Perguntar
Fechar
Tomei anticoncepcional sem saber que estava grávida. Isso pode ter prejudicado o bebê?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

O uso de anticoncepcional inadvertidamente no início da gestação não tem sido associado a efeitos teratogênicos no feto. Portanto, tomar anticoncepcional no início da gravidez, sem saber que estava grávida provavelmente não prejudicou seu/sua bebê.

Ao detectar a gravidez, a mulher deve suspender imediatamente o uso de anticoncepcionais e outras medicações e deve iniciar o acompanhamento pré natal. Caso a mulher faça uso contínuo de outro tipo de medicação, isso deve ser conversado na primeira consulta para avaliar se deve continuar usando a medicação, se deve suspender ou mudar a dosagem.

É comum o uso inadvertido de algumas medicações no início da gravidez pois a mulher ainda não sabe que está grávida. Por isso, ao saber da gravidez é recomendado parar todas as medicações.

Frequente as consultas de rotina do pré natal para o acompanhamento apropriado da gestação e do desenvolvimento do/a seu/sua bebê.

Posso voltar a tomar o anticoncepcinal que tomava...
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Pode começar a tomar já, hoje mesmo. Como já parou de amamentar não há problema em voltar a usar o anticoncepcional combinado, que contém estrógeno e progesterona, como o Ciclo 21. Não é necessário fazer nenhuma pausa entre a troca de um anticoncepcional hormonal para um anticoncepcional combinado.

Caso esteja usando um método contraceptivo hormonal de forma correta e tenha certeza que não está gravida é possível já começar a tomar o outro anticoncepcional hormonal combinado logo a seguir, não precisa esperar a menstruação e não precisa usar outro método de apoio, a proteção contra a gravidez permanece.

Quando começar o anticoncepcional oral combinado após o parto?

O período em que se pode iniciar o uso de anticoncepcional oral combinado irá variar conforme a mulher esteja amamentando em exclusivo, amamentando parcialmente ou não esteja amamentando.

Amamentando exclusivamente

Para mulheres que estão a amamentar em exclusivo ou quase em exclusivo o uso de anticoncepcionais hormonais combinados está indicado apenas 6 meses após o parto ou quando o leite materno já não for a principal forma de alimentação da criança.

Esta recomendação se deve a possível interferência do estrógeno na amamentação, pois esse hormônio pode reduzir a quantidade ou alterar a composição do leite materno, podendo assim interferir no crescimento e desenvolvimento da criança.

Após o período de 6 meses depois do parto não há prejuízos para a criança e a mulher pode iniciar o uso do anticoncepcional a qualquer momento se ainda não estiver menstruando. Ela pode usar um método complementar, como a camisinha, nos primeiros 7 dias de uso da pílula.

Amamentando parcialmente

Mulheres que estão amamentando parcialmente podem iniciar o uso de anticoncepcional hormonal combinado 6 semanas após o parto. Caso a mulher volte a apresentar menstruação antes desse período deve usar um método de apoio, como método contraceptivo até iniciar o anticoncepcional. Se a menstruação ainda não tiver voltado ela pode começar a tomar o anticoncepcional a qualquer momento após seis semanas.

Não amamentando

Mulheres que não estão amamentando e a criança está em aleitamento artificial podem iniciar o anticoncepcional oral combinado em qualquer momento do 21º ao 28º dia após o parto, sem a necessidade de usar nenhum outro método de apoio após esse período. Antes de 3 semanas após parto o risco de eventos tromboembólicos é muito alto, por isso é contraindicado o uso de contraceptivos hormonais combinados nesse período.

Após esse período, se a menstruação ainda não tiver voltado ela pode começar começar tomar a pílula a qualquer momento, mas deve fazer uso de preservativo nos primeiros 7 dias.

Converse sempre com o seu médico de família ou ginecologista para ajudar na escolha do melhor método contraceptivo após o parto.

Quais os efeitos colaterais do anticoncepcional adoless?
Dra. Ângela Cassol
Dra. Ângela Cassol
Médico

O anticoncepcional Adoless® possui alguns efeitos colaterais, que estão listados abaixo:

  • sangramento desregulado (escapes);
  • ausência de sangramento (menstruação) na pausa;
  • tromboses;
  • aumento da pressão arterial;
  • desconforto da córnea, quando em uso de lentes de contato;
  • agravamento de endometriose;
  • propensão a contrair infecções vaginais, como a candidíase, por conta da redução da imunidade no corpo;
  • sensibilidade, dor, aumento e secreção nas mamas;
  • náusea, vômito;
  • cefaleia, enxaqueca;
  • alterações do humor;
  • retenção de líquidos;
  • redução da tolerância à glicose;
  • alteração do peso corporal (usualmente aumento de peso);
  • irritação na pele;
  • manchas escuras no rosto (melasma);
  • adenoma hepático;
  • icterícia colestática;
  • exacerbação de estado epiléptico.

É importante frisar que estes efeitos colaterais não ocorrem na maior parte das pacientes. O anticoncepcional deve ser prescrito pelo médico ginecologista.

Endometriose tem cura? Qual o tratamento?
Dra. Ângela Cassol
Dra. Ângela Cassol
Médico

A cura para a endometriose ainda é controversa. Considera-se que a cura só ocorreria através da retirada do útero (histerectomia) e possivelmente dos ovários (ooforectomia), além da retirada cirúrgica dos focos de endometriose presentes em outros locais (intestino, bexiga, pulmões, peritônio), o que, claro, só deve ser indicado em pacientes com doença muito grave e que não desejam mais engravidar.

Há diversas modalidades de tratamento para endometriose:

  • esperar, para ver se ocorre melhora espontânea;
  • uso de anti-inflamatórios;
  • uso de medicações ou dispositivos, com objetivo de que a paciente pare de menstruar de 6 meses a um ano, como: contraceptivos orais ("pílula"), DIU com progesterona, danazol, gestrinona, leuprolide, goserelina, inibidores de uma enzima chamada aromatase.
  • cirúrgico: por videolaparoscopia, com objetivo de destruir implantes de células do endométrio, ou definitiva, na tentativa de "curar" a endometriose.

O seguimento e o tratamento deve ser feito por médico ginecologista.

Leia também:

Como é a cirurgia de endometriose?

Tenho endometriose: posso engravidar?

O que é endometriose profunda e quais os sintomas?

Endometriose pode virar câncer?

Ovários policísticos podem causar queda de cabelo?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Sim, ovários policísticos podem causar queda de cabelo devido ao excesso de testosterona no organismo da mulher. Além de fazer cair cabelo, a testosterona também é responsável por alguns dos principais sinais e sintomas da síndrome dos ovários policísticos, como:

  • Excesso de pelos no corpo;
  • Crescimento anormal de pelos no peito, abdômen, queixo e rosto;
  • Aumento da oleosidade da pele, com aparecimento de cravos e espinhas;
  • Aumento do peso;
  • Manchas na pele, sobretudo nas axilas e atrás do pescoço.

Outros sinais e sintomas da síndrome dos ovários policísticos incluem:

  • Ciclo menstrual irregular;
  • Ausência de menstruação;
  • Aumento do tamanho do ovário;
  • Infertilidade.

No entanto, é importante dizer que nem todas as mulheres com ovários policísticos irão apresentar queda de cabelo ou todos esses sinais e sintomas.

Para resolver a queda de cabelo é preciso tratar os ovários policísticos, que são a causa do problema. O tratamento pode incluir:

  • Dieta rica em legumes, verduras e frutas, com pouca gordura, açúcar e sódio;
  • Exercícios físicos regulares;
  • Medicamentos para equilíbrio hormonal, como anticoncepcionais;
  • Medicamentos para combater a resistência à insulina.

Saiba mais em: Ovários policísticos têm cura? Qual o tratamento?

Além disso, o tratamento da queda de cabelo também pode ser realizado com medicamentos tópicos e lasers que estimulam o crescimento dos fios.

O tratamento da síndrome dos ovários policísticos é da responsabilidade do/a médico/a ginecologista. Para maiores informações sobre a queda de cabelo e os tratamentos disponíveis, você pode consultar também o/a médico/a dermatologista.

Também pode lhe interessar: Quais os problemas que causam queda de cabelo?

Quais os sintomas de disfunção hormonal feminina?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Os sintomas no caso de disfunção hormonal feminina podem ser diversos, variando principalmente de acordo com qual hormônio está alterado, se está aumentado ou diminuído, ou ainda se existe mais de um hormônio alterado.

Entretanto, podemos citar alguns dos sintomas que mais encontramos na prática médica, são eles:

  • Irregularidade nos ciclos menstruais: As alterações hormonais deixam os períodos menstruais irregulares, seja na frequência de ciclos em um mês, ou na quantidade de fluxo sanguíneo durante a menstruação;
  • Alterações de humor: Irritabilidade, ansiedade, nervosismo e depressão podem estar relacionados com disfunções hormonais;
  • Mudanças na pele e pelos: Oleosidade excessiva, cravos, espinhas, pele ressecada, excesso de pelos ou queda de cabelo importante;
  • Infertilidade: Apesar da fertilidade feminina diminuir naturalmente com o passar dos anos, as disfunções hormonais podem dificultar uma gravidez mesmo em mulheres jovens, pois diminuem a capacidade reprodutiva da mulher;
  • Alterações ginecológicas: Ressecamento vaginal, diminuição do desejo sexual, dor durante o ato sexual.

Os sintomas da disfunção hormonal feminina manifestam-se sobretudo na TPM (tensão pré-menstrual), na menopausa, gravidez e na síndrome dos ovários policísticos (SOP).

Se observar algum desses sintomas descritos, consulte um médico ginecologista ou endocrinologista.

Quantas pílulas do dia seguinte posso tomar de cada vez?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A pílula do dia seguinte deve ser tomada uma de cada vez.

A pílula do dia seguinte, dependendo da dosagem, deve ser usada em:

  • Dose única (apenas 1 comprimido) ou
  • Duas doses com intervalo de 12 horas entre cada comprimido (dois comprimidos).

Essa diferença é expressa na bula e pode ser consultada pela mulher antes de tomar a medicação.

A pílula do dia seguinte usada corretamente até 72 horas após a relação sexual desprotegida apresenta uma eficácia de até 98%.

Tomar a pílula do dia seguinte além da dose indicada não é recomendado pois pode trazer complicações graves como: hemorragias, anemias, além de aumentar os riscos de câncer de útero e de mama.

A pílula do dia seguinte não deve ser utilizada como um método anticoncepcional de rotina. Procure o/a médico/a de família ou ginecologista para te ajudar a escolher o melhor método anticoncepcional a longo prazo.

Leia também:

Se tomar a pílula do dia seguinte muitas vezes ela perde o efeito?

Pílula do dia seguinte dose única pode falhar?

Faz mal tomar a pílula do dia seguinte tomando anticoncepcional?

Como saber se a pílula do dia seguinte funcionou?

Tive relação e depois tomei logo banho e limpei, tem como engravidar?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Sim. Depois que ocorre a penetração e ejaculação dentro da vagina o risco de engravidar é alto, mesmo que haja a tentativa de lavar em seguida. 

O risco passa a ser maior nos casos de não fazer uso de contraceptivos, como os anticoncepcionais; no caso de estar no período fértil e por fim, dependendo da sua fisiologia normal, do seu organismo em gerar uma gravidez com esse evento apenas.

Existem formas de evitar a gravidez indesejada, em té 72 h após a relação sexual desprotegida, por exemplo com o uso do contraceptivo de emergência. Porém o mais adequado é que agende uma consulta com médico ginecologista para avaliar o seu caso e dar as devidas orientações.

Lembrando que o uso de preservativos, como a camisinha, não só impede uma gestação não planejada, como também, a transmissão de doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), tão comuns na população sexualmente ativa, e facilmente evitável, bastando se proteger durante todas as relações sexuais. 

Saiba mais sobre esses assuntos nos links abaixo: