A hiperplasia endometrial pode evoluir para câncer. Trata-se de um aumento do número de células do endométrio, tecido que reveste a camada interna do útero. A hiperplasia do endométrio pode preceder um câncer de endométrio ou ser considerada fator de risco para desenvolver a doença.
As hiperplasias endometriais podem ser simples, complexas ou com atipias. Apesar de serem condições benignas, todas apresentam risco de evoluir para câncer, principalmente naquelas com atipias. O tratamento pode ser feito com medicamentos ou histerectomia (remoção cirúrgica do útero).
Contudo, existem vários tipos de hiperplasia fora a endometrial, e em média, poucos são os casos que evoluem para tumor maligno. Alguns exemplos comuns de hiperplasias são: hiperplasia muscular (aumento do número de células musculares), hiperplasia foveolar (aumento do número de células do estômago), hiperplasia benigna de próstata, que provoca um aumento considerável do tamanho da próstata.
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A hiperplasia é um aumento do número de células de um órgão ou tecido. Contudo, essa multiplicação celular é autolimitada, localizada e as células são normais, ou seja, não apresentam características de células cancerígenas.
Já no câncer (neoplasia maligna), as células se proliferam de forma descontrolada e desordenada, podendo invadir órgãos e tecidos vizinhos.
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Uma hiperplasia pode ser fisiológica ou patológica. Na fisiológica, a proliferação das células visa atender às necessidades do organismo, como acontece com a glândula mamária durante a gravidez. Na patológica, a hiperplasia geralmente é decorrente de um estímulo excessivo, como acontece na hiperplasia endometrial provocada por excesso de hormônio estrogênio.
É importante lembrar que, nas hiperplasias, a proliferação celular cessa assim que cessam também os estímulos, o que não acontece com o câncer.
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Os valores do CA 125 normalmente são inferiores a 35 U/ml. Níveis elevados de CA 125 são observados em cerca de 80% das mulheres com câncer de ovário avançado, embora aproximadamente 1% da população geral e 6% dos indivíduos com doenças benignas possam apresentar elevações discretas de CA 125.
Os valores de CA 125 também podem estar elevados (acima de 35 U/ml) nas seguintes situações:
- Câncer de pulmão, pâncreas, mama, fígado, cólon;
- Tumores benignos de ovário, primeiro trimestre da gravidez;
- Fase folicular do ciclo menstrual, endometrioses;
- Miomas uterinos, salpingites agudas;
- Tuberculose pélvico-peritoneal, cirrose hepática;
- Pancreatites e inflamações do peritônio do pericárdio e da pleura;
- Indivíduos que já tiveram câncer.
Níveis de CA 125 que não normalizam durante ou após o tratamento podem indicar focos residuais do tumor. Aumento dos valores de CA 125 após tratamento ou cirurgia representa, quase sempre, recidiva do tumor, embora haja casos de recidiva ou de presença de massa residual em que os níveis de CA 125 não se elevam.
Além disso, valores elevados de CA 125 em períodos de pós-operatórios podem estar relacionados com sinal de pior prognóstico e avaliação de processos de metástases de origem desconhecida.
O CA 125 é uma substância produzida pelas células epiteliais ovarianas, sendo usado principalmente no monitoramento da resposta ao tratamento de câncer de ovário.
Sempre que houver aumento deste marcador o médico Ginecologista deve ser procurado para avaliação e acompanhamento.
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Leucemia é um tipo de câncer que afeta os glóbulos brancos do sangue, conhecidos como leucócitos. A doença começa quando algumas dessas células sofrem mutações e começam a se multiplicar de forma descontrolada na medula óssea, substituindo as células sanguíneas normais.
Os leucócitos, um tipo de glóbulo branco, estão entre as células mais importantes do sistema imunológico e também são produzidos na medula óssea. Ao microscópio, esses linfócitos não apresentam nenhuma anormalidade. Porém, o seu funcionamento não é normal.
A medula óssea, também conhecida como "tutano", é o local no interior do osso onde são formadas as células sanguíneas (glóbulos brancos, glóbulos vermelhos e plaquetas). Está presente sobretudo nos ossos grandes e largos, como os ossos da bacia e o osso esterno, localizado no meio do tórax.
A leucemia afeta as células estaminais da medula óssea. É a partir dessas células que se originam as células maduras do sangue.
Na leucemia, ocorre um acúmulo de leucócitos jovens anormais na medula óssea, que substituem as células normais do sangue. A doença pode ser classificada como aguda ou crônica, dependendo da velocidade de agravamento.
Na leucemia aguda, essas células apresentam uma maior velocidade de multiplicação, enquanto que na crônica elas têm um tempo de sobrevivência maior.
Leucemia agudaA leucemia aguda geralmente tem uma evolução rápida e os glóbulos brancos cancerígenos não são capazes de exercer as funções dos glóbulos brancos normais. O número de leucócitos doentes aumenta rapidamente e a doença se agrava em pouco tempo.
A leucemia crônica normalmente tem uma evolução lenta. No início, as células cancerosas ainda conseguem realizar algumas funções das células normais. Entretanto, a doença vai piorando lentamente, conforme o número de células leucêmicas aumenta.
Quais são os tipos de leucemia?Há diversos tipos de leucemia. A mais comum é a leucemia linfática crônica, que tem origem em células que formam os glóbulos brancos.
As células estaminais da medula originam 2 tipos de células: linfoide e mieloide. As mieloides formam os leucócitos, as plaquetas e as hemácias (glóbulos vermelhos). Já as linfoides formam os linfócitos (glóbulos brancos) e os plasmócitos.
Quando as células mieloides estão doentes, surge a leucemia mieloide; quando são as linfoides, temos a leucemia linfoide.
Assim, os principais tipos de leucemia são:
- Leucemia linfoblástica aguda: é a leucemia mais frequente em crianças;
- Leucemia mieloide aguda: ocorre em adultos e crianças;
- Leucemia linfoide crônica: ocorre sobretudo em adultos;
- Leucemia mieloide crônica: também é mais comum em adultos.
A leucemia não tem uma causa definida. Porém, existem fatores de risco que aumentam as chances de desenvolver a doença, tais como: idade superior a 60 anos, ser homem, história de leucemia na família (principalmente parentes de 1º grau) e doença autoimune que ataca os glóbulos vermelhos ou as plaquetas.
Quais são os sintomas da leucemia?Os principais sintomas da leucemia são o aumento dos linfonodos (ínguas) e a ocorrência de infecções, uma vez que os glóbulos brancos são as células de defesa do organismo.
Outros sinais e sintomas que podem estar presentes incluem anemia, cansaço, falta de ar, palidez, sangramentos frequentes nas gengivais, na pele e nas mucosas, presença de caroços no corpo (principalmente pescoço, virilhas e axilas), aumento de volume do baço, febre, transpiração noturna e perda de peso.
No início, a leucemia não manifesta sintomas. Quando surgem, são leves e pioram gradualmente, conforme o agravamento da doença.
A leucemia apresenta um desenvolvimento bastante lento, durante meses ou anos. A anemia, as hemorragias e as infecções podem levar anos para se manifestar.
Muitas vezes o diagnóstico ocorre por acaso, ao fazer exames para outras doenças ou situações. Os linfócitos doentes podem se acumular na medula óssea durante meses ou anos sem interferir no funcionamento da medula.
Porém, com o tempo, os glóbulos brancos anormais começam a ocupar todo o espaço da medula óssea, dificultando a substituição das células sanguíneas normais, que acabam por morrer. Nessa fase, surgem os sinais e sintomas da leucemia.
Como é o tratamento da leucemia?O tratamento da leucemia pode incluir quimioterapia, terapia biológica e transplante de medula óssea. O objetivo do tratamento muitas vezes é reduzir o número de glóbulos brancos.
Os médicos oncologista e hematologista são os especialistas responsáveis pelo tratamento da leucemia.
Leia também: Uma infecção no sangue pode virar leucemia?
Os principais sintomas do câncer de pulmão são a tosse e a dor torácica. Outros sintomas frequentes incluem expectoração de sangue (hemoptise), falta de ar ou desconforto torácico.
O sintoma inicial mais comum do câncer de pulmão é a tosse com expectoração purulenta ou sanguinolenta, seguida de dor no peito. A rouquidão também é uma manifestação comum no início do tumor e ocorre quando o nervo laríngeo é acometido.
Pessoas com câncer pulmonar podem apresentar ainda febre, emagrecimento, perda de força física, aumento do volume do fígado, dor de cabeça, náuseas, vômitos e fraqueza muscular no membro superior.
Quais são os fatores de risco do câncer de pulmão?O câncer de pulmão ocorre principalmente em homens fumantes e ex-fumantes. Cerca de 85% dos casos ocorre em pessoas que fumam, o que faz do tabagismo o principal fator de risco para desenvolver esse tipo de tumor.
Quem fuma tem entre 10 e 30 vezes mais chances de ter câncer de pulmão do que alguém que não fuma. Nos fumantes passivos, o risco é cerca de 1,5 vezes superior do que naqueles que não são expostos à fumaça do cigarro.
Nos fumantes, o risco está relacionado com o número de cigarros que a pessoa fuma por dia, idade em que começou a fumar, tempo de tabagismo e ainda o grau de inalação da fumaça.
Outros fatores predisponentes para desenvolver a doença incluem a presença prévia de doença pulmonar, exposição a produtos químicos, como asbesto, urânio e cromo, além de histórico familiar de câncer de pulmão.
Qual é o tratamento para câncer de pulmão?O tratamento para o câncer de pulmão pode incluir cirurgia, quimioterapia e radioterapia. A escolha da forma de tratamento depende do tipo de tumor, do estágio do câncer, da idade e das condições clínicas da pessoa.
A cirurgia para remover o tumor ainda na fase inicial é a forma mais eficaz de tratamento. Se o tumor for detectado ainda no estágio inicial, as taxas de cura com o tratamento cirúrgico podem chegar aos 90%. Porém, quanto mais tarde for feito o diagnóstico, mais difícil é o tratamento, diminuindo a sobrevida do paciente.
O tratamento para casos de câncer de pulmão mais avançados é feito com quimioterapia e radioterapia. Em tumores avançados, a cirurgia nem sempre é indicada.
Depois da cirurgia e dos outros tratamentos, a pessoa ainda deve ser acompanhada frequentemente durante 5 anos. O objetivo desse acompanhamento é detectar se o câncer voltou ou se há metástases (alastramento do câncer para outros órgãos). Depois desse período de 5 anos, o acompanhamento ainda é mantido pelo menos uma vez por ano.
Infelizmente, o câncer de pulmão muitas vezes só é detectado quando já está avançado ou disseminado, uma vez que, no início, os tumores normalmente não causam sintomas específicos que justificam uma investigação. O diagnóstico tardio dificulta o tratamento e reduz a sobrevida do paciente.
O principal sintoma do câncer de endométrio é o sangramento vaginal, chamado sangramento uterino anormal, que pode se manifestar na fase inicial da doença e ocorre em mais de 90% dos casos de câncer de endométrio.
Outros sintomas que também podem estar presentes incluem dor, sensação de peso na pelve, corrimento vaginal e emagrecimento.
O sangramento uterino em mulheres na pós-menopausa é um forte indício de câncer de endométrio, uma vez que a maioria das pacientes afetadas pelo tumor encontram-se nessa fase. Nesses casos, é comum ainda a queixa de corrimento vaginal de cor branca ou amarelada, semanas ou meses antes do início do sangramento.
Sangramentos vaginais fora do período menstrual em mulheres na pré-menopausa também devem ser investigados.
Quando o câncer já se espalhou para outras partes do corpo (metástase), podem surgir sinais e sintomas relacionados com os órgãos atingidos pela doença, tais como:
- Prisão de ventre (intestinos);
- Dificuldade para urinar (bexiga);
- Tosse, falta de ar (pulmões);
- Icterícia (fígado);
- Presença de nódulos ou "ínguas" (linfonodos);
- Tumor vaginal.
O câncer de endométrio é o câncer ginecológico mais comum nos países desenvolvidos. Os fatores de risco para desenvolver o tumor incluem terapia com estrógenos, ausência de ovulação crônica, obesidade, hipertensão arterial, idade entre 40 e 50 anos, pré-disposição genética, primeira menstruação precoce e menopausa tardia.
O câncer de endométrio tem tratamento, mas é importante que o mesmo seja iniciado o mais cedo possível. Consulte um médico ginecologista em caso de sangramento uterino anormal, principalmente se você estiver na pós ou pré-menopausa.
Saiba mais em: Câncer de endométrio tem cura?
Não, mioma não vira câncer.
O mioma (leiomioma), é um tumor benigno, ou seja, não canceroso.
O mioma precisa ser diferenciado das situações malignas como o leiomiossarcoma, que é um tumor maligno.
Outra diferenciação é com o leiomioma atípico, uma variante do mioma comum, que pode evoluir para câncer.Esse mioma atípico tem um comportamento que fica no limite entre um tumor benigno e maligno. Felizmente, os leiomiomas atípicos são raros e representam apenas 0,5% a 1% dos casos de câncer de útero.
Os miomas são muito comuns e representam cerca de 90% dos casos de tumores uterinos benignos e não causam sintomas em aproximadamente 75% dos casos.
Apesar do risco de câncer ser praticamente nulo, os miomas podem crescer muito e necessitam de tratamento quando causam sintomas como sangramentos excessivos, dor abdominal, dor durante as relações sexuais e urgência urinária.
Portanto, uma mulher que tem um mioma no útero não deve se preocupar com a hipótese do mioma "virar" câncer, mas deve fazer um acompanhamento regular com o/a médico/a ginecologista para verificar a sua evolução.
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Sim, linfoma tem cura. O tratamento pode incluir quimioterapia, radioterapia, imunoterapia e, em alguns casos, transplante de medula óssea. As chances de cura e a escolha do tratamento dependem principalmente do estágio do câncer e do tipo de linfoma (Hodgkin ou não-Hodgkin).
Alguns linfomas não-Hodgkin podem ser tratados apenas com radioterapia, embora a quimioterapia seja a grande responsável pela eliminação completa da maioria dos tumores.
A quimioterapia é feita com medicamentos específicos que matam as células doentes. Contudo, muitas vezes, o tratamento acaba por destruir também células saudáveis.
A radioterapia consiste na aplicação localizada de radiação para matar as células cancerígenas. Esse tratamento é útil para amenizar os sintomas do linfoma e potencializar o efeito da quimioterapia, reduzindo as chances de recidivas do tumor.
Já o transplante de medula óssea consiste na substituição das células doentes e mortas por células normais de medula óssea. A medula óssea usada no transplante pode ser do próprio paciente (transplante autogênico) ou de um doador (transplante alogênico).
Alguns tipos específicos de linfoma precisam de tratamento imediato, enquanto outros, que crescem lentamente e não provocam sintomas, nem sempre precisam ser tratados com tanta brevidade. O acompanhamento da evolução do tumor pode ser suficiente nesses casos.
Após o tratamento, o paciente é acompanhado periodicamente para verificar se o linfoma voltou. Os intervalos entre as consultas vão aumentando com o passar do tempo.
O reaparecimento dos sintomas deve ser comunicado imediatamente ao médico hematologista, o especialista responsável pelo tratamento do linfoma.
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São muitos os sintomas derivados de um tumor no cérebro, dependendo da localização, do tipo e do tamanho do tumor. Inclusive tumores cerebrais, de crescimento lento principalmente, podem ser "silenciosos", ou seja, levam muito tempo para causar algum sintoma.
Entretanto podemos citar alguns dos possíveis e mais comuns sintomas de um tumor no cérebro, como:
- Convulsões e desmaios;
- Dor de cabeça;
- Náuseas ou vômitos;
- Sonolência;
- Alterações na visão (perdas de visão, visão dupla, pontos luminosos);
- Alterações na fala (dificuldade de falar, perda da fala);
- Fraqueza ou dormência em algum membro superior ou inferior;
- Alteração do estado mental (confusão, agitação, perda de memória);
- Desequilíbrio, tonturas, quedas frequentes;
- Alterações nos nervos cranianos;
- Alterações na deglutição (engasgos);
- Movimentos involuntários;
- Alterações do humor (irritabilidade, depressão).
Os sintomas do tumor cerebral estão relacionados com o crescimento e localização do tumor, que pode invadir ou comprimir estruturas do cérebro.
Porém, é importante lembrar que esses sintomas também podem ser causados por várias outras condições, por isso a presença dos mesmos não indica necessariamente um tumor cerebral.
Por exemplo, uma dor de cabeça pode ter muitas causas e apenas a minoria delas está relacionada com uma doença neurológica grave.
Em geral, quando a dor de cabeça é provocada por um tumor no cérebro, ela tem início recente e piora progressivamente, além de estar frequentemente associada a outros sinais e sintomas.
Os sintomas neurológicos súbitos normalmente estão relacionados a uma doença vascular, como o "derrame". Os tumores cerebrais tendem a causar sintomas com piora progressiva.
O diagnóstico de um tumor no cérebro é feito através da história clínica, exame neurológico e exames complementares, como Ressonância Magnética, Tomografia Computadorizada e Arteriografia dos vasos cerebrais. A biópsia define o diagnóstico.
Na presença de um ou mais dos sintomas citados, deve-se consultar um médico neurologista.