A dor na dobra entre a coxa e o corpo, na articulação do quadril e na região abaixo do pé da barriga é comum durante a gravidez. É a região da virilha. Apesar de ser comum, ela pode trazer desconforto e dificultar suas tarefas diárias, atrapalhar seu sono e sua vida sexual. Em uma parte das mulheres, ela pode persistir por algum tempo após o parto.
O mais comum é que a dor apareça e aumente à medida que as mudanças no corpo durante a gravidez são mais visíveis (como o aumento do peso, da mãe e do bebê). Mas ela pode ter outras causas que podem ser um sinal de alerta, principalmente quando aparece mais para o início da gravidez.
Veja quais são as possíveis causas da dor na virilha durante a gravidez:
Quando a dor na virilha aparece até a 26.ª semana de gravidezA dor na virilha durante os dois primeiros trimestres da gravidez pode ser causada por:
Infecção urináriaOs sintomas mais comuns na infecção urinária são urgência e dor para fazer xixi. Nos casos mais graves, a dor na virilha aparece e pode ser acompanhada de calafrios e febre. Procure um médico com urgência.
As infecções urinárias são comuns nas mulheres grávidas. Se não forem tratadas, podem trazer riscos para a gestação. Se sentir ardor ou dor para urinar, fale com seu médico.
Um exame de urina é suficiente para detectar a infecção. O tratamento é feito com antibióticos. Beber quantidade suficiente de água ajuda a evitar e a eliminar a infecção.
Pedras nos rinsSe a dor aparece quando você caminha e for parecida com uma câimbra, pode ser sinal de pedra no rim. Em alguns casos, ela pode ser mais intensa e continua. Normalmente aparece apenas em um dos lados do corpo.
Apesar de não ser um problema de saúde comum na gravidez, principalmente a partir do segundo trimestre da gravidez (entre a 14.ª e a 26.ª semanas de gestação) as gestantes têm um risco maior de ter os sintomas de pedras no rim.
A dor aparece na região do quadril, abaixo das costelas e nas costas, e irradia para a virilha e para o pé da barriga. É importante falar com seu médico para confirmar se a causa da dor é pedra no rim. A pedra pode trazer problemas para seu rim e, em alguns casos, pode causar infecção urinária e trazer riscos para a gravidez.
Um exame de urina, além de uma ultrassonografia ou uma ressonância, são os exames que o médico pode pedir. Eles não são perigosos para o seu bebê.
A maior parte das pedras sai espontaneamente durante a gravidez. Beber bastante líquido ajuda nesse processo. Dê preferência à água.
Gravidez ectópicaQuando a dor é mais intensa e acompanhada de outros sintomas, procure um médico com urgência. Ela pode aparecer devido a uma gravidez ectópica.
Nesse caso, sangramento vaginal é o outro sinal que acompanha a dor em um dos lados da barriga, que pode irradiar para a virilha e para o pé da barriga. Normalmente acontece entre 6 e 8 semanas de gestação.
Alguns fatores que aumentam o risco dessa complicação são:
- Gravidez ectópica anterior
- Cirurgias ginecológicas
- Infecções e inflamações
- Uso de DIU
Ele se apresenta com sangramento vaginal, dor abdominal e / ou nas costas e contrações uterinas. É mais frequente entre a 24.ª e a 26.ª semana de gestação, embora o descolamento prematuro da placenta possa ocorrer a qualquer momento. Se tiver esses sintomas, procure seu médico com urgência.
Quando a dor na virilha aparece a partir da 27.ª semana de gravidezO mais comum no terceiro trimestre de gravidez é que a dor na virilha seja resultado das alterações no corpo da mulher, principalmente devido ao aumento do peso da mãe e do bebê. Por isso, podem começar um pouco antes da 27.ª semana, principalmente se você está grávida de gêmeos.
É frequente que a dor na virilha com essa causa apareça no trimestre final da gestação. Nesse caso, ela pode piorar ao andar, ao abrir as pernas, no fim do dia e depois de algum esforço físico. Ela pode aumentar quando a gestação já está a termo (entre a 37.ª e a 40.ª semanas), quando o peso do bebê e o da mãe atingem seu valor máximo.
A crença de que o certo é descansar durante a gravidez leva muitas mulheres a diminuir ou parar de praticar qualquer atividade física. Manter a atividade física ajuda a diminuir a intensidade da dor na virilha que aparece nesse período. Também ajuda a diminuir a dor no período pós-parto. Por isso, só pare de se exercitar se o seu médico pedir repouso devido a alguma condição especial.
Os exercícios mais indicados são:
- Caminhadas em locais mais planos e com sapatos confortáveis
- Hidroginástica
- Ioga
- Treinamento aeróbico e de força supervisionado (principalmente os exercícios que trabalham o fortalecimento da região da virilha)
Eles ajudam a evitar outros problemas que podem surgir durante e depois da gravidez, como a incontinência urinária (não conseguir segurar o xixi), a depressão, excesso de peso e diabetes. É indicado que sejam realizados diariamente ou ao menos uma vez por semana.
Artrose ou bursite de quadril (desgaste ou inflamação da articulação entre a bacia e a coxa) também podem ser mais comuns no período final da gravidez. Fisioterapia e o uso de um tipo de cinta elástica abaixo da barriga podem ser benéficos.
Outras causas de dor na virilha durante a gravidezA dor na virilha pode ter outras causas, como:
- Apendicite (inflamação / infecção do apêndice, que causa dor no lado direito da barriga e virilha)
- Íngua (é o aumento dos gânglios linfáticos, que acontece devido a alguma infecção)
- inflamação dos intestinos (colites e doença de Crohn são exemplos)
Não têm um período certo da gestação em que há maior risco de apendicite, íngua e inflamação nos intestinos.
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Referências:
Líška D, Záhumenský J. Benefits of exercise in the prenatal and postnatal period. Czech Gynaecology. 2020; 85(4): 288-292
UpToDate. Kidney stones in adults: Kidney stones during pregnancy
UpToDate. Evaluation of acute pelvic pain in the adolescent female
Os anti-inflamatórios não esteroides como o naproxeno e ibuprofeno combinados com medicamentos específicos para a enxaqueca como o sumatriptana ou zoltriptano, são a melhor forma medicamentosa de aliviar a enxaqueca menstrual.
Além dos medicamentos, outras medidas caseiras como chás de gengibre e valeriana, regularização do sono e a adoção de uma alimentação leve também podem ajudar a reduzir a dor.
Este tipo de enxaqueca se caracteriza por uma dor de cabeça intensa que ocorre dois dias antes da menstruação e, geralmente, se intensifica nos três primeiros dias de fluxo menstrual.
Remédios para enxaqueca menstrualOs tratamentos mencionados neste artigo são indicados para os momentos de crise, ou seja, quando a enxaqueca menstrual aparece dois dias antes da menstruação ou nos três primeiros dias de menstruação.
Treximet® + Cambia®: medicamentos de uso oralTreximet® (sumatriptana-naproxeno) e Cambia® (diclofenaco) são os dois medicamentos mais usados para o tratamento das crises de enxaqueca menstrual.
Treximet® é um comprimido de uso oral específico para enxaqueca que já vem com um anti-inflamatório (naproxeno) em sua composição. Já o Cambia® é um anti-inflamatório em forma de pó solúvel. Ambos têm ação inicial rápida e, por este motivo, são indicados para o alívio rápido das enxaquecas menstruais.
Outros medicamentos específicos para dor de cabeça da classe dos triptanos também podem ser usados: zolmitriptana, almotriptana, eletriptana, rizatriptana e naratriptano. Estes medicamentos somente devem ser utilizados com prescrição médica.
As triptanas não devem ser usadas em mulheres que possuem doenças vasculares.
Entre os anti-inflamatórios não-esteroides, podem ser também indicados ibuprofeno, cetoprofeno e indometacina.
Sumax® injetávelSumax® injetável (sumatriptana injetável) é um medicamento de ação muito rápida. Seu efeito para alívio da enxaqueca se inicia em até 10 minutos, se a administração do medicamento for efetuada de forma correta. É indicado
em casos de enxaqueca menstrual acompanhada de vômitos ou náuseas.
Zolmitriptana Nasal, Migranal®, Zogenix®, Valeant®: spray nasalZolmitriptana Nasal (zolmitriptana), Migranal®, Zogenix®, Valeant® (Dihidroergotamina) são medicamentos apresentados na forma de spray nasal. A ação do spray nasal é mais rápida do que os comprimidos. Além disso, é bastante útil para a mulheres que apresentam vômitos e náuseas intensos e que preferem não tomar injeção.
Medidas caseiras para aliviar a enxaqueca menstrualAs medidas caseiras não substituem o uso de medicamentos. Por este motivo, ao fazer uso dos chás, não suspenda o uso dos remédios.
Chá de GengibreO gengibre é uma raiz que tem ação anti-inflamatória e pode ajudar no tratamento das enxaquecas menstruais. Além disso, o gengibre reduz as náuseas presentes nos quadros de enxaqueca.
Para fazer o chá você deve colocar uma colher de chá e gengibre em pó em uma panela com 250 ml de água durante 5 minutos. A seguir deixe esfriar um pouco, mexa bem para misturar o pó com a água e consuma. Você pode beber esse chá até 3 vezes ao dia. Não consuma chá de gengibre se estiver grávida, se tiver pressão alta e/ou diabetes e se usar anticoagulantes.
O chá de valeriana tem ação calmante, ansiolítica e melhora a qualidade do sono. Estas características fazem com que o chá seja eficaz para ajudar no tratamento das enxaquecas menstruais.
Coloque 1 colher de sopa de raiz de valeriana para ferver durante 10 minutos em uma panela com 300 ml de água. Você pode tomar o chá duas vezes ao dia ou 30 minutos à noite, antes de dormir.
Sintomas de da enxaqueca menstrualA enxaqueca menstrual ocorre devido a variação hormonal que acontece durante o ciclo menstrual e seus sintomas incluem:
- Dor de cabeça intensa que começa dois dias antes da menstruação e perdura até o terceiro dia de fluxo menstrual,
- Náuseas,
- Vômitos,
- Sensibilidade à luz e
- Sensibilidade a sons.
Para aliviar os sintomas, além do uso de medicamentos e dos chás, alguns cuidados simples são importantes, inclusive, para prevenir futuras crises. Estes cuidados são:
- Beba bastante água para evitar a desidratação, especialmente se a enxaqueca menstrual vier acompanhada de vômitos,
- Regularize o sono e crie um ambiente tranquilo, silencioso e com pouco luz para o repouso,
- Evite longos períodos de jejum,
- Evite o consumo de bebidas com cafeína como café e refrigerantes,
- Busque evitar situações de estresse excessivo.
Se você sente sintomas de enxaqueca menstrual, procure o médico de família, ginecologista ou neurologista.
Para saber mais sobre enxaqueca, você pode ler:
Enxaqueca: como aliviar a dor de cabeça?
Qual é o tratamento da enxaqueca?
Enxaqueca: causas, sintomas e tratamento
Referências
TEPPER D.; V.M,M. Enxaqueca (migrânia) menstrual. The Journal of Head and Face Pain, 2015:p 407-408.
FERREIRA, K.S.; BOLINELLI, L.P.; PAGOTTO, L.C. Migraine and menstrual cycle synchrony in females: is there a relationship? Case report*. Rev Dor, 2015, 16(2):156-8.
Se não vai mais amamentar deve fazer a troca do anticoncepcional, porque pode engravidar sim.
O Norestin é uma pílula anticoncepcional composto apenas pela noretisterona, um progestógeno em dose baixa. Por não conter estrógeno é uma pílula que pode ser usada durante todo o período de amamentação e por aquelas mulheres que não podem fazer uso de estrógeno.
Quando a mulher para de amamentar, pode ser recomendada a mudança de pílula anticoncepcional para uma que seja combinada (contendo progestágeno e estrógeno).
Os anticoncepcionais só de progestógenos em baixas doses podem ocasionar mudanças no padrão menstrual levando a irregularidades no fluxo menstrual.
São pilulas que apresentam uma eficácia maior quando usadas por mulheres que estão amamentando e se forem usadas corretamente, ou seja, se forem tomadas todos os dias no mesmo horário, sem nenhum esquecimento.
Nas mulheres que estão amamentando quando as pílulas são usadas normalmente, ocorre 1 gravidez para 100 mulheres durante o primeiro ano de uso. Por outro lado, em mulheres que não estão amamentando este número sobe para 3 a 10 episódios de gravidez a cada 100 mulheres por ano.
O uso do Norestin pode levar a alterações do padrão menstrual podendo causar sangramento irregular, com maior ou menor frequência ou levar a amenorreia (ausência de menstruação), principalmente em mulheres que estão amamentando.
Outros efeitos esperados são a presença de dores de cabeça, tontura,náuseas, dores abdominais, sensibilidade no seios e alterações no humor.
Para mais informações realize uma consulta com o/a médico/a de família, clínico/a geral ou ginecologista.
Leia também:
Não, a pílula do dia seguinte não altera o teste de farmácia de gravidez. Tanto o exame de sangue para detectar a gravidez, quanto o teste de farmácia, que é feito com uma amostra de urina, detectam o hormônio beta HCG, um dos principais hormônios do início da gestação.
As concentrações do beta HCG no sangue ou na urina não sofrem modificações por causa do uso de um método contraceptivo de emergência.
A pílula do dia seguinte atua adiando a ovulação, assim impede que a fecundação ocorra caso a mulher tenha tido uma relação sexual desprotegida.
Existem duas composições dessa pílula, uma é composta de levonorgestrel e outra de acetato de ulipristal, ambas são eficazes contra a gravidez, principalmente se tomadas até 72 horas após a relação sexual.
Após esse período, o risco de gravidez aumenta, embora ainda haja alguma proteção até o quinto dia após a relação, principalmente se a pílula tomada for a composta por acetato de ulipristal.
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Referência
Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia - FEBRASGO
Um efeito comum do desogestrel é o aumento de peso, que pode acontecer devido à retenção de líquidos ou a um discreto aumento do apetite.
Para controlar o aumento de peso é preciso ter cuidado com a dieta e praticar exercícios físicos para queimar calorias.
A pílula com desogestrel é normalmente indicada para mulheres:
- Que amamentam;
- Para as quais o uso de estrogênios pode ser prejudicial (que têm enxaquecas, estão perto da menopausa, são fumantes, hipertensas ou têm risco aumentado de problemas cardiovasculares e de trombose, por exemplo);
- Que não querem usar o estrogênios.
Se quiser trocar para uma pílula que não cause tão frequentemente aumento do peso, deve consultar seu médico. Caso pare de tomar o anticoncepcional por conta própria e não queira engravidar, utilize um método de barreira, como o preservativo.
Leia também:
- Tomo Cerazette há mais de 1 ano e agora tive sangramento?
- Enquanto estava amamentando o médico receitou Cerazette...
Referências:
Desogestrel. Bula do medicamento.
Machado RB. Anticoncepção na Perimenopausa. FEBRASGO.
Poli MEH, Mello CR, Machado RB et al. Manual de Anticoncepção da FEBRASGO. FEMINA. 2009; 37(9): 470-4.
Calhoun AH, Pelin Batur P. Combined hormonal contraceptives and migraine: An update on the evidence. Cleve Clin J Med. 2017; 84(8): 631-8.
Depende. Segundo estudos e o próprio fabricante do antibiótico norfloxacino®, a medicação deve ser evitada na gravidez, porque sua categoria de risco é de classe C, o que significa que a segurança do uso de norfloxacino® em grávidas não foi estabelecida e, consequentemente, os benefícios do tratamento devem ser avaliados com muita cautela, por elevado risco de efeitos colaterais para mãe e bebê.
O norfloxacino® foi detectado no sangue do cordão umbilical e no líquido amniótico, sendo assim, este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista, especialmente se o uso for dentro do primeiro trimestre.
Embora seja um antibiótico amplamente utilizado para tratamento de infecção urinária com bons resultados, possui contraindicações e precauções que precisam ser avaliados. Dentre as principais precauções podemos citar a gestação, epilepsia e miastenia gravis.
Na gestante, como citado acima, o uso de norfloxacino® pode resultar em malformação fetal, devido a passagem da substância pela placenta, sendo uma contraindicação relativa. Os riscos e benefícios precisam ser avaliados pelo médico ginecologista assistente.
No caso de pessoas portadoras de epilepsia ou que já apresentaram crises convulsivas, o antibiótico aumenta o risco de nova crise. Por isso o mais recomendado é que dentro do possível, seja avaliado a possibilidade de um antibiótico de outra família que não as quinolonas.
Para pacientes sabidamente portadores de miastenia gravis, o norfloxacino® deve ser evitada, pois reduz a atividade muscular, podendo ser fatal para portadores da doença. Sendo mais uma contraindicação relativa ao antibiótico, e dependendo da fase da doença, uma contraindicação absoluta.
Vale ressaltar que o período de maior risco, na ingesta de medicamentos durante a gravidez, são os três primeiros meses, porém todas as fases da gravidez podem ser afetadas pelo consumo de fármacos.
Converse sempre com seu médico ginecologista/obstetra, antes de fazer uso de qualquer medicação. Ele é o responsável pelas devidas orientações e acompanhamento da gestação.
O que são as categorias de risco na gravidez?As categorias de risco na gravidez, são classificações definidas para medir o risco potencial para a gestante e o feto, ao utilizar determinada medicação. Através de estudos clínicos, foram elaboradas as classificações de risco, que podem variar entre os países.
No Brasil seguimos basicamente a classificação determinada pela FDA (Food and Drug Administration), aonde utilizam as letras A, B, C, D e X.
Categoria de risco A significa que não há evidência de risco em mulheres, são as medicações liberadas para uso em gestante, com segurança.
Categoria de risco B significa que não existem estudos adequados em mulheres, e foram observados efeitos colaterais em animais, não sendo comprovados nas mulheres.
Categoria de risco C, como a medicação em questão, o norfloxacino, significa que não existem estudos adequados em mulheres, porém em estudos animais houveram alguns efeitos colaterais no feto. Entretanto, são da mesma maneira, medicações que se os benefícios forem superiores ao risco, podem ser feitas com acompanhamento médico. Cabe ao médico definir a relação de risco e benefício.
Categoria de risco D são aquelas que demostraram evidências de risco em fetos humanos. Só usar se o benefício justificar o alto risco, por exemplo em situação de risco de vida ou em caso de doenças graves para as quais não se possa utilizar drogas mais seguras.
Categoria de risco X são medicamentos com malformações fetais comprovadamente, não devem ser utilizadas de maneira alguma.
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A pílula do dia seguinte contem uma grande quantidade de hormônios e essa grande quantidade de hormônios podem levar a algumas alterações no corpo da mulher igual o que está acontecendo com você: Alteração na menstruação, vagina inchado seios sensíveis, náuseas. Pode haver outros motivos para isso acontecer, como uma infecção vaginal, porém no seu caso o mais provável é que seja decorrente da pílula mesmo.
A demora no retorno da menstruação é normal e esperado. Porém, o mais adequado é que procure um ginecologista.
As mulheres que fazem uso de anticoncepcionais, especialmente os injetáveis, levam em média, de 5 a 7 meses para retornar os ciclos, após a sua interrupção. A menstruação pode demorar até uma ano para acontecer, sem que represente um problema. Mas esse período pode se estender em até a um ano, sem que represente um problema.
O que fazer no caso de atraso menstrual?Depende do motivo desse atraso. Na grande maioria das vezes, é preciso apenas acompanhar com o seu médico de família ou ginecologista.
Caso não planeje uma gravidez nesse momento, procure um método contraceptivo, como os métodos de barreira (camisinha), visto que a qualquer momento pode voltar a ovular.
Quando essa ausência é devido a uma gravidez, deve iniciar o quanto antes o pré-natal, com os exames e recomendações adequadas. O posto de saúde poderá oferecer todas as orientações.
Na presença de outros problemas como exercícios físicos extenuantes, dietas, estresse ou ansiedade, o tratamento pode ser feito com psicologia e orientações profissionais especializadas.
Para doenças como ovário policístico, miomas, endometriose ou tumores, pode ser preciso cirurgia. Entretanto, para cada uma destas situações haverá uma orientação específica.
O médico responsável por esse diagnóstico e tratamento é o ginecologista.
Causas de ausência da menstruação 1. GravidezA gravidez é a primeira causa a ser descartada quando a menstruação atrasa. Se houve relação com contraceptivos, é preciso realizar um teste de gravidez antes de tomar qualquer medicação ou realização de exames.
2. Uso regular ou prolongado de anticoncepcionaisO uso regular de anticoncepcionais reduz a camada do endométrio, com isso impede a formação de sangue que descama, dando origem à menstruação.
Quanto mais tempo faz uso do remédio, mais tempo pode levar para retornar aos ciclos normais, embora seja muito específico e dependa de cada organismo.
3. MenopausaA menopausa, o término dos ciclos menstruais, costuma ocorrer nas mulheres a partir dos 50 anos de idade, entretanto, cada dia mais vemos casos de menopausa precoce, em mulheres com 40 anos ou pouco mais.
Sendo assim, na ausência da menstruação, o ginecologista deverá investigar os níveis de hormônios e possibilidades de um processo de menopausa.
4. Estresse e AnsiedadeOs fatores emocionais, como estresse exagerado, crises de ansiedade e depressão, também interferem nos hormônios e ciclo menstrual.
Se for o caso, é preciso que procure um psicólogo ou psiquiatra para avaliação e orientações.
5. Exercícios físicos exageradosA atividade física extenuante é uma outra causa de ausência da menstruação. Nesses casos, basta adaptar os exercícios aos limites do seu corpo, de preferência com um profissional da área - educador físico.
6. Dietas e rápida perda de pesoA dieta restritiva não é recomendada, porque uma das consequências é a falta de subtâncias essenciais para a formação dos hormônios. Por exemplo, a ausência de carboidratos na dieta.
Uma dieta deve ser orientada por um profissional, nutricionista ou nutrólogo, que saberá avaliar as necessidades e formas de ajustar a sua alimentação sem prejuízos.
Em outras situações como a síndrome do ovário policístico, miomas, endometriose ou produção anormal de determinados hormônios (testosterona, hormônio da tireoide, cortisona), o tratamento inclui medicamentos e por vezes cirurgia.
Portanto, para maiores esclarecimentos, converse com ginecologista ou com o seu médico de família.
Referência:
- Febrasgo - Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia
- UpToDate - Andrew M Kaunitz,, et al.; Depot medroxyprogesterone acetate (DMPA) for contraception: Formulations, patient selection and drug administration. Apr 10, 2020.