Não é normal sentir constantemente vontade de urinar. Isso pode acontecer devido a um aumento da produção de urina ou a alguma irritação na bexiga, situações comuns em casos de infecção urinária, diabetes e alterações da próstata.
Contudo, sentir vontade de urinar mais vezes nem sempre é sinal de alguma doença. O aumento da ingestão de líquidos e a gravidez, por exemplo, são condições em que isso é considerado normal.
A urina, após ser produzida, fica armazenada na bexiga e, posteriormente, é eliminada. Quando sentimos vontade de urinar, em geral, é um indicativo que a bexiga está cheia e precisa ser esvaziada.
Infecção UrináriaA cistite, infecção urinária que acomete a bexiga, faz a pessoa ter vontade de urinar várias vezes ao dia. Porém, no momento da micção, há dificuldade em eliminar a urina, que sai em poucas quantidades. Outros sinais e sintomas incluem presença de sangue na urina, dor ou ardência ao urinar.
Veja também: O que é cistite e quais os sintomas?; Sensação de bexiga cheia mesmo depois de urinar, o que pode ser?
DiabetesO principais sinais e sintomas do diabetes são o aumento do número de micções e a sede constante. A pessoa bebe água frequentemente, mas continua com sede. Como consequência, a vontade de urinar também é constante. A urina é liberada em grandes quantidades e normalmente é bem clara.
Leia também: Quais os Sintomas para Suspeitar de Diabetes?
Hiperplasia benigna de próstataA hiperplasia benigna provoca um aumento do tamanho da próstata que resulta em diversas alterações urinárias: interrupção do jato de urina, jato de urina fraco, dificuldade para urinar, além de vontade constante e urgente de urinar, inclusive durante a noite.
Saiba mais em: O que é hiperplasia prostática?
Câncer de próstataO câncer de próstata manifesta-se principalmente pela vontade de urinar constante e pela dificuldade em eliminar a urina. Contudo, o tumor não costuma manifestar sintomas na fase inicial, já que o seu crescimento é bastante lento.
Nas fases mais avançadas, além do aumento do número de micções e da dificuldade em urinar, o câncer de próstata pode causar dores nos ossos, dor na coluna lombar, sangramento na urina, insuficiência renal, entre outros sinais, sintomas e complicações.
Veja também: Quais os sintomas de câncer de próstata?
EdemasQuando a vontade de urinar é mais frequente durante a noite, pode ser um sinal de insuficiência cardíaca, cirrose hepática e outras doenças que causam edema (inchaço) nos membros inferiores. O edema é causado pelo extravasamento de líquido dos vasos sanguíneos.
Assim, quando a pessoa se deita, esse líquido é reabsorvido pelo organismo e retorna à circulação sanguínea, sendo eliminado pelos rins através da urina. Daí as micções serem mais comuns durante a noite.
A Síndrome da Bexiga Hiperativa provoca contrações involuntárias na bexiga que deixam a pessoa com uma vontade constante e urgente de urinar. Homens e mulheres com essa alteração do funcionamento da bexiga costumar ir ao banheiro mais de 8 vezes ao longo do dia e da noite, quase sempre com urgência.
Veja também: O que é bexiga hiperativa e quais os sintomas?
Caso você esteja sentindo vontade constante de urinar, procure um serviço de saúde para uma avaliação pormenorizada.
Saiba mais em:
Dor ao urinar, o que pode ser?
Vontade de urinar a toda hora e não conseguir. O que pode ser?
Não conseguir ou ter dificuldade em urinar: o que pode ser e como tratar?
O nitrito positivo na urina sugere infecção urinária. Entretanto, para confirmar a presença da infecção, é necessário realizar urocultura.
A urinocultura ou urocultura, é o exame de urina mais específico, capaz de identificar a bactéria causadora da infecção e ainda aponta os antibióticos eficazes para o tratamento.
Causas de nitrito positivo na urinaInfecção urináriaA urina é rica em nitratos. A presença de bactérias na urina transforma os nitratos em nitritos. Deste modo, se no seu exame de urina o resultado encontrado é nitrito positivo, é possível que haja uma infecção urinária.
A infecção urinária é provocada por micro-organismos que afetam o sistema urinário. Pode ocorrer na bexiga (cistite), uretra (uretrite) e nos rins (pielonefrite).
É importante que você saiba também que nem todas as bactérias transformam nitrato em nitrito. Por este motivo, um exame de urina com nitrito negativo não descarta completamente uma infecção urinária.
Os principais sintomas de infecção urinária são:
- Necessidade frequente e urgente de urinar,
- Quantidade de urina reduzida a cada micção,
- Ardência ao urinar,
- Dor no baixo ventre,
- Urina mais amarelada e com mau cheiro.
Na presença destes sintomas, é importante buscar um médico de família ou ginecologista para efetuar o tratamento adequado.
Nitrito positivo na urina pode também ser um sinal de pedras nos rins. Os cálculos renais ou pedras nos rins, como é conhecido, é a formação de massas endurecidas nos rins ou no sistema urinário, devido ao acúmulo de cristais na urina. É uma condição das mais dolorosas que existem.
Além de nitrito positivo, é importante que você esteja atento aos seguintes sinais de pedras no rins:
- Cólica renal: dor intensa na lombar do lado esquerdo ou direito que irradia para a região do baixo ventre e virilha. Nas mulheres pode irradiar para vulva e, nos homens, para os testículos,
- Febre,
- Vômito,
- Redução do volume de urina,
- Necessidade frequente de urinar,
- Presença de sangue na urina.
Nos casos de suspeita pedras nos rins, você deve buscar o mais rapidamente possível, um serviço de emergência.
Tratamento do nitrito positivo na urinaNas infecções urinárias, o tratamento de nitrito positivo na urina é efetuado com o uso de antibióticos. O remédio será escolhido com base nos sintomas, nas condições de saúde de cada pessoa e se possível, no resultado da urocultura.
Nos casos de pedras no rins, é necessário internamento em emergência hospitalar e o tratamento inclui o uso de medicamentos para dor e antibióticos. Além disso, pode ser indicada a quebra das pedras com ondas de choque (litotripsia) ou retirada por cirurgia.
Nas situações em que o nitrito na urina é positivo e a pessoa não apresenta sintomas, o tratamento costuma ser apenas de acompanhamento e repetir o exame de urina, de acordo com a orientação médica.
Quando devo procurar um médico?- Dores intensas na bexiga, costas ou baixo ventre,
- Febre alta (acima de 38ºC),
- Presença de sangue na urina.
Sempre que apresentar um desses sintomas, procure o quanto antes um serviço médico para avaliação.
Para saber mais sobre nitritos e outros exames de urina, você pode ler:
Nitrito na urina: o que isso significa?
Bactérias na urina são sinal de infecção urinária?
Exame de Urina: como se preparar e entender os resultados
Referência:
Brasil. Ministério da Saúde. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Urologia. Brasília: Ministério da Saúde, 2016.
Depois de fazer sexo pela primeira vez, pode haver ardência para urinar. Pela fricção que ocorre durante o ato sexual, é normal arder nos primeiros dias. Essa ardência, em geral, deixa de existir após passar esses primeiros dias e nas próximas relações.
Outra situação que pode ocorrer é a infecção de urina, muito frequente em mulheres que iniciam as atividades sexuais e durante a vida sexual ativa, já que a infecção pode ser desencadeada com o ato sexual.
Com ela, a mulher pode sentir ardência ao urinar, micção frequente e em alguns casos, dor e ardência ao urinar. A presença de sangue na urina também pode ser observada. Grande parte dos casos de infecção urinária é causada por bactérias e o tratamento é feito com medicamentos antibióticos.
A vulvovaginite, uma infecção da vagina causada por bactérias e outros micro-organismos, também pode causar ardência ao urinar, além de coceira e corrimento vaginal. O tratamento pode ser feito com pomadas antifúngicas ou antibióticos, conforme a agente infeccioso.
A pessoa deve observar a ardência. Caso ela fique constante, é recomendável procurar um serviço de saúde para uma avaliação e uso da medicação indicada.
Saiba mais em:
O que pode causar ardência ao urinar?
As causas mais comuns de aparecimento de caroço no pênis, são o HPV, uma infecção sexualmente transmissível (IST) e as Pápulas peroladas.
Mas pode também ser decorrente da inflamação de glândulas dessa região, outras dermatites, doenças vasculares e mais raramente, um tumor.
O médico responsável por avaliar e tratar estes casos é o urologista.
Causas de caroço no pênis- HPV (Papilomavirus Humano)- Infecção sexualmente transmissível, que apresenta pequenos caroços semelhantes a verrugas na cabeça ou corpo do pênis. O tratamento deve ser feito pelo urologista Embora nem sempre seja possível eliminar o vírus, a infecção aumenta o risco de desenvolver câncer, portanto deve ser rapidamente tratado e acompanhado.
-
Pápulas peroladas - São pequenos caroços que aparecem pelo aumento benigno das glândulas de tyson, localizadas nessa região. Acomete principalmente jovens e desaparecem espontaneamente. As lesões não causam dor ou coceira. O tratamento é indicado apenas para fins estéticos.
-
Pápulas de Fordyce - Inflamações nas glândulas de fordyce, que se apresentam como pequenos caroços ou bolinhas brancas no pênis. Também são alterações benignas, que não causam outros sintomas e desaparecem com o tempo. Porém, pode ser tratada com pomadas ou pequenos procedimentos se causar grande preocupação estética ao homem.
-
Doenças vasculares - Formação de varizes nessa região pode se apresentar inicialmente como um "caroço", edema e dor local. No caso de varizes ou mal formação vascular, pode ser preciso a realização de cirurgia.
- Câncer de pênis - Tipo de tumor mais raro, que tem relação com a má higiene e infecção pelo vírus HPV. O caroço é mais frequente na cabeça do pênis e pode crescer cobrindo toda essa região. O tratamento deve ser precoce, com cirurgia, radio e/ou quimioterapia.
Na presença de caroço, bolinhas ou qualquer alteração no pênis e região próxima, procure o médico especialista, nesse caso o urologista, para avaliação e orientações adequadas o quanto antes.
O tratamento precoce oferece mais chance de cura na grande maioria das doenças e evita complicações.
Referências:
- Marco Dionísio & cols.; Dermatopatias genitais masculinas. Revista da Sociedade Brasileira de Urologia. Vol. 4 (1): 21-31 | 2016.
- Portal da Urologia
- Ministério da Sáude do Brasil
Atrofia testicular é a diminuição do tamanho do testículo. As células do órgão ficam menores e, consequentemente, todo o testículo fica menor. O principal sintoma da atrofia testicular é a diferença de tamanho entre os testículos. O testículo atrofiado normalmente está menor ou mais amolecido que o outro.
As causas da atrofia testicular são variadas, podendo ocorrer devido à compressão do órgão, falta de estímulos hormonais, distúrbios na circulação sanguínea local, perda da inervação, inflamações, entre outras.
Uma das principais causas de atrofia testicular é a varicocele, que são varizes no testículo. Trata-se de uma dilatação anormal das veias do cordão espermático, responsáveis por drenar o sangue dos testículos. Como resultado, o sangue fica estagnado no testículo e a circulação fica comprometida, podendo levar à atrofia do órgão.
Leia também: O que é varicocele?
A atrofia do testículo pode ocorrer em até metade dos pacientes que durante a infância tiveram orquite (inflamação do testículo) causada pelo vírus dacaxumba.
Popularmente se diz que a caxumba "desceu", mas na realidade foi o vírus que chegou ao testículo e provocou uma inflamação, deixando o saco escrotal inchado. Normalmente a orquite afeta apenas um dos testículos, que sofre atrofia em cerca de 50% dos casos.
Outra causa de atrofia testicular é a torção do testículo, que bloqueia o fluxo sanguíneo do órgão. O principal sintoma é a dor intensa, que não melhora com nada. Se não for diagnosticada a tempo, a torção pode evoluir para a necrose, ou seja morte do testículo devido à falta de irrigação sanguínea.
Saiba mais em: Dor no testículo após relação, é normal?
O tratamento da atrofia testicular depende da sua causa e o problema pode ser reversível. O urologista é o médico especialista responsável pelo diagnóstico e tratamento da atrofia testicular.
O tratamento para herpes genital inclui higiene local, uso de pomadas e comprimidos antivirais. A doença é causada por um vírus (herpes simples), transmitido sobretudo por relações sexuais. Os principais sinais e sintomas incluem vermelhidão, dor e bolhas no local afetado.
O medicamento mais usado para tratar o herpes genital é o aciclovir, normalmente administrado por via oral ou diretamente sobre as lesões, sob a forma de pomada.
Quanto mais cedo o herpes genital começar a ser tratado, mais eficaz é o resultado. O ideal é começar o tratamento no máximo 2 dias após a manifestação dos sintomas.
O tratamento do herpes genital é eficaz e as lesões podem desaparecer inclusive sem deixar cicatrizes. Contudo, mesmo sem manifestar sintomas, o vírus permanece "adormecido" nas células nervosas. Portanto, em qualquer momento em que a imunidade da pessoa estiver baixa, ele pode voltar a se manifestar e provocar novas lesões.
Veja também: Herpes genital tem cura?
Quais as possíveis complicações do herpes genital?O herpes genital é uma doença relativamente pouco grave. Entre as suas principais complicações estão a encefalite herpética, que é a infecção do cérebro causada pelo vírus, embora seja uma complicação rara.
Outra forma grave da doença é o herpes congênito, transmitido da mãe para o bebê, principalmente durante o parto.
Leia também:
Herpes na gravidez é perigoso? Como tratar?
Quem tem herpes pode engravidar?
Para saber o tratamento mais adequado para cada caso, é preciso consultar-se com o/a clínico/a geral, médico/a de família, ginecologista ou urologista.
Veja também:
A falta de libido atualmente está muito associada a questões psicológicas, como sobrecarga de trabalho, estresse e ansiedade. No entanto, pode acontecer por diversos de problemas, de origem física ou psicológica, tais como:
- Idade avançada - é natural que a libido diminua com o passar dos anos, devido a redução dos níveis hormonais;
- Problemas conjugais, financeiros - situações que causam estresse, tristeza, e perda de interesse nas atividades de vida habituais, como a relação a dois, em família, ou com amigos;
- Desordens hormonais - problemas endocrinológicos também devem ser investigados, como hipotiroidismo, e outros problemas hormonais;
- Uso de medicamentos - alguns medicamentos têm como efeito colateral possível, a redução da libido, como, por exemplo, calmantes, antidepressivos, anticoncepcionais;
- Problemas psicológicos - depressão, ansiedade, síndrome de pânico;
- Cansaço e fadiga - o excesso de trabalho ou de atividade física, podem ter como consequência um cansaço físico e desgaste intenso, que resulta na falta de prazer.
Sabendo que para quase todos os casos existe um tratamento eficaz, a primeira medida a ser tomada é buscar um atendimento médico, para avaliação clínica, esclarecimento das suas dúvidas e realização de exames que definam o seu diagnóstico.
Após concluir a causa do problema, o tratamento poderá ser iniciado.
Falta de libido na mulherNa mulher, a falta de libido pode estar associada principalmente ao estresse, cansaço, mas também deve sempre ser investigada a questão hormonal, com pesquisa de função da glândula tireoide e sinais de fases do ciclo natural da mulher, como a menopausa.
Na menopausa, fatores como redução de hormônio estrogênio, calores noturnos e secura vaginal causam grande incômodo durante as relações, gerando consequentemente, o desinteresse.
A falta de libido na mulher também é bastante acentuada no período pós-parto, podendo se estender por até 1 ano. Nesses casos, existem fatores físicos e psicológicos associados. O aumento do hormônio prolactina, para estimular a produção de leite na amamentação, é um fator físico importante, enquanto a tensão e a ansiedade geradas com os cuidados de um bebê recém-nascido são um fator psicológico.
Outras situações que levem ao aumento de prolactina, como tumores de hipófise e alguns medicamentos de uso crônico, podem bloquear a produção dos hormônios femininos, gerando um quadro clínico semelhante ao da menopausa.
Falta de libido no homemNos homens, as causas mais comuns de falta de libido estão associadas à idade avançada, estresse e problemas financeiros.
Entretanto, deve fazer parte de uma avaliação médica, alguns exames complementares, com estudo de níveis hormonais e o que mais achar necessário para definição da causa.
Em homens com mais de 50 anos, uma das causas mais comuns de falta de libido é a diminuição da produção do hormônio masculino, testosterona. Isso pode ser causado pela idade, uso de certos medicamentos, doenças dos testículos, da hipófise ou do hipotálamo, localizados no cérebro.
Vale lembrar que até 30% dos homens com mais de 45 anos apresentam sintomas causados pela baixa produção de testosterona. A falta do hormônio aumenta também os riscos de obesidade, diabetes, doenças cardiovasculares, perda de massa óssea, aumento da gordura visceral, distúrbios do sono, cansaço, irritabilidade e depressão. Nesses casos, o tratamento é feito com reposição hormonal.
Os fatores psicológicos também exercem um importante papel na falta de libido no homem. Dentre as principais causas estão o cansaço, o trabalho extenuante, a ansiedade, depressão e situações de insegurança. A falta de libido decorrente dessas causas afeta sobretudo homens entre 30 e 39 anos. Para esses casos, o tratamento é feito principalmente com aconselhamento e apoio psicológico.
O que fazer para combater a falta de libido? 1. Terapia e Atividade físicaSe a causa da falta de desejo for o estresse, é recomendável fazer terapias ou atividades que ajudem a lidar ou aceitar os problemas, como atividade física ou atividades de lazer prazerosas.
A terapia de casal também pode ajudar a resolver o problema se este estiver relacionado com falta de comunicação, falta de intimidade ou outras questões conjugais.
2. Exposição ao solEstudos recentes sugerem que a maior exposição à luz do sol auxilia o aumento da produção de testosterona, aumentando a libido do homem.
3. Dieta mediterrâneaAlém da dieta mediterrânea, que parece contribuir para uma atividade sexual mais satisfatória.
4. Consulta médica com especialista (ginecologista ou urologista)Embora as terapias e estilo de vida saudável sejam comprovadamente benéficos para os problemas de libido, a consulta médica com especialista, ginecologista para as mulheres e urologsta pra os homens, é fundamental. Se houver algum problema físico que interfira nesse sintoma, ele pode ser rapidamente identificado e tratado.
Sendo um problema hormonal, pode causar mais prejuízos a saúde, além da dificuldade sexual, por isso, deve fazer parte do planejamento de tratamento, a avaliação médica.
Pode lhe interessar também: Como aumentar minha libido?
Sim, dor nas costas pode ser sintoma de pedras nos rins ou nas vias urinárias. Nesse caso, a pessoa sente uma dor intensa na coluna lombar, que geralmente irradia para o abdômen e para a virilha, podendo ainda afetar a região genital. A cólica renal caracteriza-se como uma forte dor que começa subitamente, sentida na região lateral das costas, do lado em que está localizada a pedra no rim.
Além de dor nas costas (região lombar), os sinais e sintomas de pedra no rim podem incluir ainda presença de sangue na urina (urina avermelhada), saída de pequenos pedaços da pedra na urina, náusea, vômitos, febre, calafrios, dor ao urinar e urgência para urinar.
Contudo, muitas pessoas com pedras nos rins não apresentam sintomas e as pedras são encontradas em exames destinados para outros propósitos.
Em outros casos, os sintomas só se manifestam quando o cálculo desce pelos canais (ureteres) que levam a urina até a bexiga. Quando isso acontece, as pedras podem bloquear o fluxo de urina do rim, causando dilatação do órgão e dor intensa.
A cólica renal também pode ser causada por coágulos sanguíneos, ligadura cirúrgica do ureter, doença policística renal, infecção urinária ou ainda compressão provocada por tumor.
Saiba mais em: Quais são as causas da cólica renal?
Como saber se a dor nas costas é muscular ou no rim?É importante diferenciar a dor lombar (lombalgia) da dor nos rins. A imensa maioria das dores nas costas tem origem em problemas ósseos ou musculares da coluna lombar e não em problemas renais.
A dor nas costas provocada por pedras nos rins é excruciante, não está relacionada com movimentos do tronco e não piora nem melhora se a pessoa mudar de posição.
Já na lombalgia, a dor geralmente piora quando a pessoa anda, levanta-se ou se senta, podendo melhorar em algumas posições.
Leia também: Quais são os sintomas de uma cólica renal?
O que é cálculo renal?Os cálculos renais são massas sólidas compostas por pequenos cristais, que podem surgir no rim ou no ureter. Nesses casos, pode haver a formação de uma ou mais pedras.
Existem diferentes tipos de pedras nos rins e as causas dependem do tipo de cálculo. As pedras de cálcio são as mais comuns. Nesses casos, o cálcio pode ser combinado com outras substâncias para formar o cálculo, como fosfato, carbonato e oxalato. Dentre elas, o oxalato é a mais comum e está presente em certos alimentos, como espinafre, além de suplementos de vitamina C. Doenças do intestino delgado também aumentam o risco de formação dessas pedras.
Outros tipos de cálculos renais incluem:
- Pedras de cistina: podem se formar em pessoas com cistinúria, um distúrbio hereditário que afeta homens e mulheres caracteriza-se pela eliminação de aminoácidos pela urina;
- Pedras de estruvita: são encontradas principalmente em mulheres com infecção do trato urinário. Essas pedras podem crescer muito e bloquear os rins, ureteres ou bexiga;
- Pedras de ácido úrico: são mais comuns em homens do que em mulheres e podem ocorrer devido a gota e quimioterapia.
O cálculo renal pode se formar quando a urina tem um alto teor de certas substâncias que formam cristais, que podem se tornar pedras ao longo de semanas ou meses.
O principal fator de risco para desenvolver cálculo renal é não beber bastante líquido. As pedras nos rins têm maior probabilidade de se formar se a pessoa produzir menos de 1 litro de urina por dia.
Outras substâncias, como certos medicamentos, também podem formar pedras nos rins.
Quais os tratamentos para pedra no rim?O tratamento do cálculo renal depende do tipo de pedra e da gravidade dos sintomas. Pedras pequenas quase sempre passam pelo trato urinário e são eliminadas com a urina. Para ajudar a eliminar o cálculo, recomenda-se beber pelo menos de 6 a 8 copos de água por dia, para aumentar a quantidade de urina.
Para aliviar a dor no rim, são usados medicamentos analgésicos. Se a dor for muito intensa, pode haver necessidade de hospitalização para administrar líquidos e medicação através da veia.
Para alguns tipos de pedras, podem ser prescritos medicamentos para impedir a formação do cálculo ou ajudar a dissolver e eliminar o material que está causando o mesmo. Essas medicações podem incluir alopurinol (cálculos de ácido úrico), antibióticos (pedras de estruvita), diuréticos, soluções de fosfato, bicarbonato de sódio ou citrato de sódio e tansulosina, para relaxar o ureter e ajudar a passagem da pedra.
A cirurgia para retirar pedras do rim pode ser necessária se:
- O cálculo for muito grande para ser eliminado pela urina;
- O cálculo estiver crescendo;
- A pedra estiver bloqueando o fluxo de urina e causando infecção ou danos aos rins;
- A dor for incontrolável.
A maioria dos tratamentos para eliminar os cálculos renais é pouco invasiva. A litotripsia é utilizada para remover pedras com menos de 1,25 cm, localizadas próximas ao rim ou ureter. Esse método usa ondas de ultrassom ou ondas de choque para quebrar as pedras em pequenos fragmentos, para depois serem eliminados pela urina. É também chamada litotripsia extracorpórea por onda de choque.
Para retirar cálculos renais grandes, é utilizada uma sonda (endoscópio), que é introduzida através de uma pequena incisão cirúrgica nas costas e chega até o interior do rim ou dos ureteres. A ureteroscopia pode ser usada para cálculos renais localizados no trato urinário inferior.
Quando todas as outras formas de tratamento falham ou não são possíveis de serem executadas, pode haver necessidade de realizar uma cirurgia aberta.
A expulsão da pedra deve ser confirmada através de uma radiografia de acompanhamento ou filtrando a urina após cada micção. Vale lembrar que a ausência de dor nas costas não confirma que o cálculo foi eliminado.
Como prevenir pedras nos rins?Para prevenir a formação de pedras nos rins, recomenda-se beber bastante líquido (pelo menos 6 a 8 copos de água por dia) para produzir urina suficiente. Em alguns casos, pode ser necessário tomar medicamentos ou fazer alterações na dieta.
Se você está com algum dos sintomas de pedra no rim, procure um serviço de saúde para avaliação.