Não, o cálculo usado normalmente para saber o período fértil não serve para ciclo irregular. No entanto, é possível tentar calcular o período fértil em ciclos irregulares, apesar de não ser seguro, uma vez que o cálculo faz projeções para o futuro e os ciclos são muito incertos.
Para isso, durante pelo menos 6 meses você deve anotar quantos dias têm os seus ciclos menstruais (não se esqueça que o 1º dia de menstruação é sempre considerado o 1º dia do ciclo).
Depois de saber o tempo de duração dos últimos 6 ciclos, pegue o ciclo mais curto e subtraia 18 do número de dias para encontrar o 1º dia do período fértil. Depois, subtraia 11 do número de dias do ciclo mais longo para saber qual é o último dia do seu período fértil.
Por exemplo: Se o seu ciclo mais longo foi de 35 dias e o mais curto foi de 26, você deve subtrair 18 do ciclo mais curto (26 - 18 = 8) e subtrair 11 do ciclo mais longo (35 - 11 = 24). Nesse caso, o período fértil será do 8º ao 24º dia do ciclo.
Lembrando que quanto maior for a diferença de duração dos ciclos menstruais, mais longo é o período fértil e mais impreciso o cálculo. É impossível prever o dia exato da ovulação quando os ciclos são irregulares, pois a mulher pode ovular em dias diferentes de mês para mês.
Por isso é importante frisar que esse cálculo não é seguro para evitar uma gravidez. Consulte um médico ginecologista, clínico geral ou médico de família para receber indicações e orientações sobre o método contraceptivo mais adequado para você.
Possível é, mas as chances de gravidez neste caso são muito pequenas.
O atraso do anticoncepcional Diane 35® por mais de 12h compromete a eficácia da medicação, porém varia muito com a semana em que houve o esquecimento. No caso da segunda semana, como descrito, tomando o comprimido assim que lembrar e seguindo o restante da cartela conforme habitualmente, não há riscos de engravidar.
Desde que faça uso correto da medicação, sempre tomando um comprimido por dia, todos os dias, de preferência em um mesmo horário.
De qualquer forma, se houver atraso menstrual, ou alguma alteração, entre em contato com seu médico ginecologista antes de reiniciar nova cartela.
O que fazer quando atrasar um comprimido do Diane 35®?Segundo as recomendações do fabricante:
- Se o esquecimento for de mais de 1 comprimido, deve procurar o seu médico ginecologista.
- No caso do esquecimento de 1 comprimido por menos de 12h, basta tomar assim que se lembrar, e continuar os demais comprimidos conforme habitual, sem alterar a eficácia da medicação.
- Se o esquecimento ultrapassar as 12h, deverá se basear pela semana da cartela, conforme descrito abaixo:
- Na primeira semana ⇒ Tomar o comprimido assim que lembrar, e os demais da forma habitual; porém deve manter mais um método contraceptivo pelos próximos 7 dias;
- Na segunda semana ⇒ Tomar o comprimido assim que se lembrar, e os demais como habitual, sem riscos de gravidez;
- Na terceira semana ⇒ Tomar o comprimido assim que lembrar e os demais como habitual e não fazer a pausa de 7 dias, comece imediatamente a próxima cartela; OU Pare a cartela por 7 dias, contando com o dia esquecido, e comece nova cartela. (Ambas as opções, não há necessidade de método adicional).
Vale ressaltar que o esquecimento na primeira semana, com relação desprotegida na semana anterior, aumenta as chances de uma gravidez. Nesse caso, o mais recomendado é que entre em contato com seu médico ginecologista para definir a melhor conduta.
E no caso de não haver menstruação após a pausa de 7 dias, pode ser um sinal de gravidez, por isso, deve entrar em contato com seu médico antes de iniciar próxima cartela.
Leia também: Dúvidas sobre anticoncepcional
A presença de ovários multifoliculares não deixa a mulher mais ou menos fértil.
Cistos nos ovários é uma situação frequente na maioria das mulheres. Esses cistos surgem porque o folículo que se desenvolve dentro do ovário não cresce o suficiente para se transformar em óvulo, ser expulso do ovário e desencadear a ovulação. Dessa forma, os folículos vão se acumulando no ovário na forma de cisto.
A presença de cistos nos ovários pode ser uma condição benigna que não apresenta riscos para a mulher. Isso dependerá de como o cisto se apresenta, se há ruptura ou torção e se, em consequência disso, há algum sintoma preocupante como dores em baixo ventre, sangramento vaginal intenso, febre, etc.
Quando os ovários com policistos são associados a um conjunto de outros sinais e sintomas, a mulher pode manifestar a Síndrome dos Ovários Policísticos.
Mulheres com síndrome dos ovários policísticos pode apresentar certa dificuldade em engravidar.
Devido ao desequilíbrio hormonal, alguns ciclos menstruais não apresentam ovulação, o que pode levar um tempo maior para a mulher com síndrome dos ovários policísticos engravidar.
Em geral, após 12 meses consecutivos de tentativa de engravidar, a mulher juntamente com seu companheiro devem procurar uma consulta com médico/a de família, clínico/a geral ou ginecologista para uma avaliação da fertilidade do casal.
Outros fatores relativos à infertilidade são importantes de serem investigados no casal com dificuldade de engravidar.
O planejamento familiar e uma consulta pré concepção com o/a ginecologista, clínico/a geral ou médico/a de família podem facilitar a solução de dúvidas e reduzir a insegurança do casal.
Existem diversas causas para o atraso menstrual, mas se não houve contato físico, a relação foi com roupa, não há possibilidades de gravidez.
Vale lembrar, que ao iniciar atividade de vida sexual é importante conversar com médico de família, ginecologista (para as mulheres) ou urologista (para os homens), no intuito de esclarecer suas dúvidas, receber as orientações e cuidados adequados para uma prática saudável e sem riscos para ambas as partes.
Em toda a relação sexual, buscando prevenção de gravidez e também de doenças sexualmente transmissíveis, como o HIV, gonorreia, clamídia, entre outras, está indicado o uso de contraceptivos de barreira, como a camisinha.
O que pode estar atrasando a menstruação?Dentre as diversas causas que levam ao atraso da menstrual, além da gravidez, podemos citar:
- Síndrome do ovário policístico,
- Hipo ou hipertireoidismo,
- Uso de anticoncepcional,
- Mudança de peso em pouco tempo,
- Ansiedade, estresse,
- Menopausa,
- Uso de certos medicamentos, até
- Excesso de atividade física.
Para a ausência de menstruação damos o nome de amenorreia, saiba mais sobre esse tema no link: O que é amenorreia e quais as suas causas?
Outra situação que vemos com frequência, é o cálculo equivocado da data da menstruação esperada, principalmente nos casos de ciclos irregulares. Ou seja, quantos dias é considerado um atraso menstrual?
Na verdade, para ser considerado um atraso, a menstruação deve estar com pelo menos 15 dias de atraso. Os casos de atrasos de 7 a 10 dias são muito comuns e nem sempre indicam algum problema.
No entanto, mulheres com ciclos regulares, mais de 7 dias de atraso e com sintomas compatíveis de gravidez, como enjoo, maior sensibilidade nas mamas, sonolência, devem procurar atendimento médico na unidade de saúde básica, para avaliação e realização do teste de gravidez.
Não havendo sinais ou sintomas de gravidez, pode aguardar o tempo de 15 dias, fazer o teste de farmácia, ou procurar o ginecologista para avaliar outras causas.
Não deve ficar fazendo exames de sangue sem sentido, guarde seu sangue ele é muito precioso. Apenas um exame é necessário.
Se o exame deu negativo e sua menstruação não desceu ainda, deve ir ao médico clínico geral ou ginecologista.
A dor na virilha nas mulheres pode ter origem no aparelho reprodutor. As causas mais comuns são as cólicas no período próximo ao início da menstruação e a dor de ovulação.
Mas há alguns problemas nos ovários, tubas / trompas, útero e vagina que podem causar a dor na virilha. O mais comum é a doença inflamatória pélvica, causada por infecções não tratadas. Veja quais são os outros problemas ginecológicos que podem causá-la.
Problemas de ovários que podem causar dor na virilhaAlguns dos problemas que podem ser responsáveis pela dor são:
- Cistos de ovários
- Torções de ovário e tuba
- Endometriose
- Tumores de ovários
Nesses casos, a dor na virilha pode ser apenas em um dos lados.
A ruptura de um cisto (folículo) em um dos ovários é normal. Ela acontece quando você não toma pílula, por volta do meio do ciclo menstrual. Mas há alguns cistos formados devido a problemas nos ovários que podem romper e causar a dor na virilha. Eles podem ser causados devido a:
- Endometriose (formando um endometrioma nos ovários)
- Teratoma e cistoadenomas (são tumores benignos de ovário)
- Câncer
Nesses casos, pode haver sangramento vaginal, corrimento marrom ou rosado associado à dor na virilha. Pode ser necessário tomar analgésicos, mas alguns casos requerem cirurgia. Por isso, precisam ser acompanhados por um médico.
A endometriose acontece quando células e glândulas do útero se desenvolvem em outros lugares, causando inflamação. Ela pode causar cólica no período próximo à menstruação, dor durante as relações sexuais e infertilidade. Os sintomas podem ser suportáveis ou muito intensos.
A torção do ovário é uma causa que requer cuidados urgentes. Ela causa dor muito intensa na virilha e abdômen. É mais comum quando a mulher passa por algum tratamento para engravidar com estimulação exagerada da produção de óvulos.
A dor na virilha pode acontecer, ainda, com a ovulação. Ela surge no meio do ciclo menstrual (caso seu ciclo seja regular e de 28 dias). É leve e normalmente só de um dos lados da virilha. Dura pouco tempo e é normal.
Problemas das tubas / trompas que causam dor na virilhaA causa mais comum para a dor na virilha devido a um problema nas tubas é a gravidez ectópica. Isso acontece quando o embrião se fixa e se desenvolve no lugar errado. Pode levar ao rompimento da tuba quando ele se fixou lá.
A dor pode iniciar de 6 a 8 semanas depois da última menstruação. Ela é intensa e pode ser acompanhada de sangramento.
A ruptura da tuba é uma situação grave, que precisa de cuidados médicos urgentes.
Problemas do útero e vagina que podem causar dor na virilhaAlguns problemas do útero podem causar dor na virilha, cólicas e sangramento menstrual intenso. Miomas, adenomiomas e tumores são alguns exemplos.
As infecções ginecológicas também podem causar a dor na virilha. Alguns sintomas que podem estar associados, nesse caso, são corrimento e dor durante as relações sexuais.
Alterações na formação dos órgãos do sistema reprodutor também podem causar dor na virilha. É comum que, nesses casos, a dor apareça em algum momento durante o ciclo menstrual e comece na adolescência.
A alteração mais comum é o hímen sem perfuração, que causa o acúmulo da menstruação no útero, fazendo com que ele aumente e causando a dor. Outras alterações que podem causar dor na virilha são o útero com duas cavidades (útero septado ou bicorno) ou útero didelfo (são como dois úteros).
A dor na virilha também pode acontecer caso algo tenha sido introduzido na vagina e fique preso lá. Essa causa para a dor deve ser investigada em crianças, principalmente.
Os meses finais da gravidez também estão associados a dores na virilha. Isso acontece devido ao aumento do útero e do peso do bebê. A dor aumenta quando você senta ou abaixa e é normal. Se é o seu caso, pergunte ao seu médico quais são os exercícios que ajudam a diminuir esse desconforto.
Quando a dor na virilha nas mulheres não está associada a problemas ginecológicos?Como a região corresponde à articulação do quadril, ao pé da barriga e parte da coxa, há muitas causas para a dor na virilha. Outras causas possíveis são as que acometem ambos os sexos, como:
- Apendicite (a dor na virilha é só do lado direito)
- Distensão muscular
- Problemas da articulação do quadril
- Hérnias
- Ínguas e infecções
- Pedras nos rins
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Referências:
UpToDate. Ectopic pregnancy: Clinical manifestations and diagnosis
UpToDate. Congenital uterine anomalies: Clinical manifestations and diagnosis
UpToDate. Evaluation of acute pelvic pain in the adolescent female
É recomendado esperar pelo menos 8 dias de atraso menstrual para fazer o teste de farmácia. Isso porque só depois de 8 dias após a concepção os níveis do hormônio beta-hCG estão altos o suficiente para serem detectados nesse tipo de teste de gravidez.
O beta-hCG só é produzido pela mulher apenas durante a gravidez, por isso, quando o teste dá positivo é bem provável que a mulher esteja grávida. Porém, com um atraso menstrual pequeno, quando o teste dá resultado negativo, não necessariamente a mulher não está grávida. Isso pode ser devido ao fato de não ter elevado os níveis do hormônio beta-hCG ao ponto suficiente de ser detectado na urina. Por isso, nesses casos, é indicada a repetição do teste.
O hormônio beta-hCG pode ser detectado no sangue ou na urina da mulher após a implantação do ovo (a união do espermatozoide com o óvulo) no útero. Essa implantação geralmente ocorre 7 dias após a fecundação. Por isso, nas primeiras semanas de gestação, ainda não há quantidade suficiente desse hormônio na circulação da mulher capaz de dar positivo o exame. Sendo assim, ela pode estar grávida e o exame beta-hCG ser negativo.
Quando há dúvidas quanto a uma possível gravidez, a mulher pode repetir o exame em alguns dias, aguardando um atraso menstrual maior e dando tempo do hormônio ser detectado no sangue ou na urina.
Em caso de atraso menstrual prolongado e teste beta-hCG negativo, a mulher deve procurar o/a médico/a para uma avaliação.
Pode emendar sim, não há problema e nenhum risco associado ao tomar duas ou mais cartelas seguidas, sem fazer a pausa entre uma cartela e outra. O único efeito esperado é a ausência do sangramento que ocorre na pausa da pílula. Também é comum entre mulheres que emendam o anticoncepcional ocorrer sangramento de escape, no entanto, esse sangramento não representa nenhum risco.
Converse sempre com seu médico de família ou ginecologista caso deseje fazer mudanças no modo de uso do anticoncepcional.
Ficar sem menstruar faz mal?Não faz mal ficar sem menstruar, o sangue não fica acumulado na mulher e não vai para nenhuma outra parte do organismo, isto porque a mulher que faz uso de anticoncepcional hormonal já não menstrua de verdade, o sangramento que ela apresenta não é propriamente a menstruação, mas sim um sangramento decorrente da privação dos hormônios da pílula.
Até o momento não foi encontrada nenhuma associação entre o uso contínuo da pílula contraceptivo e aumento do risco de doenças graves ou complicações, para além dos riscos inerentes ao uso da própria pílula, como o aumento do risco de eventos tromboembólicos.
Interfere na Fertilidade?Ficar sem menstruar devido ao uso de anticoncepcional contínuo também não interfere na fertilidade, ou seja, quando a mulher deixar de tomar o anticoncepcional e voltar a menstruar normalmente ela também voltará a ovular e poderá engravidar, mesmo que tenha tomado anticoncepcional continuamente por longos períodos.
Sangramento de escapeUm dos poucos problemas relatados pelas mulheres que fazem uso contínuo da pilula por longos períodos é a presença de sangramento de escape, que pode tornar-se incomodo. Geralmente, esse sangramento é mais frequente nos primeiros meses e tende a melhor com o decorrer do tempo.
Para mais esclarecimentos converse com o seu médico.