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Lúpus é contagioso? Como se pega lúpus?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Não, lúpus não é contagioso, o que significa que não se pega, nem se transmite. Pessoas com lúpus eritematoso sistêmico desenvolvem a doença porque o seu sistema imunológico produz anticorpos que atacam o seu próprio corpo. A causa do lúpus é desconhecida, embora já se saiba que a genética, bem como fatores hormonais e ambientais podem favorecer o aparecimento da doença.

O lúpus eritematoso sistêmico (LES) é uma doença autoimune. Por isso, o lúpus não é contagioso, já que não é causado por vírus, bactérias ou qualquer micro-organismo que possa ser transmitido de pessoa para pessoa.

O lúpus é muito mais comum em mulheres do que em homens. Pode ocorrer em qualquer idade. No entanto, aparece com mais frequência em pessoas entre 15 e 44 anos de idade.

Quais as causas do lúpus?

A causa do lúpus eritematoso sistêmico não é totalmente conhecida. A origem da doença pode estar associada a fatores genéticos, ambientais e hormonais, bem como ao uso de certos medicamentos.

A produção anormal de anticorpos ocorre devido a uma predisposição genética associada a outros fatores, como exposição ao sol e infecções.

Esses anticorpos atacam o tecido conjuntivo do próprio indivíduo, o que faz com que o lúpus se manifeste em qualquer parte do corpo que tenha tecido conjuntivo, como pele, nariz, orelhas, articulações, pulmões, rins, cérebro, entre outras.

Quais os sintomas do lúpus?

Os principais sintomas do lúpus eritematoso sistêmico incluem febre, mal estar, inflamações e dores articulares, manchas na pele, distúrbios respiratórios, feridas na boca e presença de nódulos ou caroços pelo corpo.

Cerca de metade das pessoas com lúpus apresenta uma erupção cutânea em forma de "borboleta", que surge principalmente nas bochechas e no nariz. A erupção ou “rash" cutâneo pode se espalhar e piora com a luz do sol.

Outros sintomas do lúpus eritematoso sistêmico incluem ainda:

  • Dor no peito ao respirar profundamente;
  • Fadiga;
  • Inquietação ou indisposição;
  • Queda de cabelo;
  • Perda de peso;
  • Sensibilidade à luz solar.

Os sintomas do lúpus também variam de acordo com a parte do corpo afetada:

Cérebro e sistema nervoso: dor de cabeça, dormência, formigamento, convulsões, problemas de visão e alterações de personalidade;Tubo digestivo: dor abdominal, náuseas e vômitos;Coração: problemas nas válvulas cardíacas, inflamação do músculo cardíaco (miocardite);Pulmão: acúmulo de líquido no espaço pleural, dificuldade para respirar;Pele: cor da pele irregular e dedos que mudam de cor quando está frio (fenômeno de Raynaud).Rim: insuficiência renal.

Os sintomas do lúpus variam de pessoa para pessoa e podem aparecer e desaparecer. Algumas pessoas têm apenas sintomas de pele. É o chamado lúpus eritematoso discoide.

Contudo, todas as pessoas com lúpus eritematoso sistêmico sofrem de dores e inchaço nas articulações em algum momento. Algumas desenvolvem artrite. O lúpus geralmente afeta as articulações dos dedos, mãos, punhos e joelhos.

Qual é o tratamento para lúpus?

O tratamento do lúpus é feito com medicamentos corticoides e imunomoduladores. Para tratar distúrbios de coagulação, são usados medicamentos anticoagulantes.

Formas leves de lúpus podem ser tratadas com:

  • Anti-inflamatórios não esteroides para alívio dos sintomas articulares e da pleurisia;
  • Corticoides em baixas doses, como prednisona, para a pele e para a artrite;
  • Cremes com corticoides para tratar as erupções cutâneas;
  • Hidroxicloroquina, um medicamento que também é usado no tratamento da malária;
  • Belimumab, um medicamento biológico que pode ser útil em alguns casos.

O tratamento dos casos graves de lúpus eritematoso sistêmico é feito com doses elevadas de corticoides e medicamentos imunossupressores. Estes últimos são utilizados se não houver melhora do quadro com os corticoides ou se os sintomas piorarem quando o medicamento deixa de ser usado.

Os medicamentos mais usados para tratar lúpus são: micofenolato, azatioprina e ciclofosfamida. Devido à sua toxicidade, o uso de ciclofosfamida é permitido apenas por períodos de 3 a 6 meses. Da mesma forma, o rituximab é usado apenas em alguns casos.

O lúpus eritematoso sistêmico não tem cura. O objetivo do tratamento é controlar os sintomas. Casos graves que envolvem coração, pulmões, rins e outros órgãos geralmente precisam de tratamento especializado.

Contudo, muitas pessoas com LES apresentam sintomas leves. O prognóstico depende da gravidade da doença. A maioria das pessoas com lúpus precisam tomar medicamentos por longos períodos de tempo.

Quais as possíveis complicações do lúpus?

Algumas pessoas com lúpus têm depósitos anormais de fatores imunológicos nas células renais. Isso leva a uma condição chamada nefrite lúpica, que pode causar insuficiência renal. Nesses casos, pode haver necessidade de diálise ou transplante de rim.

Uma biópsia renal é feita para detectar a extensão do dano e ajudar a orientar o tratamento. Se a nefrite estiver ativa, é necessário tratamento com medicamentos imunossupressores, incluindo altas doses de corticoides juntamente com ciclofosfamida ou micofenolato.

Outras possíveis complicações do lúpus eritematoso sistêmico:

  • Formação de coágulos sanguíneos nas artérias ou nas veias das pernas, pulmões, cérebro ou intestinos;
  • Destruição de glóbulos vermelhos e anemia;
  • Inflamação da membrana que envolve o coração (pericardite);
  • Inflamação do coração (miocardite ou endocardite);
  • Presença de líquido ao redor dos pulmões;
  • Danos nos tecidos pulmonares;
  • Problemas durante a gravidez, incluindo aborto;
  • Derrame cerebral;
  • Lesão no intestino com dor e obstrução intestinal;
  • Inflamação do intestino;
  • Plaquetas baixas (essas células são responsáveis pela coagulação sanguínea, portanto interrompem sangramentos);
  • Inflamação dos vasos sanguíneos.

Muitas mulheres com LES podem engravidar e dar à luz um bebê saudável, principalmente se receberem tratamento adequado e não tiverem problemas cardíacos ou renais graves. No entanto, a presença de certos anticorpos na circulação sanguínea da gestante aumenta o risco de aborto espontâneo. Além disso, o lúpus e os medicamentos usados para tratar a doença podem prejudicar o feto.

O diagnóstico e o acompanhamento do lúpus eritematoso sistêmico é da responsabilidade do médico reumatologista.

Qual é a diferença entre artrite e artrose?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Artrite é uma inflamação da articulação, enquanto que artrose é uma doença crônica em que há perda da cartilagem articular e degeneração dos ossos que fazem parte da articulação.

Apesar de serem doenças distintas, a artrite e a artrose estão diretamente relacionadas. Isso porque a inflamação da artrite provoca desgaste ou destruição da cartilagem articular; com a diminuição da cartilagem, os ossos entram em contato um com o outro, gerando a artrose. 

Portanto, se não for devidamente tratada, a artrite pode evoluir para artrose.

As articulações, popularmente chamadas de "juntas", são locais do corpo em que se encontram dois ossos ou mais. Alguns exemplos: joelho, tornozelo, quadril, cotovelo, punho, etc. 

Nas extremidades ósseas estão as cartilagens, que evitam o contato direto entre os ossos e amortecem o contato entre eles, permitindo movimentos suaves e sem dor.

Na artrose, ocorre um desgaste dessa cartilagem da articulação, prejudicando os movimentos e causando dor. 

Quais são as causas da artrite e da artrose? Artrite

Uma artrite pode ser causada por infecções ou processos inflamatórios que acometem os componentes articulares, como cartilagem, cápsula articular, ligamentos e menisco, podendo ocorrer em qualquer articulação do corpo.

Artrose

A artrose tem como causa a diminuição da cartilagem articular, o que pode ocorrer por fatores genéticos, excesso de uso da articulação, traumatismos e degeneração da cartilagem decorrente da idade.

Quais são os sintomas da artrite e da artrose? Artrite

Os principais sintomas da artrite são: dor, inchaço, calor, vermelhidão e rigidez na articulação afetada.

Esses sinais e sintomas são típicos de um processo inflamatório (artrite é uma inflamação na articulação), com exceção da rigidez. A dor pode ser constante ou não, podendo ocorrer em repouso ou durante o movimento.

Artrose

Os sintomas da artrose podem incluir dor, rigidez, inchaço, perda da mobilidade e mudanças no formato da articulação afetada.

Ocorrem principalmente nos dedos das mãos e nos joelhos, mas também são comuns no quadril e na coluna vertebral. A dor da artrose normalmente piora com o frio.

Como é o tratamento da artrite e da artrose?Artrite

O tratamento da artrite depende da causa da inflamação, podendo incluir medicamentos anti-inflamatórios, analgésicos, antibióticos, corticoides, imunossupressores e biológicos, fisioterapia, terapia ocupacional, perda de peso e cirurgias. O objetivo é diminuir a dor, a inflamação e o inchaço, além de manter ou recuperar os movimentos da articulação.

Artrose

O tratamento da artrose pode ser feito com medicamentos analgésicos e anti-inflamatórios, injeções locais, repouso, perda de peso, fisioterapia, uso de talas e sapatos ortopédicos e, em alguns casos, cirurgia.

O/a médico/a reumatologista é especialista responsável pelo diagnóstico e tratamento da artrite e da artrose.

Quais os exercícios físicos para eliminar gases?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Um exercício simples para eliminar gases intestinais é se deitar de barriga para cima e puxar as pernas contra a barriga com os joelhos completamente flexionados, abraçando e puxando as pernas contra o abdômen.

Pode fazer um movimento de balanço, com as pernas abraçadas, para ajudar ainda mais na eliminação dos gases.

Outro exercício com boa resposta, é a massagem abdominal. A auto massagem deve ser feita com movimentos circulares e profundos na barriga, no sentido da direita para a esquerda, como se os gases estivessem sendo empurrados para fora do corpo. Insista nas regiões que estão mais doloridas e inchadas.

Quais as outras formas de eliminar gases?

1. Exercícios: as massagens abdominais e exercícios específicos, como abraça as pernas contra a barriga, auxiliam na peristalse intestinal, evitando o acúmulo dos gases.

2. Alimentação balanceada: adotar medidas como o aumento do consumo de água e alimentos menos gordurosos, facilitando na digestão.

3. Medicamentos: para eliminar os gases, podem ser usados medicamentos, como a Simeticona®.

4. Chás: alguns trabalhos indicam certos chás como facilitadores da eliminação de gases intestinais, porém não existem comprovações científicas e além disso, vale lembrar que alguns chás são contraindicados para pessoas que fazem uso de anticoagulantes, gestantes ou certas doenças crônicas como a hipertensão. Por isso é fundamental que fale com seu médico antes de qualquer tratamento, mesmo que naturais.

Como eliminar gases na gravidez?

Fazer exercícios físicos regularmente, como caminhadas, é uma boa maneira de eliminar gases intestinais na gravidez. A atividade física moderada estimula a musculatura lisa responsável pelos movimentos intestinais, favorecendo a eliminação dos gases, sobretudo em casos de prisão de ventre.

Os gases são muito comuns durante a gestação especialmente nos casos de constipação associada, o que causa grande incômodo. Sendo assim, nos casos em que apesar das atividades regulares, os sintomas persistirem, deve ser avaliado com o obstetra, a possibilidade de adicionar o uso de laxantes.

O que causa gases?

Os gases intestinais podem ser provocados por certos alimentos de difícil digestão, como alimentos ricos em fibras, por exemplo. Às vezes, o aumento repentino da ingesta de fibras na dieta pode provocar gases em excesso, embora o organismo se adapte e deixe de produzi-los com o passar do tempo.

Comer ou beber determinados alimentos ou bebidas que não são bem tolerados pelo corpo também podem causar gases. É o caso de pessoas com intolerância à lactose (açúcar do leite), que não devem consumir leite e derivados.

O uso de antibióticos, síndrome do intestino irritável, má digestão, incapacidade de absorver os nutrientes adequadamente, são outros fatores que favorecem a maior produção de gases.

Como evitar os gases?
  • Mastigue bem os alimentos;
  • Evite comer leguminosas (feijão, ervilha, grão-de-bico, lentilhas) e repolho;
  • Evite comer alimentos ricos em carboidratos, como doces e massas;
  • Evite lactose;
  • Não beba refrigerantes com gás ou bebidas gaseificadas;
  • Caminhe por 10 a 15 minutos depois de comer.
Quais os sintomas de gases?

O excesso de gases pode causar sintomas como barriga inchada, cólicas e dor no peito. Na ocorrência de gases intestinais com muita frequência, ou na presença de outros sinais e sintomas, como dor abdominal, dor no estômago ou no reto, azia, náuseas, vômitos, febre, emagrecimento, diarreia crônica, perda de apetite, anemia, fezes oleosas e fétidas ou fezes com sangue, consulte um médico clínico geral ou médico de família para uma avaliação.

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Excesso de gases pode revelar algum problema grave?

Quais são os sintomas de uma pneumonia?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Os sintomas mais frequentes da pneumonia são: febre alta, tosse com ou sem catarro, calafrios, dificuldade para respirar, falta de ar, respiração acelerada e dor no peito.

Outros sintomas que podem surgir, com menor frequência são: dor de cabeça, dores no corpo, fadiga, fraqueza, perda de apetite, diarreia, náusea e vômito. Casos mais graves evoluem com coloração azulada da pele, alteração de consciência, convulsão e morte.

Os sintomas da pneumonia podem variar de forma considerável, conforme a causa e o estado de saúde geral da pessoa. Os sintomas podem ser confundidos com os de uma gripe na fase inicial, mas se agravam progressivamente, não apresenta melhora mesmo com uso de medicações.

Em indivíduos idosos, com doenças crônicas ou imunidade baixa, os sintomas são mais leves, geralmente cursando com pouca tosse, mal-estar e sem febre, dificultando um diagnóstico mais precoce.

O diagnóstico precoce e o início rápido do tratamento são fundamentais para controlar e curar a doença.

Quais os sintomas da pneumonia em crianças?

Os sintomas da pneumonia em crianças e bebês incluem febre alta, tosse produtiva, perda de apetite, prostração e aumento da frequência respiratória. No início, a criança parece estar resfriada ou gripada, mas o quadro piora com o passar dos dias. No caso da pneumonia em bebês com menos de um ano, os sintomas são discretos, o que merece uma atenção especial.

O que é pneumonia?

Pneumonia é a inflamação dos pulmões, de causa infecciosa. Pode ser causada por vírus (pneumonia viral), bactérias (pneumonia bacteriana), fungos (pneumonia fúngica) ou parasitas (pneumonia parasitária).

A inflamação da pneumonia afeta o parênquima pulmonar, aonde são realizadas as trocas gasosas (recebe oxigênio e libera gás carbônico). Como resultado, os alvéolos pulmonares e os bronquíolos ficam cheios de líquido devido ao processo inflamatório, o que dificulta as trocas gasosas e diminui a elasticidade do pulmão, reduzindo os níveis de oxigênio no sangue, causando a dificuldade respiratória.

Quais as causas da pneumonia?

A principal causa de pneumonia é a inalação de bactérias que normalmente habitam a porção superior da nasofaringe (região entre o nariz e a garganta). Por isso, a maioria dos casos de pneumonia é do tipo bacteriana.

A pneumonia também pode ocorrer pela inalação de gotículas de secreções infectadas eliminadas por uma pessoa doente. Essa forma de transmissão é comum na pneumonia viral.

Em casos menos comuns, a pneumonia pode ser causada pela inalação de partículas infectadas do meio ambiente ou provenientes de animais.

Fatores de risco da pneumonia

O risco de desenvolver pneumonia é maior quando a pessoa está com a imunidade baixa, como em casos de desnutrição, diabetes, uso crônico de corticoides ou imunossupressores, portadores de HIV, AIDS ou outras doenças e condições que deixam o sistema imunológico debilitado.

Outros fatores de risco para desenvolver pneumonia incluem poluição, tabagismo, viver em lugares densamente povoados, idade avançada, viver em instituições sociais ou asilos, alcoolismo e uso de drogas.

Os casos de pneumonia adquirida em ambiente hospitalar são particularmente graves, devido à grande variedade de bactérias que se encontram nos hospitais (algumas delas resistentes a antibióticos).

Essas bactérias podem provocar pneumonia em pacientes internados por outras razões. O quadro se torna ainda mais grave, já que boa parte desses pacientes já tem outras doenças associadas ou está tomando medicamentos que podem baixar a imunidade.

Considera-se que a pneumonia foi adquirida no hospital quando ela surge depois de 48 horas que a pessoa foi internada e não estava em incubação no momento de entrada no hospital.

Como é feito o diagnóstico da pneumonia?

O diagnóstico da pneumonia é feito através da história clínica e do exame físico do paciente. O raio-x de tórax confirma o diagnóstico. Em alguns casos, pode ser indicada uma tomografia computadorizada para obter imagens mais detalhadas do pulmão.

Para identificar o micro-organismo causador da pneumonia, podem ser realizados exames de sangue e análises da secreção pulmonar.

Nos casos mais graves de pneumonia, podem ser indicadas a coleta de líquido da pleura (membrana dupla que fica entre o pulmão e a parte interna da cavidade torácica) ou a realização de broncoscopia.

Qual é o tratamento para pneumonia? Medicamentos

O tratamento da pneumonia inclui o uso de medicamentos, principalmente antibióticos, para eliminar o germe que está causando a doença. Podem ser utilizados ainda, antivirais, antifúngicos ou antiparasitários, medicamentos anti-inflamatórios, para febre ou para xaropes para tosse.

Hidratação

Hidratação com água ou soro caseiro, são fundamentais para auxiliar na resposta do organismo a infecção e produção de sua defesa.

Oxigênio

Suporte respiratório, com fornecimento de oxigênio, sempre que for necessário.

Internação hospitalar

A grande maioria dos casos de pneumonia não necessita de internamento. Porém, quando a pessoa tem outros problemas de saúde, a pneumonia não melhora em até 72 horas, os sintomas pioram ou surgem complicações, pode ser indicado.

O acompanhamento dos casos de pneumonia quase sempre se inicia em um pronto-socorro, com um médico pediatra, clínico geral ou emergencista. Quando o quadro evolui com melhora, o tratamento é continuado em ambiente domiciliar. Se o caso evolui com piora e precisa de suporte específico, necessita de internação, em enfermaria ou UTI.

Em caso de sintomas de pneumonia, procure um serviço de saúde para receber um diagnóstico e tratamento adequados.

Saiba mais sobre pneumonia e doenças semelhantes nos artigos:

Quais os sintomas da gonorreia?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Os sintomas da gonorreia incluem ardência e dificuldade para urinar, podendo ainda ser observado um corrimento amarelado ou esverdeado saindo pelo canal da uretra (homem) ou pela vagina (mulher). Os sinais e sintomas manifestam-se entre 2 e 8 dias depois da relação sexual. No entanto, nos homens, podem levar até 1 mês para aparecer.

A gonorreia pode infectar o pênis, o colo uterino, o canal anal, a garganta e os olhos. Se não for devidamente tratada, pode causar diversos danos à saúde, como infertilidade, dor nas relações sexuais, gravidez nas trompas, entre outros.

O fato de muitas pessoas com gonorreia não apresentar sintomas faz com que não tomem conhecimento da doença e não procurem tratamento. Isso aumenta o risco de complicações e a possibilidade de transmitir a infecção para outra pessoa.

Quais os sintomas da gonorreia na mulher?

Nas mulheres, os sinais e sintomas da gonorreia são marcados por coceira na vagina, presença de corrimento amarelado ou esverdeado, dor ou ardência ao urinar, dor no baixo ventre e dor ou sangramento durante a relação sexual. Pode haver ainda dor de garganta, febre e sangramento uterino anormal

Quais os sintomas da gonorreia no homem?

Nos homens, a gonorreia pode causar dor, ardência ou calor ao urinar, corrimento ou pus no pênis, aumento do número de micções, urgência urinária, uretra vermelha ou inflamada, testículos sensíveis ou inflamados e dor de garganta (faringite gonocócica).

Como ocorre a transmissão da gonorreia?

A gonorreia é uma infecção sexualmente transmissível (IST). A doença é causada pela bactéria Neisseria gonorrhoeae e pode ser transmitida por qualquer tipo de atividade sexual. Pode ser contraída por contato com a boca, garganta, olhos, uretra, vagina, pênis ou ânus.

As bactérias proliferam-se em áreas quentes e úmidas do corpo, incluindo a uretra, o canal que transporta a urina para fora do corpo. Nas mulheres, as bactérias podem ser encontradas no aparelho reprodutivo, incluindo trompas de Falópio, útero e colo do útero.

A transmissão da gonorreia ocorre principalmente através de relações sexuais sem proteção. A gonorreia também pode ser transmitida para o bebê durante a gravidez ou no momento do parto.

É muito comum a pessoa estar doente e não manifestar sintomas, pelo que é necessário usar preservativo em todas as relações sexuais para não transmitir a doença.

Qual é o tratamento para gonorreia?

O tratamento da gonorreia é feito com medicamentos antibióticos. É importante que o casal faça o tratamento, mesmo que o parceiro ou a parceira não apresente sintomas da doença. Durante o tratamento, o casal deve usar preservativos.

Existem muitos antibióticos diferentes que podem ser usados para tratar gonorreia. Os medicamentos podem ser administrados em doses orais altas e únicas ou doses menores, durante 7 dias. A pessoa pode receber a primeira dose de antibiótico por injeção e depois tomar a medicação em comprimidos.

Os casos mais graves de doença inflamatória pélvica (DIP) podem exigir hospitalização, com antibióticos administrados por via endovenosa.

Aproximadamente metade das mulheres com gonorreia também está infectada com clamídia. O tratamento de ambas infecções é feito em simultâneo.

Quais as possíveis complicações da gonorreia? Complicações da gonorreia em mulheres

Infecções que se espalham para as trompas podem causar cicatrizes, o que pode levar a problemas para engravidar mais tarde. Também podem provocar dor pélvica crônica, doença inflamatória pélvica (DIP), infertilidade e gravidez ectópica.

Episódios recorrentes aumentam o risco de infertilidade devido aos danos nas trompas de Falópio. Mulheres com gonorreia podem apresentar ainda abscessos no útero e no abdômen.

Gestantes com gonorreia grave podem transmitir a doença para o bebê ainda no útero ou durante o parto. Também podem ocorrer complicações na gravidez, como infecções e parto prematuro.

Complicações da gonorreia em homens

Nos homens, as complicações da gonorreia podem incluir cicatrizes ou estreitamento da uretra e acúmulo de pus (abscesso) ao redor da mesma.

Complicações da gonorreia em homens e mulheres

Tanto no homem como na mulher, a gonorreia pode causar infecções nas articulações, infecção da válvula cardíaca e meningite.

Na presença desses sintomas, consulte o/a médico/a clínico/a geral, médico/a de família, ginecologista ou urologista.

Diarreia: o que fazer?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A pessoa que está com diarreia deve preocupar-se em aumentar a hidratação, evitar comidas gordurosas e comer em pequenas quantidades. Em alguns casos de diarreia, pode ser necessário tomar soro por via venosa.

Com o aumento da frequência das evacuações, a pessoa perde muito líquido e pode ficar desidratada.

Por isso, quem está com diarreia deve tomar o soro de reidratação oferecido gratuitamente nas unidades de saúde do SUS (Sistema Único de Saúde) ou vendido nas farmácias.

Deve-se evitar tomar remédios que cortam a diarreia. Antibióticos são indicados apenas em raros casos e com prescrição médica.

O que comer em caso de diarreia?

As comidas gordurosas e derivados de leite devem ser evitados até o funcionamento do intestino voltar ao normal.

Uma boa opção de alimentos pode ser: batata, arroz, macarrão, aveia, bolacha de água e sal, banana e sopa de legumes. Cozinhe os ovos antes de comer e evite comer carne crua.

Frutas, saladas, alimentos fritos, embutidos e carnes gordurosas devem ser evitados, assim como leite, café, sucos de frutas e bebidas alcoólicas.

É importante sempre lavar as mãos com água e sabão após as evacuações e antes das refeições, bem como lavar frutas e legumes antes de comer.

Há algum remédio caseiro para diarreia?

Quem está com diarreia deve tomar o soro de reidratação oferecido gratuitamente nas unidades de saúde do SUS (Sistema Único de Saúde) ou vendido nas farmácias.

Porém, até adquirir o soro, existe a opção de fazer um soro caseiro, pois é uma forma de hidratar e repor os sais minerais perdidos com a diarreia.

Como fazer soro caseiro para diarreia

1. Adicione 2 colheres (sopa) de açúcar e 1 colher (café) de sal em 1 litro de água filtrada ou fervida. 2. Misture bem; 3. Beba 1 copo de soro caseiro (250 ml) de soro caseiro sempre após as evacuações.

Caso a diarreia se prolongue mais de 2 dias com febre ou presença de sangue nas fezes, procure um serviço de saúde.

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Quais as causas mais comuns de diarreia?

O que é bom para parar a diarreia rapidamente?

Como posso saber se tenho artrose? Quais são os sintomas?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Os sintomas da artrose podem incluir dor, rigidez, inchaço, perda da mobilidade e deformidade na articulação afetada. Os sinais e sintomas manifestam-se principalmente nos dedos das mãos e nos joelhos, mas também são comuns no quadril e na coluna vertebral.

Os sintomas da artrose normalmente evoluem lentamente, podendo desaparecer e reaparecer, em crises. A inflamação na articulação pode desencadear períodos de inchaço, observado principalmente nos dedos das mãos e nos joelhos.

À medida que a artrose evolui, aumenta a limitação dos movimentos na articulação afetada. Nas artroses mais avançadas, surgem deformidades articulares, que podem ser observadas sobretudo sob a forma de nódulos nas articulações dos dedos das mãos.

Dor da artrose

A dor da artrose normalmente piora com o frio e ao longo do dia, com os movimentos e esforços físicos. Ao repouso, a dor costuma aliviar. 

Embora a dor se manifeste quase sempre na articulação afetada, em alguns casos de artrose de quadril, a dor pode ser sentida na virilha e irradiar para o joelho.

Nas artroses de coluna que afetam a coluna lombar, a dor pode irradiar para as pernas, enquanto que nas artroses da coluna cervical, a dor pode irradiar para os membros superiores, cabeça e tórax.

Normalmente, as dores não ocorrem durante a noite e não costumam interferir com a qualidade do sono. Porém, em casos muito avançados de artrose, principalmente nos joelhos e quadril, a dor também pode ocorrer durante a noite.

Vale ressaltar que não existe uma relação entre a intensidade da dor e o grau de lesão na articulação. Há pessoas com artrose avançada que sentem pouca dor, enquanto outras com um grau leve de artrose podem sentir muitas dores.

O que é artrose?

Artrose é uma doença crônica em que há perda da cartilagem articular e degeneração dos ossos que fazem parte da articulação. A cartilagem é uma estrutura responsável pela redução do impacto e do atrito entre os ossos.

Uma vez que a cartilagem articular é fundamental para o movimento adequado da articulação, a dor vai piorando com o tempo e os movimentos vão sendo cada vez mais afetados. Com a imobilidade, a musculatura fica atrofiada, a articulação fica mais instável e as lesões pioram.

Com o tempo, a articulação torna-se incapaz de exercer a sua função, pois perde a cartilagem articular e apresenta crescimento ósseo na sua periferia. A pessoa vai ficando cada vez mais limitada, até não conseguir movimentar a articulação sem precisar fazer muito esforço e sentir dor intensa.

Trata-se de uma condição crônica que tende a agravar com o passar do tempo. O diagnóstico adequado permite a indicação de algumas medidas que podem reduzir a progressão da artrose e melhorar os sintomas.

Qual é o tratamento para artrose?

O tratamento da artrose inclui medidas não farmacológicas (perda de peso, fisioterapia, fortalecimento e alongamento muscular, uso de sapatos amortecidos e ortopédicos), medicamentos (analgésicos, anti-inflamatórios), injeção local e, em alguns casos, cirurgia.

As formas de tratamento dependem do acometimento em cada pessoa, da intensidade da dor e da rigidez da articulação atingida.

Consulte o seu médico de família ou clínico geral para uma avaliação e acompanhamento necessários.

Herpes genital tem cura?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Não, herpes genital não tem cura. Embora os sintomas do herpes possam desaparecer de forma espontânea ou com tratamento medicamentoso, o vírus permanece para sempre alojado em algumas células do indivíduo, e as lesões podem reaparecer em momentos de baixa imunidade ou estresse.

O herpes genital é uma doença infectocontagiosa, causada mais frequentemente pelo vírus Herpes simplex tipo 2, podendo também ocorrer pelo tipo 1, principalmente na faixa etária mais jovem. A via de transmissão predominante é o contato sexual, ou transmissão materno-fetal durante o parto, pelo contato direto com a lesão infectada.

Quando a pessoa se contamina com o vírus, dias depois podem surgir os sintomas mais comuns, como vermelhidão, dor, coceira e bolhas no local de contato. Depois essas lesões desaparecem sem deixar marcas. Em alguns casos, pode ser necessário usar uma pomada ou comprimidos antivirais.

O vírus entra então numa fase de latência, ou seja, como se mantivesse inativo, até que alguma situação de estresse ou que leva a baixa imunidade, ele seja reativado e volte a se multiplicar dentro das células, resultando em um novo episódio de lesões, com sintomas que precisarão ser novamente tratados.

O tratamento específico para cada caso deve ser indicado por um clínico geral, dermatologista ou ginecologista.

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Atrofia testicular tem cura? Como tratar?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Sim, atrofia testicular tem cura e o tratamento é direcionado para o problema que está causando a atrofia. Se após a cura da doença que originou a atrofia testicular o testículo não recuperar o seu tamanho normal, o tratamento pode ser feito com cirurgia ou reposição hormonal.

Uma das principais causas de atrofia testicular é a varicocele, que são varizes no testículo. Trata-se de uma dilatação anormal das veias do cordão espermático, responsáveis por drenar o sangue dos testículos. Como resultado, o sangue fica estagnado no testículo e a circulação fica comprometida, podendo levar à atrofia do órgão.

Nesse caso, a única forma de parar ou reverter a atrofia testicular é interromper o fluxo sanguíneo nessas veias através de procedimentos cirúrgicos.

Quando a atrofia é causada por orquites (inflamação do testículo) de origem viral, como no caso da caxumba, o tratamento consiste em repouso, elevação do escroto e medicamentos anti-inflamatórios. Se a infecção for bacteriana, o tratamento inclui também antibióticos.

A torção do testículo é outra possível causa de atrofia no órgão. O tratamento é cirúrgico. O objetivo do procedimento é tentar desfazer a torção e fixar o testículo nas paredes internas do saco escrotal.

Se um dos seus testículos estiver menor ou mais amolecido que o outro, procure um médico de família ou clínico geral para uma avaliação inicial. Em muito casos pode ser necessário o encaminhamento a um urologista para diagnosticar a causa da atrofia e receber um tratamento adequado.

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Como funciona a cirurgia de varicocele?

O que fazer para aliviar azia?
Dra. Janyele Sales
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Para aliviar a azia podem ser usados medicamentos antiácidos ou remédios que interrompem a produção de ácido ou ajudam a esvaziar o estômago. Porém, estes últimos só podem ser adquiridos após uma avaliação médica.

Além dos medicamentos, é possível melhorar a azia naturalmente seguindo essas 3 dicas:

1. Beba chá de camomila: A camomila favorece a digestão e auxilia no controle do refluxo gastroesofágico, uma das causas da azia;

2. Beba chá de gengibre: O gengibre ajuda a digerir alimentos gordurosos e atua contra distúrbios digestivos, como náuseas, vômitos, refluxo e azia;

3. Beba água com limão: Misture o suco de 1 limão com água e beba. Embora seja ácido, o limão atua de forma semelhante ao bicarbonato de sódio, diminuindo o excesso de acidez depois das refeições.

Como aliviar a azia na gravidez?

As mesmas dicas acima também são válidas para aliviar a azia durante a gravidez. A grávida também deve ser orientada a dormir de lado, sobre o lado esquerdo do corpo, pois sabe-se que essa posição ajuda a combater a azia na gestação.

O que fazer para combater e evitar a azia?
  • Não fume. Além de azia, o cigarro também pode provocar diversos problemas no estômago;
  • Espere pelo menos 2 horas para ir dormir depois de jantar;
  • Diminua as doses das refeições, comendo mais vezes e em menor quantidade ao longo do dia;
  • Evite tomar bebidas gasosas, pois provocam uma distensão do estômago e estimulam a secreção de suco gástrico;
  • Evite comer alimentos gordurosos, pois dificultam e atrasam o esvaziamento do estômago;
  • Evite bebidas alcoólicas;
  • Se estiver acima do peso, emagreça;
  • Não use roupas apertadas;
  • Incline a cama, elevando a cabeceira cerca de 20 centímetros (coloque calços embaixo dos pés da cama). Usar travesseiros mais altos ou até mesmo vários travesseiros não resulta.
O que é a azia e quais são as causas?

A azia é um sintoma de distúrbios digestivos, como má digestão, refluxo gastroesofágico, entre outros. A azia ocorre quando o conteúdo ácido do estômago volta para o esôfago, irritando as paredes desse órgão.

Quais são os sintomas da azia?

O principal sintoma da azia é a sensação de queimação ou ardência, que começa no meio do peito e pode chegar à garganta, podendo piorar ao engolir. Em alguns casos, a azia pode provocar um sabor amargo na boca.

A azia ocorre com mais frequência depois das refeições ou quando a pessoa se deita. Os sintomas podem durar alguns minutos ou horas.

A azia pode vir acompanhada de tosse crônica devido à irritação do esôfago causada pelos sucos digestivos ácidos do estômago.

Se a azia não for tratada e ocorrer com frequência, as paredes do esôfago podem sofrer lesões repetidas. Nesses casos, pode haver sangramento e estreitamento do canal do esôfago, causando dificuldade para engolir.

Também podem surgir úlceras no esôfago se a agressão ao órgão for prolongada, o que pode favorecer o desenvolvimento de câncer de esôfago.

Se você tem azia constantemente, consulte um médico de família, um clínico geral ou um gastroenterologista para que a causa da azia seja identificada e o problema seja devidamente tratado.

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Meningite fúngica tem cura? Qual o tratamento?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Depende. Quase todas as meningites têm cura, porém a meningite fúngica, embora seja o tipo mais raro, apresenta uma mortalidade mais alta, acredita-se que principalmente pela demora do diagnóstico e início do tratamento específico.

Alguns critérios são fundamentais para definir a resposta ao tratamento e cura do paciente:

  • Tipo de fungo encontrado
  • Tempo de início da medicação, quanto mais precoce iniciar o tratamento, maior a chance de alcançar a cura
  • Imunidade, pacientes com imunidade comprometida, como HIV, câncer e diabetes, devem seguir um protocolo mais rígido de tratamento
  • Ausência de comorbidades, a presença de doenças crônicas, especiamente se não controladas, diminui as possibilidades de cura.

Qual é o tratamento de meningite fúngica?

O tratamento das meningites fúngicas é feito sobretudo com o medicamento antifúngico anfotericina B. Contudo, outros antifúngicos podem ser incluídos no tratamento, como flucitosina, miconazol, cetoconazol e fluconazol.

A evolução da doença e a gravidade dos sintomas depende do estado imunológico do paciente. No caso da meningite criptocócica, a evolução do quadro tanto pode ser lenta e durar meses ou anos, como pode ser fulminante ou levar à morte em apenas 2 semanas.

A meningite fúngica pode se tornar crônica devido ao processo inflamatório contínuo das meninges (membrana que envolve o cérebro e a medula espinhal), podendo causar sérias complicações, como hidrocefalia e interrupção do fluxo sanguíneo cerebral.

A meningite fúngica é o tipo menos comum de meningite, sendo mais comum em pacientes imunossuprimidos, como em casos de AIDS e câncer, por exemplo.

Leia também: Quais são os tipos de meningite?

Ao contrário da meningite viral e bacteriana, a meningite fúngica não é contagiosa, ou seja, não é transmitida de pessoa para pessoa, sua transmissão é dada via inalação de esporos (partículas de fungos), e dos pulmões segue para o cérebro.

Saiba mais em: Meningite é contagiosa? Como ocorre a transmissão?

Os principais fungos causadores de meningite são o Cryptococcus e o Coccidioides. Outros agentes fúngicos que também podem causar a doença incluem Candida, Aspergillus, Histoplasma, Blatomyces e Mucor.

Os médicos infectologista e neurologista são os responsáveis pelo tratamento da meningite fúngica.

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O que pode causar paralisia facial?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Existem várias doenças e condições que podem causar paralisia facial periférica, embora na grande maioria dos casos ela não tenha uma causa aparente (Paralisia de Bell). Os traumatismos no nervo facial são a segunda causa mais comum de paralisia facial, ficando somente atrás da paralisia de Bell, considerada idiopática (causa desconhecida).

A paralisia de Bell representa entre 60% e 75% dos casos de paralisia facial, enquanto que os traumatismos no nervo craniano podem ser responsáveis por até 40% das paralisias faciais.

A Paralisia de Bell é uma paralisia facial com causa desconhecida. Inicialmente, todos os casos de paralisia do nervo facial eram chamados de Paralisia de Bell.

Porém, com a descoberta das causas da paralisia facial, apenas os quadros idiopáticos, ou seja, sem uma causa aparente, continuaram a ser chamados de Paralisia de Bell.

É importante lembrar que a origem da paralisia facial não está no cérebro mas no nervo facial, que, devido a traumas, infecções, doenças ou outra situação qualquer, deixa de funcionar adequadamente. O resultado é uma paralisia dos movimentos dos músculos da face.

Quais as outras causas de paralisia facial?

Qualquer doença ou condição que provoque algum distúrbio no nervo facial pode causar paralisia facial, tais como:

  • Diabetes, infecção pelo HIV, doença de Lyme;
  • Fraturas do osso temporal, lesões neurológicas durante ou a seguir ao parto;
  • Meningite meningocócica, tumores, traumatismos cranianos;
  • Otite média, herpes zoster, Síndrome de Ramsay Hunt;
  • Sarcoidose, eclâmpsia (neste caso, quem é afetado é o bebê);
  • Amiloidose, hanseníase, Síndrome de Guillain-Barré;
  • Leucemia, inflamações, lesões em vasos sanguíneos;
  • Poliomielite aguda, esclerose múltipla.
Quais os sinais e sintomas da paralisia facial?

A paralisia facial periférica caracteriza-se pelos seguintes sinais e sintomas:

  • Interrupção parcial ou total dos movimentos da face;
  • Alterações na secreção de saliva e lágrima;
  • Incapacidade de fechar completamente o olho do lado afetado;
  • Mudanças no paladar;
  • Alterações na sensibilidade do rosto;
  • Alterações auditivas;
  • Sensibilidade exacerbada aos sons;
  • Dificuldade para falar, mastigar, sugar, soprar, engolir e prender com os lábios;
  • Dor dentro ou ao redor do ouvido.

A paralisia provoca assimetria ou imobilidade da face, alterando a fisionomia da pessoa, com prejuízos funcionais e estéticos. Quando os impulsos nervosos estão completamente paralisados, a pessoa apresenta a boca caída e não consegue fechar o olho do lado afetado.

Nos primeiros dias, sobretudo nas primeiras 48 horas, os sintomas da paralisia facial podem piorar.

Paralisia facial tem cura? Qual é o tratamento?

A paralisia facial periférica (paralisia de Bell) tem cura. Na grande maioria dos casos de paralisia de Bell, a pessoa recupera os movimentos dos músculos faciais em até 3 semanas e fica completamente curada em 6 meses. Quando a cura da paralisia de Bell não ocorre após esse período, é necessário investigar uma possível causa para a paralisia facial.

Cerca de 70% das pessoas com paralisia de Bell recupera-se totalmente e aproximadamente 85% fica quase totalmente curada. Contudo, em 15% dos casos, a paralisia facial pode deixar sequelas, com lesões da córnea e disfunção permanente dos músculos da face.

Nos demais casos de paralisia facial, os sintomas tendem a melhorar depois de 2 a 3 meses.

Qual é o tratamento para paralisia facial?

O tratamento da paralisia facial é feito com medicamentos corticoides, fisioterapia, fonoaudiologia e exercícios específicos para estimular os músculos faciais.

Se os sintomas forem ligeiros, a paralisia facial pode não precisar de tratamento. Porém, é comum o uso de medicamentos corticoides para diminuir a inflamação e o inchaço do nervo facial. A fisioterapia também pode ser indicada.

Um dos corticoides usado para tratar a paralisia facial é a prednisolona 25 mg, administrada duas vezes ao dia, durante 10 dias.

O tratamento medicamentoso da paralisia facial periférica deve começar o quanto antes, no máximo 7 dias depois do início dos sintomas.

Também são usados medicamentos em forma de pomada ou gel para serem aplicados no olho e prevenir o ressecamento da córnea, uma vez que a pessoa não consegue fechar o olho completamente e apresenta diminuição da secreção de lágrima.

Dois dias após a ocorrência da paralisia facial, deve-se avaliar a função dos músculos do rosto e o fechamento do olho. A seguir, a pessoa deve ser avaliada uma vez por semana durante o primeiro mês, até que seja observada uma melhora do quadro.

O acompanhamento do paciente é feito com novas avaliações a cada duas a quatro semanas, dependendo da rapidez e do grau de recuperação.

O médico neurologista é o especialista responsável pelo diagnóstico e tratamento da paralisia facial.