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Tomei risperidona e rivotril e sofri efeitos colaterais terríveis.
Dr. Charles Schwambach
Dr. Charles Schwambach
Médico

Os efeitos que você citou não são efeitos "destrutivos", são apenas efeitos colaterais normais e já bem conhecidos da medicação que você tomou, mas fique tranquilo o importante é que já está melhor e pode continuar seu tratamento sem problemas. Sua idade não influencia muito nas reações.

Quando fico nervosa vomito, não posso comer em público...
Dr. Charles Schwambach
Dr. Charles Schwambach
Médico

Com certeza é um problema da esfera emocional, é um quadro de ansiedade com algumas particularidades da síndrome de pânico (o medo específico é só um detalhe, tendo maior importância na psicoterapia). A verdade é que a sua ansiedade acaba gerando o vômito e quando tem vômito tem medo de vomitar em público e quando está em público e é hora de comer fica ansiosa e por consequência vomita, então seu medo acaba sendo justificado. Precisa quebrar esse ciclo.

Serotonina: o que significa serotonina elevada ou serotonina baixa?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A serotonina é um importante neurotransmissor para o bom funcionamento do organismo humano. Participa da condução de impulsos nervosos, e é conhecida como o hormônio de felicidade.

Desempenha funções relevantes como: regular o funcionamento dos sistemas gastrointestinal, cardiovascular e da função cerebral; auxilia no controle do ciclo do sono e do humor e é essencial para o bom funcionamento da memória e atenção.

Por isso, o aumento ou redução das concentrações de serotonina no sangue, provocam alterações emocionais, motoras e ou nas funções orgânicas.

Serotonina elevada ou Síndrome serotoninérgica

O excesso de serotonina na corrente sanguínea é comumente associado ao uso de medicamentos controlados que agem aumentando a sua concentração no sangue. Principalmente quando mais de um medicamento com a função semelhante são associados.

Os sintomas podem variar de intensidade, desde sintomas leves, até os mais graves, podendo levar ao óbito. Por isso, na suspeita de síndrome serotoninérgica, entre em contato com seu médico, ou procure uma emergência:

Sintomas leves
  • Náusea;
  • Diarreia;
  • Tremores;
  • Sudorese;
  • Vermelhidão;
  • Febre;
  • Aumento dos batimentos cardíacos;
  • Elevação da pressão arterial;
  • Inquietação;
  • Confusão mental.
Sintomas Graves
  • Batimentos cardíacos rápidos e/ou irregulares (arritmia);
  • Febre alta;
  • Rigidez muscular, espasmos;
  • Crise convulsiva;
  • Inconsciência, coma.
Como reduzir os níveis sanguíneos de serotonina?
  • No caso de síndrome serotoninérgica, todas as medicações que agem no ciclo de serotonina devem ser SUSPENSAS imediatamente;
  • Ajustar a alimentação: adotar um plano alimentar rico em proteínas e baixa concentração de carboidratos;
  • Uso de medicamentos que auxiliam na redução dos níveis de serotonina no organismo: estes medicamentos devem ser prescritos obrigatoriamente pelo médico.
Sintomas de deficiência de serotonina (serotonina baixa)

Níveis baixos de serotonina podem desencadear os seguintes sintomas:

  • Sensação de cansaço frequente;
  • Distúrbios de humor, como impaciência, irritabilidade, mau-humor;
  • Sonolência durante o dia;
  • Inibição da libido;
  • Vontade de comer doces;
  • Necessidade de comer a todo momento;
  • Dificuldade de concentração;
  • Perda de memória.

Em casos mais graves, provoca:

  • Episódios de ansiedade;
  • Tristeza e isolamento social;
  • Alterações do sono;
  • Aumento de peso;
  • Depressão.
Como aumentar os níveis sanguíneos de serotonina?
  • Alimentação adequada: adotar uma alimentação rica em carboidratos;
  • Ingerir alimentos ricos em triptofanos: banana, ovos, carnes magras, chocolate amargo, leite e derivados, e cereais integrais;
  • Praticar de atividade física;
  • Tomar sol;
  • Praticar meditação;
  • Usar suplementos de serotonina: estes suplementos devem ser utilizados mediante orientação médica.

É importante comunicar ao médico a presença destes sintomas para uma orientação e ajuste de tratamento

Veja mais:

Quais os sintomas do transtorno esquizoafetivo?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O transtorno esquizoafetivo tem como principal característica a manifestação de sintomas de mania, ou sintomas depressivos ou, os dois ao mesmo tempo. O quadro se assemelha bastante a outros transtornos como a esquizofrenia, depressão maior e transtorno bipolar, entretanto com diferentes tratamentos, portanto necessita de um correto diagnóstico, que depende da avaliação de um profissional.

Sintomas

Podemos citar como sintomas maníacos mais comuns:

  • Delírios (fantasias com manias de perseguição),
  • Alucinações auditivas (ouvir vozes e conversas),
  • Alucinações visuais,
  • Discurso sem coerência, confuso,
  • Mudanças de pensamentos,
  • Alterações nas relações afetivas,
  • Dificuldade de concentração.

Ainda, como manifestações de alterações de humor nas fases depressivas:

  • Desânimo,
  • Tristeza,
  • Desinteresse,
  • Falta de vontade e iniciativa,
  • Choro frequente,
  • Insônia,
  • Pensamentos negativos,
  • Baixa autoestima,
  • Dificuldades de concentração.

Nos episódios maníacos do transtorno esquizoafetivo, o paciente pode apresentar ainda, irritabilidade, hiperatividade física e mental, elevada autoestima, impulsividade e aumento dos gastos financeiros.

Tipos de transtorno esquizoafetivo1. Transtorno esquizoafetivo principalmente esquizofrênico

No transtorno principalmente esquizofrênico, o indivíduo manifesta sinais e sintomas de esquizofrenia e pode não apresentar manifestações de uma síndrome afetiva.

2. Transtorno esquizoafetivo principalmente afetivo/depressivo

No transtorno principalmente afetivo/depressivo, apresenta sintomas depressivos mais exuberantes do que maníacos, ou mesmo apenas sintomas afetivos de depressão.

3. Transtorno esquizoafetivo misto

Já no transtorno misto, os sintomas apresentados são esquizofrênicos e afetivos.

O/A médico/a psiquiatra é o/a especialista responsável pelo diagnóstico e tratamento do transtorno esquizoafetivo. Na suspeita da doença, agende uma consulta.

Saiba mais em:

Transtorno esquizoafetivo: Quais as causas e como tratar?

Transtornos mentais: Como identificar e tratar?

Quais os tipos de transtorno de personalidade e suas características?

Quais os sintomas do transtorno de personalidade borderline?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Os principais sintomas do transtorno de personalidade borderline são: instabilidade emocional, ansiedade, comportamentos impulsivos, demonstrações inadequadas de raiva, baixa autoestima, insegurança, tendência ao suicídio, dificuldade em aceitar críticas e regras, intolerância às frustrações e medo do abandono.

A instabilidade nas emoções, relacionamentos, autoimagem e sentimentos, com muita impulsividade associada, são os sintomas mais marcantes do paciente borderline.

O transtorno de personalidade borderline pode causar ainda sentimentos crônicos de vazio, rejeição e abandono, independentemente disso ser real ou fantasioso.

As consequências do transtorno borderline são vistas sobretudo nas relações disfuncionais que a pessoa tem nas áreas afetiva, familiar e profissional.

Como identificar uma pessoa borderline?

Identificar o transtorno é muito difícil e complexo mesmo para os profissionais desta área. Pode ser confundido com outros transtornos de humor, nos quais os tratamentos são bastante distintos. Entretanto podemos destacar que nesses casos, a pessoa com transtorno de personalidade borderline podem ter maior tendência a relacionamentos intensos, confusos e desorganizados. 

Facilmente muda o seu conceito sobre os outros e os seus sentimentos, geralmente desvalorizando as suas próprias qualidades anteriormente valorizadas.

Outras características marcantes dos pacientes com transtorno borderline são as automutilações e os comportamentos suicidas acentuados. Sabe-se que cerca de 10% dessas pessoas podem cometer suicídio devido ao sofrimento psíquico acentuado que a doença traz.

Quando surgem os primeiros sintomas do transtorno borderline?

Os primeiros sintomas do transtorno de personalidade borderline normalmente aparecem na adolescência e geralmente persistem por toda a vida, sendo as mulheres mais afetadas que os homens.

Porém, na maioria dos casos, a gravidade do transtorno diminui com o tempo, o que leva a família supor que sintomas como rebeldia, impulsividade, falta de controle emocional e instabilidade são coisas típicas da idade.

No entanto, essas pessoas são inteligentes e talentosas, mas são boicotadas pelo transtorno, que as impedem de se desenvolverem.

O transtorno de personalidade borderline é uma doença mental grave que tem tratamento e deve ser tratada, mesmo nos casos mais leves.

O diagnóstico é da responsabilidade do médico psiquiatra e o tratamento é feito com psicoterapia e medicamentos que visam amenizar os sintomas ou tratar outras doenças associadas.

Leia também: O que é transtorno de personalidade borderline? Tem cura? Qual o tratamento?

Quais os sintomas do Transtorno Explosivo Intermitente (TEI)?

O Transtorno Explosivo Intermitente (TEI) caracteriza-se por comportamentos impulsivos de agressividade, violência ou irritação, geralmente seguidos por sentimentos de arrependimento, constrangimento ou remorso.

As explosões podem resultar em danos materiais ou agressões físicas e verbais a terceiros, sendo normalmente desproporcionais às situações que as desencadeiam.

Além de poder ferir os outros, pessoas com Transtorno Explosivo Intermitente também podem causar lesões em si próprios durante uma crise. 

Explosões de fúria

As explosões do Transtorno Explosivo Intermitente podem durar até meia hora e na maioria dos casos geram agressões físicas e verbais, danos corporais e destruição de propriedades de terceiros. As crises podem ocorrer frequentemente ou em intervalos de tempo que podem ir de semanas a meses. 

No período entre os episódios, o indivíduo pode mostrar-se relativamente calmo ou manifestar sinais de irritação ou impulsividade.

Antes ou durante as explosões de agressividade, a pessoa pode apresentar ainda pensamentos acelerados, euforia, formigamentos no corpo, tremor, aumento da frequência cardíaca, sensação de pressão na cabeça e aperto no peito.

Veja também: Quais as causas do Transtorno Explosivo Intermitente (TEI)?

Diagnóstico

Contudo, para que o Transtorno Explosivo Intermitente seja diagnosticado, é necessário que a pessoa apresente os seguintes sinais e sintomas:

Episódios frequentes de explosões de agressividade que resultaram em agressões ou danos materiais a terceiros;

 Reações de agressividade que são absolutamente desproporcionais às situações que as desencadeiam;

 Atitudes agressivas que não são despoletadas pelo uso de drogas ou qualquer outra substância ou ainda por outras doenças e distúrbios psiquiátricos, como transtornos de personalidade e transtorno bipolar.

O tratamento do Transtorno Explosivo Intermitente inclui o uso de medicamentos e psicoterapia.

Leia também: Qual é o tratamento para o Transtorno Explosivo Intermitente (TEI)?

Na presença desses sintomas, consulte um médico psiquiatra para receber uma avaliação.

Quais são os sintomas do transtorno afetivo bipolar?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

O principal sintoma do transtorno afetivo bipolar é a súbita e extrema variação de humor, alternando períodos de mania e depressão.

Pessoas com transtorno afetivo bipolar ou distúrbio bipolar, como também é conhecido, passam por fases extremas de variações de humor, como a fase maníaca ou hipomaníaca que é caracterizada, peça euforia e hiperatividade física e mental, seguida pelo período de depressão, ansiedade ou tristeza, em que o indivíduo pode apresentar ainda lentidão para concretizar ou ter ideias.

As crises do transtorno bipolar podem ser leves, moderadas ou graves, com frequência e tempos de duração que variam conforme a gravidade.

Essas flutuações de humor influenciam negativamente as ações de quem sofre de bipolaridade, gerando reações desproporcionais aos acontecimentos reais ou até mesmo sem relação com os mesmos.

O transtorno afetivo bipolar normalmente se manifesta em homens e mulheres com idade entre 15 e 25 anos, embora possa ocorrer também em crianças e indivíduos mais velhos.

Depressão

A fase de depressão no transtorno bipolar pode se manifestar por tristeza profunda, falta de interesse em coisas e atividades das quais se gosta, apatia, isolamento social, variações de apetite, alterações do sono, diminuição acentuada da libido, cansaço, dificuldade de concentração, pessimismo, pensamentos negativos, falta de esperança, sensação de vazio, ideias suicidas, entre outros sintomas.

Mania

Na fase da mania, a pessoa apresenta enorme euforia, com mania de grandeza, elevada autoestima e autoconfiança, poucas horas de sono, hiperatividade física e mental, dificuldade em organizar as ideias e pensamentos, irritabilidade, falta de paciência, dificuldade de concentração, impulsividade para falar, aumento da libido e agressividade.

A bipolaridade nessa fase pode levar a pessoa a cometer atos que podem prejudicar os outros e ela própria, como gastar o dinheiro de forma descontrolada, demitir-se do trabalho ou ainda manifestar delírios e alucinações.

Hipomania

A fase da hipomania é breve e dura poucos dias. Os sintomas são parecidos com os da mania, mas são muito mais leves e por isso pouco interferem na vida da pessoa. Nesse período é comum o indivíduo estar apenas um pouco mais ativo, sociável, falante e eufórico que o normal.

O diagnóstico do transtorno afetivo bipolar é difícil e pode demorar vários anos até que a doença seja diagnosticada, uma vez que os seus sintomas podem ser confundidos com outros transtornos mentais, como esquizofrenia, síndrome do pânico, depressão ou transtorno de ansiedade generalizada.

O especialista responsável pelo diagnóstico e tratamento da doença é o psiquiatra.

Saiba mais em:

Transtorno afetivo bipolar tem cura?

Transtorno afetivo bipolar: Quais as causas e como identificar?

Demência: o que é, como identificar e tratar?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A demência é a perda progressiva das capacidades cognitivas, como memória, atenção e aprendizagem, que leva à perda da independência para realizar as atividades diárias. O termo “demência” é genérico, sendo usado para descrever um grupo de doenças em que existe declínio das capacidades cognitivas e comportamentais, levando à perda da autonomia. As principais formas de demência em idosos são a doença de Alzheimer e a demência vascular.

Quando a pessoa apresenta um desempenho cognitivo inferior ao esperado para a sua idade e escolaridade, mas consegue realizar as tarefas que antes fazia, trata-se de um defeito cognitivo leve. É um estado transitório entre a normalidade e a demência.

A demência pode ser evolutiva, estática ou reversível. A evolutiva caracteriza-se pelo declínio cognitivo progressivo causado por doenças neurodegenerativas, vasculares ou infecciosas. A estática é causada por lesões cerebrais decorrentes de traumas ou infecções. Já a demência reversível é provocada por falta de vitamina B12 e hipotireoidismo.

Quais os fatores de risco para desenvolver demência?

O envelhecimento é o principal fator de risco para desenvolver demência. A incidência de demência aumenta de forma considerável com o avançar da idade, variando entre 1% em pessoas dos 60 aos 65 anos e cerca de 50% em idosos com mais de 90 anos.

Outros fatores incluem baixa escolaridade, pressão alta, diabetes, alteração dos níveis de colesterol ou triglicérides e tabagismo.

Por outro lado, alguns fatores parecem reduzir o risco de demência senil, como o estímulo intelectual e o envolvimento em atividades de interação social.

Quais são os sintomas de demência?

Os sinais e sintomas da demência manifestam-se na memória, na capacidade de executar tarefas, na habilidade visual e espacial, na linguagem e no comportamento ou personalidade. Na maioria dos casos, o primeiro sintoma de demência é a perda de memória recente.

Outros sintomas da demência podem incluir:

  • Esquecimento de compromissos e eventos;
  • Perda da capacidade de reconhecer pessoas e objetos;
  • Dificuldade para realizar tarefas rotineiras;
  • Dificuldade em se comunicar e compreender falas;
  • Falta de orientação no tempo e espaço;
  • Diminuição da capacidade crítica e de juízo;
  • Dificuldade para raciocinar e planejar;
  • Mudanças frequentes de humor e comportamento;
  • Alterações na personalidade;
  • Falta de iniciativa.

À medida que o declínio cognitivo progride, a pessoa precisa de supervisão para realizar tarefas cotidianas e não pode sair de casa sem um acompanhante.

Na fase avançada da demência, pode haver dificuldade para se locomover, problemas motores, perda do controle das fezes e da urina e dificuldade para engolir os alimentos.

Demência tem cura? Qual é o tratamento?

A demência não tem cura, exceto as demências reversíveis. Há casos raros, em que a causa da demência pode ser tratada. Porém, para a grande maioria dos casos, não existe um tratamento capaz de curar ou conter a evolução da doença.

O tratamento da demência é feito com medicamentos que estabilizam o quadro ou diminuem a sua progressão, melhorando sobretudo a memória e a atenção. Também são usados medicamentos antidepressivos e antipsicóticos.

O tratamento também pode incluir o manejo de eventuais complicações psiquiátricas, como alucinações, paranoia, agitação, entre outras.

O/a especialista indicado/a para tratar a demência pode ser o/a médico/a de família, clínico/a geral ou neurologista.