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Qual o tempo de recuperação da cirurgia de hernia de disco?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O tempo de recuperação da cirurgia de hérnia de disco lombar ou cervical depende da experiência de cada equipe, do tipo de técnica utilizada e da altura em que estava localizada a hérnia, ou hérnias, mas em média varia entre uma e seis semanas. Normalmente o paciente não precisa ficar internado e sai do hospital no mesmo dia da cirurgia ou em 24 h. Depois, é preciso ficar uma semana de repouso em casa. Se o trabalho não exigir esforço físico, dependendo de cada caso, pode ser permitido retomar a atividade após esse período.

Em geral, a cirurgia de hérnia de disco permite que o paciente retorne gradualmente às suas atividades diárias. Durante o período de repouso domiciliar, é possível realizar tarefas simples que que não exigem esforço. Não é necessário ficar em repouso absoluto.

Uma semana depois da cirurgia de hérnia de disco é feita uma reavaliação. Se estiver tudo bem, já é possível realizar mais atividades e até voltar a trabalhar, dependendo do tipo de trabalho.

Para retomar as atividades que exigem esforço físico ou uma maior movimentação, como praticar esportes, é preciso esperar cerca de 6 semanas.

As cirurgias para tratamento de hérnia de disco busca cada vez técnicas menos invasivas, em alguns casos, de apenas abaulamento, antes da formação da hérnia, já é possível realizar o procedimento sem necessidade de cortes, através de laser e radiofrequência.

O objetivo do tratamento cirúrgico é remover a hérnia e os fragmentos do disco para aliviar a compressão dos nervos que saem da medula espinhal.

Quando existe instabilidade da coluna, pode ser necessário estabilizá-la com hastes e parafusos, e nesse caso o procedimento é mais complexo.

O disco intervertebral também pode ser substituído por uma prótese, mas existem grupos que defendem que a substituição não traz melhores resultados do que os procedimentos tradicionais.

A cirurgia de hérnia de disco deve ser realizada de preferência por um médico neurocirurgião.

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Quando a cirurgia de hérnia de disco é indicada?

Quando a cirurgia de hérnia de disco é indicada?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A cirurgia de hérnia de disco, seja lombar ou cervical, geralmente está indicada quando os sintomas não melhoram com o tratamento conservador ou quando houver risco de sequelas para a pessoa.

O tratamento conservador é baseado em repouso, fisioterapia, acupuntura, redução de peso, quando necessário e medicamentos, analgésicos, anti-inflamatórios e relaxantes musculares. Podendo variar de acordo com cada equipe, em geral, após 3 meses de tratamento, não havendo melhora do quadro, a cirurgia pode ser indicada.

Em algumas situações, o tratamento cirúrgico da hérnia de disco é considerado urgente, como:

  • Comprometimento neurológico motor - Perda de força em um membro;
  • Sinal ou evidência de compressão da medula por exames de imagem;
  • Dor incapacitante e
  • Perda de sensibilidade, por exemplo na região genital ou nos membros superiores/inferiores.

Contudo, a maioria das hérnias de disco respondem bem ao tratamento com fisioterapia, acupuntura, repouso e medicamentos. Apesar de não curar a hérnia, esses tratamentos têm como objetivo aliviar a dor e diminuir as limitações. Grande parte dos pacientes retomam as suas atividades depois de 1 mês de tratamento.

Apenas uma pequena parcela dos casos de hérnia de disco tem indicação cirúrgica, já que grande parte dos pacientes melhoram espontaneamente ou com tratamento.

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Como é a cirurgia de hérnia de disco?

Existem hoje diferentes procedimentos cirúrgicos, que podem ser indicados de acordo com a localização da hérnia, gravidade e condições clínicas do paciente

Alguns procedimentos são menos invasivos, como tratamento através de laser e radiofrequência, com o objetivo de remover a hérnia e os fragmentos do disco, para aliviar a compressão dos nervos que saem da medula espinhal.

Outros mais invasivos, os quais exigem melhor condição clínica do paciente para que sejam realizados, como a cirurgia aberta e remoção completa da hérnia, com opção de estabilização da coluna. Por vezes estão indicadas próteses como substituição de disco intervertebral, até a instrumentação da coluna, com colocação de hastes e parafusos para estabilização, e nesse caso o procedimento é mais complexo.

O/A médico/a neurocirurgião/ã, é o/a mais indicado/a para indicação e realização da cirurgia de hérnia de disco.

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Referências

SBR. Sociedade Brasileira de Reumatologia.

SBOT. Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia.

Como é a cirurgia de hérnia umbilical e qual é o tempo de recuperação?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

A cirurgia de hérnia umbilical pode ser feita através de um corte na região umbilical (método aberto) ou por videolaparoscopia, através de "furinhos" no abdômen.

Cirurgia aberta de hérnia umbilical

O método aberto pode ser realizado com anestesia peridural. A cirurgia começa com uma incisão na região umbilical para localizar a hérnia. O corte geralmente é pequeno, mas varia conforme o tamanho da hérnia. Pessoas obesas podem precisar de uma incisão maior do que as magras.

Após a incisão, o médico empurra a hérnia umbilical para dentro do abdômen. A abertura da parede abdominal por onde saiu a hérnia é fechada com pontos. Em alguns casos, pode ser necessário reforçar o local com uma tela para diminuir as chances da hérnia umbilical voltar a aparecer.

Cirurgia de hérnia umbilical por videolaparoscopia

Já a cirurgia por videolaparoscopia geralmente é realizada com anestesia geral, embora também possa ser feita com epidural. A cirurgia por videolaparoscopia é considerado um procedimento pouco invasivo.

No início, injeta-se gás carbônico no abdômen do paciente para aumentar o espaço e facilitar o procedimento.

Depois, são feitos três furos com cerca de 1 cm no abdômen e uma pequena câmera é introduzida na parede abdominal através de um desses orifícios. A câmera permite ao cirurgião visualizar a hérnia umbilical em um monitor de vídeo.

Os outros furinhos no abdômen servem para o médico realizar o procedimento com os instrumentos cirúrgicos necessários. A hérnia umbilical é então empurrada para dentro da barriga e a abertura na parede abdominal que permitiu o extravasamento da hérnia é fechado com uma tela.

Qual é o tempo de recuperação da cirurgia de hérnia umbilical?

O tempo de recuperação da cirurgia de hérnia umbilical é relativamente rápido e depende da técnica utilizada. O tempo de internação é de 12 a 24 horas.

Geralmente, em cerca de 3 a 5 dias, a pessoa já pode voltar às atividades do seu dia a dia. Já o retorno às atividades profissionais pode acontecer após 1 a 2 semanas, desde que não tenha que levantar peso, o que deve ser evitado por 10 dias.

As possíveis complicações e reações da cirurgia de hérnia umbilical incluem dor, lesão de algum nervo, infecção e, em alguns casos raros, o reaparecimento da hérnia.

A cirurgia é a única forma de curar definitivamente a hérnia umbilical. Todos os outros tratamentos têm como objetivo apenas aliviar os sintomas. A escolha do tipo de tratamento cirúrgico para a hérnia umbilical depende da idade, do tamanho da hérnia, da presença de outras doenças ou obesidade, além da preferência do próprio paciente.

Câncer de endométrio tem cura?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Sim, câncer de endométrio tem chance de cura. Segundo associações de câncer no Brasil, mais de 90% das mulheres com câncer de endométrio localizado, alcançam a cura da doença após o tratamento adequado. Apenas pequena parcela, com doença já avançada ou presença de metástases, reduzem consideravelmente esta estatística.

O tratamento é cirúrgico, com retirada do útero (histerectomia), trompas, ovários e gânglios linfáticos regionais. Quimioterapia, radioterapia e terapia hormonal também podem ser indicadas após a cirurgia, como tratamento complementar.

Entretanto, quando o câncer já disseminou para outros órgãos do corpo (metástase), a quimioterapia passa a ser o tratamento de escolha, e a taxa de cura é bem menor.

O procedimento cirúrgico pode ser realizado por meio de métodos minimamente invasivos, como a laparoscopia, ou pela cirurgia aberta, laparotomia.

Após o fim do tratamento, a paciente deve ser avaliada regularmente pelo médico ginecologista. Os cuidados no 1º e no 2º ano após a cirurgia podem incluir radiografias, exames pélvicos, exames de sangue e Papanicolau seriados, a cada 3 meses, ou anual, dependendo de cada caso.

Lembrando que sempre que houver sintomas como emagrecimento, perda de apetite, alterações urinárias ou intestinais, dor ou sangramento vaginal, deve informar imediatamente ao médico.

Saiba mais em: Quais os sintomas do câncer de endométrio?

Quais os sintomas do câncer de endométrio?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O principal sintoma do câncer de endométrio é o sangramento vaginal, chamado sangramento uterino anormal, que pode se manifestar na fase inicial da doença e ocorre em mais de 90% dos casos de câncer de endométrio.

Outros sintomas que também podem estar presentes incluem dor, sensação de peso na pelve, corrimento vaginal e emagrecimento.

O sangramento uterino em mulheres na pós-menopausa é um forte indício de câncer de endométrio, uma vez que a maioria das pacientes afetadas pelo tumor encontram-se nessa fase. Nesses casos, é comum ainda a queixa de corrimento vaginal de cor branca ou amarelada, semanas ou meses antes do início do sangramento.

Sangramentos vaginais fora do período menstrual em mulheres na pré-menopausa também devem ser investigados.

Quando o câncer já se espalhou para outras partes do corpo (metástase), podem surgir sinais e sintomas relacionados com os órgãos atingidos pela doença, tais como:

  • Prisão de ventre (intestinos);
  • Dificuldade para urinar (bexiga);
  • Tosse, falta de ar (pulmões);
  • Icterícia (fígado);
  • Presença de nódulos ou "ínguas" (linfonodos);
  • Tumor vaginal.

O câncer de endométrio é o câncer ginecológico mais comum nos países desenvolvidos. Os fatores de risco para desenvolver o tumor incluem terapia com estrógenos, ausência de ovulação crônica, obesidade, hipertensão arterial, idade entre 40 e 50 anos, pré-disposição genética, primeira menstruação precoce e menopausa tardia.

O câncer de endométrio tem tratamento, mas é importante que o mesmo seja iniciado o mais cedo possível. Consulte um médico ginecologista em caso de sangramento uterino anormal, principalmente se você estiver na pós ou pré-menopausa.

Saiba mais em: Câncer de endométrio tem cura?

Tuberculose pleural tem cura? Como é o tratamento?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Sim, tuberculose pleural tem cura.

O tratamento é baseado no conjunto de antibióticos, conhecido por esquema básico, assim como o tratamento para casos de tuberculose pulmonar. Seguindo o protocolo estipulado pelo Ministério da Saúde, deve ser administrado em duas fases:

⇒ 1ª fase (2 meses): Rifampicina + Isoniazida + Pirazinamida + Etambutol, seguido pela

⇒ 2ª fase (mais 4 meses): Rifampicina + Isoniazida.

(em crianças menores de 10 anos, a única diferença é que o Etambutol não deve ser incluído).

Se a evolução não for favorável, a segunda fase pode ser prolongada por mais 3 meses, totalizando 7 meses.

Alguns serviços optam por uma quinta medicação, que seria o corticoide, para acelerar a resolução do quadro, porém há controversas por falta de evidências científicas que comprovem seus benefícios a longo prazo.

A chance de cura da tuberculose pleural com esse esquema é de 98%, desde que o tratamento seja feito corretamente e não seja interrompido.

Tratamento em casos específicos

Alguns casos específicos, que demostram resistência ou reações adversas ao esquema básico, inicial, podem ter a opção de substituir a Rifampicina e Isoniazida pela Estreptomicina e Etionamida, constituindo o esquema abaixo, porém neste caso, a duração deve ser de 12 meses:

⇒ 1ª fase (3 meses): Estreptomicina + Etionamida + Etambutol + Pirazinamida.

⇒ 2ª fase (9 meses): Etionamida + Etambutol.

A estreptomicina é o único medicamento administrado por via venosa, seja direto por injeção ou diluído no soro. Todos os outros antibióticos usados para tratar a tuberculose pleural são tomados por via oral.

A taxa de cura desse esquema varia entre 55 e 65%. Além dos medicamentos serem menos eficazes, os efeitos colaterais e a necessidade de ter que tomar injeções por 3 meses (estreptomicina) aumentam a taxa de abandono desse tratamento.

Existem ainda outras opções de antibióticos, para casos de reação ou resistência, entretanto esses casos são avaliados em serviços terciários, com profissionais especializados na área.

O tratamento da tuberculose é disponibilizado gratuitamente, e também todas as suas orientações e acompanhamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

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Vitamina B12 engorda?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

A vitamina B12 normalmente não faz engordar. Porém, pode haver aumento do apetite em algumas pessoas, o que pode fazer aumentar a ingestão de alimentos e, consequentemente, aumentar de peso.

A vitamina B12 não tem calorias, por isso, não engorda. Se você faz o tratamento com vitamina B12 e está engordando, provavelmente é por outros motivos que precisam ser investigados.

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Referências:

Vitamina B12. Bula do medicamento

eHealthMe. Vitamin B12 and Appetite increased - a phase IV clinical study of FDA data.

Quais os alimentos ricos em vitamina B12?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Os alimentos ricos em vitamina B12 incluem essencialmente produtos de origem animal como carne vermelha, fígado, peixes, frutos do mar.

A vitamina B12 pode ser encontrada também em carne de aves, ovos e produtos derivados do leite (queijo, iogurte, requeijão, manteiga), além de cereais para café da manhã e outros alimentos enriquecidos com vitamina B12.

Para que serve a vitamina B12? 

A vitamina B12 é importante na fabricação de novas células, como os glóbulos vermelhos do sangue, além de ser essencial para o bom funcionamento do sistema nervoso.

Dentre as funções da vitamina B12 estão a participação no desenvolvimento do sistema nervoso e na comunicação entre os neurônios, bem como na melhoria da memória. 

Durante a gravidez, a vitamina B12 exerce um importante papel no desenvolvimento do sistema nervoso do feto, prevenindo malformações fetais.

Quais as consequências da falta de vitamina B12? 

A falta de vitamina B12 pode causar anemia perniciosa e afetar o sistema nervoso, causando problemas neurológicos. 

A deficiência de vitamina B12 pode ocorrer em pessoas que não possuem uma alimentação adequada ou em pessoas com incapacidade de absorver corretamente o nutriente. 

A carência da vitamina também pode ocorrer em casos de abuso de bebidas alcoólicas, como efeito colateral de algumas medicações ou como consequência da cirurgia de redução do estômago.

Nas pessoas com alimentação equilibrada e saudável, é muito rara a deficiência da vitamina B12.

Vale ressaltar ainda que a vitamina B12 fica armazenada no fígado, o que pode permitir à pessoa uma reserva de vitamina B12 de até 6 anos após a parada da ingestão de alimentos de origem animal.

Caso tenha alguma dúvida com relação à sua alimentação e as fontes de vitamina B12, procure o/a médico/a de família, clínico/a geral para uma avaliação pormenorizada.

Tuberculose pleural é contagiosa? Como se transmite?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Não, tuberculose pleural não é contagiosa. Este é um tipo de tuberculose extrapulmonar, ou seja, que não afeta os pulmões, portanto não é transmitida de pessoa para pessoa através das secreções respiratórias. 

A tuberculose pleural acomete a pleura, uma membrana delicada que reveste os pulmões. Pacientes com tuberculose pleural e outras formas de tuberculose extrapulmonar não são capazes de transmitir a bactéria conhecida como bacilo de Koch, causadora da doença.

Portanto, essas pessoas não precisam ficar em isolamento e podem entrar em contato com outras pessoas de maneira segura, por não existir risco de contágio.

Já a tuberculose pulmonar, que é a forma mais comum da doença, é contagiosa. Quando alguém com tuberculose espirra ou tosse, espalha grandes quantidades de bactérias que estão presentes na secreção respiratória. A transmissão para outras pessoas ocorre pelas vias respiratórias, através da inalação dessas gotículas de secreção suspensas no ar.

Leia também: Tuberculose é contagiosa? Como se transmite?

Contudo, é importante lembrar que um paciente com tuberculose pleural pode transmitir a doença se estiver também com a forma pulmonar da tuberculose, o que geralmente ocorre em pacientes com AIDS.

A própria tuberculose pleural pode ser decorrente da tuberculose pulmonar. Nesses casos, o bacilo pode chegar à pleura através do rompimento de algum foco de tuberculose pulmonar na cavidade pleural, podendo ser encontrado no líquido pleural e nas secreções respiratórias.

Na suspeita de tuberculose, agende uma consulta com o/a médico/a clinico/a geral ou medico/a da família o mais rápido possível.

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O que é tuberculose pleural?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Tuberculose pleural é um tipo de tuberculose extrapulmonar que acomete a pleura, uma membrana fina que reveste os pulmões. A tuberculose pleural é a forma de tuberculose extrapulmonar mais observada em pacientes imunocomprometidos, sobretudo com AIDS.

A doença pode ocorrer em qualquer idade, embora seja mais comum em adultos jovens entre os 20 e 40 anos.

O bacilo de Koch, causador da tuberculose, pode atingir a pleura pelo sangue, mas a tuberculose pleural também pode surgir devido à hipersensibilidade à bactéria.

O bacilo pode ainda chegar à pleura pela via direta, ou seja, através do rompimento de algum foco de tuberculose pulmonar na cavidade pleural. Quando isso acontece, o bacilo de Koch pode estar presente no líquido pleural ou nas secreções respiratórias.

A tuberculose pleural pode se manifestar através de sinais e sintomas inespecíficos como febre, prostração, inapetência e emagrecimento. Pode ocorrer ainda tosse seca persistente e falta de ar, especialmente nos casos aonde evolui com derrame pleural.

Saiba mais em: O que é derrame pleural e quais os sintomas?

Contudo, o sintoma respiratório mais característico da tuberculose pleural é a dor torácica do tipo pleurítica. A dor pleurítica começa subitamente, é intensa e em forma de “pontadas”. Geralmente é bem localizada e se manifesta apenas em um lado do tórax. A dor piora com a tosse ou inspiração profunda e melhora se o paciente ficar sem respirar por instantes.

O diagnóstico da tuberculose pleural é confirmado pelo raio-x de tórax, análise do líquido pleural e tecidos da pleura (biópsia).

O/A médico/a especialista responsável pelo diagnóstico e tratamento da tuberculose pleural é o/a pneumologista ou infectologista.

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Como é feito o exame PPD para tuberculose?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

O exame PPD para tuberculose é feito através da aplicação de proteínas da bactéria causadora da tuberculose na pele. É aplicada uma pequena injeção intradérmica na face anterior do antebraço e não é necessário nenhum tipo de curativo depois do teste.

Após 48 a 72 horas a pessoa deve retornar ao lugar do exame para que o local da injeção seja analisado e o teste PPD seja finalizado.

Se o local da aplicação no antebraço estiver vermelho, inchado e com um nódulo endurecido, o resultado é considerado positivo, e é favorável ao diagnóstico de tuberculose, que pode estar ativa, desencadeando doença, ou latente, ou seja, presente no organismo, mas sem causar sintomas.

Esses sinais de vermelhidão e aparecimento do nódulo mostram que organismo já produziu anticorpos contra o bacilo da tuberculose. Em caso de resultado positivo, outros exames como raio-x de tórax, baciloscopia ou exames imunológicos são realizados para confirmar o diagnóstico e definir o tratamento.

Vale lembrar que quem já tomou a vacina BCG pode apresentar resultado positivo no teste PPD, pois já tem defesas contra a tuberculose.

O exame PPD, ou teste tuberculínico, é realizado com uma pequena amostra de derivado proteico purificado, por isso a sigla PPD, da bactéria Mycobacterium tuberculosis, também conhecida como bacilo de Koch. O composto é purificado para impedir que a pessoa que faz o teste desenvolva tuberculose, mas é capaz de provocar uma reação em quem tem a doença.

O exame PPD pode ser feito durante a gravidez e amamentação. As reações adversas mais comuns ao teste são: dor, coceira e desconforto no local da injeção.

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Tuberculose óssea tem cura? Como é o tratamento?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Sim, tuberculose óssea tem cura.

O tratamento se baseia no uso de esquema antibiótico com 4 medicamentos, tomados por via oral: rifampicina, isoniazida, pirazinamida e etambutol, durante 6 meses, sendo 2 meses os 4 medicamentos juntos, seguidos de mais 4 meses com apenas Rifampicina e isoniazida. O esquema pode ser alterado ou até prolongado por mais 6 ou 9 meses, dependendo da resposta clínica.

Pacientes com tuberculose nas vértebras da coluna (mal de Pott) podem também, além da medicação, necessitar de tratamento cirúrgico, como nos casos de deformidades, formação de abscessos, comprometimento neurológico ou destruição significativa dos ossos. Também pode ser necessário imobilizar a coluna com órteses ou coletes.

A complicação mais grave da tuberculose na coluna é a perda dos movimentos ou da força das pernas devido à compressão da medula espinhal. Outra sequela comum, é a dor crônica.

Contudo, desde que não haja complicações como as descritas, a resposta ao tratamento com antibióticos costuma ser suficiente e satisfatória. As cirurgias ficam realmente reservadas apenas aos casos mais graves ou complicados.

O tratamento completo está garantido pelo sistema único de saúde (SUS).

O/A médico/a da família, ou ortopedista, podem confirmar o diagnóstico, definir o tratamento e fazer o acompanhamento mais adequado para os casos de tuberculose óssea.

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