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Tenho feridas na boca, o que pode ser?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Existem várias doenças e condições que causam ferida na boca.

Algumas são condições agudas, como pequenos traumas, aftas e infecção local, outras são relacionadas a doenças sistêmicas, como doenças autoimunes, reumáticas ou pode ainda representar um problema mais grave, como o câncer de boca.

Causas de ferida na boca
  • Aftas,
  • Herpes labial,
  • Estomatite,
  • Câncer de boca,
  • Doenças sistêmicas,
  • Leucoplasia e
  • Infecções.
Aftas

As aftas são feridas comumente encontradas na gengiva ou mucosa interna da boca. Trata-se de uma lesão de origem inflamatória, superficial, bastante dolorosa, de bordos elevados, coloração avermelhada com a região do centro mais pálida (esbranquiçada) e tamanhos variados.

Pode ser causada por pequenos traumas, mordeduras, consumo de alimentos ácidos, uso de medicamentos, infecções e viroses.

A afta não é contagiosa e costuma desaparecer espontaneamente. Pode surgir devido à falta de nutrientes na alimentação, baixa imunidade, estresse, infecções ou ainda doenças autoimunes.

Veja também: Quais são as principais causas de aftas e o que fazer para evitá-las?

Herpes labial

O herpes labial, outra doença comum na população, se apresenta inicialmente com coceira e sensação de queimação na região da boca, até que surgem as vesículas (pequenas bolhas), que se rompem no decorrer de poucos dias, dando lugar a uma ferida.

O lábio é a região mais acometida.

O herpes é altamente contagioso, principalmente na fase em que a lesão está liberando a secreção (líquido do interior das bolhas).

Leia também: Como controlar Herpes Labial?

Estomatite

A estomatite, é uma inflamação ou infecção na boca secundária a traumas, vírus ou fungos. Pode ocorrer em indivíduos de qualquer idade, embora seja mais frequente em crianças, visto que estão mais expostos a essas situações, além disso, possui um sistema imunológico em amadurecimento.

As feridas e irritação na boca, melhoram espontaneamente após a cicatrização ou término do ciclo normal da virose.

Câncer de boca

As feridas na boca causadas pelo câncer de boca, se caracterizam pela dificuldade na cicatrização e normalmente aumentam de tamanho com o tempo. Ao contrário dos outros machucados na boca, o câncer bucal geralmente não provoca dor ou qualquer outro sintoma.

Também pode lhe interessar: Caroço no céu da boca: o que pode ser?

Doenças sistêmicas

Algumas doenças sistêmicas, como doenças reumáticas, hematológicas ou autoimunes, podem apresentar como um dos seus sinais e sintomas, as feridas ou machucados frequentes dentro da boca. Como o pênfigo, o lúpus, a Doença de Behçet, entre outras.

O pênfigo é uma doença autoimune que provoca lesões dolorosas na boca, podendo se manifestar também na pele. No início, surgem pequenas bolhas que rapidamente se rompem, transformando-se em feridas. A deglutição dos alimentos pode inclusive ser prejudicada, conforme o tamanho das lesões.

Veja também: O que é pênfigo?

Leucoplasia

A leucoplasia é uma ferida encontrada na região interna da boca, acometendo também a língua, de coloração esbranquiçada, associada ao tabagismo, mordeduras na parte interna da boca, ou problemas nas próteses dentárias.

Importante identificar essas feridas, porque uma porcentagem delas pode evoluir para o câncer de boca. Sendo assim, o quanto antes for detectado e tratado, evita uma evolução desfavorável.

As feridas costumam desaparecer quando o hábito de fumar é interrompido, ou a causa resolvida, seja ajuste de próteses ou tratamento das feridas por mordedura.

Infecções

Há ainda o "sapinho", ou candidíase na boca. Uma infecção causada pelo fungo Candida Albicans. Os sintomas são de lesões esbranquiçadas, amareladas ou mesmo avermelhadas, superficiais, na mucosa interna da boca.

As crianças, pessoas imunodeprimidas ou em uso de certos medicamentos, como corticoides e antibióticos, são mais propensos a essa infecção. Por isso devem ter ainda maior cuidado com a higiene bucal durante esse período.

Para detectar as doenças no início, principalmente o câncer bucal, é importante estar atento ao aparecimento de feridas na boca. Lembrando que o câncer geralmente não provoca dor, o que torna esse "autoexame" ainda mais decisivo no diagnóstico precoce da doença.

A presença de qualquer ferida suspeita na boca deve ser avaliada por um médico/a da família ou dentista especialista em estomatologia.

Saiba mais em:

Quais são os sintomas de câncer de boca?

O que é estomatite e quais as causas?

Bolhas na boca, quais as causas?

Unha inflamada: o que fazer?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Unha inflamada é uma condição chamada paroníquia. Trata-se de uma infecção de pele que ocorre ao redor das unhas, deixando a unha infeccionada e o dedo inflamado. A paroníquia ocorre devido a uma lesão no dedo ou na unha, como por exemplo, morder o canto dos dedos, “cutucar” a unha ou ainda tirar a cutícula. A unha pode ficar inflamada devido a uma infecção causada por bactérias ou fungos.

A paroníquia causada por fungos pode ocorrer em pessoas que têm uma infecção fúngica na unha, diabetes ou que deixam as mãos muito expostas à água.

Como saber se uma unha está inflamada? Quais os sintomas?

Quando a unha inflamada é causada por infecção bacteriana, os sintomas surgem repentinamente. Se a infecção é devida a um fungo, os sintomas se manifestam mais lentamente.

A área ao redor da unha infeccionada fica dolorosa, vermelha e inchada. A inflamação geralmente ocorre na região da cutícula, no canto da unha ou em outra parte do dedo que sofreu alguma lesão.

O dedo inflamado pode apresentar bolhas cheias de pus, especialmente quando a unha está infeccionada com bactérias. Também podem ocorrer alterações na unha, que pode ficar descolada, deformada ou adquirir uma outra cor.

Se a infecção na unha ou no dedo se espalhar para o resto do corpo, os sintomas podem incluir febre, calafrios, riscos vermelhos na pele, sensação de mal-estar, dor nas articulações e dor muscular.

Para identificar o fungo ou a bactéria responsável pela inflamação na unha, o pus ou o fluido que sai do local pode ser drenado e enviado para um laboratório para determinar que tipo de bactéria ou fungo está deixando a unha infeccionada e o dedo inflamado.

O que fazer em caso de unha inflamada?

Se a unha inflamada estiver infeccionada com bactérias, recomenda-se mergulhar a unha em água morna, durante 15 a 20 minutos, 2 ou 3 vezes ao dia, para ajudar a reduzir a dor e a inflamação.

Nos casos mais graves de unha e dedo inflamados, pode ser necessário fazer um pequeno corte para drenar o pus. Também pode ser necessário retirar uma parte da unha infeccionada.

O remédio usado para tratar unha inflamada depende da causa da infecção. Para infecções bacterianas, são indicados antibióticos. Quando a paroníquia é causada por infecção fúngica, o tratamento é feito com remédio antifúngico. Também podem ser indicados medicamentos tópicos, para serem aplicados diretamente na unha infeccionada.

Além dos medicamentos, é importante ter alguns cuidados durante o tratamento de uma unha infeccionada, que também ajudam a prevenir novas inflamações na unha ou no dedo:

  • Cuide bem das unhas e da pele ao redor;
  • Evite qualquer dano às unhas ou nas pontas dos dedos. Como as unhas crescem lentamente, uma lesão pode durar meses;
  • Não morda nem cutuque as unhas ou os cantos dos dedos;
  • Proteja as unhas da exposição a detergentes e produtos químicos usando luvas de proteção de borracha ou plástico;
  • Não tire as cutículas enquanto a unha estiver inflamada.

Para minimizar o risco de danos na unha e prevenir novas infecções:

  • Mantenha as unhas suavemente aparadas, cortando-as semanalmente;
  • Corte as unhas dos pés uma vez por mês;
  • Quando tratar das unhas dos pés e das mãos, use tesouras afiadas, cortadores de unhas ou uma lixa para suavizar os cantos das unhas;
  • Corte as unhas após o banho, pois estão mais amolecidas;
  • Apare as unhas mantendo os cantos ligeiramente arredondados;
  • Corte as unhas dos pés em linha reta e não muito curtas;
  • Não corte as cutículas nem use removedores de cutículas. Isso pode danificar a pele ao redor da unha. Tirar a cutícula causa danos à pele, permitindo a entrada de bactérias que podem causar uma infecção.

Em geral, não é difícil curar a unha inflamada, uma vez que a paroníquia responde bem ao tratamento. Contudo, as infecções causadas por fungos podem durar vários meses.

A inflamação na unha normalmente não traz complicações. Quando ocorrem, podem incluir formação de abscesso, alterações permanentes na forma da unha e propagação da infecção para tendões, ossos e circulação sanguínea.

O médico dermatologista, clínico geral ou médico de família são especialistas indicados para diagnosticar e tratar unha inflamada ou infeccionada.

Leia também:

O que pode ser uma mancha preta na unha?

Quais são os remédios usados para unha inflamada com pus?

Mancha branca na unha, quais as causas e como tratar?

Pomadas para unha inflamada: como usar e o que fazer se não melhorar

Referência

SBD. Sociedade Brasileira de Dermatologia.

6 causas de mau cheiro no umbigo e como tratar
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O umbigo é uma região do corpo que quase sempre está fechado e úmido, por isso se não for limpo e seco adequadamente, pode causar mau cheiro e feridas no local.

Além da má higiene, outras situações que causam odor desagradável no umbigo são a foliculite (pelo inflamado), infecção, piercing inflamado, persistência do úraco e diabetes descompensada.

1. Má higiene

Como é a causa mais frequente do mau cheiro no umbigo, a primeira recomendação é sempre de lavar a região do umbigo com água corrente e sabão neutro no banho, diariamente.

Se mesmo assim o cheiro permanecer, ou se perceber outros sinais como vermelhidão e dor local, é preciso procurar atendimento médico, para pesquisar a presença de uma infecção ou inflamação local.

No caso de infecção é preciso iniciar antibiótico tópico, como neomicina®. A pomada deve ser aplicada após limpar e secar bem a região, e sempre em pequena quantidade, para não deixar a região ainda mais úmida.

2. Foliculite (pelo inflamado)

O umbigo possui pelos no seu interior, embora pequena quantidade. O acúmulo de umidade, restos de células mortas e fungos naturais da região, podem dar origem a uma inflamação nesse folículo piloso. Os sintomas são de dor e vermelhidão.

O tratamento deve ser feito com a mesma limpeza local, com cuidado, secar bem a região. Pode ser preciso ainda incluir pomada anti-inflamatória ou antibiótico, no caso de sinais de infecção (como secreção com mau cheiro).

3. Infecções

A infecção bacteriana se caracteriza pela proliferação de bactérias, geralmente após uma inflamação mal cuidada. Os sintomas nesse caso incluem secreção amarelada, com mau cheiro, dor intensa, calor e vermelhidão, algumas vezes, febre.

O tratamento é feito com antibióticos, em pomada e/ou comprimidos. Uma pomada bastante utilizada nesses casos é o Nebacetim®.

A infecção fúngica é desencadeada pelo crescimento desordenado da quantidade de fungos. A secreção tem aspecto mais esbranquiçado, com mau cheiro e grumos.

O tratamento deve ser feito com pomadas antifúngicas, como Cetoconazol® creme. Por vezes pode ser acrescentado medicamento oral antifúngico.

Pós-operatório, seja de uma pequena cirurgia, como correção de hérnia umbilical ou uma endometriose umbilical, podem evoluir com infecção da ferida, o que causa mau cheiro, dor e secreção purulenta na região.

Nesse caso, de infecção cirúrgica, pode ser preciso iniciar antibióticos, ou até avaliar uma possível drenagem do local.

4. Piercing inflamado

Pessoas com piercing no umbigo, precisam limpar diariamente o umbigo, aplicar pomadas cicatrizantes nos primeiros dias, como o Bepantol®, e pelo menos 1x por semana retirar o acessório, para uma limpeza mais criteriosa.

Limpar o orifício sem o piercing e enquanto faz a limpeza mantém o acessório um tempo imerso em água salgada ou álcool 70%, para evitar o acúmulo de bactérias.

Se, mesmo assim, permanecer com sinais de inflamação, dor, vermelhidão e calor local, procurar um médico para avaliar o início de medicamentos como anti-inflamatório e antibiótico tópico, como a Nebacetim® pomada.

5. Persistência do úraco

O úraco é uma ligação entre a bexiga que o umbigo, que durante a formação do bebê dentro do útero materno, é fundamental para levar os nutrientes até o bebê. Mas após o nascimento é naturalmente fechado. Quando esse canal se mantém, pode formar cistos e secreção com mau cheiro, devido a presença de urina.

O tratamento é feito com anti-inflamatório e antibiótico, se for confirmado sinal de infecção e cirurgia para o fechamento definitivo do canal.

6. Diabetes

Pessoas portadoras de diabetes tem uma maior tendência a proliferação de fungos, pois são germes que se alimentam do açúcar. Para evitar infecções fúngicas de repetição, é importante sempre ter atenção as regiões mais fechadas e úmidas, como o umbigo, virilhas, axilas e ente os dedos dos pés e adotar o hábito de limpar e secar diariamente.

Contudo, na presença de dor vermelhidão, coceira ou secreção, informar ao seu médico endocrinologista.

Mau cheiro em umbigo de criança, o que pode ser?

Na maioria das vezes também é uma situação de má higiene, porém, em crianças pequenas ou com umbigo mais profundo, é fundamental olhar com atenção no interior da cavidade, com o dedo ou com uma lanterna, porque podem em situação de brincadeira, colocar um objeto pequeno e esquecer, o que chamamos de corpo estranho, e o organismo em resposta, dá origem a uma infecção grave de pele ou até formação de abscesso local.

O tratamento pode ser feito com a retirada do objeto e limpeza local, ou quando preciso, drenagem do abscesso.

Para maiores esclarecimentos sobre mau cheiro no umbigo, converse também com o seu médico de família.

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Referência

SBD. Sociedade Brasileira de Dermatologia.

Qual o tratamento para micose na virilha?
Dra. Ângela Cassol
Dra. Ângela Cassol
Médico

O tratamento para micose na virilha é feito com medicações de uso tópico.

A micose na virilha é uma doença cutânea infecciosa, causada por fungos, que tem cura e pode ser tratada. Hoje em dia, há diversas opções de pomadas, cremes e loções antifúngicos que podem ser utilizadas, cito alguns exemplos abaixo:

  • cetoconazol;
  • isoconazol;
  • miconazol;
  • ciclopirox olamina;
  • clotrimazol.

Cremes e pomadas à base de nistatina não tratam os fungos que causam a maioria das micoses inguinais.

Deve-se evitar pomadas que contenham corticóides na sua fórmula, como betametasona ou triancinolona, pois elas podem atrapalhar o tratamento e mascarar os sintomas, além de causar efeitos colaterais locais.

Há alguns casos, como em pacientes imunossuprimidos ou se houver falha ao tratamento tópico, em que será necessário o uso de comprimidos de antifúngicos por via oral, como terbinafina e itraconazol.

Outros cuidados locais devem ser tomados para evitar a recorrência da micose inguinal:

  • manter a região seca, por exemplo, com a aplicação de talcos;
  • evitar banhos quentes e roupas apertadas;
  • evitar roupas íntimas apertadas e de tecido sintético, que impede a transpiração corpórea;
  • secar bem a região após o banho, com toalha ou secador de cabelos;
  • evitar utilizar a mesma toalha que enxugou a região infectada em outras áreas e não compartilhar toalhas;
  • trocar diariamente a roupa íntima.

Para avaliar a micose inguinal e tratá-la adequadamente, deve ser procurado um médico dermatologista.

Bolinhas no rosto parecidas com espinhas: o que pode ser?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Bolinhas no rosto semelhantes a espinhas podem ser milium, foliculite ou ainda ter outra causa. Apenas através de uma avaliação destas bolinhas é possível ter  a certeza de um diagnóstico. O milium é uma pequena lesão amarelada ou esbranquiçada que geralmente surge na face, sobretudo ao redor dos olhos. Já a foliculite é uma infecção do folículo piloso causada por bactérias. É semelhante a uma espinha e pode ou não conter pus.

Milium

O milium é muito frequente em bebês e normalmente desaparece naturalmente nesses casos. Mas também pode aparecer em adultos e causar incômodo estético, já que não causa nenhum dano a saúde.

Para evitar o aparecimento do milium é necessário fazer uma limpeza diária do rosto com um sabonete facial apropriado para o tipo de pele. Geralmente o milium desaparece espontaneamente com o decorrer do tempo, em alguns casos pode ser retirado ou tratado com pomada tópica.

Assim como as espinhas, essas bolinhas também não devem ser espremidas para não marcar a pele e não causar infecções no local.

Já a foliculite tem a aparência de uma pequena espinha vermelha de ponta branca que surge ao redor de um pelo. Nos homens pode acometer a região da barba. A pele pode ficar avermelhada e inflamada, podendo haver coceira, dor e aumento da sensibilidade local.

Foliculite

A infecção geralmente é superficial e desaparece espontaneamente na maioria dos casos. Porém, casos mais graves e frequentes de foliculite devem ser avaliados por um médico.

Saiba mais em: Existe algum tratamento para foliculite?

Dor nas unhas: o que pode ser e o que fazer?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Dor nas unhas pode ser sinal de diversos problemas que afetam as unhas dos pés ou das mãos. Sendo que as lesões provocadas por traumas ou compressões estão entre as principais causas de unhas doloridas, essas lesões muitas vezes decorrem do uso de calçados apertados e erros na hora de cortar as unhas.

Conheça alguns problemas comuns que podem causar dor nas unhas, os seus tratamentos e saiba o que fazer em cada situação. 

Uso de calçados apertados

Sapatos, botas e outros calçados muito apertados ou pontiagudos modificam a posição normal dos dedos e, quando usados demasiadamente, provocam lesões nas unhas, o que leva a muita dor.

O que fazer 

Usar calçados largos, maiores e mais abertos para não apertar os dedos.

Corte incorreto das unhas dos pés

Deixar as bordas das unhas dos dedos dos pés muito arredondadas pode provocar o encravamento do canto da unha. Uma unha encravada pode inflamar e resultar numa infecção extremamente dolorosa.

O que fazer

Cortar as unhas dos pés mantendo os cantos retos e visíveis.

Unha encravada

Trata-se da penetração de uma das pontas da unha na pele ao seu redor. As principais causas de unha encravada são o corte incorreto e o uso de calçados apertados ou pontiagudos.

Unha encravada O que fazer

O tratamento dos casos mais leves de unha encravada pode ser feito através de cuidados locais, higiene adequada, colocação de algodão entre a unha e a borda encravada, uso de órteses acrílicas e uso de medicamentos tópicos quando necessários.

Casos mais graves podem necessitar da realização de um procedimento cirúrgico para retirar a parte da unha que está encravada, a sua borda e o tecido inflamado. Tais procedimentos devem ser realizados por médicos ou profissionais habilitados como podólogos.

Unha em telha

Caracteriza-se pelo aumento da curvatura da unha, deixando-a parecida com uma telha.

O que fazer

O tratamento pode ser feito com lâminas flexíveis que pressionam a unha e diminuem a curvatura, ou através de cirurgia.

Unha em pinça

Apresenta uma hipercurvatura que provoca pinçamento dos tecidos moles nas extremidades da unha.

O que fazer

Colocar lâminas flexíveis ou realizar uma cirurgia, como na unha em telha.

Hematoma sub-ungueal

É provocado por algum trauma na região da unha, como uma pancada ou queda de objeto, que provoca dor intensa.

O que fazer

Aplicar gelo no local durante 20 minutos para aliviar a dor e diminuir o inchaço. Casos leves não precisam de outros tratamentos.

Verrugas

Tratam-se de tumores benignos causados pelo vírus HPV. As verrugas podem crescer em qualquer tecido mole ao redor da unha.

O que fazer

O tratamento das verrugas pode incluir aplicação local de ácidos tópicos ou outras técnicas como crioterapia ou imunoterapia.

Leia também: O que são Hifas nas unhas?; Unhas escuras, o que pode ser?

Caso esteja com dores nas unhas procure um médico de família ou dermatologista para uma melhor avaliação.

Saiba mais em: Unhas amareladas podem ser sinal de doença?

7 passos simples para cuidar do piercing inflamado
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Os cuidados gerais com o piercing inflamado incluem manter o local limpo e seco. Por isso, evitar atividades físicas nos primeiros dias, para reduzir o suor e preferir tecidos leves que ajudem na transpiração, são úteis para esse cuidado.

Até dois dias após a colocação do piercing no umbigo, orelha, nariz, língua, boca, é normal que ocorra um pequeno inchaço local, dor leve, vermelhidão e a presença de uma secreção transparente. Entretanto, se estes sinais se mantiverem por mais de 3 dias ou se tornarem mais intensos, é preciso procurar um médico de família ou clínico geral para avaliar a ferida.

Para evitar complicações, siga as seguintes recomendações:

1. Lave as mãos antes de tocar no piercing

Você deve lavar as mãos sempre que for tocar no local do piercing para não causar a piora da inflamação. Este cuidado também evita infecções.

2. Lave a área do piercing

Ao lavar o local do piercing, você retira, além da sujeira, secreções ou crostas acumuladas que podem agravar a inflamação e causar infecção. Por este motivo, manter o local do piercing limpo é um cuidado importante no tratamento. Você deve lavar a região com água e sabão neutro ou antibacteriano 3 vezes ao dia. Após lavar, seque a área suavemente com gazes ou toalha limpas.

3. Use soro fisiológico para limpeza local

Após a lavagem com água e sabão, use soro fisiológico para concluir a limpeza do local. O uso do soro fisiológico com ajuda de uma gaze ou algodão, auxilia na retirada de crostas e secreções acumuladas e/ou endurecidas.

4. Mantenha o local do piercing seco

A umidade provocada pela presença de secreções ou mesmo suor provocam a piora do quadro. É importante que você evite deixar a região do piercing úmida secando sempre que perceber umidade.

5. Evite o atrito com o piercing

O atrito com o piercing machuca ainda mais a região e pode contribuir para o agravamento da inflamação. Por isso, prefira usar roupas soltas e evite usar acessórios próximos ao piercing. Procure também não dormir friccionando o local perfurado.

6. Cuide da sua alimentação

O consumo de alimentos fritos, doces e refrigerantes podem atrapalhar ou dificultar o processo de cicatrização. Por este motivo, evite-os e priorize alimentos anti-inflamatórios como alho, gengibre, cebola, brócolis, atum, salmão, laranja e acerola.

7. Não use receitas caseiras, cosméticos ou maquiagens na região

Não utilize receitas caseiras com babosa, mel ou outros ingredientes, pois além de atrapalhar cicatrização também podem provocar contaminação da perfuração. Além disso, evite o uso de cosméticos e maquiagens na região. Estes produtos podem conter substância que causam irritação local.

Se mesmo com todos cuidados a inflamação não melhorar em dois ou três dias, é importante que você procure um médico de família ou clínico geral para que a necessidade de usar antibióticos seja avaliada.

Antibiótico para piercing infeccionado

O antibiótico deverá ser indicado pelo médico, que irá pesquisar o seu histórico de saúde, alergias e uso de medicamentos que possam interagir com esse antibiótico. A forma de uso e tempo necessário vão depender da gravidade da inflamação. Em geral, as orientações são:

  • Pomadas: devem ser aplicadas após a limpeza do local do piercing de acordo com a orientação médica. As mais utilizadas são Diprogenta ou Trok-G.
  • Antibióticos orais: dependendo do grau da infecção e do estado da ferida, pode ser necessário o uso de antibióticos orais como a cefalexina por 7 a 10 dias.
Quando devo me preocupar?

Alguns sinais funcionam como alerta para você saber se a inflamação está se tornando muito intensa ou mesmo se está se transformando em infecção. Estes sinais são:

  • Inchaço (edema) e vermelhidão que já dura mais de 3 dias,
  • Dor intensa no local que impede até mesmo toques leves na região,
  • Febre e sensação de fraqueza ou mal-estar,
  • Aumento da área avermelhada ao redor do piercing,
  • Secreção com pus (purulenta) de cor branca, amarelada ou esverdeada,
  • Presença de sangue no local.

Ao perceber qualquer um destes sintomas, procure um clínico geral ou médico de família para que um tratamento mais eficaz seja iniciado o mais rapidamente possível.

Complicações mais comuns do uso de piercing

As complicações mais comuns que ocorrem ao se colocar o piercing são:

1. Infecção

As infecções ocorrem geralmente de três a quatro dias após a colocação do piercing e podem ser tratadas com pomadas com antibióticos ou antibióticos orais de acordo com orientação médica,

2. Alergia

Em alguns casos pode acontecer a alergia ao piercing. Para evitar estas alergias, dê preferência a piercing de aço cirúrgico, prata ou ouro.

3. Queloides

Queloide é crescimento anormal do tecido cicatricial que se forma no local de um traumatismo, corte, perfuração ou cirurgia na pele. Em alguns casos, as pessoas sentem dor, coceira leve e sensação de queimação ao redor da cicatriz.

Para evitar a inflamação e possíveis complicações, escolha um profissional confiável para colocar o seu piercing, observe as condições de higiene do local e exija o uso de produtos descartáveis para efetuar a perfuração.

Se você deseja saber mais sobre piercing, leia:

Referências

SBD. Sociedade Brasileira de Dermatologia.

Tenho manchas brancas na pele. O que pode ser?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Manchas brancas na pele podem ser sinal de vitiligo, micose, falta de vitaminas ou minerais ou ainda outros problemas dermatológicos. Manchas brancas no rosto ou no braço, tipo sardas, também podem podem ser causadas pelo excesso de exposição solar.

O vitiligo é uma doença cutânea que caracteriza-se pela perda de melanina, substância responsável pela pigmentação da pele. As manchas brancas do vitiligo podem surgir em qualquer parte do corpo e ter formas e tamanhos variados.

As manchas não coçam, nem provocam dor ou irritação no local. Em alguns casos, as manchas brancas podem adquirir uma cor marrom e formar escamas sobre elas. 

No caso da micose, as manchas brancas na pele aparecem principalmente nos braços, rosto, couro cabeludo, peito e costas, que são regiões do corpo com mais oleosidade.

A pitiríase versicolor, popularmente chamada de "pano branco", é uma infecção cutânea provocada por fungos, muito comum durante o verão. A micose não é contagiosa e o tratamento é feito com xampus, pomadas e medicamentos antifúngicos.

Manchas brancas no rosto podem ser causadas pelo excesso de exposição solar. Tomar sol sem proteção pode prejudicar o funcionamento dos melanócitos, que são as células responsáveis pela produção de melanina (pigmento que dá cor à pele).

A ausência de pigmentação deixa a pele mais clara ou sem cor em alguns locais, dando origem às manchas brancas que surgem principalmente na face, na perna e no braço.

As manchas brancas na pele também podem ter como causa a falta de vitaminas ou minerais. A carência de micronutrientes essenciais pode ser decorrente de maus hábitos alimentares ou dietas muito restritivas. Além de manchas na pele e nas unhas, a falta de vitaminas e minerais pode causar diversos problemas à saúde.

A presença de manchas brancas na pele deve ser avaliada pelo/a médico/a dermatologista, médico/a de família ou clínico/a geral, para diagnosticar a causa do problema e prescrever o tratamento adequado.

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