocorre principalmente em mulheres com mais de 40 anos. As articulações mais afetadas são o joelho, o quadril e a coluna.

A osteoartrite é causada pela diminuição da cartilagem articular, o que provoca atrito entre os ossos e leva à inflamação. Essa forma de artrite pode ser consequência de traumas, uso excessivo da articulação, degeneração da cartilagem, excesso de peso, podendo ainda ter causas genéticas.

Artrite reumatoide

A artrite reumatoide é uma doença autoimune em que o sistema imunológico ataca o próprio corpo, causando inflamação da articulação e destruição da cartilagem. Trata-se de uma doença crônica, mais comum em mulheres.

Artrite traumática

A artrite traumática é causada por fraturas, principalmente em quadril, joelho, tornozelo e pé.

Artrite infecciosa

A artrite infecciosa é causada principalmente pela presença de bactérias na articulação.

Qual é o tratamento para artrite?

O tratamento da artrite depende de diversos fatores, como o tipo de artrite, a idade da pessoa, a gravidade dos sintomas, o estado geral de saúde do paciente, entre outros. As opções são de tratamento são bastante variadas, indo desde o repouso à cirurgia.

O tratamento da artrite depende da causa da inflamação, podendo incluir medicamentos anti-inflamatórios, analgésicos, antibióticos, corticoides, imunossupressores e biológicos, fisioterapia, perda de peso e ainda cirurgias.

O tratamento da artrite inclui também evitar ou modificar atividades que pioram a dor, bem como reduzir a pressão exercida sobre as articulações afetadas, mediante diferentes recursos.

A reabilitação com fisioterapia também exerce um papel importante no tratamento da artrite, para manter ou aumentar a força muscular, além de manter a funcionalidade da articulação afetada.

O objetivo do tratamento da artrite é diminuir a dor, a inflamação e o inchaço, além de manter ou recuperar os movimentos da articulação.

O diagnóstico e tratamento da artrite é da responsabilidade do médico reumatologista.

Dores de cabeça: pressão na cabeça, dor de um lado, frequente, latejante, dor nos olhos, na testa... Como identificar e tratar?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A identificação e o tratamento para cada dor de cabeça, começam pela avaliação das suas características, o tipo de dor, localização e sintomas associados.

1. Pressão na cabeça ou dor em aperto

A cefaleia tensional é uma dor de cabeça do tipo aperto ou pressão, geralmente causada por ansiedade, tensão muscular, cansaço físico ou mudanças de temperatura repentina. Outras causas possíveis são os problemas de coluna e pressão alta.

A dor é causada pela contração dos músculos e pode ser aliviada quando "apertam" as têmporas com a ponta dos dedos.

O tratamento é feito com repouso em ambiente calmo, medicamentos analgésicos, relaxante muscular, além de tratar a causa do problema. Nos casos de ansiedade, procurar tratamento com psicoterapia e atividade física prazerosa.

2. Dor só de um lado

A dor de um lado só, direito ou esquerdo, que sempre muda de localização sugere um quadro de ansiedade ou tensão muscular (chamada cefaleia tensional).

A tensão muscular costuma ocorrer em situações estresse, preocupações ou até por posturas inadequadas de trabalho, muito tempo na mesma posição e/ou treinos intensificados.

O tratamento é feito com relaxante muscular e fortalecimento da musculatura através da fisioterapia.

Contudo, a dor relacionada a tensão muscular, ansiedade e por vezes, por pressão alta, varia de localização e intensidade. Sendo assim, quando uma dor permanecer em um único lado, com início já na idade adulta e sem melhora com medicamentos, pode ser um sinal de gravidade, por isso está recomendado procurar um neurologista para melhor investigação.

3. Dor de cabeça frequente

A dor de cabeça frequente, todos os dias, sugere pressão alta, um quadro de cansaço físico e mental (estafa) ou problemas de visão.

Na pressão alta, a dor de cabeça costuma ser constante, em aperto ou pressão, em toda a cabeça, de embora habitualmente seja descrita na nuca. Pode ter início ainda pela manhã e vir associada a náuseas, vômitos e mal-estar.

O tratamento é feito com mudança de hábitos de vida, mantendo boa alimentação e atividade física regular, além de usar corretamente as medicações anti-hipertensivas.

O cansaço físico e mental, ou estafa, como é conhecido popularmente, é a sobrecarga do organismo, e tem como sintomas, dor de cabeça frequente, tipo aperto, localizada por toda a cabeça ou na região das têmporas, associada a sensação de desânimo, dores no corpo, falta de apetite e humor deprimido.

O tratamento é feito com repouso, alimentação balanceada, reposição de vitaminas quando preciso e beber bastante água. Pode ser preciso as atividades diárias ou de trabalho, se forem a causa do problema.

Problemas de visão como miopia, uso incorreto dos óculos ou trabalho por horas em ambientes luminosos como o uso de computadores, causam dores de cabeça com frequência. A dor é mais comum no final do dia, após o esforço excessivo, localizada na região "atrás dos olhos", testa ou nuca.

O tratamento se baseia no uso correto dos óculos e orientações de descansar a vista por 10 a 15 minutos, várias vezes durante o dia. Nos casos de maior intensidade, o uso de analgésicos comuns, aliviam mais rapidamente a dor, durante uma crise.

4. Dor de cabeça latejante ou pulsátil

A principal representante da dor tipo pulsátil e latejante é a enxaqueca.

Enxaqueca é uma dor de cabeça crônica, caracterizada por ser de um único lado, que varia a cada episódio de dor e que piora com a luz e com o barulho. Geralmente é associada a náuseas, vômitos e mal-estar.

O tratamento da crise pode ser feito com uma das 5 classes de medicamentos aprovados no Brasil: analgésicos comuns, anti-inflamatórios não esteroidais, ergotamínicos, antagonistas dopaminérgicos e triptanos. Além disso, o repouso em ambientes calmos e escuros ajudam no alívio da dor.

Nos casos de enxaqueca crônica (mais de 3 meses consecutivos de dor), é indicado tratamento preventivo, sendo as medicações de mais eficazes, o Topiramato® e a aplicação de toxina botulínica tipo A.

Outras opções que podem ser utilizadas, dependendo de casa caso, são os corticoides, antidepressivos e mais recentemente, os anticorpos monoclonais.

Saiba mais sobre esse tratamento no artigo: Qual é o tratamento da enxaqueca?

5. Dor nos olhos

A dor de forte intensidade, na região de um dos olhos, associada a lacrimejamento, vermelhidão, congestão nasal e coriza, sugere a cefaleia em salvas, ou cluster.

Um tipo de dor de cabeça mais comum nos homens jovens, sem causa definida, e que dura pouco tempo, com longos períodos de calmaria, no entanto, durante a crise, a dor é considerada uma das piores dores já sentidas na medicina.

O tratamento mais eficaz na crise, é o oxigênio nasal e para tratamento de manutenção, a Indometacina, com objetivo de diminuir a sua frequência.

A neurite óptica é outra causa de dor em um dos olhos, de início súbito, associado a dificuldade visual ou cegueira total desse olho. Uma causa comum é a esclerose múltipla. A crise deve ser tratada o quanto antes, com corticoterapia ou imunoglobulina, para evitar sequelas.

Nos casos de dengue, zika, sinusite, entre outros processos infecciosos ocorrem episódios de dores na região dos olhos, mais descritas como "atrás dos olhos", porém vem associada a febre, mal estar, manchas na pele e falta de apetite, auxiliando no correto diagnóstico. O tratamento depende de repouso, hidratação e alimentação saudável.

6. Dor na testa

A dor na testa é típica da sinusite. O processo inflamatório, com o acúmulo de líquido e edema em um dos seios da face. A dor de cabeça se localiza no meio da testa ou na maçã do rosto, uma dor do tipo em aperto, que piora quando abaixa a cabeça ou movimenta rápido.

Pode vir ou não acompanhada de febre. O diagnóstico é clínico, não é preciso a exposição ao Raio-X, a menos que haja alguma dúvida.

O tratamento deve ser feito com antibióticos e limpeza nasal constante.

7. Dor na nuca

A dor na nuca está popularmente associada ao aumento da pressão arterial, e realmente é uma das principais causas. Portanto, a pressão deve ser sempre aferida, mas o torcicolo, enxaqueca e ansiedade também podem causar dores na nuca.

O tratamento da pressão alta deve ser o uso correto da sua medicação anti-hipertensiva. Alem disso, é fundamental informar ao seu cardiologista sobre a dor, pois pode ser necessário um ajuste da dose da medicação.

Nos casos de contratura muscular, o uso de um relaxante muscular pode resolver rapidamente o problema. Um relaxante muscular bastante utilizado é a ciclobenzaprina.

Vale ressaltar que pessoas com miastenia gravis ou outras doenças que atingem o músculo, não podem usar esse tipo de medicação! As opções para esse caso, são o repouso, colar cervical, para evitar movimentar e contrair ainda mais, e os tratamentos alternativos como a yoga, meditação e a osteopatia.

8. Dor de cabeça e muito sono

Até que prove o contrário, e antes de tomar qualquer medicação, a mulher que apresente dores de cabeça associada a sono, deve descartar a possibilidade de uma gravidez.

Na gestação, devido à ação dos hormônios e a vasodilatação natural da mulher, é muito comum a presença de dores de cabeça. O uso de anti-inflamatórios na gravidez é contraindicado, devido ao risco de sangramento e aborto, por isso, não tome uma medicação se houver essa possibilidade.

A hipertensão também pode causar dores de cabeça e cansaço extremo, que pode ser confundido pelo paciente, por sono. Sendo importante pessoas hipertensas em qualquer situação de dor de cabeça, medir a sua pressão.

9. Dor de cabeça e febre alta

A dor de cabeça é esperada em uma situação de febre alta, no entanto, as infecções cerebrais como a meningite e a encefalite, tem um alto risco de mortalidade.

A meningite é uma doença grave, com alto risco de mortalidade, caracterizada pela infecção das meninges, película que recobre o cérebro. A encefalite é a infecção que atinge todo o cérebro. Os sintomas em ambos os casos são de dor de cabeça intensa, febre alta e rigidez de nuca. O pescoço fica tão rígido que a pessoa é incapaz de encostar o queixo no peito.

O tratamento é feito com antibioterapia venosa e isolamento, para não infectar outras pessoas, e deve ser iniciado assim que for suspeitada a doença para evitar sequelas.

Na suspeita de uma dessas doenças, procure imediatamente uma emergência médica.

10. Pior dor de cabeça da vida!

A dor de cabeça relacionada ao aneurisma cerebral costuma ser descrita como a pior dor de cabeça da vida, ou como uma "bomba explodindo dentro da cabeça".

O aneurisma cerebral é uma malformação no vaso sanguíneo do cérebro, que não causa nenhum sintoma até que se rompa, mesmo que parcialmente, permitindo que o sangue saia do vaso e atinja o cérebro, causando uma grande irritação química.

Os sintomas são de dor intensa na cabeça, de início súbito associado a vômitos e rigidez de nuca. Na suspeita de um aneurisma, procure imediatamente uma emergência. O tratamento definitivo é cirúrgico.

Quando procurar uma emergência?

Os sinais de alerta, que indicam a necessidade de procurar imediatamente um serviço de emergência, são:

  • Dor de cabeça com febre alta (mais de 39º),
  • Dor de cabeça de início após os 50 anos de idade,
  • Dor de cabeça associada a alteração de visão (visão dupla ou cegueira),
  • Dor de cabeça com rigidez de nuca (pescoço duro) e
  • Dor de cabeça associada a desorientação ou confusão mental.

Leia também:

Referência:

Sociedade Brasileira de Cefaléia.

Minha urina está avermelhada (urina vermelha)?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Provavelmente não é devido ao consumo da beterraba e nem sinal de gravidez, até porque faz uso corretamente do anticoncepcional, portanto sua proteção contra gravidez está acima dos 99%.

A evidência de urina avermelhada, sugere algum problema no trato urinário. Por exemplo, a presença de um cálculo renal ou infecção do trato urinário.

Procure um médico clínico geral, médico da família ou urologista, para iniciar uma investigação e devido tratamento, evitando uma piora do problema.

Quais são os sintomas de cálculo renal?

Na presença de cálculo renal, os sintomas são bastante variados. Quando não há obstrução do fluxo da urina, o cálculo pode ser "silencioso", não causar qualquer sintoma, ou apenas a urina avermelhada, pelos pequenos traumatismos na parede do ureter.

Quando o cálculo gera a obstrução da passagem da urina, mesmo que parcial, leva a crises de dor intensa, na região lombar do lado acometido, tipo cólicas, associadas a náuseas, suor frio e urgência em urinar. Se houver a obstrução completa, o paciente experimenta uma das piores dores da vida, popularmente conhecida por crise renal.

O diagnóstico é clínico, mas deverá ser confirmado por exames de imagem e de sangue, o último principalmente para descartar um processo infeccioso.

E o tratamento será baseado no quadro encontrado. Pode ser medicamentoso ou cirúrgico.

Leia também: Cálculo renal: como saber se tenho pedra nos rins?

Quais são os sintomas de uma infecção urinária?

Na infecção urinária, geralmente os sintomas são de ardência ao urinar, urina mais escura, amarelada e com odor forte. Pode haver também certo grau de incontinência, febre e dor lombar, quando a infecção alcança os ureteres e rins. Situação de maior gravidade, chamada pielonefrite, que necessita de tratamento de urgência.

Vale ressaltar que pacientes com imunidade mais baixa, como diabéticos, idosos, ou imunossuprimidos, podem apresentar sintomas mais brandos, dificultando seu diagnóstico precoce. Por isso, nesses casos, é comum que seja feito o diagnóstico apenas nos estágios mais avançados, como já com quadro de febre alta e confusão mental.

Pode lhe interessar também: O que é pielonefrite e quais os sintomas? e Quais são os sintomas e causas de uma infecção urinária?

Existem ainda outras causas menos prováveis, como distúrbios hematológicos, doenças ginecológicas, entre outras.

Portanto, na suspeita de sangue na urina, procure um médico, que saberá como investigar as possíveis causas e iniciar o quanto antes o devido tratamento.

Meu exame de BetaHCG deu 35.000, estou mesmo grávida?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O valor de 35.000 mUI/ml de Beta HCG no exame de sangue, representa sim um resultado positivo para gravidez. Possivelmente você está grávida, e nesse caso, não há indicação de repetir o exame.

No entanto, embora não seja comum, existem outras situações em que o hormônio está aumentado, sem que seja gravidez. Por isso, você deve levar o resultado do exame para um médico ginecologista, que saberá interpretá-lo, além disso, realizar um exame clínico e ginecológico para melhor avaliação.

Após o exame clínico, deverá solicitar exames complementares, e sendo confirmada a gravidez, dar início às adequadas medidas de pré-natal.

Existem casos de Beta HCG falso positivo? Pode não ser gravidez?

Sim. Embora raro, existem situações e doenças que podem elevar os níveis de Beta HCG no sangue, simulando uma gravidez. Ou até uma situação de gravidez que não evoluiu, resultando em um aborto precoce, situação que mantém os níveis de hormônio elevados por algum tempo.

A doenças trofoblástica, um tipo de tumor uterino, também eleva muito os níveis desse hormônio, por vezes acima de 100 mil, simulando uma gravidez, que deve ser descartada por meio de exames de imagem, como a ultrassonografia.

Sabendo que, no exame clínico, o médico é capaz de identificar diferenças entre a gravidez e outras situações como as citadas. Por isso, é primordial que procure um ginecologista, para dar direcionamento ao seu caso.

Uso de antibióticos pode interferir no resultado do Beta HCG?

Não. Mesmo tratando um processo infeccioso, não causaria a elevação desse hormônio. Medicamentos utilizados para auxiliar no processo de fertilização, que contenham o hormônio HCG, podem gerar um resultado falso positivo, entretanto medicamentos como antibióticos, anti-inflamatórios ou anticoncepcionais, não interferem nesse resultado.

Leia também: É possível o Beta-hCG estar positivo e não estar grávida? Em que casos?

Sendo assim, recomendamos que procure seu médico ginecologista o quanto antes, para dar início ao seu acompanhamento, e orientações adequadas.

Sangue A+ e B+, a filha nasceu AB-, é possível?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Sim. Pais Rh + heterozigóticos podem ter filhos com Rh - em 25% das vezes, isto porque a transmissão do fator Rh depende de dois alelos genéticos o R e o r, que se relacionam através de uma relação de dominância.

Pais que são Rh positivo podem apresenta o seguinte par de alelos RR ou Rr. Se ambos forem heterozigóticos, ou seja, apresentarem o par Rr, os filhos podem apresentar:

  • RR: situação que se traduz num fator Rh positivo. Tem 25% de probabilidade de acontecer.
  • Rr: nessa situação pela relação de dominância também o fator Rh é positivo. Tem 50% de chance de acontecer.
  • rr: essa situação se traduz por dois alelos recessivos, portanto, é quando o filho irá apresentar o fator rH negativo. Tem probabilidade de 25% de ocorrer.
Grupos sanguíneos do sistema ABO

A principal forma de classificação do tipo sanguíneo é através do sistema ABO. Esse sistema foi criado através da análise dos antígenos e dos anticorpos. Os antígenos são estruturas moleculares presentes na superfície das hemácias (glóbulos vermelhos) e os anticorpos são moléculas presentes no plasma sanguíneo, que fazem parte do nosso sistema de defesa e atuam sobre esses antígenos.

Nesse sistema existem quatro tipos de grupos sanguíneo: tipo A, B; AB e O.

  • Grupo A: possui antígeno A nas hemácias e anticorpos anti-B no plasma;
  • Grupo B: possui antígeno B nas hemácias e anticorpos anti-A no plasma;
  • Grupo O: Não possui nenhum antígeno e apresenta os anticorpos anti-A e anti-B no plasma;
  • Grupo AB: Possui os antígenos A e B nas hemácias e não possui nenhum anticorpo.
Grupo sanguíneo do sistema Rh

É possível que as hemácias apresentem um outro antígeno, a esse antígeno deu-se o nome de fator Rh quando foi descoberto. Quando o fator Rh está presente nos glóbulos vermelhos o tipo sanguíneo é Rh positivo, quando ele está ausente tem-se o Rh negativo. Portanto, qualquer tipo sanguíneo do sistema ABO pode apresentar o Rh negativo ou Rh positivo.

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Pai A- e mãe O+ qual o tipo sanguíneo do filho?

Tomografia pode causar queda de cabelo?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Sim, mas muito dificilmente, isto porque a tomografia pode causar queda de cabelo apenas se a dose de radiação for muito elevada. O cabelo de uma pessoa pode cair se for recebida uma quantidade de radiação de 750mSv (miliSievert). Porém, numa tomografia de abdômen, por exemplo, o corpo absorve "apenas" 8,0mSv.

No caso da queda de cabelo, ela pode ocorrer após 2 a 3 semanas da realização da tomografia. Contudo, esses casos são raros e isolados.

Apesar de 8mSv ser considerada uma dose considerável de radiação, não é suficiente para fazer cair o cabelo. No entanto, tomografias sucessivas podem ter um efeito cumulativo no organismo e trazer riscos à saúde, podendo inclusive aumentar as chances de desenvolver certos tipos de câncer.

Além da queda de cabelo, uma exposição a altas doses de radiação pode causar os seguintes efeitos colaterais imediatos:

  • Queimaduras na pele;
  • Diminuição dos glóbulos brancos do sangue;
  • Anemia;
  • Catarata.

No entanto, desde que as doses de radiação sejam bem controladas e os exames não sejam feitos desnecessariamente, os benefícios da tomografia computadorizada superam os seus riscos.

Para maiores esclarecimentos sobre os possíveis efeitos da tomografia no organismo, fale com o médico radiologista responsável pelo exame.

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