Histeroscopia é um exame que permite visualizar o interior do útero através de um pequeno tubo que possui uma microcâmera na sua extremidade (histeroscópio).
A histeroscopia serve para visualizar a parte interna do útero e observar as suas características. Portanto o exame é indicado para diagnosticar algumas doenças, colher amostras para biópsia e, em alguns casos, fazer pequenas correções cirúrgicas.
Trata-se de um exame semelhante à endoscopia, usado para visualizar o estômago e o esôfago. Porém com material diferente, na histeroscopia utiliza-se um histeroscópio ao invés do endoscópio e com o objetivo de analisar outro órgão, nesse caso o interior da cavidade uterina.
Dentre as doenças que podem ser diagnosticadas e até tratadas através da histeroscopia estão os miomas, os pólipos e as infecções uterinas. O exame também é bastante usado na investigação de causas para abortos de repetição e infertilidade, pois pode identificar fatores que impedem a gravidez.
Como é feita a histeroscopia?A histeroscopia normalmente é feita entre o 5º e o 14º dia do ciclo menstrual, ou seja, nos 15 dias seguintes à menstruação. O procedimento pode ser realizado no próprio consultório, sem necessidade de anestesia ou internamento. Porém, se o exame estiver causando dor ou muito desconforto, o procedimento pode ser feito com anestesia local e sedação em ambiente hospitalar.
Primeiro, o histeroscópio é introduzido através da vagina até alcançar o útero, com a mulher em posição ginecológica. Depois, são injetados gás carbônico e soro fisiológico no útero para dilatar as suas paredes. A imagens detalhadas da cavidade uterina são transmitidas da microcâmera para um monitor.
O histeroscópio é um tubo com aproximadamente 4 milímetros de diâmetro, que possui uma luz forte e uma pequena câmera na sua extremidade, além de emitir gás que distende o útero de forma lenta e controlada.
O tempo de duração da histeroscopia geralmente não passa dos 15 minutos e a mulher não precisa fazer repouso ou se afastar das suas atividades diárias após o exame.
Contudo, a duração do procedimento vai depender do tipo de doença que se está procurando e dos achados que o médico vai encontrar no momento do exame.
Em alguns casos pode haver um pequeno sangramento e cólicas com duração de até 5 dias.
Como é o preparo para a histeroscopia?Mulheres que estão na pós-menopausa precisam tomar o medicamento misoprostol, conforme a indicação do médico que solicitou a histeroscopia.
Na véspera do exame, a mulher não deve ter relações sexuais ou aplicar qualquer produto vaginal.
Após a histeroscopia, a mulher não deve ter relações sexuais no mesmo dia. A abstinência pode ser maior se durante o procedimento for necessário biópsia ou outro procedimento qualquer.
Quais as possíveis complicações da histeroscopia?Depois do exame, pode haver dor causada pela irritação provocada devido ao gás carbônico usado para distender o útero.
Outros efeitos colaterais observados são os sangramentos leves e imediatos, comuns em casos de biópsia. E mais raramente, podem ocorrer infecções tardias.
Quais as indicações e as contraindicações da histeroscopia?A histeroscopia é indicada em casos de: sangramento uterino anormal, pólipos, miomas, câncer de útero, crescimento anormal do útero, presença de corpo estranho no útero, malformações uterinas, cicatrizes hipertróficas, endometriose, uso de DIU sem fio, abortos de repetição e infertilidade.
A histeroscopia é contraindicada se a mulher estiver grávida, tiver infecções vaginais ou doença inflamatória pélvica ainda sem tratamento.
Para mais informações, fale com um/a médico/a ginecologista, que é o/a especialista e quem habitualmente realiza esse exame.
Leia também: Histeroscopia dói?
Não. A mulher que doa sangue não apresentará atraso menstrual justificado por essa prática.
O atraso menstrual pode ter várias causas e deve ser investigado devidamente pelo/a ginecologista, clínico/a geral ou médico/a de família.
Leia algumas causas em:
O que pode atrasar a menstruação?
Em cada doação de sangue são coletados em torno de 450 mL de sangue, o que corresponde a menos de 10% do total de volume sanguíneo. Essas células sanguíneas doadas são repostas pelo organismo ao longo do tempo e não fará falta no desempenho das funções metabólicas da pessoa que doou, nem irá induzir ao atraso menstrual.
A doação de sangue não provoca atraso na menstruação. Caso você tenha doado sangue e sua menstruação está atrasada, procure um serviço de saúde para uma avaliação.
A doação de sangue é uma prática muito importante que pode salvar vidas. Se você tem entre 16 e 69 anos de idade, acima de 50 Kg, procure um Centro de Doação (Hemocentro) mais próximo para maiores informações.
Sim, existe a chance de engravidar, embora seja pequena.
Toda a relação sem contraceptivos, oferece risco de gravidez. No seu caso, dez dias após a menstruação, estaria próximo ao período fértil, que em média se inicia no 11º dia para ciclo menstrual regular. No caso de ciclo irregular, já não conseguimos calcular com segurança esse período, fato que aumenta esse risco.
Saiba mais sobre o assunto em: Como calcular o Período Fértil? e Ciclo menstrual desregulado: Como calcular o período fértil?
A idade jovem também é um fator que pode aumentar o risco, visto que os jovens costumam apresentar espermatozoides com maior vitalidade, chegando a permanecer no corpo da mulher por até 5 dias, o que possibilitaria alcançar o período fértil e ovulação.
Vale ressaltar ainda, que além da gestação, é sempre importante lembrar do risco de contrair doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) nas relações sem proteção, como por exemplo a gonorreia, clamídia, sífilis e HIV.
Portanto, recomendamos o uso de contraceptivos de barreira, como a camisinha, em todas as relações, por ser a única maneira de se proteger contra as DSTs.
Procure um ginecologista para maiores esclarecimentos.
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O método anticoncepcional injetável tem seu efeito comprovado desde que seja feita a sua aplicação de maneira correta.
As medicações para serem aprovadas e colocadas no mercado para uso, precisam passar por diversas etapas e exigências, por isso, se estão liberadas pelo órgão regulador, o risco de gravidez é muito baixo. Basta seguir rigorosamente o modo de uso.
Atualmente os anticoncepcionais injetáveis garantem uma eficácia em média de 99,6% contra a gravidez.
Como administrar corretamente o anticoncepcional injetável?- A administração da medicação deve ser realizada apenas por profissionais capacitados, visto que a aplicação incorreta reduz consideravelmente a sua eficácia, aumentando o risco de gravidez;
- O anticoncepcional injetável deve ser aplicado apenas por via intramuscular profunda, preferencialmente no músculo glúteo, ou em caso de impossibilidade, no músculo do braço;
- NÃO MASSAGEAR o local após a aplicação;
- Permanecer em repouso por um tempo, com uma compressa limpa protegendo o local injetado, evitando assim a perda do produto.
O anticoncepcional é injetado em um músculo profundo, onde ficará armazenado, depois absorvido pela corrente sanguínea e liberados gradual e continuamente, mantendo assim os níveis hormonais estáveis. Dessa forma, não acontece o pico hormonal, responsável pela ovulação, impedindo a possibilidade de gravidez.
Vale ressaltar, que se houver a formação de calombo importante no local da aplicação, pode significar uma aplicação muito superficial, comprometendo o efeito do remédio, assim como em casos de extravasamento de grande parte do produto.
Por isso, caso aconteça uma das duas situações, recomendamos que faça uso de mais um contraceptivo durante esse mês, como a camisinha.
Leia também: Dúvidas sobre Anticoncepcional Injetável
No Brasil, o exame preventivo é recomendado principalmente de acordo com a idade. Atualmente, a recomendação é para mulheres entre 25 e 64 anos e que já iniciaram atividade sexual. O exame deve ser repetido anualmente nos primeiros dois anos, e com resultados normais deve passar para 3 em 3 anos.
A única exceção é para mulheres portadoras do vírus HIV ou imunodeprimidas, as quais precisam repetir anualmente o exame, ou a critério médico.
No entanto, a recomendação não impede que o ginecologista, solicite o exame mais precocemente ou mais vezes, de acordo com a sua avaliação. Trata-se de uma recomendação geral, que deve ser avaliada caso a caso.
Tanto é que as recomendações sofrem alterações constantemente. Atualmente a recomendação mundial e adotada pela maioria dos países, é de iniciar o exame aos 21 anos, com citologia oncótica cérvico-vaginal, sendo repetido a cada 3 anos, ou com co-teste (citologia associado ao teste de DNA-HPV por captura híbrida) a cada 5 anos.
No Brasil, um grupo de São Paulo, em convênio com outros países, já participa de um projeto piloto, aonde avalia a substituição do exame preventivo pelo estudo de teste de DNA-HPV por captura híbrida. Mas ainda no Brasil, se mantém a recomendação do exame regularmente, conforme descrito acima, visto que é a medida comprovadamente mais efetiva contra o câncer de colo de útero, até o momento.
Como é feito o exame?O exame é simples, rápido e não causa dor. Algumas mulheres queixam de incômodo, mas que não duram muito tempo. O médico passa uma "escovinha" especial no colo do útero e transfere para os recipientes adequados, depois para a lâmina de vidro, aonde será analisado.
Leia mais sobre o assunto em: Como é feito o exame preventivo feminino?
Cuidados antes do exameOs cuidados e orientações antes da realização do exame, são fundamentais para garantir um resultado fidedigno, por isso siga todas as recomendações. São elas:
- Não pode manter relações sexuais no dia anterior ao exame (mesmo com camisinha);
- Evitar o uso de duchas higiênicas, dias antes do exame;
- Evitar medicamentos vaginais e anticoncepcionais locais nas 48 horas antes do exame;
- Não pode estar menstruada;
- Evitar roupas apertadas no dia anterior.
Mulheres grávidas também podem realizar o exame, sem riscos para sua saúde ou a do bebê.
Vacina contra HPVVale ressaltar que o Ministério da Saúde implementou no calendário vacinal, desde 2014, a vacina contra o HPV, principal fator de risco para câncer de colo de útero, para todas as meninas entre 9 e 14 anos, com objetivo de erradicar o vírus, portanto, é importante que a população se informe sobre a vacina e procure manter seu calendário vacinal e dos seus filhos, atualizado.
A vacina que foi estendida mais recentemente para meninos, de 11 a 14 anos. Ela protege contra os tipos 16 e 18 do HPV, responsáveis por cerca de 70% dos casos de câncer do colo do útero.
A vacina e a realização do exame preventivo se complementam no cuidado com a saúde da mulher.
O exame preventivo pode ser feito gratuitamente nas Unidades de Saúde da Família (USF) e nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) pelos profissionais de saúde da Medicina e Enfermagem.
O anticoncepcional pode falhar, mas isso é raro de acontecer para quem toma certo. O mais provável no caso dela é um atraso menstrual devida a alterações hormonais (muito comum) como está para descer e não desce ela acaba sentindo todas essas dores, provavelmente a menstruação deve descer nos próximos dias.
Pode interferir sim. Só existe uma maneira de você saber sobre a qualidade do seu esperma que é através de um exame chamado espermograma. Este exame irá avaliar melhor a quantidade, qualidade e mobilidade dos espermatozoides.
Quais são os exames para avaliar a infertilidade no homem?Além da análise do sêmen também pode ser necessária uma avaliação hormonal durante a pesquisa da infertilidade masculina, visto que disfunções endócrinas são mais frequentes nos homens inférteis e alterações hormonais podem ocasionar infertilidade.
Eventualmente também pode ser necessário a realização de uma investigação microbiológica, pois algumas doenças como infecção do trato urinário, infecção nas glândulas acessórias masculinas e doenças sexualmente transmissíveis podem aumentar o risco de infertilidade
O médico também pode solicitar uma avaliação genética, embora seja mais raro alguns casos de infertilidade podem ter origem genética
O ultrassom também é um exame frequentemente solicitado para a avaliação do homem infértil. Este exame pode indicar doenças ou anormalidade que podem acometer o testículo do homem como mal formações ou obstruções no ducto ejaculatório. Também podem ser diagnosticados casos de varicocele, microcalcificações, cistos ou tumores testiculares.
O que causa a infertilidade no homem?Diversos fatores podem aumentar o risco ou ocasionar a infertilidade masculina, entre eles tem-se:
- Fatores congênitos, como presença de criptorquidia e disgenesia testicular ou ausência congênita dos vasos deferentes;
- Anormalidades urogenitais adquiridas, como obstrução, torção testicular, tumor testicular ou orquite;
- Infecções do trato urogenital;
- Aumento da temperatura escrotal, causada por exemplo pela varicocele;
- Anormalidades genéticas;
- Doenças endocrinológicas;
- Doenças autoimunes;
- Doenças sistêmicas, como diabetes, insuficiência renal e hepática, câncer ou hemocromatose;
- Uso de medicamentos;
- Irradiação;
- Obesidade;
- Tabagismo;
- Uso de drogas ou esteroides anabolizantes.
Cerca de 40 a 50% dos casos de infertilidade masculina não apresentam uma causa detectável, apesar da investigação médica.
Para mais informações consulte um médico de família ou clínico geral. Pode ser necessário também o acompanhamento por um médico especialista em infertilidade em algumas situações.
Provavelmente não. Os sintomas da menopausa começam a se manifestar entre os 45 e 50 anos de idade e não costumam deixar os seios doloridos, nem causar náuseas e tonturas.
Os sintomas mais característicos da chegada da menopausa são:
- Ciclos menstruais irregulares;
- Ondas de calor, suores noturnos;
- Calor excessivo, sem que outros sintam a mesma temperatura;
- Distúrbios do sono;
- Secura vaginal e
- Alterações de humor.
Com a aproximação da menopausa os ciclos menstruais ficam irregulares, tornando-se mais curtos ou mais longos. A quantidade de sangue da menstruação pode ser maior que o normal, mas o período de sangramento mais curto. A mulher pode inclusive ficar sem menstruar por mais de 2 meses.
As ondas de calor são mais perceptíveis quando a menopausa está próxima, sendo essa a queixa mais comum nessa fase.
As variações hormonais provocam também alterações de humor, alternando irritação e tristeza, além de desinteresse, dificuldade de concentração e até depressão.
Entretanto os sintomas podem variar e existem casos de menopausa precoce, por isso recomendamos agendar uma consulta com médico/a ginecologista para avaliação do seu caso e orientações adequadas.
Leia também: Que exames posso fazer para saber se estou na menopausa?