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O que é teratoma?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O teratoma é um tumor de células germinativas (células embrionárias), que são as células de um feto em desenvolvimento. Posteriormente, vão alcançar um órgão e, sendo estimuladas, desenvolvem-se de forma específica em cada um deles.

Na maioria das vezes são tumores benignos, em torno de 90% dos casos. Quando evoluem para malignidade, passam a ser chamados, teratocarcinomas.

Geralmente se desenvolvem no cóccix (teratoma sacrococcígeo), nos ovários e nos testículos, podendo também ser encontrados no abdômen, mediastino (região entre o peito e a coluna), sistema nervoso central e pelve.

Entretanto como as células germinativas são células indiferenciadas, ou seja, podem se transformar em qualquer tipo de tecido, um teratoma pode ter no seu interior ossos, cabelos, dentes, unhas, glândulas sudoríparas, entre muitos outros tecidos.

Assim, um agrupamento ou uma proliferação anormal de células germinativas dão origem aos teratomas. O teratoma de ovário ou cisto dermoide ovariano é o tipo de teratoma mais comum.

O que é teratoma sacrococcígeo?

Teratoma sacrococcígeo é um tumor, geralmente benigno, que pode surgir na região do osso cóccix, localizado na extremidade inferior da coluna vertebral, entre as nádegas. O teratoma sacrococcígeo é um cisto dermoide. Trata-se do tumor de células germinativas mais comum em bebês.

O que é teratoma maduro?

O teratoma maduro é o teratoma de ovário mais comum. Também chamado de cisto dermoide ovariano, o teratoma maduro é benigno e geralmente surge em mulheres na idade fértil. Pode conter ossos, cabelos, dentes, entre outros tecidos no seu interior.

Saiba mais em: Quem tem teratoma no ovário pode engravidar?

O que é teratoma imaturo?

O teratoma imaturo é um tumor maligno, mais comum em mulheres com menos de 18 anos de idade. Esse tumor representa um tipo mais raro de câncer, formado por células de tecidos embrionários ou fetais.

Quais os sintomas do teratoma?

O teratoma caracteriza-se pela presença de uma massa, detectada através da palpação, observação ou exames de imagem. O teratoma também provoca um aumento dos níveis de alfa-fetoproteína e beta-gonadotrofina coriônica no sangue.

Quando está localizado no final da coluna vertebral, pode causar prisão de ventre, incontinência urinária ou fecal e fraqueza nos membros inferiores, devido a compressão realizada nas estruturas vizinhas.

As complicações que o teratoma pode causar dependem da localização e do tamanho do teratoma. Algumas possíveis complicações incluem:

  • Torção do pedículo vascular (vaso sanguíneo do ovário);
  • Infarto hemorrágico;
  • Ruptura do tumor dentro do abdômen, causando peritonite (infecção abdominal generalizada).
Como é feito o diagnóstico do teratoma?

O diagnóstico do teratoma é feito através de exame de sangue (hemograma completo), avaliação dos aspectos bioquímicos do sangue, testes genéticos e exames de imagem, como a tomografia computadorizada, ressonância magnética, raio-x e ultrassom.

A confirmação do diagnóstico é realizada por biópsia, que consiste na retirada de uma amostra de tecido do tumor para ser analisada ao microscópio.

Qual é o tratamento para teratoma?

Para todos os casos de teratoma, o tratamento definitivo deve ser a ressecção cirúrgica do tumor e, quando necessário, tratamentos complementares como radioterapia ou quimioterapia, nos casos de teratoma maligno. Se não for completamente retirado ou se o teratoma for maligno, o tumor pode voltar a aparecer.

Tratamento do teratoma sacrococcígeo

Na maioria das vezes, o tumor é operado somente depois do nascimento. Porém, há casos em que o teratoma sacrococcígeo pode crescer muito rápido e atingir o mesmo peso do feto.

Nessas situações, o coração do feto pode ficar sobrecarregado, pois precisa bombear sangue para o seu corpo e também para o tumor. Existe tratamento específico a laser para esse problema, que diminui a sobrecarga cardíaca do bebê.

Quando o teratoma é grande, pode ser necessário abri-lo e deixá-lo aberto, para ir se fechando aos poucos, sem pontos. Esse procedimento cirúrgico é indicado quando o teratoma está inflamado ou infeccionado. Se não houver sinais de infecção ou inflamação, o tumor é retirado e o local é fechado com pontos.

Porém, na maioria dos casos em que o teratoma está infeccionado, realiza-se primeiro o tratamento com antibióticos e só depois é feita a cirurgia.

Muitas vezes, pode ser necessário retirar também o cóccix para evitar a recidiva do tumor.

O/A médico/a responsável pelo tratamento do teratoma vai depender da localização da lesão. Porém, nos casos de malignidade, deve ser acompanhado pelo/a oncologista.

Quais as causas e os sintomas da Doença de Alzheimer?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

As causas da doença de Alzheimer ainda não foram totalmente definidas, embora estudos consistentes apontem para uma associação entre os fatores genéticos, ambientais e estilo de vida, pesquisas atuais buscam outras causas.

Alguns grupos apontam o acúmulo de proteínas beta amiloide e proteína TAU no cérebro, como provável causa da doença, pois acredita-se que as proteínas sejam tóxicas para as células cerebrais (neurônios), causando após um tempo, a morte dos neurônios, atrofia cerebral e consequentemente a doença demencial.

Outros fatores de risco ou possíveis causas são episódios de traumatismo craniano, hipertensão arterial mau controlada por muitos anos e o colesterol elevado. Mas esses estudos ainda são bem recentes, com pouca base científica.

Sintomas da doença de Alzheimer

A doença de Alzheimer apresenta 3 sintomas básicos:

1. Perda da memória; afetando primeiramente a memória de fatos recentes. A pessoa não se lembra o que comeu no dia anterior, onde deixou objetos, recados, o dia do mês, entre outros episódios recentes. As memórias mais antigas ficam preservadas, mas também acabam por ser perdidas com a evolução da doença;

2. Alterações da capacidade intelectual, incluindo dificuldades com raciocínio lógico, linguagem, escrita, organização do pensamento, interpretação dos estímulos visuais, planejar e realizar tarefas complexas;

3. Alterações de comportamento, como perda da inibição, desconfiança sem razão, manias de perseguição, agitação e mais raramente, alucinações visuais ou auditivas.

Todos esses sinais e sintomas da doença progridem, até que a pessoa perde completamente a sua autonomia, necessitando de ajuda para realizar tarefas simples que antes executava facilmente, como se vestir ou se lavar, por exemplo.

Alzheimer e demência

A doença de Alzheimer é a principal causa de demência no mundo. Uma doença neurodegenerativa, de evolução lenta e progressiva, que se caracteriza por um conjunto de sinais e sintomas relacionados à deterioração das capacidades intelectuais do paciente.

A doença atinge mais os idosos, preferencialmente acima dos 65 anos, o que favorece na demora do diagnóstico, que muitas vezes nos estágios iniciais, se confunde com “coisas normais da idade”.

Com o decorrer da doença, os pacientes perdem a capacidade de raciocínio, julgamento e memória, o que os torna dependentes de apoio em suas atividades de vida diárias básicas.

É importante salientar que pequenos esquecimentos são comuns e ocorrem com todas as pessoas, especialmente em períodos de maior estresse ou cansaço. Todavia, quando os lapsos de memória começam a ocorrer com maior frequência e são importantes, como esquecer o próprio endereço, se perder perto de casa, guardar objetos em locais impróprios ou esquecer nomes de pessoas próximas, pode ser um sinal de alerta para a doença.

Doença de Alzheimer tem cura? Qual é o tratamento?

A doença de Alzheimer não tem cura. O objetivo do tratamento é retardar a sua evolução natural, e manter as capacidade intelectuais da pessoa durante o maior tempo possível. Quanto mais cedo o Alzheimer for diagnosticado e o tratamento iniciado, melhores serão os resultados.

O tratamento se baseia no uso de medicamentos específicos que diminuem os sintomas da doença, estabiliza o comportamento e pode auxiliar na realização das tarefas do dia-a-dia, em alguns casos.

Os medicamentos mais usados são a rivastigmina®, donepezila®, memantina® e galantamina®, os quais podem ser prescritos sozinhos ou em conjunto. Mantendo o acompanhamento médico, para que o tratamento possa ser avaliado e atualizado para maior eficácia.

Alzheimer e associações

Importante sinalizar também aos pacientes e familiares de portadores de Alzheimer, que além de sua equipe médica, podem contar com grandes e consolidadas associações, como por exemplo a Abraz (Associação Brasileira de Alzheimer), a qual disponibiliza atendimento e orientações diversas sobre o tema. Desde ajuda quanto a necessidades pessoais, troca de experiências, informativos atualizados constantemente, busca de tratamento multidisciplinar, estudos novos, até na defesa dos seus direitos.

O/a especialista responsável pelo diagnóstico e tratamento da doença de Alzheimer é o/a médico/a neurologista.

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Como é feito o diagnóstico da doença de Alzheimer?

Qual é o tratamento para amebíase?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

O tratamento para amebíase é feito com uso de medicamentos anti-parasitários. O objetivo do tratamento é eliminar a invasão dos parasitas e acabar com o transporte intestinal dos mesmos. Pelo alto risco de tornar-se uma doença invasiva, a amebíase deve ser tratada mesmo na ausência de sintomas.

Os remédios usados para eliminar a ameba são o secnidazol, o metronidazol, o tinidazol e o teclozam.

A primeira opção de tratamento para as formas intestinais de amebíase é o secnidazol, nas doses de 2g para adultos (dose única) e, para crianças, 30 mg/kg/dia, sendo que a dose máxima não deve ultrapassar 2g por dia. O medicamento deve ser evitado no primeiro trimestre de gestação e na amamentação.

A segunda opção de tratamento para amebíase é o medicamento metronidazol. A dose para adultos é de 500 mg, 3 vezes ao dia, durante 5 dias. Para crianças, a dose indicada é de 35 mg/kg/dia, 3 vezes ao dia, durante 5 dias.

Nas formas graves de amebíase, geralmente usa-se o metronidazol, com doses para adultos de 750 mg, 3 vezes ao dia, durante 10 dias e, para crianças, 50 mg/kg/dia, durante 10 dias.

A terceira opção de tratamento medicamentoso para a amebíase intestinal é o tinidazol. A dose nesses casos, para adultos, é de 2g, uma vez ao dia, durante 2 dias. Nas formas extra-intestinais, recomenda-se 50 mg/kg/dia, durante 2 ou 3 dias. Para crianças, a dose recomendada é 50 mg/kg/dia.

A quarta e última opção de tratamento para amebíase é o medicamento teclozam, usado nas formas leves de amebíase ou naqueles casos em que não há manifestação de sintomas. A dose recomendada é de 1.500 mg por dia (dose única), divididas em 3 doses de 500 mg. Para crianças, recomenda-se 15 mg/kg/dia, por 5 dias.

Quando há abscesso no fígado, pode ser necessário aspirar o abscesso. A drenagem do abscesso feita por cirurgia aberta não é indicada, exceto nos casos graves, quando não é possível aceder ao abscesso para fazer a aspiração e quando não há resposta ao tratamento dentro de 4 dias.

O que é amebíase?

Amebíase é uma infecção intestinal causada pelo protozoário Entamoeba histolytica, mais conhecido como ameba. O protozoário também pode invadir tecidos além dos intestinos, dando origem à forma extra-intestinal da doença.

Ameba

A possibilidade da doença se tornar invasiva irá depender de certos fatores como idade, susceptibilidade genética e aspectos imunológicos.

Quais são os sintomas da amebíase?

Os sintomas da amebíase podem variar de uma leve diarreia até uma grave disenteria. A amebíase pode provocar diarreia com presença de sangue e muco nas fezes, febre e calafrios. Nos casos mais leves, a diarreia é leve e geralmente vem acompanhada apenas por desconforto abdominal. Contudo, ainda se observa sangue e muco nas fezes.

Nos casos mais graves, o parasita se dissemina pela circulação sanguínea, causando muitas vezes abscesso no fígado, nos pulmões ou no cérebro. Se não for devidamente diagnosticada e tratada a tempo, a amebíase pode levar à morte.

Como ocorre a transmissão da amebíase?

A transmissão da amebíase ocorre através da ingestão de água ou alimentos contaminados por fezes com cistos maduros da ameba.

A falta de higiene pessoal e na manipulação e cuidados com os alimentos pode favorecer a disseminação dos cistos dentro de uma mesma família.

É importante lembrar que a pessoa infectada pode transmitir a amebíase, mesmo que não esteja manifestando sinais e sintomas.

O tempo decorrido entre a infecção e a manifestação dos sintomas varia entre duas e quatro semanas. Porém, há casos em que o período de incubação pode ser de dias, meses ou anos.

Como prevenir a amebíase?

A amebíase pode ser prevenida com condutas mínimas de higiene como:

  • Lavar bem as mãos com água e sabão, principalmente após as evacuações e antes de manipular alimentos;
  • Lavar adequadamente frutas e verduras;
  • Evitar beber água de fontes desconhecidas e sem o devido tratamento sanitário.

O/a médico/a de família ou o/a clínico/a geral podem fazer o diagnóstico e indicar o tratamento adequado.

Meu filho tomou benzetacil e está com muito sono?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Este não é um efeito colateral habitual desse remédio, talvez esse sintoma tenha outra causa, esteja atenta a outros possíveis sinais e sintomas e se a sonolência for intensa e persistir consulte um pediatra ou médico de família para avaliação.

Cabe lembrar que crianças com febre ou doenças infecciosas podem apresentar sonolência e apatia, ao se tratar o quadro inicial esses sintomas tendem a melhorar.

Benzetacil

Benzetacil é o nome comercial da penicilina G Benzatina, um antibiótico do grupo das penicilinas, que está indicado para o tratamento de algumas doenças como infecções estreptocóccicas, sífilis e profilaxia da febre reumática e da glomerulonefrite.

Quais são os efeitos adversos da benzetacil?

Os efeitos adversos mais frequente da benzetacil incluem náuseas, vômitos, diarreia, cefaleia e monilíase oral ou vaginal.

Também é relativamente frequente a ocorrência de reações alérgicas no grupo das penicilinas que podem causar sintomas como erupções cutâneas, urticária e prurido. As reações de hipersensibilidade podem ainda causar edema de laringite ou reação anafilática.

Efeitos locais da aplicação da injeção de benzetacil também podem ocorrer, como inchaço, tumoração e dor no local da aplicação.

Um efeito possível, embora raro da penicilina é a encefalopatia cerebral que ocorre geralmente quando são administradas altas doses do medicamento ou em pessoas com insuficiência renal grave.

Outras reações possíveis decorrentes de altas doses da penicilina benzatina podem incluir anemia hemolítica, leucopenia, trombocitopenia, neuropatia e nefropatia.

Caso apresente sintomas sugestivos de efeitos adversos de antibióticos, como a penicilina benzatina, consulte um médico para uma avaliação e mais orientações.

Gases durante a gravidez prejudica o bebê?
Dr. Marcelo Scarpari Dutra Rodrigues
Dr. Marcelo Scarpari Dutra Rodrigues
Médico

Gases durante a gravidez não prejudicam o bebê. O aumento dos gases intestinais é um sintoma normal da gestação, experimentado por muitas mulheres, especialmente nas primeiras semanas de gravidez. Há aumento na necessidade de arrotar e de soltar flatos (puns).

Acompanhe sua gestação sempre com um ginecologista (pré-natal) e relate todo e qualquer sintoma que estiver sentindo. Ele poderá lhe prescrever um tratamento para estes sintomas ou referir uma nutricionista que lhe fará uma dieta que possa diminuir o excesso de gases.

Transtornos mentais: Como identificar e tratar?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Entre os transtornos mentais mais comuns estão a depressão, o transtorno da ansiedade generalizada, o stress pós-traumático, a síndrome do pânico, a esquizofrenia e as psicoses.

Os transtornos de personalidade, como paranoide, esquizoide, antissocial, borderline, entre outros, não são propriamente considerados transtornos mentais. Contudo, a presença de alguns deles pode aumentar a predisposição para certos transtornos mentais.

Depressão

É o transtorno mental mais comum, juntamente com a ansiedade. A depressão caracteriza-se por uma tristeza muito forte, profunda e persistente, que pode ser paralisante nos casos mais graves.

A pessoa apresenta falta de interesse e perde o prazer em fazer as coisas, mesmo que sejam atividades que goste de fazer.

A apatia, a sensação de vazio, o desânimo, a falta de energia e esperança, além dos pensamentos negativos e do pessimismo, também são sintomas frequentes desse tipo de transtorno mental.

O tratamento da depressão inclui o uso de medicamentos antidepressivos, psicoterapia e mudanças no estilo de vida.

Transtorno da ansiedade generalizada

Pessoas com transtorno de ansiedade generalizada apresentam uma preocupação intensa e difícil de controlar. A ansiedade é excessiva e não corresponde à realidade, causando sofrimento intenso.

Os sinais e sintomas desse transtorno mental podem ser físicos e psicológicos, tais como angústia, medo, agitação, irritabilidade, aumento da frequência cardíaca, transpiração, falta de ar, entre outros.

Para que seja diagnosticado como transtorno de ansiedade generalizada, a duração dos sintomas deve ser superior a 6 meses. O tratamento antidepressivos associados à psicoterapia.

Veja também: Quais são os sintomas do transtorno de ansiedade generalizada?; Transtorno de ansiedade generalizada tem cura? Qual é o tratamento?

Stress pós-traumático

O stress pós-traumático surge após um acontecimento violento ou um trauma extremo, geralmente associado a situações que tenham colocado a vida da pessoa ou de outros em risco. Trata-se de um transtorno de ansiedade, portanto, com sinais e sintomas semelhantes.

Contudo, no stress pós-traumático, os sintomas normalmente se manifestam em momentos em que o indivíduo pensa que pode voltar a viver novamente a experiência traumática.

O tratamento desse transtorno psicológico é difícil. A terapia consiste em medicamentos psiquiátricos, principalmente antidepressivos, e psicoterapia.

Saiba mais em: Transtorno de ansiedade generalizada tem cura? Qual é o tratamento?

Síndrome do pânico

A síndrome do pânico é um transtorno mental que provoca crises agudas de forte ansiedade, como se alguma tragédia ou catástrofe pudesse acontecer à pessoa a qualquer momento. Os ataques ocorrem repentinamente e de forma inesperada, podendo durar de 15 a 30 minutos.

Os sintomas podem incluir aumento da frequência cardíaca e respiratória, falta de ar, boca seca, tremores, náuseas, transpiração excessiva, tonturas, medo de morrer, desespero, sensação de tragédia iminente, vômitos e desmaios.

Veja também: O que é síndrome do pânico?

O tratamento da síndrome do pânico é feito com medicamentos antidepressivos, associados à psicoterapia, principalmente a terapia cognitivo-comportamental.

Leia também: Síndrome do pânico tem cura? Qual é o tratamento?

Esquizofrenia

Esse tipo de transtorno mental caracteriza-se por crises de psicoses com vários sintomas, principalmente delírios e alucinações.

As crises vêm e vão, com manifestações que podem incluir ainda discurso desorganizado, comportamento muito desorganizado, indiferença, falta de afetividade, motivação e concentração, excesso de desconfiança, alterações na coordenação motora, entre outras.

O tratamento da esquizofrenia é feito com medicamentos, psicoterapia, orientações para os familiares.

Leia também: Diferenças entre Esquizofrenia e Depressão

O médico psiquiatra é o especialista responsável pelo diagnóstico e tratamento dos transtornos mentais.

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Quais são os tipos de transtornos mentais?

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Tuberculose ganglionar tem cura? Como é o tratamento?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Sim, tuberculose ganglionar tem cura. O tratamento geralmente é feito com esquemas de até 4 medicamentos antibióticos, tomados por via oral: rifampicina, isoniazida, pirazinamida e etambutol, com uma duração mínima de 6 meses, podendo ser prolongado por até 12 meses, dependendo do caso.

Pacientes que nunca receberam qualquer tratamento para tuberculose ganglionar ou outra forma de tuberculose, ou que tomaram os remédios por menos de 30 dias, são tratados com o esquema 1, que inclui 3 antibióticos:

⇒ 1ª fase (2 meses): Rifampicina + Isoniazida + Pirazinamida.

⇒ 2ª fase (4 meses): Rifampicina + Isoniazida.

Se a evolução não for favorável, a segunda fase pode ser prolongada por mais 3 meses. Se o tratamento for feito corretamente, sem abandono, a chance de cura da tuberculose com o esquema 1 é de 98%.

Para pacientes que apresentam recidiva da tuberculose ganglionar após a cura com o esquema 1 ou que abandonaram o tratamento anteriormente, é indicado o esquema 1R (reforçado), com 4 antibióticos:

⇒ 1ª fase (2 meses): Rifampicina + Isoniazida + Pirazinamida + Etambutol.

⇒ 2ª fase (4 meses): Rifampicina + Isoniazida + Etambutol.

Quando os esquemas 1 e 1R não resultam, é adotado o esquema 3, que têm uma duração de 12 meses e também inclui 4 medicamentos:

⇒ 1ª fase (3 meses): Estreptomicina + Etionamida + Etambutol + Pirazinamida.

⇒ 2ª fase (9 meses): Etionamida + Etambutol.

A estreptomicina é o único medicamento administrado por injeção ou soro. Todos os outros antibióticos usados para tratar a tuberculose ganglionar são tomados por via oral.

A taxa de cura do esquema 3 varia entre 55% e 65%. Além dos medicamentos serem menos eficazes, os efeitos colaterais e a necessidade de ter que tomar injeções por 3 meses (estreptomicina) aumentam a taxa de abandono desse tratamento.

O tratamento da tuberculose é disponibilizado gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Saiba mais em:

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Creatinina: o que significa quando está alta e quais são os sintomas
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

O exame de creatinina serve para avaliar o funcionamento dos rins. Quando estes órgãos não funcionam bem, deixam de liberar creatinina na urina, então esta substância se acumula no sangue e apresenta valores altos no exame de sangue.

Portanto, a creatinina alta geralmente significa que os rins não estão funcionando adequadamente, ou seja, não realizam a sua função de filtragem do sangue, este quadro é chamado insuficiência renal.

A insuficiência renal pode ser aguda ou crônica. É aguda quando se instala rapidamente, em horas ou dias, e crônica quando se desenvolve lentamente, em anos.

Alguns exemplos de doenças que afetam a função do rim e ocasionam aumento da creatinina no sangue:

  • Hipertensão arterial: a hipertensão arterial mal controlada e persistente causa com o tempo alterações no funcionamento do rim, elevando a creatinina no sangue.
  • Diabetes mellitus: o diabetes quando não controlado é uma das principais causas de problemas nos rins e aumento da creatinina.
  • Pielonefrite: corresponde a infecção urinária que atinge os rins, pode prejudicar o funcionamento renal.
  • Obstrução das vias urinárias: pode ocorrer devido à presença de cálculos no sistema urinário, que levam ao bloqueio do fluxo de urina. A obstrução pode levar a dilatação das vias urinárias e causar disfunção no rim, elevando a creatinina.
  • Uso de medicamentos: alguns medicamentos são tóxicos para o rim, e quando ingeridos podem ocasionar lesão e mau funcionamento destes órgãos. Alguns medicamentos que podem ser relacionar a toxicidade renal são: anti-inflamatórios, antibióticos (aminoglicosídeos, rifampicina, vancomicina), quimioterápicos, antipsicóticos, lítio, inibidores da bomba de prótons, entre outros;
  • Glomerulonefrite: são doenças que afetam a estrutura de filtração dos rins, os glomérulos. A glomerulonefrite pode ser causada por doenças infecciosas ou autoimunes e também pode aumentar a creatinina no sangue.
Outras causas de aumento da creatinina

Entretanto, além da insuficiência renal, existem outras causas quase sempre transitórias que podem levar a pequenos aumentos na creatinina, como:

  • Desidratação;
  • Consumo excessivo de proteínas ou suplementos nutricionais;
  • Exercícios de alta intensidade.
Quais sintomas a creatinina alta causa?

A elevação da creatinina no sangue pode não causar sintomas específicos inicialmente. Entretanto, quando os valores de creatinina estão suficientemente altos a ponto de causar insuficiência renal mais grave, alguns sintomas podem estar presentes, como:

  • Diminuição na quantidade de urina;
  • Náuseas e vômitos;
  • Sensação de cansaço sem causa aparente;
  • Inchaço em pernas, braços ou rosto;
  • Faltar de ar;
  • Insônia.

O diagnóstico da causa da elevação da creatinina deve ser feito por um médico. Em algumas situações, um nefrologista, médico especialista em doenças dos rins deve ser consultado. Por isso, caso apresente valores elevados de creatinina no exame de sangue, procure a avaliação do seu médico.

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Referência bibliográfica:

Sociedade Brasileira de Nefrologia

Tratamento para a micose na virilha: pomadas para parar a coceira
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Para aliviar a coceira intensa na virilha nos casos de micose, é preciso aplicar um produto antifúngico no local da infecção, seja pomada, creme, loção ou spray.

O produto trata a infecção e alivia os sintomas, mas é importante também, que a região esteja limpa e seca, para a ação efetiva do remédio e para evitar o retorno da micose.

Dependendo do tipo de micose e gravidade, além do produto local, pode ser preciso fazer tratamento oral com medicamentos antifúngicos. Cabe ao médico alergista ou dermatologista, avaliar caso a caso.

Tratamento de micose na virilha 1. Tópico

O tratamento da micose deve ser feito com pomadas antifúngicas, cremes, spray ou loção. As mais indicadas são:

  • Terbinafina®,
  • Cetoconazol®,
  • Miconazol® e
  • Clotrimazol®.

A medicação deve ser aplicada 2x ao dia, após limpar e secar bem o local, durante 15 a 30 dias, ou conforme a orientação médica.

Medicamentos à base de nistatina não apresentam boa resposta para as micoses de virilha. As pomadas com corticoides também devem ser evitadas, pois não ajudam no tratamento e podem mascarar sinais e sintomas importantes para a avaliação médica.

2. Medicamentos orais

Os medicamentos orais estão indicados em conjunto com as pomadas, nos casos de:

  • Micose muito extensa, que chega a região da barriga ou glúteos;
  • Casos que não respondem ao tratamento com pomadas por mais de 2 semanas;
  • Pessoas com baixa imunidade.

Os medicamentos mais indicados são: Terbinafina®, Itraconazol® ou Fluconazol®.

As dosagens e tempo de uso são avaliados de maneira individual.

3. Cuidados gerais
  • Higiene local,
  • Secar bem as regiões de dobra após o banho (axilas, virilhas e dedos dos pés),
  • Manter essas regiões secas, com troca de roupa constante ou uso de talco líquido se preciso (como para os casos de sudorese excessiva),
  • Evitar roupas com tecidos quentes ou material sintéticos, que impedem a transpiração normal da pele,
  • Evitar roupas apertadas,
  • Evitar andar descalço em locais que sempre estão úmidos, como vestiários, saunas e lava-pés de piscinas,
  • Trocar logo as roupas molhadas,
  • Não compartilhar toalhas, roupas ou escovas de cabelo,
  • Evitar calçados fechados por períodos prolongados.

Os cuidados gerais são fundamentais para resolver a micose e para evitar recidivas.

Sintomas de micose na virilha

A infecção fúngica na virilha, denominada tinea cruris, ou simplesmente micose na virilha, se apresenta principalmente com placas avermelhadas, bolhas, descamação, coceira intensa e a vermelhidão pode se espalhar até região inferior do abdômen e glúteos, nos casos mais graves.

Contudo, existem outras causas de vermelhidão na virilha que se assemelham à micose, mas tem uma origem diferente. Essas situações devem ser identificadas, porque o tratamento com antifúngicos pode piorar o problema.

Outras causas de vermelhidão na virilha Alergia

A alergia na região da virilha se apresenta com placas avermelhadas e pequenos pontos vermelhos com coceira intensa, causada por calor excessivo, uso de roupas sintéticas ou uso de diversos produtos de higiene e de beleza irritativos à pele daquela pessoa.

O tratamento se baseia em afastar a produto alergeno inicialmente e pomada antialérgica. Na maioria das vezes é suficiente, mas se a reação alérgica permanecer, pode ser preciso acrescentar um antialérgico em comprimido, como o hixizine®.

Assadura

A assadura é um tipo de dermatite de contato, causada pela fricção da pele contra outra área do corpo ou contra a roupa. Se apresenta com vermelhidão, coceira e ardência local.

O tratamento é basicamente evitar esse contato. A proteção da pele deve ser feita com uso de roupas mais largas e leves, ou com o uso de pomadas e hidratantes que protegem a pele.

O uso de bepantol® e vaselina sólida são os produtos mais indicados para acelerar a cicatrização e evitar novas assaduras.

Dermatites

As dermatites geralmente se caracterizam pela presença de placa avermelhada, com descamação mais grosseira, pele oleosa e coceira. São reações que pioram com o calor, especialmente no verão, quando as temperaturas estão constantemente mais altas.

O tratamento da dermatite é feito com pomadas de corticoides, sempre pelo menor tempo possível, hidratação diária e cuidadosa, além do cuidado com roupas adequadas e confortáveis, para evitar a irritação da pele.

O que pode causar micose na virilha?

A micose na virilha pode ser causada por suor excessivo, uso inadequado de roupas, roupas sintéticas, quentes e apertadas por períodos prolongados.

Pode ocorrer pela contaminação direta do fungo através de roupas, toalhas ou buchas higiênicas compartilhadas, pelo contato sexual com pessoas contaminadas ou pela autocontaminação, quando existe uma infecção fúngica no corpo, nos pés ou unhas e acaba com o manuseio e coceira, levando o fungo para outros locais.

Existem também fatores de risco, que aumentam as chances dessa fungo conseguir vencer o sistema de defesa da pessoa, e se proliferar, desencadeando a infecção. A baixa imunidade é o principal fator, outros fatores são o sexo masculino, diabetes, HIV, estresse, obesidade, pratica intensa de esportes e maus hábitos de higiene.

Para maiores esclarecimentos, procure um(a) médico(a) dermatologista para melhor avaliação e conduta para o seu caso.

Leia também: Que tipos de micose existem?

Pressão 10x7: é normal ou baixa?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

A pressão 10x7 se for acompanhada de sintomas pode ser considerada baixa. No entanto, se não causar sintomas e se for habitual, também pode ser considerada normal.

Uma situação bastante comum é a diminuição da pressão ao levantar-se após acordar/estar deitado ou ao abaixar para pegar algo do chão. Isso se chama hipotensão ortostática ou postural e pode causar tonturas e alterações da visão ao levantar rapidamente. Essa é uma situação completamente normal e que passa em alguns segundos.

Outra situação é os sintomas persistirem durante o dia. É provável que isso se deva ao fato da pressão permanecer baixa. Nesses casos, os sintomas são:

  • Tonturas;
  • Sensação de fraqueza;
  • Visão turva ou escurecida.

Se identificar que tem pressão 10x7 e que apresenta este tipo de sintomas ao longo do dia, é recomendo procurar o médico de família, um clínico geral ou um cardiologista para investigar o que pode estar causando o problema.

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Referências:

Thompson AD, Shea MJ. Hipotensão ortostática. Manuais MSD Edição para Profissionais.

Coutaz M, Iglesias K, Morisod J. Is there a risk of orthostatic hypotension associated with antihypertensive therapy in geriatric inpatients? European Geriatric Medicine. 2012; 3(1): 1-4.

O que é sinusite e quais as causas?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Sinusite é uma inflamação da mucosa que recobre os seios paranasais, que são cavidades ósseas localizadas ao redor do nariz, na região frontal (testa) e entre os olhos.

A sinusite pode ser causada por bactérias, vírus, fungos ou reação alérgica. Algumas condições facilitam o desenvolvimento da sinusite, como o desvio de septo nasal, rinite, asma, bronquite, amigdalite, faringite, gripe ou resfriados.

Nadar ou mergulhar a cabeça na água pode permitir a entrada de água e bactérias para os seios da face, causando irritação e infecção, resultando na sinusite. Até mesmo infecções dentárias podem se alastrar pelos seios da face e infectá-los diretamente, causando sinusite.

Seios Paranasais

Existem 2 tipos de sinusite: aguda e crônica. A sinusite aguda é uma inflamação recente dos seios paranasais, geralmente uma complicação de um resfriado. Já a sinusite crônica é a inflamação dos seios da face que dura meses ou anos.

Como ocorre a sinusite?

Dentro dos seios paranasais é produzido um muco, que é escoado para o nariz através de pequenos túneis. Quando esses túneis ficam obstruídos por secreção, inchaço da mucosa ou outra causa qualquer, os seios da face perdem a comunicação com o nariz, ficando selados e sem ventilação.

Assim, o muco produzido pela mucosa fica acumulado, o que facilita a proliferação de bactérias, dando origem à sinusite.

Por isso, as causas mais comuns de sinusite são os distúrbios que provocam edema, ou inchaço da mucosa, como rinite alérgica e infecções respiratórias causadas por vírus. 

Quais são os sintomas da sinusite?

A sinusite tem como principais sintomas a dor e a sensação de peso no rosto (região frontal). Além desses sinais e sintomas, dependendo da causa, pode haver febre, espirros, coriza, nariz entupido, entre outras manifestações.

Quando a sinusite é causada por bactérias, a pessoa pode apresentar também mau hálito, diminuição do apetite e cansaço. Nesses casos, a secreção nasal pode inclusive vir acompanhada de pus.

Saiba mais em: Quais são os sintomas da sinusite crônica?

Como tratar a sinusite?

O tratamento da sinusite depende da sua causa e do tipo de sinusite (aguda ou crônica).

Em geral são indicados:

  • Medidas gerais, de limpeza e manutenção de ambiente higienizado;
  • Medicamentos tópicos, como spray nasal com antialérgicos e corticoides;
  • Vacinas;
  • Medicamentos orais, como antialérgicos, antifúngicos e corticoides;
  • Cirurgia.

A sinusite aguda melhora espontaneamente em alguns dias, enquanto que na sinusite crônica os cuidados são maiores e o tratamento muitas vezes tem como objetivo apenas controlar os sintomas.

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Qual é o tratamento para sinusite bacteriana?

Sinusite tem cura?

Além dos medicamentos, é importante ter alguns cuidados com o ambiente para evitar alergias e irritação das vias respiratórias. Tais medidas incluem evitar fumaça de cigarro e outros poluentes, manter o quarto bem arejado, limpar e aspirar pó frequentemente, usar capa protetora no colchão e no travesseiro, evitar exposição ao frio, cheiros irritantes e evitar o consumo de alimentos com corantes artificiais.

O diagnóstico e tratamento da sinusite é da responsabilidade do médico otorrinolaringologista.

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Quais os sintomas da menopausa precoce?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

O primeiro sintoma da menopausa precoce é a menstruação irregular antes dos 40 anos de idade, com ciclos menstruais mais curtos ou mais longos, ou ainda ausência de menstruação. Depois, os sinais e sintomas são os mesmos da menopausa natural, podendo incluir ondas de calor, transpiração noturna, insônia, irritabilidade, alterações de humor, falta de concentração, diminuição da libido, dor durante as relações e secura vaginal. Há casos em que a mulher perde o interesse pelas coisas e pode até entrar em depressão.

A menopausa precoce, também conhecida como falência ovariana prematura, além de impedir a gravidez, pode aumentar as chances de doenças cardiovasculares, como derrame (AVC) e infarto, bem como aumentar o risco de osteoporose e envelhecimento precoce.

Essas complicações da menopausa precoce são devidas à diminuição da produção dos hormônios femininos estrógeno e progesterona, que tem ação protetora sobre os ossos e o sistema cardiovascular.

O diagnóstico da menopausa precoce é confirmado por exames de dosagem hormonal que pode ser realizada semanalmente. O ultrassom também pode ser necessário para analisar o tamanho dos ovários, que ficam menores.

Quais as possíveis complicações da menopausa precoce?

Como a falência ovariana prematura diminui os níveis de alguns hormônios, a menopausa precoce pode causar:

Ansiedade e depressão: alterações hormonais causadas por falência ovariana prematura podem contribuir para a ansiedade ou causar depressão;

Síndrome do olho seco e doença da superfície ocular: Algumas mulheres com menopausa precoce têm algum desses problemas oculares. Ambos podem causar desconforto e visão turva. Se não forem tratadas, essas condições podem causar danos permanentes nos olhos.

Doença cardíaca: níveis mais baixos de estrógeno podem afetar os músculos ao redor das artérias e aumentar o acúmulo de colesterol na parede dos vasos. Esses fatores aumentam o risco de aterosclerose (endurecimento das artérias).

Infertilidade: ocorre devido ao mau funcionamento dos ovários, que não produzem óvulos adequadamente.

Hipotireoidismo: A tireoide é uma glândula que produz hormônios que controlam o metabolismo e o nível de energia do corpo. Baixos níveis de hormônios da tireoide podem afetar o metabolismo e causar falta de energia, lentidão mental, entre outros sintomas.

Osteoporose: O hormônio estrógeno ajuda a manter ossos fortes. Sem estrogênio suficiente, mulheres com menopausa precoce tem um risco maior de desenvolver osteoporose, uma doença óssea que deixa os ossos fracos e frágeis, aumentando o risco de fraturas.

O que é a menopausa precoce?

A menopausa precoce ocorre quando os ovários da mulher param de funcionar normalmente antes dos 40 anos de idade. Como resultado, a mulher deixa de menstruar e não pode mais engravidar. Nas mulheres com falência ovariana prematura, a infertilidade e os períodos irregulares têm início antes dos 40 anos. Às vezes, podem começar mesmo na adolescência.

Quais as causas da menopausa precoce? Cirurgia de retirada dos ovários

A remoção de ambos os ovários faz com que a menopausa ocorra imediatamente. Se a mulher tiver 50 anos ou menos, pode-se tentar deixar um ovário ou parte dele, se possível, o que pode impedir a menopausa precoce.

Quimioterapia

Alguns tipos de quimioterapia podem danificar os ovários e causar menopausa precoce. A menopausa pode ocorrer imediatamente ou meses após o tratamento.

O risco de menopausa precoce devido à quimioterapia depende do tipo e da quantidade do medicamento quimioterápico utilizado. Além disso, quanto mais jovem for a mulher, menor é a probabilidade dela ter menopausa precoce por causa da quimioterapia.

Radioterapia

Receber radioterapia na região pélvica também pode danificar os ovários. Em alguns casos, os ovários podem curar-se e começar a funcionar novamente. Porém, se a mulher receber grandes doses de radiação, o dano pode ser permanente.

Terapia hormonal

A terapia hormonal usada para tratar câncer de mama e de útero pode causar menopausa precoce.

Outras causas de menopausa precoce
  • Hipotireoidismo autoimune;
  • Lúpus eritematoso sistêmico;
  • Insuficiência renal;
  • Endometriose;
  • Tabagismo.

Porém, cerca de 90% dos casos de menopausa precoce não tem uma causa exata conhecida. Pesquisas demonstraram que a falência ovariana prematura está relacionada a problemas nos folículos. Os folículos são pequenos sacos nos ovários, onde os óvulos crescem e amadurecem. Os problemas nos folículos ovarianos surgem quando eles param de funcionar mais cedo do que o normal ou não funcionam adequadamente.

Na maioria dos casos, a causa do problema folicular é desconhecida. No entanto, às vezes pode ser causado por:

  • Doenças genéticas como a síndrome do X frágil e a síndrome de Turner;
  • Pequena quantidade de folículos;
  • Doenças autoimunes, incluindo tireoidite e doença de Addison;
  • Quimioterapia ou radioterapia;
  • Distúrbios metabólicos;
  • Toxinas, como fumaça de cigarro, produtos químicos e pesticidas.
Quais os fatores de risco da menopausa precoce?

Certos fatores podem aumentar o risco de uma mulher ter menopausa precoce, tais como:

História familiar: mulheres que têm mãe ou irmã com falência ovariana prematura têm maior probabilidade de ter menopausa precoce.

Genética: algumas mudanças nos genes observadas em doenças genéticas aumentam os riscos de falência ovariana primária, como síndrome do X frágil ou síndrome de Turner.

Doenças: doenças auto-imunes e infecções virais.

Idade: Mulheres com idades entre 35 e 40 anos têm mais chances de ter menopausa precoce.

Qual é o tratamento para menopausa precoce?

Não existe um tratamento ou medicamento capaz de restaurar o funcionamento normal dos ovários. Contudo, existem tratamentos para alguns dos sintomas da menopausa precoce. Também existem maneiras de reduzir os riscos à saúde e tratar as possíveis complicações.

Terapia de reposição hormonal

Para evitar os efeitos colaterais e sintomas da baixa produção de hormônios, é indicada a reposição hormonal, desde que a mulher não apresente nenhuma contraindicação ao tratamento.

A reposição hormonal é contraindicada para pacientes sedentárias, com câncer ou que já tiveram a doença, história na família de infartos precoces ou ainda que tenham níveis elevados de colesterol e triglicerídeos.

A terapia de reposição hormonal substitui o estrogênio e outros hormônios que os ovários não estejam produzindo. A terapia com hormônios melhora a vida sexual da mulher e reduz o risco de doenças cardíacas e osteoporose.

Estrogênio vaginal

Mesmo quando a terapia hormonal é contraindicada, podem ser usadas pequenas quantidades de estrogênio dentro e ao redor da vagina para aliviar a secura. Esses hormônios são vendidos sob a forma de creme, gel, comprimido e anel.

Exercícios e dieta adequada

Quando a terapia de reposição hormonal é contraindicada, o tratamento da menopausa precoce deve ser feito através da prática de atividade física (caminhar, pedalar, exercícios de fortalecimento muscular), alimentação balanceada e ingestão de alimentos ricos em cálcio para diminuir os riscos de osteoporose.

Antidepressivos

No caso da mulher não poder tomar hormônios, poderão ser prescritos outros tipos de medicamentos para aliviar as ondas de calor, como alguns antidepressivos. Devido aos seus efeitos químicos, eles são eficazes contra as ondas de calor, mesmo se a paciente não tiver depressão.

Lubrificantes ou umectantes

Esses produtos podem ajudar a tornar as relações mais confortáveis em caso de secura vaginal. Os lubrificantes indicados são aqueles à base de água.

Fertilização in vitro

Mulheres com falência ovariana prematura que desejam engravidar podem considerar a fertilização in vitro.

Atividade física regular e manutenção do peso corporal

Exercitar-se regularmente e controlar o peso pode reduzir o risco de osteoporose e doenças cardiovasculares como derrame cerebral e infarto. Além disso, os exercícios regulares podem ajudar com as mudanças de humor, as insônias e as ondas de calor suaves.

Tratamentos de doenças relacionadas

Se houver uma condição ou doenças relacionadas à falência ovariana prematura, é importante tratá-las adequadamente. O tratamento podem incluir medicamentos e hormônios.

É fundamental que a paciente realize o tratamento da menopausa precoce para prevenir todas as possíveis complicações, inclusive a secura vaginal, causada pela falta de estrogênio e progesterona.

Por isso, mulheres com idade inferior a 40 anos e que ficam mais de 4 meses ser ter período menstrual podem estar com os primeiros sintomas da menopausa precoce e devem procurar um médico ginecologista.

Saiba mais em: Posso estar entrando na menopausa?