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Amígdala inflamada só de um lado, é normal?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

É possível ter apenas uma das amígdalas inflamadas, embora seja algo pouco frequente. A situação mais comum é ter ambas as amígdalas inflamadas, tanto no caso de uma infecção viral, quanto infecção bacteriana.

O que pode acontecer é a inflamação se localizar apenas em uma amígdala no começo e depois, com o tempo, também atingir a outra amígdala.

Também é possível que ambas as amígdalas estejam inflamadas, mas apresentando sinais diferentes. Uma amígdala pode apresentar pus, inchaço ou ainda pode ficar mais avermelhada do que a outra, dando a impressão de que apenas uma das amígdalas está inflamada.

Outra situação que também pode ser normal é que a dor ou incômodo na garganta ocorra em apenas um dos lados da garganta, ou troque de lado com o decorrer dos dias.

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22 semanas são quantos meses de gravidez?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

22 semanas de gravidez correspondem ao final do quinto mês e início do sexto mês de gestação.

Pode ser bastante confuso converter semanas de gestação em meses. Isso porque os meses têm, em geral, 4 semanas e 2 ou 3 dias (dependendo do mês).

Mas na realidade, não existe motivo para fazer a conversão de semanas em meses. Os profissionais de saúde se baseiam sempre na semana de gravidez para avaliar se está tudo bem com a gestante e com o bebê. É por isso que a gestação é sempre contada em semanas e não em meses.

A gestante com 22 semanas de gestação deve ter consultas de pré-natal a cada 4 ou 5 semanas. Entre as semanas 16 e 22, o profissional de saúde (enfermeiro ou médico) irá avaliar os seguintes parâmetros:

  • Peso / ganho de peso da gestante;
  • Pressão arterial da gestante;
  • Edema (verificam se há partes do corpo da gestante inchadas, como os pés e rosto);
  • Situação vacinal da gestante (se todas as vacinas estão em dia);
  • Condição nutricional da gestante;
  • Alterações psicológicas da gestante;
  • Batimentos cardíacos do bebê;
  • Movimentos fetais;
  • Resultados dos exames realizados até o momento.

O profissional de saúde normalmente também mede a barriga da gestante para fazer uma avaliação do crescimento do bebê. Além disso, é aconselhável fazer um ultrassom nessa fase para verificar se o desenvolvimento do bebê está adequado.

Leia também:

Referências:

NOTA TÉCNICA PARA ORGANIZAÇÃO DA REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE COM FOCO NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE E NA ATENÇÃO AMBULATORIAL ESPECIALIZADA — SAÚDE DA MULHER NA GESTAÇÃO, PARTO E PUERPÉRIO. / Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein. São Paulo: Hospital Israelita Albert Einstein: Ministério da Saúde, 2019. p. 27-28.

Chames MC, Bailey JM, Greenberg GM, Harrison RV, Schiller JH, Williams CB. Guidelines for Clinical Care Ambulatory. Prenatal care. Michigan Medicine, University of Michigan. Last review: January 2019. https://www.med.umich.edu/1info/FHP/practiceguides/newpnc/PNC.pdf

Kiserud T, Piaggio G, Carroli G, Widmer M, Carvalho J, Neerup Jensen L, et al. (2017) The World Health Organization Fetal Growth Charts: A Multinational Longitudinal Study of Ultrasound Biometric Measurements and Estimated Fetal Weight. PLoS Med 14(1): e1002220.

Zolpidem serve para ansiedade?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

O zolpidem não serve para tratar a ansiedade, sendo indicado apenas para o tratamento de insônia. Porém, como a insônia pode aumentar o risco de problemas como depressão e ansiedade, o tratamento com zolpidem pode levar também à melhora dessas condições.

No entanto, existem outros medicamentos que têm efeito hipnótico (ou seja, que ajudam a dormir) e que também são ansiolíticos, como os benzodiazepínicos. Exemplos desses medicamentos são:

  • Clonazepam;
  • Bromazepam;
  • Diazepam.

Se notar que continua com muita ansiedade, mesmo resolvendo o problema do sono com o zolpidem, pode conversar com o médico para avaliar a possibilidade de usar um benzodiazepínico. O médico prescreverá por um período curto, pois o uso prolongado (acima de 14 dias) leva a efeitos como atolerância (perda do efeito) ou à dependência do medicamento.

Já o zolpidem pode ser usado por 3 a 12 meses sem serem desenvolvidos os efeitos indesejáveis dos benzodiazepínicos. Por isso, ele é especialmente útil nos casos de insônias que precisam detratamento mais longo (insônias transitórias ou crônicas). É possível que o médico tenha receitado o zolpidem por essas razões.

Leia também:

Referência:

Asnis GM, Thomas M, Margaret A Henderson MA. Pharmacotherapy Treatment Options for Insomnia: A Primer for Clinicians. Int J Mol Sci. 2015 Dec 30;17(1):50.

Dor no tórax ao respirar e movimentar, o que pode ser?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Existem diferentes causas para a dor no tórax ao respirar e movimentar. As causas mais frequentes se relacionam a problemas musculoesqueléticos, como contraturas musculares, dor miofascial, ou artrites. Estas doenças geralmente causam dores que pioram com movimentos ou posturas específicas.

É ainda comum que pessoas que tenham passado por um esforço físico intenso possam ter dor ao respirar e movimentar.

Além disso, outras causas que podem provocar dor aos respirar e movimentar são:

Problemas gastrointestinais

Doenças como esofagite ou refluxo esofágico podem causar dor no tórax ao respirar e movimentar. Por norma, também causam dor em queimação no meio do tórax, que pode piorar após comer ou beber.

Doenças pulmonares

A dor no tórax causada por doenças pulmonares pode ser acompanhada de outros sintomas respiratórios como falta de ar ou tosse. Doenças infecciosas, como a pneumonia, podem causar dor ao respirar e ao movimentar.

Em qualquer caso, é sempre importante uma avaliação médica, especialmente se a dor for muito intensa, piorar em pouco tempo, se irradiar para o braço ou se for acompanhada de outros sintomas como falta de ar ou febre.

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Tomar Ciclo 21 corta a menstruação?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

O Ciclo 21 não corta a menstruação se você já estiver menstruada e quiser tomar o medicamento apenas com essa finalidade. Porém, se você já toma Ciclo 21 como anticoncepcional, a ausência da menstruação (amenorreia) é um efeito comum, mesmo no período de pausa. É por esse motivo que o Ciclo 21 é conhecido por “cortar a menstruação”.

Não dá para fazer a menstruação parar de repente se você já estiver menstruada. No entanto, existem algumas coisas que você pode fazer para tentar diminuir o fluxo ou fazê-lo acabar antes do esperado. São elas:

  • Tomar chá de folha de framboesa, raiz de angélica, canela ou gengibre, 2 a 3 vezes ao dia;
  • Massagear a barriga com óleo de amêndoas morno com algumas gotas de óleo de sálvia e de lavanda, algumas vezes ao dia (ajuda a relaxar o útero);
  • Aplicar compressas ou bolsas de água quente na barriga (ajuda a fazer a menstruação acabar mais rápido, mas aumenta o fluxo);
  • Ter relações sexuais (as contrações causadas pelo orgasmo fazem a menstruação parar mais rápido).

Agora, é possível evitar que a menstruação venha (se você ainda não está menstruada) e já toma a Ciclo 21 ou qualquer outra pílula que precise de pausa entre uma cartela e outra. Para isso, basta começar a nova cartela no dia seguinte ao último comprimido da cartela (sem fazer a pausa). Isso mantém os níveis dos hormônios e, por isso, você acabará por não menstruar.

Ainda que seja eficaz, esta técnica não deve ser repetida muito frequentemente, devendo-se realizar as pausas entre cada cartela como indicado pelo médico e pela bula, para evitar alterações hormonais.

Leia também:

Referências:

Managing an episode of acute uterine bleeding. UpToDate

Natural ways to stop your period: https://www.theaccessproject.org/10-best-herbs-to-stop-your-period/

Can I make my period end faster?: http://www.healthline.com/health/womens-health/how-to-make-your-period-end-faster

Exame histerossalpingografia ajuda a engravidar?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

O exame histerossalpingografia pode ajudar a engravidar, se o problema que está dificultando a gravidez está nas trompas ou tubas uterinas. Isso porque a histerossalpingografia é um exame que ajuda no diagnóstico desse problema, o que é fundamental para iniciar o tratamento, aumentando as chances de gravidez.

Além disso, a histerossalpingografia pode ainda ajudar a limpar as trompas, apesar de essa não ser a sua finalidade. Se a dificuldade para engravidar estiver sendo causada por uma pequena obstrução nas trompas, a pressão exercida durante o exame (para injetar o contraste) pode ser suficiente para limpar as trompas, permitindo a gravidez natural.

Ainda assim, é importante lembrar que existem vários motivos que podem levar uma mulher a ter dificuldade para engravidar, desde problemas no útero, nos ovários, problemas hormonais e até alterações no sêmen do parceiro. Por esse motivo, para confirmar a causa e escolher o melhor tratamento para engravidar é preciso consultar um ginecologista.

Veja se lhe interessa ler também:

Referências:

Lamaita RM, Amaral MC, Cota AM, Ferreira MC. Propedêutica básica da infertilidade conjugal. São Paulo: Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo); 2018. (Protocolo Febrasgo — Ginecologia, número 46 / Comissão Nacional Especializada em Reprodução Humana)

Tomar Glifage emagrece?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Tomar Glifage pode emagrecer, pois este medicamento contribui para a redução de peso. Entretanto, a perda de peso com o Glifage é muito pequena, de cerca de 5%, o que equivale a cerca de 3 a 7 kg.

O Glifage tem como princípio ativo a metformina, que é uma substância muito utilizada no controle da diabetes. A metformina possui como efeito secundário a diminuição do apetite e a redução do peso, por isso, além de tratar a diabetes também facilita o emagrecimento.

Os efeitos do Glifage no peso se iniciam entre 6 meses a um ano.

Embora possa ajudar a perder um pouco de peso, o Glifage não está indicado no tratamento da obesidade, sendo apenas indicado para quem tem diabetes. Quem deseja perder peso deve buscar um acompanhamento nutricional adequado e se for necessário usar medicamentos próprios para este objetivo sob supervisão médica.

Também pode ser do seu interesse:

Referências:

Desilets, A. R., Dhakal-Karki, S., & Dunican, K. C. (2008). Role of metformin for weight management in patients without type 2 diabetes. The Annals of pharmacotherapy, 42(6), 817–826.

Seifarth, C., Schehler, B., & Schneider, H. J. (2013). Effectiveness of metformin on weight loss in non-diabetic individuals with obesity. Experimental and clinical endocrinology & diabetes : official journal, German Society of Endocrinology [and] German Diabetes Association, 121(1), 27–31

Noura T. Shurrab, El-Shaimaa A. Arafa, Metformin: A review of its therapeutic efficacy and adverse effects. Obesity Medicine. Volume 17. 2020.

Tomar anticoncepcional depois da relação faz efeito?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Se você já estiver tomando a pílula regularmente, há algum tempo, ela irá ser eficaz e proteger de uma gravidez após uma relação sexual sem proteção.

Contudo, se você ainda não toma nenhuma pílula, só adianta se o anticoncepcional for a pílula do dia seguinte, ou seja, um contraceptivo de emergência.

Portanto, se você teve uma relação sexual desprotegida e não está tomando regularmente nenhum anticoncepcional, não adianta iniciar a pílula depois da relação, pois ela só começará a fazer efeito após alguns dias.

A maioria das pílulas disponíveis só garantem eficácia na prevenção da gravidez após 1 semana de uso regular e sem esquecimentos, ou outros fatores que possam interferir na eficácia, como uso de medicamentos ou vômitos.

O que você deve fazer se tiver uma relação sexual desprotegida:

Na situação em que se tem uma relação sexual sem proteção e não se usa nenhum método anticoncepcional, o recomendado é tomar a pílula do dia seguinte. Geralmente, a pílula do dia seguinte consiste em 1 ou 2 comprimidos, que são tomados em um ou dois dias, o mais rapidamente possível após a relação sexual.

O limite máximo de tempo para se tomar a pílula do dia seguinte é de até 5 dias após a relação sexual desprotegida, sendo que quanto mais se demora para tomar, maior o risco de gravidez.

Após o uso da pílula seguinte se recomenda iniciar um método contraceptivo definitivo como as pílulas hormonais, que são mais seguras na prevenção de uma gravidez.

Também pode ser do seu interesse:

Nimesulida corta o efeito da pílula anticoncepcional?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

A nimesulida não corta o efeito do anticoncepcional — desde que a pílula seja tomada da maneira correta.

Mas há alguns medicamentos que podem cortar o efeito do anticoncepcional oral (pílula). Alguns exemplos são:

  • Anticonvulsivantes (medicamentos para evitar convulsões): primidona, fenitoína, barbitúricos, carbamazepina, oxcarbazepina, topiramato, felbamato
  • Antibióticos usados para tratar a tuberculose: rifampicina e rifabutina
  • Outros antibióticos: antibióticos macrolídeos, por exemplo, claritromicina, eritromicina
  • Medicamentos antifúngicos: griseofulvina, itraconazol, voriconazol, fluconazol
  • Terapia antirretroviral para HIV / AIDS e tratamento para hepatite C: simeprevir, paritaprevir, ritonavir, nevirapina e efavirenz são alguns exemplos
  • Alguns medicamentos usados para diminuir a pressão, como verapamil, diltiazem (inibidores dos canais de cálcio)

Além destes medicamentos, tome cuidado com o que toma. A erva-de-são-joão (Hypericum perforatum) em chás ou medicamentos para depressão e o suco de toranja (ou grapefruit), por exemplo, também podem cortar o efeito dos anticoncepcionais orais.

Você pode continuar tranquila em relação ao efeito da pílula se estiver tomando a nimesulida, pois ela não aumenta o risco de gravidez. Entretanto, se tomar um dos medicamentos acima pode engravidar mesmo usando o anticoncepcional.

Sempre que tiver dúvida sobre se algum medicamento pode afetar o efeito do anticoncepcional, o ideal é falar com o médico ou farmacêutico. Outra alternativa é usar outro método anticoncepcional além da pílula, como o preservativo feminino ou masculino (camisinha).

Você pode se interessar também:

Referências:

Organização Mundial da Saúde. Criterios médicos de elegibilidad para el uso de anticonceptivos. Quinta edición. 2015

Najimudeen M, Sachchithanantham K. Prescribing Hormonal Contraception. British J Medicine Medical Research. 2016; 15(11): 1-8.

Primeiros dias tomando sertralina: o que esperar?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

Nos primeiros dias tomando sertralina é comum o aparecimento de alguns efeitos colaterais, principalmente náuseas, falta de apetite e tristeza.

Outros efeitos comuns do uso de sertralina incluem:

  • Diarreia
  • Agitação e ansiedade
  • Insônia
  • Náusea
  • Perda de apetite / anorexia
  • Problemas sexuais
  • Dores de cabeça

Efeitos menos frequentes são boca seca, intestino preso, hipotensão (pressão baixa), sonolência, problemas urinários e vômitos. O aumento dos sintomas relacionados à depressão pode acontecer no início do tratamento com a sertralina (tenha atenção e informe seu médico se tiver pensamentos sobre suicídio).

Os efeitos da sertralina podem surgir até 7 dias depois que você começou a tomar o medicamento, mas normalmente são necessárias algumas semanas.

O uso do alprazolam associado à sertralina ajuda a reduzir a ansiedade mais rápido. Entretanto, isso pode aumentar os sintomas de depressão, como a tristeza que você está sentindo, e a perda de apetite.

O alprazolam deve ser usado por um período curto a partir do início do tratamento porque pode causar dependência. Além disso, o organismo “se acostuma” com a dose inicial e depois de algum tempo passa a precisar de uma quantidade maior para obter o mesmo efeito. Por isso, nunca aumente a quantidade de medicamento que toma sem a indicação do médico.

Leia também:

Referências:

D S Baldwin DS, Birtwistle J. The side effect burden associated with drug treatment of panic disorder. J Clin Psychiatry. 1998; 59 Suppl 8:39-44; discussion 45-6.

Ait-Daoud N, Hamby AS, Sharma S, Blevins D. A Review of Alprazolam Use, Misuse, and Withdrawal. J Addict Med. 2018; 12(1): 4–10.

Cipriani A, La Ferla T, Furukawa TA, Signoretti A, Nakagawa A, Churchill R, McGuire H, Barbui C. Sertraline versus other antidepressive agents for depression. Cochrane Database Syst Rev. 2014; (4): CD006117.

Quais são as causas da dor no pé da barriga e nas costas em homens e mulheres?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

As causas de dor no pé na barriga e nas costas podem variar entre os homens e as mulheres. Uma causa comum a ambos os sexos são as pedras nos rins. Nos homens, ela pode ser causada por problemas na próstata, quando associada a outros sintomas. Nas mulheres, há algumas causas ginecológicas possíveis.

Pedras nos rins

Os cálculos renais (pedras nos rins) são um problema de saúde comum que acometem homens e mulheres. Eles podem causar dor intensa no pé da barriga e nas costas (na região lombar, abaixo das costelas).

A dor aparece como cólica, do lado onde fica o rim com o problema. Também podem aparecer sintomas urinários (dor, urgência, urina turva ou com sangue).

Há fatores que aumentam o risco de desenvolvê-las ou apresentar sintomas:

  • Obesidade
  • Gravidez
  • Doenças como gota, diabetes e hipertensão
  • Infecções urinárias repetidas (há maior risco de desenvolver as pedras de estruvita)

Se a pedra nos rins pode ser a causa da sua dor, você precisa de cuidados médicos.

Quando você elimina a pedra, ela pode ser analisada para saber qual é a composição. Conhecer a composição das pedras pode ser importante para diminuir o risco de que elas voltem a aparecer. As mais comuns são formadas por oxalato de cálcio (70% a 80% dos casos). Também podem ser formadas por:

  • Fosfato de cálcio
  • Ácido úrico (o risco de ter uma pedra no rim com essa composição aumenta com a idade)
  • Cistina
  • Estruvita

Se elas forem de oxalato de cálcio (as mais comuns), o risco de que volte a formar outras pedras no seu rim é alto. Há cuidados que podem ser tomados para evitar que isso ocorra, como beber mais água e evitar certos alimentos.

Outros problemas que causam estreitamento ou obstrução das vias urinárias também podem causar os mesmos sintomas.

Dor no pé da barriga e nas costas nos homens: problemas da próstata

Se você é homem e está com dor ou desconforto no pé da barriga e nas costas há algum tempo, pode estar com prostatite ou com a síndrome da dor pélvica crônica.

A prostatite pode ter como causa uma inflamação ou infecção da próstata.

A síndrome da dor pélvica crõnica também é chamada prostatite crônica, apesar de não se saber ao certo se a próstata é a responsável pela dor. O diagnóstico se baseia na presença de sintomas e exclusão de outras causas.

O problema é mais comum entre os homens com 50 a 60 anos. Podem ser indicados anti-inflamatórios e acupuntura para a redução dos sintomas.

Dor é o primeiro sintoma no caso de problemas de próstata. Ela pode estar presente:

  • No pé da barriga e nas costas
  • Na região entre o saco escrotal e o ânus
  • Nos testículos
  • No pênis
  • Ao urinar
  • Ao ejacular

Ela difere da dor devido às pedras nos rins e tem duração variável. Sintomas urinários (maior frequência e urgência para urinar) ou alguma disfunção sexual (ejaculação precoce ou disfunção erétil) podem estar presentes.

Muitos pacientes com esses sintomas também têm dores em outras regiões do corpo. Nesses casos, os sintomas podem ser parte de outras síndromes de dor crônica, como a síndrome do intestino irritável, fibromialgia ou enxaquecas.

Dor no pé da barriga e nas costas em mulheres: causas ginecológicas

A dor no pé da barriga e nas costas nas mulheres pode ser normal durante a menstruação (cólicas) e durante o trabalho de parto (contrações). Há também alguns problemas de saúde e complicações na gravidez que podem causá-la:

  • Endometriose, adenomiose ou mioma uterino
  • Torção ovariana
  • Aborto, gravidez ectópica, trabalho de parto prematuro ou descolamento de placenta

Nesses casos, é importante procurar cuidados médicos.

Endometriose, adenomiose e miomas uterinos

Nesses casos, outros sintomas frequentes são o fluxo menstrual intenso e dor durante as relações sexuais. O útero está aumentado nos resultados do ultrassom.

Torção ovariana

A dor no pé da barriga e nas costas aparece de repente e pode ser moderada a intensa. Ela pode ser causada pela falta de circulação sanguínea adequada no ovário e na tuba quando ocorre a torção ovariana. A maior parte dos casos de torção ovariana acontece em mulheres em idade reprodutiva.

O risco de acontecer é maior:

  • Nos casos de tratamento para engravidar e hiperestímulo ovariano
  • Durante a gravidez
  • Nas mulheres com síndrome dos ovários policísticos
  • Quando já houve uma torção ovariana anteriormente

Na maior parte dos casos, o ovário pode ser preservado e recuperado com uma cirurgia.

Durante a gravidez

A dor parecida com cólica no pé da barriga e nas costas durante a gestação podem indicar algum problema. Por isso, procure um médico com urgência se ela for moderada ou intensa. Ela pode indicar:

Aborto espontâneo

Nesse caso, além da dor no pé da barriga e nas costas, haverá sangramento pela vagina.

Gravidez ectópica

A dor intensa no pé da barriga e nas costas pode acontecer quando há o rompimento da tuba uterina devido a uma gravidez ectópica. Isso pode causar hemorragia grave. Por isso, procure um médico com urgência se você teve um atraso menstrual, está sentindo essa dor, seguida por sangramento vaginal.

A gravidez ectópica é uma gravidez em que o embrião está se desenvolvendo em outro lugar que não seja o útero. O mais comum é que esse lugar seja a tuba uterina.

Trabalho de parto prematuro

O trabalho de parto prematuro pode ser identificado quando as contrações (dores moderadas ou intensas espaçadas no pé da barriga e nas costas) começam antes da gestação completar 37 semanas. Se isso acontecer, procure seu médico com urgência.

Não é sempre que há contrações antes do tempo que você já está em trabalho de parto. Preste atenção a alguns sinais que podem estar presentes e indicar o trabalho de parto em andamento:

  • Cólicas parecidas com as menstruais
  • Contrações leves e irregulares
  • Dor nas costas, na região lombar
  • Sensação de pressão na vagina ou no pé da barriga
  • Corrimento vaginal que parece muco, podendo ser claro, rosado ou levemente sanguinolento
  • Leve sangramento vaginal
Descolamento de placenta

As gestantes com descolamento de placenta apresentam sangramento vaginal, dor na barriga com contrações uterinas fracas e frequentes. A dor nas costas pode estar presente, dependendo da posição da placenta no útero.

Nesse caso, é preciso procurar um médico com urgência para avaliação. O descolamento de placenta pode ser pequeno e não trazer efeitos negativos para a gestante ou para o bebê. Dependendo da dimensão do descolamento, ele pode trazer riscos para a gestante e para o bebê.

Você também pode querer ler:

Dor no pé da barriga em homens: as 10 causas mais comuns e como tratar?

Dor no pé da barriga: o que pode ser?

Dor no pé da barriga durante a gravidez, o que pode ser?

Referências:

Kidney stones in adults: Epidemiology and risk factors. UpToDate

Chronic prostatitis and chronic pelvic pain syndrome. UpToDate

Dysmenorrhea in adult females: Treatment. UpToDate

Ectopic pregnancy: Epidemiology, risk factors, and anatomic sites. UpToDate

Preterm labor: Clinical findings, diagnostic evaluation, and initial treatment. UpToDate

Ovarian and fallopian tube torsion. UpToDate

Placental abruption: Pathophysiology, clinical features, diagnosis, and consequences. UpToDate

O que pode causar dor no pé da barriga e corrimento?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

As principais causas para as dores no pé da barriga em mulheres que também têm corrimento são os problemas ginecológicos. Os principais são:

  • Infecções e doença inflamatória pélvica
  • Endometriose
  • Cirurgias
  • Menopausa
  • Presença de algum corpo estranho na vagina
  • Câncer

O corrimento vaginal é mais comum nas mulheres que usam:

  • Protetores diários de calcinhas
  • Produtos para a higiene feminina, como desodorante, pó ou sabonete íntimo
  • Calcinhas apertadas ou de tecido sintético

Nesses casos, não é comum haver dor no pé da barriga. Isso só vai acontecer se houver inflamação associada ao corrimento.

Veja algumas características de cada uma das causas mais comuns para a dor no pé da barriga com corrimento.

Infecções e doença inflamatória pélvica (DIP)

A dor no pé da barriga com corrimento pode ser causada por infecções ginecológicas. O corrimento pode ser amarelado, esverdeado ou espumoso, principalmente. Pode ter cheiro e causar coceira. As infecções não tratadas podem causar a doença inflamatória pélvica.

A doença inflamatória pélvica (DIP) também pode causar a dor pélvica, abdominal e dor durante as relações sexuais, além de corrimento vaginal. Ela é causada por uma infecção no útero, tubas ou ovários que frequentemente envolve os órgãos próximos. Pode causar infertilidade.

A maior parte dos casos de DIP é causada por um agente infeccioso transmitido através do sexo sem o uso de preservativo. O sexo com muitos parceiros e sem proteção é o principal fator de risco para desenvolver a doença. O uso correto do preservativo em todas as relações sexuais com parceiros que não são fixos ou que são recentes reduz bastante o risco de DIP.

Mulheres que não fazem sexo ou que têm apenas um parceiro há muito tempo raramente vão desenvolvê-la.

Outras causas menos frequentes para as infecções ginecológicas que podem levar à dor no pé da barriga e corrimento são:

  • Casos agudos de infecções por bactérias intestinais ou respiratórias
  • Peritonites e abscessos pós-operatórios
  • Infecções pélvicas relacionadas à gravidez
  • Infecções causadas por traumas ou lesões
  • Infecções secundárias a apendicite, diverticulite ou tumor

Elas podem causar um quadro de sintomas parecido com o da DIP.

Endometriose

Ela é a causa mais comum da dor no pé da barriga crônica (já dura entre 3 a 6 meses). Também pode causar:

  • Corrimento marrom
  • Dor durante as relações sexuais
  • Alterações no fluxo menstrual
  • Infertilidade.

A endometriose é o desenvolvimento de células do endométrio (camada mais interna do útero) fora do útero. Isso causa inflamação, responsável pela dor. Pode afetar as mulheres antes da menarca, durante a vida reprodutiva e após a menopausa.

Cirurgias

Em casos de cirurgias ginecológicas recentes, a dor na região pélvica é normal. Um corrimento rosado pode aparecer devido à presença de sangue no muco vaginal. Outras regiões da barriga também podem doer. Esses são sintomas normais logo após a cirurgia.

A dor e o corrimento rosado tentem a diminuir com o passar dos dias. Entre em contato com seu médico se tiver alguma dúvida sobre se a sua recuperação está sendo normal. Alguns sinais de alerta são o aumento da dor ou o aparecimento de algum outro sintoma, como febre.

Em casos de cirurgias na região pélvica em que foi utilizada uma malha sintética, há possibilidade de que ela se desloque e cause desconforto vaginal. Há casos em que é possível sentir a malha saindo pela vagina ou pela uretra. Isso pode causar dor vaginal, principalmente durante as relações sexuais, e infecções.

Nos casos de infecção, a dor está associada a corrimento. Dependendo da cirurgia, pode ainda causar problemas intestinais e urinários.

Menopausa

A dor no pé da barriga com corrimento aquoso e transparente pode acontecer depois da menopausa devido a um processo inflamatório. As mudanças hormonais que ocorrem nessa fase podem ser a causa.

Entretanto, o mais comum na menopausa é a secura vaginal. Ela também pode levar à dor no pé da barriga, especialmente durante as relações sexuais.

Presença de corpo estranho na vagina

O corpo pode reagir com dor e corrimento à presença de um corpo estranho ou produtos colocados na vagina. Exemplos são:

  • Tampão vaginal (diafragma)
  • Preservativo: se for esquecido dentro da vagina
  • Espermicidas
  • Sabonetes íntimos e outros produtos para higiene íntima
  • Lubrificantes

Quando uma criança se queixar de dor no pé da barriga com corrimento, ela pode ter colocado algo no interior da vagina. Essa possibilidade precisa ser avaliada especialmente nesses casos.

Câncer

Quando o câncer vaginal causa sintomas, os mais comuns são:

  • Sangramento vaginal depois das relações sexuais ou após a menopausa
  • Corrimento aquoso, com sangue / rosado ou com cheiro ruim
  • Dor no pé da barriga ao urinar ou vontade frequente de urinar
  • Problemas intestinais

Não é comum que o câncer cause sintomas. Todos esses sintomas podem estar associados a outros problemas de saúde.

Há outras causas para a dor no pé da barriga e corrimento que não sejam os problemas ginecológicos?

Em algumas situações, o corrimento pode ser originado por problemas da bexiga ou nos intestinos. Ele pode estar associado à dor abaixo do umbigo em alguns casos de infecção urinária, câncer de bexiga ou de intestino.

Preste atenção para saber se o corrimento está saindo da vagina. Você pode percebe isso observando:

  • O local que fica manchado no absorvente ou protetor de calcinha
  • Se o corrimento só sai quando você vai ao banheiro para urinar
  • Se o corrimento só sai com as fezes
Preciso procurar um médico?

Sim, pois a maior parte das causas de dor no pé da barriga e corrimento precisam de tratamento.

O médico vai fazer algumas perguntas para investigar as possíveis causas. Depois, vai examinar a parte de fora da vagina e a vagina. Pode colher uma amostra do corrimento para investigar infecções ou pedir outros exames para saber qual é o tratamento indicado para o seu problema.

Você pode querer ler também:

Dor no pé da barriga: o que pode ser?

Corrimento branco, o que pode ser?

Corrimento vaginal: significado das cores do corrimento (branco, amarelado, cinza, esverdeado, marrom, vermelho, rosa)

Referências:

Transvaginal synthetic mesh: Management of exposure and pain following pelvic surgery. UpToDate

Endometriosis: Pathogenesis, clinical features, and diagnosis. UpToDate

Pelvic inflammatory disease: Clinical manifestations and diagnosis. UpToDate

Pelvic inflammatory disease: Pathogenesis, microbiology, and risk factors. UpToDate

Patient education: Vaginal discharge in adult women (Beyond the Basics). UpToDate

Patient education: Vaginal cancer (The Basics). UpToDate