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Monocitose tem cura? Qual o tratamento?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Monocitose tem cura e o tratamento depende da doença ou condição que está causando o aumento dos monócitos no sangue. Lembrando que a monocitose não é propriamente uma doença, mas sim um sinal. Portanto, uma vez eliminada a causa, o número de monócitos deve voltar ao normal.

A monocitose é o aumento do número de monócitos, um tipo de glóbulo branco presente no sangue que faz parte do sistema imunológico. São células de defesa que desempenham um papel importante no combate a micro-organismos invasores e processos inflamatórios.

Assim, o tratamento não incide sobre a monocitose em si, mas sim sobre a sua causa, que pode ser muito variada. Algumas das doenças e condições que podem aumentar os monócitos no sangue:

  • Infecções agudas ou crônicas;
  • Doenças inflamatórias gastrointestinais;
  • Doenças infecciosas;
  • Câncer;
  • Processos inflamatórios;
  • Uso de corticoides;
  • Quimioterapia;
  • Retirada do baço.

Saiba mais em: O que significa monocitose confirmada em hemograma?

A alteração no número de monócitos deve ser avaliada pelo médico que solicitou o exame de sangue, que poderá então encaminhar o paciente para algum especialista ou iniciar o tratamento, quando necessário.

A monocitose isolada, sem outros sinais e sintomas associados, não é uma situação comum. Nesses casos, o paciente deve ser acompanhado de perto pelo médico para receber uma avaliação detalhada ou repetir o exame.

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Bexiga hiperativa tem cura? Qual o tratamento?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Bexiga hiperativa pode ter cura ou não, depende da causa desse problema.

Quando a bexiga neurogênica for causada por problemas tratáveis, como uma infecção urinária ou enfraquecimento da musculatura, por exemplo após cirurgias ginecológicas ou urológicas, grande parte dos pacientes atingem a cura completa com o tratamento específico.

Entretanto, causas irreversíveis, como lesão medular, paraplegia, esclerose múltipla ou doenças crônicas que levem a lesão nervosa e disfunção do músculo, não tem ainda tratamentos eficazes. Portanto, o objetivo passa a ser a prevenção de doenças renais, melhora do tônus muscular e orientações para uma melhor qualidade de vida, como o uso de cateterismo vesical intermitente, fisioterapia funcional, entre outros.

O tratamento pode ser feito com:

  • Medicamentos
  • Fisioterapia
  • Aplicações de toxina botulínica tipo A no músculo responsável pela contração da bexiga
  • Mudanças de comportamento
  • Instalação de sondas vesicais, ou cateterismo vesical intermitente
  • Cirurgias

Nos casos graves de bexiga hiperativa, pode ser necessária a implantação de dispositivos eletrônicos na medula espinhal ou na própria bexiga (marcapasso) para regular a atividade do órgão.

Medicamentos

O uso de medicamentos como Detrusitol LA, Enablex, Retemic UD, relaxam a musculatura, com isso reduzem as contrações involuntárias da bexiga, melhorando a sua função.

Fisioterapia

O papel da fisioterapia no tratamento da bexiga hiperativa pode ser realizado de 3 formas: reabilitação do assoalho pélvico, eletroestimulação e treinamento vesical.

A reabilitação é feita através de um aparelho de biofeedback, que garante que o paciente está contraindo os músculos certos.

A eletroestimulação é realizada pela vagina ou através do nervo tibial posterior, localizado atrás do calcanhar.

Já o treinamento vesical é uma tentativa do paciente voltar a ter controle sobre a vontade de urinar, como uma boa taxa de sucesso.

Toxina botulínica tipo A (botox)

As injeções de toxina botulínica são aplicadas em vários pontos da bexiga, diminuindo as contrações do órgão. A duração do tratamento é de 6 a 9 meses. Após este período, é necessário fazer uma nova aplicação.

Mudanças comportamentais
  • Urinar com hora certa, a cada 2 horas;
  • Controlar a ingestão de líquidos;
  • Evitar bebidas com cafeina como café, chás, energéticos e refrigerantes à base de cola, com cafeina, produtos adoçados com aspartame, sucos cítricos e álcool;
  • Evitar comer alimentos à noite com muita água, como melancia e melão;
  • Deixar de beber líquidos 3 horas antes de ir dormir;
  • Dar preferência a alimentos ricos em fibra para favorecer o funcionamento do intestino, pois as fezes acumuladas pressionam a bexiga.

O cateterismo intermitente realizado pelo/a próprio/a paciente deve ser devidamente orientado pelo/a médico/a assistente. Tanto o cateterismo quanto a cirurgia, são medidas adotadas quando todas as opções foram tentadas sem alcançar a resposta esperada.

O tratamento da bexiga hiperativa é da responsabilidade do/a médico/a urologista.

Saiba mais sobre esse tema nos artigos:

O que é bexiga hiperativa e quais os sintomas?

Bexiga neurogênica: Quais as causas, sintomas e tratamento?

Pólipo endometrial pode virar câncer?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

O risco de um câncer de endométrio ter origem num pólipo endometrial é bastante baixo, já que menos de 1% dos pólipos endometriais apresentam células cancerígenas dentro deles. Na grande maioria dos casos, o pólipo é benigno e não evolui para câncer.

Pólipos endometriais grandes (mais de 15 mm) na pós-menopausa normalmente são os que requerem mais atenção no que se refere ao risco de malignização. A taxa de câncer nesses casos pode chegar a 3%.

Mulheres com mais de 60 anos de idade e as que apresentam sangramentos uterinos depois da menopausa também podem ter mais chances de desenvolver câncer de endométrio.

Portanto, os principais fatores de risco para que um pólipo endometrial evolua para câncer são o tamanho do pólipo, a presença de sangramentos uterinos anormais, a idade da mulher e o seu estado reprodutivo (idade fértil ou menopausa).

Contudo, não há um consenso de que o pólipo endometrial favoreça o aparecimento de um tumor maligno ou aumente as chances da mulher desenvolver câncer de endométrio (parte interna do útero).

A incidência de câncer endometrial nessas pacientes pode não ser necessariamente maior do que nas mulheres que não têm pólipos. Isso porque as pacientes com pólipos endometriais sintomáticos são submetidas mais vezes à histeroscopia, o que aumenta as chances de diagnosticar um eventual câncer.

Mulheres que não têm pólipos endometriais ou têm e não manifestam sintomas (sangramentos uterinos anormais), não fazem tantas histeroscopias. Este exame, que permite visualizar o interior do útero através de um aparelho com uma microcâmera na sua extremidade, é o mais utilizado no diagnóstico e tratamento do pólipo endometrial.

Veja também: Qual é o tratamento para pólipo endometrial?

É possível que a presença dos sintomas do pólipo conduzam a uma investigação médica que leve ao diagnóstico do câncer de endométrio. Além disso, o tumor pode não ter necessariamente origem no pólipo, mas em qualquer outra parte do endométrio.

Mesmo com um baixo risco de malignização, o tratamento cirúrgico ainda é indicado em casos de pólipos que causam sintomas.

Saiba mais em: Pólipo endometrial causa dor? Quais são os sintomas?

Portanto, ainda é controverso se a presença de pólipos endometriais pode ser considerado um fator de risco para desenvolver câncer de endométrio, uma vez que faltam evidências para se poder afirmar com certeza que um pólipo pode evoluir para câncer.

Quais os sintomas da insuficiência venosa?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Um dos principais sinais de insuficiência venosa é o aparecimento de veias elevadas e dilatadas (varizes), principalmente nas pernas. Essas veias têm trajetos tortuosos e coloração azulada, podendo levar anos para se tornarem evidentes.

As varizes são o principal sintoma da insuficiência venosa crônica.

Outros sinais e sintomas da insuficiência venosa incluem:

  • Dor,
  • Peso nas pernas,
  • Cansaço,
  • Sensação de queimaduras ou formigamento,
  • Cãibras,
  • Prurido (coceira),
  • Edema (inchaço).

Os sintomas geralmente pioram ao final do dia, em dias mais quentes, ou em situações de distúrbios hormonais ou ciclo menstrual.

Como ocorre a insuficiência venosa?

O sangue circulante no corpo desce até os pés quando é bombeado pelo coração. Porém, para descer, o sangue é auxiliado pela gravidade. Para voltar ao coração, ele precisa de uma ajuda, que vem da contração dos músculos das panturrilhas e através de válvulas muito pequenas existentes na parede das veias que executam um trabalho fundamental no retorno sanguíneo. Essas válvulas atuam abrindo-se e fechando-se constantemente, impulsionando o sangue para cima, no sentido do coração.

Na insuficiência venosa, esse funcionamento complexo é afetado e o sangue acumula-se nas pernas. O acúmulo de sangue ocorre nos locais em que as válvulas não estão funcionando. Logo, ocorre um aumento de pressão no interior das veias que dilata os vasos sanguíneos, levando ao aparecimento de varizes.

A insuficiência venosa e as varizes são mais comuns nas mulheres devido à ação do hormônio progesterona, que deixa as paredes das veias mais fracas e mais fáceis de se dilatarem. Com paredes mais frágeis, as veias não fornecem um bom suporte para impulsionar o sangue de volta para o coração.

O diagnóstico e tratamento da insuficiência venosa é da responsabilidade do/a médico/a angiologista ou cirurgião/ã vascular.

Saiba mais em:

Quais as causas da insuficiência venosa?

Insuficiência venosa tem cura? Como é o tratamento?

Como identificar uma crise de asma?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A crise de asma pode ser identificada com o aumento progressivo de alguns dos sintomas respiratórios, como tosse seca persistente, falta de ar, chiado no peito, sensação de aperto no peito e incapacidade de falar frases longas.

A crise de asma pode ocorrer em pacientes já asmáticos ou em pessoas que nunca tiveram asma, sendo uma primeira manifestação doença. A crise pode ser classificada como leve, moderada ou grave, podendo ser necessário internação hospitalar e uso de oxigênio.

O que pode causar uma crise de asma?

Em geral, uma crise de asma é uma resposta a algum agente externo ao qual o paciente apresenta uma reação alérgica (vírus, ácaros, mofo, pelos de animais, baratas, pólen, poluentes, fumaça de cigarro, etc). Porém, alguns pacientes podem ter início súbito da crise sem uma clara exposição a um tipo específico de alérgeno.

O paciente com suspeita de crise de asma deverá ser avaliado por um/a médico/a em serviço de urgência e seguir o tratamento ambulatorial para controle da doença. Quem já tem o diagnóstico de asma e possui um plano de auto manejo deve seguir como a recomendação médica.

O que é asma e quais são os sintomas?

A asma é uma doença inflamatória crônica das vias aéreas definida por um histórico de sintomas respiratórios e uma limitação na expiração do fluxo de ar. As crises de asma geralmente começam na infância, embora a doença possa aparecer em qualquer idade.

Os sintomas incluem tosse, chiado no peito, falta de ar, sensação de aperto no peito com esforços físicos, cansaço e dificuldade em realizar tarefas do dia-a-dia.

Com o passar do tempo, os sintomas da asma podem variar significativamente, podendo inclusive desaparecer espontaneamente. Porém, mesmo sem manifestações, a asma continua estando presente, uma vez que a doença não tem cura.

Qual é o tratamento para asma?

O tratamento da asma é feito com controle dos alérgenos do ambiente e com o uso de medicamentos anti-inflamatórios (sendo os corticoides inalados os mais comuns). O objetivo do tratamento da asma é controlar a inflamação dos brônquios e das vias aéreas. Além dos anti-inflamatórios, podem também ser prescritos medicamentos broncodilatadores e imunomoduladores.

A exacerbação da asma está associada algumas vezes ao não seguimento do tratamento de controle diário que o paciente deve fazer.

Essa piora da doença é um quadro agudo ou subagudo que vai necessitar de uma mudança no esquema de tratamento habitual do paciente.

O tratamento da asma deve ser contínuo e os cuidados para prevenir as crises devem se diários. O diagnóstico precoce e o manejo da crise de asma pode salvar a vida do paciente.

Com o tratamento adequado e a doença controlada, a pessoa com asma pode ter uma vida normal, sem limitações profissionais, esportivas ou nas atividades de vida diária.

Para que serve e como tomar acetilcisteína? É indicado para tosse?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Acetilcisteína® é um expectorante indicado para tosse, com objetivo de auxiliar a expectoração e eliminar as secreções pulmonares. Especialmente na presença de secreção densa e viscosa de difícil expectoração.

É utilizado em casos de bronquite crônica, pneumonia, enfisema pulmonar, atelectasias pulmonares (fechamento dos brônquios) e mucoviscidose (doença hereditária que provoca a produção de muco espesso chamada de fibrose cística).

Pode ainda ser usado para casos de intoxicações por paracetamol.

Pacientes com asma e bronquite aguda devem ser avaliados antes de fazer uso da medicação, pelo risco de broncoespasmo.

Como tomar acetilcisteína®?

Não é necessário prescrição médica para adquirir a acetilcisteína®, entretanto, é importante seguir a orientação médica para seu uso.

Acetilcisteína® xarope

Acetilcisteína pediátrico 20 mg/ml

Crianças de 2 a 4 anos: devem usar 100 mg (5 ml) de 2 a 3 vezes ao dia.

Crianças acima de 4 anos: devem utilizar 100 mg (5 ml) de 3 a 4 vezes ao dia.

Acetilcisteína adulto 40 mg/ml

Para os adultos, a dose de 600 mg (15 ml) é indicada 1 vez ao dia, de preferência à noite.

Acetilcisteína® granulado

Acetilcisteína pediátrico granulado de 100 mg

Crianças de 2 a 4 anos: devem usar 100 mg (1 envelope) de 2 a 3 vezes ao dia.

Crianças acima de 4 anos: devem utilizar 100 mg (1 envelope) de 3 a 4 vezes ao dia.

Acetilcisteína adulto 200 mg e 600 mg

Granulado de 200 mg: deve-se usar 200 mg (1 envelope) de 2 a 3 vezes ao dia.

Granulado de 600 mg: deve-se usar 600 mg (1 envelope), 1 vez ao dia e, de preferência à noite.

O tratamento deve durar de 5 a 10 dias para acetilcisteína xarope ou granulado e se os sintomas persistirem o médico precisa ser contactado.

Acetilcisteína é indicado para tosse?

O medicamento é indicado para pessoas que apresentam tosse produtiva (com secreção). A acetilcisteína® age modificando as características da secreção, tornando-a mais líquida e fluida, o que facilita sua expectoração.

Contraindicações da acetilcisteína®
  • Pessoas alérgicas à acetilcisteína e componentes da fórmula;
  • Mulheres grávidas ou que estão amamentando;
  • Crianças menores de 2 anos.
Precauções ao uso de acetilcisteína®
  • Pessoas que têm ou tiveram úlcera péptica, uma vez que o uso do medicamento pode irritar a mucosa gástrica;
  • Pessoas idosas e crianças pequenas com dificuldade para expectorar, devido ao risco de bronco aspiração;
  • Pacientes asmáticos que apresentarem broncoespasmo devem ter o tratamento com acetilcisteína suspenso;
  • Pessoas diabéticas devem ter cuidado ao uso de acetilcisteína, pois a medicação contém sacarose (açúcar).
Efeitos colaterais da acetilcisteína®

Os efeitos colaterais mais comuns associados ao uso oral de acetilcisteína são gastrointestinais.

Reações alérgicas como choque anafilático, broncoespasmo, edemas e coceira têm sido mencionadas com menor frequência.

Antes do uso de qualquer medicamento, consulte o seu médico. Utilize acetilcisteína conforme a prescrição médica.

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Secreção pulmonar: qual o tratamento?

Faz 5 dias que sinto leve vibração parte de trás perna...
Dr. Charles Schwambach
Dr. Charles Schwambach
Médico

Lembra mais algo ostemuscular que alguma coisa relacionada a trombose (não são estes os sintomas), precisa procurar um médico, preferencialmente um ortopedista para ver o que está acontecendo.

Existe um remédio para diminuir a menstruação?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Sim, existe remédio para diminuir a menstruação. Porém o remédio, ou procedimento indicados, vão depender da causa do sangramento.

Os tratamentos podem ser desde apenas uma observação, uso de medicamentos como anticoncepcionais, anti-inflamatórios não esteroides ou antifibrinolíticos, até procedimentos cirúrgicos.

Talvez mais importante do que o remédio ou tratamento indicados, seja identificar os sinais e sintomas de um fluxo menstrual anormal, fluxo considerado aumentado (menorragia), para que nesses casos procure rapidamente um médico ginecologista, que saberá definir a causa e iniciar um tratamento, evitando maiores riscos e complicações para a saúde da mulher.

Sinais e sintomas de fluxo menstrual aumentado

Os sinais e sintomas que sinalizam que fluxo menstrual aumentado de maneira anormal, são principalmente, quando:

  • O absorvente íntimo ou tampão vaginal duram menos de 2h;
  • O sangramento ultrapassa a roupa de cama, mancha o colchão, ou roupa em uso, regularmente;
  • Quando o sangramento vem acompanhado de coágulos grandes (maior do que 1 cm);
  • O sangramento é abundante desde a primeira menstruação;
  • Menstruação dura mais de 7 dias;
  • Quando é preciso a troca de mais de 7 absorventes cheios por dia.
Causas de fluxo menstrual aumentado (menorragia)

A principal causa de sangramento uterino aumentado, chamado de menorragia nos termos médicos, é a anovulação, situação que necessita de tratamento específico, podendo ser feito com anticoncepcionais, anti-inflamatórios não esteroidais ou procedimentos cirúrgicos.

Outras causas para fluxo menstrual anormal são:

  • Distúrbios hematológicos,
  • Presença de pólipos, miomas ou outros tipos de tumores,
  • Doença inflamatória pélvica,
  • Uso crônico de certos tipos de medicamentos,
  • Gestação ectópica.
O que é um ciclo anovulatório?

É o ciclo aonde os ovários não liberam um óvulo, assim não é formado o corpo lúteo (resquício do óvulo dentro do ovário). O corpo lúteo por sua vez, tem a função de produzir progesterona, que se opõe ao estrogênio, não permitindo que estimule de maneira excessiva o útero. Quando não ocorre a ovulação e formação do corpo lúteo, o estrogênio age sozinho no ciclo, aumentando ainda mais a parede do útero, que quando descama leva a um sangramento aumentado.

Algumas vezes a quantidade de sangue é tão grande, que necessita de abordagem cirúrgica para controlar a hemorragia e evitar maior risco para a mulher.

Uma das causas comuns de ciclo anovulatório é a síndrome dos ovários policísticos (SOP).

Tratamento para diminuir o fluxo menstrual

O tratamento, será sempre baseado na causa do problema.

No caso de anovulação, como descrito mais acima, o tratamento será com medicamentos anticoncepcionais, anti-inflamatórios não esteroides ou cirurgia, quando indicado.

Para caso de distúrbios hematológicos será preciso uma investigação pormenorizada pelo médico hematologista.

Nos casos de presença de pólipos, miomas e tumores, provavelmente será indicado cirurgia para sua retirada e estudo histopatológico da peça.

Na doença inflamatória pélvica será preciso o uso de antibióticos orais e tópicos. O uso crônicos de medicações, devem ser suspensas pelo médico.

E a gravidez ectópica é uma emergência médica que leva a risco de morte para a mulher, por isso devemos estar atentas aos sinais dessa condição.

Existem ainda casos de distúrbios metabólicos, como doenças do fígado, rins e outros órgãos, que podem apresentar como primeiros sintomas, o distúrbio do ciclo menstrual.

Portanto, recomendamos que procure um médico ginecologista, profissional responsável por avaliar esse transtorno e capacitado para definir a causa e planejar o melhor tratamento para o seu caso.

Leia também:

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Qual exame de sangue para detectar alergia?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Atualmente, até existem alguns exames de sangue para o diagnóstico de reações alérgicas induzidas por fármacos, contudo, raramente são utilizados na prática clínica.

Alguns testes ainda não estão disponíveis nos laboratórios, como o teste de IgE  específica ao medicamento, e outros são usados apenas em situações muito específicas, como as concentrações de triptase e histamina no soro, que estão indicadas em algumas situações de anafilaxia. Outros exames existentes estão em fase de estudo e não são ainda usados pelos médicos.

Usualmente, o diagnóstico de alergia a fármacos é feito mais comumente através da história clínica, de testes cutâneos e pelo teste de provocação oral.

Em relação a história do paciente, o médico geralmente avalia a relação entre a tomada do medicamento e o aparecimento dos sintomas, se já teve ou não sintomas semelhantes no passado, e também se tem outras alergias ou doenças.

Leia também: Como identificar uma alergia a medicamentos?

Após uma avaliação detalhada da história podem ser realizados alguns exames em centros especializados. Entre eles, o exame inicial costuma ser  o teste cutâneo, onde a testagem para alguns fármacos como antibióticos beta-lactâmicos, relaxantes neuro-musculares e heparinas, pode ser realizada de forma rápida e simples.

Outro exame que pode ser realizado é a provocação oral, que consiste na tomada de pequenas doses do medicamento, de forma progressiva, sob rigorosa observação e em ambiente de segurança, até se chegar a dose normalmente prescrita do fármaco ou até o aparecimento de sintomas, quando o teste é interrompido. 

O teste de provocação é o exame considerado padrão-ouro, pois através dele pode-se de fato confirmar ou descartar a alergia a determinado fármaco. Ele pode ser utilizado com os seguintes medicamentos: anti-inflamatórios, anestésicos locais, antibióticos beta-lactâmicos ou não beta-lactâmicos.

Esse tipo de teste não pode ser realizado naquelas pessoas que já apresentaram reações cutâneas ou sistêmicas muito graves como Síndrome de Stevens-Johnson, DRESS, entre outras.

Veja também: O que fazer em caso de reação alérgica

Caso apresente alergia a algum medicamentos compareça a uma consulta para uma avaliação inicial com o seu médico de família ou clínico geral. Para uma investigação mais especializada pode ser realizado um encaminhamento ao médico alergologista, especialista em alergias.

Biópsia da próstata: como é feito o procedimento?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A biópsia da próstata é feita através da retirada de uma pequena amostra de tecido do órgão, que é então avaliada ao microscópio para detectar doenças. A biópsia da próstata é normalmente indicada quando há suspeita de câncer de próstata após uma avaliação clínica e laboratorial.

O procedimento é geralmente realizado pela via transretal (ânus-reto) e pode ser efetuado no próprio consultório médico, com o paciente acordado e com anestesia local.

Para fazer a biópsia da próstata, o paciente deita-se de lado e é introduzida uma sonda de ultrassom no ânus, semelhante àquelas usadas nas ultrassonografias transretais da próstata, porém, com uma agulha de biópsia acoplada.

Quando o exame é feito com anestesia, praticamente não causa dor, embora possa ser um pouco desconfortável para pessoas mais ansiosas.

Com o ultrassom, o médico consegue identificar a próstata e localizar o nódulo suspeito, inserindo a agulha no ponto exato para a coleta do material. Além dos locais suspeitos, o urologista também costuma tirar pelo menos mais seis amostras difusas de tecido prostático para aumentar a probabilidade de se obter uma amostra positiva.

Quanto maior o volume da próstata, mais amostras podem ser retiradas. Normalmente, o procedimento não dura mais do que 10 minutos e o paciente pode ir para casa logo após. O resultado normalmente leva uma semana para ficar pronto.

Pode acontecer do paciente ter um câncer de próstata e este não ser identificado pela biópsia. Caso o tumor não seja muito grande, a agulha pode não alcançá-lo, sendo obtidas apenas amostras de tecido sadio. Se o quadro clínico for muito sugestivo de câncer e a biópsia apontar apenas tecido saudável, o urologista pode decidir repeti-la.

Quando a biópsia é repetida, o médico pode optar pela chamada biópsia de saturação, em que são obtidas entre 12 e 24 amostras da próstata. Assim, a chance de se pegar uma área afetada por células malignas aumenta consideravelmente.

A biópsia da próstata também pode ser feita pela via transuretral (pela uretra, canal do pênis) ou transperineal (pelo períneo, região entre o ânus e a bolsa escrotal). No entanto, ambas as vias geralmente só são usadas em casos especiais.

As principais informações que levam o urologista a indicar uma biópsia são: presença de sintomas preocupantes, um exame de PSA aumentado, um toque retal que indique tumoração ou irregularidades da próstata ou uma ultrassonografia que detecte um nódulo suspeito.

Veja também: Como é feito o exame de próstata?

Que cuidados devo ter antes da biópsia de próstata?

A biópsia da próstata aumenta o risco de infecção urinária, por isso, é comum o urologista solicitar um exame de urina antes da biópsia. Se o paciente apresentar bactérias na urina (urocultura positiva), a biópsia não é realizada e o paciente deve fazer um tratamento com antibióticos durante 5 a 7 dias para esterilizar a urina.

Mesmo com resultado negativo, é recomendado o uso de pelo menos uma dose do antibiótico uma hora antes do procedimento. É comum também a prescrição de antibióticos durante alguns dias após a biópsia.

Alguns urologistas recomendam a lavagem intestinal com um enema, em casa, no dia do procedimento, embora esta conduta não seja essencial e nem todos os médicos a indicam. Também é indicado jejum de pelo menos 4 horas.

A biópsia é um procedimento que sangra, portanto, os pacientes não devem estar tomando medicamentos que inibem a coagulação. O paciente deve informar o médico se estiver usando medicações como Clopidogrel, Ticlopidina, Aspirina, anti-inflamatórios ou Varfarina, pois a maioria dos urologistas prefere suspender esses medicamentos dias antes da biópsia.

Que cuidados devo ter depois da biópsia de próstata?

Após a biópsia o paciente pode ir para casa. Deve-se evitar atividades físicas e atividade sexual até o dia seguinte. Como alguns médicos optam por uma sedação leve antes da biópsia, não é indicado dirigir após os procedimentos.

É normal o paciente sentir um pouco de dor na região pélvica e haver um pequeno sangramento pelo ânus. Também é comum haver uma pequena quantidade de sangue na urina e no esperma durante alguns dias. Outro achado não preocupante é uma mudança de cor do esperma por algumas semanas, ficando este geralmente mais claro ou sanguinolento.

Se houver muito sangramento urinário ou retal ou se o mesmo persistir por mais de 3 dias, o médico deve ser consultado. A retenção urinária é outro sinal de complicação. Se depois da biópsia o paciente tiver vontade de urinar, porém não conseguir, deve-se contactar o urologista. Se a dor se agravar com o passar dos dias ou ocorrer febre, podem ser sinais de possíveis complicações.

Saiba mais em: Biópsia de próstata: Quais são os riscos e as complicações?

Consulte regularmente seu médico urologista. Ele poderá avaliar detalhadamente, através de anamnese, exame físico e eventuais exames complementares, qual é o seu diagnóstico correto, orientá-lo e prescrever o melhor tratamento, caso a caso.

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Epilepsia tem cura? Qual é o tratamento para epilepsia?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Epilepsia não tem cura, mas é possível manter a doença sob controle através de medicamentos antiepilépticos e cuidados gerais. Mais da metade das crises epilépticas podem ser controladas com o tratamento medicamentoso. Contudo, em cerca de 30% dos casos, a pessoa continua apresentando crises, demonstrando resistência aos medicamentos.

O objetivo da medicação é diminuir as anormalidades dos impulsos elétricos no cérebro para impedir as crises. Porém, esses medicamentos não são capazes de corrigir os danos neurológicos que desencadeiam os ataques epiléticos.

A escolha do medicamento usado para tratar a epilepsia varia de acordo com o tipo de crise, idade e características de cada paciente.

Sabendo que a epilepsia é uma condição comum no nosso meio, o que incentiva diversas pesquisas sobre o tema, com constantes novidades tanto na apresentação de novas medicações, como técnicas cirúrgicas pouco invasivas, resultando em um melhor tratamento e resultado ao paciente.

Grande parte das pessoas com epilepsia que tomam corretamente os medicamentos podem ter uma vida normal, com pouca ou nenhuma limitação, uma vez que as crises ficam controladas. Entretanto, a principal causa de crises durante o tratamento é o uso incorreto ou esquecimento da medicação. É fundamental o uso correto da medicação.

Importante ainda citar, que além da medicação, o cérebro é muito sensível e precisa ser nutrido adequadamente, com oxigênio e glicose, portanto alguns cuidados são de extrema importância no tratamento da epilepsia:

  • Evitar jejum e dietas restritivas, manter alimentação saudável;
  • Evitar estímulos luminosos em excesso, como boates ou discotecas;
  • Evitar distúrbios do sono, principalmente a privação de sono;
  • Evitar consumo de bebidas alcoólicas, cada caso deve ser avaliado independentemente;
  • Fazer uso regularmente da medicação prescrita, mantendo sempre que possível em um mesmo horário;
  • Evitar estresse ou aborrecimentos.

Quando os medicamentos, junto aos cuidados indicados não são capazes de controlar a epilepsia, outras formas de tratamento podem ser consideradas, como a dieta cetogênica, sobretudo para crianças e, por último, a cirurgia.

Dieta cetogênica para epilepsia

A dieta cetogênica é composta por um elevado teor de gordura, pouca proteína e carboidratos e eliminação total do açúcar. Esse tipo de dieta altera o metabolismo e pode diminuir as crises de epilepsia.

Entretanto, também é um tratamento que deve ser avaliado caso a caso pelo médico responsável, de preferência neurologista.

Cirurgia para epilepsia

Atualmente as técnicas cirúrgicas para abordagem de casos de epilepsia estão muito avançadas, o que possibilita tanto a remoção precisa das áreas cerebrais que provocam as descargas elétricas ou a interrupção dos sinais cerebrais, quanto a implantação de eletrodos para o controle e interrupção de crises, caso ocorra.

Para que essas cirurgias possam ser realizadas, a causa da epilepsia deve ser identificada e o tecido cerebral lesionado deve estar restrito a uma área específica do cérebro.

Os resultados do tratamento cirúrgico podem variar conforme o tipo de lesão. A cirurgia não deve trazer prejuízos ao paciente, como alterações na personalidade ou nas funções motoras, por exemplo.

O que é epilepsia?

A epilepsia é uma doença neurológica. Trata-se de uma resposta do cérebro a algum tipo de agressão. A origem pode ser uma cicatriz causada por um trauma, um tumor ou ainda um problema hereditário no funcionamento dos neurônios. Em alguns casos, as convulsões não têm uma causa identificada.

A crise convulsiva é o sintoma mais comum desta doença. Por vezes os pacientes sentem dores de cabeça, "cheiro ruim", mal-estar, dor de estômago, o que chamamos de aura, mas não chegam a apresentar a convulsão. Mas na maioria das vezes, principalmente quando não estão fazendo uso da medicação de forma correta, acabam por apresentar a crise, ou ataque epilético.

O que é uma crise convulsiva (ou ataque epilético)?

A crise convulsiva, ou ataque epilético, caracteriza-se por uma descarga de atividade cerebral, com início súbito e normalmente de curta duração. As crises podem durar alguns segundos ou minutos. Em casos raros, o ataque epilético pode durar mais de 15 minutos.

Entre as crises de epilepsia, o funcionamento do cérebro mantém-se normal. A tendência é que os ataques se repitam com o passar do tempo, com frequências variam caso a caso.

Quais são os sintomas da epilepsia?

As manifestações de uma crise de epilepsia variam conforme a localização no cérebro que desencadeou o ataque epilético. Os sintomas podem se manifestar na marcha, no rosto, em atividades específicas ou provocar alterações do estado de consciência.

Frequentemente, a crise epilética vem acompanhada de movimentos automáticos. Os músculos também podem ficar relaxados ou contraídos.

Os ataques epiléticos podem ocorrer também durante o sono, inclusive cada tipo de crise apresenta um maior risco relacionado as fases do sono também. Durante a crise, a pessoa pode permanecer consciente, nos casos de crises "parciais" ou não se lembrar do que aconteceu quando acaba, nas crises "generalizadas".

Apesar do tratamento permitir que muitas pessoas com epilepsia tenham uma vida praticamente normal, em uma parte dos casos as convulsões não podem ser controladas, o que prejudica a qualidade de vida do indivíduo.

Quanto mais cedo as crises forem reconhecidas e a epilepsia for diagnosticada, mais cedo o tratamento pode ser iniciado, permitindo ao paciente retomar as suas atividades normalmente.

O diagnóstico e o tratamento da epilepsia são da responsabilidade do médico neurologista.

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Derrame cerebral: Quais são as causas e possíveis sequelas?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

O derrame cerebral, ou acidente vascular cerebral, pode ter como causas a ruptura de uma vaso sanguíneo (AVC hemorrágico) ou a obstrução ou diminuição do fluxo de sangue para o cérebro (AVC isquêmico).

O acidente vascular cerebral isquêmico é a forma mais comum de "derrame", embora nesses casos não haja um extravasamento de sangue para o cérebro, como ocorre no AVC hemorrágico.

O AVC isquêmico é causado pelo entupimento de uma artéria cerebral por um coágulo, reduzindo ou bloqueando completamente o fornecimento de sangue para aquela parte do cérebro.

Esses coágulos podem ser formados no próprio cérebro ou em outras partes do corpo. Ao se desprender, o coágulo chega ao cérebro através da circulação sanguínea e bloqueia uma pequena artéria, causando o AVC isquêmico.

Fatores de risco

Os principais fatores de risco para ter um derrame cerebral incluem pressão alta (hipertensão arterial), diabetes, familiares com história de derrame, idade avançada, doenças cardiovasculares, níveis elevados de colesterol ou triglicerídeos, uso de anticoncepcionais hormonais, tabagismo, excesso de peso e falta de atividade física.

Sequelas

As possíveis sequelas decorrentes de um AVC dependem da extensão e gravidade do AVC e também do tempo de início do tratamento. Por isso, é muito importante que ao menor sinal sugestivo de AVC já se procure avaliação médica em um serviço de urgência, pois o tratamento oportuno reduz o risco de sequelas permanentes após o episódio de AVC. Dentre as possíveis sequelas de um derrame cerebral estão:

  • Perda dos movimentos (paralisia);
  • Alterações ou perda da sensibilidade;
  • Alterações na fala;
  • Dificuldade ou perda da capacidade de realizar movimentos que exigem coordenação;
  • Perda da capacidade de reconhecer objetos através da visão;
  • Perda de memória;
  • Alterações de comportamento.

Aos primeiros sinais e sintomas de um derrame cerebral, a pessoa deve ser levada o mais rapidamente possível a um serviço de urgência. Quanto mais cedo o tratamento tiver início, menores são as chances de sequelas e maiores são as chances de recuperação do paciente.

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