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Osteopenia tem cura? Qual o tratamento?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Sim, a osteopenia tem cura. Com o tratamento adequado é possível reverter ou pelo menos estabilizar a perda de massa óssea e evitar a evolução para osteoporose. O tratamento da osteopenia é feito através da ingestão de cálcio e vitamina D, exposições controladas ao sol e exercícios físicos.

Para obter a quantidade mínima necessária de 1200 a 1500 mg de cálcio por dia, deve-se consumir diariamente alimentos que são boas fontes do mineral, como sardinha, leite, queijos, iogurte, amêndoas, linhaça e vegetais verde-escuros. É comum o médico receitar algum suplemento de cálcio para garantir que o mineral está sendo ingerido nas doses certas.

Contudo, para que o cálcio seja absorvido pelo corpo, é necessária a participação da vitamina D. Por isso os suplementos de cálcio muitas vezes têm vitamina D na composição. A vitamina está presente em leites fortificados, cereais, ovos, peixes de água salgada e fígado.

Por sua vez, a vitamina D precisa dos raios ultravioletas do sol para ser ativada. Por isso, a exposição solar ser muito importante no tratamento da osteopenia. Recomenda-se exposições ao sol de pelo menos 15 minutos, 2 a 4 vezes por semana, antes das 10 horas da manhã ou após as 16 horas.

Os exercícios físicos com impacto, como andar, correr e subir escadas, ou realizados com aparelhos ou pesos, como a musculação, exercem uma força nos ossos que é capaz de aumentar a densidade mineral óssea, ou seja, fortalecer os ossos. O importante é praticar exercícios nos quais os músculos e os ossos trabalhem contra a força da gravidade.

Por isso, a natação e a hidroginástica não são indicadas para tratar a osteopenia e a osteoporose, pois a água diminui o impacto e a ação da gravidade, reduzindo assim a força que os músculos exercem sobre os ossos.

O tratamento da osteopenia deve começar assim que ela é diagnosticada pelo exame de densitometria óssea. Se não for devidamente tratada, pode evoluir e levar ao desenvolvimento da osteoporose.

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O que é osteopenia e quais os sintomas?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Osteopenia é uma diminuição de massa óssea. Situação natural de envelhecimento do organismo, que se inicia em média, na terceira década de vida.

A osteopenia não tem "cura", porém existem formas de retardar o seu início e sua evolução. Se não for tratada, a osteopenia evolui mais rapidamente para a osteoporose, que caracteriza-se pela perda de massa óssea acentuada, aumentando os risco de fraturas.

Esta condição não causa sintomas, por isso, a única forma de detectar o problema é através do exame de densitometria óssea, que mede a densidade do osso. 

Pode acometer tanto homens quanto mulheres, embora as mulheres sejam acometidas com mais frequência, especialmente após os 50 anos de idade, devido a queda de estrogênio no período de menopausa, já que este hormônio é responsável também pela absorção de cálcio no tecido ósseo. A baixa produção do estrógeno favorece a perda de massa óssea e dificulta a formação de células novas, ocasionando a osteopenia e osteoporose.

Nos homens, a osteopenia se apresenta com maior frequência após os 60 ou 70 anos de idade, quando se inicia a redução da testosterona.

A densitometria óssea é indicada de acordo com base em alguns critérios, como, menopausa, história de fraturas prévias, história familiar, tabagismo, alcoolismo, sedentarismo, entre outros. 

Uma vez detectada, a osteopenia pode ser tratada e estabilizada através de hábitos de vida saudáveis, como atividade física regular, principalmente musculação, alimentação saudável e exposição solar, para manter as concentrações de vitaminas e minerais adequados no sangue.

O diagnóstico da osteopenia é da responsabilidade do/a médico/a ortopedista.

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Qual o tratamento para retenção de líquidos?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

O tratamento para retenção de líquidos depende da causa. Se o acúmulo de líquidos estiver relacionado com problemas no coração, rins, fígado, tireoide ou sangue, o tratamento será específico para cada tipo de doença ou distúrbio.

Nos casos em que a retenção de líquidos não está associada a nenhuma doença, o tratamento consiste principalmente em mudanças na alimentação e drenagem linfática.

Mudanças nas alimentação
  • A primeira coisa a fazer é diminuir o consumo de sal, que em excesso pode sobrecarregar os rins e provocar retenção de líquidos. Pessoas saudáveis devem consumir no máximo uma colher de chá por dia, sendo que essa quantidade de sal deve ser distribuída ao longo do dia em todas as refeições e lanches.
  • Açúcar branco, massas, pães e arroz que não são integrais também favorecem a retenção de líquidos e devem ser evitados.
  • Outra medida importante é beber uma quantidade adequada de água, cerca de 2 litros por dia, pois garante o funcionamento adequado dos rins.
  • Alimentos diuréticos como alface, melancia, melão, abacaxi, pepino e salsinha podem ser consumidos à vontade, pois favorecem a eliminação de líquidos pela urina. O uso de chás diuréticos, como o chá de cavalinha, também ajuda a combater o acúmulo de líquidos no corpo.
Drenagem Linfática

Já a drenagem linfática produz excelentes resultados no tratamento da retenção de líquidos. Trata-se de uma técnica de massagem específica para drenar o líquido acumulado nos tecidos do corpo e mandá-lo de volta para a corrente sanguínea, para ser eliminado pela urina.

Os resultados podem ser notados logo após as sessões, mas o controle da alimentação continua sendo fundamental para o sucesso do tratamento. 

Medicamentos

Os medicamentos diuréticos devem ser evitados, a não ser que tenham indicação médica, pois podem desidratar o organismo e até prejudicar o funcionamento dos rins.

Para saber se a sua retenção de líquidos merece atenção, faça o seguinte teste: Pressione a região do tornozelo com a ponta do dedo. Se a pressão deixar uma marca mais funda, precisa de um cuidado especial, pois já há uma formação de edema (inchaço importante). Essa situação requer uma avaliação médica. 

Se o inchaço ocorrer no corpo todo, pode ser sintoma de problemas no coração, rins ou fígado, por isso precisa ser investigado.

Procure um clínico geral ou médico de família na presença desses sintomas.

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O que é retenção de líquidos e quais os sintomas?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Retenção de líquidos é o acúmulo de fluidos entre as células do corpo, que resulta no chamado inchaço ou edema, em termos médicos. Observa-se sobretudo nas pernas, mãos, barriga e tornozelos. 

A retenção de líquidos ocorre quando os capilares, vasos sanguíneos muito finos, ficam inchados ou dilatados e deixam extravasar fluidos para os tecidos, sendo esses fluidos compostos principalmente por água. 

Edema (inchaço) em pernas e pés

Isso pode acontecer por várias razões: calor, alterações hormonais, menstruação, gravidez, excesso de sal na alimentação, falta de atividade física, medicamentos, deficiências nutricionais ou ainda problemas mais graves como insuficiência cardíaca, vascular, renal ou hepática.

O principal sinal de que o corpo está fazendo retenção de líquidos é o inchaço nas pernas, principalmente na região dos tornozelos, o que pode ser facilmente observado nas marcas deixadas pelo elástico ao tirar as meias.

Para saber se a sua retenção de líquidos merece atenção, faça o seguinte teste: Pressione a região do tornozelo com a ponta do dedo, mantendo por alguns segundos; se ao retirar o dedo, a sua pressão deixar uma marca mais funda, temos o chamado sinal de cacifo, a confirmação de líquido fora das células em excesso, e nesse caso precisa de um cuidado especial.

Se o inchaço ocorrer no corpo todo, de forma simétrica e bilateral, pode ser sintoma de problemas no coração, rins ou fígado, e quando acomete apenas um membro pode ser uma alteração vascular ou linfática, ambos necessitam de maior investigação, e sem demora. 

Procure um clínico geral, médico de família ou um nefrologista na presença desses sintomas.

Tenho ejaculação retardada: o que devo fazer?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A primeira coisa a fazer em caso de ejaculação retardada é procurar um médico urologista para investigar possíveis causas orgânicas do problema, ou causa definitiva, para iniciar o devido tratamento.

Quando a causa for orgânica, o tratamento será direcionado ao problema, contudo, na maioria das vezes, especialmente em indivíduos mais jovens, a causa vem da imaturidade e ansiedade natural frente ao início da vida sexual.

Situações de estresse e ansiedade que incluem constrangimento, medo em relação à gravidez ou doenças transmissíveis, preocupação exagerada com o orgasmo da mulher, crenças religiosas, conflitos com a preferência sexual, preocupações conscientes ou inconscientes durante a relação sexual, podem dificultar no controle da ejaculação.

E nesses casos, o tratamento com psicoterapia sexual apresenta excelentes resultados.

Entretanto, uma outra opção de tratamento antes mesmo de avançar para a terapia, pode ser a tentativa de um diálogo com a parceira, dizer de forma aberta quais são as suas preferências sexuais, as posições que mais gosta, os estímulos que prefere, enfim, tudo o que seja estimulante e possa apressar o orgasmo.

Dentre algumas causas comuns, podemos destacar:

  • Ansiedade, angústia e alterações emocionais inerentes a idade;
  • Alterações hormonais, parece ser a causa mais comum nesses casos;
  • Diabetes;
  • Doenças na próstata (prostatismo, hiperplasia benigna, tumores);
  • Cirurgias pélvicas ou abdominais;
  • Uso de medicamentos, sobretudo antidepressivos;
  • Uso abusivo de bebidas alcoólicas e ou drogas ilícitas.

Portanto, nos casos de demora na ejaculação, o mais adequado é que procure um/a médico/a urologista, para definir o diagnóstico, traçar a melhor conduta, seja medicamentoso ou com psicoterapia, o quanto antes.

Minhas fezes estão verdes, o que pode ser?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Fezes verdes podem indicar que você está com algum problema na digestão, e pode evoluir com diarreia. Qualquer situação que ocasione diarreia, como infecções, uso de antibióticos ou doenças intestinais podem deixar as fezes em coloração verde-clara ou verde-escura.

Além disso, as fezes verdes podem ter como causa a ingestão de grandes quantidades de vegetais verde-escuros, como rúcula, couve, brócolis ou espinafre, consumo de alimentos com corantes azuis ou ainda o uso de suplementos de ferro.

6 motivos de fezes verdes

1. Alimentos verde-escuros

Pessoas que consomem muita salada, legumes e verduras de coloração verde-escura, acabam por eliminar parte desse alimento nas fezes, tornando a sua cor mais esverdeada.

Não é sinal de problema na saúde e para resolver, basta reduzir o consumo. São exemplos de alimentos que podem deixar as fezes em tons de verde: o brócolis, espinafre, agrião e couve.

2. Uso de antibióticos

Medicamentos como os antibióticos, atuam eliminando as bactérias do organismo, incluindo as "boas" bactérias da flora intestinal. Por isso, um efeito colateral comum ao seu uso são a diarreia, dores abdominais e a mudança de cor nas fezes, que podem se tornar esverdeadas.

Nesse caso, é importante ingerir bastante água e alimentar-se bem, para evitar a desidratação e a desnutrição, especialmente em crianças. Após o término do tratamento, se a coloração anormal permanecer, procure um médico para avaliação mais detalhada.

Eventualmente, o uso de prebióticos e probióticos podem estar indicados para repor a flora intestinal normal e regularizar a cor das fezes e o trânsito intestinal.

3. Estresse e ansiedade

O distúrbio de humor e estresse, tem ação direta no trato digestivo, resultando em dores de estômago, diarreia ou dores abdominais. A diarreia pode modificar a coloração das fezes deixando-as esverdeadas.

Para aliviar os sintomas, converse com o seu médico de família. Se for necessário, ele pode encaminhar você para acompanhamento com nutricionista e psicólogo.

4. Doenças inflamatórias intestinais

As principais doenças que causam inflamação na mucosa do intestino, e dificuldade no processo de digestão, são a doença de Crohn, as intolerâncias alimentares, síndrome do intestino irritável e doença celíaca.

O tratamento para cada uma dessas doenças é específico, podendo incluir corticoides e imunossupressores. O médico gastroenterologista é o responsável pelo diagnóstico, tratamento e acompanhamento dos casos.

5. Infecção intestinal

As doenças infecciosas, como a salmonelose e giardíase, também aumentam os movimentos do intestino e causam inflamação na mucosa intestinal, fatores que aceleram o trânsito e não permitem a quebra dos sais biliares, que saem nas fezes com a coloração própria, em tons de verde-claro ou verde-escuro.

A infecção pode ter como sintomas associados à diarreia, as dores abdominais, falta de apetite, vômitos e febre. O tratamento poderá incluir o uso de antibióticos, na suspeita de infecção, procure um atendimento médico imediatamente.

6. Ferro oral

O uso de ferro oral pode apresentar como efeito colateral a coloração escura ou verde das fezes. O ferro é usado no tratamento de pessoas com anemia por carência desse mineral, durante o tratamento pode haver mudança na coloração das fezes.

Não é um sinal de alarme ou preocupação, porém deve ser informado ao médico que o prescreveu a medicação, para manter acompanhamento e controle adequados.

Por que as fezes ficam verde-claras ou verde-escuras?

Durante o processo de digestão, o fígado secreta a bile, um suco digestivo de coloração amarela-esverdeada que serve para dissolver as gorduras. Se o alimento passar rapidamente pelo intestino, como acontece na diarreia, não há tempo para a bile se degradar por completo, o que pode deixar as fezes verdes.

Fezes verdes pode ser COVID-19?

Embora, a COVID-19, causada pelo vírus SARS-COV2, possa causar diarreia levando ao aparecimento de fezes esverdeadas, não é este um dos sintomas mais comuns ou frequentes.

Por isso, na suspeita de COVID-19 deve-se observar se aparecem outros sintomas mais sugestivos como tosse, febre, dores no corpo ou de cabeça ou desconforto para respirar. Sintomas nasais, dor de garganta ou alterações no olfato ou paladar também podem estar presentes. Na dúvida, o ideal é realizar um teste para o correto diagnóstico.

Há associação entre fezes verde e câncer?

Apresentar fezes verdes isoladamente não está associado a nenhuma forma de câncer em específico.

Tumores que afetam o intestino geralmente causam outros sintomas como alteração no trânsito intestinal, como diarreia, intestino preso, ou ainda sangramento nas fezes. A perda de peso inexplicável também pode ser um indicador de doença maligna.

Caso ainda tenha dúvidas sobre fezes verdes, ou ainda, apresente outros sintomas além da mudança de coloração das fezes consulte o seu médico clínico geral, médico de família para uma avaliação inicial.

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Fezes brancas: o que pode ser?

Referências:

  • FBG - Federação Brasileira de Gastroenterologia
  • Anna Nowak-Węgrzyn, et al.; Food protein-induced enterocolitis syndrome (FPIES). UpToDate. Apr 10, 2019.
  • Michael Auerbach, et al.; Treatment of iron deficiency anemia in adults. UpToDate. Oct 07, 2020.
Quanto tempo devo repousar depois da cauterização no útero?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

O período exato de repouso após a cauterização do útero pode variar de mulher para mulher dependendo de como foi o procedimento.

No dia da cauterização, a mulher deve realizar repouso das atividades laborais e evitar movimentos constantes.

No dia seguinte à cauterização, a mulher pode voltar às atividades de rotina caso se sinta bem e caso não apresente sangramento em moderada ou grande quantidade.

A paciente pode continuar suas atividades cotidianas normalmente, devendo evitar relações sexuais, duchas vaginais e uso de tampões por algumas semanas após a cauterização. Esse tempo é necessário para haver a cicatrização do tecido.

A depender de como foi o procedimento e da extensão das lesões, esse repouso pode ser mais prolongado. Porém, isso será informado pelo/a ginecologista. Quando for necessário, o/a profissional pode passar atestado médico para que o repouso seja garantido.

Após o procedimento, pergunte ao/à ginecologista sobre o repouso necessário a ser realizado no seu caso. 

O que fazer para recuperar a flora intestinal?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O tratamento para recuperar a flora intestinal consiste em dieta personalizada, com alimentos que favoreçam a constituição da microbiota intestinal, além de produtos probióticos e prebióticos, que promovem o equilíbrio dos micro-organismos que habitam o intestino.

A alimentação para recuperar a flora intestinal deve ser individualizada, de acordo com a causa do problema, por um profissional da área, gastroenterologista, nutrólogo ou nutricionista.

Em geral, deve-se priorizar o consumo de grandes quantidades de cenoura crua, couve-flor, repolho, cebola, farinha de banana, arroz integral, alho, frutas, castanhas e leguminosas (feijão, ervilha, lentilha, grão-de-bico). 

Já as carnes vermelhas, leite e derivados, corantes, conservantes, alimentos gordurosos, ovos, soja, embutidos, açúcar branco e alimentos processados devem ser evitados.

Dependendo da causa da alteração da flora intestinal e da gravidade do problema, frutos do mar e alimentos com glúten também devem ficar excluídos da dieta, e muitas vezes são necessários medicamentos específicos para o tratamento.  

Os produtos probióticos são aqueles que contêm micro-organismos vivos (Lactobacillus, Bifidobacterium, Enterococcus, Streptococcus) que melhoram a flora intestinal, tais como leites fermentados e alguns iogurtes.

Os probióticos inibem a colonização intestinal por bactérias que causam doenças. Os produtos com probióticos ajudam a diminuir os gases, melhoram o funcionamento do intestino e combatem casos de diarreia.

Já os prebióticos contêm ingredientes alimentares que não são digeridos e estimulam o crescimento de determinadas bactérias intestinais. Esses produtos contém carboidratos complexos resistentes aos sucos digestivos e que chegam por isso intactos ao intestino, onde são fermentados por certas bactérias.

Dessa forma, os prebióticos alteram favoravelmente a composição da flora intestinal, melhorando assim o trânsito intestinal e prevenindo diarreia e prisão de ventre.

As alterações da flora intestinal podem ter como causa diversas situações, como uso de antibióticos, uso de laxantes, infecções, estresse, dieta inadequada, intestino preso, entre outras. Os sintomas podem incluir mudanças no ritmo intestinal, gases, irritabilidade e fadiga.

O tratamento deve ser orientado por um médico gastroenterologista.

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O que fazer em caso de tosse alérgica infantil?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

A primeira coisa a fazer em caso de tosse alérgica infantil é afastar a criança da causa da alergia e manter a casa bem ventilada. Os medicamentos e xaropes antialérgicos devem ser usados apenas com indicação médica nos momentos de crise ou quando a tosse atrapalha as atividades da criança. Deve-se evitar o uso de antitussígenos, porque eles impedem o reflexo da tosse, que, na verdade, é um mecanismo de defesa e de proteção da via aérea.

Muitas vezes a tosse alérgica pode ser tratada em casa, com aplicação de soro fisiológico nas narinas várias vezes ao dia e inalação com soro fisiológico. Essas medidas ajudam a limpar e fluidificar as vias respiratórias, eliminando assim o agente causador da alergia.

Além disso, é importante oferecer muito líquido à criança, de preferência água, para favorecer a eliminação do muco. Elevar a cabeceira da cama também ajuda a aliviar a tosse alérgica durante a noite, para que a criança possa dormir melhor.

É importante realmente ter a certeza de que se trata de apenas um quadro simples de tosse alérgica, desencadeada pela presença de alérgenos como ácaros, pó, fumaça, e caracterizada por ser uma tosse seca, que pode vir acompanhada de outros sintomas alérgicos como vermelhidão nos olhos, espirros ou prurido nasal.

Em muitos casos, a tosse considerada alérgica pelos pais é, na verdade, um sintoma decorrente de outra doença como asma, rinossinusite ou tosse de origem infecciosa, quando isso ocorre deve-se tratar a doença em questão para de fato impedir a ocorrência da tosse.

A tosse é um mecanismo de defesa do corpo para expulsar agentes irritantes que estão em contato com a mucosa respiratória, porém, existem alguns sinais de alerta que devem fazer a família levar a criança imediatamente ao serviço de saúde, são eles:

  • Lábios ou pele azulados.
  • Dificuldade em respirar.
  • Ruído agudo quando a criança inspira (estridor).
  • Sequência de tosse incontrolável e repetitiva.
  • Febre alta.
  • Persistência e agravamento da tosse por mais de 10 dias.
  • Prostração, falta de apetite, dificuldade para dormir.

Na presença de qualquer um desses sintomas um médico deve avaliar a criança.

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Qual a diferença entre tosse alérgica e tosse normal?

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Referências

ODUWOLE O.; UDOL E.E.; OYO-ITA, A.; MEREMIKWU, M.N. Haney for acute cough in chlidren (Review). Cochrane Database of Systematic Reviews, v.4, 2018.

SBP - Sociedade Brasileira de Pediatria.

SBPT - Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia.

É normal sangrar depois de uma cauterização no útero?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Sim. É normal sangrar depois da cauterização do útero.

Em geral, após o procedimento o/a ginecologista coloca um tampão para estancar o sangramento. Esse tampão deve ser retirado após o período indicado pelo/a médico/a. Após a retirada desse tampão, a mulher pode continuar a apresentar sangramento que tende a parar.

Caso esse sangramento seja contínuo e em muita quantidade, a mulher deve voltar ao consultório médico para uma reavaliação.

A cauterização no útero é um procedimento realizado para tratar lesões pré-cancerígenas ou infecciosas e destruir células anormais no colo do útero.

A mulher que vai realizar ou já realizou o procedimento deve perguntar ao/à médico/a dúvidas sobre a cauterização, suas consequências e os cuidados que se deve ter após a realização.

O mais importante é realizar o acompanhamento das lesões após o procedimento com a realização do exame preventivo de rotina. Com ele, será possível avaliar se as lesões foram devidamente tratadas e se há necessidade de um novo procedimento.

O que é a cauterização e para que serve?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A cauterização no útero é um procedimento realizado para tratar lesões pré-cancerígenas ou infecciosas e destruir células anormais no colo do útero.

O procedimento em geral é simples e o tempo de recuperação dependerá de cada pessoa. A paciente pode continuar suas atividades cotidianas normalmente, devendo evitar relações sexuais, duchas vaginais e uso de tampões por algumas semanas após a cauterização. Esse tempo é necessário para haver a cicatrização do tecido.

A cauterização no útero é um procedimento que pode causar incômodo e dor a depender de cada paciente.

A anestesia usada no procedimento é uma anestesia local no colo do útero. O/a ginecologista aplica a anestesia no momento do procedimento e a paciente continua acordada durante todo o tempo.

A mulher que vai realizar ou já realizou o procedimento deve perguntar ao/à médico/a dúvidas sobre a cauterização, suas consequências e os cuidados que se deve ter após a realização.

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Qual a diferença entre tosse alérgica e tosse normal?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Saber exatamente a diferença entre a tosse alérgica e a tosse comum ou "normal" pode ser bastante difícil, mesmo para profissionais da área de saúde.

Em geral, a tosse alérgica é mais seca e não apresenta sintomas como febre, fadiga ou falta de apetite.

Contudo, apenas esses dados não são suficientes para essa diferenciação. O diagnóstico definitivo da causa de uma tosse só poderá ser dado por um/uma médico/a, após colher informações pertinentes da história, avaliação clínica e quando necessário, exames complementares.

 De qualquer forma, é primordial investigar como foi o início da tosse, a história clínica, como e quando iniciou, qual o horário, quais os sintomas associados, se costuma ter episódios de tosse, com que frequência, entre outros. Todos esses fatores auxiliam na definição do diagnóstico.

Nos casos de alergia, é muito comum episódios semelhantes frequentes, assim como a queixa de "coceira" na garganta, coriza, congestão nasal e lacrimejamento, embora não sejam sintomas obrigatórios. 

O que pode causar tosse alérgica?

A tosse alérgica pode ser causada pela exposição de algum agente, vírus ou elemento alérgeno que chamamos de elemento "gatilho", presentes no ar. As pessoas que têm alergia respiratória, podem desenvolver tosse persistente quando expostas a esses elementos "gatilho", desencadeando a crise alérgica. Dentre os agentes gatilho mais comuns podemos destacar:

  • Poeira;
  • Ácaros;
  • Animais;
  • Variações bruscas de temperatura;
  • Poluição do ar;
  • Fumaça de cigarro.

As principais e mais comuns causas de tosse alérgica são: asma brônquica, rinite e sinusite alérgicas.

A tosse é uma reação de defesa do corpo para expulsar elementos estranhos em contato com as vias respiratórias. A tosse serve para remover excesso de secreção, corpos estranhos e micro-organismos infecciosos das vias aéreas.

Contudo, a tosse exige atenção e deve ser motivo de preocupação se:

  • Durar mais de 3 semanas;
  • Ocorrer em bebês com menos de 1 ano de idade ou idosos;
  • Vier acompanhada de febre, dificuldade para respirar, dores no corpo, dor de cabeça, prostração, queimação no estômago;
  • Persistir depois de um episódio de engasgo;
  • Apresentar secreção, principalmente amarelada ou esverdeada;
  • Causar cansaço extremo.

Em qualquer um desses casos, consulte um médico de família, um clínico geral, ou vá diretamente a um pneumologista para que receber um diagnóstico e tratamento adequado.

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