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Beber detergente emagrece?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Não, beber detergente não emagrece de forma nenhuma e nunca deve ser feito pois pode provocar intoxicação grave, que pode até ser fatal.

Dependendo da quantidade e do tipo de produto, a ingestão de detergente pode causar:

  • Náuseas;
  • Vômitos;
  • Diarreia;
  • Distensão abdominal;
  • Dor abdominal;
  • Paralisia dos músculos respiratórios;
  • Hipotensão (pressão baixa);
  • Agitação;
  • Convulsão;
  • Coma e morte.

A ideia de que beber detergente pode ajudar a dissolver a gordura corporal é impossível de ocorrer do ponto de vista fisiológico. O detergente não chega às células de gordura e, mesmo que chegasse, seria incapaz de eliminar a gordura ali acumulada.

Os únicos efeitos que o detergente pode produzir no corpo são aqueles decorrentes da intoxicação que ele provoca e nada mais.

Veja aqui o que fazer para emagrecer sem prejudicar a sua saúde.

Portanto, nunca beba detergente ou qualquer outro produto de limpeza. Além de não emagrecer, pode provocar sérios problemas, inclusive levar à morte.

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É seguro tomar creatina? Quais os efeitos colaterais?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Tomar creatina é seguro e o seu principal efeito colateral é o inchaço causado pela retenção de líquidos. Outros efeitos colaterais podem ser observados se a pessoa fizer uso da creatina de forma exagerada, ou seja, acima da quantidade recomendada. Nesses casos podem ocorrer:

  • Náuseas;
  • Diarreia;
  • Vômito;
  • Dor no estômago.

Os estudos recentes comprovam danos aos rins ou ao fígado, assim como cãibras musculares, apenas quando ocorre o consumo excessivo de creatina. Contudo, indivíduos com problemas funcionais nos rins, fígado ou coração não devem iniciar o uso de creatina sem acompanhamento e avaliação médica prévia.

A creatina é um ácido produzido pelo organismo naturalmente, que fornece mais energia às fibras musculares durante uma contração muscular, auxiliando o fortalecimento e o aumento da massa muscular.

No entanto, para que o consumo de creatina seja de fato seguro, não acarrete nenhum problema à saúde e alcance os objetivos desejados, é fundamental que seja utilizado sob supervisão de um/a médico/a especialista em medicina desportiva, endocrinologia, nutrologia ou um/a nutricionista.

Botox: como funciona e quais os efeitos colaterais?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O botox® é um medicamento que tem como princípio ativo a toxina botulínica tipo A, uma substância purificada extraída de bactérias. A toxina interrompe os estímulos nervosos nos músculos, causando paralisia da musculatura. Como resultado, o músculo fica mais relaxado, pois deixa de ser estimulado. Por isso, as aplicações desse produto são muito utilizadas para o tratamento de rugas na face além de outras indicações, como na espasticidades (músculos "enrijecidos"), por doenças neurológicas, como AVC e espasmos faciais.

Como é feita a aplicação de botox®?

A aplicação de botox® é feita através da injeção de pequenas quantidades de toxina botulínica diretamente nos músculos selecionados. A agulha usada na aplicação é de tamanho pequeno e bem fina, sendo o procedimento bem tolerado e realizado em poucos minutos.

As rugas com melhores resultados no tratamento costumam ser aquelas localizadas entre as sobrancelhas, na base do nariz, ao redor dos olhos (“pés-de-galinha”), na testa e no pescoço.

Nas doenças neurológicas, os músculos tratados são aqueles mais rígidos, facilitando a reabilitação com fisioterapia, terapia ocupacional, além de auxiliar na higiene do paciente. Por exemplo, nos casos de pacientes com AVC que não conseguem abrir a mão, ou esticar o braço por completo, a limpeza da palma da mão e axilas ficam dificultadas, portanto o uso da toxina está indicado, para permitir uma adequada higiene e bem estar.

Outras doenças que causam espasticidade e se beneficiam do tratamento com toxina são esclerose múltipla, doença de Parkinson, lesões medulares, espasmo hemifacial, entre outros.

Em quanto tempo posso ver os efeitos do botox®?

Os efeitos da aplicação de toxina botulínica não são imediatos, geralmente se tornam mais evidentes depois de 3 a 7 dias, atingindo seus efeitos máximos no primeiro mês, com duração de 3 a 6 meses. Após esse período, os músculos voltam a receber os sinais nervosos e os efeitos começam a desaparecer progressivamente. Por essa razão, para manter os resultados do botox®, é preciso seguir exatamente as orientações do/a médico/a assistente.

Quais são os efeitos colaterais do botox®?

Os efeitos colaterais da aplicação de toxina botulínica são muito poucos e temporários, estando muitas vezes relacionados com o próprio local da injeção. Os hematomas, dor de cabeça, sintomas semelhantes a um resfriado leve, estão entre as reações mais comuns.

Em casos mais raros, por haver queda das pálpebras ou de apenas uma delas. Todos os possíveis efeitos colaterais do botox® são leves, passageiros e autolimitados.

Quais as indicações do botox®?

Além de tratar as rugas e sequelas de AVC, o botox® também possui outras importantes indicações:

  • Hiperidrose
  • Blefaroespasmo
  • Espasmo hemifacial
  • Enxaqueca crônica
  • Estrabismo
  • Bexiga neurogênica e
  • Incontinência urinária.

Na hiperidrose (transpiração excessiva) nas axilas, nas mãos e nos pés. A toxina botulínica diminui a produção de suor pelas glândulas sudoríparas. A aplicação nesses casos é feita com a toxina botulínica bem diluída e a injeção é aplicada na pele dessas regiões. Com apenas uma aplicação de botox, a transpiração fica reduzida durante meses. Depois desse período, a transpiração volta ao que era e para manter os efeitos é necessária uma nova aplicação.

O blefaroespasmo e espasmo hemifacial, as contrações dos músculos da face são involuntárias e ininterruptas, causando dor local, dificuldade na visão e lacrimejamento do olho, além do constrangimento pela movimentação "anormal", que acaba por chamar muita atenção de pessoas ao redor. Algumas vezes pode precipitar crises de ansiedade e depressão. A toxina botulínica é a primeira escolha de tratamento e oferece excelentes resultados para esses casos.

Na enxaqueca crônica, sem melhora a tratamentos convencionais, já está indicado a aplicação da toxina nos músculos do couro cabeludo, com resultados satisfatórios.

No estrabismo, na verdade a primeira grande indicação de aplicação local da toxina, oferece bons resultados e deve ser aplicado e acompanhado pelo/a médico/a Oftalmologista.

O tratamento da bexiga neurogênica e incontinência urinária são indicados e acompanhados pelo/a médico/a urologista.

O especialista responsável pela aplicação de botox®, no caso do tratamento das rugas e hiperidrose, é o/a médico/a dermatologista e para os casos neurológicos, o/a médico/a neurologista.

Vale ressaltar que além do Botox®, existem outras marcas de toxina botulínica do tipo A liberadas para as mesmas indicações no mercado Brasileiro.

É possível remover estrias, saiba como
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Existem vários tipos de tratamento para remover estrias.

As estrias vermelhas, comuns na gravidez, são mais fáceis de tratar porque o tecido não está totalmente danificado, podendo ser removidas com infravermelho, ácidos, luz pulsada, peeling ou injeções de vitamina C. Já as estrias brancas necessitam de um tratamento mais intenso, com laser, radiofrequência, peeling ou carboxiterapia.

Contudo, nem sempre é possível remover totalmente as estrias. O tratamento visa principalmente melhorar a aparência e o aspecto estético das mesmas, estimulando a formação de colágeno nas lesões. Dependendo do caso e do tratamento, a aparência das estrias pode melhorar em média 80%.

O médico responsável por determinar o tipo de estria e o melhor tratamento para cada caso, é o dermatologista.

Tratamentos para remover estrias brancas

Dentre os principais tratamentos para remover estrias brancas estão:

Laser fracionado com subcisão: o laser fracionado melhora a textura e deixa a pele mais lisa, enquanto que a subcisão é um pequeno procedimento cirúrgico que estimula a produção de colágeno e recupera uma parte da estria.

Radiofrequência: Aquece a camada mais profunda da pele através da emissão de ondas. A radiofrequência promove um aumento das fibras de colágeno, que organizam novamente os tecidos e aproximam as bordas das estrias.

Laser fracionado: acelera o processo de cicatrização, estimulando a produção de colágeno e elastina.

Peeling de cobre com intradermoterapia: o peeling faz uma microesfoliação na estria e estimula a produção de colágeno e elastina, enquanto que o cobre devolve à estria a coloração normal da pele. A intradermoterapia é a injeção de uma mistura de sustâncias capazes de reconstruir e devolver a elasticidade, firmeza e hidratação da pele.

Carboxiterapia: consiste na injeção de gás carbônico no tecido subcutâneo, promovendo a dilatação dos vasos sanguíneos e estimula a produção de colágeno, preenchendo as estrias de dentro para fora.

Tratamentos dermatológicos para estrias vermelhas

Para as estrias vermelhas, os tratamentos dermatológicos disponíveis são:

Infravermelho com ácido retinoico: os raios infravermelhos esquentam as camadas mais profundas da pele, estimulando a produção de colágeno e elastina pelas células. Depois, o ácido retinoico é aplicado para promover também o aumento do tecido conjuntivo que sustenta a pele.

Luz intensa pulsada com ácido retinoico: a luz intensa pulsada regenera a pele e os vasos sanguíneos dilatados responsáveis pela coloração vermelha da estria. A seguir, é aplicado o ácido retinoico, que potencializa a ação da luz pulsada.

Peeling de cristal com ácido retinoico: o peeling de cristal esfolia a pele com jatos de pó de óxido de alumínio, facilitando a penetração do ácido retinoico, que, por sua vez, descama a pele e estimula a produção de colágeno.

Vitamina C + luz intensa pulsada: a vitamina C é injetada na camada superficial da pele, estimulando a aproximação das bordas dos vasos sanguíneos que deixam a estria vermelha. A seguir, a luz intensa pulsada é aplicada para contrair a derme e deixar as estrias mais finas.

Lipodistrofia tem cura? Qual o tratamento?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Lipodistrofia não tem cura, mas existem tratamentos capazes de minimizar os seus efeitos. Dentre os tratamentos mais eficazes para a lipodistrofia estão:

  • Correções estéticas através de enxertos permanentes ou provisórios;
  • Cirurgias plásticas, como mamoplastia (redução das mamas), implante de próteses de silicone em determinadas partes do corpo e lipoaspiração;
  • Exercícios físicos visando hipertrofia muscular e perda de peso;
  • Controle das alterações metabólicas comumente associadas à lipodistrofia, como aumento dos níveis de colesterol, triglicérides e açúcar no sangue.

A lipoaspiração é uma boa opção de tratamento para os casos de acúmulo de gordura (lipo-hipertrofia). A gordura retirada também pode ser usada como enxerto em áreas com perda de gordura (lipoatrofia), como nádegas e coxas.

Injeções com um tipo de gel (polimetilmetacrilato) também podem ser usadas para preencher a perda de gordura em locais como rosto, nádegas, pernas e braços. Porém essa medicação apresenta riscos importantes quando utilizada de maneira errada, ou em doses acima das recomendadas pela ANVISA e sociedade médicas.

Os exercícios físicos produzem bons efeitos estéticos, pois desenvolvem a musculatura das pernas e dos braços e ajudam a definir a silhueta corporal.

O exercício também é importante para combater o acúmulo de gordura nos órgãos, além de ajudar a baixar os níveis de colesterol, triglicerídeos e açúcar no sangue.

A lipodistrofia é uma síndrome que provoca alterações no metabolismo e na distribuição da gordura corporal.

Portanto, tanto as medicações, procedimentos cirúrgicos e exercícios físicos, devem sempre ser realizados por profissionais habilitados a fim de evitar maiores problemas para a saúde.

Por que é importante tratar a lipodistrofia?

O tratamento da lipodistrofia é importante para melhorar a estética corporal do paciente e restabelecer a sua autoestima.

A lipodistrofia pode ser originada pelo uso de medicamentos, como antirretrovirais em pacientes HIV, e a insulina, em pacientes diabéticos, e uma das causas de abandono do tratamento adequado é exatamente esse efeito colateral, pela perda de autoestima que ela provoca nos casos mais graves.

Além disso, os distúrbios metabólicos podem aumentar o risco de doenças cardiovasculares, pancreatite, diabetes, osteoporose, necrose (morte) da cabeça do fêmur, entre outras complicações.

O tratamento da lipodistrofia é multidisciplinar, podendo incluir médico infectologista, dermatologista, cirurgião plástico, cardiologista e endocrinologista, além de enfermeiro, psicólogo, assistente social, farmacêutico, nutricionista, educador físico e fisioterapeuta.

Leia também: O que é lipodistrofia e quais os sintomas?

Com que idade se pode furar a orelha?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Não há limite de idade para poder furar a orelha. O furo pode ser feito logo após o nascimento, desde que seja realizado por uma pessoa habilitada. Furar a orelha não prejudica em nada o bebê.

É fundamental esterilizar os materiais utilizados para evitar infecções, que, se não forem tratadas adequadamente, podem trazer sérios problemas. Por isso, o brinco e o lóbulo da orelha devem ser limpos com álcool a 70%.

É importante também estar muito atento ao material do primeiro brinco, para evitar possíveis alergias, infecções e a oxidação do metal.

De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), o furo da orelha pode ser feito também em farmácias, com brincos vendidos no próprio local e colocados com ajuda de uma espécie de pistola. Porém, este equipamento é mais indicado para crianças maiores e adultos.

Uma vez colocado o brinco, este deve ficar por algum tempo (3 a 6 meses) na orelha do bebê para que o furo possa cicatrizar sem fechar. Durante esse período, a limpeza do furo na hora do banho deve ser feita com sabonete ou shampoo infantil, com o cuidado de enxaguar bem a orelha depois para evitar que os resíduos de sabonete ou shampoo irritem o local.

Qualquer sinal de alergia, inflamação ou irritação no local, deve-se tirar o brinco imediatamente e falar com o pediatra que acompanha a criança.

O que é hálux valgo e quais os sintomas?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Hálux valgo, popularmente conhecido como joanete, é o desvio do dedão (hálux) para fora, cujo principal sintoma é a presença de uma protuberância óssea dolorosa na parte interna do pé. O hálux valgo afeta principalmente as mulheres e tem como principais causas fatores genéticos e uso de sapatos de salto alto e bico fino. Muitas vezes o joanete também pode estar associada ao pé plano.

Em geral, o hálux valgo provoca dor na região central e anterior do pé. A massa óssea projetada na parte interna do pé pode facilmente ser palpada e o paciente apresenta dor à palpação e movimentação. O atrito com o calçado também pode deixar essa protuberância inchada e avermelhada.

Nos casos mais graves de joanete, o dedo ao lado do hálux pode apresentar uma deformidade em flexão, ou seja, o dedo fica constantemente "dobrado" (fletido).

Quando o hálux valgo é identificado logo no início, é possível prevenir a sua evolução mudando os calçados. Contudo, se a deformidade já estiver muito acentuada e a joanete causar muita dor, a única forma de tratamento é a cirurgia.

Portanto, a melhor forma de prevenir o desenvolvimento do hálux valgo é usar sempre calçados confortáveis e adequados.

O médico ortopedista especialista em pé é o responsável pelo diagnóstico e tratamento do hálux valgo.

Vitiligo é contagioso?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Não, vitiligo não é contagioso e não é transmitido de pessoa a pessoa. O vitiligo é um distúrbio ativado por reações no sistema imune da pessoa afetada e, portanto, não é transmissível. 

A pessoa que possui vitiligo pode e deve conviver normalmente com as outras pessoas ao seu redor e compartilhar os utensílios de uso comum.

O que é vitiligo?

Vitiligo é uma manifestação na pele que caracteriza-se pela despigmentação. Com isso, em algumas localidades do corpo, a pessoa apresenta regiões mais claras do que outras.

Vitiligo

A pele na região afetada continua íntegra, porém sem a pigmentação habitual das outras regiões. Por isso, não há nenhum tipo de prejuízo no contato da região afetada com outras partes do corpo.

Quais as causas do vitiligo?

Os estudos científicos apontam relação no surgimento do vitiligo com fatores genéticos e com a presença de história da doença na família.

Trata-se de uma reação autoimune, em que o sistema imunológico da pessoa ataca as células responsáveis pela pigmentação da pele, chamadas melanócitos.

Com a destruição dos melanócitos, a região da pele afetada perde a pigmentação, ficando mais clara quando comparada com o resto do corpo.

Por desconhecimento de parcela da população, pessoas com vitiligo sofrem preconceito e discriminação. A informação adequada e científica deve ser amplamente difundida para que essas pessoas tenham uma vida social garantida e desprovida de julgamentos.