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Faço uso da fluoxetina, cafeina não inibe o seu efeito?
Dr. Charles Schwambach
Dr. Charles Schwambach
Médico

Cafeína não é indicado para quem tem problemas de nervos como ansiedade, porque pode deixar a pessoa mais nervosa, não há problemas em tomar café e tomar fluoxetina.

Como eliminar gordura no fígado?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O excesso de gordura no fígado é denominado Esteatose Hepática, ou doença hepática gordurosa (DHG). Para eliminar essa gordura é preciso identificar o que está causando esse acúmulo no fígado.

As causas mais comuns são a obesidade, diabetes, colesterol aumentado e hipertensão arterial. O consumo excessivo de álcool e outra doenças crônicas como o hipotireoidismo e a síndrome dos ovários policísticos, também são causas frequentes.

Portanto, o tratamento para esteatose hepática consiste em:

  • Iniciar dieta adequada (orientada por nutricionista ou nutrólogo);
  • Prática de exercícios físicos regularmente;
  • Mudança de hábitos e vida e
  • Tratamento das doenças responsáveis por esse acúmulo de gordura.

Vale lembrar que o uso de bebida alcoólica é totalmente contraindicado para portadores de esteatose hepática. Seja qual for a causa, o álcool prejudica ainda mais a função do fígado, aumentando o risco de complicações da doença, que pode evoluir para cirrose e/ou câncer hepático.

O médico hepatologista é o responsável pela avaliação, tratamento e acompanhamento das doenças no fígado.

4 passos que você pode começar imediatamente

A dieta deve ser orientada por um nutricionista, atendendo às necessidades específicas para cada pessoa.

Contudo, antes mesmo da avaliação nutricional, para obter um bom resultado, você deve iniciar o tratamento seguindo os 3 passos descritos abaixo:

1. Dieta para reduzir a gordura no fígado

Prefira como fonte de carboidratos: Alimentos integrais, como farelos, pães, biscoitos, leguminosas, devido a maior quantidade de fibras solúveis. As fibras solúveis são fundamentais no tratamento da esteatose hepática, porque tem a capacidade de se unir à glicose e aos lipídeos presentes no bolo alimentar, dificultando a sua absorção;

Inclua legumes e verduras: Em todas as refeições inclua ao menos uma porção de legumes e verduras (principalmente os folhosos como alface, rúcula, agrião, espinafre, brócolis e couve flor);

Consuma mais leguminosas: Como feijão, ervilhas, grão de bico, lentilhas e soja;

Aumente o consumo de frutas diariamente: Optando por frutas com menor quantidade de açúcar, como abacaxi, maçã e frutas vermelhas;

Leite e derivados devem ser desnatados e ou com o menor teor de gordura possível. Os queijos ricota e cottage são os mais aconselhados;

Evite doces e alimentos ricos em açúcar, reduzindo assim os níveis de triglicerídeos no sangue, o que pode agravar ainda mais a esteatose hepática;

Evite gordura e frituras. Procure preparar os alimentos no forno ou grelhados.

2. Prática de atividades físicas

A recomendação de atividades físicas, com bons resultados, devem ser de no mínimo 30 minutos por dia, pelo menos 5 vezes na semana. A escolha do exercício é uma escolha pessoal, mas que deve levar em conta uma avaliação profissional, para adequar a melhor opção caso a caso.

O mais importante é que seja um atividade prazerosa, aumentando as chances de uma boa adesão e boa resposta.

A perda de 3 a 5% do peso corporal em 6 meses, melhora consideravelmente os casos de esteatose leve a moderada. Para um caso mais grave, esse valor deve ser de 10% ou mais.

3. Mudança de hábitos de vida

Os principais motivos de acúmulo de gordura, estão intimamente relacionados aos hábitos de vida. Por isso é fundamental uma reavaliação e mudanças no que considera ruim, ou no que for solicitado pela equipe médica.

O tabagismo, sedentarismo e consumo de bebidas alcoólicas são extremamente desaconselháveis, assim como a alimentação gordurosa.

As doenças crônicas devem ser devidamente acompanhadas pelo médico da família, ou clínico geral, para que não chegue a uma complicação grave como a esteatose, por uso inadequado das medicações do dia a dia.

4. Tratamento das doenças responsáveis por esse acúmulo de gordura

Enquanto a doença de base não for tratada, o acúmulo de gordura poderá retornar, ou até não se modificar embora todas as outras medidas estejam sendo praticadas. Por isso passo deve ser procurar um médico clínico geral ou hepatologista para dar início ao tratamento da causa desse problema.

Tratamento de gordura no fígado

O tratamento definitivo da gordura no fígado, inclui além das medidas alimentares e de estilo de vida saudável, o tratamento da doença de base, ou seja, o que causou esse acúmulo de gordura nas células do fígado.

As causas mais comuns são: Obesidade, colesterol aumentado, diabetes e hipertensão arterial. Existem ainda as doenças e síndromes onde a esteatose hepática faz parte dos sinais e sintomas encontrados (hepatite C, hipotireoidismo, síndrome dos ovários policísticos e síndrome da apneia do sono) e o uso crônico de medicamentos (amiodarona®, tamoxifeno®, corticosteroide®, estrogênio® e esteroides anabolizantes).

Para cada caso existe um tratamento específico que será determinado pelo médico hepatologista ou médico da família que o acompanha.

Obesidade

Essa é a causa mais comum para o acúmulo de gordura no fígado, é preciso iniciar as medidas gerais, com dieta orientada e prática de exercícios, além da avaliação de medicamentos e cirurgia bariátrica. Opções que cabe ao médico endocrinologista junto com o cirurgião avaliar.

A medida de IMC (índices de massa corpórea), fatores de risco e condições de saúde do paciente, são os elementos que direcionam esse tratamento.

Colesterol aumentado

Para o controle do colesterol, além das medidas dietéticas e mudanças de hábitos, podem ser prescritos medicamentos que auxiliam nessa redução. A estatina® é a medicação mais utilizada para esse fim.

Diabetes mellitus

A diabetes é uma doença que apesar de não ter cura, tem tratamentos cada vez mais avançados, com a vantagem de bons resultados e menos efeitos colaterais. Pode ser tratada inicialmente apenas com dieta e atividades físicas, e nos casos mais avançados ou mais resistentes, com medicamentos hipoglicemiantes (metformina®, forxiga®, galvus®, entre outros) ou Insulina®.

Sendo assim, o principal é manter o acompanhamento regular com médico endocrinologista e usar a medicação de forma correta.

Hipertensão arterial

A hipertensão arterial também é uma doença crônica, que exige que o tratamento seja seguido rigorosamente, com uso do medicamento todos os dias, sem esquecimento, e acompanhamento médico, para evitar oscilação da pressão e complicações por esse motivo.

Saiba mais no link: Qual o tratamento e prevenção para hipertensão arterial?

Hepatites virais

As hepatites são infecções virais que acometem as células do fígado, causando danos e substituindo por gordura. O tratamento depende do tipo de vírus e gravidade, devendo ser avaliado pelo médico hepatologista, caso a caso.

A hepatite B e C são as mais associadas à esteatose hepática.

Hipotireoidismo

O hipotireoidismo é uma doença autoimune, onde a produção dos hormônios da tireoide é deficiente. O tratamento consiste em repor esses hormônios através de medicamentos orais. O controle das taxas hormonais resolve por completo o acúmulo da gordura, quando for esse o motivo da doença. O médico endocrinologista é o responsável por esse tratamento.

Síndrome dos ovários policísticos (SOP)

A SOP é um distúrbio hormonal, aonde uma dos principais sintomas é a obesidade, por isso, a presença da esteatose hepática não é incomum. O tratamento é baseado em controle e equilíbrio hormonal com anticoncepcionais, e tratamento dos sintomas que aparecem.

O médico ginecologista é o responsável pelo diagnóstico, tratamento e acompanhamento da síndrome.

Síndrome da apneia do sono

Os transtornos do sono, como a apneia do sono (pausas na respiração durante o sono), é mais uma situação que cursa com o acúmulo de gordura no corpo, e pode ser curado com o tratamento adequado. Nos casos mais leves, a dieta, prática de atividades físicas e alguns ajustes de posicionamento e higiene do sono resolvem o problema. Outros casos podem precisar de um aparelho para auxiliar na respiração enquanto dormem, o CPAP (pressão positiva contínua das vias aéreas).

O médico especialista no sono (neurologista, otorrinolaringologista ou pneumologista) saberão definir a melhor orientação para cada caso.

Saiba mais no link: Apneia do sono tem cura? Qual o tratamento?

Uso de medicamentos (amiodarona®, tamoxifeno®, corticosteroide®, estrogênio® e esteroides anabolizantes)

Se for observado o uso de medicamentos como possíveis causadores da esteatose, deverá ser discutido com o médico que o prescreve, a possibilidade de troca da medicação ou ajuste de doses. Claro que dependerá do que vem tratando, dos riscos e benefícios dessa mudança.

Cabe aos médicos decidirem a opção mais acertada.

Existe algum remédio para gordura no fígado?

Sim, existem alguns remédios indicados, principalmente em casos mais avançados de gordura no fígado, porém sem um consenso bem definido pelos médicos especialistas.

Vitamina E

A vitamina E, é um dos medicamentos propostos por grupos de médicos especialistas, mas apenas para pacientes com a doença confirmada por biópsia ( exame que nem sempre é necessário). No entanto, existem efeitos colaterais indesejados, além disso, não há evidências para essa recomendação em pacientes diabéticos ou cirróticos.

Pioglitazona®

A pioglitazona®, outra medicação que pode ser usada para tratar esteatose associada a hepatite, com comprovação por biópsia. O seu uso está associado a melhora da inflamação e queda das taxas das enzimas produzidas no fígado. Entretanto, também não foi testada para pacientes com diabetes, portanto, a segurança e eficácia a longo prazo para o uso nesses pacientes não está estabelecida, não sendo indicada.

Outros hipoglicemiantes como a Metformina® tem resultados controversos, por isso seu uso é discutível.

Estatinas®

Já as estatinas® podem ser consideradas como uma boa opção de tratamento, principalmente para aqueles com níveis de colesterol aumentado, com objetivo de reduzir os riscos de doenças cardiovasculares.

Ômega 3

Alguns trabalhos mostraram benefícios do ômega 3 nos casos de esteatose, mas não de suas complicações, como a esteato-hepatite.

O uso de medicamentos prebióticos, probióticos e suplementos ainda não apresentam dados científicos que suportem a sua recomendação no tratamento da esteatose.

Cuidado com os remédios caseiros

O melhor tratamento caseiro é mesmo o aumento da ingesta de água e seguir as orientações alimentares de um profissional dessa área, o nutricionista.

Especialistas comprovam que o uso de produtos "naturais" vem crescendo em larga escala, devido a crença de que sendo naturais não teriam efeitos colaterais, entretanto, já foram comprovados diversos casos de hepatite medicamentosa pelo uso de chás e ervas medicinais.

Portanto, recomendamos que não faça uso de nenhum produto, mesmo que pareça inofensivo, antes de informar e ser esclarecido pelo médico de família ou hepatologista.

Como eliminar a gordura no fígado de maneira rápida?

Para acelerar o tratamento, uma forma é informar ao profissional do esporte que o acompanha, de que teve esse diagnóstico. Sabendo da esteatose hepática, o profissional poderá planejar um treino mais direcionado para aumento de perda calórica, de forma segura e adequada para cada pessoa.

Outra maneira é consultar um médico nutrologista, que poderá acrescentar um tratamento específico, medicamentoso, para o seu caso.

Vale ressaltar, que a esteatose hepática se não tratada de maneira correta, pode evoluir para cirrose ou câncer de fígado. Doenças graves, potencialmente fatais.

Por isso, se recebeu esse diagnóstico, comece o quanto antes o seu tratamento, siga rigorosamente as orientações do seu médico e nutricionista, para evitar prejuízos irreparáveis na sua saúde.

Misofonia: aversão a barulhos da mastigação, respiração, latidos, ...
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Misofonia é a aversão a determinados sons.

Uma pessoa com misofonia fica extremamente incomodada e pode ter explosões de raiva, pânico ou angústia com a repetição de determinados sons, como o barulho da mastigação, respiração, latidos, digitação dos teclados, entre outros.

Mesmo que o som não seja considerado alto, o indivíduo não consegue se concentrar no que está fazendo e muitas vezes tem uma reação agressiva com quem está emitindo o som. A pessoa pode não se incomodar com o barulho do liquidificador, mas irrita-se com os latidos distantes de um cachorro, por exemplo.

A misofonia também é conhecida por Síndrome da Sensibilidade Seletiva a Sons. O distúrbio parece ter origem em fatores hereditários e a grande maioria dos casos começa na infância, podendo estabilizar ou piorar com o passar dos anos. O problema deve receber atenção assim que forem detectados os primeiros sinais de irritação a um ou mais tipos de som.

Pessoas portadoras de misofonia não têm problemas de audição. O incômodo é provocado pelo efeito que determinados sons produzem no cérebro, pois ativam o centro das emoções.

O tratamento da misofonia pode incluir treinamento auditivo e psicoterapia, através da terapia cognitiva-condicional. Este método ajuda a pessoa a aceitar a misofonia e conviver com a síndrome, de maneira que a sua qualidade de vida e a sua interação com os outros não sejam prejudicadas.

Para tratar a misofonia, procure um médico otorrinolaringologista ou um fonoaudiólogo para receber indicações quanto ao tratamento mais adequado.

Transtornos psicológicos: Quais os tipos, sintomas e tratamento?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Os principais tipos de transtornos psicológicos são a depressão, a síndrome do pânico, as psicoses, o transtorno da ansiedade generalizada e o estresse pós-traumático.

Depressão

A depressão é o transtorno psicológico mais frequente. Os seus principais sintomas incluem tristeza profunda e duradoura, desinteresse pelas coisas em geral, mesmo por aquelas de que se gosta ou dão prazer, apatia, desânimo, falta de energia, pessimismo, pensamentos negativos, entre outros.

O tratamento desse transtorno psicológico é feito com medicamentos antidepressivos, psicoterapia e mudanças no estilo de vida.

Veja também: As 4 Formas para Combater a Depressão

Síndrome do pânico

A síndrome do pânico é um tipo de transtorno psicológico que se caracteriza por crises agudas de ansiedade. A pessoa tem a sensação de que vai lhe acontecer algo trágico a qualquer momento, o que desencadeia os ataques.

Os sinais e sintomas de um ataque de pânico podem se manifestar pelo aumento dos batimentos cardíacos (algumas pessoas chegar a pensar que vão mesmo ter um infarto), respiração ofegante, falta de ar, aumento da transpiração, boca seca, náuseas, vômitos, tonturas, medo de morrer ou de que uma catástrofe está prestes a acontecer, desespero, desmaios, entre outros sintomas físicos e psicológicos.

Um ataque de pânico ocorre repentinamente, geralmente com duração de 15 a 30 minutos.

O tratamento da síndrome do pânico inclui o uso de antidepressivos e ansiolíticos, além de psicoterapia. O método de terapia mais utilizado para tratar esse transtorno psicológico é a terapia comportamental.

Saiba mais em: O que é síndrome do pânico?

Transtorno da ansiedade generalizada

O transtorno da ansiedade generalizada está entre os tipos de transtorno psicológico mais comuns, ao lado da depressão. A ansiedade e a preocupação sentidas por essas pessoas são intensas e difíceis de serem controladas. Contudo, trata-se de uma ansiedade excessiva e que não condiz com a realidade, o que provoca um intenso sofrimento emocional.

Esse transtorno psicológico pode se manifestar através de sintomas físicos e emocionais, como respiração ofegante, falta de ar, aceleração dos batimentos cardíacos, transpiração excessiva, medo, angústia, irritabilidade, entre outros.

O tratamento do transtorno da ansiedade generalizada é feito com a combinação de medicamentos ansiolíticos e antidepressivos, juntamente com psicoterapia.

Também pode ser do seu interesse: Quais são os sintomas do transtorno de ansiedade generalizada?

Psicoses

Psicoses são transtornos psicológicos que têm como características a perda do contato com a realidade, como a esquizofrenia, por exemplo. Os sintomas podem incluir delírios, alucinações, atitudes e comportamentos bizarros, amnésia, confusão mental, entre outros.

Indivíduos com esse tipo de transtorno mental perdem a noção da realidade, tirando conclusões incorretas sobre o mundo que os rodeia, mesmo que as suas ideias estejam contra todas as evidências. Além disso, a pessoa não reconhece os seus delírios e alucinações, o que evidencia a psicose instalada.

O tratamento das psicoses varia de acordo com a gravidade do caso, podendo incluir o uso de medicamentos, psicoterapia, orientação e terapia familiar e internamento.

Veja também: O que é uma psicose e quais são os seus sinais e sintomas?

Estresse pós-traumático

O estresse pós-traumático é um transtorno psicológico desencadeado por eventos extremamente traumáticos e violentos nos quais a vida da pessoa ou de outras pessoas estiveram em risco.

Por se tratar de um tipo de transtorno de ansiedade, os seus sintomas são os mesmos que ocorrem nesse transtorno, conforme descrito anteriormente.

No entanto, a grande diferença é que os sintomas do estresse pós-traumático tendem a se manifestar em situações que fazem o paciente relembrar ou reviver o trauma.

O tratamento é difícil e inclui medicamentos psiquiátricos, principalmente antidepressivos e ansiolíticos, e psicoterapia.

O diagnóstico e tratamento dos transtornos psicológicos de maior gravidade são feitos pelo psiquiatra. Transtornos mais leves podem ser acompanhados pelo médico de família ou clínico geral. Em muitos casos é essencial o tratamento com psicólogos, eventualmente o acompanhamento apenas com psicólogo pode ser suficiente para o tratamento dos sintomas.

O que é anorexia e quais as suas causas?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A anorexia nervosa é um transtorno alimentar que caracteriza-se pela distorção da autoimagem, pelo intenso medo de engordar e pela preocupação excessiva com o peso.

A pessoa com anorexia olha-se ao espelho e vê-se gorda, mesmo que esteja com o peso ideal ou muito magra, o que a leva a fazer dietas extremas, jejuns prolongados, exercícios físicos extenuantes e até tomar laxantes e diuréticos para não "ganhar mais peso".

A anorexia nervosa pode causar desnutrição grave, afetando todos os principais órgãos do corpo. As complicações mais preocupantes estão relacionadas ao coração, aos líquidos corporais e aos sais minerais sódio, potássio e cloro.

Nesses casos, o coração enfraquece e bombeia menos sangue para o resto do corpo. Pode haver desidratação e desmaios. O sangue pode tornar-se ácido e os níveis de potássio no sangue podem baixar. O uso de laxantes ou diuréticos ou ainda os vômitos, podem agravar o quadro. Nos casos mais graves, pode haver morte súbita devido à ocorrência de arritmias cardíacas.

Quais as causas da anorexia?

A anorexia nervosa não tem uma causa específica. Muitas vezes ocorre em pessoas muito perfeccionistas, inflexíveis, ansiosas, depressivas, com tendências suicidas e que têm comportamentos obsessivos.

Contudo, o desenvolvimento desse transtorno alimentar pode estar associado a diversos fatores, tais como predisposição genética, imposições de padrões de beleza que enaltecem a magreza, transtorno obsessivo compulsivo (TOC) e ainda abusos sofridos durante a infância.

Quais os sintomas da anorexia?

Um dos principais sinais da anorexia nervosa é a magreza exagerada que esses indivíduos normalmente apresentam. Em alguns casos, podem chegar à desnutrição severa e desenvolver transtornos psiquiátricos e alimentares, como a bulimia, por exemplo.

Indivíduos com anorexia apresentam emagrecimento rápido e acentuado, alimentam-se pouco, evitam comer com outras pessoas, são muito magros mas têm muito medo de engordar, além de terem uma visão distorcida da autoimagem, vendo-se gordos mesmo estando magros e recusando-se em assumir o emagrecimento extremo.

É comum essas pessoas praticarem muito exercício físico, podendo ainda recorrer ao uso de medicamentos laxantes e diuréticos.

Nas mulheres, que são as mais afetadas pela anorexia nervosa, sobretudo na adolescência, pode haver ausência de menstruação durante vários ciclos, além de diminuição da libido e perda das características femininas.

Nos homens, a anorexia pode causar ainda disfunção erétil e atraso na maturidade reprodutiva.

Qual é o tratamento para anorexia?

O tratamento da anorexia nervosa é feito com a recuperação do peso corporal, psicoterapia e medicamentos para controlar a ansiedade, a depressão e as atitudes compulsivas.

Se o emagrecimento ocorreu muito depressa ou for muito intenso, é fundamental recuperar o peso corporal. Nesses casos, a fase inicial do tratamento normalmente é feita em ambiente hospitalar. Nos quadros mais extremos, a pessoa é alimentada por via endovenosa ou através de uma sonda que vai do nariz ao estômago.

Após a recuperação do estado nutricional, tem início a segunda fase do tratamento da anorexia, que baseia-se sobretudo na psicoterapia. O tratamento pode incluir ainda terapia familiar e medicamentos psiquiátricos para ansiedade, depressão e compulsão.

A anorexia nervosa tem cura em cerca de 50% dos casos. Muitas pessoas com anorexia melhoram temporariamente e depois têm recaídas. Em alguns casos, a pessoa desenvolve uma forma crônica de anorexia. Prever como cada caso vai evoluir é muito difícil.

O tratamento da anorexia nervosa é feito com acompanhamento médico (psiquiatra, endocrinologista), nutricional e psicológico. É muito importante que toda a família esteja envolvida no processo.

A anorexia nervosa pode trazer várias complicações para a saúde, por isso, caso você esteja nessa situação, procure o/a clínico/a geral ou médico/a de família para maiores avaliações.

Também pode lhe interessar: Como é o tratamento para transtornos alimentares?

Transtorno de ansiedade generalizada tem cura? Qual é o tratamento?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Sim, transtorno de ansiedade generalizada tem cura. O tratamento consiste na combinação de medicamentos ansiolíticos e antidepressivos com psicoterapia. A associação desses métodos é a forma mais eficaz de tratar e curar a ansiedade generalizada.

 A técnica de psicoterapia mais utilizada no tratamento dos transtornos de ansiedade é a terapia cognitivo-comportamental. O objetivo da terapia é treinar a pessoa a substituir os seus pensamentos de preocupação e apreensão constantes por outros mais otimistas, alicerçados na realidade.

Dentre os antidepressivos mais eficientes para tratar o transtorno de ansiedade generalizada estão a venlafaxina e a sertralina. Já os benzodiazepínicos (ansiolíticos) são reconhecidamente eficazes no tratamento da ansiedade há décadas, sendo que vários deles já tiveram a sua eficácia comprovada.

Uma forma de combater naturalmente a ansiedade generalizada é praticar exercícios físicos regularmente. De fato, a prática regular de atividade física pode auxiliar significativamente o tratamento.

Isso porque durante o exercício o corpo libera 2 hormônios. Um é a endorfina, que promove sensação de prazer e bem estar, além de aliviar dores. O outro é a dopamina, que tem efeito tranquilizante e analgésico.

Essas substâncias regulam o humor, o sono, o apetite e diversas funções cerebrais, ajudando a controlar a ansiedade. Tais alterações no organismo promovem um efeito relaxante depois do esforço e normalmente são capazes de manter um estado de equilíbrio psicológico e social a longo prazo.

O/a médico/a psiquiatra ou o/a médico/a de família são responsáveis por avaliar o caso, definir o tratamento mais adequado e encaminhar a pessoa para dar início às sessões de psicoterapia.

Saiba mais em: 

Quais são os sintomas do transtorno de ansiedade generalizada?

Os transtornos de ansiedade têm cura? Qual o tratamento?

Quais são os tipos de transtorno de humor?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Os tipos de transtorno de humor mais comuns são a depressão e o transtorno bipolar. A depressão é considerada um transtorno de humor unipolar, pois a variação do humor fica apenas do lado depressivo. Quando as variações de humor oscilam entre a depressão e a euforia, o transtorno é bipolar.

Nos casos em que os sintomas depressivos ocorrem em simultâneo com a euforia (mania), são chamados de disforia ou episódio misto.

Depressão

O aparecimento da depressão é influenciado pela genética, stress emocional, pouco apoio social, baixas condições socioeconômicas, uso de substâncias e abuso de álcool, pós-parto, residir em cidades, ser portador de doenças graves, entre outros fatores.

Os sintomas da depressão incluem tristeza, pessimismo, redução das atividades habituais, falta de iniciativa, insônia, alterações no apetite, perda da libido, falta de prazer em atividades que antes eram prazerosas, dificuldade de concentração, perdas de memória, sentimentos de culpa, entre outros.

É comum pessoas com depressão descuidarem-se da aparência, apresentando-se muitas vezes despenteadas ou com a barba por fazer, por exemplo. Também é frequente evitarem o contato visual, ficarem de cabeça baixa e apresentarem movimentos e fala lentos.

Nos casos mais graves, a depressão pode levar ao suicídio.

Leia também: Quais são os sintomas do transtorno de humor e as suas causas?

Transtorno Bipolar

O transtorno de humor bipolar caracteriza-se por variações extremas de humor, alternando episódios de euforia (mania) e depressão. Na fase maníaca, a pessoa fica eufórica, com aumento das atividades física e mental. Já na fase depressiva, estão presentes sintomas como tristeza e lentidão para ter e concretizar planos.

As crises do transtorno de humor bipolar muitas vezes ocorrem de 2 em 2 anos quando a pessoa não está tomando os medicamentos.

Pessoas com bipolaridade podem tentar o suicídio, principalmente na fase da depressão. As tentativas de suicídio podem ocorrer em até 24% dos casos nos transtornos bipolares mais graves.

O transtorno bipolar normalmente surge entre os 18 e os 22 anos de idade.

Transtorno Ciclotímico

Nesse tipo de transtorno de humor, as variações entre os episódios depressivos e maníacos são crônicos, mas as crises são mais leves. Trata-se de um transtorno bipolar mais suave, sem a gravidade dos quadros de euforia e depressão observados na bipolaridade.

O tratamento dos transtornos de humor inclui o uso de medicamentos psiquiátricos e psicoterapia. O médico especialista responsável pelo diagnóstico é o psiquiatra.

Saiba mais em: Transtorno de humor tem cura? Como é o tratamento?

Tomei risperidona e rivotril e sofri efeitos colaterais terríveis.
Dr. Charles Schwambach
Dr. Charles Schwambach
Médico

Os efeitos que você citou não são efeitos "destrutivos", são apenas efeitos colaterais normais e já bem conhecidos da medicação que você tomou, mas fique tranquilo o importante é que já está melhor e pode continuar seu tratamento sem problemas. Sua idade não influencia muito nas reações.