Dor em pontada no olho pode ser sinal de várias doenças ou condições que afetam os olhos. Algumas delas: queimadura, conjuntivite, inflamação das pálpebras, vista cansada, problemas com as lentes de contato, infecção, irritação ou lesão ocular, inchaço, cirurgias oculares, neuropatia, olhos secos, glaucoma, enxaqueca, sinusite, dor de cabeça, gripe e infecções virais.
Uma sensação de cansaço ou de desconforto nos olhos (fadiga ocular) pode ser causada por prescrição incorreta de óculos ou lentes de contato. Às vezes, podem ser devidos a problemas com os músculos oculares.
Para ajudar a encontrar a origem da dor em pontada no olho, é importante avaliar as características da dor e a forma como se manifestam os sintomas. Por exemplo:
- Se a dor ocorre nos dois olhos ou ainda ao redor dos olhos;
- Se a pessoa sente que há algo de errado com os olhos no momento da dor;
- Se a dor é latejante, em pontada ou queimação;
- Se a dor começou de repente;
- Se a dor piora quando os olhos se movem;
- Se há sensibilidade à luz;
- Se existem ainda outros sinais e sintomas.
Para diagnosticar a origem da dor no olho, podem ser realizados alguns exames, como teste de fluorescência, avaliação da pressão ocular e resposta da pupila à luz.
O que fazer em caso de dor no olho?Muitas vezes, descansar o olho ajuda a aliviar a dor. No caso das lentes de contato, o/a paciente pode suspender o uso por uns dias, até sentir melhora da dor no olho.
Se a dor tiver origem na superfície do olho e for provocada pela presença de um corpo estranho, podem ser indicados colírios anestésicos.
É importante lembrar que a dor é um mecanismo do corpo para nos avisar de que alguma coisa está errada. Se a dor for intensa, não desaparecer em 2 dias ou causar perda de visão, deve-se procurar atendimento médico com urgência.
Também deve-se procurar atendimento médico se a pessoa tiver doenças crônicas, como artrite ou doenças auto-imunes, ou se a dor nos olhos vier acompanhada de vermelhidão, inchaço, secreção ou pressão nos olhos.
Como são muitas as causas de dor em pontada nos olhos e algumas delas podem prejudicar gravemente a visão, o melhor e mais indicado a fazer é procurar um/a médico/a oftalmologista. Só ele/ela poderá diagnosticar a raiz do problema e tratá-la ou encaminhar para outro/a especialista, se for o caso.
Não, menstruação na gravidez não é possível.
Se a mulher estiver grávida, seu organismo interrompe o ciclo menstrual, pois a camada interna do útero que descama na menstruação, deverá receber e nutrir o embrião durante toda a gestação. Apenas quando não ocorre a fecundação, a menstruação acontece.
O que pode acontecer durante uma gravidez, é um episódio de sangramento no início, que marca a implantação do embrião na parede do útero, embora não seja frequente. Entretanto o sangramento é bem menor do que ocorre em uma menstruação, e a coloração diferente.
Casos de sangramento abundante, vermelho vivo, ou associado a cólicas em mulheres sabidamente grávidas, devem ser comunicados imediatamente ao/a médico/a assistente para avaliação.
Mulheres que suspeitam de gravidez e apresentam sangramento, devem realizar o teste de gravidez para esta confirmação e início de acompanhamento adequado. A ausência de menstruação é um dos primeiros sinais de gravidez. O atraso nesses casos deve ser de pelo menos 7 dias.
O/A médico/a da família, clínico/a geral ou ginecologista, poderão auxiliar e orientar da melhor forma nesses casos.
Saiba mais em:
O câncer de língua pode se manifestar sob a forma de aftas ou feridas dolorosas que não cicatrizam, aumentam de tamanho e não melhoram com os tratamentos. As lesões costumam sangrar e têm as bordas rígidas. Os sinais e sintomas também podem incluir a presença de manchas vermelhas ou esbranquiçadas que normalmente não causam dor.
Pessoas com câncer de língua também podem sentir dormência no local e apresentar inchaço ou caroços na língua.
A presença de caroços ou nódulos no pescoço também é comum. Nesse caso, trata-se do aumento de tamanho dos gânglios linfáticos, também chamados de linfonodos. Esses pequenos órgãos de defesa participam do sistema imune do corpo e podem aumentar de tamanho em caso de inflamações, infecções e câncer.
Veja também: Linfonodos aumentados pode ser câncer?
Os principais fatores de risco para o desenvolvimento de câncer na língua ou em qualquer parte da boca (lábios, gengivas, garganta) são o consumo frequente e excessivo de cigarro e bebidas alcoólicas.
Pessoas infectadas pelo vírus HPV ou que machucam constantemente a língua, geralmente com próteses dentárias mal ajustadas, também têm mais chances de desenvolver câncer de língua. A má higiene bucal também contribui para o aparecimento do tumor.
O câncer de língua tem cura, mas é importante detectá-lo precocemente e começar o tratamento nas fases iniciais do tumor.
A presença desses sintomas na língua ou em qualquer porção da cavidade oral deve ser avaliada pelo/a dentista especialista em estomatologia.
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Os principais sintomas do herpes genital são vermelhidão, dor em ferroada, coceira e bolhas na região genital. Em alguns casos, pode haver febre, dor muscular, dor de cabeça e mal-estar, embora esses sintomas sejam muito menos comuns.
Na fase inicial, o herpes genital se manifesta sob a forma de manchas vermelhas, que depois evoluem para pequenas bolhas dolorosas cheias de líquido, que surgem em grupos, principalmente na vulva (parte externa da vagina), interior da vagina, pênis e ânus.
Antes do aparecimento das bolhas, a pessoa pode sentir outros sintomas nesses locais, como ardência, formigamento e coceira. Também podem surgir nódulos dolorosos nas virilhas ou próximos das lesões, que são os gânglios linfáticos inflamados devido à infecção.
Contudo, nem todas as pessoas infectadas pelo vírus manifestam sinais da doença. Há indivíduos que nunca manifestam sintomas, outros só manifestam uma vez ao longo da vida, enquanto outros apresentam quadros frequentes.
Quando aparecem os primeiros sintomas do herpes genital?O período de incubação do vírus do herpes genital varia entre 4 e 15 dias após a infecção, que ocorre através de relação sexual com pessoas infectadas. Após esse período, surgem os primeiros sintomas. Em geral, o primeiro surto da doença é mais agressivo, prolongado, generalizado e doloroso que os demais, podendo haver febre e mal-estar nesses casos.
Qual o tempo de duração dos sintomas do herpes genital?Os sintomas do herpes genital geralmente permanecem durante 5 a 10 dias. Um sinal característico da doença é o desaparecimento e reaparecimento dos sintomas após algum tempo, geralmente no mesmo local.
O que é o herpes genital?O herpes genital é uma infecção causada, principalmente, pelo vírus Herpes simplex tipo 2, que se transmite por contato direto com a lesão de uma pessoa infectada. O vírus então se aloja nos nervos do indivíduo e se manifesta por meio dos sintomas descritos, que podem aparecer em diferentes locais como a vulva e vagina, pênis, ânus ou boca.
O herpes genital feminino e masculino provoca lesões na pele e nas mucosas das regiões dos órgãos genitais e do ânus, podendo causar ainda corrimento, dificuldade para urinar e dor ao andar, dependendo da localização.
Nos homens, as lesões podem se manifestar em qualquer parte do pênis, inclusive no prepúcio (pele que recobre a glande), podendo ainda causar impotência.
Uma vez que causa coceira, as bolhas podem se romper ao coçar, podendo provocar a formação de pequenas feridas que formam casquinhas quando cicatrizam, na maioria das vezes espontaneamente. No entanto, o vírus do herpes genital migra através dos nervos e fica alojado num gânglio nervoso, onde permanece inativo até voltar a se manifestar.
As chances de transmissão são muito maiores nos períodos de manifestação dos sintomas, embora o vírus também possa ser transmitido na ausência de lesões.
Quais as possíveis complicações do herpes genital?Normalmente, os sintomas do herpes genital limitam-se aos locais das lesões, que normalmente regridem e cicatrizam espontaneamente, mesmo sem tratamento.
Porém, há casos em que podem ocorrer graves complicações, como quando o vírus atinge o cérebro, causando encefalite herpética. Esse tipo de complicação tende a acontecer em pessoas com o sistema imunológico debilitado, como pacientes com HIV/AIDS, câncer e outras doenças graves.
As lesões em pessoas imunodeprimidas podem ser graves e espalhar-se para outras partes do corpo, como articulações, ou ainda a órgãos como fígado e pulmões. O herpes genital nesses casos pode levar semanas para desaparecer ou ficar resistente ao tratamento.
Quando atinge as meninges, que são membranas que recobrem o cérebro, provoca meningite, podendo causar vômitos, dor de cabeça e rigidez na nuca. Se o vírus do herpes genital infectar a medula espinhal, pode levar à perda de força, movimentos ou causar outros tipos de debilidades nos membros inferiores.
Contudo, é importante lembrar que essas complicações são raras e tendem a acontecer apenas em situações específicas.
Há ainda um risco maior de contrair outras infecções sexualmente transmissíveis, como HIV, já que o herpes genital provoca pequenas lesões no local da infecção, o que aumenta as chances de penetração de vírus e bactérias no organismo.
Herpes genital na gravidez é grave?Se a mulher estiver com lesões de herpes genital no momento do parto, pode transmitir o vírus ao bebê. A infecção do herpes genital pelo recém-nascido pode levar ao desenvolvimento de sequelas neurológicas extremamente graves ou até mesmo à morte da criança, uma vez que o seu sistema imunológico ainda é bastante frágil.
As mulheres são as mais afetadas pelo herpes genital, uma vez que o vírus é mais facilmente transmitido do sexo masculino para o feminino, do que da mulher para o homem.
É fundamental procurar o/a médico/a o mais rápido possível, para abreviar a duração dos sintomas e evitar a transmissão para outras pessoas, já que as vesículas (pequenas bolhas com líquido dentro) são altamente contaminantes.
Em gestantes, o tratamento deve ser feito com urgência, uma vez que a doença pode passar para o bebê e, nesse caso, pode levar a sequelas relacionadas com o desenvolvimento do cérebro.
Saiba mais em: Herpes na gravidez é perigoso? Como tratar?
Falta de ar constante pode ser sinal de ansiedade, doenças cardíacas ou doenças pulmonares. Pode ainda ser apenas falta de condicionamento físico e fraqueza muscular. A falta de ar caracteriza-se por dificuldade ou desconforto respiratório, criando a sensação de que a pessoa não consegue inalar a quantidade suficiente de ar.
A falta de ar decorrente de problemas cardíacos ocorre quando o coração não consegue bombear o sangue adequadamente para todo corpo, como por exemplo na insuficiência cardíaca. Nesses casos, o sangue não sai completamente do coração, que fica "inchado", provocando um extravasamento de líquido para o pulmão. A falta de ar também pode ser um sintoma de hipertensão arterial (pressão alta), embora não seja muito comum.
Doenças que afetam os pulmões ou as vias respiratórias, como gripe, resfriado, bronquite, enfisema pulmonar e asma dificultam a respiração e podem gerar a sensação de falta de ar.
A falta de condicionamento físico ou a fraqueza muscular também provocam falta de ar, já que a pessoa precisa fazer um esforço maior que o normal para realizar as tarefas.
Ansiedade, angústia (sensação de peso no peito) e síndrome do pânico estão entre as causas psíquicas de falta de ar.
Leia também: Crises de falta de ar e formigamento no corpo. O que pode ser?
É importante ter atenção a alguns sinais que podem acompanhar a falta de ar, pois podem indicar problemas mais graves. Os sinais de alerta incluem: dificuldade para falar, respiração ofegante, esforço no pescoço ou no tórax para conseguir inspirar, interrupção do sono durante a noite, cansaço ao realizar tarefas do dia-a-dia, lábios roxos, tosse, chiado ou dor no peito.
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Na presença desses sinais, a pessoa deve procurar um médico clínico geral ou médico de família para uma investigação mais apurada da causa da falta de ar.
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Coceira na garganta é um sinal de irritação na garganta, que também pode causar tosse seca e dor. As causas mais comuns são:
- Gripes
- Resfriados
- Alergias
- Tabagismo
- Faringite
- Amigdalite, entre outras.
Comer alimentos gordurosos ou condimentados e até sobrecarregar demais a laringe, como falar por muito tempo, também podem deixar a garganta coçando.
Amigdalite Gripes e resfriadosOs quadros de gripes e resfriados geralmente cursam com dor de garganta, dores de cabeça e inapetência. Outros sintomas como coriza, mal-estar e febre também podem ocorrer. A melhor maneira de amenizar esses sintomas é ingerir bastante água e buscar se alimentar de forma saudável.
Cigarro e bebidas alcoólicasO cigarro e o consumo de bebidas alcoólicas também são muito nocivos à saúde da garganta. A fumaça é um fator irritante, enquanto o álcool absorve a umidade dos tecidos, deixando a garganta seca e causando coceira.
Faringite e amigdaliteQuando a coceira na garganta vem acompanhada por dor e ou febre, pode ser sintoma de faringite ou amigdalite.
A faringite é uma inflamação da faringe que provoca dor para falar e engolir. Já a amigdalite é uma inflamação ou infecção das amígdalas que provoca dor intensa, dificuldade para engolir, febre, mal-estar geral, vermelhidão e inchaço na garganta (amigdalite viral), além de formação de placas purulentas na garganta (amigdalite bacteriana).
RiniteA rinite é uma inflamação alérgica da mucosa do nariz. Pode causar coceira na garganta, céu da boca, olhos e nariz, congestão e obstrução nasal, coriza, espirros, lacrimejamento, tosse, entre outros sintomas.
Ar condicionadoO ar condicionado também pode estar associado a quadros de coceira na garganta, pois retira a umidade do ar, deixando-o mais seco. Como consequência, a garganta também se torna mais ressecada e acaba por causar esse sintoma de coceira local.
Como aliviar a coceira e a irritação na garganta?Uma forma de aliviar a coceira e a irritação na garganta é manter uma boa hidratação, já que a garganta seca provoca esses sintomas. Além disso, é bom evitar comer alimentos muito apimentados, gordurosos ou gelados.
Aumente a ingestão de líquidosA coceira e a irritação na garganta têm como uma das principais causas a desidratação. A falta de água diminui a quantidade de muco, que serve para lubrificar a garganta, deixando-a seca, dolorida e irritada. Para ajudar a aliviar o incômodo, recomenda-se beber de 1,5 a 2 litros de água por dia.
Chupe pastilhas para dor de gargantaAs pastilhas para dor de garganta aumentam a produção de saliva, ajudando a lubrificar a garganta e aliviando a coceira, a irritação e a dor. Evite pastilhas com medicamentos, a não ser que sejam prescritas por um médico.
Até mesmo balas refrescantes, como as de menta ou hortelã, ajudam a aliviar o desconforto, pois também estimulam a produção de saliva e a sensação fria que causam auxilia no auxílio da dor.
Tome mel ou própolisO própolis é um antibiótico natural, combate vírus e bactérias e ajuda a regenerar tecidos. Algumas gotas de própolis por dia podem ser úteis para aliviar a coceira e a irritação na garganta. O mel também é indicado, devido ao seu efeito lubrificante.
Previna o refluxoO refluxo do ácido estomacal para a garganta causa uma irritação constante da mucosa. Para evitar o problema, recomenda-se evitar alimentos e bebidas que contribuem para o refluxo ou irritam a mucosa da garganta, tais como: frutas cítricas (abacaxi, laranja, kiwi), tomate, pimenta e temperos picantes em geral, gorduras, chocolate, bebidas com gás, bebidas alcoólicas e cafeína. Também deve-se evitar nas duas horas antes de ir dormir, para evitar o refluxo durante a noite.
Proteja as cordas vocaisO esforço para falar também pode deixar a garganta irritada ou coçando. Quando a voz começa a ficar rouca, é um sinal de cansaço das cordas vocais ou desidratação da garganta. Por isso, nesses casos procure beber mais água e repousar a garganta.
Se a coceira e a irritação na garganta persistir, consulte o/a médico/a de família ou otorrinolaringologista para detectar a causa e receber um tratamento adequado.
Leia também: Diferenças entre Amigdalite, Faringite e Laringite
Trombofilia é uma predisposição para desenvolver trombose, causada por defeitos na coagulação do sangue que favorecem a formação de coágulos (trombos).
A trombofilia pode ser hereditária ou adquirida. A trombofilia hereditária tem causas genéticas, enquanto que a adquirida é uma consequência de outras condições clínicas como:
- Doenças (câncer, síndrome anticorpo antifosfolípide);
- Imobilização prolongada;
- Uso de medicamentos (terapia de reposição hormonal, anticoncepcional oral, heparina);
- Gravidez;
- Puerpério (período de 45 dias após o parto);
- Obesidade.
A principal apresentação da trombofilia é através da trombose venosa profunda, que ocorre principalmente nos membros inferiores e provoca os seguintes sinais e sintomas:
- Inchaço, geralmente em apenas uma perna;
- Dor na perna ao caminhar, ficar em pé ou em repouso;
- Aumento da temperatura no local;
- Dilatação das veias superficiais;
- Pele azulada ou pálida na área que está inchada e dolorida;
- Dor e endurecimento no trajeto da veia suspeita de ter o coágulo.
A trombofilia pode provocar:
- Trombose venosa profunda e superficial;
- Acidente vascular cerebral;
- Embolia pulmonar, que pode ser fatal;
- Complicações na gravidez (retardo do crescimento fetal, abortamento, perda do bebê, início precoce de pré-eclâmpsia - aumento da pressão arterial com complicações na gestação, descolamento prematuro da placenta).
Veja também: Quais os riscos da trombofilia na gravidez?
Qual é o tratamento para trombofilia?O tratamento da trombofilia é feito com medicamentos anticoagulantes, que "afinam o sangue", de maneira a evitar a coagulação sanguínea e, consequentemente, prevenir a formação de trombos.
Os medicamentos mais utilizados são a heparina (via intravenosa), heparina de baixo peso molecular (injeções abaixo da pele) e warfarina (via oral).
No caso da trombofilia adquirida, o tratamento deve ser individualizado, e incidir sobre a causa do problema.
Durante o tratamento são realizados exames de sangue seriados para avaliar se os anticoagulantes estão atingindo o efeito desejado.
O diagnóstico e o tratamento da trombofilia são da responsabilidade do médico clinico geral, médico da família, angiologista ou hematologista.
Dor no umbigo pode ser sinal de apendicite, prisão de ventre, hérnia e de outras doenças e condições como a gravidez. Normalmente está relacionada a processos inflamatórios e infecciosos.
Quando a dor é leve e temporária pode indicar um mal-estar passageiro. Entretanto, se a dor for intensa e frequente pode trazer sérias complicações. Por este motivo, é importante que você não se automedique e procure um médico para avaliação da dor.
1. ApendiciteA apendicite consiste na infecção e inflamação do apêndice. Costuma se manifestar através de uma dor abdominal que pode ter início ao redor do umbigo e depois passar para a região inferior direita do abdômen. Inicialmente a dor é leve e se torna intensa com o passar das horas.
Algumas pessoas podem apresentar somente dor abdominal, entretanto outras podem apresentar dor juntamente com os seguintes sintomas:
- Náuseas e vômitos: estes sintomas podem ocorrer juntos ou pessoa pode apresentar apenas um deles. Ocorre porque o processo inflamatório e infeccioso do apêndice provoca redução dos movimentos peristálticos (movimentos involuntários de contração do sistema digestivo que possibilitam a deglutição);
- Perda de apetite: a infecção do apêndice produz alterações gastrointestinais que levam à perda de apetite;
- Febre: ocorre devido à tentativa do organismo de preservar a sua integridade perante o quadro de infecção e inflamação do apêndice;
- Gases intestinais: acontecem pela perda dos movimentos intestinais;
- Má digestão: é um sintoma que ocorre em consequência da diminuição dos movimentos peristálticos;
- Diarreia ou prisão de ventre: estes dois sintomas ocorrem pelo comprometimento do funcionamento do sistema digestivo em função da infecção do apêndice;
- Mal-estar geral: acontece nos processos infecciosos como consequência da febre e do comprometimento do sistema gastrointestinal.
Neste caso, você deve buscar o mais rapidamente possível um serviço de emergência para avaliação dos sintomas e indicação do tratamento adequado que consiste em com cirurgia e uso de antibióticos. Pode ser necessário efetuar ultrassonografia abdominal ou tomografia de abdome.
Quando a cirurgia é feita precocemente a recuperação é tranquila e os riscos de complicações são menores. A demora para iniciar o tratamento adequado pode trazer sérios riscos à saúde, por este motivo não protele a ida à emergência
Ruptura do apêndiceNos casos em que a apendicite permanece sem tratamento, o apêndice pode sofrer ruptura e trazer consequências graves à saúde, inclusive com risco de morte. Um apêndice infectado pode apresentar ruptura em menos de 36 horas após o surgimento dos sintomas.
A inflamação e a infecção podem se espalhar pelo abdome ou as bactérias podem migrar para corrente sanguínea e provocar a infecção generalizada.
A ruptura de apêndice é tratada com uso de antibiótico e várias cirurgias podem ser necessárias. Por este motivo é importante buscar rapidamente um serviço de emergência quando os sintomas de apendicite, especialmente a dor em volta do umbigo ou na região inferior direita do abdome, se iniciam.
2. Prisão de ventreA prisão de ventre está entre as causas mais comuns de dor no umbigo. Nestes casos, a dor se manifesta em volta do umbigo, é intermitente (dor que vai e volta) e pode ser intensa.
O acúmulo de fezes ou gases distende o intestino, que pode pressionar algum nervo que passa pela região do umbigo, causando dor.
O que devo fazer?O uso de medicamentos laxantes é indicado tratamento da prisão de ventre e somente devem ser administrados após avaliação e orientação médica.
Para evitar que a prisão de ventre ocorre é necessário adotar uma alimentação rica em fibras e ingerir em torno de 2 litros de água por dia.
Uma vez que a dor no umbigo pode ter diversas causas, sendo algumas delas graves, é importante procurar um médico clínico geral ou médico de família para uma avaliação se a dor continuar ou vier acompanhada de outros sinais e sintomas.
3. Hérnia umbilicalA hérnia é o extravasamento de uma parte de um órgão (geralmente o intestino) através de uma região mais enfraquecida da parede abdominal ou do tecido gorduroso do abdômen. Isso pode ocorrer na região do umbigo (hérnia umbilical), causando dor.
A dor provocada pela hérnia umbilical é localizada na região do umbigo e pode ser persistente e se tornar bastante intensa. Geralmente se agrava ao tossir, se curvar para frente, carregar peso ou fazer exercícios. Em alguns casos, a dor no umbigo pode surgir ao urinar.
O que devo fazer?É preciso se dirigir ao hospital para avaliação por um cirurgião geral. Há casos nos quais a hérnia regride sozinha e há casos que é necessário tratamento cirúrgico, porém mesmo em casos de regressão espontânea da hérnia é necessária a avaliação cirúrgica.
4. GravidezA dor ou desconforto no umbigo pode ocorrer em qualquer período da gestação e se torna mais intensa nos seus últimos meses.
É causada pela distensão de um ligamento do abdômen. O estiramento é decorrente do crescimento do útero e chega a separar em dois o músculo reto abdominal, podendo levar ao desenvolvimento de hérnia umbilical. Esse enfraquecimento da parede abdominal pode causar dor na região do umbigo.
O que devo fazer?Se a dor for leve ou suportável, orienta-se observar, pois a tendência é que ela desapareça sem que sejam necessárias intervenções. Caso a dor se torne mais forte, é possível fazer uso de medicamentos analgésicos somente sob orientação médica.
Outros sintomas como inchaço, vermelhidão, secreção no umbigo ou dor muito intensa podem indicar infecção e precisam da avaliação médica o quanto antes.
5. Endometriose umbilicalA endometriose umbilical provoca dor e sangramento no umbigo. A dor ocorre durante a menstruação e por este motivo é chamada de dor cíclica.
Isso ocorre devido à presença de tecido da parede interna do útero (endométrio) na região do umbigo, o que causa dor e sangramento durante a menstruação. Além disso, pode-se observar a presença de um nódulo azulado ou acastanhado no umbigo.
O que devo fazer?Nestes casos, é preciso efetuar avaliação médica, pois o tratamento é efetuado por meio de cirurgia.
6. GastroenteriteA gastroenterite é a inflamação do revestimento do estômago e dos intestinos. É caracterizada por dor em volta do umbigo, normalmente em cólicas, que se espalha pela região abdominal e diarreia.
Além da dor e da diarreia, pode ocorrer:
- Perda de apetite;
- Náuseas;
- Vômitos;
- Febre (duração média de 3 a 7 dias);
- Mal-estar;
- Dor muscular;
- Prostração (sensação de fraqueza e cansaço).
O tratamento da gastroenterite depende da sua causa. É importante fazer repouso, hidratar-se e ingerir alimentos leves. Antidiarreicos e antibióticos podem ser utilizados no tratamento.
A hidratação deve ser efetuada por meio da ingestão de bastante água, água de coco ou soro caseiro. Evite café, refrigerantes, sucos industrializados e bebidas alcoólicas.
A alimentação deve incluir pequenas quantidades de alimentos de fácil digestão como arroz, macarrão, sopa de frango, hortaliças e frutas sem casca. Maçã, banana e goiaba são as mais indicadas. Leite e derivados, frituras e alimentos gordurosos devem ser evitados.
Medicamentos antidiarreicos e/ou antibióticos devem sem administrados conforme orientação médica.
7. PancreatiteA pancreatite consiste na inflamação do pâncreas e, geralmente, ocorre devido a presença de cálculos biliares ou ao consumo excessivo de álcool.
É caracterizada por uma dor súbita, intensa e persistente na região acima do umbigo e que pode irradiar para as costas. Quando provocada pelo consumo excessivo de álcool a dor se desenvolve ao longo de alguns dias.
A tosse, respiração profunda e movimentos súbitos podem acentuar a dor. A posição sentada pode reduzi-la. É comum que a dor venha acompanhada de náuseas e vômitos.
O que devo fazer?O melhor a fazer é dirigir-se à um pronto-socorro. Estes casos exigem avaliação médica para definir o melhor tratamento que pode ser feito com hidratação na veia, restrição alimentar e medicamentos (analgésicos e/ou antibióticos).
Nas situações mais graves e em pessoas que apresentam complicações, como perfuração, pode ser indicado tratamento cirúrgico.
8. Doenças intestinais inflamatóriasNas doenças intestinais inflamatórias ocorre a inflamação do intestino que se caracteriza principalmente por dor abdominal e diarreia recorrentes. Os dois principais tipos de doenças intestinais inflamatórias são a doença de Crohn e a colite ulcerativa.
De forma geral, a doença de Crohn pode afetar qualquer parte do sistema digestivo, enquanto a colite ulcerativa acomete quase sempre apenas o intestino grosso.
A dor de intensidade variada, nestas duas doenças, ocorre com maior frequência na região inferior do umbigo e pode vir acompanhada de diarreia. Por vezes, a diarreia pode conter sangue.
O que devo fazer?O controle do estresse e uma alimentação equilibrada são importantes para melhorar os sintomas destas doenças. O tratamento adequado das doenças intestinais inflamatórias inclui o uso de medicamentos e, às vezes, cirurgia.
9. Síndrome do intestino irritávelA síndrome do intestino irritável é caracterizada por desconforto ou dor abdominal recorrente que diminui após as evacuações. O hábito intestinal pode alternar entre diarreia e prisão de ventre.
A dor é predominante na região abaixo do umbigo, mas pode se espalhar por toda a região abdominal e se apresenta constante ou em cólicas.
O que devo fazer?É importante estabelecer uma alimentação equilibrada e evitar alimentos que produzem gases ou provoquem diarreia. Nos casos de prisão de ventre, se recomenda dieta rica em fibras.
Uma avaliação médica é necessária para que o tratamento medicamentoso seja adequado aos sintomas.
10. DiverticuliteDiverticulite é a inflamação e/ou infecção de um ou mais divertículos (bolsas em formato de balão que se formam no intestino grosso).
A dor é localizada na região inferior do umbigo do lado esquerdo e é associada à febre e sensibilidade da região abdominal.
O que devo fazer?A avaliação médica é imprescindível para um diagnóstico seguro. Pessoas com sintomas leves de diverticulite são tratadas com repouso, dieta líquida e às vezes, com o uso de antibióticos.
Àquelas que apresentam sintomas severos precisam de hospitalização para administração de antibióticos na veia. Nestes casos, existe a possibilidade de realização de procedimento cirúrgico.
11. ColecistiteA colecistite é uma inflamação da vesícula biliar que ocorre, normalmente, pela obstrução de um duto biliar. Pode ser aguda ou crônica.
A colecistite aguda tem início súbito com dor grave na região acima do umbigo que se espalha por todo o abdome superior e dura mais do que 6 horas. Na colecistite crônica ocorrem crises de dor que acontecem quando o duto é bloqueado temporariamente.
O que devo fazer?Você deve buscar um hospital, pois o tratamento da colecistite é cirúrgico e consiste na retirada da vesícula biliar.
12. Isquemia intestinalA isquemia intestinal (isquemia mesentérica aguda) é um bloqueio súbito da circulação sanguínea para uma determinada parte do intestino. Esta interrupção do fluxo de sangue pode provocar morte do tecido intestinal (gangrena) e perfuração.
A dor abdominal grave nos casos de isquemia intestinal surge abruptamente e se torna mais grave quando ocorre a necrose da parte do intestino que não recebe o fluxo sanguíneo.
O que devo fazer?É urgente buscar atendimento em emergência hospitalar, pois o tratamento deve ser imediato e feito através de angiografia ou cirurgia.
13. Inflamação do umbigoA inflamação local no umbigo (cicatriz umbilical) pode ter como causa a colocação de um piercing, presença de corpo estranho, endometriose umbilical, foliculite (inflamação do folículo capilar) ou ainda devido à persistência do úraco, estrutura embrionária que liga o umbigo à bexiga.
O que devo fazer?Você pode higienizar o umbigo com água e sabão neutro ou mesmo soro fisiológico. Procure um médico para adequada avaliação. O uso de anti-inflamatórios ou antibióticos pode ser indicado.
Outras condições de saúde que podem provocar dor no umbigoA dor no umbigo pode indicar problemas em diversos locais da região abdominal, pois há nela uma variedade grande de órgãos: estômago, fígado, vesícula biliar, pâncreas, baço, rins, vias urinárias (ureteres) intestino delgado e grosso, útero, ovários, tubas uterinas.
- Infecção de bexiga;
- Úlcera gástrica;
- Infecção gástrica.
Busque urgentemente atendimento médico se a dor no umbigo estiver associada a:
- Dor intensa que o impede de ficar de pé normalmente. Você só encontra conforto ao curvar-se;
- Inchaço abdominal;
- Febre;
- Pele amarelada;
- Vômito com sangue ou persistente;
- Dor ao urinar, micção frequente ou urgente;
- Sangue nas fezes;
- Dor ou pressão no peito;
- Acidente, lesão ou trauma.
A dor no umbigo desaparece quando a sua causa específica é tratada. Algumas doenças que provocam dor no umbigo são graves, exigem intervenções rápidas e podem trazer complicações sérias à sua saúde.
Em caso de dor no umbigo ou dor abdominal persistente procure um médico ou busque diretamente o serviço de emergência. Não use analgésicos ou antibióticos sem orientação médica.
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Referências
FBG. Federação Brasileira de Gastroenterologia.