O exame de bilirrubina serve para avaliar o funcionamento do fígado e da vesícula biliar, bem como possíveis lesões hepáticas. A bilirrubina é uma substância resultante do metabolismo da hemoglobina (substância no sangue que carrega o oxigênio dá a cor vermelha aos glóbulos vermelhos).
Quando os glóbulos vermelhos, também conhecidos como hemácias, envelhecem, eles são captados e destruídos pelo baço. A hemoglobina é então "quebrada"e transformada em bilirrubina, que por sua vez é metabolizada e excretada pelo fígado. A bilirrubina também é excretada pela bile e eliminada por meio das fezes.
A bilirrubina indireta é a primeira bilirrubina a ser produzida nesse processo, sendo depois transformada em bilirrubina direta.
Assim, quando a bilirrubina indireta está alta, é sinal de aumento da degradação de hemoglobina ou deficiência do funcionamento do fígado. Já o aumento da bilirrubina direta tem como principal causa a deficiência da bile em eliminar a bilirrubina.
A elevação simultânea dos níveis de bilirrubina direta e indireta pode ser causada por obstrução da bile ou lesão intensa das células do fígado.
Dentre as doenças que podem aumentar a concentração de bilirrubina no sangue estão as hepatites, cirrose hepática, Síndrome de Gilbert (condição benigna e genética que provoca uma elevação nos níveis de bilirrubina), câncer de fígado, anemia falciforme, cálculos ou tumores biliares, entre outras.
Nos adultos, os valores de referência normais de bilirrubina são:
- Bilirrubina total: 0,20 a 1,00 mg/dL;
- Bilirrubina direta: 0,00 a 0,20 mg/dL;
- Bilirrubina indireta: 0,20 a 0,80 mg/dL.
Em recém-nascidos prematuros, os valores de referência normais da bilirrubina total são:
- 1 dia: 1,00 a 8,00 mg/dL;
- 2 dias: 6,00 a 12,00 mg/dL;
- 3 - 5 dias: 10,00 a 14,00 mg/dL.
Para os recém-nascidos a termo, os valores de referência normais da bilirrubina total são:
- 1 dia: 2,00 a 6,00 mg/dL;
- 2 dias: 6,00 a 10,00 mg/dL;
- 3 - 5 dias: 4,00 a 8,00 mg/dL.
A avaliação do resultado do exame de bilirrubina no sangue é da responsabilidade do/a médico/a que solicitou o exame.
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Se a sua hemoglobina está baixa, você deve primeiro saber qual é a causa dessa anemia. Se a hemoglobina estiver baixa por falta de ferro e vitaminas, é fundamental comer alimentos ricos em ferro e, junto com eles, incluir alimentos ou sucos com vitamina C, pois esta vitamina aumenta a absorção de ferro pelo organismo.
Os alimentos ricos em ferro indicados em casos de hemoglobina baixa são:
- Carnes de boi e de porco;
- Fígado de boi;
- Miúdos de galinha;
- Coração;
- Feijão;
- Gema de ovo;
- Cereais matinais;
- Beterraba;
- Vegetais verde escuros (agrião, rúcula, espinafre).
É importante lembrar que o ferro das carnes vermelhas é mais facilmente assimilado pelo organismo do que aquele presente nos vegetais.
Além disso, como foi dito no início, é importante associar o consumo dos alimentos ricos em ferro com outros ricos em vitamina C, para potencializar a absorção de ferro pelo corpo.
Alguns alimentos ricos em vitamina C:
- Acerola pura ou em polpa congelada;
- Pimentão amarelo cru;
- Folha de mandioca;
- Caju;
- Goiaba;
- Salsa;
- Laranja;
- Cheiro verde;
- Couve de Bruxelas;
- Mamão papaia;
- Kiwi;
- Morango.
A hemoglobina é a substância que dá cor vermelha ao sangue e que está presente nos glóbulos vermelhos (hemácias).
A hemoglobina baixa pode ter diversas causas e o tratamento deve ser feito de acordo com as mesmas.
Consulte o/a médico/a clínico/a geral ou médico/a de família para uma consulta detalhada, identificação da possível causa da anemia e indicação do tratamento adequado.
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Para que serve o eritrograma e quais os valores de referência?
Referências
ASH - American Society of Hematology.
SBHH - Sociedade Brasileira de Hematologia e Hemoterapia.
O eritrograma é a parte do hemograma que serve para contar e avaliar os eritrócitos, também conhecidos como hemácias ou glóbulos vermelhos. Além de fazer a contagem dessas células, o eritrograma permite verificar a forma e o tamanho dos eritrócitos, importante para avaliar as várias formas de anemia.
Os eritrócitos são responsáveis pelo transporte de oxigênio. Dentro dessas células existe uma proteína chamada hemoglobina, que se liga ao oxigênio, permitindo às hemácias transportar e distribuir o gás oxigênio dos pulmões para dentro das células do corpo. Também é a hemoglobina quem dá a cor vermelha ao sangue.
Para homens, os valores de referência dos eritrócitos variam entre 4.500.000 a 6.000.000 mm3, enquanto para as mulheres os valores devem ficar entre 4.000.000 a 5.500.000 mm3. Recém-nascidos varia um pouco, os valores estimados estão entre 5.500.000 a 7.000.000 mm3.
O aumento do número de eritrócitos, chamado poliglobulia, normalmente não é clinicamente relevante. Já a redução do nível de hemácias, conhecida como hipoglobulia, é sinal de anemia.
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Os valores de referência da hemoglobina para homens variam entre 13,5 e 18g/dL, enquanto que para mulheres os valores vão dos 12 aos 16g/dL.
Além de avaliar os eritrócitos e a hemoglobina, o eritrograma também verifica o hematócrito, que é o volume de eritrócitos encontrado no sangue centrifugado. Através do hematócrito, é possível determinar a proporção entre hemácias e o plasma (parte líquida do sangue).
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O resultado do hematócrito depende da quantidade, forma e tamanho dos glóbulos vermelhos, bem como da quantidade de hemoglobina. Os valores de referência para mulheres ficam entre 38% e 47% e para os homens variam entre 44% e 54%.
O eritrograma também fornece índices hematimétricos (VCM, CHCM) muito importantes para o diagnóstico e tratamento das anemias.
O VCM (volume corpuscular médio) avalia o tamanho do eritrócito. Se as hemácias forem maiores que o normal, a anemia é chamada macrocítica; se forem menores, microcítica. Os valores de referência nos adultos variam entre 80 e 96 fl.
Já o CHCM (concentração da hemoglobina corpuscular média) serve para medir a quantidade de hemoglobina presente nos eritrócitos em 100 ml de sangue. Os valores de referência para homens e mulheres devem estar entre 26 e 34 pg.
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O médico hematologista é o especialista responsável pelo diagnóstico e tratamento das anemias.
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Imunoglobulina A (IgA) alta pode ser sinal de alguma doença que está afetando as mucosas, tais como cirrose hepática, câncer, doenças inflamatórias do intestino, alcoolismo, infecções crônicas, doenças autoimunes, como Lúpus e artrite reumatoide, entre outras.
Níveis baixos de IgA normalmente indicam defeitos nos glóbulos brancos, o que pode ocorrer em pessoas com deficiência imunológica, leucemia, mieloma de IgG, síndromes de má absorção, como a doença celíaca, diarreia crônica, fibrose cística, alergia à proteína do leite; entre outras doenças.
A deficiência de Imunoglobulina A também pode ser observada em recém-nascidos com rubéola, crianças infectadas pelo vírus Epstein-Barr ("doença do beijo") e pacientes que fizeram transplante de medula óssea.
A IgA é um tipo de anticorpo. Sua função é proteger a superfície das mucosas que recobrem órgãos como boca, olhos, estômago e intestino, impedindo a fixação e proliferação de vírus, bactérias e outros micro-organismos.
O tratamento para casos de IgA alta incide sobre a doença que originou o desequilíbrio. Já os pacientes com IgA baixa muitas vezes não precisam ser tratados, desde que não apresentem sintomas. Quando necessário, o tratamento pode incluir antibióticos e preparados orais de imunoglobulinas.
Veja também: Deficiência de IgA tem cura? Qual é o tratamento?
Saiba mais em: Qual é a função da Imunoglobulina A (IgA)?
A interpretação do resultado do exame de imunoglobulina A deve ser feita pelo médico que solicitou o exame, que levará em conta o exame clínico, o histórico do paciente, bem como outros parâmetros para analisar o resultado.
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A leucopenia não tem sintomas específicos, já que por si só não é uma doença, mas sim uma alteração laboratorial, vista no exame de sangue.
Em alguns casos, pode ser apenas uma variação normal relacionada à época da vida do indivíduo. Mas pode ser sinal de algum problema de saúde, e nesse caso, os sintomas serão aqueles da doença causadora.
Por exemplo, se for uma infecção, poderá haver febre, fraqueza e sintomas respiratórios; se for um tumor, pode haver emagrecimento; se for consequência de hipotireoidismo, pode haver sonolência excessiva, lentidão para as atividades. E assim por diante.
A leucopenia precisa ser investigada pelo médico que inicialmente solicitou o hemograma. Quando necessário, ele poderá encaminhar a algum especialista.
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HCM significa Hemoglobina Corpuscular Média, uma das medidas encontradas no exame de sangue, que avalia a quantidade média de hemoglobina dentro das hemácias.
A hemoglobina é uma proteína de coloração avermelhada, por isso a cor vermelha do sangue, com grande afinidade pelo oxigênio. Sendo assim, a sua principal função é de transportar o oxigênio dos pulmões para todos os tecidos do corpo.
Uma baixa concentração de HCM, reduz a oxigenação aos tecidos, causando os sintomas de cansaço, fraqueza, sonolência, palidez nas mucosas, entre outros. O HCM alto geralmente não causa sintomas.
Valores de referência de HCMOs valores normais de HCM são medidos em picograma (pg) e apresentam pequenas variações entre idade e gênero, como descrito abaixo:
- Mulheres (27 - 34)
- Homens (27 - 34)
- Crianças de 10 a 12 anos (24 -30)
- Crianças de 1 ano (23 -31)
- Crianças de 3 meses (24- 34)
HCM normal: Confere uma coloração normal das hemácias. Caso haja uma anemia, com HCM normal, essa anemia será classificada como normocrômica. As causas de anemia normocrômica mais frequentes são:
- Anemia megaloblástica (por carência de B12 ou folato)
- Anemia por doenças do fígado
- Anemia por neoplasias (câncer)
- Anemia por doenças endócrinas (diabetes, doenças da tireoide)
- Hemogobinopatias (doenças
HCM alto: Valores altos de HCM indicam a presença de mais hemoglobina nas células, o que torna essas hemácias mais escuras. Nesse caso, se houver uma anemia, será chamada anemia hipercrômica. Causas de anemia hipercrômica:
- Doenças de tireoide
- Alcoolismo
HCM baixo: Valores diminuídos de HCM, ao contrário, tem menos hemoglobina nas células, o que resulta em hemácias de coloração mais clara, e a anemia é chamada hipocrômica, sendo as causas mais frequentes:
- Anemia ferropriva
- Anemia por sangramentos
- Anemia por má absorção intestinal
- Envenenamentos
- Talassemia
- Gravidez
No entanto, para compreender melhor o resultado do exame, é preciso que o médico avalie esse dado, em conjunto com os demais índices hematimétricos, como o VCM, CHCM e RDW.
O exame deverá ser interpretado pelo médico que o solicitou, em conjunto com as queixas e o exame físico.
Saiba mais sobre o assunto nos artigos:
O que significa CHCM no hemograma?
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Hemácias normocíticas e normocrômicas é anemia?
Referências:
ABHH - Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular.
Berhanu Elfu Feleke & Teferi Elfu Feleke. The Effect of Pregnancy in the Hemoglobin Concentration of Pregnant Women: A Longitudinal Study. J Pregnancy 2020 Jun 3;2020.
A anemia, sobretudo a ferropriva, é um problema de saúde muito comum tanto entre as crianças como em adultos, ocorrendo também com muita frequência durante a gravidez. Anemia significa redução da concentração de hemoglobina nos eritrócitos, que são as células vermelhas do sangue.
A hemoglobina é uma proteína especial. Além de dar a cor vermelha ao sangue, é responsável pela ligação com o oxigênio para que o sangue possa levar o gás dos pulmões para todo o corpo. Quando a pessoa tem anemia, ela terá uma menor oxigenação do organismo.
Eritrócitos, também conhecidos como hemácias (glóbulos vermelhos do sangue) Quais são os sintomas de anemia?Os principais sintomas de anemia são: fraqueza, dor de cabeça, irritabilidade, cansaço, falta de ar ou dificuldade para realizar atividade física e palidez.
Pessoas com anemia podem apresentar ainda fadiga, aumento da frequência cardíaca, palpitações, falta de apetite, desânimo, falta de atenção, baixo rendimento escolar, dor abdominal em crianças, desejos alimentares específicos ou estranhos como desejo de comer gelo ou terra, queda de cabelos, língua lisa, unhas quebradiças e feridas nos cantos da boca.
Quanto maior o grau da anemia mais intensos tendem a ser os sintomas da anemia. O diagnóstico é realizado através de exame de sangue realizado em laboratório.
Quais as causas da anemia?Existem muitas causas de anemia: hemorragia intensa, doenças crônicas, doenças da medula óssea (responsável pela produção das células sanguíneas), doenças genéticas (anemia falciforme), deficiência de vitaminas e sais minerais, sendo a causa mais comum de anemia, além de deficiência de ferro, chamada de anemia ferropriva.
O ferro é um mineral muito difundido na natureza e encontrado em quase todos os vegetais. Porém, o organismo humano tem dificuldade de absorver os sais de ferro provenientes dos vegetais e a nossa principal fonte de ferro acaba sendo a carne, principalmente o peixe e a carne vermelha, que têm um tipo de ferro que é mais facilmente absorvido no intestino (ferro heme).
Porém, para a produção da hemoglobina e das células do sangue, outras vitaminas como o ácido fólico e outras vitaminas do complexo B encontrados nos vegetais e cereais, também são necessárias.
Qual é o tratamento para anemia?O tratamento da anemia depende da sua causa e da gravidade do quadro. Muitas vezes, é possível reverter o quadro apenas com alterações na alimentação. Porém, há casos em que é preciso incluir suplemento de ferro, medicamentos e até transfusão de sangue.
Dentre as diversas medidas dietéticas, recomenda-se:
⇒ Restringir a ingestão de leite para algo em torno de 300 ml ao dia (máximo de 500ml de leite ao dia, pois o leite dificulta a absorção do ferro e compete com os alimentos mais ricos em ferro);
⇒ Aumentar a ingestão de vegetais com folhas verde-escuro como brócolis, couve e espinafre, feijão, cereais e grãos em geral, abóbora, beterraba. Ter uma ingestão moderada de carnes vermelhas (as vísceras como o fígado são ricas em ferro) e peixes.
⇒ Aumentar o consumo de frutas ricas em vitamina C, pois essa vitamina é importante para a absorção do ferro e ajuda também no tratamento e na prevenção da anemia.
A correta avaliação e diagnóstico da anemia deve ser realizada pelo/a médico/a que pode solicitar os exames específicos para anemia e avaliar o grau e tipo de anemia e, a partir deste correto diagnóstico, propor um tratamento adequado.
Saiba mais sobre esse assunto nos artigos:
- Como saber se tenho anemia?
- Eritrócitos baixos no hemograma, o que pode ser?
- Hemoglobina baixa, o que pode ser?
Referência:
ABHH - Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia celular.
Linfoma é um câncer do sistema linfático. O principal sinal da doença é o aumento dos gânglios linfáticos, também conhecidos como linfonodos, principalmente nas regiões do pescoço, clavículas, axilas e virilhas.
O sistema linfático é formado por órgãos (linfonodos, amígdalas, baço) e uma grande rede de vasos parecidos com as veias, que estão distribuídos por todo o corpo. A sua função é recolher o líquido que extravasou dos capilares sanguíneos (linfa), filtrá-lo e conduzi-lo de volta à circulação sanguínea.
O sistema linfático também faz parte do sistema imune do organismo, uma vez que os linfonodos armazenam e produzem glóbulos brancos, células de defesa que combatem infecções e doenças.
O linfoma é um tipo de câncer que começa nos linfócitos, um tipo de glóbulo branco encontrado principalmente nos gânglios linfáticos.
Veja também: Quais os tipos de câncer no sangue e os seus sintomas?
Existem 2 tipos de linfoma: linfoma de Hodgkin e linfoma não-Hodgkin. Nos linfomas de Hodgkin, os gânglios linfáticos crescem lentamente, enquanto que nos linfomas não-Hodgkin o crescimento dos gânglios é rápido.
Em geral, os linfomas não deixam os linfonodos doloridos. O diagnóstico é feito através do exame físico associado à história clínica do/a paciente. A confirmação do diagnóstico é obtida com a biópsia do gânglio comprometido.
Saiba mais em:
Quais são os sinais e sintomas do linfoma?